Professor: Guilherme Ribeiro Gonçalves · Hematopoiético (ou hemocitopoético) Componentes dos...
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O que é a Histologia?
Estudo que busca compreender a estrutura, origem e
funcionamento dos tecidos do organismo.
Nem todos os seres multicelulares apresentam tecidos:
esponjas, algas multicelulares e fungos multicelulares,
embora sejam formados por conjuntos de células
relativamente organizados, não apresentam tecidos
verdadeiros.
Categorias de tecidos
Os histologistas classificam os tecidos dos animais
vertebrados em quatro grandes categorias:
Tecido Epitelial
Também denominados por epitélios possuem diversas
funções dependendo do órgão em que se localizam. Suas
principais funções são:
a) Proteção
b) Absorção e secreção de substâncias
c) Percepção de sensações
Quanto a função geral: epitélios de revestimento e
epitélios glandulares
Epitélios de Revestimento
Função: revestimento externo do corpo e interno das
cavidades e diversos órgãos.
As células são perfeitamente ajustadas e unidas umas às
outras.
Não há vasos sanguíneos
Como as células recebem nutrientes e gás oxigênio?
Critério Nome Características
Número e aparência das
camadas celulares
Simples ou uniestratificados Uma única camada celular
Estratificados Mais de uma camada celular
Pseudoestratificados Uma única camada celular,
com núcleos em diferentes
alturas
Forma das células
Pavimentosos Células achatadas
Cúbicos Células cúbicas
Prismáticos Células prismáticas
De transição Células com forma variável
Classificação dos Epitélios de Revestimento
Especializações das células epiteliais
Junções celulares
Estruturas que mantêm as células epiteliais (e também
outros tipos celulares) firmemente unidas entre si. São
elas:
Desmossomos – junção encontrada nas duas membranas
das duas células adjacentes. Placas circulares de proteínas
especiais. Os filamentos que atravessam as placas as
mantém firmemente unidas
Zona de adesão – cinturão constituído por actina e miosina
que circunda toda a porção apical das células epiteliais.
Os filamentos de caderina atravessam as MP e se associam.
O cinturão pode se contrair e se distender
Zona de oclusão – localiza-se na zona apical da célula
epitelial acima da zona de adesão.
Rede de proteínas (ocludina e claudina) incrustadas na MP.
As proteínas da ZO se unem sem deixar espaço entre as
MP como as estruturas anteriores deixam.
As substâncias e moléculas externas às células só passam
pela difusão pelo interior das células.
Junções tipo gap – tubos formados por conexina que
proporcionam a comunicação entre as células adjacentes
Pode haver passagem de pequenas moléculas e íons.
Lâmina basal e hemidesmossomos
O tecido epitelial está sempre apoiado sobre uma lâmina
constituída por glicoproteínas entremeadas por uma rede
de colágeno.
As bases as células se fixam na lâmina basal por meio de
hemidesmossomos
Muitas vezes, finíssimas fibras originadas no tecido
conjuntivo abaixo do tecido epitelial também se associam
à lâmina basal formando uma camada espessa chamada
membrana basal.
Especializações da borda celular
Microvilosidades: projeções da MP que ampliam a
superfície de contato entre as células epiteliais e o meio
Aumenta a capacidade de absorção de substâncias.
Exemplo: células do epitélio do intestino delgado
Invaginações: dobras internas da MP
Exemplo: tubulos renais, cuja função é reabsorver
substâncias ainda úteis da urina que está se formando.
Cílios: estruturas móveis em forma de pelos microscópios
Função: remover muco e partículas acumuladas, como no
epitélio superficial da traqueia.
A pele humana
Maior órgão do corpo humano
Responsável por:
proteção do corpo à ação de agentes físicos,
químicos e biológicos,
pela sensibilidade táctil,
pela manutenção da temperatura corporal.
A pele humana
É constituída por dois tecidos firmemente unidos entre si:
Epiderme – mais externa
Derme – mais interna
Epiderme
Camada de células sobrepostas dividida em:
Camada basal ou germinativa – formada por células
prismáticas alongadas que se dividem continuamente por
mitose
Camada espinhosa – células que apresentam
prolongamentos que contribuem para mantê-las
firmemente unidas entre si, dando maior resistência ao
epitélio
Epiderme
Camada granulosa – as células achatam-se e apresentam
um forma cúbica. Apresentam grânulos precursores de
queratina
Camada lúcida - constituída por uma fina camada de
células achatadas, cujos núcleos celulares apresentam
sinais de degeneração e existem poucas organelas
citoplasmáticas. Existe mais comumente nas regiões
palmoplantares
Epiderme
Camada córnea – constituída por células mortas e
queratinizadas, que se achatam como escamas.
Células da epiderme
Melanócitos (produção de melanina) – função de
absorção de parte da energia contida na radiação
ultravioleta e neutraliza radicais livres (compostos
prejudiciais que se formam quando a pele é danificada
pela radiação UV)
Células da epiderme
Células de Langerhans – possuem muitas projeções entre
as células epidérmicas.
Função de reconhecer e destruir agentes estranhos
que entram na pele, alertando o sistema imunológico.
Células de Merkel – são dilatadas e estão em contato
com as fibras nervosas provenientes da derme
Função de perceber estímulos mecânicos
transmitindo-os às fibras nervosas (mecanorreceptores)
Derme
Tecido conjuntivo localizado abaixo da lâmina basald a epiderme.
Rica em fibras proteicas, vasos sanguíneos, terminações nervosas, órgãos sensoriais e glândulas
Principais células: fibroblastos (produção de fibras proteicas e substância fundamental)
Fibras da derme: fibras colágenas (mais espessas e resistentes);
fibras elásticas (mais finas e elásticas);
fibras reticulares (ainda mais finas e entrelaçadas).
Derme
Assim como a epiderme, a derme possui camadas específicas.
São elas:
Camada papilar – localizada abaixo da lâmina basal, possui
saliências que se encaixam em reentrâncias da epiderme.
Função de aumentar a adesão entre os dois tecidos. Nela
há fibras colágenas unindo os dois tecidos.
Camada reticular – camada mais espessa constituída por
tecido conjuntivo denso e rico em fibras elástica.
Há vasos linfáticos e sanguíneos, além de terminações
nervosas, raízes de pelos e as glândulas sebácea e sudorípara.
Hipoderme
Tecido conjuntivo frouxo rico em fibras e em células
adiposas.
Atua na reserva de energia e como isolante térmico do
corpo
Não faz parte da pele
Anexos da pele
Pelos – constituídos de queratina são produzidos na
derme na região denominada de Folículo Piloso. Cada
folículo está associado a um músculo eretor.
Um pelo é formado por três camadas concêntricas: a
cutícula, o córtex e a medula.
Anexos da pele
Unhas – placas de queratina presentes nas pontas dos
dedos
Crescem pela contínua compactação de células mortas
repletas de queratina no leito da unha (leito ungueal).
Anexos da pele
Glândulas
Sebáceas – pequenas bolsas localizadas junto aos folículos
pilosos. Função de lubrificar a pele e os pelos
Sudoríparas – estruturas tubulares enoveladas na derme
que se conectam a poros na superfície da epiderme.
Função de eliminar o suor, mantendo a temperatura
corporal.
Funções da pele
Proteção
• A camada córnea e os pelos protegem o corpo do
atrito e arranhões
• Os melanócitos protegem o corpo contra a ação de
raios UV
• As células de Langerhans reconhecem e eliminam
agentes estranhos que penetram na pele
• As secreções das glândulas contêm substâncias que
matam diversos microrganismos.
Funções da pele
Regulação da temperatura corporal
Temperatura do corpo -> impulsos nervosos causam a
dilatação de vasos sanguíneos dérmicos
Quantidade de sangue na pele
Irradiação de calor para o meio
Corpo esfria
Funções da pele
Função sensorial – terminações nervosas capazes de captar estímulos mecânicos, térmicos ou dolorosos (receptores cutâneos)
Nos folículos dos pelos existem fibras nervosas que captam forças mecânicas aplicadas sobre o pelo;
Terminais de Ruffini: ramificações especializadas na percepção de calor;
Corpúsculoos de Paccini: extremidades de fibras nervosas envolta pro diversas camadas de células. A camada externa capta estímulos táteis e vibrações, trasmintindo-os sequencialmente às outras camadas e, por fim, às terminações nervosas;
Funções da pele
Disco de Merkel: conjunto de terminações nervosas ramificadas e com pontas achatadas envolvido pela célula de Merkel, captando os estímulos de pressão e tração;
Terminações nervosas livres: pontas de nervos envolvidas por células e por uma lâmina basal onde captam estímulos mecânicos, térmicos e dolorosos;
Corpúsculos de Meissner: conjunto de células especiais nas saliências das impressões digitais e captam estímulos táteis;
Bulbos terminais de Krause: porções dilatadas de fibras nervosas responsáveis pela percepção do frio próximas às membranas mucosas (ao redor de lábios e dos órgãos genitais)
Tecido Conjuntivo
Os tecidos conjuntivos unem e sustentam outros
tecidos, dando “conjunto” ao corpo.
Não apresentam células justapostas.
Suas células, que podem ser de vários tipos, estão
geralmente separadas por um material gelatinoso
chamado: matriz intercelular (ou extracelular)
Ao contrário dos epitélios, os tecidos conjuntivos são
quase sempre vascularizados
Tipos de Tecidos Conjuntivos
Tecido Conjuntivo
Tecido Conjuntivo
Propriamente Dito
Frouxo
Denso
Denso modelado (ou
tendinoso)
Denso não-modelado (ou
fibroso)
Tecidos Conjuntivos
Especiais
Adiposo
Cartilaginoso
Ósseo
Hematopoiético (ou hemocitopoético)
Componentes dos tecidos conjuntivos
TIPOS DE FIBRAS CONSTITUIÇÃO CARACTERÍSTICAS
Colágenas Colágeno Resistentes à tração, com
pouca elasticidade. Confere
resistência à nossa pele
Elásticas Glicoproteínas e Elastina Confere elasticidade ao
tecido conjuntivo
complementando a
resistência das fibras
colágenas
Reticulares Tipo especial de colágeno São mais finas que as
outras fibras. São
ramificadas e formam um
trançado firme que liga o
tecido conjuntivo aos
tecidos vizinhos.
Tipos celulares do Tecido ConjuntivoTipos de células Características Origem celular
Fibroblastos Presentes nos tecidos frouxos;
produzem fibras e subs amorfa da
matriz extracelular. Transformam-se em
fibrócitos
Surgem pela diferenciação de
células mesenquimatosas
indiferenciadas
Macrófagos Presentes nos tecidos frouxos.
Fagocitam agentes invasores e alertam
o sistema imunológico
Surgem pela diferenciação de
monócitos
Mastócitos Presentes nos tecidos frouxos. Possui
grânulos citoplasmáticos ricos em
heparina e histamina. Participam de
reações alérgicas
Surgem pela diferenciação de
células multipotentes da
medula óssea
Plasmócitos Presentes nos tecidos frouxos. Rico em
RE granuloso. Produzem anticorpos
Surgem pela diferenciação de
linfócitos
Adipócitos Presentes no tecido adiposo. Tem
vacúolo central contendo lipídios
Surgem pela diferenciação
de células
mesenquimatosas
Células
mesenquimatosas
Presentes nos tecidos frouxos e nas
cápsulas envoltórias de cartilagens e
órgãos hemocitopoéticos.Originam
diversas células do tecido conjuntivo
Surgem diretamente de
células mesenquimatosas
embrionárias
Condroblastos Presente nas cartilagens. Produzem fibras
e subs amorfa da matriz cartilaginosa.
Transformam-se em condrócitos
Surgem pela diferenciação
de células
mesenquimatosas
Osteoblastos Presentes nos ossos. Tem longos
prolongamentos citoplasmáticos.
Produzem a matriz óssea. Transformam-
se em osteócitos
Surgem pela diferenciação
de células
mesenquimatosas
Osteoclastos Presentes nos ossos. São multinucleados.
Degradam a matriz óssea
Surgem da fusão e
diferenciação de 6 a 50
monócitos
Tecido Conjuntivo Frouxo
Se encontra em diversas partes do corpo, onde dá
sustentação aos tecidos epiteliais
Preencher, também, os espaços entre tecidos e órgãos
Fibras presentes no tecido conjuntivo frouxo são de três
tipos: colágenas, elásticas e reticulares.
É o tecido de maior distribuição no corpo humano. Sua
substância fundamental é viscosa e muito hidratada
(barreira)
Tecido Conjuntivo Denso não-modelado
Pode ser chamado de Tecido Conjuntivo Fibroso, é mais
consistente que o frouxo, mas não tem forma definida.
Acompanha a forma do órgão do qual faz parte.
Encontrado na camada reticular da derme, em cápsulas
envoltórias de diversos órgaõs internos, como rins, baço,
fígado e testículos.
Há fibras entrelaçadas, que lhe confere resistência e
elasticidade
Tecido Conjuntivo Modelado
Também denominado Tecido Conjuntivo Tendinoso,
possui fibras grossas orientadas paralelamente.
É bastante resistente e pouco elástico.
Constitui os tendões (que ligam os músculos aos ossos) e
os ligamentos (que ligam os ossos entre si).
Tecido Adiposo
Tecido especializado no armazenamento de gorduras.
Suas células são chamadas de Adipócitos
Sua principal localização é sob a pele (hipoderme)
A gordura se acumula em um vacúolo dentro da célula adiposa, conferindo o formato esférico para a célula.
Principal função: reservar energia para momentos de necessidade
Funções secundárias: proteção contra choques mecânicos, e isolante térmico
Tecido Cartilaginoso
Forma o esqueleto de alguns animais vertebrados como os cações, tubarões e raias. Os outros vertebrados tem esqueleto cartilaginoso apenas no estágio embrionário.
No homem esse tecido sustenta o nariz, as orelhas, a traqueia, os brônquios, revestem as extremidades de certos ossos e amortece o impacto dos movimentos sobre a coluna vertebral entre as vértebras.
Matriz é constituída por colágeno e proteoglicanos que confere rigidez e consistência ao tecido.
Os condroblastos produzem a matriz extracelular.
Tecido Cartilaginoso
O tecido é avascular, os nutrientes se difundem pelo tecido e chegam através do tecido conjuntivo que envolve a cartilagem chamado de pericôndrio.
Tipos de cartilagem:
Hialina – a mais comum, apresenta matriz homogênea e poucas fibras colágenas (laringe, traqueia, brônquios e extremidades dos ossos que se articulam);
Elástica – além de fibras colágenas apresentam fibras elásticas entrelaçadas ( elasticidade) (orelha, septo nasal e epiglote);
Fibrosa – grande quantidade de fibras colágenas e é a mais resistente (entre ossos do púbis e das vértebras)
Tecido Ósseo
Constitui os ossos dos animais vertebrados, com exceção
dos peixes cartilaginosos.
As células (osteócitos) ficam encerradas em uma matriz
extracelular rica em fibras colágenas e fosfato de cálcio.
Há também a presença de íons minerais como: magnésio,
potássio e o sódio.
No interior dos ossos longos há cavidade onde se aloja a
medula óssea vermelha, responsável pela produção de
vários tipos de células sanguíneas.
Alguns ósseos também possuem uma cavidade central
onde se encontra a medula amarela (tutano), rica em
adipócitos.
A osteoporose pode ser causada pela produção excessiva
de paratormônio aumentando o numero de osteoclastos
que digerem a matriz óssea. A deficiência da vitamina A
também pode causar a osteoporose.
Remodelação do osso
Macrófagos e osteoclastos removem coágulos
Assim, células mesenquimatosas presentes no périósteo
invadem o local e se multiplicam se diferenciando em
osteoblastos e osteócitos
Forma-se um tecido desordenado, chamado de calo
ósseo, que com o passar do tempo o tecido se organiza
assumindo a estrutura típica.
Tecido Sanguíneo
A matriz celular é denominada de plasma, que é
constituída de água, sais minerais e diferentes proteínas.
Funções: transporta gás oxigênio, gás carbônico,
nutrientes, excreções, hormônios e protege o corpo
contra a invasão de agentes infecciosos.
As células do sangue são produzidas pela medula óssea
vermelha
Nome Características
Hemácias ou eritrócitos (células vermelhas)
Forma discoidal, sem núcleo,
repletas de hemoglobina
Leucócitos (células
brancas)Granulócitos
Neutrófilo
Forma esférica, núcleo
trilobado; fagocitam bactérias
e corpos estranhos
Eosinófillo
Forma esférica, bilobado;
participam das reações
alérgicas, produz histamina
Basófilo
Forma esférica, núcleo
irregular. Participam de
processo alérgicos, produz
histamine e heparina
(anticoagulante)
Leucócitos (células
brancas) Agranulócitos
Linfócitos (B e T)
Forma esférica,
núcleo esférico,
participam dos
processos de defesa
imunitária. Produz e
regula os anticorpos
Monócito
Forma esférica.
Núcleo oval ou
riniforme, originam
macrófagos e
osteoclastos
Plaquetas (trombócitos)
Forma irregular, sem
núcleo; participam
dos processos de
coagulação do
sangue
Tecido Nervoso
Componente do Sistema Nervoso
Responsável por transmitir, de forma eficiente e rápida,
informações entre células do corpo
Sistema Nervoso Humano
Divisão Partes Funções Gerais
Sistema Nervoso Central
(SNC)
Encéfalo
Processamento e integração
de informaçõesMedula espinal
Sistema Nervoso Periférico
(SNP)
Nervos
Condução de informações
entre órgãos receptores de
estímulos, o SNC e órgãos
efetuadores (músculos,
glândulas, etc.)
Gânglios
Células do SN
O tecido nervoso é composto por neurônios
(representam, cerca de, 10% do total) e células da glia, ou
gliócitos
Neurônio: condução de impulsos nervosos (alterações
elétricas que se propagam pela MP)
Células da glia: envolver, proteger e nutrir os neurônios
Tipos de Neurônios
Encéfalo e METransmissão de órgãos
sensistivos (olfato,
visão, audição e
equilibrio) ao SNC
Alguns gânglios,
leva informação da
pele ao SNC
Localização dos neurônios no SN
A maioria dos corpos dos neurônios se localizam no
encéfalo e na ME
Aqueles que não estão nesses locais se reunem em
estruturas chamadas de gânglios nervosos
As fibras nervosas são agrupadas em feixes, que são
chamados de tratos nervosos
Fora do SNC os tratos nervosos constituem os nervos
Funções gerais dos neurônios
Neurônios aferentes (ou sensitivos): conduzem os
impulsos nervosos de órgãos dos sentidos e de células
sensoriais para o SNC
Neurônios eferentes (ou motores): conduzem os
impulsos nervosos do SNC para os órgãos que efetuam a
resposta (efetores), geralmente músculos ou glândulas
Neurônios associativos (ou interneurônios): se localizam
no encéfalo e na ME e fazem a conexão entre diversos
tipos de neurônios
Células da glia
Acredita-se que sem essas células os neurônios não
conseguiriam estabelecer conexão uns com os outros
Principais funções: envolver, proteger e nutrir os
neurônios
Tipos celulares: Astrócitos, Oligodendrócitos, Micróglias e
as Células de Scwann
Astrócitos
Gliócitos de maior tamanho e caracterizam-se por
apresentar grande número de prolongamentos
citoplasmáticos
As substâncias vindas do sangue para nutrir os neurônios
passam pelos astrócitos
Além da nutrição, dão sustentação física ao tecido
nervoso e participam da recuperação de lesões
Oligodendrócitos
Células menores e com menos prolongamentos celulares,
os quais se enrolam sobre neurofibras no SNC
Envolve as camadas concêntricas da MP das neurofibras
Este envoltório constitui a bainha de mielina, que protege
o neurônio e auxilia no impulso nervoso agindo como
isolante
Micróglias
São macrófagos especializados em fagocitar detritos e
restos celulares presentes no tecido nervoso
Células pequenas, com prolongamentos pequenos,
geralmente muito ramificados
Célula de Schwann
Presentes no SNP e desempenham papel semelhante ao
oligodendrócito no SNC
Seus prolongamentos enrolam-se sobre as neurofibras
que constituem os nervos, formando ao redo delas
estratos mielínicos
Neurofibras mielinizadas e não-mielinizadas
Dependendo da função as neurofibras podem ou não
apresentar a bainha de mielina
No estrato mielínico existe alguns componentes
específicos, como certos proteolipídios e a proteína
básica da mielina
Atua como isolante e evita que o impulso nervoso
propague entre neurofibras adjacentes, além de aumentar
a velocidade de propagação dos impulsos nervosos
Nas não-mielinizadas o impulso se propaga continuamente ao longo da membrana do neurônio
A propagação é mais lenta
A doença esclerose múltipla ocorre quando há a degeneração gradual do estrato mielínico, o que resulta na perda progressiva da coordenação nervosa
Cada fibra nervosa mielinizada, ou não, juntamente com os gliócitos são revestidos por um tecido conjuntivo denominado endoneuro
Um conjunto de neurofibras , cada uma com seu endoneuro, é revestido por outro envoltório conjuntivo chamado perineuro
Vários conjuntos de neurofibras revestidas pelo perineuro podem se reunir e formar neuros mais grossos, os quais são revestidos pelo epineuro
Impulso nervoso
Em um neurônio em repouso a superfície interna da MP se mantém eletricamente menos positiva que a externa
A diferença de potencial elétrico, neste caso, entre as duas faces é chamado de potencial de repouso
Quando é estimulado ocorre a despolarização, que é a alteração elétrica, invertendo as cargas das faces da MP. Essa diferença de potencial agora é chamada de potencial de ação
Quando a situação de repouso é reestabelecida dá-se o nome de repolarização
Impulso nervoso é, portanto, a propagação do potencial
de ação ao longo do neurônio, sendo realizado em um
único sentido na neurofibra
Velocidade em neurônios mielinizados: pode atingir até
200m/s (aproximadamente 720 km/h)
Sinapses nervosas
Ao atingira extremidade do axônio, o impulso nervoso
deve ser transmitido para o outro neurônio
A região onde se dá essa transmissão é chamada de
sinapse nervosa
Quando a sinapse ocorre diretamente em uma célula
muscular chama-se sinapse neuromuscular
Sinapse elétrica
São mais raras, nos vertebrados elas ocorrem, por exemplo, na produção de movimentos rápidos e repetitivos
Neste caso, as membranas das células que se comunicam unem-se por junção do tipo gap para a transmissão direta do potencial de ação
Também ocorre entre células de musculatura não-estriada e entre a musculatura cardíaca (nó sinoatrial, relacionado à contração sincrônica no batimento cardíaco)
Sinapse química
Tipo mais comum de sinapse, não há contato físico entre as células comunicantes
Em um espaço estreito (espaço sináptico) há a passagem de substâncias, denominadas neurotransmissores, ou mediadores químicos
Estes, liberados em vesículas, se ligam em proteínas receptoras da membrana da célula pós-sináptica
Alguns neurotransmissores: acetilcolina, adrenalina (ou epinefrina), a noradrenalina (ou norepinefrina), a dopamina e a serotonina