Professor Daniel Serrão cativa audiência · Imprensa, Coliseu do Porto... tantas iniciativas que...

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DIA DA FILOSOFIA Um dia-efeméride para o grupo de Filosofia|Psicologia, os nossos alunos brindaram, mais uma vez, toda a comunidade escolar com a sua alegria e jovialidade. P 16 VISITAS DE ESTUDO SEMANA DE EMRC Mafra e Coimbra, Museu da Imprensa, Coliseu do Porto... tantas iniciativas que tornam o Colégio uma força viva. P 7, 12 e 13 Festival 3D, Conferência de Daniel Serrão, Manta de Retalhos, GPSS – uma semana de reflexão e aprendizagem. P 12 ENCONTROS COM ESCRITORES José Pedro Mésseder e Ana Saldanha no Colégio P 10 e 11 TRÊS DIAS PELA PAZ Colégio mobiliza-se num apelo à Paz entre os povos – foram três dias em que a comunidade escolar respondeu de forma categórica a esta iniciativa P 3 JORNAL DO COLÉGIO LICEAL DE SANTA MARIA DE LAMAS . TRIMESTRAL . ANO XIII . JANEIRO | FEVEREIRO | MARÇO 2009 . €0,75 DIáLOGO Fé & CIêNCIA Professor Daniel Serrão cativa audiência

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dia da filosofia

Um dia-efeméride para o grupo de Filosofia|Psicologia, os nossos alunos brindaram, mais uma vez, toda a comunidade escolar com a sua alegria e jovialidade. P 16

VisiTas dE EsTUdo

sEMaNa dE EMRC

Mafra e Coimbra, Museu da Imprensa, Coliseu do Porto... tantas iniciativas que tornam o Colégio uma força viva. P 7, 12 e 13

Festival 3D, Conferência de Daniel Serrão, Manta de Retalhos, GPSS – uma semana de reflexão e aprendizagem. P 12

ENCoNTRos CoM EsCRiToREsJosé Pedro Mésseder e Ana Saldanha no Colégio P 10 e 11

TRÊs dias PEla PaZ

Colégio mobiliza-se num apelo à Paz entre os povos – foram três dias em que a comunidade escolar respondeu de forma categórica a esta iniciativa P 3

JORNAL DO COLÉGIO LICEAL DE SANTA MARIA DE LAMAS . TRIMESTRAL . ANO XIII . JANEIRO | FEVEREIRO | MARÇO 2009 . €0,75

diálogo fé & ciência

Professor Daniel Serrão cativa audiência

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| 38 | ENTRElinhas | JANEIRO . FEVEREIRO . MARÇO 20092

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aUdiTÓRio anTÓnio JoaQUiM ViEiRa recebeu o conferencista para uma palestra única.

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Licenciado em Medicina em 1951, conclui o Dou-toramento em 1959. Concorre, em 1961, a Pro-fessor extraordinário de Anatomia Patológica e é aprovado por unanimidade. Mais tarde concorre a Professor Catedrático em 1971, sendo aprova-do, também, por unanimidade. É chamado para o Comité Internacional de Bioética da UNESCO e nomeado para o Comité Director de Bioética do Conselho da Europa. A União Europeia convida-o para avaliar, escolher e controlar a execução de projectos de investigação em Bioética. A Acade-mia das Ciências encarrega-o de a representar no Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida e foi escolhido pelo Papa João Paulo II para ser membro da Academia Pontifícia para a Vida, da qual ainda faz parte. Foi jubilado em 1 de Mar-ço de 1998.

o convite inseriu-se no âmbito da “Semana da EMRC”, constituindo o seu ponto alto. O desafio era reflectir sobre uma das questões mais perti-nentes dos nossos tempos: a relação entre a Ci-ência e a Fé. Alunos e professores foram brindados com uma

aula singular. O Professor Daniel Serrão cativou, desde o primeiro momento, toda a plateia com o seu entusiasmo, simplicidade, força de viver, humor refinado, domínio das matérias e fluência discursiva.Privilegiando a oralidade, o Professor Daniel Ser-rão explicou as especificidades da Ciência e da Re-ligião, as suas metodologias distintas alicerçadas na razão e da fé, sublinhando sempre a relevância e compatibilidade das interpretações científicas e teológicas como leituras das mesmas realidades: a vida, o cosmos e o Homem.Destacou a ideia de que a Bíblia refere-se à criação do universo e do Homem de uma forma antro-pomórfica, segundo as tradições da época e que ao autor não interessava propriamente o modo como as coisas apareceram mas a convicção de que Deus está na origem de tudo quanto existe, como o Criador. O modo pertence à ciência inves-tigar. E há tantas hipóteses e teorias…Não pode haver contradição entre Ciência e Fé e se, no passado, houve muitos choques é porque, devido a algumas más interpretações bíblicas, se defenderam verdades naturais como sendo de fé

ou por intromissão abusiva dos métodos da fé na ciência ou vice-versa, ou por orgulho e fanatismo de parte a parte.

até fins da idade Média não havia incompati-bilidades, já que a ciência era feita à luz da fé e por eclesiásticos. A ruptura começou a processar-se no século XVI, atingindo o ponto culminante no século XVIII, com o caso Galileu. Durante três séculos, o antagonismo e a irredutibilidade entre Ciência e Fé foram bem vincados, com pontos mais fortes, como a propósito do evolucionismo fundamentado por Darwin.O Professor Doutor Daniel Serrão teceu as suas considerações, sempre acompanhadas de muitos exemplos e citações e destacou a importância da razão humana, sem descurar a abertura ao trans-cendente. A Ciência não consegue explicar toda a realidade e o essencial ultrapassa o racional. Nem sempre o progresso científico é sinónimo de feli-cidade e realização humana e social e a própria Ci-ência pode voltar-se contra o Homem. Deus não é rival do Homem e o ateísmo não é a solução para os dramas e problemas do mundo.Após a sublime prelecção, houve, ainda, espaço para perguntas dos alunos. Destacaram-se, sobre-tudo, as temáticas dos milagres e a experiência pessoal do Professor Daniel Serrão em relação a situações de conflito entre a sua fé e os princípios da ciência. Finalmente, o Dr. Vieira, tomando a palavra, e sau-dando o orador, afirmou ter sido esta Conferência um ponto alto da história do Colégio. Professora Daniela Rodrigues

O Professor Daniel

Serrão é uma das

maiores personalidades

nacionais do mundo

da cultura, medicina e

bioética

CONFERêNCIA DO PROFESSOR DOUtOR DANIEL SERRãO

o diálogo fé & ciência

No dia 17 de Fevereiro, o Colégio teve a honra de receber o Professor Doutor Daniel Serrão. As turmas do 12ºano foram as privilegiadas, podendo assim escutar e estar na presença de um das maiores personali-dades nacionais do mundo da cultura, medicina e bioética.

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Nos dias 10, 11 e 12 de Março, o Grupo de Filosofia/Psicologia dinamizou um con-junto de três actividades subordinadas ao lema “TODOS PELA PAZ” , para as quais solicitou a maior e melhor colaboração/envolvimento dos professores e seus alu-nos nos grandes intervalos, quer do perí-odo da manhã quer do da tarde.

Concretamente, foi solicitado que os pro-fessores de Filosofia e Psicologia Bloco IV (Secundário) que estivessem em aula no primeiro tempo da manhã e no segundo da tarde, nos dias supracitados, seguissem de acordo com o protocolo estabelecido.

assim, no dia 10, terça-feira, pelas 9:25h,

os professores deslocaram-se, com os seus alunos, ao átrio do Bloco da secre-taria onde, às 9:30h e ao som da música de Vangelis “Conquest of Paradise”, assis-tiram ao descerramento do macro anún-cio temático, vivido pela comunidade a partir desse dia até ao dia 13. De tarde, os professores seguiram as mesmas instru-ções ditadas para o período da manhã, com a excepção de que o encontro para o acto celebrativo foi no portão que dá acesso directo ao Bloco IV. no dia 11, quarta-feira, às 9:29h e às 16:14h, os alunos (tODOS OS ALUNOS DO COLÉGIO) sob a tutela dos seus pro-fessores, ao som de um sinal sonoro, guardaram, NO ESPAÇO SALA DE AULA E DE PÉ, um minuto de silêncio pelas ví-timas da guerra. Anota-se que o mesmo sinal sonoro anunciou o fim deste acto ao qual se seguiu o intervalo.no dia 12, quinta-feira, pelas 9:25h, os professores deslocaram-se com os seus alunos ao átrio do Bloco da secretaria onde se iniciou um cortejo pela PAZ, rumo ao grande átrio do Bloco IV. Este cortejo teve como percurso o “túnel” coberto entre os dois átrios, o qual esteve, desde o dia 11, assinalado com laços negros nas colunas que o suportam. De tarde, os professores seguiram as mesmas instruções ditadas para o período da manhã, com a excep-ção de que o encontro dos alunos foi no grande átrio do Bloco IV, de onde partiu para o átrio do bloco da secretaria.

Podemos afirmar que o evento foi um verdadeiro sucesso e que se manterá vivo na memória de todos aquele o vive-ram de forma tão intensa, como os nos-sos alunos, futuros construtores da PAZ. O grupo de filosofia/psicologia

NoTa dE aBERTURa

Páscoa da Ressurreição! A palavra Páscoa, de origem hebraica, chegou até nós pelo Grego e pelo Latim, significando passagem. Como principal festa religiosa dos Judeus, é celebrada, anualmente, no 14º dia após o equinócio da Primavera, em comemoração da saída do cativeiro do Egipto, dirigida por Moisés, com a milagrosa passagem, a pé enxuto, do Mar Vermelho. À transição, do Povo Eleito, da escravatura do Egipto para a vida livre também se aplica o significado de passagem. A Igreja recebeu do Judaísmo a festa da Páscoa, mas deu-lhe novo significado: é a festa de Jesus Cristo, seu Funda-dor, o aniversário da Sua morte e ressurreição ou passagem da morte à vida, a festa da salvação do Mundo. Entre os cristãos, a festa da Páscoa ou da Ressurreição de Jesus Cristo celebra-se no domingo seguinte à Páscoa dos Judeus.Jesus, por Quem e para Quem tudo foi criado – Ele é o Verbo ou Palavra de Deus –, é o Deus connosco ou Emanuel, palavra também de origem hebraica. O Pai confiou ao Filho a missão de facultar aos homens o que perderam em consequência do pecado original. Amou-os até ao supremo sacrifício da Sua vida, carregando aos ombros o peso de todos os pecados da humanidade, que expiou e remiu com o Seu preciosíssimo sangue, de valor infinito. Jesus veio, por isso, para libertar os homens da escravidão do pecado e para os reconciliar com Deus. Em Jesus Cristo podemos apoiar-nos. Nele podemos esperar a nossa Ressurreição – base da nossa fé e sentido da nossa vida. A fé descobre todo o significado da morte de Jesus. Nela começa uma nova era – a da Ressurreição. A nossa era! Na Encarnação e morte redentora de Cristo foi inaugurada já a era do fim. A espera da vinda do Senhor é o tempo da construção do Reino de Deus. Este constrói-se neste mundo. Não o confundir com o Reino dos Céus.

A Páscoa, como a Eucaristia, é essencialmente memorial da Morte e da Ressurreição de Jesus Cristo. Como “primícias dos que morreram”, Jesus foi o Primeiro a ressuscitar e, por Ele, veio até nós a ressurreição. “Uma vez que a morte veio por um homem, também por um Homem veio a Ressurreição dos mortos, porque, do mesmo modo que em Adão todos morreram, assim também em Cristo serão todos restituídos à vida. Cada qual, porém, na sua ordem: primeiro, Cristo, como primícias; a seguir, os que pertencem a Cristo, por ocasião da Sua vinda. Depois será o fim, quando Cristo entregar o Reino a Deus Seu Pai…” (S. Paulo, 1 Cor. 15,20-26). A Páscoa acontece e floresce sempre que estamos no bom caminho. É Páscoa todas as ve-zes que apanhamos o Caminho, a Verdade e a Vida que é Jesus Cristo. A Páscoa proporciona-nos e facilita-nos o encontro com Deus que permanentemente nos chama à vida nova saída da Ressurreição de Jesus. Sejamos com Cristo pessoas novas, conscientes e livres a caminho da Ressurreição… A espera do Seu encontro assume forma de uma orientação constante para as “coisas do alto”. A nossa ressurreição realiza-se em três momentos: 1 – Pela recepção do sacramento do Baptismo, morre a velha criatura e ressuscita a nova criatura para o amor divino ou para a vida sobrenatural; 2 – Quando se morre, deixa-se a relação comunicacional no espaço e no tempo e entra-se numa nova realidade, adquirindo a nossa corporeidade a dimensão da eternidade, à semelhança de corpo glorioso. Para o verdadeiro cristão, até a morte é Vida, pois não fomos feitos para morrer, mas morremos para viver mais e melhor; 3 – No fim dos tempos ou no segundo Advento de Jesus Cristo, quando Deus for tudo em todos, então será a comunicação universal. Vale a pena meditar na grandeza que já somos em Cristo e naquela que viremos a ser, se, para tal nos prepararmos. A Páscoa é uma via de sentido único – a con-versão integral do homem. Se nos desviarmos desta realidade, estamos a dizer quão inútil foi o sacrifício de Cristo. A descoberta do caminho para chegar a Deus é a mais importante da nossa vida, dela dependendo o sentido da nossa existência e uma eternidade feliz. Para os cristãos, esse único caminho só tem um Nome – Jesus Cristo. Ele não é somente um Homem especial. É Deus feito Homem. Deus que se fez Homem e morreu na Cruz para nos salvar. Foi Deus Quem escolheu esse modo concreto de nos salvar. Um modo que revela o Seu infinito Amor por nós e nos pede uma resposta. O cristão é, simplesmente, aquele que aceitou o chamamento de Deus para seguir Jesus Cristo. O que é, em concreto, seguir Jesus? É ver Nele o Messias libertador com uma proposta

de vida verdadeira e eterna, aceitar tornar-se Seu discípulo, segui-Lo no caminho do amor, da entrega, da doação da vida, viver em comunhão com Ele, levar a todos as palavras de esperança e de fé na Redenção do Homem-Deus, que morrera mas que para sempre ressuscitou. Desde os primeiros livros até aos últimos do Antigo Testamento, era anunciado o Messias, o Novo Tempo, o tempo do Reino de Deus. Que é o Reino de Deus? É a conversão que cada um aceita empreender, a abertura ao Evangelho que cada um põe em prática, a intimidade com Deus Ressuscitado pela acção do Espírito. É a realização da paz, da justiça e do amor universais.Cada um é convocado por Jesus a construir esse Reino. No momento em que respondemos afirmativamente, começou o Reino de Deus. Somos convidados à mudança, a inaugurar algo de novo, a agir segundo a Palavra, o gesto e o cora-ção de Deus, revelado pelo Seu Filho Jesus. Está aqui a grande novidade: o Reino de Deus entrou neste mundo para o transformar noutro mundo. É nesse sentido que cada um de nós é convidado a ser “pescador de homens”. Com a morte e ressurreição de Jesus ficou completa a criação do homem, visto que lhe foi facultada a ascensão ao estado de vida sobrenatural, a graça santificante ou vida de Deus em nós, perdida pelo pecado original, e sem a qual não é possível a Salvação. O projecto de Deus é criar o homem destinado à vida plena e definitiva que Jesus traz. A própria Vida de Jesus já libertou as pessoas da escravidão da morte. O Amor de Jesus é a Vida (“Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida”). O Pai entregou-Lhe todos os que Dele se aproximam para que o próprio Jesus lhes dê a Vida definitiva e plena – a Ressurreição. Jesus é a Novidade: “Eu sou a Ressurreição e a Vida”. Por isso, todo aquele que escutar Jesus, Lhe der a sua adesão total, nesse momento ressuscita, pois recebe o Espírito da Vida. Não há interrupção da vida. A morte é apenas uma necessidade física. A comunidade de Jesus – a Igreja que fundou, que é Seu Corpo Místico, do qual é a Cabeça e os verdadeiros cristãos, seus membros –, é a comunidade daqueles que já possuem a vida definitiva – os “ressuscitados da morte”, para quem a vida eterna começa já neste mundo, na medida em que nos abrimos ao mistério de Deus e O acolhemos entre nós. Somos cidadãos de duas cidades – a terrestre e a celeste. Esta, a cidade celeste, é a meta. Por isso, na morada terres-tre, ou seja, o nosso corpo na sua condição de mortal, somos exilados com esperança. De onde nos vem esta esperan-ça? De Jesus Cristo que venceu a morte, ressuscitando. Então, a esperança torna-se confiança, alegria, perseverança, força para vencer obstáculos. Assim como o Pai confiou ao Filho a missão de salvar o homem, também Lhe conferiu o poder de nos julgar, pois se fez Homem em tudo semelhante a nós. Somos julgados a cada momento, em cada acto. O Juízo Final virá corroborar este contínuo julgamento. É o “hoje” que conta para o amanhã e este “hoje” começa em Cristo e com Ele continua. É nosso compromisso praticar obras segundo o Espírito, isto é, segundo a vontade de Deus. Cada um recolherá os frutos do que houver semeado. Uma santa e feliz Páscoa.

António Vieira

a descoberta do

caminho para

chegar a Deus é a

mais importante

da nossa vida,

dela dependendo

o sentido da nossa

existência e uma

eternidade feliz

Bloco ii uma das telas gigantes que permane-cerão nas entradas para o Colégio.

tODOS PELA PAZ

iniciativa inédita agrega alunos e Professores num gesto comum

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O Ministério da Educação já definiu os prazos para inscrição nas provas de exame, bem como o ca-lendário para a realização dos exames nacionais para o presente ano lectivo.

No 9.º ano, os alunos internos são automaticamen-te inscritos para os exames nacionais de Língua Portuguesa e de Matemática pelos serviços de ad-ministração escolar. Os alunos de 15 anos que re-provem no final do 9.º ano de escolaridade ou que fiquem excluídos por faltas devem inscrever-se nos exames como autopropostos no dia útil a seguir ao da afixação das pautas de avaliação do 3.º período. A inscrição para a época de Setembro nos exames de equivalência à frequência (provas elaboradas a nível de escola) dos alunos autopropostos do 3.º ciclo que, tendo realizado os exames na fase de Ju-nho, não concluíram o ciclo de estudos, decorre de 16 a 20 de Julho, desde que a sua realização lhes permita a certificação da conclusão do ciclo.

calendário de exames do ensino básicoOs exames nacionais do 3.º ciclo realizam-se numa fase única, com duas chamadas. Na primeira chama-da, que é obrigatória, o exame de Língua Portuguesa realiza-se no dia 19 de Junho e o de Matemática no dia 22 de Junho. Na segunda chamada, destinada a situações excepcionais, os exames realizam-se, res-pectivamente, nos dias 25 e 26 de Junho. Os exames

de equivalência à frequência do 3.º ciclo realizam-se em Junho e em Setembro, com uma só chamada, que decorre de 19 de Junho a 6 de Julho e de 1 a 7 de Setembro. As pautas referentes às classificações da primeira e da segunda chamada dos exames nacionais de Língua Portuguesa e de Matemática serão afixadas a 13 de Julho. As pautas relativas às classificações dos exames de equivalência às restan-tes disciplinas devem ser afixadas até ao dia 14 de Julho, sendo as da segunda fase divulgadas até ao dia 14 de Setembro.

Exames nacionais de língua Portuguesa e de Matemática do 9.º anoSão admitidos aos exames nacionais do 9.º ano de escolaridade todos os alunos, excepto os que, após a avaliação sumativa interna, no final do 3.º período, tenham obtido:a) Classificação de frequência de nível 1 simulta-neamente nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática;b) Classificação de frequência inferior a 3 em três disciplinas, excepto se alguma delas for Língua Portuguesa e/ou Matemática e nestas tiver obtido nível 2. A não realização de uma das provas de exame na-cional implica, automaticamente, a não aprovação do aluno no 9º ano de escolaridade.No 3.º ciclo do ensino básico regular o aluno pro-

gride e obtém a menção de Aprovado desde que não se encontre numa das seguintes situações:a) tenha obtido classificação inferior a 3 simulta-neamente nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática;b) tenha obtido classificação inferior a 3 em três disciplinas, ou em duas disciplinas e a menção de Não Satisfaz na área de projecto.

EXaMES do EnSino SEcUndáRioCalendário de exames do ensino secundárioOs prazos de inscrição para admissão à primeira fase dos exames nacionais do ensino secundário decorrem nos seguintes períodos: o prazo normal decorre de 2 a 11 de Março, e o prazo suplementar de 12 a 13 de Março. As inscrições para a segunda fase dos exames decorrem de 8 a 9 de Julho.A primeira fase dos exames nacionais e dos exa-mes elaborados pela escola equivalentes aos exames nacionais das disciplinas dos cursos do ensino secundário decorrerá de 16 a 23 de Junho. A segunda fase decorrerá de 13 a 16 de Julho. As pautas referentes à primeira fase dos exames do ensino secundário serão afixadas no dia 7 de Ju-lho, sendo as da segunda fase divulgadas no dia 30 de Julho.Os exames dos cursos científico-humanísticos instituídos pelo Decreto-Lei nº 74/2004, de 26 de Março, com as alterações introduzidas pelo De-creto-Lei nº 24/2006, de 6 de Fevereiro, revestem duas modalidades:a) Exames finais de âmbito nacional na disciplina de Português da componente de formação geral, na disciplina trienal e nas duas disciplinas bienais da componente de formação específica, a realizar obrigatoriamente no ano terminal das mesmas;b) Provas de equivalência à frequência nas restan-tes disciplinas e área não disciplinar não sujeitas ao regime de exame final nacional, a realizar obri-gatoriamente no ano terminal das mesmas.As provas do 12º ano das disciplinas trienais dos cursos científico-humanísticos incidem sobre o programa do 12° ano. As provas das disciplinas bienais dos cursos científico-humanísticos inci-dem sobre as aprendizagens correspondentes à totalidade dos anos de escolaridade em que a dis-ciplina é leccionada.Provas de Aferição do 6º ano de escolaridadeA concluir indicam-se as datas de realização das Provas de Aferição do 6º ano de escolaridade: Língua Portuguesa – 18 de Maio de 2009 – 10.00 horas; Matemática – 20 de Maio de 2009 – 10.00 horas. Data da publicitação das pautas com os re-sultados obtidos pelos alunos - 18 de Junho de 2009. O Secretariado de Exames

EXAMES 2008/2009

Foi apresentado um pequeno filme alusivo à te-mática da SIDA, com testemunhos reais de pes-soas infectadas pelo HIV e com informações im-portantes sobre a doença. Posteriormente, foram apresentadas as ideias essenciais sobre a SIDA e sublinharam-se as principais formas de transmis-são, bem como os muitos mitos que ainda persis-tem sobre as maneiras de infecção. A partir dos inquéritos feitos previamente às turmas, foram apresentadas graficamente as percentagens de conhecimento, de dúvida e de ignorância relativas a algumas questões funda-mentais sobre o HIV. Finalmente, houve um es-paço para debate, no qual os alunos procuraram esclarecer as suas dúvidas.As enfermeiras responderam a todos com clare-za e objectividade, tendo ficado claro que a SIDA (Síndroma da Imunodeficiência Adquirida) é o re-

sultado da entrada no organismo do HIV, que vai destruindo o sistema imunitário e debilitando a capacidade do organismo humano se defender, levando à morte. Foi sublinhada a ideia de que é possível estar-se in-fectado e não se evidenciar exteriormente qualquer sintoma da doença. Destacou-se, também, o facto de a doença não estar necessariamente associada a grupos de risco, como é o caso dos indivíduos ho-mossexuais e dos toxicodependentes. As relações sexuais não protegidas, a partilha de material cor-tante em contacto com sangue contaminado e a mulher grávida que infecta o seu filho são as formas normais e frequentes de transmissão do HIV. O GPSS, em complemento desta acção, preparou alguns cartazes alusivos à temática a afixou-os em vários pontos do colégio, para além de ter distri-buído marcadores aos alunos do Secundário.

No fundo, a mensagem transmitida, com estas diferentes actividades, foi a de que a vida tem um valor inestimável e não nos podemos deixar contaminar pela dúvida. O desafio lançado foi o da necessidade de adoptarmos sempre compor-tamentos saudáveis, conscientes e responsáveis. Não vale a pena arriscar!... Gabinete Por 1 Sexua-lidade Saudável

GPSS

Sessão sobre o HiV/Sida

Cartaz de sensibilização sobre o problema do HIV/SIDA

No dia dois de Dezembro, as turmas do 9º ano juntaram-se no Auditório António Joaquim Vieira para uma aula especial, a propósito de um dos maiores dramas dos tempos modernos: a SIDA. No segundo bloco da manhã, os alunos reflectiram a propósito da temática proposta, cuja data oficial se celebrara no dia anterior: 01 de Dezembro – Dia Mundial da Luta contra a SIDA. A sessão foi organizada pelo GPSS, Gabinete Por 1 Sexualidade Saudável, e orientada e dinamizada por três enfermeiras do Cen-tro de Saúde da Feira.

a, B, c da PáScoa A. ÁGUA: É fonte de vida e meio de purificação. A água simboliza a vida que é o próprio Cristo que morreu e ressuscitou para que a humanidade viva plenamente.B. BRANCO: Usam-se as vestes brancas nas cele-brações litúrgicas pascais, símbolo de pureza, paz e plenitude. O sacerdote usa paramentos brancos em sinal de festa.C. COELHO: É conhecida a sua capacidade para gerar grandes ninhadas. A sua grande fecundi-dade e fertilidade simbolizam renovação e vida nova.D. DOMINGO: Etimologicamente, significa o Dia do Senhor, pois foi o dia da ressurreição de Jesus Cristo. Os cristãos reúnem-se e celebram a sua fé neste dia.E. EUCARISTIA: Na quinta-feira santa, celebra-se a instituição da Eucaristia por Jesus. O pão e o vi-nho consagrados são o próprio corpo e sangue de Cristo.F. FOLAR: tradicionalmente, é o pão da Páscoa. É, também, a oferenda que os padrinhos dão aos seus afilhados e os fiéis ao seu padre.G: GIRASSOL: Esta flor está sempre voltada para o sol à procura da sua luz. Representa, também, a procura, por parte do cristão, da luz de Cristo ressuscitado.H: HOMEM: A natureza de Jesus Cristo é divina e humana. Pilatos, quando julgou Jesus, apresen-tou-o ao povo com a expressão “Ecce Homo”, “Eis o Homem”.I. INCENSO: O seu aroma perfumado invoca so-lenidade e festa. Nas celebrações litúrgicas é um sinal de honra e respeito e símbolo de oferenda sacrificial.J. JEJUM: É um gesto penitencial que consiste na privação voluntária de comida na quarta-feira de cinzas e na sexta-feira santa. Há, também, a absti-nência da carne.L. LUZ: Na Vigília Pascal, após momentos de escu-ridão, faz-se o fogo novo para acender o Círio Pas-cal que dará luz às velas nas igrejas e das pessoas.M. MORTE: Na sexta-feira santa celebra-se a morte de Jesus na Cruz. Na celebração litúrgica, escuta-se o relato da paixão e morte de Jesus e venera-se a Cruz.N. NOITE: O Concílio de Niceia, em 325 d.C., decidiu que o dia de Páscoa tivesse lugar no 1ºdomingo depois da lua cheia. Várias celebrações pascais acontecem à noite.O. OVO: Evoca a ideia de começo de vida. Os ovos coloridos simbolizam a ressurreição e o nascimen-to para uma vida nova.P. PROCISSÃO: Durante a Quaresma e, em espe-cial, na Semana Santa, realizam-se solenes e emo-cionantes procissões. A Via-Sacra é uma tradição muito popular. Q. QUARESMA: Período de 40 dias de preparação para a Páscoa. Começa na quarta-feira de Cinzas e prolonga-se até ao Domingo de Ramos. Segue-se a semana santa.R. RAMOS: As pessoas receberam Jesus em Jeru-salém com ramos de oliveira e palmeira, símbolo de vida e esperança. Os afilhados oferecem ramos aos padrinhos.S. SINOS: Os sinos das torres das igrejas e as cam-painhas do compasso anunciam solenemente a alegria e felicidade pela ressurreição de Jesus.T. TRÍDUO PASCAL: A Semana Santa termina com o tríduo Pascal constituído pelas celebrações de quinta-feira santa, sexta-feira santa e Vigília Pascal de sábado santo.U. ÚLTIMA CEIA: Na quinta-feira santa, celebra-se a instituição da eucaristia, o dom do sacerdócio e o mandamento do Amor. O ritual do Lava-pés simboliza o serviço.V. VISITA PASCAL: Passagem pela casa das pesso-as do Compasso, levando-se uma cruz florida e anunciando-se a vitória da vida sobre a morte em Jesus Cristo: Aleluia!X. XXI: Vinte e um séculos de cristianismo, funda-do na pessoa de Jesus Cristo e no desígnio divino de redenção da humanidade através do mistério pascal.Z. ZÉNITE: O ponto alto e auge das celebrações do cristianismo é a festa da Páscoa. Os aconteci-mentos do mistério pascal são o ponto culminan-te de todo o ano litúrgico.Professor Paulo Costa

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JANEIRO . FEVEREIRO . MARÇO 2009 | ENTRElinhas | 38 | 5

Percurso Escolar no colégio

Habilitações literárias Percurso Profissional

Maria Irene Alves dos Santos

Enfermeira eProfessora Coordenadora do Ensino Superior Politécnico na Área da Saúde

5º e 6º ano • Licenciatura em Enfermagem na Escola de En-sino e Administração de Enfermagem de Lisboa

• Curso de Enfermagem Complementar, Secção de Ensino e Secção de Administração, na Escola de Ensino e Administração de Enfermagem de Lisboa

• Mestrado em Ciências de Educação, Área Especifica de Pedagogia da Saúde, na Faculda-de de Psicologia e de Ciências de Educação da Universidade Clássica de Lisboa

• Pós-graduação em Bioética na Universidade Católica Portuguesa

• Curso e estágio de Análise Transaccional Centro de Estudos de Gestão e Organização Científica de Lisboa

• Foi docente na Escola Superior de Enfermagem da Imaculada Conceição• Foi Enfermeira-Professora e Professora-Coordenadora do Ensino Superior Politécnico• Integrou a Comissão Instaladora da Escola de Enfermagem Pós-Básica do Porto• Foi coordenadora do Departamento de Enfermagem da Organização e da Comunidade, presi-dente do Conselho Pedagógico e membro efectivo do Conselho Científico da Escola Superior de Enfermagem Cidade do Porto• Foi bolseira da Organização Mundial de Saúde, tendo realizado um estágio no Canadá, na Facul-dade de Ciências de Enfermagem da Universidade de Montreal• Colaborou na orientação do Mestrado em Pediatria da Faculdade de Medicina do Porto• Orientou teses de mestrado em Ciências de Enfermagem, no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar do Porto• Participou em vários trabalhos de Investigação, da Escola Superior de Enfermagem Cidade do Porto e do Ministério da Saúde• Actualmente colabora com o Secretariado da Educação Cristã, da Diocese do Porto, na formação de cate-quistas aos diferentes níveis e faz parte do Secretariado da Catequese da Paróquia de Santa Maria de Lamas• É parte integrante do Conselho da Fundação Santa Maria (entidade que tutela o Colégio Liceal de Santa Maria de Lamas)

Bruno Filipe Cunha Martins de Sousa Monteiro

Músico/Violinista Concertista

5º ao 12º ano

• Licenciado em Música (Violin Performance) pela Manhattan School of Music de Nova Iorque, como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian e do Centro Nacional de Cultura

• Mestrado em Música (Violin Performance) pelo Chicago College of the Performing Arts/Roose-velt University, como bolseiro do Ministério da Cultura/Gabinete das Relações Internacionais e do Ministério da Ciência, tecnologia e Ensino Superior

• Atribuída em 2007 uma bolsa de estudo pela Fundação Para a Ciência e tecnologia para Estudos de Doutoramento nos Estados Unidos da América

Universidade Nova de Lisboa, teatro Municipal de São Luiz, Centro Cultural de Belém, teatro Nacional de São Carlos e temporada de Música da Fundação Calouste Gulbenkian• Gravou por diversas vezes para a Televisão e Rádio (Antena 2, Rádio Clube Português e Rádio Europa) de Portugal• Tocou como solista com a Orquestra da Fundação Musical dos Amigos das Crianças de Lisboa, Or-questra da Escola Profissional de Música de Espinho, Orquestra Musicare, Nova Orquestra de Câmara do Porto, Orquestra Filarmónica das Beiras, Orquestra do Norte, Orquestra de Palma de Maiorca, Orquestra Clássica da Madeira, Orquestra Sinfónica Portuguesa e com a English Chamber Orchestra• Representou Portugal na Jeunesses Musicales World Orchestra, no naipe dos primeiros violinos, durante dois anos consecutivos. Integrado nesta orquestra, gravou ao vivo na Berlin Philharmonie, sob a direcção dos maestros Daniel Harding e Ole Kristian Ruud• No estrangeiro, actuou em Espanha (Festivais Internacionais de Música de Cura e Artà), França, Itália, Holanda, Alemanha (Berlin Philharmonie), Dinamarca (Radio Danish Hall de Copenhaga), Filipinas, Malásia, Coreia do Sul e E.U.A (nomeadamente como solista na Casa Italiana Zerilli Marimò e no Carnegie Hall de Nova Iorque)• Gravou, até ao momento, três trabalhos discográficos, intitulados DEBUT (NUM1154), 20th CEN-tURY EXPRESSIONS (NUM1173) e IN RECItAL • Galardoado nacional e internacionalmente, recebeu, entre outros, o 1º Prémio Nacional de Violino do Concurso da Juventude Musical Portuguesa de Lisboa e foi um dos vencedores com a Menção Especial do Júri do Ibla Grand Prize International Music Competition em Itália• Considerado pela crítica especializada como sendo “sem dúvida um dos melhores violinistas portugue-ses da actualidade” (Público). O seu som é descrito como “cristalino e hipnótico” (Jornal de Notícias). O mesmo jornal elogia igualmente o seu “virtuosismo” e as suas interpretações reflectem “a atenção ao por-menor, o fraseado certo e o cuidado na expressão. tudo é claro, sincero e veemente.” (Jornal de Letras)

ANtIGOS ALUNOS DO COLÉGIO

DIStINGUEM-SE NA VIDA ACtIVA

os notáveis ViiMaria Irene Santos e Bruno Monteiro são os actu-ais rostos da coluna que, neste jornal e no sítio do Colégio, periodicamente apresento ao leitor. Maria Irene Santos integrou a primeira turma desta esco-

la, de que era professor o Dr. António Vieira. É en-fermeira de formação, mas professora por vocação. Por sua vez, Bruno Monteiro é um jovem músico, mais propriamente violinista concertista, com uma

curta, mas já valiosíssima carreira. Em todo o caso, um e outro, seguramente constituem exemplos a seguir pelos nossos actuais alunos. Professor Gau-tier de Oliveira

Colaboram nesta Edição:Textos de: Ana Rita - 11º A1, Juliana Pinto - 11º B Artes Visuais, Daniela Sá e Ana Carminda Correia - 7º A, Flávio Miguel da Silva Azevedo e Rafael Dias da Luz - 7º H, Alexandre Maduro e Rui Alves - 7º H, Eduarda Alexandra Carvalho - 10º A6, Ariana Martins - 10º A5, Gil Cardoso - 12º A5, Rita Félix e Flávio Couto - 8º G, Marco - 8º I, Fábio Alexandre 9º C, Filipa e Sofia Lopes 9º F, Mariana Sá - 9º F, Bárbara - 5º L, Fernando Cruz - 5º D, Cláudia - 5º A, Isabel - 5º G, Alexandra Santos - 5º L, Ana Sofia - 5º E, Nuno Alves - 5º G, Juliana Sousa teixeira - 9º F, Alunos do 12º Ano do Curso tecnológico de Desporto, Maria Inês Azevedo - 8º H, Maria Leonor - 7º J, Gisela Andrade - 12º A2, Patrícia Couto - 12º C, Patrícia de Jesus - 12º A1, Rui Sarabanda - 12º C, Anaïs - 12º C e Ana tavares - 7º H.Professores António Joaquim Vieira, Gautier de Oliveira, Secretariado de Exames, Gabinete Por 1 Sexualidade Saudável, José Maria Samuco, Fernando Vicente e Alexandra Salomé, José Eduardo Pascoal, Isabel Pinto e Maria José Leite, Clube do Ambiente, Susana Ferreira (Conservadora do Museu de Santa Maria de Lamas), Mário César Correia, João Sousa, Grupo de Promoção da Leitura e Américo Couto.Fotografias de: Professores Luis Filipe Aguiar, Nuno Vieira, Margarida Coelho, Daniel Pedrosa, atelier de fotografia, Concei-ção Couto, Leandro 11º B Artes, Fernando Vicente, José Eduardo Pascoal.

Director: Joana VieiraEditor: Luis Filipe AguiarDesign e Paginação: Daniel Pedrosa

NOTA: os artigos assinados são da responsabilidade dos autores.

JORNAL DO COLÉGIO LICEAL DE SANTA MARIA DE LAMAS TRIMESTRAL . ANO XIII . JANEIRO | FEVEREIRO | MARÇO 2009

www.colegiodelamas.com

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Rua do Colégio - Apartado 107

4536-904 Sta Maria de Lamas

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A tolerância é a atitude por meio da qual procu-ramos compreender os erros, as falhas, os defei-tos e as limitações de outras pessoas, evitando contínuas reprovações. Ser tolerante significa sa-ber escutar as opiniões contrárias às nossas, com uma postura de apreço para com aqueles que as expressam; saber conviver com os defeitos de outras pessoas, sem necessidade de os realçar sempre.

tolerar é amar. Amar o diferente, precisamente, porque é diferente. Porque não é como nós. Amar como se fosse um dom que nos é dado por um ser supremo para praticarmos o bem, para sermos generosos, para servirmos o próximo sem esperar receber nada em troca, mesmo em relação a mui-tos daqueles que não são tolerantes.Às vezes, confundimos tolerância com permis-sividade. A permissividade consiste em justificar,

permitir e aprovar tudo. Ser tolerante não signifi-ca não expressar os próprios pontos de vista, não denunciar factos graves ou não apontar injustiças ou erros sociais. Pelo contrário, a tolerância ajuda a compreender os fenómenos humanos com mais objectividade e obriga-nos a assumir uma posição activa para conseguirmos evitar os erros e as suas consequências.

fundamentos da tolerância. A tolerância só faz sentido dentro de certos limites para salvaguardar e preservar as condições da sua existência. É o que Karl Popper (no seu livro “So-ciedade Aberta e seus Inimigos”. Belo Horizonte, Itatiaia, 1974) chama “paradoxo da tolerância”. De acordo com este pensador, se formos absoluta-mente tolerantes, inclusive com os intolerantes, e não defendermos a sociedade tolerante contra o ataque destes, os tolerantes serão aniquilados e, juntamente com eles, a tolerância.A tolerância infinita é a tolerância do horror e da crueldade. Portanto, tolerar o Apartheid ou o Na-zismo, por exemplo, seria ser cúmplice, no mínimo

por omissão, e essa tolerância já seria colaboração com o horror ou com a maldade.Uma virtude não se pode entrincheirar na intersub-jectividade virtuosa. Ou seja, quem só é justo com os justos, generoso com os generosos, misericordioso com os misericordiosos não é nem justo, nem ge-neroso, nem misericordioso. Nesse sentido, também não é tolerante quem só tolera os tolerantes.Por outro lado, a tolerância não pode depender do ponto de vista dos intolerantes. Não podemos renunciar a tolerância para com aqueles que não a praticam.

como educar para a tolerância. Praticar a tolerância é viver uma coexistência in-ter-comunitária e multicultural, e tudo fazer para a resolução pacífica das divergências.Incutir no espírito dos jovens uma cultura de to-lerância passa por educá-los no espírito de com-preensão e abertura aos outros, na sua cultura e na sua história.Para alcançar uma cultura de tolerância, os educa-dores devem levar os jovens a rejeitar a violência

e a usar meios pacíficos para resolver os conflitos e os desacordos.Aos educadores cabe, também, adoptar uma atitu-de desprovida de arrogância na sua relação com os jovens, a seu cargo, no processo educativo, tendo em vista imbuí-los de uma cultura de tolerância.Uma preparação intelectual que permita formar opiniões livres, humildes e responsáveis é, igual-mente, uma dimensão que o educador deve transmitir aos jovens para que estes sejam cultu-ralmente tolerantes.Para fazer com que os jovens pratiquem a tolerân-cia, o educador deve, adicionalmente, abordar de maneira distinta a ética e os valores transmitidos pelas diferentes religiões e incentivar o conheci-mento mútuo entre nações, para evitar precon-ceitos e estereótipos.todos nós temos o direito de opinar sobre qual-quer assunto. todavia, isso não significa que este-jamos certos e que as nossas opiniões sejam ver-dadeiras. O ser tolerante impõe que, nas relações sociais, impere a força da razão e não a razão da força. Professor José Maria Samuco

Educar para a tolerância

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Professores Fernando Vicente e Alexandra Salomé

Olá Amigos!Nesta edição do “Cantinho da Ciência”, aborda-mos, como já vem sendo hábito, temas muito diversificados: sabiam que 2009 é o Ano Interna-cional da Astronomia? Vamos dar a conhecer as inúmeras actividades que se desenvolverão por todo país e também na nossa escola; falaremos também dos “gases nobres”, esses elementos que já pelo nome nos surpreen-dem; este ano celebram-se tam-bém os 200 anos do nascimento de Charles Darwin; concluímos com algumas curiosidades “animalescas”! Saudações cien-tíficas!!!

2009: ano internacional da astronomia!

No ano de 2009 comemoram-se 400 anos das primeiras ob-servações de Galileu realizadas com um te-lescópio. Sem se aper-ceber, Galileu escreveu uma das páginas mais importantes na his-tória da Astronomia, Cultura Cientifica e na Civilização Ocidental. Para muitos, existe

uma Astronomia antes de Galileu e depois de Galileu. Uma Astronomia que se apoia na

observação e tenta descrever o Universo tal como o vemos. Reconhecida a importância da data, a União Astronómica internacional (IAU), a UNESCO e a Organização das Nações Unidas (ONU), declararam 2009 “Ano Internacional da Astronomia”. O Ano Internacional da Astrono-mia 2009 (AIA2009) pretende, antes de mais, ser uma celebração global da Astronomia. Um pouco por todo o país, desde escolas aos diferentes Centros de Divulgação Científica, serão desenvolvidas inúmeras actividades. Aqui bem próximo destacam-se o Centro Multimeios em Espinho e o CAUP (Centro de AstroFísica da Universidade do Porto) com inú-meras actividades para todos. Aqui ficam os contactos para poderem aceder ao calendário das actividades: Multimeios - http://www.mul-timeios.pt/eventos/2 CAUP - www.astro.up.pt. Na nossa escola irão realizar-se sessões num miniplanetário para todos os alunos do 7º ano; no dia 20 de Março, pelas 21:30h teremos uma sessão de Observação Nocturna e no 3º Período (em data a anunciar) uma Palestra “O Universo e as estrelas” destinada aos alunos do 10º ano. Professor Fernando Vicente

os gases nobres

Os elementos químicos, ou seja, todos os símbolos que representam as pequenas partículas existentes no nosso mundo, estão distribuídos numa tabela, a “tabela Periódica dos Elementos”. Esta tabela é constituída por linhas e colunas, respectivamente chamados de Períodos e Grupos. Estes Grupos e/ou Perí-odos dão origem a famílias. Estas famílias são criadas devido às semelhanças entre as carac-terísticas dos elementos. Elementos esses que são representados, normalmente, por uma ou duas letras que fazem parte do seu nome. Os Gases Nobres são uma família desta tabela. São chamados Gases Nobres não porque se-jam reis ou rainhas e porque pertençam à No-breza como classe social, mas sim porque são

gases raros, gases muito especiais. Não são elementos que aparecem na Natureza com tanta frequência como o oxigénio, o azoto,

o ferro ou o cálcio. A esta família que re-presenta o Grupo 18 da tabela Periódica pertencem os gases: Hélio (He), Neon (Ne),

Árgon (Ar), Crípton (Kr), Xénon (Xe) e Rádon (Rn). Estes 6 elementos representam, na Na-tureza, átomos inertes, ou seja, átomos que reagem muito dificilmente com o meio onde estão. Devido a estas características, que mais nenhum elemento possui, estes elementos do Grupo 18 são os Gases Nobres. O Néon, o Árgon, o Krípton e Xénon são muito utiliza-dos na iluminação enquanto o Hélio é usado nos balões dirigíveis, como líquido de refri-geração ou como atmosfera artificial para os mergulhadores. Daniel Rodrigues, 10º A

curiosidades “animalescas”…

A vaca é um mamífero, isso já sabíamos! Mas que é capaz de em 8 horas consumir até 70 kg de erva! tanto apetite :)A baleia azul é um cetáceo, um gigante dos oceanos! Gigante é também a quantidade de ar que o seu pulmão pode conter: aproxima-damente 5000 litros :)O urso pardo é um mamífero que serve de inspiração para os nossos peluches de brin-car! Mas imaginar que um urso pardo macho pode atingir os 780 kg, é assustador:)O elefante africano é um animal que precisa de beber diariamente 200 litros de água! Se houvesse limite como nas bebidas alcoólicas, o elefante estava tramado :)A mosca, animal que nos rodeia e que pode, por vezes, tornar-se irritante produz 400 a 1000 ovos na sua vida…uma geração de irritação :)O pato-mandarim é uma ave que em cada postura põe de 9 a 12 ovos! Certamente é matemática, à dúzia é mais certinho. Nuno 5º L (com a Profª Salomé)

…E letras baralhadas!Consegues identificar estes animais?

AMLA ____________________(Animal com pêlos abundantes que protegem do frio)

ãOACELAM__________________(Animal cujo revestimento lhe serve de camuflagem)

OCORP ___________________ (mamífero com pêlos curtos e rijos)

NHLOGIFO _________________(mamífero aquático que só tem pelos nos primeiros

tempos de vida)

-ONNOIRREtEC _________________(animal com pele muito espessa que forma pregas grossas)

APPAIOAG ____________________(animal com penas de cores vistosas)

Nuno 5º L (com a Profª Salomé)

data a recordar: 12 de fevereiro de 1809!

Nasce Charles Darwin, na cidade de Shrews-bury, em Inglaterra. É filho do Dr. Robert Da-rwin, físico e médico. Quando a mãe morre, tinha Darwin 8 anos. Darwin inscreve-se num curso clássico na Universidade de Cambrid-ge, mas a única disciplina que frequenta com regularidade é botânica. Nessa instituição co-nhece o professor Henslow que o recomenda para o cargo de naturalista na expedição do HMS BEAGLE. Beagle era um pequeno navio da marinha britânica que partiria em missão de investigação científica e em estudos hi-drográficos na América do Sul.Durante os 5 anos desta expedição o jovem naturalista observa, descreve, regista, reco-lhe e desenha inúmeras situações/aspectos da natureza que levariam às ideias da teoria da evolução das espécies. Darwin, homem simples, casa com uma prima, Emma, com a qual tem filhos, um dos quais morre com 19 meses, o que lhe provocou profundo des-gosto…Hoje é célebre e reconhecido pela comunidade científica… não foi um aluno (muito) brilhante - ouviu do próprio pai “só te preocupas com caça, cães e ratos, serás a vergonha da família e de ti mesmo…” Estava enganado! Professora Alexandra Saloméca

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Estas actividades tiveram início no dia 2 de Março com “A Química divertida” para todas as turmas do 5º ano.Foi também organizada uma exposição de traba-lhos/projectos elaborados pelos nossos alunos (desde o 7º ano até ao 11º ano), com temáticas muito diversificadas – o Sistema Solar, Energias Renováveis – subordinadas ao tema geral “Física e Química na Nossa Vida”.Das restantes actividades desenvolvidas desta-cam-se as relacionadas com o Ano Internacional da Astronomia: Sessões com um Mini-planetário para todos os alunos do 7º ano e uma sessão de Observação Nocturna “…A Ver Estrelas” destinada a toda a comunidade escolar, a 20 de Março.O grupo de Física e Química agradece a colabo-ração de todos os colegas e também da Direcção Pedagógica do nosso Colégio que garantiu todas as condições para que as actividades pudessem ser organizadas. Professor Fernando Vicente

O que eles disseram… com fotos!JORNADAS DA FíSICA E QUíMICA

Electrões em acção!Como já vem sendo hábito, o grupo de Física e Química desenvolveu, também este ano lectivo, um conjunto de várias actividades de divulgação científica.

“Eu gostei desta actividade porque foi divertido e aprendi mais sobre Ciência!” Cláudia, 5º A

“Eu gostei muito de vir cá, principalmente para fazer o pega-monstro!” Alexandra Santos, 5º L

“Adorei o laboratório! Foi “bué de fixe”! Ana Sofia, 5º E

“Esta actividade foi muito gira e divertida! Queria vir cá novamente!” Isabel, 5º G

“Gostei de tudo!” Nuno Alves 5º G

“Esta actividade foi muito interessante e também me mostrou muitas experiências que eu nunca tinha visto. Gostei muito!” Fernando Cruz, 5º D

“Eu gostei muito desta actividade, foi muito divertido. Só queria era saber como se faz! Queria vir cá mais vezes!” Bárbara, 5º L

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JANEIRO . FEVEREIRO . MARÇO 2009 | ENTRElinhas | 38 | 7

atelier de gravura e alunos dos cursos Profissionais em visita ao Museu nacional da imprensa

No passado dia 5 de Dezembro de 2008, os alunos do Ensino Profissional do 10º INF B e 10º AS partici-param numa “saída de campo” ao Museu Nacional da Imprensa, no Porto, promovida pelos professo-res da disciplina de Área de Integração.

A visita, que se desenrolou durante a manhã, teve dois objectivos essenciais: conhecer o espólio do Museu Nacional da Imprensa, através da exposi-ção “MEMÓRIAS VIVAS DA IMPRENSA”, e apreciar os trabalhos apresentados na exposição temporá-ria “PORtO CARtOON – O RISO DO MUNDO”.A primeira exposição, que inclui um conjunto di-versificado de máquinas impressoras, autênticas relíquias da indústria gráfica, ocupa, desde 1997, a “Sala Rodrigo Álvares”. Nascido em Vila Real, este impressor utilizou, em 1497, a técnica dos caracte-res ou tipos móveis, desenvolvida por Gutenberg na Alemanha, cerca de 50 anos antes. Por ter im-primido no Porto, dois livros, a pedido de D. Diogo de Sousa, então bispo daquela cidade, Rodrigo Álvares foi considerado o “Gutenberg Português”. Esta exposição foi orientada por uma guia, que ex-plicou detalhadamente o significado e a utilidade de cada máquina impressora, numa perspectiva cronológica. Os alunos tiveram ainda a oportuni-dade de experimentar algumas prensas manuais

e levar para casa um exemplar da sua impressão. A visita prosseguiu pela exposição PORtOCARtO-ON - O RISO DO MUNDO.Aqui, os alunos puderam apreciar dezenas de obras de cartoonistas internacionais sobre a temá-tica dos “Direitos Humanos”, e simultaneamente os trabalhos premiados nas edições anteriores do PortoCartoon-World Festival. Esta iniciativa, promo-vida pelo Museu Nacional da Imprensa, tem vindo a impor-se cada vez mais na cena internacional e aquele festival já é considerado um dos três princi-pais concursos mundiais de humor, de acordo com a classificação internacional dada pela FECO (Fede-ration of Cartoonists Organisations). Na sala onde decorria esta última exposição, os visitantes foram ainda surpreendidos com uma mostra de jornais escolares da região do Grande Porto, onde se encontrava presente uma edição do nosso “Entrelinhas”.A visita terminou no final da manhã, altura em que regressámos ao Colégio, tendo sido do agrado de todos, uma vez que permitiu, por um lado, articu-lar os conteúdos adquiridos nas aulas com o saber prático vivenciado no Museu e, por outro, criar um momento de convívio entre alunos e professores, fora do ambiente escolar. Professor José Eduardo Pascoal

Ao contrário do que tinha sido habitual, o dia 26 de Janeiro mostrou-se com um agradável Sol de Inverno que ajudou a aquecer a brisa provenien-te do Rio Douro. Foi neste dia que os alunos do atelier de gravura, coordenado pela Professora Margarida Coelho, se deslocaram até ao Museu da Imprensa.

O Museu Nacional da Imprensa tem por missão inventariar e recuperar o património tipográfico e da imprensa do país, assim como promover activi-dades de dinamização cultural, numa perspectiva antropológica, educativa e turística.tendo como lema “o prazer da cultura”, a missão do Museu inscreve-se também na valorização da história da imprensa e das artes gráficas, no con-texto da evolução da sociedade.Desde a inauguração, ocorrida em Abril de 1997, que este Museu desenvolve as suas actividades de forma a romper com o paradigma tradicional dos museus. O MNI abriu como o primeiro “museu vivo” do país,

funciona 365 dias no ano e orienta a sua estratégia para a descentralização cultural e a internacionaliza-ção, numa linha de conquista de novos públicos. Este museu mantém um espólio permanente e ainda várias exposições temporárias. Os visitantes têm acesso a um conjunto variado de maquinaria antiga que era usada no passado para impressões material que ainda é utilizado, até durante a visita!Fazem ainda parte das exposições permanentes miniaturas tipográficas e obras premiadas das edições do Porto Cartoon-World Festival. Tivemos ainda oportunidade de ver outras exposições temporárias, destacando-se a de gravura.Esta última permitiu-nos experienciar uma dinâ-mica de gravura mais profissional, algo que se de-monstrou muito útil quer no próprio atelier, quer na nossa formação artística.Para os amantes de gravura e história, e ainda para os apreciadores de uma boa vista sobre o Douro, os alunos do atelier de gravura aconselham a visi-ta a este museu. Juliana Pinto, 11º B Artes Visuais

coMPoSiÇÃo dos textos para impressão

caiXa dE TiPoS selecção de caracteres

Atelier de Gravura

10º Inf e 10º A5

PREnSa impressão do texto

PoRTo caRToon em exibição

Esta visita, promovida pelo Professores de Portu-guês do Colégio, pretendeu “abrir o apetite” para a abordagem de uma das obras mais emblemáticas do prémio Nobel da literatura português e conteú-

do da disciplina no 12º ano.Depois de um “ sacrifício” por parte de todos, para estarem prontos e no portão do Colégio às 6h30 e após uma maçadora viagem de autocarro, chegá-

mos a Mafra por volta das 10h30m. E logo no perí-odo da manhã, uns alunos foram visitar o convento e outros foram assistir à peça de teatro. Relativamente à visita, foi bastante interessante – um dos aspectos a salientar é a biblioteca (onde vivem uns pequenos morcegos devoradores de larvas ou outros insectos que possam danificar os livros!). Outro aspecto que importa referir é o facto de todos se sentirem minúsculos ante a imponên-cia apresentada pelo convento devido à sua gigan-tesca dimensão.A parte da representação, apesar de ter sido um teatro emotivo e bem representado, levou a que

alguns alunos perdessem um pouco a atenção - talvez o cansaço e o lugar que lhes foi destinado tenham contribuído para tal.Por fim, apesar de cansados, a viagem de volta fez-se mais agradavelmente, pois viemos todos a can-tar e a falar, animando assim a longa viagem que terminou por volta da 21h, quando chegámos de novo ao Colégio.Foi uma visita interessante e o esforço que todos canalizaram para a sua concretização saiu compen-sado: afinal, a possibilidade de contactar com uma realidade diferente e nova é sempre uma motiva-ção adicional. Gil Cardoso, 12º A5

ALUNOS DO 12º ANO DO COLÉGIO VISItAM

Palácio/convento de MafraNo passado dia 4 de Março, os alunos do 12º ano foram a Mafra, visitar o palácio/convento e assistir a uma representação teatral referente à obra “Memorial do Convento”.

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“A ADOLESCêNCIA”

Ao longo do primeiro período, na discipli-na de Educação Moral e Religiosa Católica, dialogámos sobre o tema “A Adolescência” e descobrimos algumas transformações que surgem durante esta fase ao nível físico, psi-cológico, afectivo, espiritual e social.

Visualizámos ainda acetatos sobre a ovulação e o desenvolvimento do sistema reprodutor masculino e feminino durante a puberdade.No âmbito do planeamento familiar, desen-volvemos os nossos conhecimentos sobre os

vários métodos anticonceptivos, as D.S.t. (Do-enças sexualmente transmissíveis) e os proble-mas que podem originar. Acerca deste assunto foi-nos apresentado, em PowerPoint, um traba-lho cujo título era “A Adolescência”.No quadro interactivo, os alunos viram um ví-deo sobre “Fases na Puberdade” e reflectimos sobre a mensagem transmitida. Durante o segundo período, os alunos prepara-ram a Gala das Estrelas 3D – “Diálogo, Descober-ta e Desenvolvimento” e a nossa turma preparou uma coreografia intitulada “Amor e Felicidade”.O espectáculo foi apresentado às várias turmas no grande auditório no dia 19 de Fevereiro. Ale-xandre Maduro & Rui Alves, 7º H

“O AMOR E A FELICIDADE ’’

Vai procurar mais alémSe queres encontrar alguémNada de falsidadeSó o amor e felicidade (Refrão 2x)

Desta vez eu falo de sexualidadeIsso só acontece através da liberdadeÉ para quem tem MentalidadeMas se queres que isso aconteçatens de ir com calma para não perderes a cabeçatens de ter muito cuidadoPara não fazeres algo de muito erradotens de ter a mente esperta mas é sem medotoma precaução para não teres um bebé a pedir-te um brinquedotem cuidado, não é brincadeiraVê lá, não faças asneiratens de amar do tamanho da multidão

No passado dia 19 de Fevereiro de 2009 teve lugar a Gala das Estrelas 3D: Diálogo, Desco-berta e Desenvolvimento.

Nela, todas as turmas do 7º ano fizeram uma pequena apresentação sobre a sexualidade (tema tratado nas aulas de E.M.R.C. - durante os primeiro e segundo períodos - nas quais fomos dialogando, descobrindo e desenvol-vendo).O primeiro grupo foi os “Love Heroes”, que apresentou um musical sobre as profissões e um lindo poema sobre o amor.Seguidamente, actuou o grupo “Ellas e Elles”,

que trouxe os temas: “Eu não sei quem te per-deu” de Pedro Abrunhosa e a dança “Insaciável” de Angélico.O espectáculo prosseguiu com a actuação dos ”Janotinhas no Blog da Adolescência”, in-terpretando a música “Longe do mundo” de Sara tavares.Posteriormente, actuou o grupo “As Máscaras”, que dançou um excerto da música “Fala-me de ti”, do t.t., que fala de uma paixão pela rapariga mais pretendida da Escola.O quinto grupo a apresentar um vídeo foi “Os Superstar” que fez um vídeo-clip da música “Não há estrelas no Céu” de Rui Veloso e que

contou com a participação de familiares.O sexto grupo - “Os Primeiros Impulsos”, inter-pretou e apresentou uma coreografia da músi-ca “Foi Feitiço” de André Sardet.Seguidamente, actuou o grupo “Baby Dolls” que dançou as músicas “Lady, deixa-te levar” e “Faz acontecer” de t.t..Posteriormente, visionámos um filme, em fan-toches, - “Reviravoltas no tempo” - realizado pelo grupo “twenty-seven Stars”, que respon-deu a questões como a razão do amor não ser egoísta, de que se sente com o coração, etc. O nono grupo - “Pequenos Adolescentes” - apresentou um vídeo e uma dramatização so-bre a impaciência dos adolescentes para com o crescimento. O grupo seguinte mostrou como fazer uma re-lação durar com a frequência hip-hop da mú-sica “Amor e Felicidade” escrita por R.D.L. dos

fantásticos R.F.M. e C.A.O espectáculo prosseguiu com o vídeo “007, Ordem para Amar” no qual foi tratado o tema: o amor com as transformações na adolescência.Seguidamente, “Os Contemporâneos” mostra-ram-nos uma linda história em fotos chamada “O Fio Encantado” que foi sobre a constante pressa dos adolescentes para crescer e o quan-to isso os pode prejudicar.Por fim, visionámos um filme realizado pelos alunos do “Studio D” que se chamava “Um dia com…”, onde esclareceram algumas dúvidas que perturbam os adolescentes da actualidade. E assim terminou esta gala que mostrou um grande esforço, dedicação e criatividade por todos os alunos do 7º ano. Esta gala, fantástica, foi muito significativa para todos aqueles que a ela assistiram. Daniela Sá e Ana Carminda Correia, 7ºA

GALA DAS EStRELAS 3D

diálogo, descoberta e desenvolvimento

Uma pessoa que tenha ocupação no teu coração Não é um simples amigo, é o teu namoradoProva o amor que sentes para ele ficar pasmadotens de fazer alguma cena novaSe estás apaixonado, trabalha, comprovaAma quer estejas com ela ou sozinhoO amor consiste na verdade e no carinhoPor enquanto namoras, mas pode dar em casamentoSe amas mesmo a pessoa tem de ‘tar no teu pensamentoSai de casa e grita por ela na rua Pensa nela que a mesma levar-te-á até à LuaOu podes ir até às nuvensMas cuidado podes ter vertigensViaja para fora do paísSê criativo, torna a pessoa felizNão a faças sofrer, não a trates malPensa numa prenda fixe para o NatalPensa num casaco ou num calção Pensa em cenas positivas, nunca na traição Ama, e faz com que a relação para sempre continue

Faz com que a relação cresça, nunca recueUsa a inteligência para a relação durarReflecte, não faças asneira se não a relação terá de terminar(Refrão)Agora eu dou continuidade a esta históriaSó para te relembrar a MemóriaE para não te esqueceres deste aviso Muito importanteNão sei porquê que isto para ti é muito hilarianteIsto é a sério, não estejas a brincarReflecte, senão o terror começa e nunca Mais vai acabar“ – Quem te avisa teu amigo é.’’Só quando acontece algo, é que te pões firme, e em pé? Não faças isso, pois já é tarde a maistenta comprovar agora, porque nunca é demaisJá está o Meu aviso feito Agora é tudo, tu é que tens de tirar o proveito, com jeitoPorque se não fizeres algo correctoO aviso não vai dar certo, não vai dar certo…(Refrão)Flávio Miguel da Silva Azevedo & RDL (Rafael Dias da Luz) 7.º H

aUdiTÓRio anTÓnio JoaQUiM ViEiRa acolheu o festival 3D preparado com entusiasmo pelos alunos do 7.º ano.

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CLUBE DA SAÚDE

A saúde é o alicerce da qualidade de vida, tornando-se neces-sário articular o avanço científico e tecnológico com os com-portamentos a desenvolver na sociedade. Para que haja esse desenvolvimento, o Colégio conta com o Clube da Saúde.

E este ano não podia ser excepção. O Clube da Saúde continua no activo, contando com dois grupos distintos, sendo que o primeiro é constituído por alunos do 10º ano sob a coordena-ção da professora Isabel Pinto e o segundo por alunos do 11º e 12º ano sob a orientação da professora Maria José Leite.O Clube é também uma forma de Educar para os Valores, além de ser uma forma de desenvolver algumas competên-cias, como a discussão sobre a importância da aquisição de hábitos individuais e comunitários que contribuam para a

qualidade de vida; a avaliação e gestão de riscos e tomada de decisão face a assuntos que preocupam as sociedades, tendo em conta factores ambientais, económicos e sociais; a cooperação com os outros em tarefas e projectos comuns e o relacionamento harmonioso do corpo com o espaço, numa perspectiva pessoal e interpessoal promotora da saúde e da qualidade de vida.

o clube da Saúde tem vindo a desenvolver actividades desde a elaboração de um concurso para a criação de um lo-gótipo do mesmo e a criação de um cartão com os números de emergência nacionais. Contou, também, com a realização de um Curso de Primeiros Socorros orientado pelo enfermei-ro António Luís Silva, representante da A2 Saúde - Empresa de Formação e Cuidados na Saúde, Lda. Este curso decorreu entre Novembro e Janeiro de 2009 no total de 12 horas. Os alunos do

Clube da Saúde, após a realização de um teste escrito e de um teste prático, receberam um “Certificado de Curso” (registe-se que vários alunos obtiveram a classificação final de 20 valores!).Não podemos terminar sem solicitar a colaboração de toda a co-munidade escolar para futuros projectos, uma vez que a saúde pertence a todos nós. Professora Isabel Pinto e M.ª José Leite

Ao longo da Semana da disciplina de E.M.R.C (16 a 21 de Fevereiro) foram desen-volvidas diversas actividades. Entre elas, foi visível, no espaço de recreio, a exposição Manta de Retalhos, elaborada pelos alunos de todas as turmas do Colégio. O desafio foi escolher uma palavra que expressasse um aspecto da temática em reflexão. A partir daí, cada turma elaborou um painel em sera-pilheira com o vocábulo escolhido, acompa-nhado de imagens e símbolos relacionados.

Os painéis de cada turma eram pedaços de uma grande e bonita manta de retalhos. tal como num puzzle, cada peça isolada-mente não tem sentido, mas juntas formam um conjunto harmonioso. Cada pessoa é como que uma peça da sociedade. Sem o contributo de cada um, a sociedade fica mais pobre. Esta actividade teve um grande impacto na comunidade escolar pois envolveu todas as turmas e o resultado foi muito interessan-

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MANtA DE REtALHOS DE EMRC

“crescer em segurança”

A vida está cheia de coisas maravilhosas que importa descobrir, cultivar e valorizar. Contudo, existem, também, realidades que nos debilitam e empobrecem. Há inúmeros perigos que nos ameaçam e estão à espreita, atacando, sobretudo, as nossas fragilidades. Para evitarmos ser vítimas destas ameaças à nossa integridade, é necessário criarmos barreiras eficazes que nos protejam devidamente. Neste contexto, o Conselho Pedagógico decidiu que o nosso Colégio, no presente ano lectivo, reflectisse e estudasse o valor: «Crescer em segurança».

caMPo dE JogoS foi o local escolhido para receber esta manta de retalhos.

te. É extremamente importante promover este tipo de projectos para que estas temá-ticas sociais sejam bem reflectidas pelos jo-

vens de hoje, para que, no futuro, sejamos cidadãos saudáveis e vivamos em segurança a todos os níveis. Ariana Martins, 10ºA5

De facto, a sexualidade é uma realidade mara-vilhosa que faz parte da nossa essência, des-de o primeiro momento da nossa existência e nos acompanha até ao ocaso da vida. Consti-tui-se como um autêntico dom de Deus, que de tudo quanto criou disse que era bom.Como vem sendo habitual, a música serviu

de base de trabalho para o Festival que teve lugar no dia 19 de Fevereiro, no auditório An-tónio Joaquim Vieira. Este ano lembrámos, de forma singular, a nossa feminilidade e mascu-linidade, na harmonia F&M e para celebrar a vida e a proximidade da vida adulta, viemos vestidos de forma solene.

No entanto, o verdadeiro desafio foi o do 1ºperíodo, onde fomos convidados a estu-dar, pensar e viver uma sexualidade séria e sem tabus, de forma consciente, esclarecida e responsável. Para as coisas não ficarem pela teoria, ao longo de alguns meses procurá-mos, também, preparar um festival musical à volta da ideia da Harmonia, na música, na vida e na pessoa de cada um. Na verdade, deturpar a beleza da sexualidade humana é estragar e desafinar o autêntico sentido e valor da vida.Foi com o objectivo de reflectir a devida aten-ção para a pluralidade das dimensões da se-xualidade que coube a cada turma trabalhar um subtema. Ao longo do Festival, tivemos a oportunidade de assistir a uma curta en-

cenação introdutória, e de tom ligeiramente cómico para cada tema, seguida da interpre-tação de um clássico da música portuguesa, acompanhada de um PowerPoint como ce-nário da apresentação de cada turma.

Ao longo e no final do Festival, era eviden-te uma comunidade escolar radiante onde, quer alunos quer professores, viram as suas expectativas relativas ao Festival superadas. Educação Sexual assim, vale a pena. Fomos os autores e actores de uma aula diferente. O ambiente foi mágico, e creio que todos os que o viveram tiveram a perfeita noção do quão original foi e a certeza de que terá sido, de facto, inesquecível! Eduarda Alexandra Carvalho,10ºA6

FEStIVAL HARMONIAS F&M

Por uma sexualidade no tom idealJá é tradição da disciplina de Educação Moral Religiosa e Católica organizar um evento especial com as turmas do 10ºano, com base na temática da Educação Sexual. A iniciativa está na linha da intenção do Colégio de proporcionar aos seus alunos uma educação integral, baseada em valores morais, éticos e sociais. A intenção é, verdadeiramente, a de educar para a Vida!

aUdiTÓRio anTÓnio JoaQUiM ViEiRa encheu para assistir ao festival harmonias F&M

Esta actividade matemática arrecadou vários fãs do 7º, 8º e 9º ano de escolaridade por todo o país. Vários alunos do nosso colégio participam sema-nalmente em treinos online para se prepararem para a competição final que irá realizar-se no dia 28 de Abril, na Universidade de Aveiro.

Virão alunos de todo o país, de trás-os-Montes ao Algarve, para tentarem alcançar o primeiro lugar. No nosso Colégio, existem vários alunos que po-derão arrecadar prémios... Estes já pertencem ao tOP100 nacional e esperam ir a Aveiro. Como exis-tem vários alunos capazes de representar o nosso Colégio, teremos de participar numa prova selecti-va, pois apenas poderão entrar na competição final 5 equipas de cada ano de escolaridade. Esperamos o vosso apoio e tentaremos retribui-lo com boas classificações! Rita Félix e Flávio Couto, 8ºG

COMEÇOU A FEBRE DO EQUAMAt:

competição Matemática online

o que é o Equamat?É um programa informático desenvolvido pelo Projecto Matemá-tica Ensino do Departamento de Matemática da Universidade de Aveiro, é dirigido aos alunos do 3º ciclo do ensino básico para mos-trarem os seus conhecimentos de Números e Cálculo, Proporcio-nalidade Directa, Equações do 1º e 2º grau, Geometria, entre outras questões. tem como objectivos desenvolver o gosto e o interesse pela Matemática, ajudar a criar hábitos de trabalho, favorecer o uso da Internet nas escolas e melhorar os conhecimentos específicos da Matemática.

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a aUToRa explica as suas motivações…

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ENCONtRO COM ESCRItORES

ana Saldanha vem ao colégio falar dos seus livros

No presente ano lectivo, continuando a acre-ditar que é uma tarefa prioritária estimular tanto a capacidade de ler como o prazer que esse acto implica, o Grupo de Promoção da Leitura, em colaboração com os docentes de Língua Portuguesa, procurou, mais uma vez, que os alunos tivessem a oportunidade de contactar pessoalmente com alguns dos au-tores com os quais mais se identificam.

Nesse sentido, o Colégio recebeu, no dia 29 de Janeiro, a visita de Ana Saldanha, uma das mais interessantes e reconhecidas autoras na área da literatura infanto-juvenil. Depois de um período de preparação, no qual tiveram um papel importante alguns professores de Educação Visual e a turma de Design do 12º ano, a escritora reuniu-se, no Grande Auditó-rio e na Biblioteca, com vários grupos de alu-nos do terceiro Ciclo.

QUEM é ana SaldanHa?...Licenciada em Línguas e Literaturas Moder-nas, variante de Estudos Portugueses e Ingle-ses, pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto, cidade onde nasceu, Ana Saldanha é conhecida como uma das melhores escrito-ras portuguesas para jovens. Foi professora de Português do Ensino Secun-dário, professora de Inglês no Instituto Supe-

rior de Contabilidade e Administração do Porto, Leitora de Português nas Universidades de Birmingham e de Glasgow, dedicando-se também à tradução. Foi distinguida pelo ro-mance juvenil três Semanas com a Avó (men-ção honrosa do Prémio Adolfo Simões Müller) e recebeu o Prémio Cidade de Almada pelo romance Círculo Imperfeito.Seleccionado para as Olimpíadas da Leitura de 1996 e recomendado pelo International Board on Books for Young People, o romance juve-nil Uma Questão de Cor foi finalista do Prémio Unesco de Literatura Infantil e Juvenil em Prol da tolerância de 1997. A Princesa e o Sapo e Dentro de Mim, Pico no Dedo, O Pai Natal Pre-guiçoso e a Rena Rudolfa, Escrito na Parede, Sam e o Som e O Romance De Rita R. são algu-mas das obras mais recentes da autora. As suas narrativas reinventam, com humor e sensibilidade, temáticas plenas de actualidade, não raras vezes tendo como cenário o espa-ço urbano. Ela apresenta-nos quase sempre figuras próximas do real (muitas vezes, ado-lescentes em idade escolar), que dota de uma forte componente humana, demorando-se no desenho da sua intimidade, dos seus conflitos pessoais e das suas angústias. As suas novelas e os seus contos são construídos através de um discurso hábil e muito vivo, o que contri-bui para que nos sintamos envolvidos e per-manentemente entusiasmados.

O que eles disseram…

Eu achei a Ana Saldanha uma escritora com ca-rácter e personalidade. Os seus livros são muito interessantes. Na sua visita ao Colégio, ela apro-veitou para falar um pouco de si e dos seus livros, incentivando-nos a ler mais. Marco 8º I

Inicialmente, como não conhecia bem a escri-tora, tinha a ideia de que iria ser uma activida-de um pouco aborrecido, porque pensava que ela se limitaria a falar dos seus livros e não nos daria a possibilidade de intervir. Felizmente, eu estava enganado, porque, como éramos pou-cos alunos, o encontro com ela acabou por ser divertido e estimulante… O livro autografado por ela já se encontra na primeira prateleira da minha estante, junto daqueles de que eu mais gosto. Fábio Alexandre 9º C

Foi num ambiente de expectativa e de en-tusiasmo que a escritora Ana Saldanha nos visitou. Ela deixou-nos muito bem impressio-nados com a disponibilidade e amabilidade que demonstrou e conseguiu mostrar-nos que a leitura e a escrita devem ser activida-des fundamentais nas nossas vidas. Gostaria muito que continuássemos a receber estas personalidades deveras importantes para o enriquecimento cultural dos jovens. Filipa e Sofia Lopes 9º F

Este ano tivemos o privilégio de receber a visita da escritora Ana Saldanha. Ela foi dando res-posta, de uma forma descontraída, às questões previamente preparadas pelos alunos, facto que contribuiu para que nos sentíssemos muito próximos dela. A escritora leu alguns excertos das suas obras, o que foi bastante apreciado pelos presentes. No final, ela reconheceu que o ideal seria que todas as sessões decorressem com um número tão reduzido de participantes, porque dessa forma era possível interagir con-nosco. Penso que todos terão gostado deste encontro. Mariana Sá 9º F

aUdiTÓRio público juvenil encanta-se com a escritora.

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aUdiTÓRio alunos procuram o precioso livro autografado

também fui aluno do Colégio Liceal de San-ta Maria de Lamas e tive aulas no bloco um, no piso superior do “Museu”. Nesse tempo habituei-me a ver o Museu ou melhor, a Sala da Cortiça, através de umas janelas de vidro nos corredores que permitiam “espreitar” para o seu interior. Era possível observar uma enorme sala revestida de cortiça, do pavimento até ao tecto e na altura a “sala dos professores”, agora chama-da de “sala do fundador” onde espreitando pela porta se vislumbravam as paredes em talha dourada e uma grande quantidade de retratos. Não imaginava os tesouros e as histórias que lá dentro havia para contar.Nunca vi qualquer pessoa no interior do Museu durante esse tempo, o que me parecia estranho.

Pouco após me ter tornado professor neste Co-légio decidi, num Domingo à tarde, visitar o Mu-seu e partir para a sua descoberta. Admito que para algumas pessoas as salas das “armas tribais africanas” e a das “vestes dos Padres” podiam até ser um pouco assustadoras mas, para mim, tudo era interessante. Neste Museu as peças com in-teresse mais óbvio como as de arte sacra, convi-viam na mesma sala com as colecções de moe-das e medalhas antigas. Sala após sala surgiam ambientes diferentes com peças surpreenden-tes. Imaginem uma sala cheia de talha dourada, esculturas, pinturas e na próxima encontram presépios, e depois esculturas monumentais, e depois fósseis e pedras até uma sala com peças em cortiça, aliás toda a sala é revestida de corti-

ça. É claro que nos últimos anos existiram muitas mudanças, o espaço foi melhorado e agora é possível visitar o Museu com um activo serviço educativo que nos explica a sua história, as co-lecções e as peças. Penso com frequência “que pena os nossos alunos não visitarem este Mu-seu, está mesmo aqui, ao cimo de umas escadas e não sabem mesmo o que perdem”.À medida que fui conversando com pessoas que visitaram o Museu, descobri que algumas ainda tinham a recordação desse espaço como “as-sustador” e “fantasmagórico”. Assim pareceu-me interessante “brincar” com essa “ideia“ e assim surgiu este trabalho: os “fantasmas” são todos alunos do atelier de fotografia do Colégio e eu sou o seu professor orientador.

Professor orientador: Daniel Pedrosa. alunos: Maria-na Marques, Sandra Cardoso, tatiana Reis, tânia teixeira, Cristiana Coelho, João Paulo Mota, Estela Mota, Bianca Pereira, Ana Rita Reis, Marília, Susana e Carlos Rocha. Agradecimentos à Andreia, Cláudia e Rosário do 11º artes pela montagem da exposição.

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OLÁ, QUEREMOS AGRADECER À COMUNI-DADE ESCOLAR que, desde o início deste período, contribuiu para a recolha dos REEE (Resíduos de Equipamentos Eléctricos e Elec-trónicos) em fim de vida ou inutilizados.

Este tipo de resíduos é constituído por com-ponentes altamente prejudiciais para o am-biente. Com esta recolha livrámo-nos de equipamentos de uma forma ambientalmen-te correcta e ao mesmo tempo ajudámos a nossa escola a vencer prémios excelentes, se

conseguirmos ficar nos três primeiros lugares a nível nacional. Esperemos pelos resultados! A Escola Electrão é um projecto da Amb3E, com o apoio do Ministério da Educação e da Agência Portuguesa do Ambiente, à qual o nosso Colégio aderiu.

Esta acção é um projecto do Clube do Am-biente (Professores Ana Castro, Rui teixeira Lopes e Professoras Elisa Costa e Sandra Ribei-ro). JUNTOS É FÁCIL E DIVERTIDO PROTEGER O AMBIENtE!

clube do ambiente apoia campanha REEE

As sessões, nas quais participaram todos os alunos do Segundo Ciclo, decorreram num ambiente de gran-de interesse e entusiasmo. O autor apreciou os trabalhos realizados a partir da leitura de algumas das suas obras, ouviu a declamação de vários poemas, respondeu a ques-

tões relacionadas com a sua vida pessoal e profissional e autografou os muitos livros que os alunos leva-ram consigo.No fundo, esses encontros foram aulas que ficarão marcadas para sempre na memória de cada um dos presentes...

EnTRada do aUdiTÓRio apresentava trabalhos dos alunos sobre o autor. João Pedro Mésseder

interage com os seus leitores

Nos dias 9 e 10 de Março, o escritor João Pedro Mésseder aceitou gentil-mente o convite que lhe foi endereçado e visitou também a nossa escola.

GALERIA DE ARtES

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Quando chegámos a Coimbra, o grupo dividiu-se. Alguns fo-

ram visitar a Casa Museu de Miguel torga e outros passearam por Coimbra, visitando e explorando a Sé Velha, a Universida-de e o lindo Jardim Botânico. De seguida, foi o almoço numa cantina no centro, frequentada pelos ”doutores“ de Coimbra; mais tarde, seguimos até Alco-baça onde visitámos o Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça, primeira obra plenamente gótica erguida em solo português.Nesta visita, ficámos a conhecer um pouco melhor a história do nosso país, objectivo da disciplina e programa de Portu-guês e História.Sem dúvida, um dia diferente de convívio entre alunos e pro-fessores! Juliana Sousa Teixeira, 9ºF

9º ANO EM VIAGEM À DESCOBERtA…

dos amores de Pedro e inês

No dia vinte e um de Fevereiro, segunda-feira de Carnaval, os alunos do 9ºano encontraram-se no Colégio, donde saíram às oito horas, para realizarem uma visita de estudo a Coimbra e Alcobaça. Um dia de grande expectativa e aventura!

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Entre 16 e 25 de Fevereiro decorreu no Museu de Santa Maria de Lamas (MSML) uma Ofici-na de Carnaval. Nesta actividade, procurou-se desenvolver a criatividade das crianças através da livre invenção de surpreendentes Máscaras Venezianas. No final da actividade cada criança foi fotografada com a máscara por si criada.

Ao longo do mês de Março e no âm-bito da comemora-ção do Dia Mundial do teatro (27de Março) foi desen-

volvida uma nova actividade em torno da obra

“A Menina do Mar”, um dos livros para crianças mais conhecidos de Sophia de Mello Breyner Andresen. A história foi acompanhada por um teatro de sombras e, no final, foi entregue a cada participante um caderno pedagógico e realizada uma Oficina de Expressão Plástica na qual foram explorados e recriados os seres vi-vos existentes na história.

Em abril, propostas mil!O Museu vai proporcionar às crianças activi-dades lúdico-didácticas para as Férias da Pás-coa. A iniciativa vai decorrer de 30 de Março a 9 de Abril (2.ª a 6.ª feira), pelo que todos os interessados poderão saber mais informações

junto do Museu. O programa inclui uma visita ao Museu e diversas oficinas: “Eu crio…o meu coelhinho da Páscoa”, “Eu pinto….tu pintas…ele pinta ovinhos de Páscoa”, “Eu pinto…com pinta…” e “A Pintolândia…”. Além das activida-des direccionadas ao público infanto-juvenil, Entre 01 e 17 de Abril, o Museu irá promover também actividades de Páscoa para os se-niores. Com estas oficinas, o Museu pretende colaborar na constituição progressiva da me-mória colectiva local, promovendo acções de divulgação, incentivando a educação patri-monial e diversificando públicos, contribuin-do assim para o aumento e socialização do consumo cultural. Em simultâneo, pretende-se relembrar a verdadeira origem da celebra-ção da Páscoa.

Em Abril, o Museu assinalará igualmente o dia

internacional do livro infantil (2 de Abril) e o Dia Mundial do Livro Infantil e dos Direitos de Autor (23 de Abril) com a história O Principezi-nho, de Saint-Exupéry. A história será acompa-nhada por um teatro de marionetas e, no final, será entregue a cada participante um caderno pedagógico sobre a história. Haverá também uma Oficina de Expressão Plástica, cujo objec-tivo é criar todo o universo do Principezinho e seus amigos, representando e reinventado excertos do conto.

Espalha a notícia! Traz os teus amigos contigo! Convidamos toda a comunidade a visitar o Museu e a participar nas actividades que pro-pomos! Desejamos uma Santa Páscoa a todos e esperamos recebê-los em breve no MSML. Susana Ferreira (Conservadora do Museu de Santa Maria de Lamas)

novo ano, novas actividades no Serviço Educativo do Museu de Santa Maria de lamas

Para o desenvolvimento deste estudo, foi apli-cado, pelos alunos do 12º ano do Curso Tecno-lógico de Desporto (CTD), no dia 16 de Janeiro 2009, um inquérito de resposta fechada aos alunos dos 10º, 11º e 12º anos do Colégio. A amostra era constituída por 671 inquéritos vali-dados (n=671), representando mais de 90% da população deste nível a estudar no Colégio.

A amostra apresenta uma média de idades de 16 anos (16 + 1,06), sendo constituída por 49% de indivíduos do sexo masculino e 51% do sexo feminino.

ResultadosComo é visível no gráfico I, 34% da amostra afirma praticar um desporto federado; 35% apesar de não ser federada, pratica actividade física regularmente. Confessam ser sedentá-

rios 31% dos inquiridos. Numa análise, tendo em conta o género, como pode observar-se no quadro I, cerca de 2/3 dos alunos federados são do sexo mascu-lino. Já no que diz respeito aos praticantes não federados, verifica-se uma ligeira supremacia dos praticantes masculinos relativamente aos femininos. No grupo dos sedentários, mais de 2/3 são do sexo feminino. A modalidade mais praticada pelos federados masculinos é o futebol (56%), seguido pela natação (10%) e pelo basquetebol (7%). Nos federados femininos o futebol é também a modalidade mais praticada (11%) seguida da natação (10%), do basquetebol (9%) e do fut-sal (8%) e o atletismo (7%).No que diz respeito aos praticantes de acti-vidade física não federados, as modalidades

mais eleitas pelos rapazes apontam para o futebol (18%), ginásio (17%), natação (11%) e o futsal (8%). As raparigas elegeram a dan-ça (25%), a natação (24%) e o ginásio (11%) como as actividades mais praticadas.Perguntou-se aos sedentários qual o motivo para não praticarem actividade física, sendo a falta de tempo ou a indisponibilidade (65%) a causa mais apontada.

conclusãoOs resultados deste estudo revelam que a amostra apresenta um índice de prática fe-derada considerado bom (34%); no entanto, atendendo ao género, os dados revelam um desequilíbrio acentuado entre rapazes (45% da amostra) e raparigas (23% da amostra). A falta de oferta de desporto federado específica para o género feminino pode explicar a diferença.

As modalidades praticadas pelos não federa-dos são na sua maioria possibilitadas pelo con-texto escolar (caso das danças e da natação, entre outras). É pertinente interrogar se o nível de prática se manterá no futuro quando estes alunos finalizarem este ciclo de estudos.O grupo de sedentários para este escalão etá-rio é elevado. Se nos rapazes não é motivo de alarme (20% da amostra), já nas raparigas o caso é mais grave (41% da amostra); isto é, 4 em cada 10 alunas do secundário não pratica regularmente qualquer tipo de actividade físi-ca. Preocupante ainda é o facto de, nesta idade, apontarem a falta de tempo como justificação para não praticarem actividade alguma.Não obstante, a grande maioria dos inquiri-dos concorda que a actividade física é deter-minante para uma vida saudável. Alunos 12º Ano do Curso Tecnológico de Desporto

gRáfico i esquerda Distribuição quanto ao tipo de prática QUadRo i baixo tipo de prática segundo o género.Hábitos de Prática desportiva dos alunos

de nível secundário do colégio de lamasFederado Masculino

Federado Feminino

Praticante Masculino

Praticante Feminino

Sedentário Masculino

Sedentário Feminino

151 79 127 109 65 140

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Partimos às sete horas da manhã, ainda o dia mal despontara, mas encontrávamo-nos de espírito alegre e ansioso para a expedição que se iniciava. Durante a viagem, o ambiente era de grande camaradagem e boa disposição e assim chegámos a Lisboa num ápice. O Mu-seu do Oriente depressa se avistou. Este belo e moderno edifício foi inaugurado a nove de Maio de dois mil e oito com o objectivo de va-lorizar e homenagear testemunhos da presen-ça portuguesa na Ásia e divulgar a variedade e riqueza das distintas Culturas Asiáticas.Foi uma visita bastante interessante, visto que aprendemos muitas coisas a respeito de paí-ses tão longínquos como a China, timor e o Japão, assim como a relação entre eles e Por-tugal. Pudemos ainda ver e admirar artefactos antigos, como uma notável colecção de fras-cos de rapé de fabrico chinês, bonitas peças de cerâmica chinesa, armaduras de Samurais, objectos de mobiliário, vestuário, adornos, colecções de leques e biombos lindíssimos.Chegada a hora de almoço, fomos para a

Doca de Alcântara e nesse mesmo local visi-támos a réplica de uma Caravela Portuguesa do século XV, a “Boa Esperança”, que aí se en-contrava ancorada.

Já dentro do navio, uma gentil senhora, que serviu de guia, mostrou-nos esta Cara-vela, explicando-nos que é uma réplica tão aproximada quanto possível duma Caravela quatrocentista, construída por especialistas de construção naval, de acordo com o que se sabe das regras de construção daquele tem-po, mas tendo em atenção os modernos re-quisitos de segurança e conforto. Destina-se a possibilitar treino de mar e vela, sobretudo para jovens; a participar em eventos náuticos e à investigação do comportamento e mano-bra das antigas Caravelas.

a caravela dos descobrimentos era uma embarcação com cerca de 50 a 100 tonéis, dois ou três mastros e uma vela latina (trian-gular), vocacionada para navegar no alto mar.

A sua solidez era compensada pela grande mobilidade possibilitada pelas suas velas, que permitiam navegar contra o vento, em zigue-zague (“bolinar”). Foi escolhida pelo Infante D. Henrique para as longas viagens de explora-ção da costa africana e foi ainda utilizada por Bartolomeu Dias para alcançar e ultrapassar o Cabo da Boa Esperança, em 1488.Ainda no interior do navio, a nossa guia mos-trou-nos e explicou-nos o funcionamento de vários instrumentos náuticos utilizados na na-vegação astronómica, que pudemos manuse-ar e experimentar, como a bússola (que era, e ainda é, um dos instrumentos de navegação mais importantes a bordo, que nos indica sem-pre o ponto cardeal do norte) e o astrolábio (que servia para calcular as latitudes medin-do, de noite, a altura da Estrela Polar, quando se navegava no hemisfério norte, e o Cruzeiro

do Sul, quando se navegava no hemisfério sul); durante o dia, media-se a altura do Sol; a ba-lestilha (instrumento com as mesmas funções do astrolábio, mas de mais fácil utilização) e o quadrante (que permitia a orientação em alto mar, através da medição da altura dos astros em relação à linha do horizonte) foram alguns dos utensílios que manipulámos; os portu-lanos (ou mapas que serviam para auxiliar os navegadores, pois definiam os rumos e as dis-tâncias entre os portos).Depois seguiram-se muitas surpresas e risos quando ouvimos e falámos sobre o dia-a-dia a bordo da Caravela: a alimentação, a higiene, o vestuário, a tripulação, as intrigas…

neste clima de “aprender a brincar”, brin-cámos um pouco ao “faz-de-conta”, vestindo os fatos e colocando as jóias que estavam num Baú – afinal estávamos no século XV! Alguns alunos retrataram parte da história de Portugal, dramatizando situações ocorridas do reinado d’el rei D. Manuel I, o Venturoso, quando Vasco da Gama chegou à índia e Portugal atingiu en-tão o apogeu da expansão marítima.Mas havia que regressar a Santa Maria de La-mas e ao século XXI… portanto às dezano-ve horas e trinta cá estávamos nós de volta, cansados, mas sem dúvida felizes, lembrando os detalhes deste grande dia! Maria Inês Aze-vedo, 8º H

Os StOMP, grupo Inglês que iniciou as suas apresentações nas ruas de Brighton, caracte-rizam-se pelo ritmo e movimento dos corpos. Utilizam diversos objectos a partir dos quais obtêm sons que, conjugados, resultam em in-

vulgares ritmos e até melodias.Ao longo do espectáculo, este grupo percorre uma vasta gama de utensílios do nosso dia-a-dia, desde vassouras, baldes, caixotes do lixo e respectivas tampas, a isqueiros, garrafões e até

bancas vulgarmente utilizadas na cozinha.Um dos lados mais interessantes deste espec-táculo é a interacção entre o grupo e o público, que é convidado a participar activamente, ex-perimentando a possibilidade de criar diferen-tes sons com o simples batimento das palmas da mão. Assistimos à união entre a plateia e os artistas, de uma forma espontânea.Foi com muito prazer que todos os alunos, acompanhados pelos professores de música

do Colégio, assistiram a este surpreendente espectáculo. Maria Leonor, 7.º J

os SToMP no coliseu do PortoNo dia 21 de Fevereiro de 2009, pelas 16 horas, os alunos pertencentes ao grupo RITMARE diri-giram-se ao Coliseu do Porto, para assistir à actuação do grupo STOMP.

HIStÓRIA À DESCOBERtA DO

Museu do oriente e da caravela PortuguesaNo passado dia cinco de Dezembro de 2008, uma Sexta-feira, o Museu do Oriente e uma Cara-vela Portuguesa, em Lisboa, foram os destinos dos vários alunos pertencentes às turmas de 8º ano, numa visita de estudo, inserida no âmbito do programa da disciplina de História.

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CarnavalO Carnaval é um período festivo celebrado um pouco por todo o mundo e com vários propósi-tos, sendo o principal a diversão.

Não se conhece verda-deiramente o sentido da palavra Carnaval. Usualmente, associa-

se este termo ao latim “carnevalemen”, que

pode significar carne, vale (“adeus, carne”) ou “carnis levamen” (“prazer da carne”). Esta in-terpretação da origem etimológica remete para o início da Quaresma, período que se segue ao Carnaval e caracterizado pela reflexão espiritu-al e privação da ingestão de carne.A origem do Carnaval é também objecto de controvérsia, mas tem sido frequentemente atribuída a rituais relacionados com ritos de fe-cundidade da terra próprios do ano novo e do

início da Primavera, celebrações da antiguida-de de carácter orgíaco, como as bacanais e as saturnais romanas, e a festas em honra de Dio-nísio, na Grécia Clássica.O Carnaval assume diferentes facetas consoan-te o local onde é festejado, sendo as suas prin-cipais manifestações o uso de máscaras, carros alegóricos, cortejos que atraem multidões, bonecos com implícitas sátiras de acusação e provocação e a ausência completa de restrições

alimentares.Apesar de ser no Brasil que é festejado o mais importante Carnaval do mundo, também em Portugal existe uma grande tradição carnava-lesca, nomeadamente nos Carnavais da Ilha da Madeira, Torres Vedras, Ovar, Loulé, Sesimbra, Rio Maior e Sines, destacando-se o Carnaval de Torres Vedras que, por se manter popular e fiel à tradição nacional, é considerado o carnaval “mais português de Portugal”.

Nuno Álvares Pereira vai ser canonizado no dia 26 de Abril Nuno Álvares Pereira vai ser canonizado no dia 26 de Abril e esta data foi anunciada pelo papa Bento XVI durante o Consistório que decorre

em Roma. Este ano haverá a canonização de dez beatos, entre os quais se encontra o

carmelita português Nuno de Santa Maria Ál-vares Pereira. Alguns dos beatos que farão parte desta canonização são o padre Arcangelo Tadi-ni, a religiosa Caterina Volpicelli, o teólogo Ber- nardo Tolomei e Gertrude Caterina Comensoli.

Nuno Álvares Pereira, também conhecido como o Santo Condestável, Beato Nuno de Santa Ma-ria, ou simplesmente Nun’Álvares Cernache do Bonjardim, nasceu no dia 24 de Junho de 1360 e morreu no dia 1 de Novembro de 1431. Foi um general português do século XIV que de-sempenhou um papel fundamental na crise de 1383-1385, onde Portugal jogou a sua indepen-dência contra Castela. Nuno Álvares Pereira nasceu na vila de Flor da Rosa, concelho do Crato, mas há também his-toriadores que defendem que ele nasceu nos Paços do Bonjardim, na vila de Cernache do Bonjardim, concelho da Sertã. Casou com Le-onor de Alvim , no ano de 1377, em Vila Nova da Rainha, freguesia do concelho de Azambuja. Quando o rei D. Fernando de Portugal morreu, em 1383, sem herdeiros (a não ser a princesa

Beatriz, casada com o rei João I de Castela), Nuno foi um dos primeiros nobres a apoiar as pretensões à coroa de D. João, o Mestre de Avis. Apesar de ser filho ilegítimo de D. Pedro I de Portugal, D. João afigurava-se como uma hipó-tese preferível à perda de independência para os castelhanos. A 14 de Agosto, Nun’Álvares Pereira mostra o seu génio militar ao vencer a batalha de Aljubarrota à frente de um pequeno exército de 6 000 portugueses e aliados ingle-ses, contra as 30 000 tropas castelhanas.Após a morte da sua mulher, tornou-se carmeli-ta (entrou na Ordem em 1423, no Convento do Carmo, que fundara como cumprimento de um voto). Toma o nome de Irmão Nuno de Santa Maria. Aí permanece até à morte, ocorrida em 1 de Novembro de 1431, com 71 anos.Fontes: www.rtp.pt e www.sol.sapo.pt

Gisela Andrade12º A2

Patrícia de Jesus 12ºA1

Viajar é algo que todos gostamos de fazer. Quan-do viajamos para países diferentes, reparamos

que à nossa volta tudo é diferente do local de onde partimos. Desde o mais pequeno por-

menor, nada é igual.A distância que nos separa dos outros países é grande, mas a distância entre os seres humanos e a cultura é ainda maior.Portugal é um país pequenino, onde se misturam muitas culturas. Outros locais, países como os

Estados Unidos, ou mesmo cidades como Lon-dres, são muito diferentes. Em Londres, sempre que andamos nas ruas encontramos pessoas de cidades ou de locais que não ficam propriamente perto de lá. Estas pessoas procuram melhor qua-lidade de vida, um emprego melhor, para que possam viver longe das guerras, para fugirem a alguma coisa que não lhes traz felicidade. Os países não são só diferentes em relação às culturas. No mundo existem países onde as pes-soas conduzem bons carros, a sua vida é estável, apesar de existirem sempre pessoas a pedir pelas

ruas. Enfim, mesmo num país “rico” há sempre pessoas necessitadas, como é o caso dos Estados Unidos da América.Numa outra perspectiva, observamos os países onde pessoas vivem na miséria, em pequenos “barracos”, não têm dinheiro para “apagarem” a fome aos seus filhos, as condições de higiene não são nenhumas… no continente africano existem muitos países assim.Ao repararmos num desequilíbrio destes, inter-rogamo-nos: “ Por que é que vivemos todos no mesmo planeta e as diferenças são assim tão

grandes?”. Ninguém consegue responder a esta pergunta! De um lado observamos os países em guerra, onde morrem inocentes; do outro, países em grande dificuldade, e ainda países de grande riqueza. Estas diferenças não deviam existir por-que não são “saudáveis” para ninguém.Em relação ao facto de todos sermos diferentes, de as nossas culturas e as nossas religiões serem diferentes, não há problema, pois assim sempre aprendemos novas línguas, novos costumes e assim transmitimos as nossas diferenças uns aos outros.

Patrícia Couto 12ºC

Viajar serve essencialmente para comparar. Descobrir o que nos separa e o que nos une como seres humanos.

PaVilHÃo PolidESPoRTiVo acolheu a festa de carnaval 2009, organizado pela AE.

aUdiTÓRio anTÓnio JoaQUiM ViEiRa recebe todos os anos o sarau de natal com muita animação e espectáculo. Na imagem vemos a peça “A Bruxa Adriana”, interpretada pelo clube de teatro, que é orientado pelo professor Jorge Ferreira. Chamamos também a atenção para os cenários criados pelos alunos de Educação Visual e tecnológica, sob orientação do professor Jaime Baptista.

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JANEIRO . FEVEREIRO . MARÇO 2009 | ENTRElinhas | 38 | 15

Quando Galileu (1564-1642) exprimiu a sua “fé” de que numa linha de 3 cm de comprimento haveria

tantos ponto quantos os existentes numa linha de 3 metros; Quando, mais tarde, nas suas teorias, George Cantor fez ressuscitar o engenhoso “Calculador de Areia” de Ar-

quimedes que, na sua época, chegou a calcular, pela primeira vez na história humana, o número de grãos de areia de todas as praias do mundo, abriu-se uma interessante via no pensamento matemático acerca da noção de conjunto.

comecemos com algumas tentativas de de-finição. Um dicionário comum define Conjunto como uma “colecção de elementos, em número fi-nito ou infinito com uma propriedade característi-ca comum...”. Outras definições que se conhecem, apesar de ousadas na objectividade, dificilmente

conseguiram evitar a própria palavra Conjunto ou seus sinónimos: colecção, grupo, junção, etc. Ora, a redundância de termos ou dos seus sinónimos é, nalgumas circunstâncias, incompatível com o rigor que se cultiva nas definições matemáticas.tem, porém, colhido alguma unanimidade no seio da comunidade matemática, a definição dada por Bertrand Russel (1872-1970): “um conjunto é uma consideração simultânea de entes”. Esta definição, além do mérito de não usar sinónimos é, sobretu-do, uma definição de carácter interessantemente personalizada, isto é, os elementos que consti-tuem o conjunto reflectem o ponto de vista de quem os “colecciona” como uma unidade.Por exemplo, o Atchim, o Dengoso, o Dunga, o Fe-liz, o Mestre, o Soneca e o Zangado, personagens muito distintas uma das outras, agrupam-se num conjunto único muito bem definido, o de “todos

os anões amigos da Branca de Neve”. Simbolica-mente, podemos representar o conjunto

que de forma descritiva (em compreensão) seriaA = {x, tal que x é anão amigo da Branca de Neve} ou, em linguagem estritamente matemática, A = {x : x é anão amigo da Branca de Neve}Não basta, porém, apenas dispor os elementos num conjunto. É preciso assegurar que este fique bem definido, isto é, há que, sem ambiguidades, decidir se um dado elemento pertence ou não ao conjunto e, também, discutir as partições possí-veis do conjunto.Por exemplo, relativamente ao conjunto M = { x : x é múltiplo natural de 3 não superior a 24 } = { 3, 6, 9, 12, 15, 18, 21, 24}pode escrever-se 9 M e lê-se “9 pertence ao con-junto M”8 M e lê-se “8 não pertence ao conjunto M”{ 6, 12, 18, 24} M e lê-se “{ 6, 12, 18, 24} está contido no conjunto M”ou que { 6, 12, 18, 24} é um subconjunto de M ou que é uma parte de M.

outro aspecto na definição de um conjunto tem a ver com os diagramas criados por John Venn (1834-1923). Provavelmente, nunca passou pela cabeça deste sacerdote an-glicano e professor da teoria de Probabili-dades e Lógica na Universidade de Cambridge que, numa longínqua vila portuguesa de Santa Maria de Lamas, jovens alunos estariam, em 2009, às voltas com os vulgares diagramas que inventou como instrumentos que visavam simplesmente facilitar as operações entre conjuntos. Venn lamentaria, certamente, a triste figura de algumas correntes didácticas que, em pleno século XXI, tomam, ainda, como base de definição, uma linha curva fechada, a que chamam de Conjunto. Os famosos diagra-mas, como se referiu, visavam apenas agilizar as operações. Associa-los a um qualquer vínculo mais generalista é uma séria ameaça a um dos pilares fundamentais da Matemática. Na próxima edição do Entrelinhas abordaremos a Álgebra Booliana e analisaremos como é que das operações Reunião, Intersecção e Complementa-ção de conjuntos se edificou o monumental siste-ma informático. Prof. Mário César Correia

O JÚRI DO CONCURSO ANUNCIA

o “Hino do colégio” vencedorA letra vencedora do Concurso “Hino do Colégio”, da autoria do professor Fernan-do Correia, foi seleccionada a partir um conjunto de trabalhos apresentados, de uma qualidade digna de registo.

O Concurso prossegue, agora, com a selecção de uma música para esta letra, po-dendo qualquer interessado, pertencente à nossa Comunidade Educativa, apre-sentar trabalhos até à primeira semana de aulas do 3.º período.

Vivemos num mundo cheio de beleza, num mundo repleto de pobreza.Fazemos parte de uma sociedade que se orgulha da sua capacidade de raciocínio. No entanto, em toda a história da humanidade, nunca o Homem

foi, como agora, vítima dos seus próprios ac-tos, das suas decisões, do seu egocentrismo,

do seu egoísmo. O problema é o Homem, a sua falta de vontade para mudar. Tratamos o mundo como nos tratamos a cada um de nós!Quase um quinto da população portuguesa vive numa situação de risco, de miséria. Dezanove por cento da população vive abaixo da linha de pobreza, um risco que se explica com números! Nestes agregados, cada adulto tem um pouco mais de 4300 euros de rendimento por ano, cer-ca de 12 por dia, o que constitui uma situação de risco para o homem e para o seu bem-estar.Todas as civilizações alcançam um ponto crítico e todas elas acabam com a sua extinção. Iremos nós mudar quando nos sentirmos ameaçados pelas nossas consequências? Tomar medidas é

mais do que pegar numa caneta e num papel; haver uma mudança não é discursar perante a nação com palavras ocas, com sorrisos falsos e com uma tranquilidade insegura. Porém, é isso que eu vejo, diariamente, na televisão…Olho à minha volta e vejo o mundo destruí-do, crianças que vivem num constante perigo, crianças que morrem num segundo só por ha-ver pobreza no mundo. Há a crise económica, há a degradação da Terra, há a guerra, há a mi-séria… Portugal é o país da União Europeia que regista um maior desequilíbrio na distribuição de rendimentos. É triste viver num cenário pin-tado de miséria, um cenário visto por todos os olhos cegos do Homem!O mundo, actualmente, é um palco de desgra-ças. Mas o ser humano, com o seu potencial pra-ticamente ilimitado, é o único capaz de o mudar. E ainda vamos a tempo. Mas isto só poderá ser feito com a ajuda de todos, quando todos unir-mos esforços, num objectivo comum. Objectivo esse que, apesar de difícil, está longe de ser im-possível. Todos somos capazes de amar. Por isso digo que o amor é o único meio capaz de conferir alguma Humanidade ao Ser Humano e de tor-nar menos imundo este nosso Mundo.

Rui Sarabanda 12ºC

Não me peçam para escrever o que não sei di-zer…Não tenho jeito para textos sem sentido nem para cores que ainda não tenha usado. Só sei

falar do que já vivi e guardo.Parece fácil falar dos pequenos, daqueles

que não têm problemas nem responsabilida-des, aqueles que ainda não sabem o que é o amor nem o mundo.

Ficamos obrigados a viver uma ilusão perfeita mesmo que não seja a nossa, e somos reduzi-dos à insignificância da nossa vida encantada.Nem sei para quê insistir nisto, continuam a rir do nosso arco-íris, talvez porque são demasia-do infantis e egocêntricos para perceber que também existem o preto e o cinzento.Enquanto isso, pintamos tudo das cores que que-rem, que vos ficam melhor, esborratando os nos-sos horizontes e manchando os nossos passos.Talvez este texto devesse ser enorme, e na ver-dade palavras não faltam, mas para quem sabe ler, o silêncio diz tudo. E, para vocês, continu-aremos a pintar no escuro.

Anaïs 12ºC

AguarelaAs Duas Faces do Mundo

o Jogo do anJode Carlos Ruiz ZafónDom Quixote, 576 páginas

Na Barcelona turbulenta dos anos 20, um jovem es-critor, obcecado com um amor impossível, recebe de um mis-terioso editor a proposta para escrever um livro como nunca existiu, a troco de uma fortuna e, talvez, muito mais.Depois do sucesso mundial de A Sombra do Vento, Carlos Ruiz Záfon, um dos fenóme-nos editoriais da actualidade, pela qualidade da sua narrativa literária, apresenta-nos a sua mais recente obra, “O Jogo do Anjo”, que nos leva de novo para a Barcelona dos anos 20, convertida uma vez mais em cidade-personagem, mítica e secreta, para nos oferecer uma aventura de intriga, paixão, amizade, amor pelos livros e tra-gédia. tal como em “A Sombra do Vento”, a acção centra-se num escritor “esquecido”, num livro “mal-dito” e numa história de amor impossível. Para além destes elementos, há também uma aura de fantástico, de misticismo e religiosidade que en-volve o leitor na narrativa. Professor João Sousa

o Sal da TERRade Miguel RealQuidnovi, 336 páginas

Miguel Real é um dos nossos melhores romancis-tas, sobretudo no romance histórico, a sua área de elei-ção. Desta vez escolheu essa figura extraordinária da nossa cultura, o grande pregador e escritor Padre António Vieira. “O Sal da terra” narra a sua vida aventurosa, em especial durante o período em que viveu no Brasil, entre as tribos de ameríndios, privilegiando os sentimentos do homem que tudo fez para proteger os índios da exploração e da escravatura impostas pelos co-lonos. Vemos também o homem cheio de fé no advento do Quinto Império, a sua prisão pelo tri-bunal da Inquisição, a amizade com o rei D. João IV. Para a escrita deste maravilhoso romance so-bre um grande homem, Miguel Real realizou um minucioso trabalho de pesquisa, em especial no Brasil, e o resultado é um livro que alia o rigor do pormenor e o drama, a erudição e a aventura. In-dispensável. Professor João Sousa

LEITURAS

“Não se tem uma biblioteca para

arrumar os livros, mas para

guardar aqueles que é preciso ler”.

Umberto Eco

Sabes, realmente, o que é um conjunto?Tempos houve em era de grande elevação intelectual, espiritual e, até, académica, discutir o número de anjos que caberiam numa cabeça de alfinete.

“Hino do Colégio”

Uma Escola de valor,Uma Escola com valores,Est’ é o grande idealDo Colégio Liceal

Nesta Escola, em rigor,todos trabalham em harmonia.Há respeito e sintoniaEntr’ aluno e professor.

Refrão:Num espírito Semper Ascendens,Uma Escola verdadeiraEsta é sempre a primeiraEm crer, querer e ambição.Muito mais do qu’ ensinar,Educar é a missão.

O Colégio está’ crescerAssim é no dia-a-dia,Ensinar e aprender,Sempre com muit’ alegria.

Do quinto ao décimo segundo,O caminho a trilhar.todos juntos, prego a fundo,Lado a lado a caminhar.

Refrão

Adolescente……BMX – Sempre pronto para as curvas.

…Ipod – Os teus gostos não te definem, só a música é que te revela.…Apaixonado – Não

perde uma oportunidade para te amar.…Palhaço – Faz-nos rir das suas diabruras.

Ana Tavares 7º H

…Ventríloquo – Rouba todos os corações.…Escolar – Anda sempre carregado de livros para parecer estudioso.…Aspirina – Dói-lhe a cabeça só de pensar em ti.…Gelatina – Treme por todos os lados só de nos ver.…Online – 24h ligado a nós.…Rotina – Aquele que tem a agenda completa.…Sonhador - A sua vida é um sonho.

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Foi fantástico, gostava de repetir. As histórias eram muito giras… No final, os professores ainda nos ofereceram rebuçados e um marcador de livros. Daniela Lopes, 6º G

A equipa responsável pelo projecto optou por promover, até ao final do segundo perí-odo, sessões com as várias turmas do Segun-do Ciclo, porque entendeu que o ideal seria centrar, inicialmente, o trabalho naqueles que não vêem a leitura como um constrangimen-to e ainda conservam a capacidade de sonhar e a vontade de desvendar os segredos e mis-térios que se escondem nas páginas dos li-

vros. A seu tempo, a iniciativa abrangerá tam-bém os alunos mais velhos, que, de um modo geral, já cederam ao imediatismo a à super-ficialidade do audiovisual e, por isso mesmo, constituem um desafio mais exigente. As actividades têm sido delineadas essen-cialmente a partir da ideia de que a prática de leitura, não podendo nascer do acaso ou do autoritarismo, deve ter em consideração

as necessidades, os interesses e os desejos dos leitores e deve comportar uma forte componente lúdica. Aliás, tendo consciên-cia de que é importante que os alunos se divirtam e sintam prazer quando contac-tam com os livros, as histórias propostas vão sendo lidas ao jeito de quem as conta e ao gosto de quem as ouve, abrindo-se, sem-pre que possível, espaço ao improviso. Os encontros, no fundo, têm assentado numa pedagogia que, feita de encantamento e de proximidade, estimula a imaginação e a cria-tividade, recria a essência de cada narrativa que se oferece, promove distintas formas de leitura e, de uma forma quase imperceptí-vel, divulga obras e autores. Como todas as sessões do Canto do Conto decorrem numa

das salas da Biblioteca, porque esse é o lugar onde tudo faz mais sentido quando se fala de livros, os alunos têm sido naturalmente convidados a tornarem-se utilizadores mais assíduos desse espaço, cumprindo-se, desta forma, outro dos propósitos assumidos ini-cialmente. todos sabemos que a alteração das práticas culturais é trabalho de gerações, mas temos de continuar a acreditar também que o pa-pel que a leitura tem na formação integral de cada um se manterá, apesar de todos os condicionalismos. É pena que a televisão, em vez de ser um aliado na promoção da cultura, como era seu dever, instigue cada vez mais a preguiça mental e a aversão à leitura entre os jovens… Grupo de Promoção da Leitura

No dia 5 de Fevereiro transacto, há já 9 anos lectivos um dia-efeméride para o grupo de Filosofia|Psicologia, os nossos alunos brinda-ram, mais uma vez, toda a comunidade escolar com a sua alegria e jovialidade.

Causa primeira? trazer os saberes aprendidos nestas disciplinas à reflexão e discussão parti-lhada entre todos os “amigos da sabedoria”, os alunos do Colégio. Causa segunda? Afirmar com

a nossa convicção e experiência de professores e alunos que estes saberes não são simples pos-tulados “teoréticos”, como certas gnoseologias apregoavam, mas sim raízes noéticas indispensá-veis à formação da estrutura do homem “ser ra-cional”. Causa terceira? Celebrarmos juntos, com o pretexto das duas primeiras causas apontadas, a alegria e o privilégio de sermos aprendizes des-tas ciências. A Filosofia|Psicologia e a Ciência, foi o macrotema

de abordagem que este ano lectivo marcou o evento que teve a assinatura dos alunos e profes-sores de Filosofia e Psicologia dos 10º, 11º e 12º anos de escolaridade. Foram vários os workshops - feira do livro; tendas expositivas de autores filó-sofos e psicólogos; teatro de Ágora; exposições audiovisuais – que naquele dia trouxeram ao Colégio diferentes movimentações e reuniões de alunos dos diferentes ciclos académicos e diferentes formas de avaliar a importância destas

ciências na formação integral do homem.Quer os alunos, quer os professores destes Gru-pos disciplinares estiveram de parabéns, a ver pela expressão verbal e mímica de um menino do 6º ano que, depois de visitar uma das tendas temáticas, me interceptou nos seguintes termos : “Olhe, quando eu for grande também vou apren-der isto?” Isto o quê? Retorqui. “Esta disciplina que eu não sei o nome mas quero muito aprender”. Professor Américo Couto

FEStA ANUAL DA FILOSOFIA|PSICOLOGIA

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“Uma viagem para outros mundos...”O Canto do Conto, actividade de animação do livro e da leitura iniciada no ano anterior, vem-se afirmando como uma estratégia de motivação cada vez mais consistente e adequada às necessidades dos nossos alunos, especialmente devido à experiência adquirida por aqueles que nela se têm envolvido mais directamente.

O que eles disseram...

Eu achei muito interessante o Canto do Conto. Adorei as histórias que nos leram, principalmen-te a que eu li com o meu colega. Fernando, 6º J Na minha opinião, acho que o Canto do Conto é uma forma de

aprendermos que a leitura não é um castigo ou tortura, mas, sim, uma viagem para outros mundos… Ler estimula a imaginação e contribui para escrevermos melhor… Ana Beatriz Oliveira, 6º C

tendas…

animação com “cuspidores de fogo”

largada de balões

feira do livro