Profª Danielly Cantarelli Microbiologia Básica · 27/08/2014 3 FUNÇÕES HEPÁTICAS CAUSAS...
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27/08/2014
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Profª Danielly Cantarelli Microbiologia Básica
VIROSES IMPORTANTES Hepatites virais, Herpes-varicela-zoster,
Gripe H1N1, Ebola
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HEPATITES VIRAIS
Grupo de patologias ocasionadas por diferentes tipos de vírus que apresentam uma
característica em comum: TROPISMO PELOS HEPATÓCITOS
A célula-alvo desses vírus é o hepatócito
As lesões no órgão-alvo (fígado) são causadas diretamente pelos vírus ou pela
resposta do sistema imune do indivíduo, que destrói as células infectadas (resposta
celular ou citotóxica).
O fígado é um órgão multifuncional, portanto sua disfunção leva a vários sintomas
que caracterizam os quadros de hepatites virais.
Hepatite A (HAV)
Hepatite B (HBV)
Hepatite C (HCV)
Hepatite D (HDV)
Hepatite E (HEV)
Hepatite G (HGV)
HEPATITES VIRAIS
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FUNÇÕES
HEPÁTICAS
CAUSAS
CONSEQUÊNCIAS
Algumas da FUNÇÕES do FÍGADO (e portanto dos hepatócitos):
- síntese de proteínas totais e específicas
- síntese de albumina e fatores de coagulação.
- realização de várias vias metabólicas: ciclo de Krebs, glicólise,
gliconeogênese.
- metabolismo de aminoácidos e ácidos nucléicos (esse metabolismo origina
amônia que deve ser eliminada na forma de uréia ).
- síntese e degradação de ácidos graxos e lipoproteínas
-Torna hidrossolúvel a fração lipossolúvel da bilirrubina, permitindo sua
eliminação através da urina e fezes.
HEPATITE A (HAV)
Virus da Hepatite A (HAV).
Familia Picornaviridae
- vírus RNA não-envelopado (Ags. capsídeo)
Transmissão oro-fecal
Vírus – partículas viáveis em água, alimentos
e frutos do mar, ambientes poluídos.
veiculacao hidrica, pessoa a pessoa (contato
intrafamiliar e institucional), alimentos
contaminados e objetos inanimados.
Transmissao percutanea (inoculacao acidental)
e parenteral (transfusao) sao muito raras,
devido ao curto periodo de viremia.
Infecção aguda – viremia
1% dos casos – Hepatite fulminante
Não gera cronicidade
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HEPATITE A (HAV)
Período de incubação - Varia de 15 a 45 dias.
Período Prodrômico- Com duração em media de 7 dias,
caracterizado por mal-estar, cefaleia, febre baixa, anorexia, astenia,
fadiga intensa, artralgia, náuseas, vômitos, desconforto abdominal
na região do hipocôndrio direito, aversão a alguns alimentos e a
fumaça de cigarro.
Período Ictérico- Com intensidade variável e duração geralmente
de 4 a 6 semanas. É precedido por 2 a 3 dias de colúria. Pode
ocorrer hipocolia fecal, prurido, hepato ou hepatoesplenomegalia.
A febre, artralgia e cefaleia vão desaparecendo nesta fase.
Período de convalescença- Retorno da sensação de bem-estar:
gradativamente, a icterícia regride e as fezes e urina voltam a
coloração normal.
DIAGNÓSTICO
Sinais clínicos: fraqueza, falta de apetite, náusea, febre, dor abdominal,
icterícia, urina escura
Bioquímica: níveis elevados de transaminases, bilirrubina, lactato-
desidrogenase (LD)
Marcadores sorológicos: IgM anti HAV, IgG anti HAV, Ag HAV
HEPATITE A (HAV)
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TRATAMENTO
Não há tratamento específico
• Sintomático
• Repouso
• Não ingerir álcool por no mínimo 6 meses, preferencialmente 1 ano.
HEPATITE A (HAV)
PREVENÇÃO E CONTROLE
Controle de contaminação da água
• saneamento básico e tratamento de esgoto;
• Lavagem das mãos
•Vacina: (Havrix) e Twinrix (HAV e HBV) - Imunização Ativa
A imunizacao contra a Hepatite A é realizada a partir de 12 meses de idade, em 2 doses,
com intervalo de 6 meses entre elas (MS, 2010).
•Imunoglobulinas – Imunização passiva
Gamaglobulina policlonal comum
Hepatite B - virus HBV
Família Hepadnavirus:
Vírus de DNA circular parcialmente de fita dupla
Nucleocapsídeo icosaédrico envelopado (HBsAg)
Transmissão : sexual, perinatal, parenteral (via sangue)
• Infecções crônicas – cirrose hepática - Hepatocarcinoma
• IgG conferem proteção por toda vida
• Período de incubação : 30 a 180 dias
• Sintomas Iniciais (complexo antígeno - anticorpo)
Artralgias
Artrites
Urticárias
Glomerulonefrite
Vasculite
• Portadores crônicos – 5% (HBsAg – 6 meses)
• 90% dos neonatos infectados tornam-se portadores crônicos
• Manifestações clínicas semelhante do HAV
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INFECÇÃO PELO HBV
RECUPERAÇÃO E IMUNIDADE
( 90 %)
INFECÇÃO CRÔNICA
~ 10% HEPATITE FULMINANTE
~ 1%
PERSISTENTE
CIRROSE
HEPATOCARCINOMA
Diagnóstico: oSINTOMATOLOGIA*
oBIOQUÍMICA (Aminotransferases)
oSOROLOGIA (HBsAg)
Tratamento:
Forma Aguda: Não há tratamento específico
Forma crônica:
Lamivudina (thiacytidine) – reduz a inflamação hepática (queda do HBV)
-IFN (terapia hepatite crônica)
Lamivudina, penciclovir, Adefovir, famciclovir
Prevenção:
Medidas de Biossegurança, controle na doação de sangue, etc.
Profilaxia Pré e Pós exposição
Vacina (Recombinax) e/ou globulina hiperimune (HBIG)
Engerix-B Proteção passiva imediata
Hepatite B - virus HBV
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Família Flavivírus RNA de fita simples
Nucleocapsídeo icosaédrico envelopado
Distribuição mundial
80% casos de transfusão de sangue (antes 1992)
Período de incubação: 15 a 150 dias
Transmissão:
Sangue
Vertical
Sexual
Características da infecção
- geralmente assintomática
- Hepatite crônica (50% dos pacientes)
- gera cirrose e HPC (carcinoma hepatocelular)
Hepatite C - virus HCV
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Diagnóstico
Sorologia IgM e IgG anti-HVC
Detecção de RNA e Ags do vírus (C-1003, HC31/HC34 PCR0)
Tratamento e prevenção
Não há tratamento para a fase aguda – Repouso e sintomáticos
Fase crônica: -INF + análogo de ribavirina
Não há vacina nem imunoglobulinas disponíveis
Hepatite C - virus HCV
Hepatite D - virus HDV
Doença viral aguda, pode evoluir para a forma crônica
Virus da Hepatite D ou Delta (HDV). Um virus RNA, único representante da
familia Deltaviridae.
Formado por RNA de fita única.
Vírus defectivo (incompleto) – necessita da presença do HBV
Transmissão semelhante à hepatite B
Período de Incubação: 30 a 180 dias
Diagnóstico: Clínico, laboratorial, sorológico (sorologia concomitante com
o HBV)
Medidas de controle: Vacinação contra HBV
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Hepatite E - virus HEV
HEPATITE E
Família dos vírus calciviridae "HEV-like"
Formado por RNA de fita única
Infecção aguda e auto-limitada
Transmissão oro-fecal, vertical* e parenteral*
Período de incubação: 14 a 60 dias
Não evolui para cronicidade
Mulheres grávidas: doença exacerbada hepatite fulminante
(20% mortalidade)
Diagnóstico: Sorológico
Prevenção: mesma para HAV. Não existe vacina
*raros casos
Hepatite G
A hepatite G foi a hepatite descoberta mais recentemente (em 1995) e é
provocada pelo vírus VHG que se estima ser responsável por 0,3 por cento
de todas as hepatites víricas. Desconhecem-se, ainda, todas as formas de
contágio possíveis, mas sabe-se que a doença é transmitida, sobretudo, pelo
contato sanguíneo.
Não foi ainda possível determinar com exatidão – as consequências da
infecção com o vírus da hepatite G. A infecção aguda é geralmente suave e
transitória e existem relatos duvidosos de casos de hepatite fulminante (os
especialistas ainda não chegaram a uma conclusão definitiva sobre as
causas destas hepatites fulminantes).
90 a 100% dos infectados tornam-se portadores crônicos mas podem nunca
vir a sofrer de uma doença hepática.
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CARACTERÍSTICAS
A
B
C
D
E
FAMÍLIA Picornavírus Hepdnavírus Flavivírus Delta vírus HEV-like
COMPOSIÇÃO DO
ÁCIDO NUCLEICO
RNA linear
Fita única
DNA circular
Fita dupla inc
RNA+ f. única
RNA f u
RNA
ENVELOPE ausente presente presente ausente ausente
MODELO
EPIDEMIOLÓGICO
Epidemias e
esporádico
Esporádico
Epidemias e
esporádico
Epidemias e
esporádico
Epidemias e
esporádico
TRANSMISSÃO
Oro-fecal
Sexual, parenteral
e vertical
Parenteral, sexual
e vertical
Vertical, parenteral
e sexual
Oro-fecal
PERÍODO DE
INCUBAÇÃO(dias)
14-40
60-180
60-120
?
20-40
INFECÇÃO
ASSINTOMÁTICA
Não
Sim
Sim
?
?
CRONICIDADE
Não
Sim(10%)
Sim (30-70%)
Sim
Não
SEQUELAS
Não
Cirrose
CHP
Cirrose
CHP
Exacerbação c/
HBV
Não
DIAGNÓSTICO
Ag HVA
IgM e IgG anti-
HVA
Ag HBs e Hbe
Ac anti-HBs, anti-
HBc e anti-HBe
Ags virais
RNA HCV
IgM e IgG anti-HCV
Ag delta
Anti-HDV
IgM e IgG anti-HEV
HERPES SIMPLES E
VARICELA-ZOSTER
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Família Herpesviridae
• Envelope Lipídico (Glicoproteínas)
• Dupla fita de DNA
• Subfamílias
• α: HSV 1, HSV 2, VZV
• ß: CMV, HHV 6, HHV 7
• γ: EBV, HHV 8
Herpes Simples – Os agentes
HSV 1: mais associado
com herpes labial
HSV 2: mais associado
com herpes genital
Latência (neurônios)
Reativação
Capsídeo icosaédrico
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Herpes Simples – Transmissão
• Contato íntimo com lesões, mucosas e
secreções genitais ou orais.
• Perinatal
• HSV é rapidamente inviabilizado em mudanças de
temperatura e umidade transmissão por fômites e
aerosóis é rara.
Herpes Simples – Patogenia
• Entrada do vírus replicação Intracelular (derme e
epiderme) infecção de terminações nervosas
transporte para os corpos celulares dos gânglios
• HSV1 trigêmio
• HSV2 raiz do nervo sacral
• Tanto o HSV1 como o HSV2 podem causar lesões
mucocutâneas faciais como genitais
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Herpes Simples – Espectro Clínico
HERPES ORAL – FACIAL
• Infecção Primária:
• Gengivoestomatite: Febre, vesículas dolorosas em
língua, palato, gengiva, mucosa oral e lábios.
• PI: 5-10 dias
Herpes Simples – Espectro Clínico
HERPES ORAL – FACIAL
• Infecção Recorrente:
• Herpes labial: branda, autolimitada.
• Sol, febre, stress, menstruação, fadiga...
• 3-4 episódios/ano
• Pródromos: prurido e ardor
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Herpes Simples – Espectro Clínico
HERPES GENITAL
• Infecção Primária: • Sintomas gripais:Febre, cefaléia, astenia, mialgia
• Sintomas Locais:Dor, prurido, disúria, corrimento vaginal/uretral, linfadenopatia regional reacional
• Lesões: bilaterais, próximas umas das outras, vários estágios (vesículas, pústulas, exulcerações)
• Envolmimento do cervix e uretra 80% ♀
Herpes Genital – Infecção Primária
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Herpes Simples – Espectro Clínico
HERPES GENITAL
• Infecção Recorrente:
• As lesões e sintomas das
recorrências são mais
brandos, unilaterais,
circunscritos.
• Mais frequente com HSV 2
(90% em 1 ano)
Herpes Simples – Espectro Clínico
• Herpes Gladiatorum: Lutadores face, orelhas, tórax e mãos
• Ceratite (lesões dendríticas da córnea)
• Corrioretinite (Neonatos, HIV)
• Encefalite: lobo temporal
• Meningite
• Infecções Viscerais: Pneumonite, Hepatite, esofagite...
• Infecção neonatal: Mãe com herpes genital. Lesões em áreas de trauma, comprometimento de SNC, fígado. Grave
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Herpes Neonatal
Herpes Simples X HIV
• Infecções persistentes, graves e disseminadas
• Recidivas mais frequentes
• CD4 baixo e carga viral alta
• HSV aumenta a quantidade de HIV secretado
pelas mucosas genitais
• HSV pode aumentar a replicação do HIV
• HIV aumenta a replicação do HSV
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Herpes Simples – Diagnóstico
• Critérios Clínicos • Lesões vesiculares múltiplas agrupadas em base
eritematosa
• Critérios laboratoriais • Isolamento Viral em cultura
• PCR: 3-4x mais sensível
• Tzanck células gigantes multinucledas, inclusões celulares.
• Sorologia
• Western-Blot
Herpes Simples – Tratamento • Infecção Primária: 7 dias
• Aciclovir VO: 200mg 5xd ou 400mg 3xd
• Valaciclovir VO: 1g 12/12h
• Famciclovir VO: 250mg 8/8h
• Infecção Recorrente: 5 dias • Iniciada nos pródromos
• Usar metade das doses Vala/Famciclovir
• Casos graves, Imunossuprimidos: 7-14 dias • Aciclovir EV: 5-10mg/kg 8/8h
• Casos Recidivantes (>5 episódios/ano): • Aciclovir 400mg 12/12h (até 6 anos)
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Varicela-Zoster – O Agente
• Causa duas variedades
clínicas distintas:
Varicela (primária) e
Herpes Zoster (recidiva)
• Vírus Varicella-zoster
(VZV)
• virus RNA, da familia
Herpetoviridae.
• Latência (Neurônios)
Varicela – Epidemiologia
• Doença benigna, pode se tornar grave
• Extremamente contagiosa 90% dos
contactantes suceptíveis
• 90% casos de varicela ocorrem em < 13 anos
• Caráter sazonal: inverno (maior contato íntimo)
• Herpes zoster: > 60 anos e imunocomprometidos
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Varicela – Transmissão
• Vírus inalados pela respiração (aerossóis)
• Pessoa a pessoa
• Contato com lesões
• Objetos contaminados com secreções de vesículas
• Período de Incubação:
• 14 a 16 dias (varia de 10 a 20 dias após o contato)
Varicela: Quadro Clínico
VARICELA:
• Período de incubação: 14 dias
• Pródromos (1-2 dias antes do exantema): febre baixa,
mal-estar, adinamia (redução da força muscular);
• Rash maculo-papulo-vesicular
• Tronco e face
• POLIMORFISMO REGIONAL
• Pode acometer mucosa
• Evolui para crostas
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Varicela: Quadro Clínico VARICELA GRAVE:
• Imunocomprometidos
• Complicações viscerais em 50% dos casos
• Mortalidade até 15% sem terapia
• Tempo de recuperação mais prolongado
VARICELA NEONATAL E CONGÊNITA:
• Mortalidade elevada (30%): 5 dias antes ou 48h após o parto;
• Ausência de anticorpos transplacentários e imaturidade do sistema imune;
• Doença progressiva visceral, principalmente pulmonar;
• Cicatriz na pele, anormalidades oculares e do SNC;
Herpes Zoster
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Varicela Infectada
Varicela-Zoster: Complicações
• Pneumonite:
• taquidispnéia, tosse e febre com 3-5 dias de doença
• adultos, imunodeprimidos e grávidas
• Miocardite
• Nefrite
• Diáteses hemorrágicas
• Hepatite
• Nevralgia
• Dor persistente em mais de 4 a 6 semanas após
erupção cutânea
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Varicela-Zoster: Diagnóstico
• Clínica: anamnese + exame físico
• Tzanck
• Cultura de vírus
• Sorologia: ELISA, Imunoaglutinação, Imunofluorescência
• PCR
Varicela-Zoster – Tratamento
• Higiene básica
• Anti-histamínicos e antibacterianos se necessário
• Aciclovir: diminuição em 25% de novas lesões e dos sintomas constitucionais • Indicação: adultos e adolescentes, <1 ano e grupos de alto risco
(imunossupressão)
• Iniciar nas primeiras 24h
• Amitriptilina, Gabapentina e Corticóides em HZ
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Varicela-Zoster – Profilaxia
• Vacinação: não faz parte do calendário básico
• pós-exposição: até 96h
• >1 ano e <12 anos: dose única de 0,5ml;
• >12 anos: duas doses de 0,5ml, com intervalo de 4 a 8
semanas;
• Imunoglobulina específica:
• imunodeficientes e mulheres grávidas expostos > 1h a
um doente
• neonatos quando mãe iniciou varicela 5 dias antes ou
48h após o parto
• Iniciar até 96h após exposição
GRIPE H1N1
• Agente etiológico - Virus da Influenza - familia
Ortomixiviridae.
• Vírus RNA de fita única
• Subdividem-se em três tipos antigênicamente
distintos: A, B e C
• São classificados de acordo com os tipos de
proteínas que se localizam em sua superfície,
chamadas de hemaglutinina(H) e neuraminidase(N)
Obs: A proteína H está associada a infecção das
células do trato respiratório superior, onde o vírus se
multiplica; enquanto a proteína N facilita a saída das
partículas virais do interior das células infectadas.
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GRIPE H1N1
• A Gripe H1N1 ou Influenza A é uma doença causada
pelo vírus H1N1, uma combinação das cepas dos vírus
humano da gripe, do vírus da gripe aviária e do vírus da
gripe suína.
• A transmissão se dá pelo contato direto com os animais
ou com objetos contaminados e de pessoa para pessoa,
por via aérea ou por partículas de saliva e secreções das
vias respiratórias.
• Período de incubação: 1 a 4-7dias
GRIPE H1N1
• Quadro clínico:
• Febre
• Dor muscular, dor de cabeça, dor de garganta e nas articulações
• Irritação nos olhos
• Tosse, Coriza
• Cansaço
• Inapetência
• Vômitos e diarréias
• Insuficiência Respiratória Aguda
• Pneumonia viral
• Falência de múltiplos órgãos
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GRIPE H1N1
• Diagnóstico
• Clínico
• RT- PCR
• Testes laboratoriais
• leucopenia com linfocitopenia,trombocitopenia e aumento de
transaminases de leve a moderada. Pode ocorrer ainda hiperglicemia
e aumento de creatinina.
• Vacina
– Vírus H1N1 inativo e fracionado
– Testes laboratoriais
• Tratamento
– Fosfato de oseltamivir e zanamivir (Tamiflu e Relenza)
Ebola
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• Início súbito de febre, fraqueza intensa, dores musculares, dor de cabeça e dor de garganta
• vômitos, diarreia, disfunção hepática, erupção cutânea, insuficiência renal e, em alguns casos, hemorragia tanto interna como externa.
• Letal em até 90% dos casos
Sinais e sintomas
Ebola – A doença
Virus Ebola - Histórico
► Identificado pela primeira vez em 1976, no Zaire (atual República
Democrática do Congo), e, desde então, tem produzido vários surtos no
continente africano.
► Esse vírus foi transmitido para seres humanos que tiveram contato com
sangue, órgãos ou fluidos corporais de animais infectados, como chimpanzés,
gorilas, morcegos-gigantes, antílopes e porcos-espinhos.
► 5 espécies de vírus Ebola:
Zaire ebolavirus, Sudão ebolavirus, Bundibugyoebolavirus, Restonebolavirus
e Tai Forest ebolavirus
Obs. Zaire ebolavirus é o que apresenta a maior letalidade, geralmente acima
de 60% dos casos diagnosticados.
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Situação no Brasil
O Ministério da Saúde informa que não há no Brasil casos confirmados ou
suspeitos de febre hemorrágica ebola.
De acordo com os dados oficiais divulgados pela OMS, os únicos países
acometidos pelo surto do vírus ebola são Guiné, Libéria, Mali e Serra Leoa,
todos situados na África Ocidental. É importante esclarecer que a OMS não
faz nenhuma restrição de viagens aos países que registram casos da doença.
O Ministério da Saúde acompanha permanentemente a situação do vírus a
partir de informes diários da OMS sobre os casos, assim como surtos de
outras doenças que possam se constituir em evento de saúde pública de
interesse internacional.
CASOS DE DOENÇA POR VÍRUS EBOLA -
CONFIRMADOS, PROVÁVEIS E SUSPEITOS
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O vírus Ebola
PERÍODO DE INCUBAÇÃO
O período de incubação pode variar de 1 a 21 dias.
TRANSMISSÃO
Não há transmissão durante o período de incubação. A transmissão
só ocorre após o aparecimento dos sintomas e se dá por meio do
contato com sangue, tecidos ou secreções corporais (fezes, urina,
saliva, sêmen) de indivíduos infectados (incluindo cadáveres), ou
do contato com superfícies e objetos contaminados.
O vírus Ebola NÃO é transmitido pelo ar.
Ebola
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Quais os riscos para os profissionais de saúde que cuidam
dos doentes?
Os profissionais de saúde têm sido frequentemente expostos ao vírus ao cuidar
de pacientes com Ebola na África. Isso acontece quando eles não usam
adequadamente equipamentos de proteção individual, como luvas e máscaras.
Os profissionais de saúde devem seguir rigorosamente as precauções de
controle de infecção recomendados.
• devem usar equipamentos de proteção individual, tais como aventais, luvas,
máscaras e óculos de proteção ou protetores faciais;
• não devem reutilizar equipamentos ou roupas de proteção, a menos que
tenham sido devidamente desinfectados;
• devem trocar as luvas ao passar de um paciente para outro.
• Procedimentos invasivos que podem expor os médicos, enfermeiros e outros à
infecção devem ser realizado sob estritas condições de segurança. Os
pacientes infectados devem ser mantidos separados dos outros pacientes e
pessoas saudáveis, tanto quanto possível.
Diagnóstico
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Tratamento
Não existe tratamento específico
para a doença, sendo limitado às
medidas de suporte à vida.
Prevenção
Atualmente não há nenhuma vacina para a doença do
vírus Ebola. Várias vacinas estão sendo testadas, mas
nenhuma delas está disponível para uso clínico no
momento.
Nos países onde existe transmissão do Ebola, a
melhor maneira de se prevenir é evitar contato com o
sangue ou secreções de animais ou pessoas doentes ou
com o corpo de pessoas falecidas em decorrência
dessa doença, durante rituais de velório.