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Prof. Claudio zorzo AUDITORIA e ANÁLISE DAS “DC”

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Prof. Claudio zorzo

AUDITORIA e ANÁLISE DAS “DC”

Conceito e modalidades de auditoria.

• O conceito de auditoria não tem sido unânime ou estático no decorrer dotempo, embora algumas definições conhecidas tenham uma aceitaçãorelativamente generalizada, contudo tem tem evoluído, refletindo não sóas mutações ocorridas no desenvolvimento das organizações e naponderação dos interesses de partes envolvidas, mas também nosobjetivos cada vez mais amplos que têm sido estabelecidos para ostrabalhos de auditoria.

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• Se inicialmente era voltada para a descoberta de erros e fraudes, aauditoria evoluiu para outros objetivos, assumindo formas específicas eespecializadas, passando não só a focar sobre os fatos já passados, mastambém a ter uma função preventiva e orientadora, mais relacionada coma visão prospectiva de contribuir para o alcance de objetivos e para amelhoria do desempenho das organizações.

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• Atualmente a auditoria está inserida no contexto dos trabalhos deasseguração.

Trabalho de asseguração é o trabalho no qual o auditor visaobter evidências apropriadas e suficientes para expressar suaconclusão, de forma a aumentar o grau de confiança dosusuários previstos sobre o resultado da mensuração ouavaliação do objeto, de acordo com os critérios que sejamaplicáveis.

• Todos os trabalhos de asseguração possuem pelo menos três partes:o auditor, a parte responsável e os usuários previstos. Dependendodas circunstâncias do trabalho, pode haver também a funçãoseparada de mensurador ou avaliador, ou a parte contratante.

• O resultado da mensuração ou avaliação do objeto é a informação que resulta daaplicação dos critérios ao objeto auditado. Por exemplo:

Demonstrações contábeis (resultado) resultam da mensuração da posição patrimoniale financeira da entidade, do desempenho e dos fluxos de caixa (objeto) ao aplicar aestrutura de relatórios financeiros aplicáveis (critério).

Conclusão sobre a eficácia do controle interno (resultado) decorre da avaliação daeficácia do processo de controle interno da entidade (objeto) ao aplicar os critériosaplicáveis.

Mensurações de desempenho específicas à entidade (resultado) decorrem damensuração de vários aspectos de desempenho (objeto) ao aplicar as metodologias demensuração aplicáveis (critério).

Declaração de gases de efeito estufa (resultado) decorre da mensuração das emissõesde gases de efeito estufa da entidade (objeto) ao aplicar o reconhecimento, mensuraçãoe apresentação de protocolos (critério).

Declaração sobre o cumprimento (resultado) decorre da avaliação do cumprimento daentidade (objeto) com, por exemplo, lei ou regulamento (critério).

• Os seguintes elementos caracterizam o trabalho de AUDITORIA:a) relação de três partes envolvendo o auditor independente, aparte responsável e os usuários previstos;b) objeto apropriado;c) critérios aplicáveis;d) evidências apropriadas e suficientes; ee) relatório de asseguração escrito no formato apropriado aotrabalho de asseguração razoável ou de asseguração limitada.

• Nem todos os trabalhos realizados por auditores são trabalhos deasseguração. Outros trabalhos frequentemente realizados incluem: trabalhos abrangidos pelas Normas de Serviços Correlatos (NBCsTSC, tais como procedimentos previamente acordados e trabalhos decompilação); elaboração de declarações de imposto de renda em que nenhumaconclusão de asseguração é expressa; trabalhos de consultoria (ou assessoria), tais como gerenciamento econsultorias tributárias.

• Um conceito de auditoria geralmente aceito, devido à sua amplitude, é oque a define como:

“Auditoria é o processo sistemático, documentado e independente de seavaliar objetivamente uma situação ou condição para determinar aextensão na qual critérios são atendidos, obter evidências quanto a esseatendimento e relatar os resultados dessa avaliação a um destinatáriopredeterminado”.

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• Processo sistemático: 

A auditoria é um processo de trabalho planejado (fases) e metódico(procedimentos), pautado em avaliações e finalizado com a comunicaçãode seus resultados.

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• As principais fases de uma auditoria são:1) Planejamento e análise global2) Trabalho de campo – execução3) Opinião.

O auditor deve exercer julgamento profissional ao planejar e executar aauditoria.

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• Análise geral• Avaliação do Controle interno• Análise dos riscos de auditoria• Seleção dos itens que serão testados• Elaboração do programa de auditoria

Planejamento

• Aplicação dos procedimentos de auditoria• Obtenção e análise das evidências• Elaboração dos arquivos de Papeis de trabalho• Elaboração do relatório parcial

Execução

• Discussão com a administração• Elaboração do relatório final

Opinião

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AUDITORIA

• Processo documentado: 

O processo de auditoria deve ser fundado em documentos epadronizado por meio de procedimentos específicos, de modo aassegurar a sua revisão e a manutenção das evidências obtidas.

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Papéis de trabalho

• Processo independente: 

A auditoria deve ser realizada por pessoas com independência emrelação às organizações, aos programas, aos processos, às atividades, aossistemas e aos objetos examinados para assegurar a objetividade e aimparcialidade dos julgamentos.

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O auditor interno tem autonomia profissional

• O auditor deve planejar e executar a auditoria com ceticismoprofissional, reconhecendo que podem existir circunstâncias quecausam distorção nos documentos auditados.

• Avaliação objetiva: 

Os fatos devem ser avaliados com a mente livre de vieses. A avaliação objetiva leva a julgamentos imparciais, estritamenteadequados às circunstâncias, precisos e refletem na confiança notrabalho do auditor.

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Não fugir do objetivo da auditoria; 

estabelecer critérios técnicos.

• A auditoria não é uma investigação oficial de suposto delito.• Portanto, o auditor não recebe poderes legais específicos, tais como opoder de busca, que podem ser necessários para tal investigação.

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• Auditoria é o ato de confrontar a situação encontrada com o critériotécnico.

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É a comparação entre o que foi feito com oque deveria ter sido feito.

• Situação ou condição encontrada: 

O estado ou a situação existente do objeto da auditoria, encontrado peloauditor durante a execução do trabalho de auditoria. Reflete o que foi identificado, encontrado pelo auditor.

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• Critério técnico: Referencial a partir do qual o auditor faz seus julgamentos em relação àsituação ou condição existente. Reflete como deveria ser a algo.

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Critérios são referências usadas para mensurar ou avaliar o objeto. Os critérios podemser formais, por exemplo, na elaboração das demonstrações contábeis; e os critériospodem ser as normas internacionais de relatórios financeiros ou as normasinternacionais de contabilidade do setor público.

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Sem critérios, os auditores não poderiam emitir uma opinião e osrelatórios resultantes poderiam ser considerados como parciais oualtamente subjetivos.

Sem critérios, os auditores não poderiam emitir uma opinião e osrelatórios resultantes poderiam ser considerados como parciais oualtamente subjetivos.

• A eventual discrepância entre a situação existente e o critériooriginará o achado de auditoria.

• O achado poderá ser positivo ou negativo e deverá ser provadopor meio de evidências.

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• Evidências: 

Elementos de comprovação da discrepância (ou não) entre a situação oucondição encontrada e o critério de auditoria.

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São as provas da auditoria.

• Os trabalhos de auditoria são planejados e realizados com postura deceticismo profissional para obter evidências apropriadas e suficientes nocontexto do trabalho sobre o resultado obtido da mensuração ouavaliação do objeto de acordo com os critérios.

• O julgamento profissional deve ser exercido ao considerar amaterialidade, o risco do trabalho, bem como a quantidade e a qualidadedas evidências disponíveis ao planejar e realizar o trabalho,especialmente, ao determinar a natureza, a época e a extensão dosprocedimentos.

• Relato de resultados:   

Os resultados de uma auditoria são relatados a um destinatáriopredeterminado, que normalmente não seja a parte responsável,por meio de um relatório, instrumento formal e técnico no qual oauditor comunica o objetivo, o escopo, a extensão e as limitações dotrabalho, os achados de auditoria, as avaliações, opiniões econclusões.

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• Modalidades de auditorias:

a) Internab) Externa – Independente – Contábilc) Tributária ou fiscald) Governamental – Controladorias e Tribunais de Contas 

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Auditoria

 Interna  Processos 

internos

Independente Demonstrações contábeis

Governamental  Coisa pública

Tributária  Planejamento fiscal

• Auditoria Interna • A Auditoria Interna compreende os exames, análises, avaliações,levantamentos e comprovações, metodologicamente estruturados para aavaliação da integridade, adequação, eficácia, eficiência e economicidadedos processos, dos sistemas de informações e de controles internosintegrados ao ambiente e de gerenciamento de riscos, com vistas a assistirà administração da entidade no cumprimento de seus objetivos.

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• Conceitualmente podemos entender que a Auditoria Interna é umaatividade de avaliação financeira‐operacional e de assessoramento daadministração, voltada para o exame e verificação da adequação, eficiênciae eficácia dos sistemas de controle interno, bem como da qualidade do dasinformações e do desempenho das áreas em relação às atribuições e aosplanos, metas, objetivos e políticas definidos pela administração.

• A Auditoria Interna é exercida nas pessoas jurídicas de direito público,interno ou externo, e de direito privado.

São pessoas jurídicas de direito públicointerno a União; os Estados; osMunicípios; as autarquias e as demaisentidades de caráter público criadas porlei.

São pessoas jurídicasde direito públicoexterno os Estadosestrangeiros e todasas pessoas que foremregidas pelo direitointernacional público.

• Auditoria Independente ‐ Contábil• A auditoria das demonstrações contábeis constitui o conjunto deprocedimentos técnicos que tem por objetivo a emissão de uma opiniãosobre a sua adequação, consoante as Normas Brasileiras de Contabilidadee, no que for pertinente, a legislação específica.

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• Auditoria independente examina os registros contábeis e financeiros de umaempresa, por meio de análises documentais e coleta de informaçõesreferentes aos controles do patrimônio, com o objetivo de obter elementoscomprobatórios suficientes que permitam opinar se os registros contábeisforam efetuados de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

As NBC TAs exigem que o auditor obtenha segurança razoável deque as demonstrações contábeis como um todo estão livres dedistorção relevante, independentemente se causadas por fraudeou erro.

Fatos contábeis

Registros nos livros

Elaboração do 

balancete

Elaboração das DCs

Análise do auditor sobre os registros

Opinião sobre as “DC”

• A auditoria é considerada independente pela necessidade de oauditor não ter relações com a auditada que possam afetar aexecução do trabalho ou até mesmo criar uma suspeição sobre oresultado alcançado.

O profissional envolvido deve ter total independênciajunto a auditada e autonomia em relação ao escopo dotrabalho.

• O “auditor independente” (pessoa física ou jurídica) é aquele queconduz o trabalho (geralmente o sócio responsável pelo trabalho ououtros membros da equipe, ou, conforme adequado, a firma),aplicando habilidades e técnicas de asseguração para obter segurançarazoável ou limitada, conforme adequado, sobre se a informação doobjeto está livre de distorções relevantes.

• Auditoria tributária ou fiscal• É conjunto de procedimentos técnicos, pautados em Leis e Normastécnicas, aplicados por servidores dos governos federal, estaduais emunicipais com objetivo de verificar se os impostos, taxas e contribuiçõesdevidos aos cofres públicos estão sendo reconhecidos e recolhidos emconformidade com a legislação pertinente, assim como outras funçõescorrelatas.

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• A auditoria tributária tem por objetivo o exame e a avaliação deplanejamento tributário e a eficiência e eficácia dos procedimentos econtroles adotados para a operação, pagamento e recuperação deimpostos, taxas e quaisquer ônus de natureza fisco‐tributária queincida nas operações, bens e documentos da empresa.

• A auditoria tributária também tem a função de atuar como agentepreventivo e inibidor contra fraudes. Desta forma, ao realizar ostrabalhos, o auditor deve estar atento para a possibilidade de fraudes,erros e/ou atividades ilegais nos registros.

• Auditoria pública ou governamental• É o conjunto de técnicas que visa avaliar a gestão pública, pelos processos eresultados gerenciais, e a aplicação de recursos públicos por entidades dedireito público e privado, mediante a confrontação entre uma situaçãoencontrada com um determinado critério técnico, operacional ou legal.

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• É o exame efetuado em entidades da administração direta e indireta,em funções, subfunções, programas, ações (projetos, atividades eoperações especiais), áreas, processos, ciclos operacionais, serviços,sistemas e sobre a guarda e aplicação de recursos públicos por outrosresponsáveis, em relação aos aspectos contábeis, orçamentários,financeiros, econômicos, patrimoniais e operacionais, assim comoacerca da confiabilidade do sistema de controle interno (SCI).

• É realizada por profissionais de auditoria governamental, porintermédio de levantamentos de informações, análises imparciais,avaliações independentes e apresentação de informações seguras,devidamente consubstanciadas em evidências, segundo oscritérios de legalidade, legitimidade, economicidade, eficiência,eficácia, efetividade, equidade, ética, transparência e proteção domeio ambiente, além de observar a probidade administrativa e aresponsabilidade social dos gestores da coisa pública.

AUDITORIAINTERNA

NBC TI 01

• A Resolução CFC n.º 1.329/11 alterou a resolução CFC n.º 986/03na sigla e a numeração da norma de auditoria interna de NBC T 12para NBC TI 01.

• A norma do CFC trata da atividade e dos procedimentos de AuditoriaInterna Contábil.

Deve ser um contador

• A Auditoria Interna é exercida nas pessoas jurídicas de direitopúblico, interno ou externo, e de direito privado.

São pessoas jurídicas de direito públicointerno a União; os Estados; os Municípios;as autarquias e as demais entidades decaráter público criadas por lei.

São pessoas jurídicas de direitopúblico externo os Estadosestrangeiros e todas as pessoasque forem regidas pelo direitointernacional público.

• Conceito

Compreende os exames, análises, avaliações, levantamentos ecomprovações, metodologicamente estruturados para a avaliação daintegridade, adequação, eficácia, eficiência e economicidade dosprocessos, dos sistemas de informações e de controles internosintegrados ao ambiente e de gerenciamento de riscos.

• Conceitualmente podemos entender que a Auditoria Interna é umaatividade de avaliação financeira‐operacional e de assessoramento daadministração, voltada para o exame e verificação da adequação,eficiência e eficácia dos sistemas de controle interno, bem como daqualidade do das informações e do desempenho das áreas em relaçãoàs atribuições e aos planos, metas, objetivos e políticas definidos pelaadministração.

• Objeto 

Processos e procedimentos internos, sistema de controle interno,sistema de informação, programa de gerenciamento de risco.

• O sistema de controles internos compreende o plano de organizaçãoe o conjunto integrado de método e procedimentos adotados pelaentidade na proteção do seu patrimônio, promoção da confiabilidadee tempestividade dos seus registros e demonstrações contábeis, e dasua eficácia operacional.

• O “Internal Control – Integrated Framework” ou COSO I define ocontrole interno como um processo conduzido pelo conselho deadministração, pela administração e pelo corpo de empregados deuma organização, com a finalidade de possibilitar uma garantiarazoável quanto à realização dos objetivos nas seguintes categorias:

a) Eficácia e eficiência das operações;b) Confiabilidade das demonstrações financeiras;c) Conformidade com leis e regulamentos cabíveis

Conselho de administração

PresidênciaExecutivo

diretoria diretoria diretoria

Comitê de auditoria

Auditoria interna

• Para o auditor quanto melhor o controle implantado, mais segurançaele terá com relação aos exames que está efetuando e os dadosapresentados.

O auditor interno faz parte docontrole interno.

• Objetivo 

Assessorar a administração no atingimento dos objetivos por meio delevantamentos, análises, comprovações, informações e pareceres.

• Finalidade  

Agregar valor ao resultado da organização, apresentando subsídiospara o aperfeiçoamento dos processos, da gestão e dos controlesinternos, por meio da recomendação de soluções para as não‐conformidades apontadas nos relatórios.

• Campo de atuação O campo de atuação da Auditoria Interna estende‐se por todos osserviços, programas, operações e controles existentes na entidade.

Não deve haver limitação, no âmbito da empresa, para atuação daauditoria interna.

O auditor interno deve ter acesso a todas as áreas e informaçõesrelacionadas com o seu trabalho.

• Naquelas áreas cuja tecnologia desconhece, no todo ou em parte, oauditor interno deve utilizar o trabalho de especialistas, internos ouexternos, a fim de entender o processo, para poder avaliá‐lo e julgá‐lo,possibilitando, assim, que seu relatório seja emitido corretamente.

As atividades da função de auditoria interna podem incluir um oumais dos itens a seguir:

a) Monitoramento do controle internob) Exame das informações contábeis e operacionaisc) Revisão das atividades operacionaisd) Revisão da conformidade com leis e regulamentose) Gestão de riscof) Governança 

•Monitoramento do controle interno 

A função de auditoria interna pode receber responsabilidadesespecíficas de revisão dos controles, monitoramento de sua operaçãoe recomendação de melhorias nos mesmos.

• Exame das informações contábeis e operacionais

A função de auditoria interna pode ser responsável por revisar osmeios usados para identificar, mensurar, classificar e reportarinformações contábeis e operacionais e fazer indagações específicassobre itens individuais, incluindo o teste detalhado de transações,saldos e procedimentos.

• Revisão das atividades operacionais 

A função de auditoria interna pode ser responsável por revisar aeconomia, eficiência e eficácia das atividades operacionais, incluindoas atividades não financeiras de uma entidade.

• Revisão da conformidade com leis e regulamentos

A função de auditoria interna pode ser responsável por revisar aconformidade com leis, regulamentos e outros requerimentosexternos e com políticas e normas da administração e outrosrequerimentos internos.

• Gestão de risco

A função de auditoria interna pode ajudar a organização mediante aidentificação e avaliação das exposições significativas a riscos e acontribuição para a melhoria da gestão de risco e dos sistemas decontrole.

• Governança

A função de auditoria interna pode avaliar o processo de governançaquanto à realização de seus objetivos de ética e valores, administraçãode desempenho e prestação de contas, comunicando informaçõessobre risco e controle para as áreas adequadas da organização, e daeficácia da comunicação entre as pessoas responsáveis pelagovernança, os auditores internos e independentes e a administração.

Auditoria interna

Contábil  Fatos e registros contábeis Contador

Operacional  Atividade fim 

Sistemas  PED – sistemas eletrônicos

Gestão  Desempenho administrativo

Qualidade  Efetividade da entidade

• Independência Possui independência parcial em relação à entidade, pois deveatender as expectativas externadas pela administração quanto ao seutrabalhoNa execução dos trabalhos deve ter independência total, ou seja, temautonomia profissional.

Autonomia é diferente deindependência.

• Obrigatoriedadea) Instituições financeirasb) Seguradorasc) Fundos de pensãoe) Entidades da administração federal indireta 

• Planejamento

• O planejamento do trabalho da Auditoria Interna compreende osexames preliminares das áreas, atividades, produtos e processos, paradefinir a amplitude e a época do trabalho a ser realizado, de acordocom as diretrizes estabelecidas pela administração da entidade.

• O planejamento deve ser documentado e os programas de trabalhoformalmente preparados, detalhando‐se o que for necessário àcompreensão dos procedimentos que serão aplicados, em termos denatureza, oportunidade, extensão, equipe técnica e uso deespecialistas.

• A principal diferença do planejamento para o programa de trabalho éque o programa é específico, aborda um assunto, uma transação ouum saldo enquanto que o planejamento representa uma diretriz geral,é mais abrangente.

• Quando o auditor está executando o seu trabalho de campo ele estáaplicando o programa de auditoria, que está previsto no planejamentoinicial.

• O planejamento deve considerar os fatores relevantes na execução dostrabalhos, especialmente os seguintes:

a) O conhecimento detalhado das atividades operacionais e dos sistemascontábil e de controles internos e seu grau de confiabilidade daentidade;

b) O conhecimento detalhado da política e dos instrumentos de gestãode riscos da entidade;

c) A natureza, a oportunidade e a extensão dos procedimentos deauditoria interna a serem aplicados, alinhados com a política degestão de riscos da entidade;

d) A existência de entidades associadas, filiais e partes relacionadas queestejam no âmbito dos trabalhos da Auditoria Interna;

e) O uso do trabalho de especialistas;f) O risco de auditoria quer pelo volume ou complexidade das

transações e operações;g) O conhecimento do resultado e das providências tomadas em relação

a trabalhos anteriores, semelhantes ou relacionados;h) As orientações e expectativas externadas pela administração aos

auditores internos; ei) Conhecimento da Missão e Objetivos Estratégicos da entidade.

• Risco de auditoria

• Risco de auditoria é à possibilidade de não se atingir, de formasatisfatória, o objetivo dos trabalhos.

• A análise dos riscos da auditoria Interna deve ser feita na fase deplanejamento dos trabalhos.

É a possibilidade de o auditor errar

• Na análise dos “RA” devem ser considerados, principalmente, osseguintes aspectos:

a) a verificação e a comunicação de eventuais limitações ao alcance dosprocedimentos da Auditoria Interna, a serem aplicados, considerandoo volume ou a complexidade das transações e das operações;

b) a extensão da responsabilidade do auditor interno no uso dostrabalhos de especialistas.

• O risco de auditoria é dividido em inerente, de controle e de detecção.Risco inerente, que é o risco que se origina da natureza própria daconta ou tipo de operação analisada;Risco de controle, que consiste na incapacidade do sistema decontrole interno de evitar ou detectar oportunamente uma distorção;Risco de detecção, é o risco de que erros importantes,individualmente ou em conjunto com outros, não sejam detectadospelos procedimentos aplicados pelo auditor.

• Basicamente, o auditor interno deve determinar e valorizar os riscosinerentes e de controle, e planejar procedimentos de auditoria para orisco de detecção.

• Ao definir os testes e procedimentos técnicos que irá aplicar, o auditordeve determinar meios para selecionar os itens a serem testados quesejam eficazes para o cumprimento dos procedimentos de auditoria.

Os meios à disposição do auditor para a seleção de itens a seremtestados são:a) seleção de todos os itens – censo (exame de 100%);b) seleção de itens específicos; ec) amostragem de auditoria.

• Assim, o auditor interno PODE utilizar amostragem como forma deseleção dos itens que serão examinados.

Ao usar método de amostragem, estatística ou não, deve ser projetadae selecionada uma amostra que possa proporcionar evidência deauditoria suficiente e apropriada.

Procedimentos de auditoria

• Os procedimentos da auditoria interna constituem exames einvestigações, incluindo testes de observância e testes substantivos,que permitem ao auditor interno obter subsídios suficientes parafundamentar suas conclusões e recomendações à administração daentidade.

• Os testes de observância visam à obtenção de razoável segurança deque os controles internos estabelecidos pela administração estão emefetivo funcionamento, inclusive quanto ao seu cumprimento pelosfuncionários e administradores da entidade.

• Os testes substantivos visam à obtenção de evidência quanto àsuficiência, exatidão e validade dos dados produzidos pelos sistemasde informação da entidade.

• Na aplicação dos testes de observância devem ser considerados osseguintes procedimentos:

a) inspeção – verificação de registros, documentos e ativos tangíveis;b) observação – acompanhamento de processo ou procedimentoquando de sua execução; e

c) investigação e confirmação – obtenção de informações perantepessoas físicas ou jurídicas conhecedoras das transações e dasoperações, dentro ou fora da entidade.

• Partindo dos conceitos apresentados e da prática da auditoria éimportante entender que o auditor interno aplica na essência do seutrabalho os testes de observância.

• A própria norma de auditoria interna destaca que “ao aplicar os testesde observância o auditor interno deve considerar os seguintesprocedimentos”.

• As informações que fundamentam os resultados da auditoriainterna são denominadas de “evidências”, que devem sersuficientes, fidedignas, relevantes e úteis, de modo a fornecerbase sólida para as conclusões e recomendações à administraçãoda entidade.

Constituem a prova que a auditoriaprecisa obter.

a) a informação suficiente é aquela que é factual e convincente, de talforma que uma pessoa prudente e informada possa entendê‐la damesma forma que o auditor interno;

b) a informação adequada é aquela que, sendo confiável, propicia amelhor evidência alcançável, por meio do uso apropriado dastécnicas de Auditoria Interna;

c) a informação relevante é a que dá suporte às conclusões e àsrecomendações da auditoria interna;

d) a informação útil é a que auxilia a entidade a atingir suas metas.

• As fontes de informação que o auditor utilizou para embasar a suaevidência podem ser primárias ou secundárias.

a) As fontes primárias são aquelas nas quais a equipe tem controle sobrea forma de coleta dos dados. Por exemplo, entrevistas, circularização,observação direta e anotações originárias de uma visita da equipe àsinstalações da empresa.

b) As fontes secundárias são aquelas coletadas e sistematizadas poroutros, como, por exemplo: Registros contábeis e administrativos, empapel ou em meio magnético; legislação, normas ou procedimentos;documentos oficiais, como notas fiscais, memorandos, ofícios,inventários.

A auditoria deve ser estruturada e formalizada em “PT”• Os papéis de trabalho podem ser elaborados em meio físico oueletrônico, e devem ser organizados e arquivados de forma sistemáticae racional.

• Os PT constituem documentos e registros dos fatos, informações eprovas obtidas no curso da auditoria, a fim de evidenciar os examesrealizados e dar suporte à sua opinião, críticas, sugestões erecomendações.

Empresa CZ              BP 31/12/17 Disponível Saldo apresentado:Caixa – 20.000Bancos – 300.000

Confirmado:Caixa – 20.000Bancos – 320.000 (A1.1) 

PT A1Elaborado por: JoãoRevisado por: Maria

Empresa CZ                      BP 31/12/17 BancosCEF – 120.000BB – 200.000

Nota:A diferença verificada na conta banco éreferente ao cheque no. 0567 do BB emitido em23 de dezembro de 2017, que até a data do BPnão havia sido compensado.

PT A1.1Elaborado por: JoãoRevisado por: Maria

• Os PTs devem ter abrangência e grau de detalhe suficientes parapropiciarem a compreensão do planejamento, da natureza, daoportunidade e da extensão dos procedimentos de auditoria internaaplicados, bem como do julgamento exercido e do suporte dasconclusões alcançadas.

Análises, demonstrações ou quaisquer outrosdocumentos devem ter sua integridade verificadasempre que forem anexados aos papéis de trabalho.

Deve ter na equipe um profissional com conhecimento em PED• A utilização de processamento eletrônico de dados pela entidaderequer que exista, na equipe de auditoria interna, profissional comconhecimento suficiente sobre a tecnologia da informação e ossistemas de informação utilizados de forma a implementar os própriosprocedimentos ou, se for o caso, orientar, supervisionar e revisar ostrabalhos de especialistas.

O auditor deve adotar procedimentos para assegurar se ascontingências ativas e passivas relevantes estão identificadas e são deconhecimento da “ADM”

Contingências ativas e passivas são fatos decorrentes de processosjudiciais e extrajudiciais, reivindicações e reclamações, bem como delançamentos de tributos e de contribuições em disputa.

Deve assessorar a administração na prevenção de fraudes e errosa) O termo “fraude” aplica‐se a ato intencional de omissão e/oumanipulação de transações e operações, adulteração de documentos,registros, relatórios, informações e demonstrações contábeis, tantoem termos físicos quanto monetários.

b) O termo “erro” aplica‐se a ato não‐intencional de omissão,desatenção, desconhecimento ou má interpretação de fatos naelaboração de registros, informações e demonstrações contábeis, bemcomo de transações e operações da entidade, tanto em termos físicosquanto monetários.

Surgiu da necessidade de um acompanhamento mais profundo epermanente sobre as ações e processos internosAvalia a adequação e eficiência dos controles estabelecidos pelaadministraçãoAnalisa a integridade e confiabilidade das informações e registrosapresentadosApresenta sugestões para correção de problemas organizacionaisDeve manter sigilo sobre as informações obtidas, mesmo após ovínculo com a empresa

Elabora o PAAAint, que deve ser aprovado pela administraçãoPresta apoio ao conselho fiscal quando solicitadoAcompanha o cumprimento das recomendações decorrentes detrabalhos de auditorias externaDeve estar vinculado a mais alta “ADM”O auditor interno pode ser um contador

Emite sua opinião por meio de um relatório

O relatório deve ser redigido com objetividade e imparcialidade, deforma a expressar, claramente, suas conclusões, recomendações eprovidências a serem tomadas pela administração da entidade.

Deve abordar, no mínimo, os seguintes aspectos:

a) O objetivo e a extensão dos trabalhos;b) A metodologia adotada;c) Os principais procedimentos de auditoria aplicados e sua extensão;d) Eventuais limitações ao alcance dos procedimentos de auditoria;e) A descrição dos fatos constatados e as evidências encontradas;f) Os riscos associados aos fatos constatados; eg) As conclusões e recomendações resultantes dos fatos constatados.

Quando identificar irregularidade que necessite de providênciasimediatas deve informar a administração, de forma reservada, e pormeio de um relatório parcial.Este relatório normalmente é emitido quando no decorrer dostrabalhos foi constatada uma inconformidade e o auditor quer levar oassunto a conhecimento da administração para que ela tome asmedidas corretivas e as providencias cabíveis.

• O trabalho do auditor interno culmina com a elaboração do seu relatório.No entanto, é importante efetuar a monitorização da implementação dasrecomendações por meio de da realização do follow‐up.

• O Follow‐up esta diretamente relacionado com o monitoramento sobre aimplementação das recomendações apresentadas.

Follow up é uma expressão em inglês quesignifica acompanhar ou fazer o acompanhamento.

AUDITORIAINDEPENDENTE

• Auditoria independente examina os registros contábeis efinanceiros de uma empresa, por meio de análises documentaise coleta de informações referentes aos controles do patrimônio,com o objetivo de obter elementos comprobatórios suficientesque permitam opinar se os registros contábeis foram efetuadosde acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

Auditoria é o conjunto de exames, metodologicamenteestruturado, executado por profissional competente, que visaconfirmar a exatidão de algo, mediante um confronto entre oplanejado e o executado.

Fatos contábeis

Registros nos livros

Elaboração do 

balancete

Elaboração das DCs

Análise do auditor sobre os registros

Opinião sobre as “DC”

O trabalho AUDITORIAL compreende o conjunto de todos os elementos decontrole do patrimônio da auditada, representado pelos registros contábeis,papéis, documentos, fichas, arquivos e relatóriosque comprovem a veracidade e a fidedignidade dos registros ea legitimidade dos atos da administração.

• Os seguintes elementos são partes integrantes do trabalho deauditoria:• O auditor independente, a parte auditada e os usuáriosprevistos;

• Objeto da auditoria;• Documentação, critérios e procedimentos aplicáveis;• Evidências e provas apropriadas e suficientes; e• Relatório de auditoria escrito no formato apropriado aotrabalho.

• Na linguagem profissional e de mercado, fazer auditoria significacomparar práticas operacionalizadas com procedimentosnormatizados e previamente estabelecidos, compreendendo oexame de documentos, livros e registros, inspeções e obtençãode informações e confirmações, objetivando mensurar a exatidãodesses registros e das demonstrações contábeis delesdecorrentes.

• A auditoria é considerada independente pela necessidade de oauditor não ter relações com a auditada que possam afetar aexecução do trabalho ou até mesmo criar uma suspeição sobre oresultado alcançado.

O profissional envolvido deve ter totalindependência junto a auditada eautonomia em relação ao escopo dotrabalho.

• O Conselho Federal de Contabilidade (CFC) emite normastécnicas de auditoria (NBCs TA) e normas profissionais (NBCsPA).

• Quando a norma se referir aos trabalhos de auditoria, as NBCs TAdevem ser atendidas, uma vez que os trabalhos devem estar emconsonância com as normas brasileiras de auditoria que sãosimilares às normas internacionais de auditoria, conhecidas pelasigla ISA.

• Todavia quando esta norma se referir aos profissionais ou àsfirmas de auditoria, além das NBCs TA, as NBCs PA e asexigências éticas relevantes também devem ser observadas.

• Na ausência de disposições específicas, prevalecem as práticas jáconsagradas pela Profissão Contábil, formalizadas ou não pelosseus organismos próprios.

• Os exames são efetuados de acordo com as normas de auditoriausualmente aceitas, as NBC Tas – normas brasileiras decontabilidade técnica de auditoria.

As NBC TAs são escritas nocontexto de uma auditoria dedemonstrações contábeis porum auditor.

É responsabilidade doauditor garantircumprimento com todas asobrigações legais,regulatórias eprofissionais.

• A NBC TA 200 R1 – trata das responsabilidades gerais do auditorindependente na condução de uma auditoria de demonstraçõescontábeis em conformidade com NBC TAs.

A letra R mais o númerorepresenta quantas vezes anorma foi revisada.

• Contempla os seguintes aspectos:Objetivos Gerais do AuditorNatureza e alcance de uma auditoria para possibilitar ao auditorindependente o cumprimento desses objetivosAlcance, autoridade e estrutura das NBC TA s eresponsabilidades gerais do auditor independente aplicáveis emtodas as auditorias.

• Devido a restrição do objeto do trabalho, a opinião do auditornão assegura a viabilidade futura da entidade, nem atesta aeficiência ou eficácia com a qual a administração conduziu osnegócios da entidade.

O auditor examina os relatóriosfinanceiros da auditada ‐ asdemonstrações contábeis

• Firma de auditoria é um único profissional ou sociedade depessoas que atuam como auditor independente.

Não precisater quadro técnico

Sócios

Diretores

Supervisores

Encarregado da auditoria

Assistentes pleno e júnior

• Sócio encarregado do trabalho é o sócio ou outra pessoa nafirma responsável pelo trabalho e sua execução, e pelo relatórioque é emitido em nome da firma.

Sócio: administra a empresa, negocia internamentee externamente, representa a empresa nos órgãosreguladores, e é responsável pelo relatório deauditoria.

• Equipe de trabalho ‐ o sócio e o quadro técnico envolvidos notrabalho e quaisquer pessoas contratadas pela firma ou uma firmada mesma rede para executar procedimentos do trabalho. Issoexclui especialistas externos contratados pela firma.

• Quadro técnico são profissionais, exceto sócios, incluindoquaisquer especialistas empregado da firma.

Grupo multidisciplinar

• Relatório financeiro aplicável à auditada.

Objeto da auditoria

As demonstrações contábeis fazem parte doconjunto de relatórios financeiros elaborados

• Estrutura de relatório financeiro aplicável é a estruturaadotada pela administração na elaboração dasdemonstrações contábeis, que é aceitável em vista danatureza da entidade e do objetivo das demonstraçõescontábeis ou que seja exigida por lei ou regulamento.

A responsabilidade pela elaboração das DC é da 

administração.

• Administração é a pessoa com responsabilidade executiva pelacondução das operações da entidade. Para algumas entidades, comono Brasil, a administração inclui alguns ou todos os responsáveis pelagovernança, por exemplo, membros executivos de um conselho degovernança, ou sócio‐diretor.

• As demonstrações contábeis podem ser elaboradas parasatisfazer:

a) as necessidades de informação financeira comuns de um amploleque de usuários (isto é, “demonstrações contábeis para finsgerais”); oub) as necessidades de informação financeira de usuáriosespecíficos (isto é, “demonstrações contábeis para propósitosespeciais”).

• Em alguns casos, a estrutura de relatório financeiro podeabranger normas de informação contábil estabelecidas pororganização normatizadora autorizada ou por exigênciaslegislativas ou regulamentares.

Objetivo da auditoria

• Aumentar o grau de confiança por parte dos usuários dasinformações.

Isso é alcançado mediante a expressão de uma opiniãopelo auditor sobre se as demonstrações contábeisforam elaboradas, em todos os aspectos relevantes, emconformidade com uma estrutura de relatóriofinanceiro aplicável.

• Entre os usuários das demonstrações contábeis incluem‐seinvestidores atuais e potenciais, empregados, credores porempréstimos, fornecedores e outros credores comerciais,clientes, governos e suas agências e o público.

• Eles usam as demonstrações contábeis para satisfazer algumasdas suas diversas necessidades de informação.

• A opinião expressa pelo auditor é se as demonstrações contábeisrefletem, adequadamente, a situação econômico‐financeira dopatrimônio, o resultado de suas operações, as mutações de seupatrimônio líquido e os seus fluxos de caixa correspondentes aoperíodo examinado.

• Como base para a opinião do auditor, as NBCs TA exigem que eleobtenha segurança razoável de que as demonstrações contábeiscomo um todo estão livres de distorção relevante,independentemente se causadas por fraude ou erro.

Esse nível é conseguido quando o auditor obtém evidência deauditoria apropriada e suficiente para reduzir a um nívelaceitavelmente baixo o risco de auditoria (isto é, o risco de queo auditor expresse uma opinião inadequada quando asdemonstrações contábeis contiverem distorção relevante).

É objetivo do auditora) obter segurança razoável de que as demonstrações contábeiscomo um todo estão livres de distorção relevante,independentemente se causadas por fraude ou erro, possibilitandoassim que o auditor expresse sua opinião sobre se as demonstraçõescontábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, emconformidade com a estrutura de relatório financeiro aplicável; eb) apresentar relatório sobre as demonstrações contábeis ecomunicar‐se como exigido pelas NBCs TA, em conformidade com asconstatações do auditor.

Não é objetivo do auditor

• Fazer a escrituração e elaborar as demonstrações contábeis• Prevenir e identificar fraudes e erros• Garantir que todos (100%) os lançamentos contábeis foram efetuadoscorretamente

• Representar garantia de viabilidade futura da Entidade• Atestar a eficácia da Administração na gestão dos Negócios

• O auditor não pode obter segurança absoluta de que asdemonstrações contábeis estão livres de distorção relevante devido afraude ou erro.

• Isso porque uma auditoria tem limitações inerentes que originam‐sede:

a. Natureza das informações financeiras; b. Natureza dos procedimentos de auditoria; e c. Necessidade de que a auditoria seja conduzida dentro de um período 

de tempo e a um custo razoáveis.

• A auditoria contábil encontra suas limitações no momento em que asinconsistências detectadas assumem um caráter não contábil, ou seja,abrangem, além dos controles patrimoniais, outros aspectos, tais comoprodução, pesquisas ou atividade operacional. Estes problemasnormalmente são detectados em uma auditoria operacional, administrativae ainda na auditoria de projetos.

Finalidade da auditoria

• Comprovar a exatidão e a fidedignidade dos registros einformações contábeis e administrativas apresentadas.

• O auditor independente examina os fatos que deram origem àsinformações apresentadas nas demonstrações contábeis.

Os exames são feito por meiode testes e procedimentos deauditoria, que levantarão asinformações que servirão debase para formular a opiniãofinal.

Fatos contábeis

Registros nos livros

Elaboração do 

balancete

Elaboração das DCs

Análise do auditor sobre os registros

Opinião sobre as “DC”

Profissional de auditoria

• O auditor independente deve ser um contador, ou seja, umbacharel em ciências contábeis com registro no CRC.

• O contador, na função de auditor independente, para assumir aresponsabilidade por uma auditoria das demonstraçõescontábeis, deve ter conhecimento da atividade da entidadeauditada, de forma suficiente para que lhe seja possívelidentificar e compreender as transações realizadas e as práticascontábeis aplicadas, que possam ter efeitos relevantes sobre aposição patrimonial e financeira da entidade.

• Antes de aceitar o trabalho, o auditor deverá obterconhecimento preliminar da atividade da entidade a serauditada, mediante avaliação junto à administração, da estruturaorganizacional, da complexidade das operações, e do grau deexigência requerido para a realização do trabalho de auditoria,de modo a poder avaliar se está capacitado a assumir aresponsabilidade pelo trabalho a ser realizado.

• O auditor deve recusar os serviços sempre que reconhecer nãoestar adequadamente capacitado para desenvolvê‐los,contemplada a utilização de especialistas noutras áreas, em faceda especialização requerida e dos objetivos do contratante.

Obrigatoriedade da auditoria

• S/As de capital abertoCVM• Instituições financeiras, consórcios, bancosem geralBacen

• “Cias” seguradoras, capitalizadoras eprevidência privada abertaSusep

• Fundos de pensão (Previdência Fechada)Previc• Empresas de grande porte. (possuem um ativo

maior que 240 milhões ou uma receita bruta maior que 300milhões de reais)

Lei 11.638/07

Planejamento da auditoria

NBCTA 300 R1 – 19/08/16 – Planejamento da auditoria 

• O planejamento da auditoria é a fase onde o auditor estabelece aestratégia global para o trabalho e o desenvolvimento de plano deauditoria.

Planejamento não é uma fase isolada da auditoria,mas um processo contínuo e iterativo, que muitasvezes começa logo após (ou em conexão com) aconclusão da auditoria anterior, continuando até aconclusão do trabalho de auditoria atual.

• A essência do planejamento é estabelecer os objetivos dos trabalhos,o que será feito, como será feito, quem irá fazer e quando serãoaplicados os procedimentos de auditoria que serão relacionados noplano de auditoria.

• O planejamento é a fase que envolve mais atenção e esmero porparte do auditor.

EstratégiaGlobal 

Características do trabalho ‐recursos

Objetivo dos relatórios

Avaliação do Controle interno

MaterialidadeAnálise dos riscos

Seleção dos itens que serão examinados

Elaboração do programa de auditoria

planejamento

Um planejamento é benéfico de várias maneiras, inclusive para:

• auxiliar o auditor a dedicar atenção apropriada às áreas importantes da auditoria;

• auxiliar o auditor a identificar e resolver tempestivamente problemas potenciais;

• auxiliar o auditor a organizar adequadamente o trabalho de auditoria para que sejarealizado de forma eficaz e eficiente;

• auxiliar na seleção dos membros da equipe de trabalho com níveis apropriados decapacidade e competência para responderem aos riscos esperados e na alocaçãoapropriada de tarefas;

• facilitar a direção e a supervisão dos membros da equipe de trabalho e a revisãodo seu trabalho;

• auxiliar, se for o caso, na coordenação do trabalho realizado por outros auditores eespecialistas.

• O auditor deve realizar as seguintes atividades antes de começar os trabalhos de auditoria:

a) aplicar procedimentos exigidos para à aceitação do cliente, docontrole de qualidade e da formação da equipe de auditoria; eb) entrar em contato com o auditor antecessor, caso haja mudança de auditores, de acordo com os requisitos éticos pertinentes. 

Pré‐auditoria

Pré‐auditoria: Conhecimento do auditado formação da equipe avaliação da competência avaliação da independência honorários carta proposta – Concordância com os termos da auditoria contrato de trabalho 

No planejamento o auditor deve: Determinar a materialidade para auditoria; Conhecer os riscos de auditoria e identificar áreas importantes daempresa;

Conhecer a natureza, oportunidade e extensão dos procedimentos deauditoria a serem aplicados;

Tomar conhecimento da existência de entidades associadas, filiais,partes relacionadas;

Verificar a necessidade do trabalho de outros auditores e do auditorinterno;

Conhecer detalhadamente as práticas contábeis adotadas pelaentidade e as alterações procedidas em relação ao exercício anterior;

Conhecer o sistema contábil e de controle interno da entidade e seugrau de confiabilidade.

Caso ocorra uma situação não abrangida nas normas, oauditor deverá adotar as práticas já consagradas pelaprofissão contábil, formalizadas ou não, pelos organismosreguladores.

• Uma vez definida a estratégia global de auditoria, já pode serdesenvolvido plano de auditoria para tratar dos diversos temasidentificados na estratégia global de auditoria, levando‐se em conta anecessidade de atingir os objetivos da auditoria por meio do usoeficiente dos recursos do auditor.

• A definição da estratégia global de auditoria e o plano de auditoriadetalhado não são necessariamente processos isolados ou sequenciais,estando intimamente relacionados, uma vez que as mudanças em umpodem resultar em mudanças no outro.

• O plano de auditoria é mais detalhado que a estratégia global deauditoria visto que inclui a natureza, a época e a extensão dosprocedimentos de auditoria a serem realizados pelos membros daequipe de trabalho.

O programa será a trilha a serseguida pelo auditor, sendo umalista de sequências das ações doauditor e de sua equipe naaplicação dos procedimentos deauditoria.

• O planejamento desses procedimentos de auditoria ocorre no decursoda auditoria, à medida que o plano de auditoria para o trabalho édesenvolvido.

• Por exemplo, o planejamento dos procedimentos de avaliação de riscosocorre na fase inicial de auditoria. Entretanto, o planejamento danatureza, da época e da extensão de procedimentos específicosadicionais de auditoria depende do resultado dessa avaliação de riscos.

• Além disso, o auditor pode iniciar a execução de procedimentosadicionais de auditoria para alguns tipos de operação, saldos de conta edivulgação antes de planejar todos os procedimentos adicionais deauditoria.

• O auditor pode optar por discutir esses elementos do planejamentocom a administração da entidade, de forma a facilitar a condução e ogerenciamento do trabalho de auditoria (por exemplo, coordenar algunsdos procedimentos de auditoria planejados com o trabalho do pessoalda entidade).

• Apesar de normalmente essas discussões ocorrerem, a estratégia globalde auditoria e o plano de auditoria continuam sendo deresponsabilidade do auditor.

Na discussão de temas incluídos na estratégia global deauditoria ou no plano de auditoria deve‐se atentar para nãocomprometer a eficácia dessa auditoria.

• Em decorrência de imprevistos, mudanças nas condições ou naevidência de auditoria obtida na aplicação de procedimentos deauditoria, o auditor pode ter que modificar a estratégia global e o planode auditoria e, portanto, a natureza, a época e a extensão dosprocedimentos adicionais de auditoria planejados, considerando arevisão dos riscos avaliados.

Pode ser o caso de informação identificada pelo auditor que diferesignificativamente da informação disponível quando o auditor planejouos procedimentos de auditoria. Por exemplo, evidência de auditoriaobtida por meio da aplicação de procedimentos substantivos pode sercontraditória à evidência de auditoria obtida por meio de testes decontrole.

• A finalidade e o objetivo do planejamento da auditoria não mudam casoa auditoria seja inicial ou em trabalho recorrente.

• Entretanto, no caso de auditoria inicial, o auditor pode ter a necessidadede estender as atividades de planejamento por falta da experiênciaanterior que é normalmente utilizada durante o planejamento dostrabalhos.

Trabalho de auditoria inicial é um trabalho em que:a) as demonstrações contábeis do período anterior não foramauditadas; oub) as demonstrações contábeis do período anterior foramauditadas por outro auditor independente.

• O auditor deve obter evidência de auditoria apropriada e suficientesobre se os saldos iniciais contêm distorções que afetam de formarelevante as demonstrações contábeis do período corrente por meiode:

a) determinação se os saldos finais do período anterior foramcorretamente transferidos para o período corrente ou, quandoapropriado, se foram corrigidos;b) determinação se os saldos iniciais refletem a aplicação de políticascontábeis apropriadas; ec) realização de um ou mais dos seguintes procedimentos:

i) no caso de as demonstrações contábeis do exercício anterior teremsido auditadas, revisar os papéis de trabalho do auditor independenteantecessor para obter evidência com relação aos saldos iniciais;ii) avaliar se os procedimentos de auditoria executados no períodocorrente fornecem evidência relevante para os saldos iniciais; ouiii) executar procedimentos de auditoria específicos para obter evidênciacom relação aos saldos iniciais.

• Saldos iniciais são os saldos contábeis existentes no início do período.Os saldos iniciais baseiam‐se nos saldos finais do período anterior erefletem os efeitos de transações e eventos de períodos anteriores epolíticas contábeis aplicadas no período anterior.

• Os saldos iniciais incluem, também, assuntos existentes no início doperíodo, que precisam ser divulgados, tais como contingências ecompromissos.

Avaliação do Controle Interno

NBCTA 265 ‐ 03/12/09 ‐ Deficiência decontrole interno

Controle interno

• É o plano de organização e o conjunto de métodos e procedimentosadotados pela empresa na proteção de seu patrimônio, promovendoa confiabilidade e tempestividade dos seus registros e demonstraçõescontábeis, a conformidade às normas e leis, bem como a sua eficáciaoperacional.

• Controle é uma ação tomada com o propósito de certificar‐se de que algose cumpra de acordo com o que foi planejado.

• Controle só tem significado e relevância quando é estabelecido paragarantir o cumprimento de um objetivo definido e só faz sentido se houverriscos de que esse objetivo não venha a ser alcançado.

Risco é qualquerevento que possaimpedir ou dificultaro alcance de umobjetivo.

Objetivo é o que sedeseja alcançar; o quefoi definido noplanejamento.

• Controle interno, controles internos e sistema ou estrutura decontrole(s) interno(s) são expressões sinônimas, utilizadas parareferir‐se ao processo composto pelas regras de estruturaorganizacional e pelo conjunto de políticas e procedimentos adotadospor uma organização para a vigilância, fiscalização, verificação emonitoramento, que permite prever, observar, dirigir ou governar oseventos que possam impactar na consecução de seus objetivos.

• É um processo organizacional de responsabilidade da própria gestão,adotado com o objetivo de assegurar uma razoável garantia de queos objetivos da organização sejam atingidos.

• Sistema/estrutura de Controle Interno significa:“Conjunto de unidades técnicas articuladas orientadas para odesempenho das atribuições de controle interno indicados naConstituição e normatizados em cada nível de operações”.

• A unidade de controle interno, quando existente na organização, é parteda gestão e do sistema ou da estrutura de controle interno da própriaentidade.

• Tem o papel de assessorar gestores, com seu conhecimentoespecializado, na definição de estratégias para gerenciamento de riscos,na identificação e avaliação destes e na definição, implantação e nomonitoramento de controles internos adequados para mitigá‐los.

• A auditoria interna, que não deve ser confundida com controleinterno ou com unidade de ou do controle interno, é um controle daprópria gestão que tem por atribuição medir e avaliar a eficiência eeficácia de outros controles.

• Importa destacar que não cabe à auditoria interna estabelecerestratégias para gerenciamento de riscos ou controles internos paramitigá‐los, pois estas são atividades próprias dos gestores. Cabe‐lheavaliar a qualidade desses processos.

COSO

• O COSO® (Committee of Sponsoring Organizations of the TreadwayCommission) (Comitê das Organizações Patrocinadoras da ComissãoTreadway).

• O COSO é uma organização privada, sem fins lucrativos, dedicada amelhoria dos relatórios financeiros, sobretudo pela aplicação ecumprimento dos controles internos e é patrocinado pela cinco dasprincipais associações de classe de profissionais ligados à áreafinanceira nos EUA.

165

• Foi criado em 1985, nos Estados Unidos, inicialmente como a NationalCommission on Fraudulent Financial Reporting (Comissão Nacionalsobre Fraudes em Relatórios Financeiros).

• A criação da comissão foi uma iniciativa independente, para estudaras causas da ocorrência de fraudes em relatóriosfinanceiros/contábeis. Esta comissão era composta porrepresentantes das principais associações de classe de profissionaisligados à área financeira.

166

• Atualmente o COSO é patrocinado por cinco das principaisassociações de classe de profissionais ligados à área financeira nosEstados Unidos, a saber: AICPA: American Institute of Certified Public Accounts ‐ InstitutoAmericano de Contadores Públicos Certificados AAA: American Accounting Association ‐ Associação Americana deContadores FEI: Financial Executives Internacional ‐ Executivos Financeiros IIA: The Insititute of Internal Auditors ‐ Instituto dos Auditores IMA: Institute of Management Accountants‐ Instituto dosContadores Gerenciais

167

• O COSO 1 trata da Internal Control – Integrated Framework paraajudar empresas e outras organizações a avaliar e aperfeiçoar seussistemas de controle interno.

• O COSO 2 trata do programa de gerenciamento de riscos corporativose amplia seu alcance em controles internos.

168

• Para o COSO, o ponto de partida do controle é a definição de controleinterno, que é um processo desenvolvido para garantir, com razoávelcerteza, que sejam atingidos os objetivos da empresa.

169

• O modelo, ao definir risco como a possibilidade que um eventoocorra e afete de modo adverso o alcance dos objetivos daentidade, introduziu a noção de que controles internos devem serferramentas de gestão e monitoração de riscos em relação aoalcance de objetivos e não mais devem ser dirigidos apenas parariscos de origem financeira ou vinculados a resultados escriturais.

• O papel do controle interno foi, assim, ampliado e reconhecidocomo um instrumento de gerenciamento de riscos indispensável àgovernança corporativa.

• O sistema de controles internos compreende o plano de organizaçãoe o conjunto integrado de método e procedimentos adotados pelaentidade na proteção do seu patrimônio, promoção da confiabilidadee tempestividade dos seus registros e demonstrações contábeis, e dasua eficácia operacional.

171

• Risco é a possibilidade de algo acontecer e ter um impacto negativonos objetivos e é medido em termos de impactos e probabilidades,pode‐se entender como uma medida de incerteza e engloba fatoresque podem impedir o atingimento dos objetivos organizacionais.

172

• Gerenciamento de riscos é o processo implementado pelo executivoque visa planejar, organizar, dirigir e controlar os recursos humanos emateriais de uma organização, no sentido de minimizar os efeitos dosriscos.

173

• O “Internal Control – Integrated Framework” ou COSO I define o controleinterno como um processo conduzido pelo conselho de administração,pela administração e pelo corpo de empregados de uma organização,com a finalidade de possibilitar uma garantia razoável quanto àrealização dos objetivos nas seguintes categorias:

a) Eficácia e eficiência das operações;b) Confiabilidade das demonstrações financeiras;c) Conformidade com leis e regulamentos cabíveis

174

• O modelo COSO I tornou‐se referência mundial, pelo fato de:1. uniformizar definições de controle interno;2. definir componentes, objetivos e objetos do controle interno em ummodelo integrado;3. delinear papéis e responsabilidades da administração;4. estabelecer padrões para implementação e validação;5. criar um meio para monitorar, avaliar e reportar controles internos.

• Para que uma empresa atinja seus objetivos dentro do planejado énecessário uma acurada análise sobre os riscos que existem junto aoprocesso.

176

Risco é a possibilidade de algo acontecer e terum impacto negativo nos objetivos e é medidoem termos de impactos e probabilidades, pode‐se entender como uma medida de incerteza eengloba fatores que podem impedir oatingimento dos objetivos organizacionais.

• É importante destacar que o controle interno é inerente a todos os atos eprocessos administrativos de uma organização, de forma que não pode enem deve ser concebido separadamente, uma vez que a sua integração éfator decisivo para o perfeito desempenho das atividades a seremrealizadas nas suas diversas unidades administrativas.

177

• O propósito dos sistemas de controle interno é garantir que osobjetivos gerenciais estejam sendo atingidos; sendo que o termo“controle interno” abrange os controles administrativos(procedimentos que regem os processos decisórios) e os controlescontábeis (procedimentos que regem a confiabilidade dos registrosfinanceiros).

178

• Controle interno contábil = Compreende o plano de organização etodos os procedimentos diretamente relacionados com a salvaguardado ativo e a fidedignidade dos registros financeiros. Geralmentecompreende controles como os sistemas de autorização e aprovaçãode contas, segregação entre as tarefas contábeis, controle físico sobreativos e auditoria interna.

179

• Controle interno administrativo = Compreende o plano deorganização e todos os métodos e procedimentos referentes àeficiência operacional, e a obediência às diretrizes administrativasque normalmente se relacionam indiretamente com os registroscontábeis. Incluem‐se aqui controles como análises estatísticas,estudos de tempo e movimentos, relatórios de desempenho, controlede qualidade, treinamento etc.

180

• De acordo com os conceitos apresentados nota‐se que o sistema decontrole interno vai além dos assuntos que se relacionam exclusiva ediretamente com a contabilidade.

• Os seus elementos, quando isoladamente considerados, sãodenominados de controles internos, os quais, agregadamente,constituem o sistema de controle interno como um todo, que, por suavez, é composto dos seguintes subsistemas, dentre outros

181

• Contabilidade;                    Orçamento;• Custos;                               Vendas;• Compras;                            Manutenção; • Auditoria;                            Gerenciamento de riscos;• Qualidade;                          Patrimônio;• Segurança patrimonial;       Recursos humanos;• Departamento de relações com clientes;• Informações gerenciais.

182

• Em 1992, o “COSO” publicou o “Internal Control – IntegratedFramework”, que estabelece uma estrutura de controles internos efornece ferramentas de avaliação para uso de empresas e de outrasentidades para avaliar seus sistemas de controle.

• Segundo o COSO 1 o controle interno deve ter a seguinte composição:a)  o ambiente de controle;b)  o processo de avaliação de risco da entidade;c)  o sistema de informação e  comunicação; d)  atividades de controle; ee)  monitoramento de controles.

183

COMPONENTES DO COSO

• Dá o “ritmo” da organização, influenciando a consciência de controle das pessoas quenela trabalham. Base dos demais componentes, pois demonstra o grau ecomprometimento em todos os níveis da administração com a qualidade do controleinterno em seu conjunto.

Ambiente de Controle

• Identificação e análise dos riscos relevantes para a consecução dos objetivos.

Avaliação de Riscos

• Políticas e procedimentos para assegurar que as diretrizes sejam seguidas.

Atividades de Controle

• Identificação, captura e troca de informações.

Informação e Comunicação

• Processo que avalia a qualidade do desempenho dos controles internos.

Monitoramento

• O sistema de controle interno constitui um plano de organização eum conjunto coordenado de subsistemas que contribuem para aadministração econômica, eficiente e eficaz de uma organização,produzindo informações gerenciais confiáveis e oportunas, egarantindo a observância das políticas administrativas, com vistasa salvaguardar o seu patrimônio e atender aos objetivos e metasestabelecidas.

Os principais objetivos do sistema de controle interno são:• Proteção dos ativos;• Obtenção e preparação de informações adequadas;• Promoção da eficiência operacional;• Estimulação da obediência e do respeito às políticas daadministração.

• Para o auditor independente quanto melhor o controle implantado,mais segurança ele terá com relação aos exames que está efetuando eos dados apresentados pela auditada.

• A avaliação sobre o sistema de controle interno pelo auditor e suaequipe deve, em regra inclui duas fases:

a) Revisão do sistema decontrole

‐ Verificar se existe e comoesta estruturado.

b) obtenção de provas decumprimento‐ Verificar a efetividade econtinuidade.

• Revisão do sistema de controle – compreende a obtenção deinformações a respeito da organização, programas e atividades, paraservir de base para as provas de cumprimento.

• Esta análise esta relacionada com a verificação do sistema como umtodo, se ele existe e como está sistematizado.

A primeira fase do processo para realização do estudo eavaliação do controle interno é baseado na documentação dosprocedimentos, que são obtidos através do conhecimentoadquirido pelas áreas da organização.

• Obtenção de provas de cumprimento – objetiva confirmar asinformações obtidas na revisão do sistema, oferecendo segurançarazoável de que os procedimentos relativos aos controles internosestão sendo aplicados conforme determinação da administração.

• Nesta fase o auditor aplica os testes de controle (procedimentos deauditoria).

Essa fase deve obedecer alguns critérios:• Apresentação de todas as operações em forma lógica e sequencial;• Registro de todos os documentos emitidos e os controles mantidos;• Registro dos arquivos e forma de controle;• Registro de relatórios de importância contábil preparados; e• Cargo das pessoas que praticam as operações ou os responsáveis pela área.

O auditor deve realizar o estudo e a avaliação do ”CI” da empresa comobase para determinar a natureza, a oportunidade e extensão da aplicaçãodos procedimentos de auditoria, considerando os seguintes aspectos:

a) o tamanho e complexidade das atividades da entidade;b) os sistemas de informação contábil, para efeitos tanto internos quantoexternos;

c) as áreas de risco de auditoria;d) a natureza da documentação, em face dos sistemas de informatizaçãoadotados pela entidade;

e) o grau de descentralização de decisão adotado pela administração daentidade; e

f) o grau de envolvimento da auditoria interna, se existente.

Procedimentos para obter evidência de auditoria a respeito do desenhoe implementação dos controles relevantes podem incluir:

• Indagações junto ao pessoal da entidade;• Observação da aplicação de controles específicos;• Inspeção de documentos e relatórios;• Acompanhamento das transações por meio de sistema de informação.

identifica

Taxas de desvios Materialidade

Visa avaliar

Operacionalidade  Registros 

Avaliação do Controle Interno

Administrativo  Contábil 

• Controle interno contábil = Compreende o plano de organização etodos os procedimentos diretamente relacionados com a salvaguardado ativo e a fidedignidade dos registros financeiros.

• Controle interno administrativo = Compreende o plano deorganização e todos os métodos e procedimentos referentes àeficiência operacional, e a obediência às diretrizes administrativasque normalmente se relacionam indiretamente com os registroscontábeis.

• A distorção encontrada deve ser analisada e avaliada assim:

a) Sobre o controle interno administrativo deve ser analisado opercentual de erros, ou seja, a taxa de desvio nos procedimentos;

b) Sobre o controle interno contábil deve ser analisado o valormonetário das distorções.

• O auditor deve obter entendimento do controle interno ao identificare avaliar os riscos de distorção relevante. Nessas avaliações de risco, oauditor considera o controle interno para planejar os procedimentosde auditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas não parafins de expressar uma opinião sobre a eficácia do controle interno.

O resultado da avaliação final do sistema decontrole interno servirá de base para aelaboração do programa da auditoria, e deveráser apresentado relatório final ou até mesmoem um relatório específico, se for o caso.

Se necessário, o auditor poderá emitir um relatório parcial e específico sobreo sistema de controle interno, contendo, entre outras, as seguintesinformações:

• Deficiências do ambiente geral de controle;• Áreas onde não existem controles;• Áreas em que os controles não estão funcionando da forma prevista, sãoinadequados ou excessivos;

• Principais desvios identificados;• Cumprimento das instruções e determinações gerenciais;• Recomendações sobre os procedimentos a serem implementados, paracorrigir ou melhorar a situação encontrada, considerando a relação custobenefício.

• O controle interno, não importa o quão efetivo, pode fornecer àentidade apenas segurança razoável quanto ao cumprimento dosobjetivos de demonstrações contábeis da entidade.

• Os controles podem ser burlados pelo conluio ou podem serindevidamente burlados pela administração.

• O auditor deve classificar as deficiências em:a) Deficiências do controle interno, eb) Deficiências significativas do CI

Deficiências de “CI”  Deficiências 

significativas

Responsável direto

Responsável pela 

Governança

Deficiência de controle interno ‐ existe quando:a) o controle é planejado, implementado ou operado de tal forma que

não consegue prevenir, ou detectar e corrigir tempestivamente,distorções nas demonstrações contábeis; ou

b) falta um controle necessário para prevenir, ou detectar e corrigirtempestivamente, distorções nas demonstrações contábeis.

Devem ser informadas para o chefe direto

Deficiência significativa de controle interno:

• É a deficiência ou a combinação de deficiências de controle internoque, no julgamento profissional do auditor, é de importânciasuficiente para merecer a atenção dos responsáveis pela governança.

• Os indicadores de deficiência significativa do controle interno incluem, por exemplo:

• evidência de aspectos ineficazes do ambiente de controle;

• ausência de processo de avaliação de risco na entidade em que a existência desseprocesso seria normalmente esperada;

• evidência de processo de avaliação de risco ineficaz, tais como falha da administração paraidentificar risco de distorção relevante que o auditor esperaria que o processo de avaliaçãode risco tivesse identificado;

• evidência de resposta ineficaz a riscos significativos identificados (por exemplo, ausênciade controle sobre esses riscos);

• distorção detectada pelos procedimentos do auditor que não foi prevenida ou detectada ecorrigida, pelo controle interno da entidade;

reapresentação de demonstrações contábeis emitidas anteriormente para refletir acorreção de distorção relevante devido a erro ou a fraude;

• evidência da incapacidade da administração de supervisionar a elaboração dasdemonstrações contábeis.

• A deficiência de controle interno, por si só, pode não sersuficientemente importante para se constituir em deficiênciasignificativa.

• Entretanto, a combinação de deficiências que afeta o mesmo saldocontábil ou a mesma divulgação, a mesma afirmação relevante, ou omesmo componente do controle interno, pode aumentar os riscos dedistorção a ponto de dar origem a uma deficiência significativa.

• A importância de uma deficiência de controle interno não dependesomente se a distorção realmente ocorreu, mas, também, daprobabilidade de que a distorção poderia ocorrer e a possívelmagnitude da distorção.

• Portanto, podem existir deficiências significativas mesmo que oauditor não tenha identificado distorções durante a auditoria.

ATENÇÃO

• Ao determinar se foram identificadas uma ou mais deficiências decontrole interno, o auditor pode discutir os fatos e as circunstânciasrelevantes das suas observações com o nível adequado daadministração.

• Essa discussão fornece oportunidade para o auditor alertartempestivamente a administração sobre a existência de deficiênciassobre as quais a administração possivelmente não tinhaconhecimento

• A comunicação de deficiências significativas por escrito aosresponsáveis pela governança reflete a importância desses assuntos eauxilia os responsáveis pela governança a cumprirem suasresponsabilidades de supervisão geral.

O auditor pode fazer a comunicação verbalmente emprimeira instância à administração e, quando apropriado,aos responsáveis pela governança para auxiliá‐los a tomartempestivamente as medidas corretivas para minimizar osriscos de distorção relevante. Contudo, isso não isenta oauditor da responsabilidade de comunicar as deficiênciassignificativas por escrito.

• O fato de que o auditor comunicou uma deficiência significativa aosresponsáveis pela governança e à administração na auditoria anteriornão elimina a necessidade dele repetir a comunicação se ainda nãofoi tomada medida corretiva.

• Se a deficiência significativa comunicada anteriormente não foicorrigida, a comunicação do exercício corrente pode repetir adescrição da comunicação anterior, ou simplesmente fazer referênciaà comunicação anterior.

• Durante a auditoria, o auditor pode identificar outras deficiências decontrole interno que não são deficiências significativas, mas podemser de importância suficiente para merecer a atenção daadministração.

• A comunicação destas deficiências não precisa ser por escrito,podendo, portanto, ser verbal.

Se o auditor comunicou à administração as deficiências decontrole interno que não sejam deficiências significativasno período anterior e a administração optou por não corrigi‐las pelo custo ou por outras razões, o auditor não precisarepetir a comunicação no período corrente

• Exemplos de assuntos que o auditor pode considerar ao determinar se a deficiênciaou a combinação de deficiências de controle interno constitui deficiênciasignificativa incluem:

• a probabilidade das deficiências levarem a distorção relevante nas demonstraçõescontábeis no futuro;• a susceptibilidade à perda ou à fraude do respectivo ativo ou passivo;• a subjetividade e a complexidade da determinação de valores estimados, comoestimativas contábeis a valor de mercado;• os valores das demonstrações contábeis expostos às deficiências;• o volume de atividade que ocorreu ou poderia ocorrer nos saldos contábeis ou naclasse de transações expostas à deficiência ou às deficiências;• a importância dos controles para o processo de elaboração de demonstraçõescontábeis;• a causa e a frequência das exceções detectadas em decorrência das deficiências decontrole;• a interação da deficiência com outras deficiências do controle interno.

Risco de auditoria 

NBCTA 315 R1 – Identificação e avaliação do Risco de Auditoria

• O objetivo do auditor é identificar e avaliar os riscos de distorçãorelevante independentemente se causados por fraude ou erro, pormeio do entendimento da entidade e do seu ambiente, inclusive docontrole interno da entidade, proporcionando assim uma base para oplanejamento e a implementação das respostas aos riscosidentificados.

EstratégiaGlobal 

Características do trabalho ‐recursos

Objetivo dos relatórios

MaterialidadeAvaliação do Controle interno

Análise dos riscos

Seleção dos itens que serão examinados

Elaboração do programa de auditoria

planejamento

Risco de auditoria:• É o risco de que o auditor expresse uma opinião de auditoria inadequadaquando as demonstrações contábeis contiverem distorção relevante.

O risco de auditoria é uma função dosriscos de distorção relevante e do riscode detecção.

• Risco de distorção relevante é o risco de que as demonstrações contábeiscontenham distorção relevante antes da auditoria. Consiste em doiscomponentes, descritos a seguir no nível das afirmações em risco inerente ede controle.

i) risco inerente é a suscetibilidade de uma afirmação a respeito de umatransação, saldo contábil ou divulgação, a uma distorção que possa serrelevante, individualmente ou em conjunto com outras distorções, antes daconsideração de quaisquer controles relacionados;

ii) risco de controle é o risco de que uma distorção que possa ocorrer em umaafirmação sobre uma classe de transação, saldo contábil ou divulgação e quepossa ser relevante, individualmente ou em conjunto com outras distorções,não seja prevenida, detectada e corrigida tempestivamente pelo controleinterno da entidade.

• Risco de detecção é o risco de que os procedimentos executados peloauditor para reduzir o risco de auditoria a um nível aceitavelmente baixonão detectem uma distorção existente que possa ser relevante,individualmente ou em conjunto com outras distorções.

O risco de detecção se relaciona com a natureza, aépoca e a extensão dos procedimentos que sãodeterminados pelo auditor para reduzir o risco deauditoria a um nível baixo aceitável. Portanto, é umafunção da eficácia do procedimento de auditoria e desua aplicação pelo auditor

Risco de auditoria

Distorção relevante

Inerente Já existe nas atividades

De controle O controle interno falha

De detecção Auditor falha

Amostra errada

Relação entre os risco de auditoria

Há uma relação inversa entre o risco de distorção relevante e o risco de

detecção

• Para fins das normas de auditoria, o risco de auditoria não inclui orisco de que o auditor possa expressar uma opinião de que asdemonstrações contábeis estão erradas quando de fato estão corretas.• Assim, risco de auditoria representa a possibilidade de o auditor dizerque as demonstrações erradas estão certas, e não, dizer que asdemonstrações certas estão erradas.

• A análise do risco de auditoria é um processo que acompanha o auditorao longo de todo seu trabalho, devendo este ser conduzido, não nosentido da sua eliminação, mas sim no sentido de reduzi‐lo a níveisaceitáveis.

O auditor não é obrigado e não pode reduzir o riscode auditoria a zero, e, portanto, não pode obtersegurança absoluta de que as demonstraçõescontábeis estão livres de distorção relevante devidoa fraude ou erro.

• O auditor deve ter segurança razoável, isso porque uma auditoria temlimitações inerentes, e, como resultado, a maior parte das evidências deauditoria que propiciam ao auditor obter suas conclusões e nas quais baseiaa sua opinião são persuasivas ao invés de conclusivas.

• As limitações inerentes de uma auditoria originam‐se da:natureza das informações contábeis;natureza dos procedimentos de auditoria; enecessidade de que a auditoria seja conduzida dentro de um período detempo razoável e a um custo razoável.

• Os Procedimentos de avaliação de risco para obter evidência de auditoria arespeito do desenho e implementação dos controles relevantes podemincluir:

indagações junto ao pessoal da entidade;

observação da aplicação de controles específicos; 

inspeção de documentos e relatórios; 

rastreamento das transações por meio de sistema de informação relevante para as demonstrações contábeis.

A indagação isolada, porém, não é suficientepara tais propósitos.

• O auditor deve identificar e avaliar os riscos de distorção relevante:a) no nível das demonstrações contábeis; eb) no nível de afirmação para classes de transações, saldos de conta e divulgações. 

• Riscos de distorção relevante no nível geral da demonstração contábilreferem‐se aos riscos que se relacionam de forma disseminada àsdemonstrações contábeis como um todo e que afetampotencialmente muitas afirmações.

Riscos no nível das demonstrações contábeis podem derivarespecificamente de ambiente de controle deficiente. Por exemplo,deficiências como a falta de competência da administração ou falta desupervisão da elaboração das demonstrações contábeis podem ter efeitomais disseminado sobre as demonstrações contábeis e podem exigiruma resposta mais abrangente do auditor

• Os riscos de distorção relevante no nível da afirmação são avaliados paraque se determine a natureza, a época e a extensão dos procedimentosadicionais de auditoria necessários para a obtenção de evidência deauditoria apropriada e suficiente.

Afirmações são declarações da administração,explícitas ou não, que estão incorporadas àsdemonstrações contábeis, utilizadas pelo auditorpara considerar os diferentes tipos de distorçõespotenciais que possam ocorrer.

• As afirmações usadas pelo auditor para considerar os diferentestipos de distorções potenciais que possam ocorrer podem seenquadrar nas seguintes categorias:

a) afirmações sobre classes de transações e eventos e divulgaçõesrelacionadas, para o período sob auditoria.b) afirmações sobre saldos de contas e divulgações relacionadas nofim do período.

• As informações obtidas na execução de procedimentos de avaliação deriscos, inclusive as evidências de auditoria obtidas ao avaliar o desenho doscontroles e ao determinar se eles foram implementados, são utilizadascomo evidência de auditoria para apoiar a avaliação de riscos.

• A avaliação de riscos determina a natureza, a época e a extensão deprocedimentos adicionais de auditoria a serem executados.

• A relação entre o risco de auditoria e o nível estabelecido dematerialidade é inversamente proporcional, isto é, quanto maior for orisco de auditoria, menor será o valor estabelecido como nível dematerialidade e vice‐versa.

A ideia é que o auditor examine os itens que, se errados, causam um impacto maior nasituação patrimonial e financeira da empresa.Isso permite ao auditor independente selecionar procedimentos de auditoria que,combinados, possam reduzir o risco de auditoria a um nível aceitável, examinando osvalores considerados mais relevantes .

Resposta do auditor aos riscos avaliados.

NBCTA 330 (R1) de 19 de agosto de 2016.

• A execução dos trabalhos de auditoria deve ser um processo contínuode obtenção, reunião, análise, interpretação, avaliação e registro deinformações, determinando as causas e identificando os efeitos dasdeficiências, falhas e irregularidades detectadas, com o objetivo defundamentar os resultados da auditoria, para emissão de opinião,desenvolvendo recomendações, quando cabíveis.

232

• O objetivo do auditor é o de obter evidência de auditoria apropriada esuficiente relacionada aos riscos avaliados de distorção relevante pormeio do planejamento e da implementação de respostas apropriadas aesses riscos.

O auditor deve planejar e implementarrespostas gerais para tratar dos riscosavaliados de distorção relevante no níveldas demonstrações contábeis e deafirmações.

Distorção é a diferença entre ovalor divulgado, classificação,apresentação ou divulgação de umitem nas demonstrações contábeise o valor, classificação,apresentação ou divulgação que érequerido para que o item estejade acordo com a estrutura derelatório financeiro aplicável.Distorção pode ser decorrente deerro ou fraude

• O auditor deve planejar e implementar respostas gerais para tratar dos riscos avaliados de distorção relevante no nível das demonstrações contábeis. 

Riscos de distorção relevante no nível das demonstrações contábeis referem‐seaos riscos que se relacionam de forma generalizada às demonstrações contábeiscomo um todo e que afetam potencialmente muitas afirmações. Riscos dessanatureza não são necessariamente riscos que possam ser atribuídos a afirmaçõesespecíficas na classe de transações, saldo de contas ou nível de divulgação. Aocontrário, representam circunstâncias que podem aumentar os riscos dedistorção relevante no nível da afirmação, por exemplo, em decorrência doscontroles serem burlados pela administração.

• As respostas gerais para tratar os riscos avaliados de distorção relevante no níveldas demonstrações contábeis podem incluir:

• enfatizar para a equipe de auditoria a necessidade de manter o ceticismoprofissional;• designar pessoal mais experiente ou aqueles com habilidades especiais ou usarespecialistas;• fornecer mais supervisão;• incorporar elementos adicionais de imprevisibilidade na seleção dosprocedimentos adicionais de auditoria a serem executados;• efetuar alterações gerais na natureza, época ou extensão dos procedimentos deauditoria como, por exemplo, executar procedimentos substantivos no final doperíodo ao invés de em data intermediária ou modificar a natureza dosprocedimentos de auditoria para obter evidência de auditoria mais persuasiva.

• O auditor deve planejar e executar procedimentos adicionais de auditoria, cuja natureza, época e extensão se baseiam e respondem aos riscos avaliados de distorção relevante no nível de afirmações. 

Riscos de distorção relevante no nível da afirmação sãopossibilidades de classes de transações, saldos de contas e outrasdivulgações estejam erradas. Eles precisam ser considerados porquetal consideração auxilia diretamente na determinação da natureza,época e extensão de procedimentos adicionais de auditorianecessários para a obtenção de evidências de auditoria apropriadas esuficientes.

• A natureza do procedimento de auditoria se refere à sua finalidade(isto é, teste de controle ou procedimento substantivo) e ao seu tipo(isto é, inspeção, observação, indagação, confirmação, recálculo,reexecução ou procedimento analítico). A natureza dosprocedimentos de auditoria é de suma importância na resposta aosriscos avaliados.

A extensão do procedimentode auditoria se refere àquantidade a ser executada,por exemplo, o tamanho daamostra ou a quantidade deobservações de uma atividadede controle.

A época do procedimento de auditoriase refere ao momento em que ele éexecutado ou ao período ou, ainda, adata em que a evidência de auditoria seaplica

Objetivo da Auditoria

Avaliação de riscosinerentes (RI)

COSO - SWOT

Identificação de riscos

Avaliação das respostas - Controles (RC)

Decisões sobre riscosresiduais (RD)

Elaboração do Programa de Auditoria:-Testes de controle-Testes substantivos

Obtenção de evidênciasde controle

Obtenção de evidênciassubstantivas

Escopo de Auditoria Elaboração do Relatório

Visão geral da Auditoria baseada em risco

FONTE: TCU

• Procedimentos de auditoria são os exames e investigações que oauditor aplica na busca de evidências que irão servir de base para aemissão da sua opinião.

Os procedimentos de auditoria representam a essência do atode auditar, os mandamentos operacionais da auditoria quedefinem o ponto que será examinado, devem constar no planoou programa de auditoria, inclusive com a descrição domomento e do profissional que irá aplicá‐lo.

• A escolha dos procedimentos a serem utilizados para o alcance dos objetivos de auditoria é feita durante a fase de planejamento. Para tanto, devem ser levados em consideração:

a) natureza, a oportunidade e a extensão dos procedimentos;b) a capacidade que o procedimento detém de contribuir para o alcance dos objetivos da auditoria;c) a relação custo x benefício de realização dos procedimentos.

240

• A evidência de auditoria para a obtenção de conclusões para fundamentara opinião do auditor é conseguida pela execução de:

a) procedimentos de avaliação de riscos; eb)procedimentos adicionais de auditoria, que abrangem:(i) testes de controles, quando exigidos pelas normas de auditoria ouquando o auditor assim escolheu; e

(ii) procedimentos substantivos, inclusive testes de detalhes eprocedimentos analíticos substantivos.

• Procedimentos de avaliação de riscosa) Indagações junto ao pessoal da entidade;b) Observação da aplicação de controles específicos;c) Inspeção de documentos e relatórios;d) Acompanhamento das transações por meio de sistema deinformação relevante para as demonstrações contábeis.

• Teste de controle é o procedimento de auditoria planejadopara avaliar a efetividade operacional dos controles naprevenção ou detecção e correção de distorções relevantes nonível de afirmações.

Os testes de controle são aqueles que avaliam odesenho e a efetividade operacional dos controlesinternos, ou seja, se os controles realmenteimpedem ou revelam a ocorrência de falhas nasatividades controladas e se eles estãofuncionando da forma estabelecida.

• Visam a verificar se as atividades de controle:a) foram formalizadas (se isto for uma condição necessária), por meio depolíticas e de manuais, por exemplo;b) encontram‐se atualizadas;c) são frequentemente divulgadas e reforçadas junto aos responsáveis pela suaoperacionalização;d) são pertinentes, frente à magnitude dos respectivos riscos avaliados;e) foram e continuam sendo efetivamente observadas e aplicadas de maneirauniforme.

• Procedimento substantivo é o procedimento de auditoria planejado paradetectar distorções relevantes no nível de afirmações. Os procedimentossubstantivos incluem:

a) testes de detalhes (de classes de transações, de saldos de contas e dedivulgações); eb) procedimentos analíticos substantivos.

São empregados pelo auditor quando for necessário obterevidências suficientes e convincentes sobre as transações,que lhe proporcionem fundamentação para a sua opiniãoacerca de determinados fatos.

Em sua avaliação de risco, o auditor sempre leva em consideração oambiente de controle da entidade.

Como a avaliação de risco de distorção relevante leva emconsideração o controle interno, a extensão dos procedimentossubstantivos pode precisar ser aumentada quando os resultados dostestes de controle são insatisfatórios.

Confiança no controleinterno  Extensão dos procedimentos

substantivos246

• Os procedimentos de auditoria se dividem em testes e técnicas de auditoria.• Os testes representam o que o auditor quer com o procedimento, se querconfirmar a aderência às normas ou a exatidão das informações.

• Assim, dividem‐se em: de controle e substantivos• As técnicas de auditoria representam o trabalho propriamente dito,executado pelo auditor, expressam como o auditor vai buscar asinformações.

TESTESSUBSTANTIVO

CONTROLE

O QUE? 

• Testes de controle ou de observância

São testes que visam à obtenção de razoável segurança de que osprocedimentos de controle interno da empresa estão em efetivofuncionamento e cumprimento, devendo atentar para a verificação daexistência, efetividade e continuidade do controle interno.

• Os testes de controle são definidos para avaliar a eficácia operacional doscontroles na prevenção, detecção e correção de distorções relevantes nonível da afirmação.

• A definição de testes de controles para obtenção de evidência de auditoriainclui a identificação de condições (características ou atributos) queindiquem a realização de controle, e condições de desvio que indiquemdesvios da execução apropriada.

Independentemente dos riscos identificados de distorção relevante, oauditor deve planejar e executar procedimentos substantivos paracada classe de transações, saldo de contas e divulgações significativas

Essa exigência reflete os fatos de que:i) a avaliação de risco do auditor é questão de julgamento e, portanto, podenão identificar todos os riscos de distorção relevante; eii) há limitações inerentes ao controle interno, incluindo a burla dos controlespela administração.

• Testes substantivos ou de confirmação

Visam a obtenção de evidências quanto à suficiência, exatidão e validadedos dados produzidos pelos diversos sistemas da empresa, incidem sobreas transações, saldos e outros dados que estejam relacionados diretamentecom a elaboração das demonstrações contábeis.

• Teste substantivo divide‐se em:

a) De detalhes ou transações e saldosb) Procedimentos de revisão analítica

• Os procedimentos substantivos são definidos para detectar distorçõesrelevantes no nível da afirmação.

• A definição de procedimentos substantivos inclui a identificação decondições relevantes para o propósito do teste que constituem umadistorção na afirmação relevante.

• Os testes de detalhes são aplicados sobre as transações e saldos, e buscamsubsidiar as seguintes conclusões:Existência ‐ Verificar a existência dos bens relacionados nas demonstrações;Direitos e obrigações ‐ Se os direitos e obrigações existem mesmo e estãocorretos;Ocorrência ‐ Se as transações realmente ocorreram;Abrangência ‐ Se todas as transações que aconteceram estão registradas;Mensuração ‐ Se as transações estão com seus valores corretos; Apresentação ‐ Se as demonstrações e as transações estão discriminadascorretamente; Divulgação ‐ Se as transações estão divulgadas de acordo com a legislaçãoespecífica.

Técnicas de auditoria• As técnicas de auditoria representam o trabalho propriamente dito,executado pelo auditor, expressam como o auditor vai buscar asinformações.

São os métodos de investigação estabelecidos durante a fase deplanejamento da auditoria, utilizados com a finalidade de obter aevidência necessária, para fundamentar as conclusões e opiniões doauditor sobre o assunto em exame.

• As técnicas de auditoria não são excludentes, mas complementares. No exame de qualquer operação, atividade, área ou entidade, o auditor aplica o conjunto de técnicas selecionadas de acordo com sua habilidade, juízo e prudência. 

A natureza, a extensão e a profundidade dos procedimentos de auditoria a serem empregados dependem da investigação e da qualidade da prova a ser obtida.

Técnicas

Entrevista

Análise documental

Inspeção física

Cálculo 

Circularização

Observação 

Procedimento analítico

COMO? 

I. Indagação Escrita ou Oral ‐ uso de entrevistas e questionários junto aosenvolvidos com a auditoria para a obtenção de dados e informações.

• Normalmente é utilizada para obter informações complementares ou paracompreender fatos que não puderam ser esclarecidos por meio de outrastécnicas de auditoria. Pode ser utilizada interna ou externamente àUnidade Auditada

259

• Entrevista é a ação de consultar pessoas dentro e fora daAdministração Pública, utilizando ou não questões estruturadas,direcionadas à pesquisa, confronto ou obtenção de conhecimentossobre a atividade do ente, seu pessoal, suas áreas, processos,produtos, transações, e ações relacionados direta ou indiretamente àAdministração Pública, inclusive por contratação, objetivando obter,de forma pessoal e direta, informações que possam ser importantes.

260

• Encerrada a entrevista, as informações obtidas devem ter a suaveracidade avaliada. É possível que as respostas forneçaminformações divergentes das que o auditor obteve por outros meios,o que poderá tornar necessárias a modificação de procedimentos deauditoria ou a execução de outros não previstos inicialmente

• II. Análise Documental ‐ exame de processos, atos formalizados edocumentos avulsos. Tem como finalidade a verificação da legitimidadedo documento e transação

• O exame de documentos consiste em apurar, demonstrar, corroborar econcorrer para provar, acima de qualquer dúvida cabível, a validade eautenticidade de uma situação, documento ou atributo, ou aresponsabilidade do universo auditado, por meio de provas obtidas emdocumentos integrantes dos processos administrativo, orçamentário,financeiro, contábil, operacional, patrimonial ou gerencial.

262

• É necessário que o auditor o examinar tais documentos, verifique:

• a) se a documentação é fidedigna e merece confiabilidade (autenticidade);

• b) se a transação se refere à operação normalmente executada naquelecontexto e se está de acordo com os objetivos e normativos da UnidadeAuditada (normalidade);

• c) se a operação e os documentos examinados foram aprovados por pessoaautorizada (aprovação);

• d) se os registros foram preenchidos corretamente (datas, destinatários...) e,nos casos de documentos oficiais, se existe o registro em órgão competente(oficialidade).

III. Conferência de Cálculos ‐ revisão das memórias de cálculos ou aconfirmação de valores por meio do cotejamento de elementos numéricoscorrelacionados, de modo a constatar a adequação dos cálculosapresentados.

• A conferência de cálculos é o procedimento para verificar a concordânciaentre os resultados, coerência de cifras e dados mediante verificação daexatidão das somas, deduções, produtos, divisões, sequências numéricas,adequada aplicação de taxas, entre outras, refazendo‐se, sempre à base deteste, os cálculos efetuados pelos entes auditados.

264

• O auditor deve estar atento ao fato de que a conferência dos cálculos prova apenas a exatidão matemática das operações; para determinar a validade dos algarismos que compõem as bases examinadas, são necessários outros tipos de testes.

IV. Confirmação Externa/circularização – é a evidência de auditoria obtidacomo resposta por escrito direta para o auditor de um terceiro (a parte queconfirma), em papel, no formato eletrônico ou outro meio.

• É o procedimento que visa obter de terceiros informações sobre alegitimidade, regularidade e exatidão dos dados analisados; devendo seraplicado sobre posições representativas de bens, direitos e obrigações doente auditado.

266

O pedido de confirmação é feito pela equipe deauditoria ao titular da auditada, o qual solicita,em papel timbrado, ao circularizado o envio dasrespostas para a referida equipe.

• Apesar de ser frequentemente relevante no tratamento de afirmações relacionadas a saldos contábeis e seus elementos, essa técnica não se restringe a este assunto. O auditor pode, por exemplo, solicitar confirmação de termos de contratos ou transações da Auditada com terceiros ou pode questionar se foram realizadas quaisquer modificações no contrato e, em caso afirmativo, quais são os detalhes relevantes.

267

• O pedido de confirmação pode ser positivo (branca ou preta) ou negativo:• Circularização positiva: É a solicitação de que a parte que confirmaresponda diretamente ao auditor indicando se concorda ou discorda dasinformações na solicitação, ou forneça as informações solicitadas. Énecessária resposta da pessoa de quem se quer obter confirmação formal.

• Pode ser: branca (quando não constam valores) e preta (quando solicitadaa confirmação de saldos e valores em determinada data.

268

• Circularização negativa: quando não é necessária resposta de quem sequer obter confirmação formal. A omissão de resposta é tida comoconfirmação. A parte que confirma responde diretamente ao auditorsomente se discorda das informações fornecidas na solicitação.

• Resposta não recebida é quando a parte que confirma não responde ounão responde de maneira completa, a uma solicitação de confirmaçãopositiva, ou a devolução de uma solicitação de confirmação não entregue(devolução pelo correio, por exemplo, para um destinatário não localizado).

269

• A confirmação externa é frequentemente utilizada para confirmar:os saldos das contas e seus elementos;condições de acordos, contratos ou de transações entre a entidade eoutras partes. saldos bancários e outras informações relevantes sobre relacionamentosbancários; saldos e prazos de contas a receber; estoques mantidos por terceiros para processamento ou em consignação; títulos de propriedade mantidos por terceiros para custódia ou garantia; investimentos mantidos em poder de terceiros; valores devidos a credores, saldos e prazos de contas a pagar.

• A evidência de auditoria obtida pelo auditor como resposta de terceiro (aparte que confirma) deve se apresentar na forma escrita (impressa,eletrônica ou em outra mídia).

V. Exame dos Registros – verificação dos registros constantes de controlesregulamentares, relatórios sistematizados, mapas e demonstrativosformalizados, elaborados de forma manual ou por sistemasinformatizados.

272

VI. Correlação das Informações Obtidas ‐ cotejamento de informaçõesobtidas de fontes independentes, autônomas e distintas, no interiorda própria organização. Essa técnica procura a consistência mútuaentre diferentes amostras de evidência.

VII. Inspeção Física ‐ É o ato físico de verificação, atento e minucioso doobjeto (bens móveis e imóveis) sob exame, dentro ou fora das instalaçõesdo ente auditado, observando‐o no seu aspecto estrutural, com o objetivoprecípuo de constatar a sua existência, registro, qualidades e condiçõesfísicas.

274

VIII. Corte das Operações ou “Cut‐Off” ‐ corte interruptivo dasoperações ou transações para apurar, de forma seccionada, adinâmica de um procedimento.

• Representa a “fotografia” do momento‐chave de um processo.

IX. Observação das Atividades e Condições – verificação das atividades queexigem a aplicação de testes flagrantes, com a finalidade de revelar erros,problemas ou deficiências que de outra forma seriam de difícil constatação.

• Os elementos da observação são:a) a identificação da atividade específica a ser observada;b) observação da sua execução;c) comparação do comportamento observado com os padrões; ed) avaliação e conclusão.

276

X. Rastreamento ‐ investigação minuciosa, com exame de documentos,setores, unidades, órgãos e procedimentos interligados, visando darsegurança à opinião do responsável pela execução do trabalho sobreo fato observado.

• No rastreamento, o auditor primeiramente seleciona documentosque representam transações e, posteriormente verifica se aquelastransações foram de fato registradas no sistema contábil

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ATENÇÃO

• Rastreamento é diferente de Vouching

Consistem basicamente em verificar a correspondência entre lançamentoscontábeis e a documentação que lhe serve de base. São executadas,entretanto, em sentido oposto: no rastreamento, o auditor primeiramenteseleciona documentos que representam transações e, posteriormenteverifica se aquelas transações foram de fato registradas no sistema contábil;no vouching, o auditor seleciona primeiramente as transações e, em seguida,verifica se existe de fato a documentação que lhe serve de base e, porconseguinte, se aquela transação de fato ocorreu.

• A primeira ajuda a detectar quantias lançadas a menor nos registroscontábeis e, consequentemente, permite que o auditor obtenhaevidências relacionadas com afirmações de integridade.

• A segunda possibilita a detecção de lançamentos a maior nos registroscontábeis e, por conseguinte, a obtenção de evidências sobre afirmaçõesde existência ou ocorrência.

XI. Reexecução: envolve a execução independente pelo profissional deauditoria de procedimentos ou controles que foram originalmenterealizados como parte do controle interno do ente auditado.

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• De acordo com essa técnica, o auditor executa novamente procedimentos,cálculos, atividades de controle, a fim de testar os sistemas, processos econtroles internos, confirmando, assim, a veracidade, a correção e alegitimidade dos atos/fatos registrados.

• De forma diversa da observação, em que o empregado da Auditada realiza osprocedimentos e é observado pelo auditor, aqui o auditor executa osprocedimentos e colhe diretamente informações acerca da suaadequabilidade, e da legitimidade e veracidade dos dados.

Procedimentos Analíticos.

NBCTA 520 de 27 de novembro de 2009.

• Para fins das normas de auditoria, o termo procedimento analítico significaavaliações de informações contábeis por meio de análise das relações plausíveisentre dados financeiros e não financeiros.

• Procedimentos analíticos compreendem, também, o exame necessário deflutuações ou relações identificadas que são inconsistentes com outrasinformações relevantes ou que diferem significativamente dos valoresesperados.

Podem ser usados diversos métodos para executarprocedimentos analíticos. Esses métodos variam desde arealização de comparações simples até análises complexasusando técnicas estatísticas avançadas.

• Os procedimentos analíticos incluem, por exemplo, levar em consideraçãocomparações de informações contábeis e financeiras da entidade:informações comparáveis de períodos anteriores;resultados previstos pela entidade, tais como orçamentos ou previsões, ouexpectativas do auditor, como uma estimativa de depreciação;informações de entidades do mesmo setor de atividade, como a comparaçãoentre índices de vendas e contas a receber com as médias do setor ou comoutras entidades de porte comparável do mesmo setor.

• Os procedimentos analíticos incluem, também, levar em consideração asrelações, por exemplo:entre elementos das informações contábeis que se esperaria que seadequassem a um padrão previsível com base na experiência da entidade,como porcentagens da margem bruta;entre informações contábeis e informações não contábeis relevantes, comocustos com folha de pagamento e número de empregados.

• Quando planejar e executar procedimentos analíticos substantivos,isoladamente ou em combinação com testes de detalhes, tais comoprocedimentos substantivos o auditor deve:

a) determinar a adequação de procedimentos analíticos substantivosespecíficos para determinadas afirmações, levando em consideração os riscosavaliados de distorção relevante e testes de detalhes, se houver, para essasafirmações;b) avaliar a confiabilidade dos dados em que se baseia a expectativa do auditorem relação a valores registrados ou índices, levando em consideração a fonte,comparabilidade, natureza e relevância das informações disponíveis, e oscontroles sobre a elaboração dos dados;

c) desenvolver uma expectativa de valores registrados ou índices, e avaliar sea expectativa é suficientemente precisa para identificar uma distorção que,individualmente ou em conjunto com outras distorções, pode fazer com queas demonstrações contábeis apresentem distorções relevantes; ed) determinar o valor de qualquer diferença entre valores registrados evalores esperados que seja aceitável sem exame adicional.

• Os procedimentos analíticos contribuem para a identificação de:a) diferenças inesperadas;b) ausência de diferenças quando esperadas;c) erros em potencial;d) possíveis fraudes ou atos ilícitos;e) outras transações ou eventos incomuns ou não recorrentes

• O auditor deve planejar e executar procedimentos analíticos próximo dofinal da auditoria que o auxiliam formar uma conclusão geral sobre se asdemonstrações contábeis são consistentes com o entendimento que oauditor possui da entidade.

As conclusões obtidas dos resultados dosprocedimentos analíticos definidos eexecutados têm a finalidade de corroborar asconclusões formadas durante a auditoria decomponentes ou elementos individuais dasdemonstrações contábeis. Isso ajuda o auditora formar conclusões razoáveis sobre as quaisdeve basear a sua opinião.

Os resultados dessesprocedimentos analíticos podemidentificar um risco de distorçãorelevante não identificadoanteriormente. Nessascircunstâncias, o auditor deverevisar a sua avaliação sobre osriscos de distorção relevante emodificar os procedimentosadicionais de auditoriaplanejados.

Amostragem 

290

NBC TA 530 de 27 de novembro de 2009

• A amostragem é uma técnica que consiste na obtenção de informações a respeito de uma população a partir da investigação de apenas uma parte da mesma. 

• O objetivo da utilização de amostragem é obter informações sobre uma parte da população e fazer afirmações válidas a respeito de suas características. 

É bastante útil em situações onde a execução docenso é inviável ou antieconômica e ainformação obtida da amostra é suficiente paraatender aos objetivos pretendidos.

• Os meios à disposição do auditor para a seleção de itens a serem testados são:

a)  seleção de todos os itens – censo (exame de 100%);b)  seleção de itens específicos; ec)  amostragem de auditoria.

292

• Censo ocorre quando os testes são aplicados na totalidade da população enão se qualifica como amostragem de auditoria.

• Um exame de 100% (censo) pode ser apropriado quando, por exemplo: A população constitui um número pequeno de itens de grande valor Há um risco significativo e outros meios não fornecem evidência de 

auditoria apropriada e suficiente, ou A natureza repetitiva de um cálculo ou outro processo executado 

automaticamente pelo sistema de informação torna um exame de rápido ou eficiente, ou seja, a realização do censo não é custosa.

293

• A seleção de itens específicos consiste na aplicação de procedimentosde auditoria em itens dentro de uma população que tenham umacaracterística particular (por exemplo, todos os itens acima de um certovalor), devido a isto não se qualifica como amostragem de auditoria comrespeito à parcela da população examinada, nem com respeito àpopulação como um todo.

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• O Amostragem em auditoria é a aplicação de procedimentos deauditoria em menos de 100% dos itens de população relevante para finsde auditoria, de maneira que todas as unidades de amostragem tenhama mesma chance de serem selecionadas para proporcionar uma baserazoável que possibilite o auditor concluir sobre toda a população.

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• O objetivo do auditor, ao usar amostragem em trabalhos de auditoria, éobter uma base razoável dentro dos critérios e objetivos estabelecidosem cada tipo de amostragem, para concluir sobre a população (populaçãode pesquisa) da qual a amostra foi selecionada.

• Para cumprir seus objetivos é importante que a amostra sejarepresentativa em relação a população da qual foi selecionada, ou seja,para fins de conclusão ela deve ser aproximadamente uma réplica empequena escala da população, permitindo mensuração do erro que seestá cometendo ao não examinar toda a população.

• A população é a totalidade dos dados do qual o auditor deseja tirar aamostra para chegar a uma conclusão. O auditor precisa determinar se apopulação da qual a amostra vai ser extraída é apropriada para oobjetivo de auditoria específico.

• Cada item que compõe a população é conhecido como unidade deamostragem.

297

As unidades de amostragem podem ser itens físicos(por exemplo, cheques relacionados emcomprovante de depósito, lançamentos de créditoem extratos bancários, faturas de venda ou saldosde devedores) ou unidades monetárias.

• A amostragem tem como objetivo conhecer as características deinteresse de uma determinada população a partir de uma parcelarepresentativa.

298

É um método utilizado quando senecessita obter informações sobre um oumais aspectos de um grupo de elementos(população) considerado grande ounumeroso, observando apenas uma partedo mesmo (amostra).

• Amostragem é a utilização de um processo para obtenção de dadosaplicáveis a um conjunto, denominado universo ou população, por meiodo exame de uma parte deste conjunto denominada amostra.

• O método de amostragem é aplicado como forma de viabilizar arealização de ações de controle em situações onde o objeto alvo da açãose apresenta em grandes quantidades e/ou se distribui de maneirabastante pulverizada.

300

A amostragem é também aplicada emfunção da necessidade de obtenção deinformações em tempo hábil, em casosem que a ação na sua totalidade setorna impraticável.

• Existem várias razões que justificam a utilização de amostragem emlevantamentos de grandes populações.

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Uma dessas razões é a economicidade dos meios, onde osrecursos humanos e materiais são escassos a amostragem setorna imprescindível, tornando o trabalho do auditor bemmais fácil e adequado.

• Outro fator de grande importância é o tempo, pois onde asinformações das quais se necessitam são valiosas e tempestivas, ouso de amostra também se justifica.

• Outra razão é o fato de que com a utilização da amostragem, aconfiabilidade dos dados é maior devido ao número reduzido deelementos, pode‐se dar mais atenção aos casos individuais, evitandoerros nas respostas. Além disso, a operacionalidade em pequenaescala torna mais fácil o controle do processo como um todo.

302

• Porém, existem casos onde não se recomenda a utilização deamostragem, tais como:

a) quando a população é considerada muito pequena e a sua amostra ficarelativamente grande;

b) quando as características da população são de fácil mensuração,mesmo que a população não seja pequena; e

c) quando há necessidade de alta precisão recomenda‐se fazer censo, quenada mais é do que o exame da totalidade da população.

303

• O método de amostragem se subdivide em dois tipos: o probabilístico ouestatístico e o não‐probabilístico ou não‐estatístico.

304

A decisão quanto ao uso de abordagem deamostragem estatística ou não estatística é umaquestão de julgamento do auditor, entretanto, otamanho da amostra não é um critério válidopara distinguir entre as abordagens estatísticas enão estatísticas.

• Amostragem estatística/probabilística: a seleção é feita por sorteioaleatório, é utilizada a teoria das probabilidades para calcular osresultados das amostras, e da mesma forma é calculado o risco deamostragem.

• Os resultados da amostra podem ser generalizados para toda apopulação e em geral a probabilidade de seleção dos itens éconhecida.

• O método de amostragem probabilístico tem como característicafundamental o fato de poder ser submetido a tratamento estatístico,sendo, portando, os resultados obtidos na amostra generalizáveispara a população.

• Para tanto, a amostragem estatística conta com uma série de formasdiferentes de obtenção do tamanho da amostra, por exemplo:amostragem aleatória simples, estratificada e por conglomerado.

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• A amostragem não‐estatística/não‐probabilística: pode ser definidacomo qualquer amostragem que não possui as características daamostragem probabilística, em geral podemos dizer que a seleção éfeita por critérios subjetivos e o risco de amostragem não é calculadode forma objetiva.

• Os resultados da amostra não podem ser generalizados para toda apopulação e a probabilidade de seleção dos itens não é conhecida.

• A principal característica do método de amostragem não‐probabilísticoé que este se baseia, principalmente, na experiência do servidor, sendoassim, a aplicação de tratamento estatístico a seus resultados se tornainviável, bem como a generalização dos resultados obtidos através daamostra para a população.

309

• Essa limitação faz com que o método não sirva de suporte para umaargumentação, visto que a extrapolação dos resultados não sãopassíveis de demonstração segundo às normas de cálculo existenteshoje. Contudo, é inegável a sua utilidade dentro de determinadoscontextos, tal como, na busca exploratória de informações ousondagem, quando se deseja obter informações detalhadas sobrequestões particulares, durante um espaço de tempo específico.

310

• A amostragem probabilística deve ser utilizada quando a finalidade doprocedimento de auditoria é obter evidências, informações, conclusões,avaliações ou recomendações sobre a população por meio dageneralização dos resultados da amostra;

• Já a amostra não‐probabilística pode ser utilizada quando a finalidade doprocedimento de auditoria é obter informações, conclusões, avaliaçõesou recomendações que se aplicam somente aos itens selecionados naamostra.

• Ao usar métodos de amostragem estatística ou não‐estatística, o auditordeve planejar e selecionar a amostra, aplicar a essa amostraprocedimentos de auditoria e avaliar os resultados da amostra, de formaa proporcionar evidência de auditoria suficiente e apropriada, pois é apartir dos resultados encontrados na amostra que o auditor irá embasara sua opinião final.

312

Em geral, o uso da amostragem probabilística é semprerecomendável, enquanto que a amostragem não‐probabilística tem aplicabilidade restrita a análisespontuais.

• Ao planejar e determinar a amostra de auditoria, o auditor deve levar emconsideração os seguintes aspectos:

a) os objetivos específicos da auditoria;b) a população da qual o auditor deseja extrair a amostra;c) a estratificação ou não da população;d) o tamanho da amostra;e) o risco da amostragem;f) a distorção tolerável;g) a distorção projetada.

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a) objetivos específicos da auditoria• No planejamento da amostra de auditoria, o auditor deve consideraros objetivos específicos a serem atingidos e os procedimentos deauditoria que têm maior probabilidade de atingir esses objetivos.

• Ao definir uma amostra de auditoria, o auditor deve considerar os finsespecíficos a serem alcançados e a combinação de procedimentos deauditoria que devem alcançar esses fins.

314

• A consideração da natureza da evidência de auditoria desejada e as eventuaiscondições de desvio ou distorção ou outras características relacionadas comessa evidência de auditoria ajudam o auditor a definir o que constitui desvioou distorção e qual população usar para a amostragem.

b) População total• A população é a totalidade dos dados do qual o auditor deseja tirar aamostra para chegar a uma conclusão.

• O auditor precisa determinar se a população da qual a amostra vai serextraída é apropriada para o objetivo de auditoria específico.

• Ao considerar as características da população da qual a amostra seráextraída, o auditor pode determinar que a estratificação ou a seleçãocom base em valores é apropriada.

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c) Estratificação da amostra• Estratificação é o processo de dividir uma população em subpopulações,cada uma sendo um grupo de unidades de amostragem comcaracterísticas semelhantes (geralmente valor monetário).

• Os estratos precisam ser explicitamente definidos, de forma que cadaunidade de amostragem somente possa pertencer a um estrato.

317

O objetivo da estratificação é o de reduzir a variabilidade dositens de cada estrato e, portanto, permitir que o tamanho daamostra seja reduzido sem aumentar o risco de amostragem.

• Os resultados dos procedimentos de auditoria aplicados a uma amostrade itens dentro de um estrato só podem ser projetados para os itens quecompõem esse estrato. Para concluir sobre toda a população, o auditorprecisa considerar o risco de distorção relevante em relação a quaisqueroutros estratos que componham toda a população.

• Se uma classe de operações ou o saldo de uma conta tiver sidodividido em estratos, a distorção é projetada para cada estratoseparadamente.

• As distorções projetadas para cada estrato são, então, combinadas naconsideração do possível efeito das distorções no total das classes deoperações ou do saldo da conta.

d) Tamanho da amostra• Consiste em determinar quantos itens irão compor a amostra.• Para estabelecer o tamanho da amostra o auditor considera o resultadoda avaliação dos testes sobre o controle interno.

320

A regra básica é: “quanto melhor for controleinterno menor a amostra de itens que serãotestados”.

• Fatores que o auditor pode levar em consideração ao determinar otamanho da amostra para os testes de controles.

FATOR EFEITO NA AMOSTRA

1. Aumento na extensão na qual aavaliação de risco do auditor leva emconsideração os controles relevantes

Aumento Quanto mais segurança o auditor pretende obter da efetividadeoperacional dos controles, menor será a avaliação do auditor quantoao risco de distorção relevante e maior deve ser o tamanho da amostra.

2. Aumento na taxa tolerável de desvio Redução Quanto menor a taxa tolerável de desvio, maior o tamanho da amostraprecisa ser.

3. Aumento na taxa esperada de desvioda população a ser testada

Aumento Quanto mais alta a taxa esperada de desvio, maior o tamanho daamostra precisa ser para que o auditor esteja em posição de fazer umaestimativa razoável da taxa real de desvio. Altas taxas esperadas dedesvio de controle geralmente garantem, se garantirem, pouca reduçãodo risco de distorção relevante avaliado.

4. Aumento no nível de segurançadesejado do auditor de que a taxatolerável de desvio não seja excedidapela taxa real de desvio na população

Aumento Quanto maior for o nível de segurança de que o auditor espera que osresultados da amostra sejam de fato indicativos com relação àincidência real de desvio na população, maior deve ser o tamanho daamostra.

5. Aumento na quantidade de unidadesde amostragem na população

Efeito negligenciável

Para populações grandes, o tamanho real da população tem poucoefeito, se houver, no tamanho da amostra. Para pequenas populações,entretanto, a amostragem de auditoria pode não ser tão eficientequanto os meios alternativos para obter evidência de auditoriaapropriada e suficiente.

• Fatores que o auditor pode levar em consideração ao determinar otamanho da amostra para testes de detalhes.

FATOR EFEITO NA AMOSTRA

1. Aumento na avaliação do risco dedistorção relevante do auditor

Aumento Quanto mais alta a avaliação do risco de distorção relevante do auditor,maior deve ser o tamanho da amostra. A avaliação do risco de distorçãorelevante do auditor é afetada pelo risco inerente e pelo risco de controle.

2. Aumento no uso de outros procedimentossubstantivos direcionados à mesmaafirmação

Redução Quanto mais o auditor confia em outros procedimentos substantivos (testesde detalhes ou procedimentos analíticos substantivos) para reduzir a umnível aceitável o risco de detecção relacionado com uma população emparticular, menos segurança o auditor precisa da amostragem e, portanto,menor pode ser o tamanho da amostra.

3. Aumento no nível de segurança desejadopelo auditor de que uma distorção tolerávelnão é excedida pela distorção real napopulação

Aumento Quanto maior o nível de segurança de que o auditor precisa de que osresultados da amostra sejam de fato indicativos do valor real de distorção napopulação, excedido pela distorção real na população, maior o tamanho daamostra precisa ser.

4. Aumento na distorção tolerável Redução Quanto menor for a distorção tolerável, maior o tamanho da amostra precisaser.

5. Aumento no valor da distorção que oauditor espera encontrar na população

Aumento Quanto maior for o valor da distorção que o auditor espera encontrar napopulação, maior deve ser o tamanho da amostra para se fazer umaestimativa razoável do valor real de distorção na população.

6. Estratificação da população, quandoapropriado

Redução Quando a população pode ser adequadamente estratificada, o conjunto detamanhos de amostra dos estratos geralmente será menor do que o tamanhoda amostra que seria necessário para alcançar certo nível de risco deamostragem se uma amostra tivesse sido retirada de toda a população.

7. Quantidade de unidades de amostragemna população

Efeito negligenciável Para populações grandes, o tamanho real da população tem pouco efeito notamanho da amostra.

e) Risco de amostragem• O risco de amostragem surge da possibilidade de que a conclusão doauditor, com base em uma amostra, possa ser diferente da conclusãoque seria alcançada se toda a população estivesse sujeita ao mesmoprocedimento de auditoria.

326

O auditor está sujeito ao risco de amostragem quando,por meio de uma má avaliação sobre o controle interno,estabelece uma amostra equivocada com base nostestes de controles (observância) e testes de detalhes(substantivos).

• O nível de risco de amostragem que o auditor está disposto a aceitarafeta o tamanho da amostra exigido. Quanto menor o risco que o auditorestá disposto a aceitar, maior deve ser o tamanho da amostra.

• O risco de amostragem pode levar a dois tipos de conclusões errôneas:

a) no caso de teste de controles, em que os controles são considerados maiseficazes do que realmente são ou no caso de teste de detalhes, em que não sejaidentificada distorção relevante, quando, na verdade, ela existe. O auditor estápreocupado com esse tipo de conclusão errônea porque ela afeta a eficácia daauditoria e é provável que leve a uma opinião de auditoria não apropriada.

b) no caso de teste de controles, em que os controles são considerados menoseficazes do que realmente são ou no caso de teste de detalhes, em que sejaidentificada distorção relevante, quando, na verdade, ela não existe. Esse tipo deconclusão errônea afeta a eficiência da auditoria porque ela normalmente levariaa um trabalho adicional para estabelecer que as conclusões iniciais estavamincorretas.

1) Testes de controles ou observância:Estes testes são aplicados sobre o controle interno administrativo e osriscos podem ser:

a) Risco de subavaliação da confiabilidadeb) Risco de superavaliação da confiabilidade

329

2) Testes substantivos ou de detalhes:Estes testes são aplicados sobre o controle interno contábil e os riscospodem ser:

a) Risco de rejeição incorretab) Risco de aceitação incorreta

330

• O risco de subavaliação da confiabilidade e o risco de rejeição incorretaafetam a eficiência da auditoria, visto que, normalmente, conduziria oauditor a realizar trabalhos adicionais, o que estabeleceria que asconclusões iniciais fossem incorretas.

• O risco de superavaliação da confiabilidade e o risco de aceitação incorretaafetam a eficácia da auditoria e têm mais probabilidade de conduzir a umaconclusão errônea sobre determinados controles, saldos de contas ouclasse de transações do que o risco de subavaliação da confiabilidade ou orisco de rejeição incorreta.

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Risco de amostragem

Testes de controle

Subavaliação da confiança

Afeta a eficiência 

Superavaliação da confiança

Afeta a eficácia

Testes substantivos

Rejeição  incorreta

Afeta a eficiência 

Aceitação  incorreta

Afeta a eficácia

f) Distorção tolerável

• É um valor monetário definido pelo auditor para obter um nívelapropriado de segurança de que esse valor monetário não seja excedidopela distorção real na população, ou seja, é a distorção máxima napopulação que o auditor está disposto a aceitar e, ainda assim, concluirque o resultado da amostra atingiu o objetivo da auditoria.

333

A relação entre a distorção tolerável e a amostra éinversamente proporcional, ou seja, quanto maior a amostramenor a distorção tolerável.

• Ao definir uma amostra, o auditor determina a distorção tolerávelpara avaliar o risco de que o conjunto de distorções individualmenteirrelevantes possa fazer com que as demonstrações contábeisapresentem distorções relevantes e forneça margem para possíveisdistorções não detectadas.

• A distorção tolerável é a aplicação da materialidade na execução daauditoria.

• Distorção tolerável é um valor monetário definido pelo auditor para obterum nível apropriado de segurança de que esse valor monetário não sejaexcedido pela distorção real na população. Taxa tolerável de desvio é ataxa de desvio dos procedimentos de controles internos previstos, definidapelo auditor para obter um nível apropriado de segurança de que essataxa de desvio não seja excedida pela taxa real de desvio na população.

Anomalia é a distorção ou o desvio que écomprovadamente não representativo dedistorção ou desvio em uma população.

• g) Distorção esperada• É a distorção que o auditor entende que existe na população.• Ao determinar a distorção esperada em uma população, o auditor deveconsiderar aspectos como, por exemplo, os níveis de erros identificadosem auditorias anteriores, mudança nos procedimentos da entidade eevidência obtida na aplicação de outros procedimentos de auditoria.

336

A relação entre a distorção esperada édiretamente proporcional ao tamanhoda amostra. Quanto maior distorçãomaior deve ser a amostra.

• O auditor deve selecionar os itens da amostra considerando que pelaamostragem estatística, os itens são selecionados de modo que cada unidadede amostragem tenha uma probabilidade conhecida de ser selecionada. Pelaamostragem não estatística, o julgamento é usado para selecionar os itens daamostra.

Como a finalidade da amostragem é a de fornecer baserazoável para o auditor concluir quanto à população da qual aamostra é selecionada, é importante que o auditor selecioneuma amostra representativa, de modo a evitartendenciosidade mediante a escolha de itens da amostra quetenham características típicas da população.

• Os principais métodos para selecionar amostras correspondem ao uso deseleção aleatória, seleção sistemática, seleção ao acaso, de unidademonetária e seleção de bloco.

a) seleção aleatória ou randômica• Seleção aleatória ou randômica é a que assegura que todos os itensda população ou do estrato fixado tenham idêntica possibilidade deserem escolhidos.

• Na seleção aleatória ou randômica, utiliza‐se, por exemplo, tabelas denúmeros aleatórios que determinarão quais os números dos itens aserem selecionados dentro do total da população ou dentro de umasequência de itens da população predeterminada pelo auditor.

339

b) a seleção sistemática ou por intervalo• Seleção sistemática ou por intervalo é aquela em que a seleção de itens éprocedida de maneira que haja sempre um intervalo constante entre cadaitem selecionado, seja a seleção feita diretamente da população a sertestada ou por estratos dentro da população.

• Na seleção sistemática a quantidade de unidades de amostragem napopulação é dividida pelo tamanho da amostra para dar um intervalo deamostragem como, por exemplo, 50, e após determinar um ponto de iníciodentro das primeiras 50, toda 50ª unidade de amostragem seguinte éselecionada.

340

• Embora o ponto de início possa ser determinado ao acaso, é mais provávelque a amostra seja realmente aleatória se ela for determinada pelo uso deum gerador computadorizado de números aleatórios ou de tabelas denúmeros aleatórios.

• Ao usar uma seleção sistemática, o auditor precisaria determinar que asunidades de amostragem da população não estão estruturadas de modoque o intervalo de amostragem corresponda a um padrão em particular dapopulação.

c) a seleção ao acaso/casual ou por julgamento• Neste método de seleção a amostra é formada a critério do auditor, baseadaem sua experiência profissional.

• A seleção casual pode ser uma alternativa aceitável para a seleção daamostra, desde que o auditor tente extrair uma amostra representativa dapopulação, sem intenção de incluir ou excluir unidades específicas, assim, oauditor deve evitar a seleção de uma amostra que seja influenciada, porexemplo, com a escolha de itens fáceis de localizar, uma vez que esses itenspodem não ser representativos.

342

• Na seleção ao acaso o auditor seleciona a amostra sem seguir uma técnicaestruturada, contudo evitando qualquer tendenciosidade ou previsibilidadeconsciente (por exemplo, evitar itens difíceis de localizar ou escolher ouevitar sempre os primeiros ou os últimos lançamentos de uma página) e,desse modo, procuraria se assegurar de que todos os itens da população têmuma mesma chance de seleção.

A seleção ao acaso não é apropriadaquando se usar a amostragemestatística.

• d) Seleção de bloco • Este método envolve a seleção de um ou mais blocos de itenscontíguos da população.

• A seleção de bloco geralmente não pode ser usada em amostragemde auditoria porque a maioria das populações está estruturada demodo que esses itens em sequência podem ter característicassemelhantes entre si, mas características diferentes de outros itens deoutros lugares da população.

• Embora, em algumas circunstâncias, possa ser apropriado que umprocedimento de auditoria examine um bloco de itens, ela raramenteseria uma técnica de seleção de amostra apropriada quando o auditorpretende obter inferências válidas sobre toda a população com base naamostra.

• e) Amostragem de unidade monetária • Esta seleção que trabalha com base em valores, na qual o tamanho, a seleção e a avaliação da amostra resultam em uma conclusão em valores monetários.

• Após ter selecionado unidades específicas da população, como por exemplo,o saldo das contas a receber, o auditor pode, então, examinar os itensespecíficos, como por exemplo, os saldos individuais que contêm essasunidades monetárias.

• O benefício dessa abordagem para definir a unidade de amostragem é que otrabalho de auditoria é direcionado para itens de valor maior porque eles têmmais chances de serem selecionados e podem resultar em amostras detamanhos menores.

• Essa abordagem pode ser usada juntamente com o método sistemático deseleção de amostras e é muito eficiente quando os itens são selecionadosusando a seleção aleatória.

• Depois de identificada o auditor deve investigar a natureza e a causa dequaisquer desvios ou distorções identificados e avaliar o possível efeitocausado por eles na finalidade do procedimento de auditoria e em outrasáreas de auditoria.

Ao analisar os desvios e as distorções identificados, oauditor talvez observe que muitos têm uma característicaem comum como, por exemplo, o tipo de operação, local,linha de produto ou período de tempo, e esses desvios oudistorções podem ser intencionais e podem indicar apossibilidade de fraude

• Depois de analisada, para os testes de detalhes, o auditor deve projetar para a população, as distorções encontradas na amostra para obter uma visão mais ampla da escala de distorção.

Para testes de controles, não é necessáriaqualquer projeção explícita dos desvios umavez que a taxa de desvio da amostra também éa taxa de desvio projetada para a populaçãocomo um todo.

• Quando a distorção projetada exceder a distorção tolerável, a amostra nãofornece uma base razoável para conclusões sobre a população que foitestada.

• Se o auditor conclui que a amostragem de auditoria não forneceu umabase razoável para conclusões sobre a população que foi testada, o auditorpode:

• • solicitar que a administração investigue as distorções identificadas e opotencial para distorções adicionais e faça quaisquer ajustes necessários;ou

• • ajustar a natureza, época e extensão desses procedimentos adicionais deauditoria para melhor alcançar a segurança exigida.

Documentação de auditoria

NBC TA 230 (R1) de 19 de agosto de 2016

• A documentação de auditoria é o conjunto de formulários edocumentos que contêm as informações e apontamentos obtidos peloauditor durante seu exame, bem como as provas e descrições dessasrealizações, os quais constituem a evidência do trabalho executado e ofundamento da sua opinião.

Documentação de auditoria engloba os documentosoriginais e suas cópias, os registros dos procedimentos deauditoria executados, as evidências de auditoria relevantesobtidas e conclusões alcançadas pelo auditor.

• Todo o trabalho de auditoria deve ser documentado de modo aassegurar a sua revisão e a manutenção das evidências obtidas e todasas informações relevantes para dar suporte às conclusões e aosresultados da auditoria devem ser registradas.

354

O conjunto das provas da execução daauditoria também é denominado depapéis de trabalhos.

• Os Papéis de Trabalho ‐ PT são documentos que fundamentam asinformações obtidas nos trabalhos de auditoria, eles integram umprocesso organizado de registro de evidências da auditoria, porintermédio de informações em papel, filmes, meios eletrônicos ououtros que assegurem o objetivo a que se destinam.

• Os papéis de trabalho podem ser elaborados pelo auditor ou obtidode qualquer outra fonte.

355

Os papéis PODEM ser elaborados pelo auditor

• Consideram‐se papéis de trabalho aqueles preparados pelo auditor,pelo auditado ou por terceiros, tais como, planilhas, formulários,questionários preenchidos, fotografias, arquivos de dados, de vídeoou de áudio, ofícios, memorandos, portarias, documentos originais oucópias de contratos ou de termos de convênios, confirmaçõesexternas, programas de auditoria e registros de sua execução emqualquer meio, físico ou eletrônico, como matrizes de planejamento,de achados e de responsabilização.

356

• Os papéis de trabalho integram um processo organizado deregistro de evidências da auditoria, por intermédio deinformações em papel, filmes, meios eletrônicos ou outros meiosque assegurem o objetivo a que se destinam.

O objetivo do auditor é preparar documentação que forneça:a) registro suficiente e apropriado do embasamento do relatório doauditor; eb) evidências de que a auditoria foi planejada e executada emconformidade com as normas e as exigências legais eregulamentares aplicáveis.

• Os documentos apresentados à equipe de auditoria serão os originais,em que constem nome do signatário, assinatura ou rubrica, devendo oresponsável justificar a impossibilidade de apresentação de documentosoriginais.

358

Os auditores podem requerer cópiasdevidamente autenticadas de documentos.Quando o auditor obter o documento deoutra fonte deverá confirmar a sua a exatidãoe a veracidade.

• A extensão dos papéis de trabalho é assunto de julgamento profissional,visto que não é necessário nem prático documentar todas as questõesde que o auditor trata; entretanto, qualquer matéria que, por serrelevante, possa influir sobre a sua opinião, deve gerar papéis detrabalho que apresentem as indagações e conclusões do auditor.

359

• Ao avaliar a extensão dos papéis de trabalho, o auditor deveconsiderar o que seria necessário para proporcionar a outro auditor,sem experiência anterior com aquela auditoria, o entendimento dotrabalho executado e a base para as principais decisões tomadas, semadentrar os aspectos detalhados da auditoria.

360

• O auditor deve preparar documentação de auditoria que sejasuficiente para permitir que um auditor experiente, sem nenhumenvolvimento anterior com a auditoria, entenda :

a) a natureza, época e extensão dos procedimentos de auditoriaexecutados;b) os resultados dos procedimentos de auditoria executados e aevidência de auditoria obtida; ec) assuntos significativos identificados durante a auditoria, asconclusões obtidas a respeito deles e os julgamentos profissionaissignificativos exercidos para chegar a essas conclusões.

• A documentação de auditoria, que atende às exigências dasnormas de auditoria, fornece:

I) evidência da base do auditor para uma conclusão quanto aocumprimento do objetivo da auditoria; eII) evidência de que a auditoria foi planejada e executada emconformidade com as normas de auditoria e exigências legais eregulamentares aplicáveis.

Os papéis de trabalho têm como finalidade:a) assistir a equipe de trabalho no planejamento e execução da auditoria;b) assistir aos membros da equipe de trabalho no cumprimento de suasresponsabilidades de revisão e de controle de qualidade da auditoria ;c) permitir que a equipe de trabalho possa ser responsabilizada por seutrabalho;d) manter um registro de assuntos de importância recorrente paraauditorias futuras;e) permitir a condução de revisões e inspeções de controle de qualidadeexterna.

PT

Atender normas

Prova judicial

Auxílio nos 

trabalhos

Provas da auditoria

Facilitar a revisão

Guia de outras 

auditorias

• Embora não existam padrões rígidos quanto à forma dos papéis detrabalho, já que, servindo para anotações ou memórias do planejamentoe da execução, são elaborados a critério do auditor, os seguintesaspectos devem ser observados:

365

a) ao se planejar a forma e o conteúdo, deve‐se observar se o papel detrabalho irá contribuir para o atingimento do objetivo da auditoria edos procedimentos.

Consultar papéis elaborados para a realização de trabalho igual ousemelhante em época anterior é de grande valia para a elaboração donovo papel de trabalho, que pode, inclusive, ser até o resultado doaperfeiçoamento de algum existente;

366

b) Devem ser elaborados de forma clara e ordenada, de modo aproporcionar a racionalização dos trabalhos de auditoria, minimizaros custos, servir de base permanente de consulta e de respaldo paraas conclusões do auditor e facilitar o trabalho de revisão;

367

c) os papéis de trabalho devem conter, quando aplicável, as seguintesinformações:

I. nome da entidade, identificação do objeto auditado, título e objetivo;II. unidade utilizada na apresentação dos valores e origem dasinformações;

III. critério de seleção aplicado na escolha da amostra, data‐base dasinformações ou período abrangido e seu tamanho;

IV. comentários, se for o caso, e assinaturas de quem elaborou e revisou.

368

d) os papéis de trabalho devem ser revisados para assegurar que otrabalho foi desenvolvido conforme o planejado e as conclusões e osresultados estão de acordo com os registros.

369

A primeira revisão dos papéis detrabalho deve ser realizada pelo próprioauditor e deve ser a mais detalhada,para certificar‐se de que suas conclusõesse coadunam com suas apurações eregistros e de que não existem erros quepossam comprometer os resultados;

Revisões executadas por quemnão elaborou o papel devemverificar se o trabalho foidesenvolvido conforme oplanejado, se os registros estãoadequados às conclusões e senão foram omitidos dados einformações imprescindíveis ourelevantes.

• Os papéis de trabalho, além de outros mais específicos, de acordo comcada trabalho de auditoria, incluem:

I‐ Informações sobre a estrutura organizacional e legal da entidade;II‐ Cópias ou excertos de documentos legais, contratos e atas;III‐ Informações sobre os setores de atividades, ambiente econômico elegal em que a entidade opera;IV‐ Evidências do processo de planejamento, incluindo programas deauditoria e quaisquer mudanças nesses programas;V‐ Evidências do entendimento, por parte do auditor, do sistema contábile de controle interno, e sua concordância quanto à sua eficácia eadequação;

370

VI‐ Evidências de avaliação dos riscos de auditoria;VII‐ Evidências de avaliação e conclusões do auditor e revisão sobre otrabalho da auditoria interna;

VII‐ Análises de transações, movimentação e saldos de contas;IX‐ Análises de tendências, coeficientes, quocientes, índices e outrosindicadores significativos;

X‐ Registro da natureza, oportunidade e extensão dos procedimentos deauditoria e seus resultados;

XI‐ Evidências de que o trabalho executado pela equipe técnica foisupervisionado e revisado;

371

XII‐ Cópias de comunicações com outros auditores, peritos,especialistas e terceiros;

XIII‐ Cópias de comunicações à administração da entidade, e suasrespostas, em relação aos trabalhos, às condições de contratação e àsdeficiências constatadas, inclusive no controle interno;

XIV‐ Conclusões do auditor acerca de aspectos significativos, incluindoo modo como foram resolvidas ou tratadas questões não‐usuais.

372

• A documentação de auditoria não substitui os registros contábeisda entidade, normalmente o auditor examina os registrosoriginais e confere a autenticidade de cópias.

A documentação original ficaráarquivada na empresaauditada.

• Em uma auditoria destacam‐se os papéis de trabalho deexecução ou papéis de trabalho de campo, estes papéis detrabalho constituem‐se na documentação dos trabalhosexecutados durante o processo de verificações “in loco”.

Explicações verbais, por si só, não representamdocumentação adequada para o trabalho executadopelo auditor ou para as conclusões obtidas, maspodem ser usadas para explicar ou esclarecerinformações contidas na documentação de auditoria.

• Ao final da auditoria, todos os papéis de trabalho obtidos devem serarquivados e classificados em correntes (transitórios) ou permanentes.

375

Não é necessário nem praticávelpara o auditor documentar todosos assuntos considerados outodos os julgamentos profissionaisexercidos na auditoria.

Arquivo de auditoriacompreende uma ou maispastas ou outras formas dearmazenamento, em formafísica ou eletrônica quecontêm os registros queconstituem a documentaçãode trabalho específico. O auditor não precisa incluir na documentação de

auditoria versões superadas de papéis de trabalhoe demonstrações contábeis, notas que reflitamentendimento incompleto ou preliminar, cópiasanteriores de documentos corrigidos emdecorrência de erros tipográficos ou de outro tipode documentos em duplicata.

• PT ‐ Correntes são aqueles necessários ao trabalho somente por umperíodo limitado, para assegurar a execução de um procedimento ou aobtenção de outros papéis de trabalho subsequentes.

• Envolvem a documentação de auditoria de uso corrente, relativa àexecução de cada auditoria governamental especificamente. No caso deauditorias de regularidade, em geral, atinge apenas um exercício. Noscasos de auditorias operacionais, podem atingir mais de um exercício.

377

• Os papéis de trabalho transitórios normalmente são utilizados somenteem um processo auditorial e servirão para embasar o relatório de umaauditoria, são os papéis que foram elaborados ou “nasceram na auditoria”,por exemplo:

Registros do planejamento e da execução dos trabalhos; Cópias de demonstrações, resumos, balancetes e fluxos de transações; Programas de auditoria e documentos detalhados para cada área

auditada; Documentos de análises; Entrevistas, questionários; Fluxogramas para avaliação do sistema de controles internos (SCI); cópia

do relatório; Carta de confirmação; Cartas de advogados ou procuradores jurídicos, entre outros

documentos comprobatórios das evidências.378

• Os PTS – permanentes devem conter assuntos que forem deinteresse para consulta sempre que se quiserem dados sobre osistema, área ou unidade objeto de controle.

• Abrangem importantes informações de caráter contínuo, utilizadospor um longo período de tempo, superior a um exercício, sendoobtidas no passado ou no presente, para uso atual ou futuro.

379

• Os papéis de trabalho permanente são utilizados em várias auditorias,normalmente não são modificados; por exemplo:

Legislação pertinente à entidade: lei orgânica; Regimento interno; estatuto social; Registros de atas; normas e rotinas internas; Planos e metas de longo prazo; Contratos e ajustes importantes.

380

• Muitas vezes no decorrer dos trabalhos faz‐se necessário confirmar umainformação que está apresentada em um papel de trabalho, cominformações contidas nos arquivos permanentes, neste caso a fim deevitar excesso de duplicações deve‐se efetuar uma referência cruzada.

381

Referência cruzada consiste em apresentar formalmenteno papel de trabalho corrente em qual papel de trabalhopermanente a informação pode ser confirmada.

Empresa CZ                                BP 31/12/17Conta: Disponível Saldo divulgado:Caixa – 20.000Bancos – 300.000

Confirmado:Caixa – 20.000Bancos – 320.000 (A1.1) 

PT A1Elaborado por: JoãoRevisado por: Maria

Empresa CZ                      BP 31/12/17 Conta: BancosCEF – 120.000BB – 200.000

Nota:A diferença verificada na conta banco é referenteao cheque no. 0567 do BB emitido em 23 dedezembro de 2017, que até a data do BP nãohavia sido compensado.

PT A1.1Elaborado por: JoãoRevisado por: Maria

• Ao documentar a natureza, a época e a extensão dosprocedimentos de auditoria executados, o auditor deve registrar:

a) as características que identificam os itens ou assuntosespecíficos testados;b) quem executou o trabalho de auditoria e a data em que foiconcluído; ec) quem revisou o trabalho de auditoria executado e a data eextensão de tal revisão.

• O requisito de documentar quem revisou o trabalho de auditoriaexecutado não implica na necessidade de que cada documento detrabalho inclua evidência de revisão, porém, significa documentarque o trabalho de auditoria foi revisado, quem revisou e quando foifeita a revisão.

• Se o auditor identificou informações referentes a um assuntosignificativo que são inconsistentes com a sua conclusão final, ele devedocumentar como tratou essa inconsistência.

Atenção

Concisão 

Objetividade 

Limpeza Lógica 

Completabilidade

Quando da elaboração dos papéis de trabalho, o auditordeve levar em consideração os seguintes pontos essenciais:

• A NBCPA 01 ‐ norma de qualidade da auditoria ‐ requer que asfirmas de auditoria estabeleçam políticas e procedimentos para aconclusão tempestiva da montagem dos arquivos de auditoria.

• Os requisitos éticos relevantes estabelecem a obrigação dopessoal da firma observar durante todo o tempo aconfidencialidade das informações contidas na documentação dotrabalho, a menos que tenha sido fornecida uma autorizaçãoespecífica pelo cliente para a sua divulgação, ou haja um deverlegal para isso.

• Um limite de tempo apropriado para concluir a montagem doarquivo final de auditoria geralmente não ultrapassa 60 diasapós a data do relatório do auditor.

• A conclusão da montagem do arquivo final de auditoria após adata do relatório do auditor é um processo administrativo quenão envolve a execução de novos procedimentos de auditorianem novas conclusões.

• Qualquer que seja o formato da documentação, impressa,eletrônica ou outro meio, a integridade, acessibilidade e arecuperabilidade dos dados de suporte pode ficar comprometida sea documentação puder ser alterada, adicionada ou excluída sem oconhecimento do auditor ou da firma, ou se ela puder ser perdidaou danificada de forma permanente.

• Novas modificações podem ser feitas na documentação de auditoriadurante o processo final de montagem se essas forem de naturezaadministrativa. Exemplos de tais modificações incluem:

a) apagar ou descartar documentação superada;b) selecionar, conferir e acrescentar referências cruzadas aosdocumentos de trabalho;c) conferir itens das listas de verificação evidenciando ter cumprido ospassos relativos ao processo de montagem do arquivo;d) documentar evidência de auditoria que o auditor obteve, discutiu ecom a qual concordou junto aos membros da equipe de trabalho antesda data do relatório de auditoria.

• O período de retenção para trabalhos de auditoria geralmentenão é inferior a cinco anos a contar da data do relatório doauditor.

Após a montagem do arquivo final deauditoria ter sido completada, o auditornão apaga nem descarta documentaçãode auditoria de qualquer natureza antesdo fim do seu período de guarda dessadocumentação

• O auditor pode julgar necessário modificar a documentação deauditoria existente ou acrescentar nova documentação deauditoria após ter sido completada a montagem do arquivo.

• Por exemplo quando há a necessidade de esclarecimento dadocumentação de auditoria existente em resposta a comentáriosrecebidos durante as inspeções de monitoramento executadaspor partes internas ou externas.

• Segundo a NBCPA 01 item A 63 a documentação do trabalho é depropriedade da firma.

• A firma pode, a seu critério, disponibilizar partes ou trechos dadocumentação do trabalho aos clientes, desde que essa divulgação nãoprejudique a validade do trabalho realizado ou, no caso de trabalhosde asseguração, a independência da firma ou do seu pessoal.

Firma é um único profissional ousociedade de pessoas que atuamcomo auditor independente.

Opinião do auditor

NBC TA 700, DE 17 de Junho de 2016

• O auditor deve formar sua opinião sobre se as demonstraçõescontábeis são elaboradas, em todos os aspectos relevantes, de acordocom a estrutura de relatório financeiro aplicável à auditada.

• Para formar essa opinião, o auditor deve concluir se obteve segurançarazoável de que as demonstrações contábeis tomadas em conjuntoestão livres de distorção relevante, independentemente se causadapor fraude ou erro.

• Quanto a opinião os objetivos do auditor são:a) formar uma opinião sobre as demonstrações contábeis com base naavaliação das conclusões alcançadas pela evidência de auditoria obtida;eb) expressar claramente essa opinião por meio de relatório por escrito.

• A opinião expressa pelo auditor é se as demonstrações contábeis foramelaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com aestrutura de relatório financeiro aplicável.

A forma da opinião do auditor,porém, depende da estrutura derelatório financeiro aplicável e delei ou regulamento aplicáveis.

• A opinião pode ser de acordo com as práticas contábeis adotadas noBrasil. São as normas contábeis emanadas pelo CPC – comitê de

pronunciamentos contábeis e pelo CFC.

• De acordo com uma legislação específica. São as Leis e regulamentos próprios.

• “Práticas contábeis adotadas no Brasil” compreendem a legislaçãosocietária brasileira, as Normas Brasileiras de Contabilidade, emitidas peloConselho Federal de Contabilidade, os pronunciamentos, as interpretaçõese as orientações emitidos pelo CPC e homologados pelos órgãosreguladores.

Opinião – práticas contábeis

• Em nossa opinião, as demonstrações contábeis acima referidas apresentamadequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial efinanceira da Entidade ABC em 31 de dezembro de 20X1, o desempenho desuas operações e os seus fluxos de caixa para o exercício findo naqueladata, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

Opinião – legislação específica

• Em nossa opinião, as demonstrações contábeis da Companhia ABC peloexercício findo em 31 de dezembro de 20X1 foram elaboradas, em todos osaspectos relevantes, de acordo com a Lei XYZ da Jurisdição X.

• O relatório de auditoria pode ser:Relatório de opinião não modificadaRelatório de opinião modificada

• O auditor deve expressar uma opinião não modificada quando concluirque as demonstrações contábeis são elaboradas, em todos os aspectosrelevantes, de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável.

• Este relatório também é denominado de sem ressalva, padrão ou limpo.

• A opinião modificada será emitida quando o auditor:a) concluir, com base em evidência de auditoria obtida, que asdemonstrações contábeis tomadas em conjunto apresentam distorçõesrelevantes; oub) não conseguir obter evidência de auditoria apropriada e suficiente paraconcluir que as demonstrações contábeis tomadas em conjunto nãoapresentam distorções relevantes.• Pode ser apresentada como opinião com ressalva, opinião adversa eabstenção de opinião.

• Houve uma mudança na apresentação do relatório de auditoria,atualmente o relatório fornece aos usuários transparência sobre otrabalho do auditor, as suas responsabilidades e as responsabilidades daAdministração e, para entidades listadas, mais compreensão sobre osprincipais assuntos da auditoria.

ATENÇÃO

• Aplicável para auditorias relativas a 2016 a mudança buscou atendera demanda do mercado por um relatório mais informativo.

• O relatório passa a ser mais específico/relevante e menos genérico,não houve mudança no escopo do trabalho do auditor, mas sim, umamelhoria no processo de comunicação e entendimento entreinvestidores/analistas/outros usuários com auditores e destes com agovernança

As principais alterações foram:• Reordenação do relatório do auditor (opinião passa a ser a primeira

seção do relatório)• Se houver, as ressalvas vêm logo após o parágrafo da opinião.• Descrição alterada das responsabilidades da Administração e do

auditor• Conclusão sobre a adequada aplicação da continuidade operacional e

se há ou não dúvidas significativas em relação à capacidade dacompanhia continuar em operação.

• Declaração explícita de independência do auditor em relação aosprincípios éticos relevantes e de cumprimento dos demais requisitosaplicáveis do Código de Ética

• Descrição do trabalho executado pelo auditor sobre as outrasinformações e as respectivas conclusões

• Descrição dos principais assuntos de auditoria (Aplicável para entidadecujas ações, cotas ou dívidas são cotadas ou listadas em bolsa)

• Divulgação do nome do sócio do trabalho.

Estrutura do relatório

a) Título

b) Destinatário

c) Opinião do auditor

d) Base para opinião

e) Continuidade operacional

f) Principais assuntos de auditoria

g)Outras informações

h)Responsabilidades pelasdemonstrações contábeis

i) Responsabilidades do auditorindependente pela auditoria dasdemonstrações contábeis

j) Nome do sócio ou responsáveltécnico

• Assinatura do auditor

• Endereço do auditorindependente

• Data do relatório do auditor

Título

Relatório do auditor independente sobre as Demonstrações Contábeis

Destinatário

Aos acionistas da Companhia ABC [ou outro destinatário apropriado]

Exemplo do relatório do auditor

Opinião do auditorExaminamos as demonstrações contábeis da Companhia ABC (Companhia), quecompreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 20X1 e asrespectivas demonstrações do resultado, do resultado abrangente, dasmutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findonessa data, bem como as correspondentes notas explicativas, incluindo oresumo das principais políticas contábeis.Em nossa opinião, as demonstrações contábeis acima referidas apresentamadequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial efinanceira da Companhia ABC em 31 de dezembro de 20X1, o desempenho desuas operações e os seus fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, deacordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

Base para opinião• Nossa auditoria foi conduzida de acordo com as normas brasileiras einternacionais de auditoria. Nossas responsabilidades, em conformidade comtais normas, estão descritas na seção a seguir, intitulada “Responsabilidadesdo auditor pela auditoria das demonstrações contábeis”. Somosindependentes em relação à Companhia, de acordo com os princípios éticosrelevantes previstos no Código de Ética Profissional do Contador e nasnormas profissionais emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade, ecumprimos com as demais responsabilidades éticas de acordo com essasnormas. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente eapropriada para fundamentar nossa opinião.

Principais assuntos de auditoria• Principais assuntos de auditoria são aqueles que, em nossojulgamento profissional, foram os mais significativos em nossaauditoria do exercício corrente. Esses assuntos foram tratados nocontexto de nossa auditoria das demonstrações contábeis como umtodo e na formação de nossa opinião sobre essas demonstraçõescontábeis e, portanto, não expressamos uma opinião separada sobreesses assuntos.

Responsabilidade da administração e da governança pelas demonstrações contábeis

• A administração é responsável pela elaboração e adequada apresentação dasdemonstrações contábeis de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e peloscontroles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração dedemonstrações contábeis livres de distorção relevante, independentemente se causadapor fraude ou erro.

• Na elaboração das demonstrações contábeis, a administração é responsável pela avaliaçãoda capacidade de a companhia continuar operando, divulgando, quando aplicável, osassuntos relacionados com a sua continuidade operacional e o uso dessa base contábil naelaboração das demonstrações contábeis, a não ser que a administração pretenda liquidara Companhia ou cessar suas operações, ou não tenha nenhuma alternativa realista paraevitar o encerramento das operações.

• Os responsáveis pela governança da Companhia são aqueles com responsabilidade pelasupervisão do processo de elaboração das demonstrações contábeis.

Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações contábeis• Nossos objetivos são obter segurança razoável de que as demonstraçõescontábeis, tomadas em conjunto, estão livres de distorção relevante,independentemente se causada por fraude ou erro, e emitir relatório deauditoria contendo nossa opinião.

• Segurança razoável é um alto nível de segurança, mas, não, uma garantia deque a auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionaisde auditoria sempre detectam as eventuais distorções relevantes existentes.

• As distorções podem ser decorrentes de fraude ou erro e são consideradasrelevantes quando, individualmente ou em conjunto, possam influenciar,dentro de uma perspectiva razoável, as decisões econômicas dos usuáriostomadas com base nas referidas demonstrações contábeis.

• Como parte da auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras einternacionais de auditoria, exercemos julgamento profissional e mantemosceticismo profissional ao longo da auditoria. Além disso:

a) Identificamos e avaliamos os riscos de distorção relevante nasdemonstrações contábeis, independentemente se causada por fraude ou erro,planejamos e executamos procedimentos de auditoria em resposta a taisriscos, bem como obtemos evidência de auditoria apropriada e suficiente parafundamentar nossa opinião.O risco de não detecção de distorção relevante resultante de fraude é maior doque o proveniente de erro, já que a fraude pode envolver o ato de burlar oscontroles internos, conluio, falsificação, omissão ou representações falsasintencionais.

b) Obtemos entendimento dos controles internos relevantes para a auditoriapara planejarmos procedimentos de auditoria apropriados às circunstâncias,mas, não, com o objetivo de expressarmos opinião sobre a eficácia doscontroles internos da companhia.c) Avaliamos a adequação das políticas contábeis utilizadas e a razoabilidadedas estimativas contábeis e respectivas divulgações feitas pela administração.

d) Concluímos sobre a adequação do uso, pela administração, da basecontábil de continuidade operacional e, com base nas evidências de auditoriaobtidas, se existe incerteza relevante em relação a eventos ou condições quepossam levantar dúvida significativa em relação à capacidade de continuidadeoperacional da companhia. Se concluirmos que existe incerteza relevante,devemos chamar atenção em nosso relatório de auditoria para as respectivasdivulgações nas demonstrações contábeis ou incluir modificação em nossaopinião, se as divulgações forem inadequadas. Nossas conclusões estãofundamentadas nas evidências de auditoria obtidas até a data de nossorelatório. Todavia, eventos ou condições futuras podem levar a Companhia anão mais se manter em continuidade operacional.

• Comunicamo‐nos com os responsáveis pela governança a respeito, entreoutros aspectos, do alcance planejado, da época da auditoria e dasconstatações significativas de auditoria, inclusive as eventuais deficiênciassignificativas nos controles internos que identificamos durante nossostrabalhos.

• Fornecemos também aos responsáveis pela governança declaração de quecumprimos com as exigências éticas relevantes, incluindo os requisitosaplicáveis de independência, e comunicamos todos os eventuaisrelacionamentos ou assuntos que poderiam afetar, consideravelmente,nossa independência, incluindo, quando aplicável, as respectivassalvaguardas.

• [Local (localidade do escritório de auditoria que emitiu o relatório) e datado relatório do auditor independente]

• [Nome do auditor independente (pessoa física ou jurídica)]• [Nome do profissional (sócio ou responsável técnico, no caso de o auditorser pessoa jurídica)]

• [Números de registro no CRC da firma de auditoria e do profissional queassina o relatório]

• [Assinatura do auditor independente]

• O relatório do auditor independente não pode ter data anterior à dataem que ele obteve evidência de auditoria apropriada e suficiente parafundamentar a sua opinião sobre as demonstrações contábeis, incluindoevidência de que:

a) todas as demonstrações que compõem as demonstraçõescontábeis, incluindo as respectivas notas explicativas, foram elaboradas; eb) as pessoas com autoridade reconhecida afirmam que assumem aresponsabilidade sobre essas demonstrações contábeis.

Modificações na opinião do auditor

NBC TA 705, DE 17 de Junho de 2016

• O auditor deve expressar uma “Opinião modificada” de forma apropriadasobre as demonstrações contábeis quando:

a) conclui, com base em evidência de auditoria obtida, que asdemonstrações contábeis como um todo apresentam distorções relevantes;oub) não consegue obter evidência de auditoria apropriada e suficientepara concluir que as demonstrações contábeis como um todo nãoapresentam distorções relevantes.

• A NBC TA 450 define distorção como a diferença entre o valor, aclassificação, a apresentação ou a divulgação de item informado nasdemonstrações contábeis e o valor, a classificação, a apresentação ou adivulgação necessários para que o item esteja de acordo com a estrutura derelatório financeiro aplicável.

• Consequentemente, pode surgir distorção relevante nas demonstraçõescontábeis em relação à:

a) adequação das políticas contábeis selecionadas;b) aplicação das políticas contábeis selecionadas; ouc) adequação das divulgações nas demonstrações contábeis.

• A impossibilidade do auditor de se obter evidência de auditoria apropriada esuficiente (também denominada limitação no alcance da auditoria) pode serdecorrente de:

a) circunstâncias que estão fora do controle da entidade;b) circunstâncias relacionadas com a natureza ou a época do trabalho do auditor;ouc) limitações impostas pela administração.

A impossibilidade de executar procedimento específico nãoconstitui limitação no alcance da auditoria se o auditorconseguir obter evidência de auditoria apropriada e suficientepor meio de procedimentos alternativos

• Existem três tipos de opiniões modificadas, a saber: “Opinião com ressalva”,“Opinião adversa” e “Abstenção de opinião”. A decisão sobre que tipo deopinião modificada é apropriada depende:

a) da natureza do assunto que deu origem à modificação, ou seja, se asdemonstrações contábeis apresentam distorção relevante ou, no caso deimpossibilidade de se obter evidência de auditoria apropriada e suficiente,podem apresentar distorção relevante; eb) do julgamento do auditor sobre a disseminação de forma generalizada dosefeitos ou possíveis efeitos do assunto nas demonstrações contábeis .

• Generalizado é o termo usado para descrever os efeitos de distorções sobreas demonstrações contábeis ou os possíveis efeitos de distorções sobre asdemonstrações contábeis.

• Efeitos generalizados sobre as demonstrações contábeis são aquelesque, no julgamento do auditor:

i) não estão restritos aos elementos, contas ou itens específicos dasdemonstrações contábeis;ii) se estiverem restritos, representam ou poderiam representar parcelasubstancial das demonstrações contábeis; ouiii) em relação às divulgações, são fundamentais para o entendimento dasdemonstrações contábeis pelos usuários.

Natureza do assunto quegerou a modificação

Julgamento do auditor sobre a disseminação de formageneralizada dos efeitos ou possíveis efeitos sobre asdemonstrações contábeis

Relevante, mas nãogeneralizado

Relevante egeneralizado

Demonstrações contábeisapresentam distorções relevantes Opinião com ressalva Opinião adversa

Impossibilidade de se obter evidênciade auditoria apropriada e suficiente Opinião com ressalva Abstenção de opinião

• Opinião com ressalvaO auditor deve expressar uma “Opinião com ressalva” quando:a) conclui que as distorções, individualmente ou em conjunto, sãorelevantes, mas não generalizadas nas demonstrações contábeis; oub) não é possível obter evidência apropriada e suficiente de auditoria parafundamentar sua opinião, mas conclui que os possíveis efeitos de distorçõesnão detectadas sobre as demonstrações contábeis, se houver, poderiam serrelevantes, mas não generalizados.

• Opinião adversa

O auditor deve expressar uma “Opinião adversa” quando, tendo obtidoevidência de auditoria apropriada e suficiente, conclui que asdistorções, individualmente ou em conjunto, são relevantes egeneralizadas para as demonstrações contábeis.

• Abstenção de opinião• O auditor deve se abster de expressar uma opinião quando não consegueobter evidência de auditoria apropriada e suficiente para fundamentar suaopinião e ele concluir que os possíveis efeitos de distorções nãodetectadas sobre as demonstrações contábeis, se houver, poderiam serrelevantes e generalizados.

• Quando o auditor modifica sua opinião, ele deve usar, na seçãoOpinião, o título “Opinião com ressalva”, “Opinião adversa” ou“Abstenção de opinião”,

Também deverá alterar o título Base para opinião para “Base para opiniãocom ressalva”, “Base para opinião adversa” ou “Base para abstenção deopinião”, conforme apropriado; e nessa seção, incluir a descrição do assuntoque deu origem à modificação.

• Quando o auditor se abstém de expressar uma opinião devido àimpossibilidade de se obter evidência, ele deve alterar a descrição dasresponsabilidades do auditor requerida e incluir apenas declaração de que,em decorrência dos assuntos descritos na seção “Base para a abstenção deopinião”, não foi possível obter evidência de auditoria apropriada esuficiente para fundamentar uma opinião de auditoria sobre asdemonstrações contábeis.

Quando o auditor se abstém de expressar umaopinião sobre as demonstrações contábeis, o seurelatório não deve incluir a seção “Principais assuntosde auditoria” ou a seção “Outras informações”.

• Opinião com ressalva• Examinamos as demonstrações contábeis da Companhia ABC (Companhia),que compreendem o balanço patrimonial, em 31 de dezembro de 20X1, e asrespectivas demonstrações do resultado, do resultado abrangente, dasmutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findonessa data, bem como as correspondentes notas explicativas, incluindo oresumo das principais políticas contábeis.

• Em nossa opinião, exceto pelos efeitos do assunto descrito na seção a seguirintitulada “Base para opinião com ressalva”, as demonstrações contábeisacima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectosrelevantes, a posição patrimonial e financeira da Companhia ABC, em 31 dedezembro de 20X1, o desempenho de suas operações e os seus fluxos decaixa para o exercício findo nessa data, de acordo com as práticas contábeisadotadas no Brasil.

• Opinião adversa• Examinamos as demonstrações contábeis consolidadas da Companhia ABC(Companhia) e suas controladas, que compreendem o balanço patrimonialconsolidado, em 31 de dezembro de 20X1, e as respectivas demonstraçõesconsolidadas do resultado, do resultado abrangente, das mutações dopatrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, bemcomo as correspondentes notas explicativas, incluindo o resumo das principaispolíticas contábeis.

• Em nossa opinião, devido à importância do assunto discutido no parágrafo aseguir intitulado “Base para opinião adversa”, as demonstrações contábeisconsolidadas acima referidas não apresentam adequadamente, em todos osaspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira consolidada daCompanhia ABC e suas controladas, em 31 de dezembro de 20X1, odesempenho consolidado de suas operações e os seus fluxos de caixaconsolidados para o exercício findo nessa data, de acordo com as práticascontábeis adotadas no Brasil.

• Abstenção de opinião• Fomos contratados para examinar as demonstrações contábeis consolidadasda Companhia ABC (Companhia) e suas controladas, que compreendem obalanço patrimonial consolidado, em 31 de dezembro de 20X1, e asrespectivas demonstrações consolidadas do resultado, do resultadoabrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para oexercício findo nessa data, bem como as correspondentes notas explicativas,incluindo o resumo das principais políticas contábeis.

• Não expressamos uma opinião sobre as demonstrações contábeisconsolidadas da Companhia ABC e suas controladas pois, devido à relevânciado assunto descrito na seção a seguir intitulada “Base para abstenção deopinião”, não nos foi possível obter evidência de auditoria apropriada esuficiente para fundamentar nossa opinião de auditoria sobre essasdemonstrações contábeis consolidadas.

Natureza do assunto quegerou a modificação

Julgamento do auditor sobre a disseminação de formageneralizada dos efeitos ou possíveis efeitos sobre asdemonstrações contábeis

Relevante, mas nãogeneralizado

Relevante egeneralizado

Demonstrações contábeis apresentamdistorções relevantes Opinião com ressalva Opinião adversa

Impossibilidade de se obter evidênciade auditoria apropriada e suficiente Opinião com ressalva Abstenção de opinião

Responsabilidade do auditor

• A responsabilidade do auditor independente está voltada aosusuários em geral, atendidos pelas demonstrações contábeisdivulgadas, devendo sobre elas emitir opinião baseada nosPrincípios de Contabilidade.

Quando o auditor estiver prestando um serviçode auditoria ele passa a assumir aresponsabilidade por danos que venha a causarem função de sua atuação e da sua opiniãocomo profissional de auditoria.

• O auditor é o profissional que, possuindo competência legalcomo contador e conhecimentos em áreas correlatas, comotributos, modernas técnicas empresariais e outras aliadas aosconhecimentos de normas e procedimentos de auditoria,procurará obter elementos de satisfação que o levem afundamentar e a emitir sua opinião sobre as demonstraçõescontábeis auditadas.

• No exercício da profissão, os auditores podem serresponsabilizados por erros, falhas, omissões e/ou dolo quanto àveracidade e a forma com que realizam o trabalho e emitem asua opinião.

• Além de averiguar e detectar eventuais falhas nos sistemas decontrole e no plano de organização, o auditor se preocupatambém com a manutenção desses sistemas, de forma que asnão conformidades sejam minimizadas, atuando de maneirapreventiva e apresentando sugestões para eventuais desvios.

Devido a isto, as funções do auditor vãomuito além do tradicional conceito defiscalização.

• Segundo o parágrafo 2º do Artigo 26, da LEI Nº 6.385/76, asempresas de auditoria contábil e os auditores contábeisindependentes responderão pelos prejuízos que causarem aterceiros em virtude de culpa ou dolo no exercício de suasfunções.

• Legalmente a responsabilidade do auditor pode ser:Profissional: Nos casos de auditoria externa, no que diz respeitoà contratação dos serviços a serem prestados.Civil: No caso de informação incorreta no parecer do auditor eque venham a influenciar ou causar prejuízos a terceiros que seutilizem dessas informações.Criminal: No caso de omissão ou incorreção de opinião expressaem parecer de auditoria, configurada por dolo, e que venham ainfluenciar ou causar prejuízos a terceiros que se utilizem dessasinformações.

• Na carta de concordância com os termos do trabalho o auditordestaca sua responsabilidade da seguinte forma:

“Nosso exame será conduzido de acordo com as normasbrasileiras e internacionais de auditoria. Essas normasrequerem o cumprimento de requisitos éticos peloauditor. Como parte de uma auditoria realizada deacordo com as normas brasileiras e internacionais deauditoria, exercemos julgamento profissional, emantemos ceticismo profissional ao longo da auditoria”.Além disso:

a) Identificamos e avaliamos os riscos dedistorção relevante nas DCs,independentemente se causada porfraude ou erro, planejamos e executamosprocedimentos de auditoria em respostaa tais riscos, bem como obtemosevidência de auditoria apropriada esuficiente para fundamentar nossaopinião. O risco de não detecção dedistorção relevante resultante de fraude émaior do que o proveniente de erro, jáque a fraude pode envolver o ato deburlar os controles internos, conluio,falsificação, omissão ou representaçõesfalsas intencionais.

b) Obtemos entendimento doscontroles internos relevantes para aauditoria para planejarmosprocedimentos de auditoriaapropriados nas circunstâncias, masnão com o objetivo de expressarmosopinião sobre a eficácia dos controlesinternos da companhia. Entretanto,comunicaremos por escrito quaisquerdeficiências significativas no controleinterno relevantes para a auditoria dasdemonstrações contábeis queidentificarmos durante a auditoria.

• Independente do profissional que compor a equipe ou dosespecialistas utilizados e do curto tempo de trabalho, em regra aresponsabilidade por todas as ações executadas na auditoria quevenham embasar o relatório final é do auditor independenteresponsável pela auditoria.

Devido estas limitações, que sãoinerentes de auditoria, há um riscoinevitável de que algumas distorçõesrelevantes podem não ser detectadas,mesmo que a auditoria sejaadequadamente planejada e executadade acordo com as normas de auditoria.

Risco de auditoria 

• Quando houver participação relevante de outros auditoresindependentes no exame das demonstrações contábeis dascontroladas e/ ou coligadas, o auditor da controladora e/ouinvestidora deve destacar esse fato no seu relatório.

• A responsabilidade pelo relatório emitido é do outro auditorindependente, o que ele deve fazer é destacar que asdemonstrações contábeis das outras empresas do grupo, quepela relevância, influenciaram em sua opinião foram examinadaspor outro auditor independente; contudo não é normal incluir onome do profissional.

• Independentemente do grau de autonomia e de objetividade dafunção de auditoria interna, tal função não é independente daentidade, como é exigido do auditor independente quando eleexpressa uma opinião sobre as demonstrações contábeis.

Responsabilidade no trabalho do auditor interno

• O auditor independente assume integral responsabilidade pelaopinião de auditoria expressa e essa responsabilidade do auditorindependente não é reduzida pela utilização do trabalho feitopelos auditores internos.

• Antes de utilizar os trabalhos já executados pelo auditor internoou solicitar a execução de uma atividade, o auditor deve avaliar acompetência e o grau de profissionalismo do auditor interno.

Responsabilidade no trabalho de especialistas

• Especialista significa um indivíduo ou empresa que detenhahabilidades, conhecimento e experiência em áreas específicasnão relacionadas à contabilidade ou auditoria.

A especialização em área que não contabilidade ou auditoriapode incluir especialização relacionada a assuntos como:

avaliação de instrumentos financeiros complexos, terrenos eedifícios, instalações fabris e máquinas, jóias, peças de arte,antiguidades, ativos intangíveis, ativos adquiridos e passivosassumidos em combinação de negócios, e ativos quepossivelmente apresentem problemas de perdas no valorrecuperável;

• cálculo atuarial referente a contratos de seguro ou planos debenefícios a empregados;

• estimativa de reservas de petróleo e gás;• avaliação de responsabilidade ambiental, e custos de limpeza delocais;

• interpretação de contratos, leis e regulamentos;• análise de assuntos complexos ou não usais de natureza fiscal.

Um especialista pode ser:

• Do auditor, ou• Da administração auditada.

• Especialista do auditor é uma pessoa ou organização comespecialização em área que não contabilidade ou auditoria,contratado pelo auditor, cujo trabalho nessa área é utilizado peloauditor para ajudá‐lo a obter evidência de auditoria suficiente eapropriada.

• O especialista do auditor pode ser interno (um sócio ou umapessoa que faz parte da equipe) ou externo.

• Especialista da administração é uma pessoa ou organização comespecialização em área que não contabilidade ou auditoria,contratado pela administração, em que o trabalho nessa área éusado pela entidade para ajudá‐la na elaboração dasdemonstrações contábeis.

• Um exemplo bastante comum no Brasil é a utilização de atuáriopela administração de uma seguradora ou de um fundo depensão para estimar certas provisões.

• O auditor é o único responsável por expressar opinião deauditoria e essa responsabilidade não é reduzida pela utilizaçãodo trabalho de especialista contratado.

• Quando foi utilizado um especialista da administração naelaboração das demonstrações contábeis, a decisão do auditorsobre a utilização de especialista do auditor será influenciada porfatores como:se o especialista é empregado da entidade ou é contratado paraprestar serviços relevantes;até que ponto a administração pode exercer influência sobre otrabalho do especialista.

• A responsabilidade quanto à qualidade e propriedade dasanálises e métodos utilizados é do especialista. Entretanto, oauditor independente deve compreender as metodologiasutilizadas para poder avaliar se, baseado no seu conhecimentoda entidade auditada e nos resultados de outros procedimentosde auditoria, são adequados às circunstâncias.

• Se o auditor fizer referência ao trabalho de especialista doauditor em seu relatório porque essa referência é relevante parao entendimento de ressalva ou outra modificação na sua opinião,o auditor deve indicar no relatório que essa referência não reduza sua responsabilidade por essa opinião.

Responsabilidade do auditorem relação à fraude

NBCTA 240 R1 – 19/08/16 ‐ Responsabilidadedo auditor em relação à fraude

• O auditor é responsável pela obtenção de segurança razoável de queas demonstrações contábeis, consideradas como um todo, estãolivres de distorção relevante, independentemente se causada porfraude ou erro.

A responsabilidade pela prevenção edetecção da fraude é dos responsáveispela governança da entidade e da suaadministração.

Devido às limitações inerentesda auditoria, há um riscoinevitável de que algumasdistorções relevantes podemnão ser detectadas, apesar de aauditoria ser devidamenteplanejada e realizada de acordocom as normas de auditoria

• As distorções nas demonstrações contábeis podem originar‐se defraude ou erro. O fator distintivo entre fraude e erro está no fato deser intencional ou não intencional a ação subjacente que resulta emdistorção nas demonstrações contábeis.

Distorção é a diferença entre o valor, a classificação,a apresentação ou a divulgação de umademonstração contábil relatada e o valor, aclassificação, a apresentação ou a divulgação que éexigida para que o item esteja de acordo com aestrutura de relatório financeiro aplicável.

Fraude é o ato intencionalde um ou mais indivíduosda administração, dosresponsáveis pelagovernança, empregadosou terceiros, que envolvadolo para obtenção devantagem injusta ou ilegal.

• Embora a fraude constitua um conceito jurídico amplo, para efeitosdas normas de auditoria, o auditor está preocupado com a fraude quecausa distorção relevante nas demonstrações contábeis.

• Apesar de o auditor poder suspeitar ou, em raros casos, identificar aocorrência de fraude, ele não estabelece juridicamente se realmenteocorreu fraude e nem quem são os responsáveis.

• Os objetivos do auditor são:a) identificar e avaliar os riscos de distorção relevante nasdemonstrações contábeis decorrente de fraude;b) obter evidências de auditoria suficientes e apropriadas sobre osriscos identificados de distorção relevante decorrente de fraude, pormeio da definição e implantação de respostas apropriadas; ec) responder adequadamente face à fraude ou à suspeita de fraudesidentificada durante a auditoria.

• A não ser que existam razões para crer o contrário, o auditor deveaceitar os registros e os documentos como legítimos, contudo eledeve manter postura de ceticismo profissional durante a auditoria,reconhecendo a possibilidade de existir distorção relevantedecorrente de fraude.

Manter ceticismo profissionalrequer um contínuoquestionamento sobre se ainformação e a evidência deauditoria obtidas sugerem apossibilidade de distorção relevantedecorrente de fraude.

• A capacidade do auditor de detectar uma fraude depende de fatorescomo a habilidade do perpetrador, a frequência e a extensão damanipulação, o grau de conluio, a dimensão relativa dos valoresindividuais manipulados e a posição dos indivíduos envolvidos.

• O auditor deve entender que o risco de não ser detectada umadistorção relevante decorrente de fraude é mais alto do que o riscode não ser detectada uma fraude decorrente de erro.

• Isso porque a fraude pode envolver esquemas sofisticados ecuidadosamente organizados, destinados a ocultá‐la, tais comofalsificação, omissão deliberada no registro de operações ouprestação intencional de falsas representações ao auditor.

• Além disso, o risco do auditor não detectar uma distorção relevantedecorrente de fraude da administração é maior do que no caso defraude cometida por empregados, porque a administraçãofrequentemente tem condições de manipular, direta ouindiretamente, os registros contábeis, apresentar informaçõescontábeis fraudulentas ou burlar procedimentos de controledestinados a prevenir fraudes semelhantes, cometidas por outrosempregados.

• Contabilmente são analisados dois tipos de fraude relevantes:

a) Informações contábeis fraudulentas; e 

b) Apropriação indevida de ativos. 

Informações contábeis fraudulentas• É a fraude que esta relacionada com:a) Manipulação, falsificação ou alteração de registros ou

documentos, de modo a modificar os registros de ativos,passivos e resultados;

b) Supressão ou omissão de transações nos registros contábeis;c) Aplicação de práticas contábeis indevidas.

• A administração pode perpetrar fraude, burlando controlesintencionalmente por meio de técnicas como:Registrar lançamentos fictícios no livro diário, em especial no final doperíodo contábil, de forma a manipular resultados operacionais oualcançar outros objetivos.Ajustar indevidamente as premissas e alterar os julgamentosutilizados para estimar saldos contábeis.Omitir, antecipar ou atrasar o reconhecimento, nas demonstraçõescontábeis, de eventos e operações que tenham ocorrido durante operíodo das demonstrações contábeis que estão sendo apresentadas.

Omitir, dificultar ou deturpar divulgações requeridas pela estruturade relatório financeiro aplicável ou divulgações que são necessáriaspara a apresentação adequada.Encobrir fatos que possam afetar os valores registrados nasdemonstrações contábeis.Contratar operações complexas, que são estruturadas para refletirerroneamente a situação patrimonial ou o desempenho da entidade.Alterar registros e condições relacionados a operações significativas enão usuais.

Apropriação indevida de ativos

• É a fraude relacionada com o desvio e furto de bens do patrimônio daempresa.

A apropriação indevida de ativos envolve o roubo de ativosda entidade e, muitas vezes, é perpetrada por empregadosem valores relativamente pequenos e irrelevantes.Entretanto, também pode envolver a administração, quegeralmente tem mais possibilidades de disfarçar ou ocultar aapropriação indevida, de forma difícil de detectar.

• A apropriação indevida de ativos pode ser conseguida de várias formas,incluindo: Fraudar documentos (por exemplo, apropriando‐se de valores cobrados oudesviando valores recebidos relativos a contas já baixadas para as suas contasbancárias pessoais). Furtar ativos físicos ou propriedade intelectual (por exemplo, furtar estoquespara uso pessoal ou venda, roubar sucata para revenda, entrar em conluiocom concorrentes para repassar dados tecnológicos em troca de dinheiro). Fazer a entidade pagar por produtos e serviços não recebidos (por exemplo,pagamentos a fornecedores fictícios, propina paga por fornecedores aoscompradores da entidade em troca de preços inflacionados, pagamentos aempregados fictícios). Utilizar ativos da entidade para uso pessoal (por exemplo, usar ativos daentidade como garantia de empréstimo pessoal ou a parte relacionada).

• A fraude, seja na forma de informações contábeis fraudulentas ou deapropriação indevida de ativos, envolve o incentivo ou a pressão paraque ela seja cometida, uma oportunidade percebida para tal e algumaracionalidade (ou seja, dar razoabilidade a algo falso) do ato.

• Para cada um destes tipos de fraude, os fatores de risco sãoclassificados ainda com base nas três condições geralmente presentesquando ocorrem distorções relevantes decorrentes de fraude:a) incentivos/pressões b) oportunidades, e c) atitudes/racionalizações.

• Pode existir incentivo ou pressão para a informação financeirafraudulenta quando a administração sofre pressão, de fontes externasou internas, para alcançar metas de ganhos ou resultados financeirosprevistos (e talvez irrealistas) – em especial porque as consequênciasdo insucesso no cumprimento dos objetivos financeiros para aadministração podem ser significativas.

• Do mesmo modo, os indivíduos podem ter um incentivo para seapropriarem de ativos porque, por exemplo, estão vivendo além desuas possibilidades.

• Pode haver uma oportunidade percebida de perpetrar uma fraudequando um indivíduo acredita que o controle interno pode serburlado, por exemplo, porque ele ocupa um cargo de confiança outem conhecimento de deficiências específicas no controle interno.

• Os indivíduos podem ser capazes de racionalizar e perpetrar um atofraudulento.

• Algumas pessoas têm uma postura, caráter ou valores éticos que oslevam a perpetrar um ato desonesto de forma consciente eintencional.

• Entretanto, mesmo indivíduos normalmente honestos podemperpetrar uma fraude em ambiente em que sejam suficientementepressionados

• Ao aplicar os procedimentos de avaliação de risco e atividades relacionadaspara conhecer a entidade e o seu ambiente, inclusive o seu controle interno, oauditor dever fazer indagações à administração relacionadas com:

a) avaliação pela administração do risco de que as demonstrações contábeiscontenham distorções relevantes decorrente de fraudes, inclusive a natureza,extensão e frequência de tais avaliações;b) o processo da administração para identificar e responder aos riscos de fraudena entidade;c) comunicação da administração, se houver, aos responsáveis pela governançaem relação aos processos de identificação e resposta aos riscos de fraude naentidade;d) comunicação da administração, se houver, aos empregados em relação àssuas visões sobre práticas de negócios e comportamento ético.

• Quando identificar suspeitas de fraudes o auditor deve aplicar as respostas,que podem ser: Visitar locais ou executar certos testes de surpresa, sem anúncio prévio. Porexemplo, observar o estoque em locais onde a presença do auditor não foipreviamente anunciada, efetuar contagem de caixa em data não anunciada. Solicitar que os estoques sejam contados no fim do período sob exame ou emdata próxima do fim do período. Alterar a abordagem da auditoria no ano corrente. Por exemplo, entrar emcontato com clientes e fornecedores importantes, verbalmente, além deenviar confirmação escrita, enviar solicitações de confirmação a uma parteespecífica na organização ou buscar informações adicionais e diferentes. Executar uma revisão detalhada dos lançamentos de ajuste de fim de trimestreou fim de exercício e investigar qualquer um que pareça não usual quanto ànatureza ou valor.

Para transações significativas e não usuais, particularmente as ocorridas no fim ou pertodo fim do período sob exame, investigar a possibilidade de envolverem partesrelacionadas e as fontes dos recursos financeiros que sustentam as transações.

Executar procedimentos analíticos substantivos usando dados não agregados. Porexemplo, comparar vendas e custo de vendas por local, linha de negócio ou mês com asexpectativas desenvolvidas pelo auditor.

Quando outros auditores independentes estão auditando as demonstrações contábeisde uma ou mais subsidiárias, divisões ou filiais, discutir com eles a extensão do trabalhonecessário a ser executado para enfrentar o risco decorrente de fraude originária detransações entre estes componentes.

Se o trabalho de especialista torna‐se particularmente significativo, executarprocedimentos adicionais relativos a algumas ou todas as premissas, métodos oudescobertas do especialista para determinar que as descobertas são razoáveis ouenvolver outro especialista para atingir esse propósito.

Executar procedimentos de auditoria para analisar contas de abertura nosbalanços das demonstrações contábeis auditadas anteriormente para avaliar,com o benefício da visão em retrospecto, como foram solucionados certosassuntos envolvendo estimativas contábeis e julgamentos, por exemplo, umaprovisão para devolução de mercadorias. Executar procedimentos em contas ou outras conciliações elaboradas pelaentidade, considerando inclusive conciliações realizadas em períodosintermediários. Aplicar técnicas assistidas por computador, como prospecção de dados paratestes em busca de anomalias em uma população. Testar a integridade de registros e operações processados em sistemacomputadorizado. Buscar evidências de auditoria adicionais em fontes fora da entidade sendoauditada.

• Caso o auditor tenha identificado uma fraude ou obtido informaçõesque indiquem a possibilidade de fraude, ele deve comunicar estesassuntos tempestivamente a pessoa de nível apropriado daadministração que têm a responsabilidade primordial de prevenir edetectar fraude em assuntos relevantes no âmbito de suasresponsabilidades

A determinação de qual nível daadministração é o apropriado é questãode julgamento profissional e é afetadapor fatores como a probabilidade deconluio e a natureza e magnitude dasuspeita de fraude.

• Se, como resultado de uma distorção decorrente de fraude oususpeita de fraude, o auditor encontrar circunstâncias excepcionaisque coloquem em dúvida sua capacidade de continuar a realizar aauditoria, este deve:

a) determinar as responsabilidades profissionais e legais aplicáveis àsituação, inclusive se é necessário ou não o auditor informar àpessoa ou pessoas que aprovaram a contratação da auditoria ou,em alguns casos, às autoridades reguladoras. No Brasil, existemobrigações determinadas pelas autoridades reguladoras;

b) considerar se seria apropriado o auditor retirar‐se do trabalho,quando essa saída for possível conforme a lei ou regulamentaçãoaplicável; e

c) caso o auditor se retire:

i) discutir com pessoa no nível apropriado da administração e comos responsáveis pela governança a saída do auditor do trabalho eas razões para a interrupção; e

ii) determinar se existe exigência profissional ou legal decomunicar a retirada do auditor do trabalho e as razões da saída àpessoa ou pessoas que contrataram a auditoria ou, em algunscasos, às autoridades reguladoras.

• O dever profissional do auditor de manter a confidencialidade dasinformações do cliente pode impedir que ele relate a fraude a umaparte fora da entidade cliente. Contudo, a responsabilidade legal doauditor e, em certas circunstâncias, o dever de confidencialidadepode ser passado por cima por estatuto, lei ou tribunais de direito.

No Brasil, o auditor de instituição financeira e deempresas de capital aberto tem o dever de relatar aocorrência de fraude as autoridades de supervisão.Em outros segmentos o auditor também tem dever derelatar distorções nos casos em que a administração eos responsáveis pela governança deixam de adotarações corretivas.

Princípios éticos

NORMA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE –NBC PG 100, DE 24 DE JANEIRO DE 2014

• Uma marca característica da profissão contábil é a aceitação daresponsabilidade de agir no interesse público. Portanto, aresponsabilidade do profissional da contabilidade não éexclusivamente satisfazer as necessidades do contratante.

• Ao agir no interesse público, o profissional da contabilidade deveobservar e cumprir os princípios éticos da profissão contábil.

Profissão contábil é a atividade que requerhabilidades contábeis ou relacionadasempreendidas por profissional da contabilidade,incluindo contabilidade, auditoria, tributação,consultoria empresarial e financeira.

• A ética profissional dos profissionais de contabilidade nada mais éque uma divisão especial da ética geral e nela o profissionalrecebe normas específicas de conduta em questões que refletemresponsabilidades para com a sociedade, com a organização aque pertence e com outros membros de sua profissão, assimcomo para com a própria pessoa.

Desta forma, no desenvolvimento de seu trabalho oauditor, deve ter sempre presente que, se obriga aproteger os interesses da sociedade, respeitar as normasde conduta que regem os profissionais de auditoria, nãopodendo valer‐se da função em benefício próprio ou deterceiros.

• O que um contabilista faz, individualmente, sendo ou nãouma atitude típica dos profissionais em geral, às vezes é aúnica coisa que chama a atenção da organização, do públicoou mesmo de comunidades inteiras. Assim a profissão, comoum todo, pode ser julgada pelas atitudes de um únicoprofissional.

• O profissional da contabilidade deve cumprir os seguintesprincípios éticos:IntegridadeObjetividadeCompetência e zelo profissionalConfidencialidadeConduta profissional

• Integridade – ser franco e honesto em todos os relacionamentosprofissionais e comerciais.

O princípio de integridade impõe aobrigação de ser direto e honesto emtodos os relacionamentos profissionais ecomerciais. Integridade implica,também, negociação justa e veracidade.

• O contabilista não deve conscientemente participar dos relatórios,documentos, comunicações ou outras informações nas quais eleacredita que as informações:

a) contêm declaração materialmente falsa ou enganosa;b) omitem ou ocultam informações que devem ser incluídas em casos em que essa omissão ou ocultação seja enganosa.• Quando o profissional da contabilidade tomar ciência de que esteveassociado com essas informações, ele deve tomar providências paradesvincular‐se dessas informações.

• Objetividade – não permitir que comportamento tendencioso,conflito de interesse ou influência indevida de outros afetem ojulgamento profissional ou de negócio.

O princípio da objetividade impõe aobrigação de o profissional nãocomprometer seu julgamentoprofissional em decorrência decomportamento tendencioso, conflito deinteresse ou influência indevida deoutros.

• O profissional da contabilidade pode ser exposto a situações quepodem prejudicar a objetividade.

• É impraticável definir e avaliar todas essas situações.• O profissional da contabilidade não deve prestar um serviçoprofissional se uma circunstância ou relacionamento distorceremou influenciarem o seu julgamento profissional com relação aesse serviço.

• Competência profissional e devido zelo – manter oconhecimento e a habilidade profissionais no nível necessáriopara assegurar que o cliente ou empregador receba serviçosprofissionais competentes com base em acontecimentos atuaisreferentes à prática, legislação e técnicas, e agir diligentemente ede acordo com as normas técnicas e profissionais aplicáveis.

• A prestação de serviço profissional adequado requer o exercíciode julgamento fundamentado ao aplicar o conhecimento e ahabilidade profissionais na prestação desse serviço.

• A competência profissional pode ser dividida em duas fasesdistintas:

a) atingir a competência profissional; eb) manter a competência profissional.

• Sigilo profissional – respeitar o sigilo das informações obtidasem decorrência de relacionamentos profissionais e comerciais e,portanto, não divulgar nenhuma dessas informações a terceiros,a menos que haja algum direito ou dever legal ou profissional dedivulgação, nem usar as informações para obtenção de vantagempessoal ilícita pelo auditor ou por terceiros.

• O princípio do sigilo profissional impõe a todos os profissionaisda contabilidade a obrigação de abster‐se de:

a) divulgar fora da firma ou da organização empregadorainformações sigilosas obtidas em decorrência de relacionamentosprofissionais e comerciais, sem estar prévia e especificamenteautorizado pelo cliente, por escrito, a menos que haja um direitoou dever legal ou profissional de divulgação; eb) usar, para si ou para outrem, informações obtidas emdecorrência de relacionamentos profissionais e comerciais paraobtenção de vantagem pessoal.

• O profissional da contabilidade deve tomar as providênciasadequadas para assegurar que o pessoal da sua equipe detrabalho, assim como as pessoas das quais são obtidas assessoriae assistência, também, respeitem o dever de sigilo do profissionalda contabilidade.

• A seguir, são apresentadas circunstâncias nas quais oscontabilistas são ou podem ser solicitados a divulgar informaçõesconfidenciais ou nas quais essa divulgação pode ser apropriada:

a) a divulgação é permitida por lei e autorizada pelo cliente ouempregador, por escrito;b) a divulgação é exigida por lei;c) há dever ou direito profissional de divulgação, quando nãoproibido por lei.

• Comportamento profissional – cumprir as leis e os regulamentospertinentes e evitar qualquer ação que desacredite a profissão.

O princípio do comportamentoprofissional impõe a todos oscontabilistas a obrigação de cumprir asleis e os regulamentos pertinentes eevitar qualquer ação que o profissionalda contabilidade sabe ou deveria saberpossa desacreditar a profissão.

• Na divulgação comercial das pessoas e na promoção do seutrabalho, os profissionais da contabilidade não devemdesprestigiar a profissão.

• Os profissionais da contabilidade devem ser honestos everdadeiros e:

a) não fazer declarações exageradas sobre os serviços que podemoferecer, as qualificações que têm ou a experiência que obtiveram;oub) não fazer referências depreciativas ou comparações infundadascom o trabalho de outros profissionais da contabilidade.

• No decorrer de seus trabalhos o profissional deve:a) identificar ameaças ao cumprimento dos princípios éticos;b) avaliar a importância das ameaças identificadas; ec) aplicar salvaguardas, quando necessário, para eliminar asameaças ou reduzi‐las a um nível aceitável.

As salvaguardas são necessárias quandoas ameaças não comprometem ocumprimento dos princípios éticos.

• Ameaças podem ser criadas por ampla gama de relações ecircunstâncias.

• Quando um relacionamento ou circunstância cria uma ameaça,essa ameaça pode comprometer o cumprimento dos princípioséticos por profissional da contabilidade.

As ameaças se enquadram em pelo menos uma dascategorias a seguir:

a) ameaça de interesse próprio é a ameaça de que uminteresse financeiro ou outro interesse influenciará de forma nãoapropriada o julgamento ou o comportamento do profissional dacontabilidade;

b) ameaça de autorrevisão é a ameaça de que o profissional dacontabilidade não avaliará apropriadamente os resultados dejulgamento dado ou serviço prestado anteriormente por ele, oupor outra pessoa física ou jurídica a ele ligada direta ouindiretamente, na qual o profissional da contabilidade confia paraformar um julgamento como parte da prestação do serviço;

c) ameaça de defesa de interesse do cliente é a ameaça de que oprofissional da contabilidade promoverá ou defenderá a posição deseu cliente ou empregador a ponto em que a sua objetividade fiquecomprometida;

d) ameaça de familiaridade é a ameaça, devido a relacionamentolongo ou próximo com o cliente ou empregador, de o profissionalda contabilidade tornar‐se solidário aos interesses dele ou aceitarseu trabalho sem muito questionamento; e

e) ameaça de intimidação é a ameaça de que o profissional dacontabilidade será dissuadido de agir objetivamente emdecorrência de pressões reais ou aparentes, incluindo tentativasde exercer influência indevida sobre o profissional dacontabilidade.

• Quando identificar ameaças ao cumprimento dos princípioséticos o contabilista deve avaliar se as salvaguardas apropriadasestão disponíveis e podem ser aplicadas para eliminar asameaças ou reduzi‐las a um nível aceitável.

• As salvaguardas incluem:a) requisitos educacionais, de treinamento e de experiência paraingressar na profissão;b) requisitos de desenvolvimento profissional contínuo;c) regulamentos de governança corporativa;d) normas profissionais;e)monitoramento profissional ou regulatório e procedimentosdisciplinares;f) revisão externa por terceiro, legalmente autorizado, dosrelatórios, de documentos, das comunicações ou das informaçõesproduzidas.

A análise gerencial visa mostrar, com base nos dados e informaçõescontábeis, a posição econômico‐financeiro‐patrimonial atual daempresa, a fim de que os interessados possam tomar as decisõesnecessárias.

521

A análise está voltada para um examedos dados apresentados nasdemonstrações contábeis, bem comoinformações sobre os fatores internos eexternos que afetam financeira eeconomicamente a empresa.

Fato contábil

Registro nos livros

Balancete de verificação

DemonstraçõesContábeis 

Análise dos 

dados

Informação para 

decisão

SEQUÊNCIA DO PROCESSO CONTÁBIL PARA A ANÁLISE

• Objetivo da contabilidade é:“Fornecer informação de natureza econômica, financeira, operacional esocial, que seja útil aos usuários internos e externos”.

Os usuários podem ser internos ou externos e com interessesdiversificados, razão pela qual as informações geradas pela Entidadedevem ser amplas e fidedignas e suficientes para a avaliação da suasituação patrimonial e das mutações sofridas pelo seu patrimônio,permitindo a realização de inferências sobre o seu futuro.

• Os usuários internos incluem os administradores de todos os níveis, queusualmente se valem de informações mais aprofundadas e específicasacerca da Entidade, notadamente aquelas relativas ao seu ciclooperacional.

• Já os usuários externos concentram suas atenções, de forma geral, emaspectos mais genéricos, expressos nas demonstrações contábeis.

Usuários das informações

InternosContabilidade Gerencial

Relatórios próprios

Alta administraçãoTomadores de decisão 

operacional

ExternosContabilidade financeiraDemonstrações Contábeis 

Primários Aplicam dinheiro

SecundáriosOperacional 

.

Os dados contábeis da empresa estãoapresentados nas Demonstrações Contábeis

Dado: números que isoladamente não provocamnenhuma reação ao leitor.Informação: uma comunicação que pode produzirreação ou decisão.

• A principal finalidade da análise é dar informações para as pessoasinteressadas, referentes à:

1) Demonstrar a atratividade de investimentos em ações;2) Facilitar a concessão de créditos;3) Demonstrar a capacidade de pagar suas dívidas; solvência daempresa;

4) Apresentar a rentabilidade da empresa;5) Destacar a política financeira da empresa.

527

• O processo como um todo é dividido em algumas fase, sendo que asprincipais são:

a) Coleta da informaçãob) Preparação dos demonstrativosc) Processamento das fórmulasd) Análise dos resultadose) Conclusão da análise (informação)

528

• COLETA DAS INFORMAÇÕES: obtenção das informações nasDemonstrações além de outros dados sobre mercado de atuação daempresa, seus produtos, seu nível tecnológico, seus administradorese seus proprietários, bem como sobre o grupo a que a empresapertence, entre outras.

• Normalmente, a análise trabalha com informações que superam oconjunto das demonstrações contábeis são vários os relatórios quepodem servir de base, como por exemplo:

situação financeira e relação de débitos e créditos  desempenho econômico e financeiro potencial econômico da empresa  efetividade administrativa e operacional  relação entre obtenção e aplicação de recursos  programa de gerenciamento de risco.

• PREPARAÇÃO DO MATERIAL: fase de padronização e reclassificaçãodas demonstrações financeiras para adequá‐las aos padrõesnecessários para a análise.

• Padronizar as demonstrações financeiras para análise significa fazeruma crítica às contas e transferi‐las quando necessário para outrosgrupos de contas ou apenas adicionar o saldo de várias contas quetêm o mesmo significado para a análise.

• Principais contas que devem ser ajustadas:

a) Despesa antecipada ‐ conta do ativo ‐ indica despesa que já foi pagacontudo ainda não foi realizada economicamente, deve ser apresentadacomo redutora no Patrimônio Líquido.

b) Receita antecipada ‐ conta do passivo , representa o resultado deganhos que serão realizados em exercícios futuros; deve ser somada noPatrimônio Líquido.

• PROCESSAMENTO DOS DADOS APRESENTADOS: Processamento dasinformações e emissão de relatório no formato estabelecido peloanalista. Normalmente, este processo é feito através deprocessamento eletrônico de dados.

• ANÁLISE: fase de análise dos dados disponíveis, compreendendo aconsistência das informações, a observação das tendênciasapresentadas pelos indicadores obtidos por meio das fórmulas deanálise.

• CONCLUSÃO: consiste em identificar, ordenar, destacar e escreversobre os principais pontos observados.

• Nesta fase o analista expressa sua opinião em linguagem simples,clara e consistente, de modo que qualquer usuário da análise possatomar decisão sobre a mesma.

• A análise das demonstrações contábeis normalmente é dividida emduas categorias distintas:a) Financeirab) Econômica

535

a) Análise Financeirapossibilita a interpretação dasaúde financeira daempresa, seu grau deliquidez e capacidade desolvência.Esta relacionada com ascontas patrimoniais.

b) Análise Econômicapossibilita a interpretaçãodas variações dopatrimônio e da riquezagerada por suamovimentação.Esta relacionada com ascontas de resultado.

• A análise da situação econômica e financeira possibilitará aosadministradores, empresários, investidores e credores avaliarem oacerto da gestão econômico‐financeira, a necessidade de correçãonessa gestão, o retorno e segurança dos investimentos, a garantia doscapitais emprestados e o retorno nos prazos estabelecidos.

Estrutura

Vertical

Participação

Evolução

Horizontal

Variação 

Quocientes 

Índices 

Relação 

MÉTODOS DE ANÁLISE

ANÁLISE DE ESTRUTURA  OU VERTICAL

• Mede a porcentagem de cada componente de um grupo em relação aototal, demonstrando a sua importância na composição do grupo.

• Tem por finalidade evidenciar a participação relativa de cada elementodo conjunto em relação ao total absoluto apresentado em umademonstração.

539

• A análise vertical mostra a importância de cada conta nademonstração através de um cálculo do percentual que cadaelemento ocupa em relação ao conjunto.

Ativo Valor  x1 AV x1 Valor x2 AV x2

AC  400.000 20% 500.000 27.8%Disponível  50.000 2.5% 150.000 8.4%

Créditos 100.000 5% 250.000 13.8%

Estoques  250.000 12.5% 100.000 5.6%

ANC 1.600.000 80% 1.300.000 72.2%Realizável a LP  200.000 10% 250.000 13.9%

Investimentos 500.000 25% 600.000 33.3%

Imobilizado  900.000 45% 450.000 25%

Total  2.000.000 100% 1.800.000 100%

Contas  Valor x1  AV x1 Valor x2 AV x2RBV 100.000. 100% 120.000 100%Deduções (35.000.) 35% (30.000) 25%

(=) RLV 65.000. 65% 90.000 75%

(‐) CMV (30.000.) 30% (30.000) 25%

(=) LOB 35.000. 35% 60.000 50%

(‐) Desp. OP (25.000.) 25% (30.000) 25%

(+) Rec. OP 10.000. 10% 6.000 5%

(=) LOL 20.000. 20% 36.000 30%

(‐) Outras Desp. (4.000.) 4% (6.000) 5%

(+) Outras Rec. 10.000. 10% 0 0

(=) LACSIR 26.000. 26% 30.000 25%

(‐) CSLL/IR 8.000. 8% (10.000) 8.3%

(=) LAP  18.0000. 18% 20.000 16.7%

ANÁLISE HORIZONTAL OU DE  EVOLUÇÃO

• Apresenta a comparação feita entre valores da mesma conta ougrupo de contas, em diferentes exercícios sociais.

• A finalidade principal da análise horizontal é apontar a variação deitens das Demonstrações Contábeis através de períodos, a fim decaracterizar tendências.

543

Objetiva demonstrar a evolução do saldoda conta ao longo do tempo, por isto éconhecida como análise temporal, combase em números índices.

• Este tipo de análise possibilita o acompanhamento do desempenhode uma das contas que compõem a demonstração, apresentando sehouve aumento ou diminuição do seu valor. Serve para analisaríndices futuros, seguindo uma evolução normal das contas e porconsequência é fundamental para o estudo de tendências.

• Para se fazer a análise horizontal deve‐se indicar um número índice,que consiste em escolher um exercício como base, atribuindo aos seusvalores o percentual de 100 % .

• A partir desse exercício se calcula os demais valores dos outrosexercícios por meio de regra de três.

545

Ativo Valor  x1 AH x1 Valor x2 AH x2

AC  400.000 100% 500.000 125%Disponível  50.000 100% 150.000 300%

Créditos 100.000 100% 250.000 250%

Estoques  250.000 100% 100.000 40%

ANC 1.600.000 100% 1.300.000 81.25%Realizável a LP  200.000 100% 250.000 125%

Investimentos 500.000 100% 600.000 120%

Imobilizado  900.000 100% 450.000 50%

Total  2.000.000 100% 1.800.000 90%

Contas  Valor x1  AH x1 Valor x2 AH x2RBV 100.000 100% 120.000 120%Deduções (35.000) 100% (30.000) 85.7%

(=) RLV 65.000 100% 90.000 138.8%

(‐) CMV (30.000) 100% (30.000) 100%

(=) LOB 35.000 100% 60.000 171%

(‐) Desp. OP (25.000) 100% (30.000) 120%

(+) Rec. OP 10.000 100% 6.000 60%

(=) LOL 20.000 100% 36.000 180%

(‐) Outras Desp. (4.000) 100% (6.000) 150%

(+) Outras Rec. 10.000 100% 0 0

(=) LACSIR 26.000 100% 30.000 115%

(‐) CSLL/IR 8.000 100% (10.000) 125%

(=) LAP  18.000 100% 20.000 111%

• Na análise horizontal para apresentar a variação REAL é necessárioexcluir o efeito da inflação nos valores que serão analisados.

• Se não for retirado o impacto da inflação a análise é denominada deNOMINAL.

ATENÇÃO

• Exemplo:• A conta despesa com salários apresentou em 2017 o montante de$100.000 e em 2018 o total de $250.000, a inflação do período foi de10%.

• De forma simples bastaria fazer uma regra de três e apurarnominalmente a variação da seguinte forma:

100.000 – 100%250.000 – x%X = 250%

Nominalmente houve uma variação de 150%.

• Entretanto, como teve a inflação de 10% este crescimento não é oreal. Assim, devemos ajustar o valor de 2018 retirando dele o impactoda inflação.

Valor real = 250.000/1(1 + i)Valor real = 250.000/1,1Valor real = 227,27

Desta forma o crescimento real foi de 127,27%.

ANÁLISE POR QUOCIENTES OU ÍNDICES

• É feita por meio de índices extraídos das demonstrações contábeisnuma mesma época, para que se possa avaliar e comparar oresultado da empresa com os índices das concorrentes.

• É o processo de análise mais utilizado porque oferece uma visãoglobal da situação econômica/financeira da empresa.

553

• Sempre que se trabalhar com indicadores, é importante entenderque não existe o melhor indicador, mas sim o indicador maisadequado para cada situação e para cada informação a ser analisadae comparada.

ATENÇÃO

• Os principais índices são:a) Índices de estrutura ou endividamento.b) Índices de liquidez ou solvência. c) Índices de prazos médios.d) Índices de rentabilidade e lucratividade.

555

A análise das demonstrações contábeis por índices consiste naconfrontação entre os diversos grupos ou contas patrimoniais e deresultado de forma que se estabeleça uma relação lógica quepossibilite a mensuração da situação econômica e financeira daempresa.

ÍNDICES DE ESTRUTUTRA / ENDIVIDAMENTO

• Permitem identificar, de forma estática, o total dos ativos (aplicaçõesde recursos) possuídos pela entidade, bem como o total do passivo(origens de recursos) que financiam aqueles ativos.

• Os recursos representados pelos passivos podem originar‐se deterceiros, passivos exigíveis; ou são próprios, patrimônio líquido, jáque são passivos não exigíveis.

558

• Estes índices relacionam as fontes de fundos (ativos e passivos) entresi, procurando retratar a posição relativa do capital próprio comrelação ao capital de terceiros.

• São quocientes de muita importância, pois indicam a relação dedependência da empresa no que se refere ao capital de terceiros,pois são indicadores sobre a composição e a aplicação dos recursosda empresa.

• No Balanço Patrimonial o lado do passivo mostra a origem do capitalque está a disposição da empresa, enquanto o ativo apresenta ondeeste capital foi aplicado.

• Assim, com o confronto entre capital próprio e capital de terceirosteremos condições de saber quem investiu mais na empresa, osproprietários ou terceiros.

Balanço PatrimonialAtivo CirculanteDisponível CréditosEstoquesDespesas antecipadasAtivo não CirculanteRealizável a longo prazoInvestimentoImobilizadoDiferido

Passivo CirculanteExigível de curto prazo

Passivo Não CirculanteExigível de longo prazo

Patrimônio LíquidoCapital próprio

• Evidenciam o grau de endividamento da empresa em decorrência daorigem do capital investido no patrimônio. Mostram a proporçãoexistente entre o capital próprio e o capital de terceiros.

• Visam auxiliar nas decisões financeiras em termos de origem eaplicação de recursos e, principalmente, como se encontra o nível deendividamento, permitindo assim identificar, de forma estática, ototal dos ativos (aplicações de recursos) possuídos pela entidade,bem como o total do passivo (origens de recursos) que financiamaqueles ativos.

Endividamento Geral•Mostra como a proporção de como se encontra o endividamentoda empresa, em relação ao ativo total.

“Quanto menor, melhor”

562

Endividamento =  PC + PNCATIVO

Quando este índice for MAIOR que 1 é sinal que a empresa esta com o seupassivo a descoberto, apresentando uma situação patrimonial negativa.

Participação de capital de terceiros • Este quociente revela qual a proporção existente entre capital de

terceiros e capital próprio, isto é, quanto a empresa está utilizandode capital de terceiro para cada real próprio.

“Quanto menor, melhor”

563

PCT   =   PC + PNCPL

Composição de endividamento • Revela qual a proporção existente entre as obrigações de curtoprazo em relação às obrigações totais. Quanto a empresa terá depagar em curto prazo para cada real do total das obrigações.

“Quanto menor, melhor”

564

CE     =   PC__               PC + PNC

Índice de solvência geral• Este índice mostra a capacidade de pagamento da empresatomando como base o seu ativo total.

“Quanto maior, melhor”.

565

Solvência =     Ativo totalPC + PNC

Quando este índice for MENOR que 1 é sinal que a empresa estacom o seu passivo a descoberto, apresentando uma situaçãopatrimonial negativa.

Imobilização do Patrimônio Líquido• Este quociente revela qual a parcela do Patrimônio Líquido foi

utilizada para financiar a compra do ativo NÃO CIRCULANTE –investimentos, imobilizado e intangível, isto é, quanto a empresaimobilizou no seu ativo para cada real do PL.

Quanto menor, melhor. 

566

IPL  =  ANC (MENOS RLP)PL

Imobilização de recursos não correntes• Este quociente demonstra qual o percentual de Recursos não

Correntes a empresa imobilizou no seu ativo.Quanto menor, melhor. 

567

IRNC = Ativo Não circulante (menos ARLP)PL + PNC

Na estrutura da empresa é bom que este índice não seja superior a1, pois assim, no capital circulante líquido haverá uma sobra, com oativo circulante maior que o passivo circulante.

Capital Circulante Líquido = Capital de Giro Líquido• Apresenta a composição dos valores em giro na empresa.• É encontrado pela diferença entre as aplicações em relação àscaptações de recursos a curto prazo.

568

CCL = AC – PC 

AC = capital de giro próprioPC = capital de giro de terceirosCCL = capital de giro líquido 

Índice Endividamento Geral

Solvência geral 

Participação de Capital de Terceiros 

Composição do Endividamento

Imobilização do Patrimônio Líquido

Fórmula PC + PNCAtivo total

Ativo total PC + PNC

Capital de TerceirosPatrimônio Líquido

Passivo CirculanteCapital Terceiros

Ativo PermanentePatrimônio Líquido

Analisa Quanto a empresa deveem relação ao capitalaplicado

Quanto aempresa possuiaplicado emrelação àsdívidas

Quanto aempresa tomoude capital deterceiros paracada real decapital próprio

Qual o percentual deobrigações a curto prazoem relação às obrigaçõestotais

Quantos a empresaaplicou no ativoinvestimento, imobilizadoe intangível, para cada realdo patrimônio Líquido

Interpretação Quanto menor, melhor Quanto maior, melhor

Quanto menor, melhor

Quanto menor, melhor Quanto menor, melhor

ÍNDICES DE LIQUIDEZ

• Os índices de liquidez medem a capacidade financeira daempresa em pagar os compromissos assumidos com seuscredores.

A liquidez de uma empresa é medida emtermos de sua capacidade de saldar suasobrigações de curto prazo à medida quese tornam devidas.

São indicadoresdo tipo: quantomaior, melhor.

• O resultado destes índices evidenciam o grau de solvência daempresa em decorrência da existência ou não de solidez financeiraque garanta o pagamento dos compromissos assumidos comterceiros.

• Mostra a proporção entre os investimentos efetuados em relação aoscapitais de terceiros. Em suma demonstra a capacidade da empresade efetuar o pagamento das suas dívidas.

Índices de Liquidez

Geral

Corrente

Seca

Imediata

Índice de liquidez geral• Mostra se os recursos financeiros aplicados no ativo circulante

e no realizável a longo prazo são suficientes para pagar asobrigações totais.

573

LG  =  AC + ARLPPC + PNC

Por meio deste índice pode‐se verificar asaúde financeira da empresa de longoprazo, no que se refere à liquidez.

Índice de liquidez corrente• Revela a capacidade financeira da empresa para cumprir os

seus compromissos de curto prazo, isto é, quanto a empresatem de ativo circulante para cada real do passivo circulante.

574

LC  =   ACPC

“Quanto maior a liquidez corrente, maisalta se apresenta a capacidade daempresa financiar suas necessidades decapital de giro.

Índice de liquidez seca• Revela a capacidade financeira líquida da empresa em cumprir

suas obrigações de curto prazo com os recursos realizáveisdiretamente.

575

LS   =    AC  ‐ ESTOQUE – DESPESA ANTECIPADAS PC

Demonstra se a empresa tem condições de cumprirsuas obrigações a curto prazo sem depender desuas vendas futuras.

Índice de liquidez imediata • O resultado deste quociente revela a capacidade de liquidez

imediata da empresa para saldar seus compromissos de curtoprazo.

576

LI       =      DISPONIBILIDADESP C

Apresenta quanto a empresa possui de dinheiro emcaixa, no banco e aplicações de liquidez imediata paracada real de dívida em curto prazo.

ÍNDICES DE ROTAÇÃO/GIRO

• Têm por objetivo apresentar o tempo que a empresa leva paracompletar o efeito de uma transação e ter o retorno esperado.

Apresentam relacionamentos dinâmicosentre contas de resultado e patrimoniais eacabam influenciando a posição deliquidez e rentabilidade.

Prazo médio de rotação dos estoques • Este quociente mostra quantas vezes ocorreu a renovação do

estoque de mercadoria.

Quanto maior o prazo, pior. 

PMRE  = Estoque Médio  x 360 dias CMV

Estoque Médio = (estoque inicial + estoque final)dividido por Dois.

Prazo médio de recebimento de vendas ‐ clientes• Indica o tempo que a empresa leva para receber suas vendas.

Quanto maior, pior.

PMRC = Prazo médio de clientes x 360 diasRLV

Prazo médio clientes = (saldo inicial + saldo final de duplicatas areceber) dividido por dois.

Prazo médio de pagamento de fornecedor• Este quociente informa o período de rotação das duplicatas a

pagar.Quanto maior, melhor.

PMC = Média de fornecedores x 360 diasCompras

Média de fornecedores = (saldo inicial + saldo final duplicataa pagar) dividido por dois.

Compras = CMV + Estoque Final – Estoque Inicial

Giro do ativo• Demonstra a relação existente entre o total das vendas

líquidas e os investimentos efetuados na empresa. Expressaquantas vezes o ativo girou.

Quanto maior , melhor.

581

GA   =   Vendas LíquidasAtivo  Médio

Vendas líquidas – Receitas buta menos as deduçõesAtivo Médio – Ativo inicial mais o ativo final dividido

por dois.

Giro do PLDemonstra a relação existente entre o total das vendas líquidas e ocapital próprio da empresa,

Quanto maior , melhor .

GPL =   Vendas LíquidasPL

Vendas líquidas – Receitas buta menos as deduçõesPL Médio – PL inicial mais o PL final dividido por dois.

ÍNDICES DE LUCRATIVIDADE

• Tem por objetivo apresentar quanto de retorno foi alcançadopela resultado da empresa sobre o valor que foi investido.

• Ajuda a dimensionar qual a relação do lucro com as vendas.

A lucratividade indica se o negócio estájustificando ou não a operação, ou seja, se asvendas são suficientes para pagar os custos edespesas e ainda gerar lucro.

Receita Bruta de Vendas(‐) Deduções das vendas(=) Receita Líquida de Vendas(‐) Custo da mercadoria vendida(=) Lucro Operacional Bruto(‐) Despesas operacionais(+) Receitas operacionais(=) Lucro Operacional Líquido  

(‐) Outras despesas(+) Outras receitas(=) Lucro Antes CSLL/IR(‐) CSLL(‐) IR(=) Lucro Antes das Participações(‐) Participações nos lucros(=) Lucro Líquido do Exercício 

DRE – Demonstração do Resultado do Exercício

EBITDA

• EBITDA é a sigla de “Earnings Before Interest, Taxes, Depreciationand Amortization”, que significa lucro antes de juros, impostos,depreciação e amortização – LAJIDA.

• Juros são os valores pagos ou recebidos e impostos são o Imposto deRenda e Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido.

É utilizado para medir a produtividade ea eficiência da empresa.

• O EBITDA é um indicador financeiro que apresenta quanto umaempresa gera de recursos através de suas atividades operacionais,desconsiderando os impostos e outros efeitos financeiros eeconômicos que não estão relacionados diretamente com asatividades produtivas da empresa.

Não apresenta o mesmo valor do fluxode caixa operacional, pois não trata dasmovimentações financeiras do BP.

• Para calcular o EBITDA é necessário primeiro calcular o lucrooperacional, depois, é só somar ao lucro operacional os juros, adepreciação, exaustão e amortização que estão incluídas no CPV (casode indústrias) e nas despesas operacionais.

Despesas operacionais = Despesas comvendas + despesas gerais + despesasadministrativas.

(=) Receita Líquida de Vendas(‐) Custo da mercadoria vendida(=) Lucro Operacional Bruto(‐) Despesas operacionais(+) Receitas operacionais(=) Lucro Operacional Líquido  

Lucro Operacional Líquido(+) Despesas financeiras(‐) receitas financeiras(+) Depreciação(+) Amortização(+) Exaustão(=) EBITDA (LAJIDA)

(=) RLV = 100.000(‐) CMV = (30.000)(=) LOB = 70.000(‐) Despesas operacionais = (40.000)‐ Administrativas – 25.000‐ Gerais – 7.000‐ Com vendas – 3.000‐ Financeiras – 5.000 (+) Receitas operacionais = 2.000‐ Financeiras – 2.000 (=) LOL = 32.000  

Lucro Operacional Líquido = 32.000(+) Despesas financeiras = 5.000(‐) receitas financeiras = (2.000)(+) Depreciação = 6.000(+) Amortização = 3.000(+) Exaustão(=) EBITDA (LAJIDA) = 44.000 (44%)

Considere que em despesasadministrativas tem:Depreciação = 6.000Amortização = 3.000

EBIT

• O EBIT é a sigla em inglês para Earnings Before Interest and Taxes,em português podemos traduzir como LAJIR, ou seja, Lucro antes dosJuros e impostos.

A diferença entre o EBIT e o EBITDA, éque o primeiro considera em seu cálculoos efeitos das depreciações eamortizações, já o segundo nãoconsidera.

lucratividade

Margem bruta

Margem operacional

Margem líquida

Margem Bruta• O resultado apresenta a margem de lucratividade bruta, ou

seja, o resultado com mercadorias, obtida pela empresa emrelação com seu faturamento, mostra quanto a empresa tevede lucro bruto para cada real vendido.

592

MB = Lucro brutoVendas líquidas

Margem Operacional

• Demonstra a margem de lucro operacional da empresa, ouseja, o lucro que esta diretamente relacionado com asatividades normais da entidade.

593

MOP = Lucro operacionalVendas líquidas

Margem líquida

• O resultado apresenta a margem de lucratividade obtida pelaempresa em relação com seu faturamento líquido. Mostraquanto a empresa teve de lucro líquido para cada real apuradopela empresa depois das deduções das vendas.

594

ML  =  Lucro líquidoVendas líquidas

ÍNDICES DE RENTABILIDADE

• Apresentam a relação dos ganhos/retornos sobre o montanteaplicado no ativo ou pelos sócios.

• São usados pelos interessados em investir na empresa.

Demonstra a capacidade que aorganização possui de remunerar oscapitais nela investidos.

Retorno do ativo• Este quociente evidencia o potencial de geração de lucros por

parte da empresa na utilização de seus ativos. Também édenominado de retorno do investimento.

596

ROA  =  Lucro líquido Ativo médio

Retorno sobre os ativos = ROA ‐ Return On Assets

Retorno do Patrimônio Líquido• O resultado revela qual foi a taxa de rentabilidade obtida pelo

capital próprio investido na empresa, ou seja, quanto aempresa ganhou de lucro líquido para cada real de CapitalPróprio investido.

597

RPL = Lucro líquidoPatrimônio Líquido médio

Retorno sobre o patrimônio líquido = ROE ‐ Return On Equity

Equação Dupont

• A equação DuPont permite calcular o retorno sobre o patrimôniolíquido (ROE ‐ Return On Equity ) através do cálculo do retornosobre os ativos (ROA ‐ Return On Assets) vezes multiplicador decapital próprio (GAF).

Avalia a lucratividade de uma empresa vezes o girodo ativo.

• A fórmula pode ser explicada da seguinte maneira:

ROA = lucratividade x giro ativo

ROA = margem líquida x giro do ativo 

• Desmembrando temos que: 

ROA =     Lucro Líquido x   Vendas líquidasVendas líquidas          Ativo médio 

ROA = Lucro LíquidoAtivo médio

• Na equação dupont o retorno do ativo é multiplicado pela Graude Alavancagem Financeira – GAF.

• O GAF apresenta a composição do endividamento da empresa,indicando o volume de recursos investidos na empresa,comparado com recursos próprios aplicados ou mantidos pelosacionistas.

É encontrado na razão do Ativo Totalpelo Patrimônio Líquido.

GAF = AT/PL

• Desmembrando a fórmula pela equação dupont:

RPL = ML x GA x GAF

RPL =  /  × /  × / 

• Retorno sobre o Patrimônio Líquido, o ROE, é expresso em suaforma mais básica como destacado na equação

RPL = Lucro líquidoPatrimônio Líquido