Produtos ecológicamente corretos e suas contribuíções para o desnvolvimento sustentável

79
UNIB – UNIVERSIDADE IBIRAPUERA – CAMPUS IV CHÁCARA FLORA Curso de Ciências Biológicas Produtos Ecologicamente Corretos e suas Contribuições para o Desenvolvimento Sustentável Ivan Luiz Valente da Silva Jéssica dos Santos Silva São Paulo 2007

description

SILVA, Ivan Luiz Valente, SILVA, Jéssica dos Santos. Produtos Ecologicamente Corretos e suas Contribuições para o Desenvolvimento Sustentável. São Paulo, 2007. 78 fl.: il + anexos Orientadores: MS. Gerson Catanozi. Trabalho de Conclusão de Curso – Universidade Ibirapuera – Graduação de Ciências Biológicas. Produtos Ecológicos, Desenvolvimento Sustentável, Sustentabilidade. CDD 574.5

Transcript of Produtos ecológicamente corretos e suas contribuíções para o desnvolvimento sustentável

Page 1: Produtos  ecológicamente corretos e suas contribuíções para  o desnvolvimento sustentável

UNIB – UNIVERSIDADE IBIRAPUERA – CAMPUS IV CHÁCARA FLORA

Curso de Ciências Biológicas

Produtos Ecologicamente Corretos e suas Contribuições para o Desenvolvimento Sustentável

Ivan Luiz Valente da SilvaJéssica dos Santos Silva

São Paulo2007

Page 2: Produtos  ecológicamente corretos e suas contribuíções para  o desnvolvimento sustentável

IVAN LUIZ VALENTE DA SILVAJÉSSICA DOS SANTOS SILVA

Produtos Ecologicamente Corretos e suas Contribuições para o Desenvolvimento Sustentável

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Ibirapuera, como exigência parcial para a obtenção do grau de Bacharel em Ciências Biológicas.

Orientador: Ms. Gerson Catanozi.

São Paulo2007

Page 3: Produtos  ecológicamente corretos e suas contribuíções para  o desnvolvimento sustentável

SILVA, Ivan Luiz Valente, SILVA, Jéssica dos Santos.

Produtos Ecologicamente Corretos e suas Contribuições

para o Desenvolvimento Sustentável. São Paulo, 2007.

78 fl.: il + anexos

Orientadores: MS. Gerson Catanozi.

Trabalho de Conclusão de Curso – Universidade Ibirapuera –

Graduação de Ciências Biológicas.

Produtos Ecológicos, Desenvolvimento Sustentável,

Sustentabilidade.CDD 574.5

Page 4: Produtos  ecológicamente corretos e suas contribuíções para  o desnvolvimento sustentável

IVAN LUIZ VALENTE DA SILVAJÉSSICA DOS SANTOS SILVA

Produtos Ecologicamente Corretos e suas Contribuições para o Desenvolvimento Sustentável

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Ibirapuera, como exigência parcial para a obtenção do grau de Bacharel em Ciências Biológicas.

Orientador: Dr. Gerson Catanozi

Data de Aprovação 20 / Julho / 2007.

Banca Examinadora:

Page 5: Produtos  ecológicamente corretos e suas contribuíções para  o desnvolvimento sustentável

Dedicamos esse trabalho a nossos esforços em nos

tornarmos melhores, não só em conhecimentos

profissionais, mas no que possui mais valor e não é

pago. Dedicamos a como temos nos dedicado.

Page 6: Produtos  ecológicamente corretos e suas contribuíções para  o desnvolvimento sustentável

Agradeço a todos em que eu acredito, e a todos que

acreditam em mim, a meus pais e minha Ivani.

Agradeço a minha companheira de sina, ao Seu SETE,

ao Padinho Zé e aos invisíveis sempre presentes, que

me fortalecem.

A criatividade de IValente que não me deixou sem

diversão e que confabulou ânimos para minha pessoa,

pois quando o sangue não bastou a fé entrou em cena.

Um agradecimento em especial aos que deram suporte

nessa jornada.

Ivan Luiz Valente da Silva

Page 7: Produtos  ecológicamente corretos e suas contribuíções para  o desnvolvimento sustentável

Agradeço a Deus pela vida e pela saúde.

Agradeço carinhosamente aos meus pais, Roberto Xavier Silva e Sueli dos Santos

Silva, pelo amor incondicional, pela dedicação, pelos ensinamentos e pelo apoio em

todas os momentos da minha vida. Amo vocês.

Ao meu noivo, Anderson Carlos Silva de Paula, pelo apoio e dedicação em todos os

momentos, em especial nesta conquista. Sem esquecer é claro, do carinho e da

paciência por ele exercidos e expressados nos dias de TPM. Te amo!

Agradeço ao meu grande amigo e irmão Ivan Valente .Pelas idéias, orientações e

sugestões que tornaram possível a realização deste trabalho.

Agradeço também a minha sogra (Ana Maria) e ao meu sogro(Raimundo Nonato).pelo

apoio e por me receberem como filha.

Agradeço o Prof.º Ms. Gerson Catanozi, pela orientação, pelo apoio, por ouvir e

respeitar minhas sugestões . Agradeço a Profª. Drª. Érika Neiro pela paciência e,

principalmente,por exigir o meu melhor, pela amizade e todos os bons momentos

compartilhados.

À coordenação do curso Ciências Biológica e seu corpo docente pela contribuição na

minha formação.

As bibliotecários, em especial o Marcelo (Gio), Deuzimar, Oseías, Paulo, Thaís e

Cecília.

Aos meus amigos Rogerinho, Ricardinho, João, Wagner, Ronaldo (Barba TAZ), Alfredo,

Francineide, Fernanda, Mônica, Cibele, Tatiana, Ludmila, Mel, Dgiovanna, Shierley e a

Bianca, pela amizade, pelos momentos de descontração, pela ajuda financeira e

empréstimos de material.

Aos funcionários da infra-estrutura e limpeza da universidade, que de uma maneira ou

outra contribuíram para este trabalho.

Page 8: Produtos  ecológicamente corretos e suas contribuíções para  o desnvolvimento sustentável

“Até agora não pudemos saber se há ouro ou prata nela, ou outra coisa de metal ou

ferro; nem lha vimos. Contudo a terra em si é de muito bons ares frescos e temperados

como os de Entre-Douro-e-Minho, porque neste tempo d’agora assim os achávamos

como os de lá. Águas são muitas; infinitas. Em tal maneira é graciosa que, querendo-a

aproveitar, dar-se-á nela tudo; por causa das águas que tem”

Pero Vaz de Caminha

Page 9: Produtos  ecológicamente corretos e suas contribuíções para  o desnvolvimento sustentável

RESUMOO desenvolvimento sustentável é um conceito relativamente novo, teve sua formulação

em 1972, este teve a finalidade de intervir nas freqüentes reações ambientais as ações

humanas. Já em 1992, após muitos tidos desastres ambientais o desenvolvimento

sustentável passou a ser necessidade, isto porque já estava evidente que os recursos

que o planeta dispunha escasseavam rapidamente, e as tecnologias como o plástico

com larga aplicação e grande expansão no mercado. Logo após a idade do ouro as

seqüelas das aplicações dos plásticos, como as liberações de dioxinas e com a

durabilidade indesejada no pós-consumo mostraram a imprudência nas explorações.

O desenvolvimento sustentável passou a ser política para assegurar um futuro aos

povos, tanto o é que o leque de suas atribuições é imenso. Há trabalhos com inúmeras

Organizações Não Governamentais (ONG’s), grupos de estudos, conferências

internacionais e nacionais, tratados comerciais que eliminam os potenciais poluidores

com é o caso do Cloro Flúor Carbono (CFC). A abordagem deste trabalho parte do

princípio que cada ser vivo necessita de recursos essenciais à sobrevivência, o ser

humano como integrante de um ecossistema tem as mesmas necessidades, com isso o

elo para a exploração dos recursos naturais é o consumo humano. Com esse

levantamento verifica-se que as necessidades de preservações dos recursos, poderiam

ser mais bem aplicadas no Brasil bem como sua disposição no pós-consumo. Com

poucas linhas no mercado interno para a certificação ambiental, este por sua vez atua

diminuindo os impactos da indústria na exploração dos recursos e ainda não contam

com legislação específica. Os produtos ecologicamente corretos passaram também a

ser questão de sobrevivência das empresas e a tendência é o de crescimento na

escala, que no Brasil necessita ainda de uma maior atuação dos cidadãos na lei de

oferta e procura.

Page 10: Produtos  ecológicamente corretos e suas contribuíções para  o desnvolvimento sustentável

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS.

ABNT – Agência Brasileira de Normas Técnicas.

ABRELPE – Associação brasileira de Empresas de limpeza Pública e resíduos

Especiais.

ANA – Agência Nacional de Águas.

ANIP – Associação Nacional das Indústrias de Pneumáticos.

ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

BRACELPA – Associação Brasileira de Celulose e Papel.

CEMPRE – Compromisso Empresarial para Reciclagem.

CETESB – Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental.

CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente.

FSC – Conselho de Manejo Florestal (Forest Stewardship Council).

IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis.

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

IDEC - Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor.

IEP – Instituto de Engenharia do Paraná.

IPCC – Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (Intergovernamental Panel

on Climate Change).

IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas.

ISA – Instituto Sócio Ambiental.

ISO – Organização Internacional para a Normalização.

MMA – Ministério do Meio Ambiente.

ONU – Organização das Nações Unidas.

PNUMA - Programa das Nações Unidas para Meio Ambiente.

WWF – Fundo de Preservação a Vida Silvestre (World Wild Life Funde).

Page 11: Produtos  ecológicamente corretos e suas contribuíções para  o desnvolvimento sustentável

SUMÀRIO.1.Introdução .................................................................................................................. 12 2.Problemática .............................................................................................................. 16 3.Justificativa ................................................................................................................ 18 4.Objetivos .................................................................................................................... 18 5.Metodologia ................................................................................................................ 18 6.Referencial Teórico .................................................................................................... 18

6.1 Quanto ao desenvolvimento sustentável: ............................................................................................................. 18 6.2 Quanto aos Produtos Ecologicamente Corretos. .................................................................................................. 19

7.A Necessidade do Desenvolvimento Sustentável. ................................................. 21 7. 1 Governo Brasileiro. ............................................................................................................................................. 26

8.Certificação, Selo Verde. ........................................................................................... 27 8. 1 A ISO e seu Trabalho. ......................................................................................................................................... 27 8. 2 Meio Ambiente: .................................................................................................................................................. 28

9.Após o Consumo Vem o Lixo. .................................................................................. 32 9. 1 Lixões. ................................................................................................................................................................. 33 9. 2 Incineradores. ...................................................................................................................................................... 34 9. 3 Aterros sanitários. ............................................................................................................................................... 34 9. 4 Compostagem. ..................................................................................................................................................... 35 9. 5 Reciclagem do lixo. ............................................................................................................................................. 36

10.Produtos Ecológicos. .............................................................................................. 36 10.1 Os Pneus ............................................................................................................................................................. 36 10.2 Plásticos. ............................................................................................................................................................ 41 10.3 Madeira .............................................................................................................................................................. 49

11.Conclusão ................................................................................................................ 59 Referência Bibliográfica ............................................................................................... 61

Page 12: Produtos  ecológicamente corretos e suas contribuíções para  o desnvolvimento sustentável

1. Introdução

Ao passar da história a evolução do ser humano e o impacto que se passou a exercer

no meio ambiente aumentaram consideravelmente (Ricklefs, 2001 e Dajoz, 2005). Um

exemplo para mensuração das alterações antropogênicas, são os índices de emissões

de carbono pré e pós-industrial o qual Odum (1983, p.19) cita: “Durante o último meio

século, as atividades agroindustriais humanas aumentaram significativamente a

concentração de CO2 na atmosfera; isto, por causa do potencial para alteração

climática, constituí um problema global sério.”

Mas, ao passo que crescia o impacto, as filosofias de vida também se modificavam e

em geral mais humanistas (Ricklefs, 2001), a exemplo dessas filosofias, a Primeira

Ministra da Índia Indira Gandhi, que na convenção de Estocolmo em 1972 afirmava ser

a pobreza a maior das poluições a ser enfrentadas (Andrade, 2000; Fundo de

Preservação a Vida Silvestre - Word Wild Funde Life – WWF, 2006; Sistema de

Informações da Serra da Mantiqueira - SISMA, 2006).

Gerações atrás, o sentimento de mudança aflorou (Carvalho, 1995), ao sofrer graves e

morosos prejuízos ambientais tão diversos e tão complexos como a própria natureza do

planeta (Freitas & Bricio, 2001), a sociedade moderna então, viu a necessidade e a

oportunidade de aprofundar-se nos estudos e adquirir novos procedimentos para

explorar e usufruir o meio ambiente (Gorbachev, 2003).

O fato de viver traz consigo necessidades das quais as bases de sustento são os

recursos naturais disponíveis (Odum, 1983; Marx 2001; Ricklefs, 2001 e Dajoz, 2005),

para todos os organismos vivos, quem fornece os recursos para essa subsistência são

os diversos ecossistemas que compõem a Biosfera (Branco, 1997).

Conseqüentemente, toda evolução dos seres vivos objetivam uma melhoria do

organismo no que concerne que este despenda menor quantidade de energia e maior

eficiência no aproveitamento dos recursos a eles essenciais (Odum, 1983; Ricklefs,

2001; Dajoz, 2005).

Outro fator relevante sobre os ecossistemas é o conceito de capacidade de suporte, ou

carga biótica máxima (Dajoz, 2005), pois na mesma medida em que aumenta uma

determinada população, aumentará a complexidade do sistema que fornece o suporte e

Page 13: Produtos  ecológicamente corretos e suas contribuíções para  o desnvolvimento sustentável

junto aumentará proporcionalmente os custos energéticos e de materiais (Ricklefs,

2001).

“Ao se dobrar o tamanho do sistema, torna-se geralmente necessário mais que o dobro

da quantidade de energia, a qual deve ser desviada para se reduzir o aumento na

entropia associado à manutenção da maior complexidade estrutural e funcional.”

(Odum, 1983, p.99), quando há um grande crescimento o esforço para manutenção é

maior e conseqüentemente mais custoso, tão logo a velocidade do crescimento deve

diminuir pois a energia e a matéria que se destina ao crescimento passa a ser utilizado

na manutenção (Ricklefs, 2001).

Eis os fatos que deveriam ser observados pela comunidade global, que segundo a

Organização das Nações Unidas (ONU) no prognóstico do Intergovernamental Panel on

Climate Change (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas- IPCC) divulgado

em de março 2007, a população humana para 2050 é estimada em 9,2 bilhões. Ricklefs

(2001) expõe que essa a taxa de crescimento populacional é de aproximadamente 2%

por ano ocorrendo em maior proporção em países pobres, e Dajoz (2005) prevê que

para 2100 essa população deve atingir 10,4 bilhões, sendo assim, a exploração de

recursos naturais irá crescer para atender a demanda do consumo (Marx, 2001).

De acordo com Ricklefs (2001) o conceito de capacidade de suporte da Biosfera para a

sociedade humana foi estimado sendo de uma demografia aproximada de 0,6 bilhão,

cerca de um décimo da atual. Vê se a necessidade de desenvolver seu crescimento de

uma forma em que o bioma possa continuar mantendo a estabilidade (Carvalho, 1995).

Observado já no final do século XVIII o Princípio de Malthus, que alerta sobre o

crescimento humano na tendência em ser geométrico, enquanto a proporção no

crescimento do alimento é aritmética, assim ele deduziu que as populações humanas

morreriam de fome (Branco, 1997), diversos ramos de especialistas estudam os riscos,

pois a taxa de deterioração da biosfera é alarmante (Ricklefs, 2001; Marx, 2001; Dajoz,

2005).

Assim, a sociedade atual atenta para o chamado Desenvolvimento Sustentável (Freitas

& Bricio, 2001), é comum que em sistemas naturais que a relação consumo-recurso

tende a estacionar (Ricklefs, 2001) e a atual forma de consumo humano é insustentável

Page 14: Produtos  ecológicamente corretos e suas contribuíções para  o desnvolvimento sustentável

pelo esgotamento de recursos (Cavalcanti, 1997; Freitas & Bricio, 2001; Marx, 2001;

Dajoz, 2005; WWF, 2006).

Para essa longa jornada, várias são as tribulações, até agora se continua discutindo, no

mesmo passo ações tomadas por governos, comunidades e organizações diversas têm

mostrado que o alicerce pode e está sendo construído (Freitas & Bricio, 2001; Carvalho,

1995; Ricklefs, 2001; WWF, 2006).

Em uma sociedade cada individuo constituí uma parte importante, de forma a gerar um

elo, dessa forma, Gorbachev (2003) afirma que cada ser humano é um consumidor em

potencial, o nível de consumo de cada indivíduo inclui não apenas os bens materiais,

mas o custo de produção dos mesmos e das necessidades básicas como alimento e

água (Ricklefs, 2001), logo cada um propicia um impacto na natureza.

O mundo obteve grande evolução quanto aos padrões de consumo, a sociedade

passou a fazer exigências de consumo às organizações (Laurino & Ribeiro, 2001),

essas deviam uma posição mais responsável referindo-se a diminuir a diferença

socioeconômica, com isso a preocupação ecológica também ganhou destaque devido

sua ligação com a qualidade de vida das populações, (Andrade, 2000).

Discussões como de Bruxelas em 1930, Clube Roma em 1948, Suíça em 1958, Paris

em 1968, Estocolmo em 1972, Tratado de cooperação Amazônico de 1978, de

Belgrado em 1975, de Tibilisi em 1977, o Relatório Brundtlandt divulgado em 1987, de

RIO92 em 1992, de Joanesburgo RIO+10 em 2002, entre outras grandes discussões

nacionais e internacionais (Andrade, 2000; Freitas & Bricio, 2001; WWF, 2006) obtém

como resultado uma conscientização de valores (Carvalho, 1995) e como se referiu

Jacobi (2003) sobre a prioridade de mudar a tendência de auto-destruição nos

processos de desenvolvimento quanto a exploração da natureza.

Embora não seja clara a autoria do termo Produtos Ecologicamente Corretos tem sido

crescente as utilizações do mesmo, que segundo Andrade (2000), o protecionismo

ambiental passou a ser visto como investimento no futuro e mesmo sendo custoso

(Laurino & Ribeiro, 2001) como vantagem competitiva nos anos 80 pelas empresas

líderes de mercado.

Marketing ou não esses produtos, segundo seus fabricantes e certificadoras, como a

Organização Internacional para a Normalização (International Organization for

Page 15: Produtos  ecológicamente corretos e suas contribuíções para  o desnvolvimento sustentável

Standardization – ISO) com as normas da série ISO14000, são benéficos ao meio

ambiente se comparados com o que convencionalmente é ou era produzido.

A necessidade de se atingir uma sustentabilidade é forte, e quanto o que se consome

seria uma das prerrogativas para tal, os ecologicamente corretos estão contribuindo

para atingir a meta de sustentabilidade exigida pela nova cultura mundial?

O equilíbrio de consumo-recurso é uma necessidade nas ações do homem com seu

meio natural (Ricklefs, 2001; Dajoz, 2005). A Carta de Brasília de dezembro de 2006

(Ministério do Meio Ambiente – MMA, 2007), relaciona que os modelos de

desenvolvimento vigente, foram fundados na percepção que os recursos naturais eram

infinitos e resultou na crise ambiental planetária sem precedentes. O uso racional

desses recursos tornou-se base para o desenvolvimento em muitas nações (Carvalho,

1995; WWF, 2007; Folha on Line, 2005).

Sendo que o consumo veio em resposta a uma necessidade e assim ocorre à lei da

oferta e procura (Marx, 1894) a exigência atual é o meio ambiente.

Assim as necessidades de equilíbrio entre as contas naturais, levam as empresas à

procura da sustentabilidade através de seus produtos e serviços (Cavalcanti, 1997 e

Andrade, 2000), isso também pela necessidade de auto manutenção, já que o

esgotamento dos recursos naturais, também afetaria seus lucros (Cavalcanti,1997 e

Freitas & Bricio, 2001).

O conceito de desenvolvimento sustentável reforça as necessárias relações entre

economia, tecnologia, sociedade e política em seu processo produtivo, e este por sua

vez não deve somente suprir a demanda humana por produtos, mas que estes não

esgotem os recursos das próximas populações humanas e animais (Cavalcanti, 1997;

Jacobi 2003).

“Chegou à hora de todo o cidadão do planeta Terra pensar na contribuição

pessoal que pode dar para essa tarefa comum...Após as terríveis advertências

de Tchernobyl e Manhattam, o século XXI deve tornar-se o século de um novo

pensamento da humanidade, que reconhecerá, com o coração, que vivemos em

um só e único mundo e somos responsáveis, diante das gerações futuras, pela

conservação da vida na Terra” (Gorbachev, 2003, p.26).

Page 16: Produtos  ecológicamente corretos e suas contribuíções para  o desnvolvimento sustentável

2. Problemática

Como qualquer sistema o meio ambiente requer componentes que interajam entre si

com rigor (Odum, 1983; Ricklefs, 2001; Dajoz, 2005), sendo que a retirada ou adição de

quaisquer que forem os componentes trará conseqüências ao meio ambiente como um

todo (Branco, 1997; Freitas & Bricio, 2001).

O interesse pelo meio ambiente remota 50 mil anos no período paleolítico superior com

o advento do Homo sapiens fossilis (Carvalho, 1995). Através dos gregos surgiu o

principal termo de estudo, a Ecologia que deriva de oikos, com sentido de casa, e logos

referente a estudo. Sendo assim estudo da casa termo empregado pelo zoólogo

alemão Ernst Haeckel em 1870. (Odum, 1983; Ricklefs, 2001).

Com o avanço tecnológico e cultural a raça humana passou a atuar de forma mais ativa

no seu ambiente de modo a mudá-lo intensamente (Carvalho, 1995; WWF, 2007), com

essas mudanças e avanços tecnológicos o ser humano cada vez mais atuante nos

processos naturais alteraram peças fundamentais (Freitas & Bricio, 2001).

O quadro socioambiental que caracteriza as sociedades contemporâneas revela que o

impacto dos humanos no meio ambiente é profundo e vem tendo conseqüências cada

vez maiores, complexas e até irreversíveis tanto em termos quantitativos quanto

qualitativos, quando reparáveis apresenta elevados custos, e ainda assim,

pragmaticamente não retornam ao seu estado natural por muito tempo (Cavalcanti,

1997; PNUMA, 2001; Gorbachev, 2003; WWF, 2006).

Ulrich Beck (1992 Apud Jacobi, 2003, p.191) identifica a sociedade de risco com uma

segunda modernidade ou modernidade reflexiva, que emerge com a globalização, a

individualização, a revolução de gênero, o subemprego e a difusão dos riscos globais.

Ainda segundo o autor e Freitas & Bricio (2001), os riscos atuais caracterizam-se por ter

conseqüências, em geral de alta gravidade, desconhecidas em longo prazo e que não

podem ser avaliadas com precisão, como é o caso dos riscos ecológicos, químicos,

nucleares e genéticos.

Andrade (2000) afirma que uma nova consciência sobre o meio ambiente surgiu

durante as alterações culturais nas décadas de 60 e 70, dando assim uma dimensão

visual do meio ambiente como um elemento dos mais fundamentais para o homem

Page 17: Produtos  ecológicamente corretos e suas contribuíções para  o desnvolvimento sustentável

moderno, e nessa cultura a fumaça não mais era desenvolvimento passou a ser uma

desvantagem.

Visto que a partir de 1970 os avanços tecnológicos foram maiores que os produzidos

antes e durante a 2º Guerra Mundial (Freitas & Bricio, 2001), e com os avanços também

surgiram os grandes desastres ambientais (WWF, 2007), que somados aos estragos

das guerras, impôs que o ser humano pensasse no meio ambiente com mais afinco

(Gorbachev, 2003).

Segundo Souza (1993 Apud Andrade, 2000, p.07). “Nos Estados

Unidos, os consumidores verdes representam 37% da população, enquanto em

países europeus, como Suíça, Alemanha e Inglaterra, já são 50%. Na

Inglaterra, dois de cada cinco cidadãos vão ao supermercado com uma lista de

produtos verdes à mão.

As estratégias de marketing adotadas pelas empresas estão sendo moldadas

visando à melhoria da imagem, por meio da criação de novos produtos ‘verdes’

e de ações voltadas para a proteção ambiental. “

Freitas & Bricio, (2001) e Gorbachev (2003), exploram que uma tragédia de proporções

continentais no ano de 1986 em Tchernobyl a União Soviética causou a formulação de

um novo pensar sobre o meio ambiente e a saúde, e este era de que não importava a

soberania dos países, não importavam as fronteiras, a realidade era que o ar, a água e

as chuvas não possuíam demarcações políticas e não obedeciam a governos, logo a

poluição se tornava global, a queda da União Soviética foi o melhor cenário para mudar

o rumo de destruição e irresponsabilidade com a vida não humana e recursos naturais

que por conseqüência afetava diretamente aos humanos.

O esgotamento hídrico e de muitos outros recursos naturais teve inicio com a troca de

pensamento, da corrida bélica (Guerra Fria) passamos a corrida do consumo

desenfreado (Cavalcanti, 1997; Branco, 1997; Dajoz, 2005; Akatu, 2005).

Esse consumo atualmente esta mudando de cenário (Cavalcanti, 1997; Andrade, 2000),

sabe-se que para a continuidade do mundo habitável, faz-se necessário à mudança de

relação com a biosfera para o patamar de sustentável (Ricklefs, 2001; Dajoz, 2005).

De consumo sem controle e sem conseqüências os consumidores atuais exigem

produtos cada vez mais compatíveis com o meio ambiente (WWF, 2006), o tema que

outrora só era conhecido em convenções se tornou exigência da população em geral. O

Page 18: Produtos  ecológicamente corretos e suas contribuíções para  o desnvolvimento sustentável

desenvolvimento sustentável se tornou o foco de muitas nações em geral as mais

desenvolvidas (Carvalho, 1995) a exemplo as nações que compõem a União Européia

(Freitas & Bricio, 2001; Gorbachev, 2003).

Baseado nestes fatos verifica-se a necessidade urgente, de equilíbrio na relação entre

produto consumido e meio ambiente, pois este se tornou um elo na busca pelo

Desenvolvimento Sustentável.

3. Justificativa

Justifica-se o presente trabalho pela grande necessidade de obter melhores

esclarecimentos sobre o que se consome e a atual prioridade na mudança dos modelos

de desenvolvimento social humano.

4. Objetivos

Identificar a(s) contribuição(ões) dos produtos ecologicamente corretos quanto ao

Desenvolvimento Sustentável.

5. Metodologia

O presente trabalho consiste em um levantamento bibliográfico. Constituem-se como

fontes Livros, teses, dissertações, artigos periódicos, rede mundial de computadores

(Internet).

6. Referencial Teórico

6.1 Quanto ao desenvolvimento sustentável:Os desequilíbrios, variações sazonais naturais ou estresse antrópico, normalmente são

corrigidos por processos naturais de automanutenção, por exemplo se houver um

aumento no numero de Herbívoros de uma dada área e conseqüentemente uma

pressão em seus recursos alimentares. As taxas de natalidade e mortalidade

crescentes interrompem o aumento populacional restaurando a relação sustentável

entre consumo e recurso disponível (Ricklefs, 2001).

Em 1940 o termo desenvolvimento veio com funções semelhantes às de progresso e

modernização na Revolução Industrial. Na década de 50 com o advento da guerra fria

Page 19: Produtos  ecológicamente corretos e suas contribuíções para  o desnvolvimento sustentável

tornou-se paradigma que formou termos como Subdesenvolvimento e países em

desenvolvimento. (Freitas & Bricio, 2001).

Nos Anos 60, grupos de economistas e sociólogos traçaram o elo de desenvolvimento e

subdesenvolvimento (Freitas & Bricio, 2001; Universidade de Brasília – UNB, 2007). Os

limites do crescimento, publicado pelo Clube Roma em 1972, disseminaram a

necessidade de um congelamento no crescimento populacional e do capital industrial a

fim de estabelecer a estabilidade econômica e ecológica (Jacobi, 2003).

Em 1972 foi realizado em Estocolmo (Suécia) a World Comission on Environment na

Development (Comissão Mundial do Meio Ambiente e Desenvolvimento), sendo

considerado um dos princípios para abertura da discussão sobre sustentabilidade, de

acordo com o Relatório Brundtland também conhecido como Nosso futuro Comum,

divulgado em 1987 foi formulado a definição para desenvolvimento sustentável sendo

este capaz de suprir as necessidades da atual população sem comprometer a

capacidade em atender as populações futuras (Carvalho, 1995; IBAMA,1996;

Cavalcanti, 1997; Andrade, 2000; Freitas & Bricio, 2001; Jacobi, 2003; Folha on Line,

2004; Akatu, 2006; SISMA, 2006; WWF, 2006; Ambiental Brasil, 2007; Aonde Vamos,

2007; UNB, 2007; MMA, 2007).

Segundo Ferreira (2004), Desenvolvimento Sustentável é: processo de

desenvolvimento econômico em que se procura preservar o meio ambiente, levando-se

em conta os interesses das futuras gerações.

6.2 Quanto aos Produtos Ecologicamente Corretos.Em vista da degradação ambiental subseqüente à explosão da produção de bens de

consumo humano advindo com o surgimento da indústria, (Branco, 1997) e a

necessidade desse consumo tornar-se menos agressivo ao meio que o sustenta

(Jacobi, 2003) a produção atual visa um melhor relacionamento com seus

consumidores e com o meio ambiente (Andrade, 2000).

De acordo com o MMA (2007) e o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC,

2007) o consumo sustentável é caracterizado pelo conceito de desenvolvimento

sustentável: usar os recursos naturais para satisfazer as nossas necessidades, sem

comprometer as necessidades e aspirações das gerações futuras.

Page 20: Produtos  ecológicamente corretos e suas contribuíções para  o desnvolvimento sustentável

Um produto ecologicamente correto deve se diferenciar na produção, distribuição,

consumo e pós-consumo (Aonde Vamos, 2007). Deve contribuir para modelos

econômicos, sociais e ambientais sustentáveis (Cavalcanti, 1997; Jacobi, 2003).

Para tanto, o uso de matérias primas naturais renováveis, devem ser obtidas de modo

menos impactante possível, não afetando drasticamente a geografia do ecossistema,

evitando a retirada de elementos que não serão utilizados na confecção do produto.

Devem ser produtos que evitem o esgotamento de um recurso natural (Aonde Vamos,

2007; WWF, 2007).

Esses produtos contribuiriam mais efetivamente se puderem ser reaproveitados,

possibilitando a reciclagem, ou seja, a reutilização da matéria prima – tanto natural,

quanto sintética – em processos que produzam o mínimo de resíduos e uma economia

de energia (Folha on Line, 2002; Compromisso Empresarial Para Reciclagem –

Cempre, 2007; Aonde vamos, 2007).

Tais produtos precisam ser também economicamente viáveis, sem preços produtivos

exorbitantes. O uso de matérias primas não renováveis deve produzir elementos

reaproveitáveis, mantendo a economia de energia e baixa carga residual sobre o meio

ambiente (Cempre, 2007).

Os produtos devem ser pensados não só na produção, beneficiamento de matéria

prima, reaproveitamento, e ciclo de vida útil, devem ser pensados principalmente no

pós-consumo (Andrade, 2000). Produto deve causar danos mínimos ao meio ambiente

e a saúde humana não gerando resíduos altamente tóxicos, tanto na produção quanto

na destinação final (Aonde Vamos, 2007).

Com base nessas informações, consideramos nesse trabalho que Produtos

Ecologicamente Corretos seriam aqueles que apresentassem uma ou mais das

seguintes características:

• Reutilizam matérias primas poupando a extração ou sintetização de novas

matérias primas renováveis ou não;

• produtos que utilizem matérias primas obtidas de maneira a não descaracterizar

o meio ambiente de onde é obtido e/ou que utilizem a mão-de-obra ilegal (como

a infantil);

Page 21: Produtos  ecológicamente corretos e suas contribuíções para  o desnvolvimento sustentável

• produto que em sua produção e/ou destinação final, reduza significativamente ou

anule a produção e/ou emissão e resíduos tóxicos e de Produtos Orgânicos

Persistentes (POP’s);

• substitua o uso de matéria prima poluente ou nociva a saúde ambiental;

• que utilizem compostos com diminuição na produção de resíduos duráveis, ou

ponha em circulação resíduos duráveis transformando-os em produtos

utilizáveis;

• produtos que economizem energia ou utilizem energias renováveis;

• produtos biodegradáveis ou biodinâmicos;

• que tenha maior eficiência no seu ciclo de vida ou energético, prolongando o seu

uso e evitando desperdício de material e energia necessária na produção do

produto em relação à demanda do mesmo;

• que reutilizem uma matéria prima de um produto inutilizado para seu propósito

inicial, dando destinação ao resíduo que não seja a de finalidades sanitários

(aterros, incineradores e métodos ilegais/clandestinos) que terminam com o ciclo

da matéria prima.

Para obter informações de produtos com essas características fez-se necessário à

utilização intensiva da Internet, pois se verificou que diferente do tema

“desenvolvimento sustentável” os Produtos Ecologicamente Corretos não possuem uma

bibliografia acessível de livros e revistas (até pela recente divulgação na mídia e

exigência social, ou seja, constituir um tema novo) a ampla acessibilidade que a

Internet oferece foi de grande valia a este trabalho.

7. A Necessidade do Desenvolvimento Sustentável.

O conceito de desenvolvimento sustentável implicou na consideração e conscientização

de que as forças de mercado que seguiam à sua livre dinâmica não garantiriam a

conservação de recursos naturais (Folha on Line 2005).

A questão é que durante muito tempo ocorreu grande negligência e uma falta de moral

e ética na construção do desenvolvimento social, a sociedade tornava-se hipersensível

as agressões culturais e ideológicas, constituindo uma bomba (Ricklefs, 2001; Freitas &

Bricio, 2001; Gorbachev, 2003; WWF, 2006).

Page 22: Produtos  ecológicamente corretos e suas contribuíções para  o desnvolvimento sustentável

Em 1987 com a divulgação do Relatório Brundtlandt - resultante da comissão da ONU

de 1972 – o relatório também conhecido como "Nosso Futuro Comum", gerou um

documento que iniciou a abordagem sobre a complexidade das causas que originam os

problemas socioeconômicos e ecológicos da sociedade global. Nele é expressa uma

idéia clara de "desenvolvimento sustentável" indicando um ponto de inflexão no debate

sobre os impactos do desenvolvimento social humano (Carvalho, 1995; Cavalcanti,

1997; Freitas & Bricio, 2001; Jacobi, 2003).

Não só reforçou as necessárias relações entre economia, tecnologia, sociedade e

política, como evidenciaram a necessidade de um reforço em busca de novas posturas

éticas em relação à preservação do meio ambiente, caracterizada pelo desafio de uma

responsabilidade tanto entre as gerações da época como um compromisso das

próximas gerações (Cavalcanti, 1997; Andrade, 2000; WWF, 2006; MMA, 2007).

A batalha pela preservação ambiental possui um empecilho quanto aos Governos, não

que não seja de interesse político a preservação ambiental, mas o governo tende a

concentrar suas ações na atividade econômica e as atitudes dos governos quanto à

preservação ambiental são muitas vezes tardias, como na gestão da Floresta

Amazônica e da Mata Atlântica, que possuem políticas exemplares, mas que são

excessivamente burocráticas impedindo o fluxo de preservação (Branco, 1997; Jacobi,

2003; Economiabr, 2007).

Enquanto isso, atividades que obtêm lucros com o desmatamento e a exploração

predatória da biodiversidade acessam brechas legislativas e a falta de fiscalização

(Carvalho, 1995; WWF, 2006; IBAMA,1996).

A noção de sustentabilidade implica, portanto, uma inter-relação necessária de justiça

social, qualidade de vida, equilíbrio ambiental e a ruptura com o atual padrão de

desenvolvimento (Jacobi, 2003; Folha On Line, 2005; MMA, 2007; Ambiental Brasil,

2007).

O desenvolvimento sustentável se desenvolveu desde o conceito básico estabelecido

em Brundtlandt, este agora atenta para uma harmonia entre os humanos e natureza

(Cavalcanti, 1997). Pois as crises de desenvolvimento em especial as surgidas nos

países ditos de “terceiro mundo”, na década de 80 (Jacobi, 2003), geraram máculas

profundas na sociedade, cujos especialistas em políticas econômicas do mundo ainda

Page 23: Produtos  ecológicamente corretos e suas contribuíções para  o desnvolvimento sustentável

demonstram dificuldades em superar e acenam que alguns problemas podem ser

irremediáveis (Freitas & Bricio, 2001; Gorbachev, 2003; WWF, 2006).

No entanto o desenvolvimento sustentável requer a existência de sistemas políticos que

assegurem a opinião de cada cidadão, ou seja, uma participação nas decisões

nacionais (Cavalcanti, 1997; Aonde Vamos, 2007; Ambiental Brasil, 2007).

O sistema econômico deve ser capaz de gerar tecnologias e conhecimentos confiáveis

de forma constante, com isso o acesso a benefícios de tecnologias limpas aumentaria

e, por conseguinte o consumo de produtos limpos gerando assim mais divisas e menos

resíduos indesejáveis pelo ponto de vista da praticidade e sanitário (Cavalcanti, 1997;

Cempre, 2007).

Os conflitos sociais acabam por sua vez contribuído para tensões, um desenvolvimento

equilibrado cria meios para que o sistema social não sofra pressões por haver

diferenças de desenvolvimento, ou seja deve promover o crescimento não só

econômico mas de respeito cultural (Freitas & Bricio, 2001; Gorbachev, 2003).

A preservação ecológica deve ser tomada como obrigatória pois o meio ambiente

constitui a base de sustento da vida sendo assim um patrimônio global (Jacobi, 2003).

O sistema administrativo deve solucionar os problemas burocráticos a fim de possuir

maior agilidade na correção dos erros de padrões de produção ou da estrutura

funcional como um todo, proporcionando assim flexibilidade para autocorreção

(Cavalcanti, 1997; Aonde Vamos, 2007).

Tais requisitos tornar-se-ão invalidas sem que haja um esforço internacional, pois como

já citado neste trabalho, a poluição não obedece à demarcação de fronteiras humanas

(Gorbachev, 2003).

Sendo assim, definição de desenvolvimento sustentável do Brundtlandt, diz respeito

não apenas ao impacto da atividade econômica no meio ambiente, este pode ser

exportado para outras áreas de desenvolvimento humano (Jacobi, 2003).

Desenvolvimento sustentável se refere também às conseqüências da atividade

socioeconômica – incluindo a cultural – e a relação desta no acesso a qualidade de vida

e no bem-estar da sociedade, tanto presente quanto futura (Cavalcanti, 1997; Jacobi,

2003; Gorbachev, 2003) sendo assim, a atividade econômica, meio ambiente e bem-

Page 24: Produtos  ecológicamente corretos e suas contribuíções para  o desnvolvimento sustentável

estar da sociedade formam o tripé básico no qual se apóia a idéia de desenvolvimento

sustentável.

Quando se trata de desenvolvimento sustentável o bem estar humano é pertinente pois

as populações descontentes podem gerar conflitos armados, esse por sua vez é um

grande causador de problemas ambientais e sociais. Como exemplo, os gastos da Otan

que somaram US$1bilhão por dia no conflito contra a Ex-Iugoslávia de Slobodan

Milosevic que na época disseminou conflitos raciais pelo nacionalismo sérvio (Freitas &

Bricio, 2001; Gorachev, 2003).

Gorbachev (2003) reflete sobre este conflito ao mencionar se o uso dessa cifra de US$

1bilhão seria mais útil se fosse aplicada para conter o conflito aplicando em luta contra

a miséria, o desemprego, o narcotráfico, o HIV – AIDS nos paises em desenvolvimento.

O conceito necessita mais do que a teoria. Adotar políticas de desenvolvimento

sustentável pode exigir que governos cortem a própria carne sem anestesia. O poder

público no entanto tende a tomar decisões de acordo com o que seus cidadãos exigem,

e assim, vale mencionar outra base para o desenvolvimento sustentável que é a

Educação Ambiental (Jacobi, 2003).

Não nos cabe neste trabalho descrever como a educação ambiental atua, mas o seu

papel se torna fundamental junto com a expansão da participação populacional nas

medidas publicas (democracia), esta tem por função a formação da base social e por

isso o papel de difundir na sociedade as necessidades ambientais (Jacobi, 2003;

Gorbachev, 2003; WWF, 2006; MMA, 2007).

Com a difusão das necessidades ambientais entre os cidadãos, a cobrança aos seus

governos – para países que permitem essa participação – tornar-se-á mais efetiva,

exigindo leis mais eficientes e programas de preservação (Freitas & Bricio, 2001).

A grande problemática da sustentabilidade e da responsabilidade individual assume

então o paradigma à reflexão sobre as dimensões do desenvolvimento humano e das

alternativas que se configuram a ele. Uma das linhas mais discutidas já era tratada pelo

Clube Roma em 1972 (Jacobi, 2003), sendo uma necessidade barrar o crescimento

populacional, por conseguinte o freio das atividades industriais, isso acarretaria em um

freio no crescente consumo humano e conseqüentemente na expansão comercial

Page 25: Produtos  ecológicamente corretos e suas contribuíções para  o desnvolvimento sustentável

(Cavalcanti, 1997), de certo que só reforçaria o fato dos recursos disponíveis serem

finitos.

A aplicação do conceito à realidade requer, no entanto, uma série de medidas tanto por

parte do poder público como da iniciativa privada, assim como exige um consenso

internacional (MMA, 2007).

É preciso frisar ainda a participação de movimentos sociais, constituídos principalmente

na forma de ONGs (Organizações Não-Governamentais), na busca por melhores

condições de vida associadas à preservação do meio ambiente e a uma condução da

economia adequada a tais exigências (MMA, 2007).

Para desenvolver tais políticas ambientais e atingir um padrão nas mediadas

necessárias ao desenvolvimento sustentável foi construída em um consenso por

governos e instituições da sociedade civil de 179 países a Agenda para o

desenvolvimento sustentável do séc.XXI (Agenda 21), trabalho que se estendeu por 2

anos e ao seu final resultou na realização da Conferência das Nações Unidas sobre

Meio Ambiente e Desenvolvimento no Rio de Janeiro em 1992 (Rio 92).

A Rio 92 foi importante porque resultou em outros quatro acordos: a Declaração do Rio,

a Declaração de Princípios sobre o Uso das Florestas, a Convenção sobre a

Diversidade Biológica e a Convenção sobre Mudanças Climáticas.

O conteúdo da Agenda 21 demonstra como aplicar as intenções, desígnios e

necessidades de mudanças nos modelos de civilização. São fundamentos globais e

que devem ser aplicados adaptando os critérios as necessidades peculiares de cada

país e regiões dos mesmos.

Em Joanesburgo (2002), segundo textos traduzidos do MMA (2007), ressaltou que após

Estocolmo, afirmou se mais a urgência em solucionar a deterioração ambiental.

Ressalta que na Rio92, a proteção do meio ambiente e o desenvolvimento sócio-

econômico seriam de fundamental importância, a formulação da Agenda 21 e a

Declaração do Rio davam bases para os compromissos dos Estados. Sendo um marco

para a ampliação do desenvolvimento sustentável.

Conclui se que a Cúpula de Joanesburgo convergiu para um parâmetro entre os pontos

de vistas dos diversos povos, ressaltou o rumo de respeito mútuo para a base de

desenvolvimento. Nessa cúpula afirmam ter tido um grande avanço na consolidação de

Page 26: Produtos  ecológicamente corretos e suas contribuíções para  o desnvolvimento sustentável

um consenso global e de uma parceria entre todos os povos de nosso planeta (MMA,

2007).

7. 1 Governo Brasileiro.Como base as políticas nacionais para o meio ambiente, se verifica um número de

políticas públicas voltadas para o desenvolvimento sustentável. Segundo o MMA (2007)

essas políticas são de responsabilidade da Secretaria de Políticas para o

Desenvolvimento Sustentável, ela é responsável pela proposta de políticas, de normas

e estratégias, a implementação de estudos.

O Brasil, sendo um dos paises signatários da ONU, reconhece os trabalhos do IPCC e

as importantes funções dos reservatórios ambientais de gases que potencializam o

efeito estufa. A exemplo disso há o Decreto nº 2.652, de 01.07.1998 que promulgou a

Convenção – Quadro das nações Unidas sobre Mudança do Clima assinada em Nova

York, em 9 de maio de 1992.

A Agenda 21 brasileira foi construída no período de 1996 a 2002, com a participação de

cerca de 40.000 pessoas em todo o Brasil. O início da fase de implementação da

Agenda 21 brasileira foi no ano seguinte.

No atual governo, desde o primeiro mandato (2003 a 2006), tornou em Programa Plano

Plurianual - PPA 2004/2007, conferindo a Agenda mais atenção e importância como

política publica de acordo com o MMA (2007).

A estratégia da política publica é realizar a implementação junto com a sociedade civil

em três ações: implementar a Agenda 21 Brasileira; elaborar e implementar as Agendas

21 Locais e a formação continuada em Agenda 21. O MMA (2007) relata que são mais

de 544 processos de Agenda 21 Locais em andamento no país.

Para maior abrangência das ações o MMA (2007) age com parcerias e convênios

interministeriais, já efetivados parcerias com o Ministério da Educação, Ministério da

Saúde, Ministério das Cidades, Ministério da Cultura, Ministério do Desenvolvimento

Agrário, Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Ministério da

Integração Nacional, Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento e com o

Ministério de Minas e Energia. Com desenvolvimento no Fórum Brasileiro das ONGs

para o Meio Ambiente e Desenvolvimento; CONFEA/CREA, a Caixa Econômica

Federal, o Banco do Brasil, o Banco do Nordeste e prefeituras brasileiras.

Page 27: Produtos  ecológicamente corretos e suas contribuíções para  o desnvolvimento sustentável

De acordo com o MMA (2007) e o WWF (2006) o programa de políticas da Agenda 21

trabalha nas frentes:

• assegurar a implementação das Ações Prioritárias da Agenda 21 Brasileira;

• assegurar a instalação de Fóruns Locais de Desenvolvimento Sustentável;

• estimular e acompanhar a elaboração e implementação de Planos Locais de De-

senvolvimento Sustentável por meio das Agendas 21 Locais;

• promover e acompanhar processos de formação de governos e sociedade; indu-

zindo a disseminação e elaboração de Agendas 21 Locais;

• desenvolver método de avaliação e monitoramento do Programa Agenda 21.

8. Certificação, Selo Verde.

A ISO foi estabelecida no ano de 1946 por uma confederação internacional dos órgãos

nacionais de normalização (ONNs) de todo o mundo. É um órgão não governamental

no qual se verifica uma série de requisitos para a elaboração de uma normalização, e

conseqüente certificação (Serviço Social da Indústria - Sesi, 2007)

8. 1 A ISO e seu Trabalho.No Brasil a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), é um dos membros

fundadores. Sendo que um país pode possuir vários órgãos nacionais de normalização,

mas somente um o representa na ISO, passando por órgão membro nacional

(Conselho Regional de Arquitetura e Agronomia do Para – Creapa, 2007).

Atualmente, a ISO é composta por mais de 200 comitês técnicos (TC) e outros mil

subcomitês (SC) aproximadamente, encarregam-se de desenvolver as normas

internacionais em diversas áreas. As diretrizes porem são generalistas cabendo aos

comitês o detalhamento de regras dos procedimentos (PNUMA, 2001; Creapa, 2007).

Na história da ISO o TC 207 (Gestão Ambiental, Normas ISO 14000) e o TC 176

(Gestão da Qualidade, Normas ISO 9000) foram os maiores com 63 membros

Participantes cada, isso no ano de 2001 (Campos, 1996; PNUMA, 2001).

As formulações dessas normas internacionais, segundo o PNUMA (2001) e Campos

(1996), seguem seis estágios estabelecidos pela ISO, cada um produz um documento

que define o trabalho e para cada estágio também se sugere um tempo aproximado

para sua conclusão e os critérios de aprovação.

Page 28: Produtos  ecológicamente corretos e suas contribuíções para  o desnvolvimento sustentável

8. 2 Meio Ambiente:O Grupo Assessor Estratégico sobre Meio Ambiente (Strategic Advisory Group on

Environment – SAGE) criado pela ISO em 1991 tem por função analisar as

necessidades para normas internacionais quanto ao meio ambiente. Na RIO92 o

Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável amparou a criação de um

comitê específico na ISO para as questões de gestão ambiental (Finger, 1996 e

Campos, 1996).

O Comitê Técnico de Gestão Ambiental, ISO/TC207 criado em 1993 para desenvolver

uma série de normas internacionais para a área, conta com a participação de

representantes de aproximadamente 60 países em suas reuniões plenárias anuais. No

caso a ISO 14000 definiu aspectos para áreas como sistema de gestão ambiental,

auditorias ambientais, rotulagem ambiental, avaliação do desempenho ambiental,

avaliação do ciclo de vida entre outros (Finger, 1996; Campos, 1996; PNUMA, 2001).

No TC 207 por ter um grande volume de trabalha na confecção de normas seguiu-se o

procedimento ISO no qual grupos de subcomitês tratam de uma área específica das

normas. São cinco linhas de trabalho no TC 207, o Sub Comitê (SC) 01 trata de

Sistemas de Gestão ambiental, o SC 02 trata de Auditorias Ambientais, o SC 03 da

Rotulagem Ambiental, o SC 04 da Avaliação de Desempenho Ambiental e o SC 05 trata

dos assuntos da Avaliação do Ciclo de Vida (Campos, 1996; PNUMA, 2001; ABNT,

2007).

O Comitê Brasileiro de Gestão Ambiental ABNT/CB 38.No Brasil, a ABNT encontrava-se impossibilitada em 1994 de criar um comitê brasileiro

para acompanhar e exercer influências no desenvolvimento das normas ISO 14000.

Para resolver essa situação a ABNT criou no Rio de Janeiro o Grupo de Apoio à

Normalização Ambiental (GANA) com participação de empresas privadas, associações

e entidades importantes do segmento econômico e técnico do país (Radiobrás, 1998;

AVC, 2007).

A implementação das normas da ISO pelas empresas é voluntária, mas são acabam

por constituir em quesitos básicos para as empresas exportadoras. Várias normas da

série ISO 14000 já foram traduzidas para o português e publicadas como Normas

Brasileiras ISO (NBR/ISO) (PNUMA, 2001).

Page 29: Produtos  ecológicamente corretos e suas contribuíções para  o desnvolvimento sustentável

Para substituir o GANA nas discussões e no desenvolvimento de normas ISO 14000 a

nível internacional, na tradução e na publicação das NBR/ISO, foi criado então o Comitê

Brasileiro de Gestão Ambiental ABNT/CB-38, este por sua vez segue os mesmos

princípios de comitê e subcomitês da ISO/TC 207. A estrutura do comitê brasileiro conta

com os seguintes subcomitês e execuções (ABNT, 2007).

SC 01 - Sistemas de Gestão AmbientalDe acordo com o PNUMA (2001), em 2006, o Brasil chegou à marca dos 2500

certificados de ISO 14001. Em geral as empresas com ISO 14001 obtiveram melhorias

no desempenho ambiental, atingiram melhor competitividade com a redução do

consumo de água, energia, matérias primas e economia de gastos no tratamento de

resíduos.

Para adquirir a ISO 14001 à empresa define uma Política Ambiental, implanta um

Sistema de Gestão Ambiental, assume compromisso em cumprir a legislação ambiental

vigente no país e a sua localidade, estabelece o compromisso de melhoria continuada

no seu desempenho ambiental (ABNT, 2007).

SC 02 - Auditorias AmbientaisAs auditorias são importantes para garantir a continuidade da certificação, conferindo-

lhes confiabilidade. Elas são executadas por entidades externas e independentes,

verificando se o sistema de gestão esta de acordo com as normas estabelecidas

(PNUMA, 2001).

SC 03 - Rotulagem Ambiental Como o envolvimento dos consumidores nas questões ambientais propiciou o sistema

de rotulagem ambiental ou Selo Verde. Este tem por finalidade identificar benefícios

ambientais de processos de produção e produtos na Rotulagem Tipo I que é concedido

a produtos adequados em um conjunto de quesitos estabelecidos (PNUMA, 2001 e

MMA, 2007).

Em 1978 na Alemanha surgiu o Blue Angel, seguido pelos países nórdicos com o

Nordic Swan em 1988, Environmental Choice em 1988 no Canadá, Eco-Mark em 1989

no Japão, Green Seal em 1990 nos Estados Unidos, NF-Environnement em 1991 na

França, Índia e da Coréia o Eco Mark também em 1991, Cingapura o Green Label,

Environmental Choice na Nova Zelândia, European Ecolabelling na União Européia,

Page 30: Produtos  ecológicamente corretos e suas contribuíções para  o desnvolvimento sustentável

todos em 1992 e na Espanha em 1993 o AENOR, ABNT – Qualidade Ambiental foi

criado em 1995. Cada um desses selos possui critérios diferentes para a certificação.

A Green Seal empreendeu a criação da rede mundial de rotulagem ambiental, a Global

Ecollabeling Network (GEN). A procura por rotulagem cresceu e evoluiu para um nível

de barreira alfandegária no comércio exterior (PNUMA, 2001).

SC 04 – Avaliação de Desempenho AmbientalA ISO/TC 207 publicou em 1999 uma norma e um relatório técnico, a ISO 14031 sobre

Avaliação do Desempenho Ambiental – Diretrizes e a ISO TR 14032 de Exemplos de

Avaliação de Desempenho Ambiental (PNUMA, 2001).

SC 05 – Avaliação do Ciclo de VidaA ISO 14040 sobre a Avaliação do Ciclo de Vida – Princípios e Estrutura em 1997, a

ISO 14041 também sobre Avaliação de Ciclo de Vida – Definição de Escopo e Análise

do Inventário de 1998, a ISO 14042 a Avaliação do Ciclo de Vida – Avaliação do

Impacto do Ciclo de Vida em 2000, a ISO 14043 a Avaliação do Ciclo de Vida –

Interpretação do Ciclo de Vida em 2000 e a ISO 14048 a Avaliação de Ciclo de Vida –

Formato da Apresentação de Dados em 2002 (PNUMA, 2001).

Em 2002 foi publicado o relatório técnico ISO TR 14047 sobre a Avaliação do Ciclo de

Vida – Exemplos para a Aplicação da ISO 14042. Anteriormente em 2000 fora

publicado um relatório técnico sobre a Avaliação do Ciclo de Vida – Exemplos de

Aplicação da ISO 14041 para a definição de Escopo e Análise de Inventário

denominado ISO TR 14049 (PNUMA, 2001).

SC 06 – Termos e DefiniçõesA única informação descrita sobre este subcomitê, de acordo com o PNUMA (2001) é a

publicação da norma ISO 14050: Termos e Definições, publicada em 1998, e sua

posterior revisão publicada em 2002, a ISO 14050 Rev.

2.7. SC 07 – Aspectos Ambientais no Projeto e Desenvolvimento de Produtos (Ecodesign)Visa à integração dos aspectos ambientais já no desenvolvimento de produtos e

serviços, propicia benefícios ambientais e econômicos como a redução de custos na

redução do consumo de energia, água, matérias primas e menor geração de resíduos

para serem tratados (PNUMA, 2001).

SC 08 – Comunicação Ambiental

Page 31: Produtos  ecológicamente corretos e suas contribuíções para  o desnvolvimento sustentável

Esse subcomitê foi necessário pois a exemplo do ocorrido nos países nórdicos e a

Alemanha, as grandes empresas foram cobradas sobre a informação do desempenho

ambiental anual (PNUMA, 2001).

SC 09 – Mudanças ClimáticasSérie de normas para redução dos gases estufas,

8. 4 Tipos de rotulagem.Os Tipos de Rotulagem são 3 dos quais o selo Tipo I é conhecido como o selo verde

dos produtos. O Selo Tipo II é uma auto declaração realizada pelos fabricantes e

produtores atestando à qualidade ambiental de seus produtos. O Selo Tipo III

assemelha-se ao tipo I, mas este obriga o detalhamento dos impactos ambientais

referentes a cada um dos seus elementos que constituem os produtos descritos nas

embalagens (MMA, 2007).

Segundo o Aonde Vamos (2007), a produção de ecologicamente corretos mostra que

as necessidades humanas podem harmonizar-se com o uso racional dos recursos

naturais, favorecendo ainda o conceito de marketing e fortalecendo a cidadania.

Alguns selos:Certificação - Selo Verde do Conselho Nacional de Defesa Ambiental (CNDA), atividade

iniciada em 01/02/2000 segue os seguintes princípios: Segurança a saúde do

consumidor, impacto ambiental de pequena escala e efeitos, não utilizar insumos

excessivamente, não produzir excesso de resíduos sólidos ou resíduos tóxicos, não

utilizar matéria prima de ecossistemas frágeis ou que os desconfigurem e não utilização

de mão-de-obra infantil. Segundo o CDNA (2004).

Certificação Instituto de Biodinâmica (IBD), que segundo seu web site (2007) age com

fundamentos em princípios humanistas, atuando em todo o Brasil e América do Sul, e

segundo o IBD contribui para a recuperação, conservação e preservação do meio

ambiente, com o desenvolvimento das relações de trabalho e compromissos sociais.

Atualmente certifica com os seguintes rótulos: Certificação Ingredientes Naturais,

Certificação Não OGM, Certificação EcoSocial, Certificação Insumo Aprovado e

Certificação Demeter.

Certificado do Rótulo Ecológico ABNT - Qualidade Ambiental. Segundo a ABNT (2007)

o certificado atesta que o produto esta em conformidade com os critérios ambientais,

Page 32: Produtos  ecológicamente corretos e suas contribuíções para  o desnvolvimento sustentável

estabelecidos para uma determinada categoria de produtos. Demarcando que os

produtos oferecem menor impacto ambiental em relação aos comuns.

No capitulo sobre madeira será detalhado o Forest Stewardship Council (FSC) que é a

certificação florestal de ação mundial mais reconhecida pelo mercado.

9. Após o Consumo Vem o Lixo.

Coleta-se diariamente no Brasil cerca de 167.345 toneladas de resíduos sólidos

domiciliares, sendo que 63,8% dos mesmos vão para aterros sanitários, 23,8% segue

para aterros ditos controlados e 6,3% para lixões e uma parcela mínima, 4,72% para

outras destinações sendo que 32 municípios no Brasil não possuem prestadores de

serviço na área de coleta e destinação de resíduos (Associação brasileira de Empresas

de limpeza Pública e resíduos Especiais - Abrelpe, 2007).

Sendo que define-se por lixo o conjunto de resíduos produzidos pelo homem, entre eles

plásticos, latas, garrafas, sobras de madeira e papel, restos orgânicos e resíduos

biológicos e industriais – cada item separado denomina-se resíduo, misturado forma

lixo (MMA, 2007)

De acordo com o Akatu (2005) existem no Brasil cerca de 8.000 depósitos de lixo

inadequados, estes além de constituírem como habitat de vetores de doenças são

potenciais poluidores do solo e de águas subterrâneas.

Atualmente enfrenta-se um problema logístico na destinação de resíduos sólidos, pois a

maioria dos aterros sanitários existentes se encontram no final da vida útil. Para uma

efetiva reposição que atenda a demanda da produção de resíduos nacionais, seriam

necessários investimentos iniciais de cerca de R$ 500 milhões, sendo que para a

manutenção dos novos aterros seriam necessários cerca de R$ 40 milhões mensais.

A viabilização da coleta seletiva no país, em especial em cidades com menos de 50 mil

habitantes, carece de investimentos na cifra de R$ 800 milhões e os mesmos R$ 40

milhões mensais para a manutenção operacional (Abrelpe, 2007)

Em termos de orçamento federal, os investimentos de destinos adequados à produção

de lixo são baixos, segundo o Akatu (2005), das 5.560 cidades brasileiras, 237

possuem projetos de coleta seletiva, embora diminuto haja uma tendência de aumento

Page 33: Produtos  ecológicamente corretos e suas contribuíções para  o desnvolvimento sustentável

dos números referentes à reciclagem. Enquanto que cerca de 3.502 municípios

brasileiros, ou seja, 63,6% do total, usam lixões para depositarem seus resíduos.

Verifica-se que além das iniciativas governamentais e privadas a minimização da

produção de lixo dependerá dos cidadãos em geral, a Abrelpe (2007) expõe que cada

brasileiro produza diariamente 750 gramas de lixo.

O Akatu (2005) expõe que nos municípios do país, 162.232 toneladas de resíduos

sólidos são coletados diariamente, das quais 125.095 t/d referem-se aos resíduos

domiciliares e comerciais e 37.137 t/d aos coletados em vias públicas.

Mostra-se também um ponto que foi citado no Desenvolvimento Sustentável, o aspecto

socioeconômico, pois no meio urbano os lixões e terrenos baldios geralmente

encontram-se nas periferias e por isso não despertam os interesses da população

formadora de opinião, por conseguinte são menos prioritários na aplicação de recursos

da administração municipal (Akatu, 2005).

9. 1 Lixões.Os lixões caracterizam por áreas abertas e planas próximo às cidades para não

encarecer o transporte (Amorim, 1996).

Lixões representam uma forma desorganizada de se dispor os resíduos sólidos, atraem

animais carniceiros e aproveitadores como urubus e ratos, formam um depósito

epidemiológico (Amorim, 1996). O maior problema em destinar a lixões os resíduos é a

poluição fluvial, pois o lixo ao se decompor produz um liquido altamente tóxico o

Chorume - líquido preto concentrado - e outras substâncias tóxicas hidrosolúveis,

potenciais poluidores para as águas subterrâneas, podendo contaminar os poços e rios

ao qual essa água se destina.

Os Lixões segundo IBAMA, 2007 é a forma de disposição mais usada no Brasil, e um

fator relevante é esta forma é ilegal a emissão de gases como o Metano, que são

liberados sem controle e contribuem para o efeito estufa.

9. 2 Incineradores.A incineração de lixo é executada a altas temperaturas, em geral a 900ºC, e em usinas

construídas para esse único fim. Os incineradores modernos são dotados de pontes

rolantes, caçambas, grelhas móveis, pré-aquecedores de ar, aquecedores de ar,

Page 34: Produtos  ecológicamente corretos e suas contribuíções para  o desnvolvimento sustentável

correias para transporte, filtros eletrostáticos e lavadores de gases para o controle das

emissões de gases poluidores (Zuben, 1998; Abrelpe, 2007).

A vantagem dos incineradores consiste na economia de espaço para depositar o lixo

pois em média para cada 100 litros de lixo produz-se 5 litros de cinzas, essas tornam-se

inertes e não fornece riscos as águas subterrâneas (Amorim, 1996).

Os incineradores são poluidores atmosféricos potenciais, mas mesmo com toda a

poluição que produzem ainda são necessários à destinação de lixo hospitalar,

entorpecentes, produtos farmacêuticos vencidos e o papel moeda que é retirado de

circulação (Amorim, 1996; Zuben, 1998).

A queima de lixo produz também vapores de água que podem ser utilizados na

produção de energia elétrica (Amorim, 1996).

Segundo Zuben (1998), no Brasil o número de incineradores é pequeno, mas tende a

crescer para equacionar economicamente o sistema de gerenciamento integrado de

resíduos sólidos principalmente dos grandes centros urbanos.

9. 3 Aterros sanitários.Em grandes cidades como a de São Paulo, por exemplo, não mais existem lixões

legais, havendo lixões clandestinos (Akatu, 2005; Abrelpe, 2007).

Os aterros sanitários substituem essa forma ultrapassada de dispor o lixo. Os aterros

sanitários são construídos, logo há um custo relativo (Amorim, 1996), é feita uma

enorme depressão geográfica, antes da disposição do lixo é necessário uma

impermeabilização do solo, para a contenção do chorume e demais poluidores de

corpos d’águas. Essa impermeabilização em geral é feita com argilas compactadas e

membranas plásticas isso impediria que as águas subterrâneas sejam contaminadas,

nessa camada impermeabilizante possui drenos para a saída de chorume que deve ser

posteriormente tratado (Zubem, 1998).

O lixo então é colocado em trincheiras e um dreno de concreto com cerca de 20cm de

diâmetro cheio ou não de brita é colocado para captação dos gases da decomposição –

CH4, CO2, dioxinas e etc. – essa camada de lixo é prensada e recebe um selo de

cobertura para colocação de nova camada de lixo, outro tubo é conectado para coleta

dos gases e assim a cada nova camada de lixo (Amorim, 1996; Zuben, 1998).

Page 35: Produtos  ecológicamente corretos e suas contribuíções para  o desnvolvimento sustentável

A capacidade dos aterros são grande e os resíduos são quase que totalmente isolados

da natureza como devem ser.

Um conceito novo é a produção de energia elétrica com os gases produzidos pela

decomposição do lixo. Há ainda um aumento da capacidade do aterro quando há uma

seleção para reciclagem antes de aterrar o lixo (Zubem, 1998).

Os Aterros ditos controlados diferem-se por não conter as estruturas de

impermeabilização, captação e tratamento do chorume ou dos gases gerados, difere

também do lixão porque ao final do dia a camada de lixo é coberta com terra (Amorim,

1996).

9. 4 Compostagem.No processo de compostagem, há a decomposição microbiana dos resíduos orgânicos.

Com isso, obtêm-se um produto final de alto valor nutritivo para fertilização. Na maioria

dos casos, a decomposição é feita através de pilhas em leiras que são periodicamente

revolvidas para obter-se a cura do composto, ou seja, um nível não tóxico. Há também

usinas de aceleração da compostagem onde usa se compressores de ar e exaustores

(Amorim, 1996; Zuben, 1996; Abrelpe, 2007; Cempre,2007).

A restrição deste processo estabelece-se no fato de o lixo urbano de grandes cidades

apresentam certas quantidades de metais pesados indesejados no produto final.

Mas a grande vantagem é que na compostagem grande parte do lixo orgânico acaba

por voltar ao ciclo de produção, os compostos produzidos melhoram a agregação de

nutrientes aos solos bem como a porosidade e a capacidade de retenção de água, bem

como a reutilização de minerais como N, P, K, Ca, Mg e S que outrora seriam

depositados em aterros ou incinerados (Amorim, 1996; Zuben, 1998).

9. 5 Reciclagem do lixo.Há muito tempo no Brasil existem pessoas que catam papel, papelão entre outras

coisas mais nas ruas, essa atividade acaba por destinar parte do lixo a reciclagem. A

quantidade de papéis reciclados atinge cerca de 43,9%; a de plásticos, 17,5%;

embalagens PET 35%; vidro cerca 45%; latas de aço para bebidas com 75%; e as

latinhas de alumínio conferem ao Brasil o recorde mundial de reciclagem com cerca de

89% (Abrelpe, 2007).

Page 36: Produtos  ecológicamente corretos e suas contribuíções para  o desnvolvimento sustentável

Na década de 80 o Brasil encontrava-se em posição de destaque quanto a reciclagem

de papelão. Atualmente o Brasil é um dos países que mais recicla seus recursos

minerais e outros, cerca de 90% do alumínio é recuperado e reutilizado (Cempre,

2007).

Deve-se expor a necessidade da reciclagem, pois esta assume um papel fundamental

na preservação do meio ambiente, já que além de gerar emprego e riquezas, ela

diminui a extração de recursos da natureza (Amorim, 1996; Zuben, 1998,).

Zubem (1998) também cita que não é a reciclagem que irá resolver o problema dos

resíduos sólidos no país, pois há uma necessidade de um gerenciamento integrado dos

resíduos. O centro de reciclagem reduz significativamente a quantidade de lixo a ser

levada aos sítios de depósito. Constituí uma alternativa sustentável para a gestão de

resíduos, pelo ponto de vista ambiental e da viabilidade econômica (Amorim, 1996;

Akautu, 2003; WWF, 2006). Oferece ainda benefícios como combate ao efeito estufa,

preservação ambiental, geração de empregos na coleta seletiva, geração de rendas e

diminuição de custos (Zuben, 1998; IBAMA,2007).

10.Produtos Ecológicos.

10.1 Os Pneus10.1.1 Problemática dos Pneus:

De acordo com os fabricantes de Pneus e a Associação Nacional da Indústrias de

Pneumáticos (ANIP, 2006) um pneu novo de automóvel possui cerca de 10 kg, estes

são distribuídos em 85% de borracha, 12% de aço e 3% de lona. Ao final da sua vida

útil, ele terá cerca de 9 kg, mas permanecem as estruturas de aço e lona. Mesmo inútil

para rodagem possui quantidades consideráveis de material útil, incluindo borracha.

Já através do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no

informe setorial nº. 9 de janeiro de 1998, Complexos Químicos – área de operações

industriais verifica-se alguns dados sobre pneus quanto à matéria prima Negro de

Fumo.

O negro de fumo, que também é conhecido como negro de carbono é constituído por

partículas finamente divididas obtidas por decomposição térmica parcial (pirólise) ou

combustão parcial de hidrocarbonetos gasosos ou líquidos, não sendo informada a

Page 37: Produtos  ecológicamente corretos e suas contribuíções para  o desnvolvimento sustentável

poluição gerada pelo processo de fabricação do negro de fumo, mas no mesmo informe

é citado o fechamento de grande número de plantas de produção, em geral por

incompatibilidade com os novos padrões ambientais exigidos por países

industrializados.

Anualmente são produzidos cerca de 52 milhões de pneus no Brasil. Contabiliza-se

mais 12 milhões provenientes de importação para atender à demanda nacional

segundo o Instituto Via Viva (IVV, 2007).

De acordo com a (ANIP, 2006), o Brasil produziu 41,3 milhões de pneus em 1999.

Sendo a produção dividida entre caminhões e ônibus com 4,65 milhões, as camionetas

com 3,52 milhões, os automóveis com 26,2 milhões, as motos com 3,6 milhões e outros

tipos com 3,33 milhões. É estimado que a frota nacional de veículos automotores gere

mais de 30 milhões de pneus inservíveis por ano.

Estes pneus ao serem dispostos inadequadamente, tornam se vetores de doenças por

constituir um habitat para desenvolvimento de larvas de mosquitos, alem disso são

compostos de altos riscos de incêndios. Sua queima resulta em fumaça altamente

tóxica e óleos que infiltram no solo atingindo e contaminando as águas subterrâneas.

Sua alocação em aterros é problemática pois sua compactação é diminuta e sua

decomposição é estimada em um período longo de tempo, por volta de 300 a 600 anos

segundo o IVV (2007), assim, reduziria significativamente a vida útil do aterro a que são

dispostos. (Instituto de Engenharia do Paraná – IEP, 2005).

10.1.2 Quanto à Legislação:O Conselho Nacional do Meio Ambiente — CONAMA em resolução N° 258/99 - Texto

modificado em 21.03.02, dispõe que as empresas fabricantes e as importadoras de

pneumáticos para uso em veículos automotores e bicicletas ficam obrigadas a coletar e

dar destinação final ambientalmente adequada aos pneus inservíveis existentes no

território nacional, na proporção definida nesta Resolução relativamente às quantidades

fabricadas e/ou importadas.

A ANIP constata que a resolução tem grande importância pois da totalidade dos pneus

de automóveis substituídos na rede de revendedores autorizados, 20% são mantidos

com o proprietário. E dos 80% coletados pelos sucateiros, 13% voltam a pontos de

Page 38: Produtos  ecológicamente corretos e suas contribuíções para  o desnvolvimento sustentável

revenda, sendo 22% reformados e após o uso 65% são descartados clandestinamente

ou incinerados ilegalmente.

10.1.3 Soluções para o Problema.No levantamento realizado encontram-se várias destinações para os pneus

considerados inservíveis, entre ele os seguintes.

10.1.4 O Pneu Verde de Fábrica.Segundo a Michelin (2007), Pirelli (2007) e a Bridgestone (2007), seus pneus são

considerados pneus verdes, estes substituem o Negro de Fumo por sílica, além da

redução no impacto de matéria prima, a adição da sílica no composto da borracha

conferiu aos pneus uma baixa resistência à rodagem mantendo a aderência

(segurança). Esse fator é relevante pois segundo os fabricantes a resistência à

rodagem é responsável por cerca de 20% das emissões de CO2 dos carros e até 40%

dos caminhões, sendo os pneus responsáveis por 20% do consumo de combustíveis

nos carros.

Sendo assim, contribuem na busca pela sustentabilidade pois substituem matérias-

primas nocivas ao meio-ambiente, e, por conseguinte ao ser humano, por matéria prima

menos agressiva e abundante, no caso a sílica, esses pneus possuem uma economia

de matérias primas pois possui maior durabilidade descartando a necessidade do alto

consumo. Propiciam uma economia de energia já que em suas estimativas o consumo

de combustíveis do automotor é reduzido em 5%, e podendo atingir cerca de 24% das

emissões de CO2. Nestes casos não encontramos nenhum tipo de selo verde.

10.1.5 Rodando de Novo.Outra destinação encontrada para os pneus é um produto que vem adquirindo grande

ascensão de acordo com seus produtores. Este produto é conhecido nacionalmente

como Pneu Remoldado (Remold).

Este produto é fabricado a partir das carcaças dos pneus gastos. A carcaça é

selecionada e após isso, é raspada em suas camadas até a estrutura básica do pneu,

em seguida inicia-se o mesmo processo de fabricação dos pneus novos com a fixação

das bandas de rodagem (ANIP, 2006).

Esses pneus, segundos seus fabricantes, (BSColway, 2007) apresentam as seguintes

vantagens: Economia de 20 litros de petróleo nos pneus de carros e de 40 litros nos

Page 39: Produtos  ecológicamente corretos e suas contribuíções para  o desnvolvimento sustentável

pneus de caminhonete, em relação ao que é gasto na fabricação de um pneu comum;

Uso 25 vezes menor de recursos hídricos; custo cerca de 50% menos que os

tradicionais; as emissões atmosféricas, a poluição da água, as quantidades de

sobrecarga e os resíduos produzidos são significativamente menores do que em pneus

tradicionais.

Com isso relaciona-se o produto com a sustentabilidade por praticamente reciclarem as

carcaças de pneus, recolocando-as no mercado para um novo uso, é opção econômica

pela redução nos custos de produção. Economizam energia na fabricação e matérias-

primas, já que não há necessidade de produção da carcaça.

Entre os que reutilizam a carcaça do pneu para uma nova rodagem encontramos

também referências sobre pneus recauchutados, estes por sua vez inserem uma nova

capa de rodagem em carcaças, diferentes dos remoldados não executam nenhuma

reforma nas laterais e no interior do pneu, estes são úteis a sustentabilidade por

reutilizarem as carcaças.

10.1.6 Do Asfalto para o Asfalto.A vida dos Pneus parece estar intimamente ligado com seu local de locomoção, esta é

uma utilização pratica para o pneu após sua vida útil. Uma carcaça para ser reformada

não pode ter mais que 4 anos (BSColway, 2007), passado esse tempo deve ser dado

um fim adequado à carcaça.

Os pneus são recolhidos e moídos, a borracha é incorporada ao asfalto. O grupo Greca

Asfaltos (2007) e o Ipiranga S/A (2007) ressaltam que essa borracha proveniente de

pneus moídos incrementam o desempenho dos ligantes de asfalto tradicionais.

O IEP (2007) relaciona as seguintes vantagens técnicas:

• Redução da susceptibilidade térmica: misturas com ligante asfalto borracha são

mais resistentes às variações de temperatura, quer dizer, o seu desempenho

tanto a altas como a baixas temperaturas é melhor quando comparado com

pavimentos construídos com ligante convencional;

• aumento da flexibilidade, devido a maior concentração de elastômeros na

borracha de pneus;

• melhor adesividade aos agregados;

• aumento da vida útil do pavimento;

Page 40: Produtos  ecológicamente corretos e suas contribuíções para  o desnvolvimento sustentável

• maior resistência ao envelhecimento: a presença de anti-oxidantes e carbono na

borracha de pneus auxilia na redução do envelhecimento por oxidação;

• maior resistência a propagação de trincas e a formação de trilhas de roda;

• permite a redução da espessura do pavimento;

• proporciona melhor aderência pneu-pavimento;

• redução do ruído provocado pelo tráfego de 65 a 85%.

Em junho de 2002, a Greca Asfaltos forneceu ligante asfáltico para a Concessionária

ECOVIA que realizou uma aplicação de Asfalto Borracha na SP 150, entre Santos e

São Paulo (Via Anchieta). A Ecovia divulga a utilização de cerca de 120.000 pneus

inservíveis na construção das novas pistas da Rodovia Imigrantes.

Em um trecho da BR-116 MT, será utilizado 700 pneus derretidos em cada quilometro

de pista asfáltica.

A Agência de Transporte do Estado de São Paulo (ARTESP, 2003), informa que o

custo do novo componente é mais elevado, mas as camadas que são utilizadas na

cobertura asfáltica têm menor espessura, proporcionando a diminuição do degrau que

existe entre a pista e o acostamento. Com isso também se utiliza menos material para

cobertura da área.

Tão logo, os benefícios deste processo são grandes, observa-se que reutilizam a

matéria prima das carcaças de pneus, há então uma redução do volume destinado a

aterros e dispostos irregularmente.

O IEP (2007) e as empresas fabricantes do asfalto de borracha, informam que há uma

redução na demanda por petróleo, tanto pela substituição de parte do asfalto por

borracha, quanto pelo aumento de durabilidade, ou seja economia de matéria prima e

energia. Sendo o petróleo um recurso não renovável, ele é praticamente reciclado, já

que o pneu utiliza o combustível fóssil em sua fabricação.

10.1.7 Construção Civil e Pneu, uma nova relação.O IVV (2007) recebeu da empresa Monobeton os direitos da produção do Concreto

Mole, patenteado como Concreto DI (deformável e isolante).

O concreto é basicamente moído e misturado à mistura de cimento substituindo parte

da brita da composição do concreto. Embora o concreto seja uma composição que

Page 41: Produtos  ecológicamente corretos e suas contribuíções para  o desnvolvimento sustentável

necessita de rigidez, o concreto mole também é uma solução em construção civil

segundo o IVV (2007).

Não é um material para ser usado em pilares, pois estes necessitam de resistência a

compressão, mas é um recurso para vigas que possui uma flexão é constante. Ainda

pode ser usada em barreiras de estradas, sua utilização absorve parte do impacto dos

automóveis nessas barreiras.

Esse tipo de concreto segundo a IVV utiliza cerca de 10 pneus para cada metro de

concreto. As estimativas do instituto é que havendo uma aprovação dos órgãos do

governo relacionados ao transporte, a aplicação dessas barreiras utilizaria 32 milhões

de pneus inservíveis em 3.500 Km de barreiras rodoviárias.

A retirada de pneus inservíveis de circulação da constitui uma busca por

sustentabilidade, já que estes reutilizam matérias primas, reduziria a destinação a

aterros, mas ainda em busca do desenvolvimento sustentável o IVV (2007) é um

instituto de inclusão social pois pretende empregar pessoas com deficiência mental nos

Ecopontos de coleta dos pneus inservíveis. Estima que seria possível incluir no

mercado de trabalho cerca de 600 pessoas com deficiência, em três anos.

Ainda em na área de construção, a BSColway (2007) pneus fornece a Cimentos Rio

Branco do grupo Votorantim no Paraná. A destinação de matéria prima é diferente os

pneus são picados e utilizados como fonte de energia, são queimados em fornos

especiais produzindo energia e o aço das malhas, que se desprendem a altas

temperaturas, é incorporado a mistura de cimento substituído o minério de ferro.

10.2 Plásticos.10.2.1 Problemática dos Plásticos.No inicio do século XIX, a borracha natural era utilizada para produção de artefatos

flexíveis e impermeáveis, mas derretiam expostas ao calor. Em 1928 surgiam novos

plásticos resistentes ao calor mas que ainda eram baseados em matérias primas como

a uréia. No final dos anos 20 surgia o náilon, proveniente de substancias sintéticas, as

amidas, aminas, ácidos e etc. Em 1930 Charles Goodyear descobriu a vulcanização.

De 1930 a 1940 surgiram a maioria dos plásticos conhecidos. (Freitas & Bricio, 2001;

ANIP, 2006).

Page 42: Produtos  ecológicamente corretos e suas contribuíções para  o desnvolvimento sustentável

Os plásticos são provenientes do petróleo, exceto os biodegradáveis, mas no Brasil

apenas 1% de petróleo é usado com esta finalidade. Os plásticos são produtos que

apresentam a característica de moldáveis, atingindo grande demanda de consumo em

várias áreas industriais (Sebio, 2005). Até 1945, o consumo de petróleo com a

finalidade de combustível, não passava 300 mil toneladas/ano, de 1945 a 1973, esse

consumo multiplicou-se por sete, essa demanda acessível de petróleo barateava a

produção de plásticos (Freitas & Bricio, 2001).

Os plásticos são divididos em dois grupos. O primeiro grupo são os termofixos ou

termorrígidos, na fabricação de todos os plásticos há um aquecimento do produto em

torno de 150°C e, em alta pressão, tomam a forma desejada. Esses termorrígidos, após

serem resfriados, não podem ser remodelados, a alta temperatura apenas os destrói é

o caso dos denominados baquelites. Já a segunda classe, chamada de termoplástico,

quando reaquecidos tornam ao estado de plasticidade podendo assim formar outros

artefatos (Zuben, 1998; Freitas & Bricio; 2001; Sebio, 2005).

Os termofixos são oriundos de polimerização, ocorrendo elevado numero de ligações

cruzadas. Ao serem amolecidos, pela ação do calor e resfriados, eles enrijecem de

caráter irreversível em processo chamado de cura, são produtos de extrema rigidez.

Resinas de epóxi e componentes moldáveis a base de formoldeído e fenóis que

caracterizam exemplos desses plásticos (Faria, 2002).

São utilizados principalmente na confecção de tintas, vernizes, termosselantes,

adesivos, sistemas rígidos como tampas. (Sebio, 2005; Cempre, 2007).

De acordo com Zuben (1998), Faria (2002), Sebio (2005) e o Cempre (2007), os

termoplásticos mais usados no mercado são classificados e utilizados basicamente da

seguinte forma:

- Polietileno tereftalato ou poliéster (PET). Apresenta alta resistência mecânica,

transparência e barreira a gases, atende aos requisitos de embalagens para líquidos

como refrigerantes, água, sucos, óleos comestíveis, remédios, detergentes entre

outros. é utilizado em cerca de 25% das garrafas de plástico produzidas;

- Polietileno de alta densidade (PEAD) e de baixa densidade (PEBD). Os PEAD são

característicos por possuir resistência mecânica e alta rigidez, sendo usado em sacolas

de comercio, tampas e frascos em geral, sendo utilizados em cerca de 50 % das

Page 43: Produtos  ecológicamente corretos e suas contribuíções para  o desnvolvimento sustentável

garrafas produzidas. Os PEBD são altamente flexíveis, com boa resistência mecânica e

facilidade para a termossoldagem, muito utilizados em sacos, utensílios domésticos e

frascos flexíveis, mas é mais habitualmente usado na produção de celofane.

- PVC possui resistência à queima e flexibilidade pela adição de modificadores, usado

para tubos rígidos de água e esgoto, cortinas, garrafas de água mineral embalagens de

frutas e vegetais.

- Polipropileno (PP) resistente a choque, alto brilho e transparência, comumente usado

em pára-choques de automotores, garrafas e pacotes de balas,salgados e doces.

- Poliestireno (PS) possui também alta rigidez e boa transparência, mas baixa

resistência a choques, são usados pela industria eletroeletrônica, copos descartáveis e

utensílios domésticos.

Conforme adquiriam utilidade cotidiana, os plásticos tornaram-se vilões, ao longo do

processo de produção e consumo, resultando em quantidades altas de resíduos

(CiênciaJ, 2000; Sebio, 2005). Em 1974, os Estados Unidos da América (EUA)

confidenciou dezenas de mortes de trabalhadores intoxicados pelo processo de

produção do policloreto de vinila (PVC). Biofenilas e policlorados produtos

incombustível a 600ºC, dioxinas (compostos organoclorados resultantes da associação

de matéria orgânica e cloro) e furanos também entram na composição de resíduos

proveniente dos plásticos, (CienciaJ, 2000) em especial o PVC que utiliza cloro na sua

composição. (Feritas & Bricio, 2001).

As dioxinas são compostos químicos de estrutura básica C4H4O2. Dedicam-se estudos

especiais em relação ao composto 2,3,7,8- tetraclorodibenzeno-p-dioxina, pela sua alta

toxidade e efeitos deletérios no Reino Animal (Faria, 2002). As dioxinas estão

associadas a várias doenças do sistema endócrino, reprodutivo, nervoso e imunológico

e saúde ambiental, eles são extremamente persistentes no meio ambiente, entrando na

lista de Produto Orgânico Persistente (POP) (CONAMA, 2005; MMA, 2007).

Ainda na decomposição térmica de PVC, forma-se o Cloreto de hidrogênio, este

associado ao vapor d'água do processo de combustão origina o ácido hidroclorídrico,

que por sua vez possui propriedades corrosivas, atingindo principalmente os

equipamentos do sistema de incineração (Faria, 2002; CONAMA, 2005).

Page 44: Produtos  ecológicamente corretos e suas contribuíções para  o desnvolvimento sustentável

Nessa decomposição térmica do PVC ainda há liberação de furanos e ftalatos,

recentemente estudados em seus efeitos nocivos e por constituírem POP's. (CONAMA,

2005).

Os plásticos são considerados substratos inertes, com índices de decomposição

variáveis (quase desprezíveis) por elementos ambientais, como luz, umidade, calor e

microrganismos. Quando degradados podem originar substâncias não inócuas, de

prolongada persistência e de restrito controle ambiental (Faria, 2002).

Segundo o Akatu (2007) os plásticos necessitam de cerca de 100 anos para se

decompor em aterros, a Inovação Tecnológica (2007) estima em 500 anos. O

Laboratório de Engenharia Bioquímica, do Departamento de Engenharia Química e

Engenharia de Alimentos da Universidade Federal de Santa Catarina (AGECOM, 2007)

estima de 100 a 400 anos.

Em vista desse fator faz-se relevante mencionar que em 2002, o consumo per capita de

plásticos no Brasil foi de 21,7 Kg, cerca de 3.700.000 toneladas.

10.2.2 Governo:No Brasil, os POP’s são controlados de acordo com o Plano Nacional de

Implementação (NIP). Aderido na Convenção de Estocolmo sobre POP’s que entrou em

vigor em 17 de maio de 2004, o Brasil ratificou sua decisão a favor da Convenção em

16 de Junho de 2004, o decreto executivo nº 5.472 de 26/06/2005, promulgou o texto

da convenção. Resoluções do CONAMA, portarias interministeriais e ministeriais tratam

da restrição e estabelecem limites máximos de emissões de impurezas desses

produtos.

A Portaria nº 987, de 08 de dezembro de 1998, regulamenta a reutilização de resinas

recicladas de PET somente para a fabricação de garrafas multicamadas destinadas ao

acondicionamento de bebidas não alcoólicas carbonatadas.

10.2.3 Os Plásticos Biodegradáveis.Uma solução que surge para a redução do volume e da durabilidade dos plásticos são

os biodegradáveis (IPT, 2002). Com isso a resistência dos plásticos a decomposição

fica reduzida (Sébio, 2005).

Mesmo assim devem ser dispostos corretamente no meio ambiente, pois alguns

plásticos biodegradáveis apenas se degradam em pequenas partículas, mantendo as

Page 45: Produtos  ecológicamente corretos e suas contribuíções para  o desnvolvimento sustentável

características dos plásticos comuns (CiênciaJ, 2000; Associação Mineira de Defesa do

Meio Ambiente – AMDA, 2006; Associação Brasileira de Produtores de Amido de

Mandioca –ABAM, 2007).

A biodegradação depende da ação bioquímica de microorganismos, a particularização

dos plásticos constitui a primeira fase do processo. Em geral os demais compostos do

plástico biodegradável formam CO2, H2O e CH4 (CiênciaJ, 2000).

Através da biotecnologia já se obtém o Ácido Polilático (PLA) proveniente de sínteses

bacteriana de açucares. Os plásticos biodegradáveis podem conter outras fontes de

síntese, entre elas o próprio petróleo, que em geral custa menos, mas em contra partida

não é um recurso renovável (AGECON, 2007; IPT, 2002).

A restrição de plásticos de amido decorre do alto envelhecimento e por instabilidade

das propriedades mecânicas na presença de umidade. Os biopolímeros de amido são

altamente permeáveis à água, degradando-se facilmente. Segundo os fabricantes,

quaisquer modificações para solucionar os problemas geram custos tornando-os menos

competitivos no mercado (Sebio, 2005; ABAM, 2007; IPT, 2002)

O amido termo-plástico (TPS) é o biopolimero mais pesquisado. O amido se torna

termoplástico com a adição de plastificantes como água, glicerina, sorbitol entre outros,

a temperaturas de 90 à 180ºC. Esse tipo de plástico pode ser bem utilizado em

equipamentos de injeção, extrusão e sopro (ABAM, 2007).

Embora o amido seja barato, o preço tende a ser neutralizado, pois para que o

biopolimero tenha a mesma plasticidade dos polímeros de petróleo, há a adição de

plastificantes de 20% a 40% do peso o amido (Sebio, 2005; ABAM, 2007).

No Brasil, os estudos estão voltados para o biopolímero de amido ou fécula de

mandioca, tendo vários resultados em plásticos mais rígidos (AMDA, 2006). Outra linha

de trabalho consiste em polímeros que destinam cerca de 8 milhões de toneladas de

bagaço de cana que sobram da produção de energia nas usinas (IPT, 2002). O

polihidroxibutirato (PHB) já é utilizado para a fabricação de vasos, colheres e sacolas

plásticas, o PHB é produzido pela bactéria Burkholderia sacchari.

Os plásticos biodegradáveis contribuem com a redução do consumo de matérias primas

não renováveis (Faria, 2002; Ambiental Brasil, 2004; Akatu, 2006).

Page 46: Produtos  ecológicamente corretos e suas contribuíções para  o desnvolvimento sustentável

Biopolímeros ainda constituem uma ótima solução para redução do lixo, já que

permanecem por menos tempo em sua forma no pós-consumo. Esses benefícios,

segundo o IPT (2002) desaparecem se os plásticos não forem adequadamente

depositados em locais propícios para a compostagem.

Além dos biopolímeros já citados o AGECON (2007) estuda a produção de dois tipos de

plásticos biodegradáveis: o homopolímero Poli(3-hidroxibutirato) e o copolímero Poli(3-

hidroxibutirato-co-3 hidroxivalerato) – ambos produzidos por sínteses bacterianas – com

várias perspectivas de emprego no mercado, com a vantagem de rápida decomposição.

Mas, os biopolímeros ainda não possuem concorrência efetiva, a inviabilidade

econômica e restrições de aplicação, ainda constituem obstáculos à comercialização

(IPT, 2002; Unicamp, 2005; AMDA, 2007).

Com esses dados verifica-se também que a produção de biopolímeros embora não

estejam com a rotulagem verde, podem ser considerados ecologicamente corretos.

Sua utilização embora restrita em diversidade de aplicações reduz significativamente a

permanência do objeto no meio ambiente, tanto em aterros quanto em disposições

ilegais, com degradação que varia de minutos, quanto expostos á condição necessária,

a 45 dias e até 1 ano, os subprotudos são praticamente inertes no ambiente (CienciaJ,

2000; IPT 2002; ABAM, 2006; AMDA, 2007).

Valoriza ainda a utilização de matérias primas renováveis em alternativa aos

combustíveis fósseis, adequando-se no conceito de desenvolvimento sustentável por

ser tecnicamente infinito em produção.

10.2.4 Recuperação de AparasOs plásticos biodegradáveis ainda não atingiram grande presença no mercado, o grupo

Pão de Açúcar procurou uma solução mais viável para um custo de 150 milhões

mensais de sacolas plásticas. Então as sobras das aparas de sacolas que antes iriam

para o lixo passaram a fabricar por mês cerca de 105 milhões sacolas, o que

representa 70% do total utilizado pelo grupo no Brasil e com economia de até 20% dos

custos.

Essa forma de reaproveitamento solucionou não só um problema financeiro mas um

problema de desperdício de matéria prima para o grupo. Consideramos que além de

Page 47: Produtos  ecológicamente corretos e suas contribuíções para  o desnvolvimento sustentável

combater um desperdício de matéria prima ainda reutiliza uma sobra que substituí a

necessidade de produção (Akatu, 2005).

10.2.5 Forro de Longa VidaSegundo o Akatu (2006) das embalagens de longa Vida, 15% são parcialmente

recicladas com um desperdício de 85%. O projeto forro de longa vida, são utilizadas as

embalagens para fazer o isolamento térmico das casas. O produto é comumente usado

para isso é o alumínio. Sendo assim, é possivel um controle da temperatura interna, já

que o alumínio reflete 95% e mantém o ambiente mais fresco.

Esse fim para as embalagens resulta em menor quantidade destinada aos mecanismos

sanitários, logo, menos espaço ocupado com essa finalidade. Constitui uma forma de

reaproveitamento e poupa a extração de matéria prima (alumínio) para a produção do

revestimento original.

10.2.6 Reciclagem de plásticos:A reciclagem é um item fundamental para a sustentabilidade por evitar o desperdício de

matéria prima, de acordo com o Cempre (2007), 16,5% dos plásticos rígidos e filmes

consumidos no Brasil retornam à produção como matéria-prima equivalendo cerca de

200 mil toneladas por ano.

No Brasil, segundo o Cempre (2007) os plásticos PET’s têm uma reciclagem pós-

consumo estimado em 380.398 toneladas/ano, os PEAD’s com 376.364 toneladas/ano,

o PVC com 103.124 toneladas/ano, os PEBD’s com 606.885 toneladas/ano, PP’s com

501.558 toneladas/ano, PS com 134.116 toneladas/ano e outros tipos com 75.357

toneladas/ano, somando um total de 2.177.802 toneladas de plásticos reciclados por

ano.

Na reciclagem mecânica, a presença de contaminantes como aço, alumínio, vidro,

papel cartão, tintas, vernizes e outras substâncias usadas na embalagem dificultam a

reciclagem (Zuben, 1995; Faria, 2002).

Os plásticos podem ainda sofrer a reutilização de resinas ou reciclagem química na

própria planta de produção. Compreende em despolimerização dos plásticos com

recuperação e purificação dos monômeros para reutilização em novas formas plásticas.

(Faria, 2002)

Page 48: Produtos  ecológicamente corretos e suas contribuíções para  o desnvolvimento sustentável

A reciclagem dos plásticos possibilita a recuperação de energia utilizada na fabricação.

A reciclagem energética é realizada por decomposição térmica ou por pirólise (Cempre,

2007). Plásticos possuem um alto valor combustível quando submetidos à combustão

total. Nas misturas de plásticos urbanos o poder combustível chega à cerca de 9.000

BTUs/Kg, quando selecionados e separados de outros resíduos pode chegar a um

saldo de 42.000 BTUs/Kg (Faria, 2002).

Como a combustão enfrenta muitos obstáculos na opinião social pela sua emissão de

gases tóxicos, outra técnica de decomposição térmica ainda pode ser utilizada que é a

parcial ou pirólise. Com a pirólise obtém se óleo combustível bruto, que pode ser

utilizado como fonte de energia (Cempre, 2007). Faria (2002) expõe que nesse

processo há vantagens como: “(a) a possibilidade de armazenamento, transporte e

utilização como óleo bruto; (b) a viabilidade de refino do óleo bruto para a obtenção de

monômeros para síntese de outros produtos plásticos; (c) a transformação do óleo

bruto para composição de materiais com aplicação na construção civil (isolante,

impermeabilizante, etc.) e como componente de material asfáltico na construção de

rodovias”.

Os plásticos reciclados devem ser identificados de acordo com a NBR 13230 da ABNT

sobre Reciclabilidade e Identificação de Materiais Plásticos (Zuben, 1995).

A economia de energia estimada por Zuben (1995) é de cerca de 50%.

A reciclagem aliada aos outros processos de produção e destinação de plásticos

apresenta um quadro mais favorável a um ambiente saudável. Com a reciclagem reduz-

se a utilização de novas matérias primas para produção de utensílios. Os plásticos têm

grande utilidade à raça humana, desde médica até a culinária. Mas a grande

permanência dos plásticos pós-consumo resultou em grave problema de sanidade

ambiental. A reciclagem de ambas formas que se apresenta, reaproveita um material

que poderia agravar o quadro de saneamento descrito, tão logo, segundo o IPT (2002)

hoje se usa cerca de 4% do petróleo do mundo para a produção de plásticos, sendo

que o petróleo, além ser um dos causadores do aquecimento global, é um recurso não

renovável.

10.3 Madeira10.3.1 A Questão da Madeira.

Page 49: Produtos  ecológicamente corretos e suas contribuíções para  o desnvolvimento sustentável

Em reportagem de 11/05/2007, a Folha On Line relata que uma política contra o

desmatamento poderia evitar que 50 bilhões de toneladas de carbono fossem lançados

na atmosfera até 2100. Informa que em estudos de brasileiros e americanos a

preservação das florestas tropicais poderiam contabilizar 12% na redução de emissões

de gases estufa.

O IPCC divulgou em 4 de Maio de 2007 na Tailândia, que o freio no desmate tropical

pode reduzir cerca de 1 bilhão de toneladas de carbono por ano em 2040 com custos

baixos (WWF, 2007). O relatório afirma que as atividades florestais podem ser

planejadas para integrar os programas de desenvolvimento sustentável, com impactos

na redução da pobreza e de conservação ambiental.

Segundo a Folha on Line (2007) seriam necessários cerca de R$ 2 bilhões por ano para

o combate a incêndios florestais e na redução da pecuária, que respondem pela maior

parte das emissões de gases estufa no Brasil.

Esse investimento equivaleria a menos que US$ 2,00 por tonelada de carbono não

emitido. O preço da tonelada de carbono estabelecido no Protocolo de Kyoto é de cerca

de US$ 20,00 (Folha on line, 2007).

Segundo o IBAMA (2007), o desmatamento envolve impactos ambientais dos mais

acentuados, pois estes descaracterizam completamente um habitat, consideram a

atividade como ultima alternativa, sendo caracterizado pela prática de corte, capina ou

queimada, que leve à retirada da cobertura vegetal existente em determinada área.

A Web Diplomacia e Negócios (2005) informa que nas exportações brasileiras a

exploração de itens florestais lidera a lista, com um acumulado de exportações de

madeira de US$ 2,83 bilhões.

A Amazônia que está sendo visada pela alta produtividade de madeira vem sendo

constantemente devastada (Ambiental Brasil, 2007; WWF, 2007), sendo que segundo

Shubart (1993, Apud Nepan, 1992) a floresta amazônica em geral possui uma alta

biomassa, com cerca de 500 toneladas/ha (peso seco) de matéria viva presente em

tempo e espaço dados com um potencial de produção de matéria orgânica de 20

toneladas/ha por ano. Sendo que a grande parte é matéria vegetal e algumas dezenas

de Kg/ha para vertebrados, algumas centenas de Kg/ha para invertebrados

destacando-se em grande quantidade para insetos.

Page 50: Produtos  ecológicamente corretos e suas contribuíções para  o desnvolvimento sustentável

Na Amazônia em geral essa produtividade é muito ilusória, não que não exista, mas o

potencial agrícola e de produção de madeira não seriam altos, pois, a floresta se ergue

em solo pobre e a grande produtividade depende de fatores externos ao sistema com

reservatórios na atmosfera e hidrosfera incluindo o nitrogênio que ocorre

predominantemente em forma gasosa (Nepam, 1992; IBAMA, 2007). Sendo que os

processos de reciclagem do ecossistema florestal – ou seja, o ciclo de vida e

decomposição – é que mantêm a matéria vegetal, sendo que a floresta sobrevive do

que esta acima do solo (Odum, 1983).

Essa citação fez se necessária, pois ressalta a preocupação demonstrada pelo IBAMA

(2007), que relaciona a extração ilegal de madeira e o desmatamento para uso

alternativo do solo em agropecuária como os maiores riscos à permanência da floresta

que nos últimos 4 anos perdeu uma área florestal equivalente a 77.000 Km². E os

técnicos o instituto estimam cerca de 300 milhões de hectares desmatados em todo o

território nacional.

O IBAMA (2007) ainda destaca que o desmatamento contribuí para um quadro de

redução do potencial florestal capaz de contribuir com o desenvolvimento sócio-

econômico regional, redução da biodiversidade, aumento da emissão de dióxido de

carbono, degradação do solo, aumento nos focos de queimadas e perda da qualidade

da água.

A indústria de madeira no Brasil de florestas nativas e plantadas utiliza-se de 316

milhões de metros cúbicos de madeira, dos quais 32 milhões de m3 destinam-se à

produção de papel e celulose 45 milhões de m3 vira carvão vegetal, 60 milhões de m3

são para madeira processada mecanicamente, 29 milhões de m3 vira energia industrial,

150 milhões de m3 destinam-se ao consumo doméstico e secagem de grãos (IBAMA,

2007).

O Brasil possui 26% das florestas tropicais do mundo, enquanto a Arábia Saudita detém

24% do petróleo produzido mundialmente, a floresta se preservada seus recursos não

esgotarão, enquanto que o petróleo é limitado.

10.3.2 Governo:LEI Nº 4.771, DE 15 DE SETEMBRO DE 1965.

Page 51: Produtos  ecológicamente corretos e suas contribuíções para  o desnvolvimento sustentável

Codigo Florestal, define florestas e demais formas de vegetação como propriedades da

União e do patrimônio civil, define áreas de proteção ambiental e áreas de preservação

permanente e dispõe o controle do poder público sobre corte de árvores.

DECRETO Nº 1.282 DE 19 DE OUTUBRO DE 1994.

Ordena o manejo florestal sustentável para áreas da bacia amazônica conforme

disposto no código florestal.

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº1, DE 5 DE SETEMBRO DE 1996

Dispõe a obrigatoriedade de reposição florestal a pessoa física ou jurídica que explore,

transforme ou consuma matéria-prima florestal.

PORTARIA Nº113, DE 29 DE DEZEMBRO DE 1995

Dispões que exploração de florestas primitivas e demais formas de vegetação arbórea,

que tenha como objetivo principal a obtenção econômica de produtos florestais,

somente será permitida através de manejo florestal sustentável.

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 3, DE 4 DE MARÇO DE 2002

Define procedimentos de conversão de uso do solo através de autorização de

desmatamento nos imóveis e propriedades rurais na Amazônia Legal, conforme

especificações ditadas.

10.3.3 Madeira Certificada:Forest Stewardship Council, ou Conselho de Manejo Florestal (FSC), é um selo verde,

possui um alto nível de reconhecimento em cerca de 75 países. Com sede em Oaxaca,

no México, foi constituída em 1993 por organizações interessadas no manejo das

florestas (FSC, 2003), com isso as madeiras certificadas, segundo o WWF (2007),

movimentam cerca de US$ 5 bilhões/ ano no mundo.

Surgiu para fazer uso racional das florestas em razão da necessidade de

sustentabilidade, contém regras internacionais com medidas de proteção ecológica

intercaladas com necessidades sociais e viabilidade financeira (Ambiental Brasil, 2007).

A exemplo da ISO, o FSC credencia organizações especializadas e independentes,

atua para desenvolver padrões nacionais e regionais no manejo e adapta a dinâmica

dos tipos de floresta explorados (FSC, 2003; WWF, 2007)

Os princípios do FSC para o Manejo florestal segundo a FSC (2003), o WWF (2007) e a

Ambiental Brasil (2007) são:

Page 52: Produtos  ecológicamente corretos e suas contribuíções para  o desnvolvimento sustentável

Respeito às leis aplicáveis ao país e a localidade, bem como a tratados internacionais e

acordos assinados pelo país;

Os direitos e responsabilidade de posse e uso devem estar de acordo com a legislação

e documentos legais;

Os diretos legais dos povos indígenas em relação as terras e seus uso devem ser

respeitados;

As relações comunitárias e direitos dos trabalhadores respeitados e se possível

ampliados;

Os benefícios da floresta necessitam estimular o uso hábil dos vários produtos e

serviços da floresta, deve ser economicamente viável e mantendo as funções

socioambientais;

O impacto ambiental e as perdas de biodiversidade devem ser minimizados

conservando os recursos florestais;

O plano de manejo deve ser apropriado em escala e intensidade das operações

propostas, sendo escrito, estabelecido e atualizado;

O monitoramento deve avaliar as condições da floresta, a rentabilidade dos produtos, a

cadeia de custódia, as práticas do manejo e os impactos ambientais e sociais

decorrentes;

Manutenção de Florestas de Alto valor de Conservação deve ser priorizado de modo a

potencializar os atributos que caracterizam essas florestas. Todas as atitudes

pertinentes a essas florestas devem ser abordadas com o princípio de precaução;

As plantações florestais devem seguir os princípios acima, considerando que podem

propiciar vantagens sociais e econômicas para atender as necessidades globais e

atendendo aos princípios de preservação reduzindo as pressões nas florestas primárias

por restaurar uma área já explorada.

Cada princípio do FSC contém seus critérios especiais que regulamentam a aplicação e

as atitudes a serem expurgadas no manejo florestal.

Na certificação ambiental com Cadeia de Custódia Exclusiva, os produtos da indústria

são considerados na totalidade da produção da matéria prima de área florestal

certificada. Já na Cadeia de Custódia não Exclusiva, apenas parte da produção é

Page 53: Produtos  ecológicamente corretos e suas contribuíções para  o desnvolvimento sustentável

certificada por utilizar parcialmente matéria prima de área florestal certificada (Akatu,

2006).

10.3.4 As vantagens da Certificação:Segundo o Akatu (2007) a ministra do meio ambiente Marina Silva havia declarado o

papel fundamental que os consumidores teriam no processo de preservação das

florestas, com isso as madeiras certificadas, ao serem exigidas no mercado, reduziram

e poderiam eliminar a demanda por madeira ilegal.

De acordo com Instituto Sócio Ambiental (ISA, 2002), os Estados Unidos e a União

Européia (UE) já não comercializam o mogno brasileiro. Essa decisão deve ajudar a

fiscalização interna do Brasil que desde outubro de 2001 por meio da Instrução

Normativa 17 do IBAMA proibiu a comercialização da espécie. O governo enviou em 26

de março de 2002 uma carta a Diretoria geral de Meio Ambiente da Comissão

Européia, recomendando a todos os países da UE que recusassem o mogno por ser

extraído de forma ilegal.

Com a certificação esse tipo de exploração predatória é barrada, pois a extração de

madeira passa a ser feito com técnicas para imitar o ciclo natural da floresta permitindo

o mínimo de impacto.

A certificação exige a legalização da propriedade, informa o WWF (2007), implica em

registro das áreas e conseqüente recolhimento de tributo, além de exigir o cumprimento

das leis trabalhistas. Exigindo a documentação constante das atividades permite fácil

fiscalização e transparência, e nos princípios resguarda a participação de três setores:

ambiental, social e econômico, diagnóstica o Ambiental Brasil (2007).

Na certificação todo o processo de manejo deve aumentar a produtividade da floresta

para garantir a viabilidade econômica dos investimentos. Assim certificação agrega

valores aos produtos gerando divisas e permite a permanência da empresa na

concorrência de mercado (Instituto Sócio Ambiental – ISA, 2002).

O mercado evolui para o consumo de produtos certificados, com a cadeia de custódia o

FSC é estampado no produto final que pode ser rastreado desde a sua origem. Desse

modo, as declarações da Ministra do Meio Ambiente se afirmam, pois, além de

contribuir para a exploração não predatória dos recursos florestais, os FSC tendem a

Page 54: Produtos  ecológicamente corretos e suas contribuíções para  o desnvolvimento sustentável

obedecer à regra de bem estar social e não do capitalismo selvagem, ressaltando o

papel democrático de cada cidadão (MMA, 2007).

Em janeiro de 2007 o WWF afirmou que são 3 milhões de ha de florestas certificadas

do Amazonas ao Rio grande do Sul com cerca de 170 certificações por cadeia de

custódia, mas a maior parte dos produtos certificados é exportado. A certificação

ganhou mercado, pois no Brasil mais de 60 organizações que formam o Grupo de

Compradores de Madeira Certificada.

O FSC Brasil iniciado em 2001 (FSC, 2003) aumenta a perspectiva desse mercado que

hoje movimenta por ano cerca de R$ 1 bilhão podendo atingir até R$ 3 bilhões (IBAMA,

2007).

A exemplo também a agregação de valores como ocorreu no Projeto de Assentamento

Agroextrativista Chico Mendes (Seringal Cachoeira no Acre), onde os seringueiros

praticam o manejo sustentável obtém um aumento de renada. Como explicou o

professor Virgílio Maurício Viana da Universidade de São Paulo e coordenador

científico do Projeto de Assentamento Agroextrativista Chico Mendes, explicou a revista

Sebrae (2002) afirmando que: “cada árvore derrubada na mata sem controle destrói

entre 150 e 200 outras espécies, tanto de pequeno quanto de médio porte”. De acordo

com o Sebrae (2002) 85% da madeira que é retirada da Amazônia abastece

madeireiras no mercado interno sendo que 15% é exportada.

Com isso podemos concluir que mesmo havendo um potencial alto de desmatamento

(IBAMA, 2007), o mercado mundial pressiona as indústrias de madeira para a

certificação (WWF, 2005), esse controle pode manter o consumo e as espécies para

esse consumo. Pois se houvesse um controle maior daquilo que é extraído, boa parte

da Mata Atlântica teria sido preservada (Akatu, 2006). A contribuição para o

desenvolvimento sustentável no nosso parecer é grande, pois para que haja a

exploração da madeira a indústria certificada terá que se preocupar com o

socioambiental, que é o foco do mesmo.

10.3.5 Gerando EnergiaFaria (2002) expõe que madeiras secas possuem valor energético de 12.000 a 16.000

BTUs/Kg, enquanto que o carvão possui cerca de 24.000 BTUs/Kg, e o óleo bruto do

refino de petróleo têm valor energético aproximado em 12.000 BTUs/Kg.

Page 55: Produtos  ecológicamente corretos e suas contribuíções para  o desnvolvimento sustentável

Em Itacoatira – AM, segundo a Agência Nacional de Águas (ANA, 2007) funciona uma

usina com capacidade de produção de 9MW que abastece a usina da Serraria Mil

Madeira fornecedora do resíduo, e cerca de 410 mil residências populares integrados a

Companhia Energética do Amazonas (CEAM).

Segundo a ANA (2007), a Mil Madeira foi a primeira empresa da região de Itacoatiara a

ser certificada com FSC, que conforme as regras, exige o máximo de aproveitamento. A

empresa segundo a ANA (2007) ainda produz 215 toneladas/dia de resíduos que eram

acumulados a céu aberto na serraria. A solução foi vender à BK Energia Ltda. empresa

que investiu R$ 22 milhões na construção de uma usina para produção energética com

os resíduos de madeira, e cada mega watt produzido custa em torno de R$ 100,00

enquanto que usando o óleo diesel como matéria geradora de energia esse mega watt

passa a custar R$ 400,00.

Para gerar os 9MW de energia, em térmicas a diesel, o custo anual é de R$20 milhões,

só com o combustível (ANA, 2007). Segundo José Romero Rego, diretor comercial da

BK Energia, “o resíduo acumulado nos últimos 3 anos pela Mil Madeireira, mais a

produção diária, serão suficientes para abastecer a central nos próximos 5 anos”.

O fato, que embora não seja o caso da empresa segundo a Mil Madeireira, é que há

muitas serrarias localizadas nas margens de rios na Amazônia, e que simplesmente

despejam montanhas de serragem nas águas, contribuindo para a degradação da

qualidade da água entre muitos outros problemas decorrentes (ANA, 2007).

Segundo a ANA (2007) outras três centrais energéticas estão em construção na região

amazônica do Mato Grosso, em São José do Rio Claro (9MW), Cotriguaçu (1,6 MW) e

Araguari (1,2MW) e projetos no Pará,com geração prevista em 4 MW.

Essa destinação de resíduos contribuí e muito para uma sustentabilidade e para a

evolução das exigências da certificação florestal, já que esses resíduos estariam

sempre se acumulando e poderiam causar impactos como incêndios e degradação de

em corpos d’água que era a comum destinação desses resíduos por muitas

madeireiras, já que o resíduo não teria utilidade no comércio esse aproveitamento ainda

reduz a compra de outras fontes combustíveis para a produção de energia.

10.3.6 Industria do Papel:

Page 56: Produtos  ecológicamente corretos e suas contribuíções para  o desnvolvimento sustentável

Segundo o Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio (MDIC, 2007) o Brasil

caracteriza-se pela produção de celulose branqueada fibras curtas derivada de

eucalipto, com cerca de 5,4 milhões de toneladas por ano e por celulose branqueada e

fibra longa derivadas de coníferas com 1,3 milhão de toneladas. Com uma produção tão

grande nos destacamos no mercado mundial de celulose de eucalipto, ainda de acordo

com o MDIC (2007), o produto brasileiro não possui competidor a altura devido aos

baixos custos de produção do eucalipto que na Europa leva cerca de 30 a 40 anos e no

Brasil esse tempo de maturação cai para 7 anos.

O consumo de papel cresceu mais de seis vezes desde a metade do século XX, o que

não é explicado para a massa consumidora de papel é o processo de fabricação. Até a

década de 1980, para branquear o papel, as indústrias utilizavam cloro gasoso. Com

isso, havia uma alta produção de dioxinas que como já citadas são altamente nocivas e

bioacumulativas, ainda hoje se utiliza cloro no Brasil, mas em menor escala (Zuben,

1998; IDEC, 2007; Bracelpa, 2007).

O processo consiste em moer a madeira em lascas, conhecidas como cavacos, que

são cozidos em digestores com produtos químicos (sulfato de sódio 80% e 20% de

Soda) que separam celulose de lignina e outros componentes vegetais. Nesse

processo se obtém o licor negro que é altamente tóxico, este é armazenado para

decantação e tratamento mesmo assim ainda contém níveis de poluentes em baixas

concentrações e são despejados em corpos d’água (Zuben, 1998; Ambiental Brasil,

2007; IDEC, 2007).

O branqueamento da celulose envolve muitas seqüências de lavagens. Mesmo com a

diminuição do cloro gasoso o elemento substituto no Brasil é o dióxido de cloro que

minimiza mas não elimina a formação de dioxinas, incluindo este papel no qual

imprimimos nosso trabalho, fato é que quanto mais branco o papel mais é necessária à

lavagem e o uso de substâncias químicas.

Na europa, o cloro para a fabricação de papel foi expurgado, utiliza-se atualmente o

oxigênio, peróxido de hidrogênio e ozônio, processo chamado de Chlorine Free (TCF)

menos agressivo ao ambiente e a saúde.

A produção de 1 tonelada de papel ainda requer a utilização de 2 a 3 toneladas de

madeira, mais cerca de 100.000 litros de água, é maior que em outras atividades

Page 57: Produtos  ecológicamente corretos e suas contribuíções para  o desnvolvimento sustentável

industriais. Sendo a atividade classificada em quinto lugar no consumo energético no

Brasil com um consumo por tonelada de 5.000 KW (Ambiental Brasil, 2007).

No Brasil segundo o MDIC (2007) 100% da produção de papel celulose é feita com

madeira de áreas replantadas, mas isso não garante a eficiência ecológica, pois

segundo o WWF (2007) o FSC também é necessário para áreas de replantio.

O IDEC (2007) expõe é que na produção de papel não é contabilizada a utilização da

água de irrigação, que no Espírito Santo já foi responsável pelo esgotamento de alguns

córregos.

Um procedimento que está auxiliando a mudança desse quadro de excesso de química

e desperdício de água é a certificação FSC, além de garantir a permanência das

empresas no mercado, pois a Europa exige cada vez mais a rotulagem ambiental,

significa que o empreendimento terá durabilidade garantindo os investimentos.

E um fator que está em ascendência no Brasil é a busca dos empresários em melhorar

sua imagem e de suas empresas no mercado interno. A certificação evita o que já

ocorreu e ocorre muito que é a exploração de terras indígenas e quilombolas sem a

devida permissão e remuneração desses povos, mas o principal é o não esgotamento

de florestas e respectiva biodiversidade e um plantio coerente com as capacidades do

solo de sustê-los.

10.3.7 Reciclagem do Papel:Diferente da produção de celulose, a fabricação de uma tonelada de papel, a partir de

papel usado, o consumo de água é de apenas 2.000 litros, muitas vezes menor, e o

consumo de energia é 80% menor e economizam 2,5 barris de petróleo (Ambiental

Brasil, 2007). Uma tonelada de aparas de papel pode substituir de 2 a 4 m3 de madeira,

conforme o tipo de papel a ser fabricado, o que se traduz em uma nova vida útil para de

15 a 30 árvores.

Partindo do principio que a fase mais poluente é o branqueamento do papel e que este

já fora executado, as industrias de papel reciclado funcionam quase que isentas de

impactos de produção (Bracelpa, 2007).

Diferente da reciclagem de vidro, o papel tem um limite para a reciclagem entre 6 e 8

vezes, devido à constituição básica do papel, que é um emaranhado de celulose, e

essas fibras se degradam.

Page 58: Produtos  ecológicamente corretos e suas contribuíções para  o desnvolvimento sustentável

Assim faz-se necessária adição de celulose virgem à celulose que será reciclada. Com

isso divide-se o papel reciclado em dois grupos, um em que o material é composto por

fibras de papel já utilizado e outro grupo que recicla basicamente as sobras de papel do

corte feito na produção ainda na indústria (Aprende Brasil, 2001).

A aplicabilidade de papel reciclado e diversidade de papéis com potencial de serem

reciclados são imensas, como por exemplo o Papel Corrugado (papelão), com ampla

utilidade no transporte de mercadorias, tendo cerca de 72% reciclado, constituindo um

dos materiais mais reciclados no país. Na produção de papelão, utilizam-se cerca de

80% das aparas recicladas. É o material mais facilmente coletado e comercializado em

grandes volumes (Ambiental Brasil, 2007).

Entre as vantagens de reciclar o papelão é a economia no corte de 10 a 12 árvores e

utilização de 10 a 50 vezes menos água que na produção com celulose virgem. Ao

contrário da produção de papel de escritório, não há necessidade da retirada de tintas e

lavagens para sua produção (IBAMA, 2007).

O papel que deve ser reciclado é separado do lixo comum e destinado a depósitos

onde é comumente enfadado em prensas e classificados de acordo com o tipo, tendo

mais valor de mercado o papel branco sem mistura.

O processo para reciclagem consiste em desagregação do papel misturado em água

formando uma pasta de celulose, obtido com o equipamento Hidrapulper (semelhante a

um grande liquidificador). Em uma peneira são retiradas impurezas, como fibras,

pedaços grandes de papel, plásticos, etc (Akatu, 2007).

Segue para a lavagem química em água e soda cáustica que retira as tintas. Logo após

uma depuração o papel segue para as prensas para a produção de rolos papel.

Cerca de 41% do papel produzido no país retorna a produção através da reciclagem, e

cerca de 86% do consumo de papel é destinado a atividades comerciais e industriais.

Papeis higiênicos, vegetais, parafinados, carbono, plastificados e metalizados não

podem ser reciclados por suas utilizações e características.

Consideramos que o papel reciclado é um aliado ao desenvolvimento sustentável, pois

como toda reciclagem evita que haja desperdício de matéria prima que pode ser

reaproveitada, e em especial o papel reciclado gera um numero grade de empregos,

desde o catador até os trabalhadores da industria de reciclagem.

Page 59: Produtos  ecológicamente corretos e suas contribuíções para  o desnvolvimento sustentável

Mas não deixamos de atentar que a reciclagem não é a solução para o problema,

embora reaproveitando a celulose e evitando que mais áreas sejam desmatadas para a

produção de eucalipto e coníferas, a reciclagem ainda se utiliza em menor escala de

químicas, energia e água. Para que haja efetiva conservação ambiental e assim um

futuro é necessário diminuir o consumo.

Page 60: Produtos  ecológicamente corretos e suas contribuíções para  o desnvolvimento sustentável

11.Conclusão

Verifica-se que os Produtos Ecologicamente Corretos contribuem para o desenvolvi-

mento sustentável frente aos problemas ambientais encontrados. As suas estratégias

de ações partem do principio de economia de matéria prima e custos energéticos, vi-

sando o uso racional desses recursos.

O fato de diminuir a extração e o beneficiamento de matérias primas confere-lhes o atri-

buto de sustentabilidade, pois deste modo reduzem o impacto do produto em compara-

ção com o que convencionalmente é (ou era) produzido.

Em meio ao desenvolvimento sustentável, que requer como base o não esgotamento

dos recursos utilizáveis, os produtos ecológicos ganham destaque, estes sendo certifi-

cados ou não. Pois, a exigência que a sociedade requer das empresas é voltado ao as-

pecto da qualidade de vida, uma vez que a qualidade ambiental interfere diretamente

neste quesito, desse modo, quaisquer ações que venham presidir a preservação ambi-

ental passam a ter prioridade e mérito maior.

Em vista desse mérito as empresas passaram a se preocupar mais com o marketing

ambiental, com isso, acentuam sua permanência em um mercado globalizado. Alguns

produtos ainda beneficiam essas empresas devido à economia de beneficiamento da

matéria prima, incluindo destinação de seus resíduos.

A questão dos resíduos por sua vez, é a mais crítica, em vista que por necessidades de

qualidade ambiental e saúde humana, a destinação de resíduos requer a construção de

instalações que possuam capacidades limitadas, levando em consideração que o con-

sumo excessivo ocasiona o esgotamento precoce da capacidade dessas instalações,

sendo assim para complementar as ações em busca do desenvolvimento sustentável

faz-se necessário que haja uma revisão dos atuais padrões de consumo, apenas a

ação dos ecologicamente corretos não bastariam se a demanda de produtos não for ra-

cional.

Assim a reciclagem é uma opção viável para a destinação desses resíduos já que reduz

a quantidade que seria destinada aos meios sanitários, no entanto necessita de legisla-

ção específica visando à expansão dessa ferramenta.

Page 61: Produtos  ecológicamente corretos e suas contribuíções para  o desnvolvimento sustentável

Um aspecto favorável à mudança dos padrões de consumo, exigidos pelo desenvolvi-

mento sustentável, é a rotulagem ambiental, pois está assegura ao consumidor que o

produto consumido condiz com as exigências sócio-ambientais. Em contra partida con-

fere as empresas maior competitividade no atendimento a demanda comercial. Nos

bastidores, a certificação exige que as empresas se tornem aptas as regras e padrões

de preservação ambiental; respeitando também as leis trabalhistas, esse fator contribuí

diretamente para o desenvolvimento sustentável na construção de um patrimônio ambi-

ental e na diminuição da desigualdade social.

A rotulagem no Brasil defronta com os obstáculos na ausência de legislações específi-

cas e com a falta de ênfase no marketing ambiental das empresas, na diferenciação

dos produtos oferecidos, esses empecilhos influenciam negativamente na expansão

deste mercado.

Page 62: Produtos  ecológicamente corretos e suas contribuíções para  o desnvolvimento sustentável

Referência Bibliográfica

ABRELPE. Artigos técnicos. 2007. Disponível em:

<http://www.abrelpe.com.br/iswa_artigos.php> Acesso em: 18/04/2007.

ABRELPE. Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil. 2006. Disponível em:

<http://www.abrelpe.org.br/downloads/Panorama2006.pdf> Acesso em: 18/04/2007.

Acesso em: 03/05/2007.

Agência de Transporte do Estado de São Paulo (ARTESP). Asfalto Borracha:

Informativo Técnico ARTESP. Setembro de 2003. Disponível em:

<http://www.artesp.sp.gov.br/ativa/ativa_001.asp>. Aceso em: 22/03/2007.

Agência de Transporte do Estado de São Paulo (ARTESP): SPVias utiliza asfalto ecológico. Janeiro de 2003. Disponível em:

<http://www.artesp.sp.gov.br/noticias/noticias.asp?idNoticia=19>Acesso em:

22/03/2007.

AMBIENTAL BRASIL. Biomassa. Disponível em:

<http://www.ambientebrasil.com.br/composer.php3?base=./energia/index.html&conteud

o=./energia/biomassa.html#papel> Acesso em: 16/05/2007.

AMBIENTAL BRASIL. Certificação Florestal. 2007. Disponível em:

<http://www.ambientebrasil.com.br/composer.php3?base=./florestal/index.html&conteud

o=./florestal/certificacao.html> Acesso em: 16/05/2007.

AMBIENTAL BRASIL. Desenvolvimento Sustentável. 2007. Disponível em:

<http://www.ambientebrasil.com.br/composer.php3?base=./gestao/index.html&conteudo

=./gestao/artigos/sustentavel.html> Acesso em: 09/05/2007.

Page 63: Produtos  ecológicamente corretos e suas contribuíções para  o desnvolvimento sustentável

AMBIENTAL BRASIL. Desmatamento. 2007. Disponível em:

<http://www.ambientebrasil.com.br/composer.php3?base=./florestal/index.html&conteud

o=./florestal/artigos/desmatamento.html> Acesso em: 09/05/2007.

AMBIENTAL BRASIL. Pinus na silvicultura brasileira. 2007. Disponível em:

<http://www.ambientebrasil.com.br/composer.php3?base=./florestal/index.html&conteud

o=./florestal/artigos/pinus.html> Acesso em: 22/05/2007.

AMBIENTAL BRASIL. Plástico biodegradável já é fabricado no Brasil. 2004.

Disponível em:

<http://www.ambientebrasil.com.br/noticias/index.php3?action=ler&id=16701> Acesso

em: 09/05/2007.

AMBIENTAL BRASIL. Reciclagem de Papel. 2007. Disponível em:

<http://www.ambientebrasil.com.br/composer.php3?base=residuos/index.php3&conteud

o=./residuos/reciclagem/papel.html> Acesso em: 22/05/2007.

AMORIM, Valter Pedrosa. Resíduos Sólidos Urbanos – O Problema e a Solução.

Editora Roteiro Editorial Ltda. Brasília – DF 1996.

ANDRADE, Otavio Rui Bernardes. Gestão Ambiental – Enfoque Estratégico Aplicado

ao Desenvolvimento Sustentável. Editora Makron Books. São Paulo – SP 2002.

Associação nacional das industrias de Pneumáticos (ANIP). Responsabilidade Pós-consumo. 2007. Disponível em: <http://www.anip.com.br> Acesso em: 22/05/2007.

AONDE VAMOS. Produtos Ecológicos para uma sociedade Sustentável. 2006.

Disponível em: <http://www.aondevamos.eng.br/verdade/artigos/p_ecologicos.htm>

Acesso em: 19/04/2007.

Page 64: Produtos  ecológicamente corretos e suas contribuíções para  o desnvolvimento sustentável

APRENDE BRASIL. Asfalto Ecológico. Outubro de 2001. Disponível em:

<http://www.aprendebrasil.com.br/noticiacomentada/011019_not01.asp> Acesso em:

09/03/2007.

Associação Brasileira de Produtores de Amido de Mandioca (ABAM). Bioplásticos de Amido: Um Mercado de Futuro. Junho de 2006. Disponível em:

<http://www.abam.com.br/revista/revista14/ceteagro.php> Acesso em: 20/04/2007.

Associação Brasileira de Produtores de Amido de Mandioca (ABAM). Biopolímeros: Amido substitui petróleo na produção de embalagens biodegradáveis. Junho de 2006.

Disponível em: <http://www.abam.com.br/revista/revista14/biopolímeros.php> Acesso

em: 20/04/2007.

Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica. Primeiro o produto, depois a tecnologia. 01 de Agosto de 2005. Disponível em:

<http://www.abtg.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=262&Itemid=47>

Acesso em: 17/04/2007.

Associação Mineira de Defesa do Meio Ambiente (AMDA). Material biodegradável é alternativa para "plasticomania". 30/Mar/2007. Disponível em:

<http://www.amda.org.br/base/sp-nw?nid=1143> Acesso em: 20/04/2007.

Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES). Complexo Químico; Área de

Operações Industriais 1; Gerencia Setorial 4 – Negro de Fumo. 1998. Disponível em:

<http://www.bndes.gov.br/conhecimento/setorial/negro.pdf> Acesso em: 22/05/2007.

BSCOLWAY. 2007. Política Ecológica. Disponível em:

<http://www.bscolway.com.br/portal/institucional/ins_econumeros.php> Acesso em:

22/05/2007.

Page 65: Produtos  ecológicamente corretos e suas contribuíções para  o desnvolvimento sustentável

BSCOLWAY. Produtos. 2007. Disponível em:

<http://www.bscolway.com.br/portal/produtos/produtos.php> Acesso em: 22/05/2007.

CARVALHO, José Candido de Melo. Atlas da Fauna Brasileira. 3º Edição. Editora

Melhoramentos. Brasília – DF 1995.

CAVALCANTI, Clóvis [org]. Meio Ambiente Desenvolvimento Sustentável e Políticas Públicas. Editora Cortez – São Paulo – SP 1997.

CIENCIAJ. Grupo de Estudos de Recursos Ambientais. 2000. Disponível em:

<http://www.ajc.pt/cienciaj/n14/gera.php3> Acesso em: 22/05/2007.

Compromisso Empresarial para Reciclagem (CEMPRE). Reciclagem: Compromissos e Benefícios. 2007 . Disponível em:

<http://www.cempre.org.br/compromisso_beneficios.php> Acesso em: 22/05/2007.

Compromisso Empresarial para Reciclagem (CEMPRE). O mercado para reciclagem.

Disponível em:

<http://www.Cempre.org.br/fichas_tecnicas.php?lnk=ft_plastico_rigido.php> Acesso em:

17/04/2007.

Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA). Disponível em:

<http://www.mma.gov.br/port/conama/legi.cfm> Acesso em: 02/04/2007

DAJOZ, Roger. Princípios de Ecologia. 7ºEdição. Editora Artmed. Porto Alegre – RS

2005.

DIPLOMACIA E NEGÓCIOS. Consciência Ecológica cria Oportunidades de Negócios. 2005. Disponível em: <http://www.diplomaciaenegocios.com.br/ntc.asp?Cod=113> Acesso em: 17/04/2007

Page 66: Produtos  ecológicamente corretos e suas contribuíções para  o desnvolvimento sustentável

ECONOMIA BR. Conceito de Desenvolvimento Sustentável. 2007 . Disponível em:

<http://www.economiabr.net/economia/3_desenvolvimento_sustentavel_conceito.html>

Acesso em: 22/05/2007.

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa. 3º Edição. Editora Positivo. Curitiba – PR 2004.

Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP). A Reciclagem de Pneumáticos Usados a parti da resolução da Conama 258/99. 2006. Disponível em:

<http://www.fiesp.com.br/ambiente/produtos_servicos/downloads/walter_tegani.pdf>

Acesso em: 22/05/2007.

FINGER, Matthias – Por que as Corporações Transnacionais Organizam-se para “Salvar o Ambiente Global” ?. 1996. Disponível em:

<http://www.nossofuturoroubado.com.br/ambiente.htm> Acesso em: 18/04/2007.

FOLHA ON LINE. John Forgách preserva o verde trocando o idealismo pelo lucro.

2002. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/folha/sinapse/ult1063u56.shtml>

Acesso em: 19/04/2007.

FOLHA ON LINE. Leia à íntegra da declaração conjunta da Cúpula. 2005. Disponível

em: <http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u68908.shtml> Acesso em:

18/04/2007.

FOLHA ON LINE. Por que é necessário preservar a coruja-pintada. 2004. Disponível

em: <http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u11316.shtml> Acesso em:

19/04/2007.

FOLHA ON LINE. Preocupação com ambiente estimula empresas a investir em ecológicos. 29/7/2004. disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/folha/equilibrio/noticias/ult263u3666.shtml> Acesso em: 18/04/2007.

Page 67: Produtos  ecológicamente corretos e suas contribuíções para  o desnvolvimento sustentável

FOLHA ON LINE. Desenvolvimento sustentável busca crescimento sem destruição. 05/06/2003. disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u9273.shtml> Acesso em: 02/04/2007

FOLHA ON LINE. Salvar matas resolve 12% da crise do clima, dizem pesquisadores. 2007. Disponível em:

<http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u16420.shtml> Acesso em:

19/04/2007.

FORLIN, Flavio J.; FARIA, José de Assis F. Considerações Sobre a Reciclagem de Embalagens Plásticas. Departamento de Tecnologia de Alimentos, UNICAMP. 2002.

Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-

14282002000100006> Acesso em: 18/04/2007.

FREITAS, Jones de, BRICIO, Japiassu, AGUIAR, Renato. Enciclopédia do Mundo Contemporâneo. 2º Edição. Editora Terceiro Milênio Rio de Janeiro – RJ Publifolha

São Paulo – SP. 2001.

GORBACHEV, Mikhail Sergeevitch. Meu Manifesto Pela Terra. 1º Edição. Editora

Planeta do Brasil. São Paulo – SP. 2003.

GRECA ASFALTOS. Responsabilidade Ambiental. 2007. Disponível em:

<http://www.grecaasfaltos.com.br/resp_ambiental.html> Acesso em: 22/05/2007.

Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (IBAMA).

Desenvolvimento Sustentável. Disponível em:

<http://72.14.205.104/u/IBAMAGOV?q=cache:s7xceYuVW4sJ:ibama2.ibama.gov.br/cni

a2/download/publicacoes/t0104.pdf+Relat%C3%B3rio+Brundtland&hl=pt-

BR&ct=clnk&cd=2&ie=UTF-8> Acesso em: 22/05/2007.

Page 68: Produtos  ecológicamente corretos e suas contribuíções para  o desnvolvimento sustentável

Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (IBAMA). Relatório Perspectivas do Meio Ambiente no Brasil - GEO BRASIL. 2002. Disponível em:

<http://209.85.165.104/u/IBAMAGOV?q=cache:tsnsK6Xf65UJ:ibama2.ibama.gov.br/cni

a2/download-nao-

vale/publicacoes/geobr/docs/drafts/florestas.doc+impactos+da+Industria+de+papel+cel

ulose&hl=pt-BR&ct=clnk&cd=6&ie=UTF-8> Acesso em: 25/05/2007

Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (IBAMA). Produtos Preservativos de Madeiras. 2007. Disponível em: <http://www.ibama.gov.br/qualidadeambiental/madeira/index.php> Acesso em: 25/05/2007

Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (IBAMA). Pólis - Instituto de Estudos, Formação e Assessoria em Políticas Sociais. 2007. Disponível em: http://209.85.165.104/u/IBAMAGOV?q=cache:-wkl8iNO_kkJ:www.ibama.gov.br/ambtec/documentos/Coleta_Seletiva.doc+reciclagem%2Bculpa&hl=pt-BR&ct=clnk&cd=2&ie=UTF-8

Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (IBAMA).

Desmatamento. 2007. Disponível em:

<http://www.ibama.gov.br/desmatamento/home_conceitos.htm> Acesso em:

22/05/2007.

Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (IBAMA). Lixão Clandestino. 2007. Disponível em:

<http://www.ibama.gov.br/df/index.php?id_menu=97&id_arq=15> Acesso em:

22/05/2007.

Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (IBAMA). Panorama do Lixo. 2007. Disponível em:

<http://209.85.165.104/u/IBAMAGOV?q=cache:1Aj73mTwZS0J:ibama2.ibama.gov.br/cn

ia2/download/publicacoes/t0119.pdf+panorama+do+lixo&hl=pt-

BR&ct=clnk&cd=6&ie=UTF-8> Acesso em: 22/05/2007.

Page 69: Produtos  ecológicamente corretos e suas contribuíções para  o desnvolvimento sustentável

Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC). Parceria entre Idec e MMA promove ações de educação para o consumo. 2003. Disponível em:

<http://www.idec.org.br/emacao.asp?id=370> Acesso em: 22/05/2007.

Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC). O lado escuro do papel. 2007. Disponível em: <http://www.idec.org.br/rev_servicosambiente.asp> Acesso em:22/05/2007

INOVAÇÃO TECNOLÓGICA. Plástico de mandioca para embalar alimentos é biodegradável e pode ser comido. 08/Fevereiro/2007. Disponível em:

<http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=010160070208>

Acesso em: 17/04/2007.

INOVAÇÃO TECNOLÓGICA. Fabricação de cada computador consome 1.800 quilos de materiais. 09/03/2007. Disponível em: <http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=010125070309> Acesso em: 17/04/2007

INOVAÇÃO TECNOLÓGICA. Plástico de garrafas PET pode se decompor em 45 dias. 23/01/2007. Disponível em: <http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=010125070123> Acesso em: 17/04/2007

INSTITUTO AKATU . Pare e Pense. Disponível em: 2006

<http://www.akatu.org.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=1306&query=simple&searc

h%5Fby%5Fauthorname=all&search%5Fby%5Ffield=tax&search%5Fby%5Fheadline=f

alse&search%5Fby%5Fkeywords=any&search%5Fby%5Fpriority=all&search%5Fby%5

Fsection=1%2C3%2C116%2C4%2C5%2C7%2C8%2C78%2C9%2C10%2C11%2C15%

2C19%2C16%2C17%2C52%2C23%2C27%2C91%2C29%2C28%2C56%2C57%2C58

%2C59%2C61%2C62%2C63%2C74%2C75%2C79%2C21%2C88%2C82%2C83%2C8

4%2C119%2C22%2C85%2C86%2C96%2C104%2C106%2C110%2C111%2C112%2C

113%2C114%2C118%2C117%2C14%2C120&search%5Fby%5Fstate=all&search%5Ft

ext%5Foptions=all&sid=10&text=necessidades+da+atual+popula%E7%E3o&tpl=view%

5Ftipo4%2Ehtm> Acesso em: 17/04/2007.

Page 70: Produtos  ecológicamente corretos e suas contribuíções para  o desnvolvimento sustentável

INSTITUTO AKATU. A Política Nacional de Resíduos Sólidos: A Responsabilidade

das Empresas e a Inclusão Social. 08 de Outubro de 2002. Disponível em:

<http://www.akatu.org.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=119&query=simple&search

%5Fby%5Fauthorname=all&search%5Fby%5Ffield=tax&search%5Fby%5Fheadline=fal

se&search%5Fby%5Fkeywords=any&search%5Fby%5Fpriority=all&search%5Fby%5Fs

ection=1%2C3%2C116%2C4%2C5%2C7%2C8%2C78%2C9%2C10%2C11%2C15%2

C19%2C16%2C17%2C52%2C23%2C27%2C91%2C29%2C28%2C56%2C57%2C58%

2C59%2C61%2C62%2C63%2C74%2C75%2C79%2C21%2C88%2C82%2C83%2C84

%2C119%2C22%2C85%2C86%2C96%2C104%2C106%2C110%2C111%2C112%2C1

13%2C114%2C118%2C117%2C14%2C120&search%5Fby%5Fstate=all&search%5Fte

xt%5Foptions=all&sid=88&text=Problema+dos+pl%E1sticos&tpl=view%5Ftipo4%2Ehtm

> Acesso em: 14/04/2007.

INSTITUTO AKATU. Aproveitamento racional atenua problemas relativos ao lixo.

01 de Agosto de 2005. Disponível em:

<http://www.akatu.org.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=1078&query=simple&searc

h%5Fby%5Fauthorname=all&search%5Fby%5Ffield=tax&search%5Fby%5Fheadline=f

alse&search%5Fby%5Fkeywords=any&search%5Fby%5Fpriority=all&search%5Fby%5

Fsection=1%2C3%2C116%2C4%2C5%2C7%2C8%2C78%2C9%2C10%2C11%2C15%

2C19%2C16%2C17%2C52%2C23%2C27%2C91%2C29%2C28%2C56%2C57%2C58

%2C59%2C61%2C62%2C63%2C74%2C75%2C79%2C21%2C88%2C82%2C83%2C8

4%2C119%2C22%2C85%2C86%2C96%2C104%2C106%2C110%2C111%2C112%2C

113%2C114%2C118%2C117%2C14%2C120&search%5Fby%5Fstate=all&search%5Ft

ext%5Foptions=all&sid=10&text=Problema+dos+pl%E1sticos&tpl=view%5Ftipo4%2Eht

m> Acesso em: 14/04/2007.

INSTITUTO AKATU. Aproveitamento racional atenua problemas relativos ao lixo.

01 de Agosto de 2005. Disponível em:

<http://www.akatu.org.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?from%5Finfo%5Findex=11&infoid=

1078&query=simple&search%5Fby%5Fauthorname=all&search%5Fby%5Ffield=tax&se

arch%5Fby%5Fheadline=false&search%5Fby%5Fkeywords=any&search%5Fby%5Fpri

Page 71: Produtos  ecológicamente corretos e suas contribuíções para  o desnvolvimento sustentável

ority=all&search%5Fby%5Fsection=1%2C3%2C116%2C4%2C5%2C7%2C8%2C78%2

C9%2C10%2C11%2C15%2C19%2C16%2C17%2C52%2C23%2C27%2C91%2C29%2

C28%2C56%2C57%2C58%2C59%2C61%2C62%2C63%2C74%2C75%2C79%2C21%

2C88%2C82%2C83%2C84%2C119%2C22%2C85%2C86%2C96%2C104%2C106%2C

110%2C111%2C112%2C113%2C114%2C118%2C117%2C14%2C120&search%5Fby

%5Fstate=all&search%5Ftext%5Foptions=all&sid=10&text=Reciclagem+de+plasticos&t

pl=view%5Ftipo4%2Ehtm> Acesso em: 17/04/2007.

INSTITUTO AKATU. Certificação florestal garante ao consumidor origem sustentável do produto. 2006. Disponível em:

<http://www.akatu.org.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=1364&query=simple&searc

h%5Fby%5Fauthorname=all&search%5Fby%5Ffield=tax&search%5Fby%5Fheadline=f

alse&search%5Fby%5Fkeywords=any&search%5Fby%5Fpriority=all&search%5Fby%5

Fsection=1%2C3%2C116%2C4%2C5%2C7%2C8%2C78%2C9%2C10%2C11%2C15%

2C19%2C16%2C17%2C52%2C23%2C27%2C91%2C29%2C28%2C56%2C57%2C58

%2C59%2C61%2C62%2C63%2C74%2C75%2C79%2C21%2C88%2C82%2C83%2C8

4%2C119%2C22%2C85%2C86%2C96%2C104%2C106%2C110%2C111%2C112%2C

113%2C114%2C118%2C117%2C14%2C120&search%5Fby%5Fstate=all&search%5Ft

ext%5Foptions=all&sid=22&text=cadeia+de+cust%F3dia&tpl=view%5Ftipo4%2Ehtm>

Acesso em: 22/05/2007.

INSTITUTO AKATU. Coleta seletiva de lixo em São Paulo. 2003. Disponível em:

<http://www.akatu.org.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=312&query=simple&search

%5Fby%5Fauthorname=all&search%5Fby%5Ffield=tax&search%5Fby%5Fheadline=fal

se&search%5Fby%5Fkeywords=any&search%5Fby%5Fpriority=all&search%5Fby%5Fs

ection=1%2C3%2C116%2C4%2C5%2C7%2C8%2C78%2C9%2C10%2C11%2C15%2

C19%2C16%2C17%2C52%2C23%2C27%2C91%2C29%2C28%2C56%2C57%2C58%

2C59%2C61%2C62%2C63%2C74%2C75%2C79%2C21%2C88%2C82%2C83%2C84

%2C119%2C22%2C85%2C86%2C96%2C104%2C106%2C110%2C111%2C112%2C1

13%2C114%2C118%2C117%2C14%2C120&search%5Fby%5Fstate=all&search%5Fte

Page 72: Produtos  ecológicamente corretos e suas contribuíções para  o desnvolvimento sustentável

xt%5Foptions=all&sid=22&text=capacidade+dos+aterros&tpl=view%5Ftipo4%2Ehtm>

Acesso em: 17/04/2007.

INSTITUTO AKATU. Consumo cresce, mas qualidade de vida piora. 2005.

Disponível em:

<http://www.akatu.org.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=912&query=simple&search

%5Fby%5Fauthorname=all&search%5Fby%5Ffield=tax&search%5Fby%5Fheadline=fal

se&search%5Fby%5Fkeywords=any&search%5Fby%5Fpriority=all&search%5Fby%5Fs

ection=1%2C3%2C116%2C4%2C5%2C7%2C8%2C78%2C9%2C10%2C11%2C15%2

C19%2C16%2C17%2C52%2C23%2C27%2C91%2C29%2C28%2C56%2C57%2C58%

2C59%2C61%2C62%2C63%2C74%2C75%2C79%2C21%2C88%2C82%2C83%2C84

%2C119%2C22%2C85%2C86%2C96%2C104%2C106%2C110%2C111%2C112%2C1

13%2C114%2C118%2C117%2C14%2C120&search%5Fby%5Fstate=all&search%5Fte

xt%5Foptions=all&sid=22&text=consumo+desenfreado&tpl=view%5Ftipo4%2Ehtm>

Acesso em: 17/04/2007.

INSTITUTO AKATU. Da produção ao descarte, parceiros do Akatu respeitam o meio ambiente. 2006. Disponível em:

<http://www.akatu.org.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=1474&query=simple&searc

h%5Fby%5Fauthorname=all&search%5Fby%5Ffield=tax&search%5Fby%5Fheadline=f

alse&search%5Fby%5Fkeywords=any&search%5Fby%5Fpriority=all&search%5Fby%5

Fsection=1%2C3%2C116%2C4%2C5%2C7%2C8%2C78%2C9%2C10%2C11%2C15%

2C19%2C16%2C17%2C52%2C23%2C27%2C91%2C29%2C28%2C56%2C57%2C58

%2C59%2C61%2C62%2C63%2C74%2C75%2C79%2C21%2C88%2C82%2C83%2C8

4%2C119%2C22%2C85%2C86%2C96%2C104%2C106%2C110%2C111%2C112%2C

113%2C114%2C118%2C117%2C14%2C120&search%5Fby%5Fstate=all&search%5Ft

ext%5Foptions=all&sid=82&text=biodegradaveis&tpl=view%5Ftipo4%2Ehtm> Acesso

em: 17/04/2007.

INSTITUTO AKATU. Embalagens longa vida viram manta térmica para casas.

10/05/2006. Disponível em:

Page 73: Produtos  ecológicamente corretos e suas contribuíções para  o desnvolvimento sustentável

<http://www.akatu.org.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=1442&query=simple&searc

h%5Fby%5Fauthorname=all&search%5Fby%5Ffield=tax&search%5Fby%5Fheadline=f

alse&search%5Fby%5Fkeywords=any&search%5Fby%5Fpriority=all&search%5Fby%5

Fsection=1%2C3%2C116%2C4%2C5%2C7%2C8%2C78%2C9%2C10%2C11%2C15%

2C19%2C16%2C17%2C52%2C23%2C27%2C91%2C29%2C28%2C56%2C57%2C58

%2C59%2C61%2C62%2C63%2C74%2C75%2C79%2C21%2C88%2C82%2C83%2C8

4%2C119%2C22%2C85%2C86%2C96%2C104%2C106%2C110%2C111%2C112%2C

113%2C114%2C118%2C117%2C14%2C120&search%5Fby%5Fstate=all&search%5Ft

ext%5Foptions=all&sid=88&text=Problema+dos+pl%E1sticos&tpl=view%5Ftipo4%2Eht

m> Acesso em: 14/04/2007.

INSTITUTO AKATU. Plásticos no oceano podem contaminar animais marinhos do planeta. 12 de Janeiro de 2007. Disponível em:

<http://www.akatu.org.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=1664&query=simple&searc

h%5Fby%5Fauthorname=all&search%5Fby%5Ffield=tax&search%5Fby%5Fheadline=f

alse&search%5Fby%5Fkeywords=any&search%5Fby%5Fpriority=all&search%5Fby%5

Fsection=1%2C3%2C116%2C4%2C5%2C7%2C8%2C78%2C9%2C10%2C11%2C15%

2C19%2C16%2C17%2C52%2C23%2C27%2C91%2C29%2C28%2C56%2C57%2C58

%2C59%2C61%2C62%2C63%2C74%2C75%2C79%2C21%2C88%2C82%2C83%2C8

4%2C119%2C22%2C85%2C86%2C96%2C104%2C106%2C110%2C111%2C112%2C

113%2C114%2C118%2C117%2C14%2C120&search%5Fby%5Fstate=all&search%5Ft

ext%5Foptions=all&sid=88&text=Problema+dos+pl%E1sticos&tpl=view%5Ftipo4%2Eht

m> Acesso em: 13/04/2007.

Instituto de Engenharia do Paraná (IEP). Asfalto Borracha: Ecoflex. Agosto de 2003.

Disponível em: <www.iep.org.br/lit/APOSTILA_Asfalto_Borracha.doc>

Acesso: 22/03/2007.

Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). Bagaço vira plástico biodegradável. 02/Nov/2002. Disponível em:

<http://www.ipt.br/institucional/imprensa/midia/?ID=962> Acesso em: 16/04/2007.

Page 74: Produtos  ecológicamente corretos e suas contribuíções para  o desnvolvimento sustentável

Instituto Sócio Ambiental (ISA). Estados Unidos e União Européia barram mogno do Brasil. 2002. Disponível em: <http://www.socioambiental.org/nsa/detalhe?id=232>

Acesso em: 18/04/2007.

IPIRANGA S/A. Ipiranga Asfaltos. Disponível em:

<http://www.ipiranga.com.br/petroleo/asfaltos/index_asfaltos.htm>

Acesso em: 22/05/2007.

Instituto Via Viva (IVV). Disponível em: Concreto DI. <http://www.viaviva.org.br/>

Acesso em: 18/05/2007.

JACOBI, Pedro. Educação Ambiental Cidadania e Sustentabilidade. Caderno de

Pesquisa USP nº 118, p. 189-205 – Março 2003.

MARX, Karl. O capital: Critica da Economia Política. 18º Edição. Editora Civilização

Brasileira. Rio de Janeiro – RJ 2001.

MICHELIN. Política Ambiental. 2007. Disponível em:

<http://www.michelin.com.br/wps/portal/!ut/p/kcxml/04_Sj9SPykssy0xPLMnMz0vM0Y_Q

jzKLN4i3dAXJgFku-

pGoIsam6CKOcAFfj_zcVH1v_QD9gtzQ0IhyR0UA2h_loA!!/delta/base64xml/L3dJdyEvU

Ud3QndNQSEvNElVRS82XzBfOUY!?channelId=dd9d0b0c3c09b010VgnVCM1000001e

65600aRCRD> Acesso em: 22/05/2007.

Ministério do Meio Ambiente (MMA). Políticas para o desenvolvimento Sustentável – 2003. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/port/sds/index.cfm>. Acesso em:

20/03/2007.

Ministério do Meio Ambiente (MMA). Disponível em:

http://www.mma.gov.br/index.php?ido=conteudo.monta&idEstrutura=20

Page 75: Produtos  ecológicamente corretos e suas contribuíções para  o desnvolvimento sustentável

Ministério do Meio Ambiente (MMA). Educação Ambiental. 2007. Disponível em:

http://www.mma.gov.br/index.php?ido=conteudo.monta&idEstrutura=18&idConteudo=90

8 Acesso em: 20/03/2007.

Ministério do Meio Ambiente (MMA). Agenda 21. Disponível em:

http://www.mma.gov.br/index.php?ido=conteudo.monta&idEstrutura=18&idConteudo=12

39

MURGEL, Samuel Branco. O Meio ambiente em Debate. 26º Edição. Editora Moderna.

São Paulo – SP. 1997.

NEPAN. Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais – Ambiente e Sociedade: possibilidades e perspectivas. UNICAMP. Campinas – SP 1992.

ODUM, Eugene P. Ecologia – Editora Guanabara Koogan – Rio de Janeiro – RJ. 1983.

PINTO, Anacleto Laurino, RIBEIRO, Maisa de Souza. Balanço Social como Instrumento de Evidenciação de Responsabilidade Social: Um Estudo no Estado de

Santa Catarina. Editora Atlas. São Paulo – SP 2001

Pirelli. Sobre pneus. 2007. Disponível em:

<http://www.pirelli.com.br/web/technology/about-tyres/default.page>

Acesso em: 22/05/2007.

Programa das Nações Unidas para Meio Ambiente (PNUMA) – Brasil. A Agenda 21 no Brasil. 2001. Disponível em:

<http://www.brasilpnuma.org.br/pordentro/saibamais_agenda21.htm>

Acesso em: 22/05/2007.

Page 76: Produtos  ecológicamente corretos e suas contribuíções para  o desnvolvimento sustentável

Programa das Nações Unidas para Meio Ambiente (PNUMA) – Brasil. As Normas ISO 14000. 2001. Disponível em:

<http://www.brasilpnuma.org.br/pordentro/saibamais_iso14000.htm>

Acesso em:22/05/2007.

Programa das Nações Unidas para Meio Ambiente (PNUMA) – Brasil. Camada de Ozônio. 2001. Disponível em:

<http://www.brasilpnuma.org.br/pordentro/saibamais_ozonio.htm>

Acesso em: 22/05/2007.

RICKLEFS, Robert E. Economia da Natureza. Editora Guanabara Koogan – Rio de

Janeiro – RJ 2003.

SEBIO, Leonard; CHANG, Yonn Kil. Laboratório de Cereais - Planta Piloto de Extrusão - Departamento de Tecnologia de Alimentos - Faculdade de Engenharia de

Alimentos / UNICAMP. Desenvolvimento de Plástico Biodegradável a Base de Amido,

Gelatina Glicerol e Água Pelo Processo de Extrusão: Avaliação das Propriedades

Mecânicas e de Barreira. Campinas, SP. Disponível em:

<http://www.cori.unicamp.br/IAU/completos/Estudo%20da%20Biodegradacao%20de%2

0Polimeros%20Naturais.doc> Acesso em: 20/04/2007.

Sistema de Informações da Serra da Mantiqueira (SISMA). Definição de Desenvolvimento Sustentável em 1940 – São Paulo 2006. Disponível em:

<http://www.SISMA.org.br/docs/info.asp?ChavePauta=229&ChaveTema=49&ChaveSet

or=3> Acesso em: 19/03/2007.

UNICAMP. Impacto ambiental. Avaliação do Ciclo de Vida pode afetar competitividade das empresas; seminário em São Paulo aponta tendência. 10 de

Outubro de 2005. Disponível em: <http://www.inovacao.unicamp.br/report/news-

acv1.shtml> Acesso em: 18/04/2007.

Page 77: Produtos  ecológicamente corretos e suas contribuíções para  o desnvolvimento sustentável

Universidade Federal de Brasília (UNB) – O que é Desenvolvimento Sustentável. Brasília – DF 2007 Disponível em:

<http://www.unb.br/temas/desenvolvimento_sust/o_que_e.php> Acesso em:

19/03/2007.

Universidade Federal de Santa Catarina (AGECON). Engenharia Química estuda plástico biodegradável. 05 de Dezembro de 2003 Disponível em:

<http://www.agecom.ufsc.br/index.php?secao=arq&id=1873> Acesso em 18/04/2007.

World Wild Life Fund – Brasil (WWF). Fórum Mundial da Água: WWF alerta para rápida desaparição de rios em curso livre. 2006. Disponível em:

<http://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/meio_ambiente_brasil/agua/agua_news/inde

x.cfm?uNewsID=1740> Acesso em: 04/05/2007.

World Wild Life Fund – Brasil (WWF). Ações Prioritárias. 2007. Disponível em:

<http://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/meio_ambiente_brasil/arpa/arpa_acoes2/am

azonas/index.cfm> Acesso em: 16/05/2007.

World Wild Life Fund – Brasil (WWF). Amazônia - Apoio ao Desenvolvimento

Sustentável. 2007. Disponível em:

<http://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/meio_ambiente_brasil/amazonia/index.cfm>

Acesso em: 09/05/2007.

World Wild Life Fund – Brasil (WWF). Aquecimento global: desastres piores podem

ser evitados. 2007. Disponível em:

<http://www.wwf.org.br/informacoes/questoes_ambientais/index.cfm?uNewsID=6920>

Acesso em: 09/05/2007.

World Wild Life Fund – Brasil (WWF). Combate ao comércio ilegal de madeira deve ser acompanhado de políticas de desenvolvimento. 2005. Disponível em:

Page 78: Produtos  ecológicamente corretos e suas contribuíções para  o desnvolvimento sustentável

<http://www.wwf.org.br/informacoes/noticias_meio_ambiente_e_natureza/index.cfm?uN

ewsID=2500> Acesso em: 09/05/2007.

World Wild Life Fund – Brasil (WWF). Desmatamento: boas novas e velhos problemas.

2006. Disponível em:

<http://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/biomas/bioma_amazonia/index.cfm?uNewsI

D=3460> Acesso em: 16/05/2007.

World Wild Life Fund – Brasil (WWF). Em Santarém (PA), comunidade toma a iniciativa. A natureza agradece. 2006. Disponível em:

<http://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/meio_ambiente_brasil/educacao/educacao_

acoes/aguas_limpas/index.cfm> Acesso em: 04/05/2007.

World Wild Life Fund – Brasil (WWF). IPCC: Não há mais tempo a perder, é preciso combater a mudanças climáticas agora. 2007. Disponível em:

<http://www.wwf.org.br/index.cfm?uNewsID=7340> Acesso em: 04/05/2007.

World Wild Life Fund – Brasil (WWF). Nossa história. 2007. Disponível em:

<http://www.wwf.org.br/wwf_brasil/wwf_brasil/dez_anos_wwf_brasil/historia_wwf_brasil/i

ndex.cfm> Acesso em: 04/05/2007.

World Wild Life Fund – Brasil (WWF). O que é certificação florestal? 2007. Disponível

em:

<http://www.wwf.org.br/informacoes/questoes_ambientais/certificacao_florestal/index.cf

m> Acesso em: 09/05/2007.

World Wild Life Fund – Brasil (WWF). O Que é Desenvolvimento Sustentável. 2006.

Disponível em:

<http://www.wwf.org.br/informacoes/questoes_ambientais/desenvolvimento_sustentavel

/index.cfm> Acesso em: 20/03/2007.

Page 79: Produtos  ecológicamente corretos e suas contribuíções para  o desnvolvimento sustentável

World Wild Life Fund – Brasil (WWF). Produção de carne orgânica e preservação ambiental são temas de seminário em Brasília. 2006. Disponível em:

<http://www.wwf.org.br/informacoes/sala_de_imprensa/index.cfm?uNewsID=5540>

Acesso em: 09/05/2007.

World Wild Life Fund – Brasil (WWF). Relatório Anual do WWF-Brasil (2005). 2006.

Disponível em:

<http://www.wwf.org.br/informacoes/bliblioteca/index.cfm?uNewsID=3420>

Acesso em: 16/05/2007.

World Wild Life Fund – Brasil (WWF). Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global. 2006. Disponível em:

<http://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/meio_ambiente_brasil/educacao/tratado_de

_educacao_ambiental/index.cfm> Acesso em: 16/05/2007.

World Wild Life Fund – Brasil (WWF). WWF no Brasil. 2007. Disponível em:

<http://www.wwf.org.br/wwf_brasil/wwf_brasil/index.cfm> Acesso em: 09/05/2007.

Zuben, Fernando Von. Meio Ambiente, Cidadania e Educação – Caderno do

Professor. Editora Horizonte Geográfico. Campinas – SP 1998.