Produto 7. Relatório Final com as incorporações dos pareceres e contribuições_revis_urbano
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Fonte: SEMA, 2010
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS
MARÇO DE 2011
RELATÓRIO FINAL
PRODUTO 7
CONTRATO Nº 089/2010 SEMA/CON&SEA LTDA
Plano Estadual de Recursos Hídricos
GOVERNO DO ESTADO DO ACRE
SECRETARIA DE ESTADO DE MEIO AMBIENTE
TIÃO VIANA
GOVERNADOR DO ESTADO DO ACRE
CARLOS EDEGARD DE DEUS
SECRETÁRIO DE ESTADO DE MEIO AMBIENTE
MARIA MARLI FERREIRA DA SILVA
COORDENADORA DO DEPARTAMENTO DE ÁGUAS E RECURSOS HÍDRICOS
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Coordenação e Elaboração
Antonio Ramaiana de Barros Ribeiro – Engenheiro Agrônomo – Consultor em Meio Ambiente e Desenvolvimento
Ana Rosa Mesquita de Figueiredo – Engenheira Química – Especialista em Gestão Ambiental
Equipe Técnica
Paulo Sérgio Altieri dos Santos – Engenheiro Sanitarista – Mestre em Hidrologia e Planejamento de Recursos Hídricos
Edinólia Maria da Silva Corrêa - Química Industrial – Especialista em Perícia Auditoria e Gestão Ambiental
Iloé Listo de Azevedo – Geólogo
Taiguara Raiol Alencar – Geógrafo - Mestre em Gestão Ambiental e Territorial
Ana Clara Serrão Fayal – Socióloga – Mestre em Recursos Florestais
Gabriel Ferreira de Lima - Engenheiro Agrônomo - Mestre em gestão ambiental e Territorial.
Wilson José Costa Sousa - Advogado
Plano Estadual de Recursos Hídricos
ELABORAÇÃO:
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Plano Estadual de Recursos Hídricos
SUMÁRIO
LISTA DE QUADROS.....................................................................................................5LISTA DE FIGURAS........................................................................................................5LISTA DE TABELAS.......................................................................................................5SIGLAS E ABREVIATURAS.............................................................................................6SIGLAS E ABREVIAÇÕES...............................................................................................6INTRODUÇÃO...............................................................................................................8CAPÍTULO 1. PROGNÓSTICO DOS RECURSOS HÍDRICOS DO ESTADO DO ACRE.........101.1. CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES........................................................................101.2. CONTEXTO DO PLANEJAMENTO DOS RECURSOS HÍDRICOS NO ESTADO DO ACRE..........................................................................................................................121.2.1. O PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS, AS BACIAS HIDROGRÁFICAS E AS UNIDADES DE GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS..................................................121.2.2. ALGUMAS INFORMAÇÕES RETROSPECTIVAS....................................................181.2.3. PROJEÇÕES TENDENCIAIS DE DISPONIBILIDADE E DEMANDA DE ÁGUA...........20II. METODOLOGIA ADOTADA PARA A ELABORAÇÃO DOS CENÁRIOS..........................232.1. PRINCIPAIS ATORES............................................................................................262.2. VARIÁVEIS CONDICIONANTES DE FUTURO..........................................................262.3. INCERTEZAS CRÍTICAS DE CONTEXTO E SUAS HIPÓTESES..................................272.4. INVESTIGAÇÃO MORFOLÓGICA...........................................................................282.5. CRITICIDADE DAS MACRO-INCERTEZAS NAS UGRH.............................................31III. CENÁRIOS ELABORADOS.......................................................................................353.1. PREMISSAS PARA ELABORAÇÃO DOS CENÁRIOS.................................................353.2. CENÁRIO I – “ÁGUAS INSUSTENTÁVEIS”..............................................................373.3. CENÁRIO II – “ÁGUAS NO LIMITE”........................................................................383.4. CENÁRIO III – “ÁGUAS SUSTENTÁVEIS”...............................................................393.5. PROJEÇÕES BASEADAS NOS CENÁRIOS GERADOS..............................................40IV. DIRETRIZES PARA O FUTURO................................................................................48CAPÍTULO II. PLANO DE AÇÃO....................................................................................512.1. CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES........................................................................512.2. DIRETRIZES, METAS, PROGRAMAS E AÇÕES DO PLERH/ACRE.............................562.2.1. DIRETRIZ I. IMPLEMENTAÇÃO DA POLÍTICA DE GESTÃO INTEGRADA DOS RECURSOS HÍDRICOS NO ESTADO.............................................................................572.2.2. DIRETRIZ II. CONSOLIDAÇÃO DO MARCO LEGAL E FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL PARA A GESTÃO INTEGRADA DOS RECURSOS HÍDRICOS..................772.2.3. DIRETRIZ III. DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO, EDUCAÇÃO AMBIENTAL E COMUNICAÇÃO..........................................................................................................882.2.4. DIRETRIZ IV. DESENVOLVIMENTO DE MEDIDAS DE ADAPTAÇÃO ÀS MUDANÇAS CLIMÁTICAS............................................................................................932.3. PLANO DE INVESTIMENTOS...............................................................................1172.4. SISTEMA DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DO PLERH/AC.............................1402.4.1. INDICADORES.................................................................................................142REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................................144ANEXOS...................................................................................................................1471. SIMULAÇÃO NUMÉRICA DA PRECIPITAÇÃO TOTAL SOBRE A AMÉRICA DO SUL (1961-1990).............................................................................................................1482. CENÁRIOS PARA ANOMALIAS NA PRECIPITAÇÃO PARA A AMÉRICA DO SUL (2011-2040).......................................................................................................................1493. CENÁRIOS PARA ANOMALIAS NOS DIAS CONSECUTIVOS SEM CHUVA PARA A AMÉRICA DO SUL (2011-2040).................................................................................1504. CENÁRIOS PARA ANOMALIAS NA TEMPERATURA PARA A AMÉRICA DO SUL (2011-2040).......................................................................................................................1515. LISTA DE VARIÁVEIS DO PNRH.............................................................................1536. DESCRIÇÃO DOS CENÁRIOS DO PNRH.................................................................1597.1. PROGNÓSTICO UGRH - ABUNÃ..........................................................................1607.2. PROGNÓSTICO UGRH – ACRE-IQUIRI.................................................................1687.3. PROGNÓSTICO UGRH PURUS............................................................................1787.4. PROGNÓSTICO UGRH ENVIRA - JURUPARI.........................................................186
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Plano Estadual de Recursos Hídricos
7.5. PROGNÓSTICO UGRH TARAUACÁ......................................................................1937.6. PROGNÓSTICO UGRH JURUÁ.............................................................................201
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Plano Estadual de Recursos Hídricos
LISTA DE QUADROS
Quadro 1. Divisão territorial por mesorregiões, regionais e municípios
LISTA DE FIGURAS
Figura 1. Regionais de Desenvolvimento do Estado do Acre. Figura 2. Região Hidrográfica do Amazonas e sub-bacias de nível 3. Figura 3. Percentual de desmatamento nos municípios do Estado do Acre.Figura 4. Unidades de Gestão de Recursos Hídricos (UGRH).Figura 5. Unidades de Gestão de Recursos Hídricos (UGRH) e as Zonas Especiais de Desenvolvimento (ZED) e Zonas de Atendimento Prioritário (ZAP).Figura 6 – Precipitação Total AnualFigura 7 – Relação entre Vazão X Precipitação X Área da UGRH.Figura 8 – Taxa de Urbanização na Região Norte.Figura 9 – Fluxograma indicativo dos passos metodológicos da cenarização prospectiva.Figura 10 – Criticidade da Disponibilidade de Água.
Figura 11 – Criticidade das Alterações Antrópicas.Figura 12 – Criticidade da Gestão dos Recursos.Figura 13 – Criticidade da Integração.Figura 14 – Criticidade das Mudanças Climáticas.
Figura 15 – Subsistema de definição de cenários.Figura 16 – Subsistema de projeções Quantitativas do PLERH/AC.Figura 17 – Projeção de oferta de água em diferentes períodos.Figura 18 – ISRH para diferentes períodos do ano.Figura 19 – Simulações das projeções para o ISRH no período seco nos diferentes cenários: Otimista (Águas Sustentáveis), Tendencial (Águas no Limite) e Pessimista (Águas Insustentáveis).Figura 20 – Simulações das projeções para o ISRH agrupada para os anos 2014, 2022 e 2030 para os cenários Otimista (Águas Sustentáveis), Tendencial (Águas no Limite) e Pessimista (Águas Insustentáveis).Figura 21 – Simulações das incertezas (CV%) para o ISRH agrupadas para os anos 2014, 2022 e 2030 para os cenários Otimista (Águas Sustentáveis), Tendencial (Águas no Limite) e Pessimista (Águas Insustentáveis).Figura 22 – Valores de ISRH para o período seco nas diferentes UGRH, no cenário Águas Insustentáveis.Figura 23 – Valores de ISRH para o período seco nas diferentes UGRH, no cenário Águas no Limite.Figura 24 – Valores de ISRH para o período seco nas diferentes UGRH, no cenário Águas Sustentáveis.Figura 25 – Média de precipitação diária entre os anos de 1961-1990 sobre a América do Sul, de acordo com os modelos ETA-HadCM3. Figura 26 – Cenários das anomalias de precipitação sobre a América de Sul projetados para o perído de 2011-2040, de acordo com os modelos ETA-HadCM3.Figura 27 – Cenários para dias consecutivos sem chuva sobre a América de Sul projetados para o perído de 2011-2040, de acordo com os modelos ETA – Echam e ETA-HadCM3 Figura 28 – Cenários das anomalias de temperatura sobre a América de Sul projetados para o perído de 2011-2040, de acordo com os modelos ETA-HadCM3.
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Plano Estadual de Recursos Hídricos
Figura 29 – Cenários das anomalias de temperatura sobre a América de Sul projetados para o perído de 2011-2040, de acordo com os modelos ETA-Echam.
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Projeções para disponibilidade de ÁguaTabela 2 – Projeções para demanda de água (m3/s) para cada UGRHTabela 3 – Incertezas Críticas e suas Hipóteses. Macro-incertezas e inserção nas UGRHTabela 4 – Incertezas Críticas Agregadas Tematicamente com as Macro-Incertezas
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Plano Estadual de Recursos Hídricos
SIGLAS E ABREVIATURAS
SIGLAS E ABREVIAÇÕES
AGEAC Agência Estadual Reguladora de Serviços Públicos ANA Agência Nacional de ÁguasAPP Área de Preservação PermanenteCEGdRA Comissão Estadual de Gestão de Riscos Ambientais CEMACT Conselho Estadual de Meio Ambiente, Ciência e
TecnologiaCIMI Conselho Indigenista MissionárioCMAI-PLERH/AC
Comissão permanente de acompanhamento, monitoramento e avaliação da implementação do Plano Estadual de Recursos Hídricos
CNARH Cadastro Nacional de Usos e Usuários de Recursos Hídricos
CNRH Conselho Nacional de Recursos Hídricos CONAMA Conselho Nacional de Meio AmbienteCPI Comissão Pró ÍndioCPRM Serviço Geológico do BrasilCPTEC Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos DEPASA Departamento Estadual de Pavimentação e SaneamentoDERACRE Departamento Estadual de Estradas de Rodagem,
Hidrovias e Infraestrutura Aeroportuária EMBRAPA Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária FEMAC Fundo Especial de Meio Ambiente FIFAU Fórum de Integração Fronteiriça Acre-UcayaliFUNAI Fundação Nacional do ÍndioFUNTAC Fundação de Tecnologia do Estado do Acre GCM Modelos de Circulação Global GTR Grupos de Trabalho Regionais IBAMA Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e EstatísticaIFAC Instituto Federal do AcreIMAC Instituto de Meio Ambiente do Acre INCT/MC Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Mudanças
ClimáticasINPE Instituto Nacional de Pesquisas EspaciaisIPAM Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia IQA Índice de Qualidade das Águas ITERACRE Instituto de Terras do Acre MAP Madre de Dios, Acre e PandoMMA Ministério do Meio AmbienteONG Organizações Não GovernamentaisOTL Ordenamento Territorial LocalP2R2 Plano de Prevenção e Resposta Rápida a Emergências
Ambientais com Produtos Perigosos PAC Programa de Aceleração do CrescimentoPDC Planos de Desenvolvimento da ComunidadePDMA Plano da Margem Direita do Rio Amazonas
PLERH/AC Plano Estadual de Recursos Hídricos do Acre PLOT Planos Municipais de Ordenamento Territorial
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Plano Estadual de Recursos Hídricos
PNEA Política Nacional de Educação Ambiental PNQA Programa Nacional de Qualidade da Água PNRH Plano Nacional de Recursos Hídricos PPA Plano PlurianualRHN Rede Hidrometeorológica Nacional SAERB Serviço de Água e Esgoto de Rio Branco SEAPROF Secretaria de Estado de Extensão Agroflorestal e Produção
FamiliarSEE Secretaria de Estado de EducaçãoSEF Secretaria de Estado de FlorestaSEGRH/AC Sistema Estadual de Gestão dos Recursos Hídricos do Acre SEIAM Sistema Estadual de Informações Ambientais SEMA Secretaria de Estado de Meio Ambiente SEOP Secretaria de Infraestrutura, Obras Públicas e HabitaçãoSIAGAS Sistema de Informações de Águas Subterrâneas SIG Sistema de Informações GeográficasSINGREH Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos HídricosSIRENA Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos SISA Sistema Estadual de Incentivos a Serviços AmbientaisSISNAMA Sistema Nacional de Meio AmbienteSRHU Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente UrbanoUCEGEO Unidade Central de Geoprocessamento e Sensoriamento
Remoto UFAC Universidade Federal do AcreUGRH Unidade de Gestão de Recursos HídricosUNINORTE Universidade do NorteZEE Zoneamento Ecológico-Econômico
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Plano Estadual de Recursos Hídricos
INTRODUÇÃO
O presente documento refere-se ao Sétimo Produto - Relatório Final
do Contrato Nº 089/2010, celebrado entre a Secretaria de Meio Ambiente do
Acre (SEMA) e a Empresa de Consultoria e Serviços Socioeconômico e
Ambiental LTDA (CON&SEA LTDA), cujo objeto é a elaboração de estudos
técnicos para subsidiar a elaboração do Plano de Recursos Hídricos do
Estado do Acre.
Conforme o Termo de Referência que orienta a execução do
supracitado contrato foram definidos sete produtos: 1. Plano de Trabalho, 2.
Plano de Comunicação, 3. Relatórios bimestrais das atividades executadas
no âmbito do Plano de Comunicação, 4. Relatório Consolidado das
atividades executadas no Plano de Comunicação, 5. Relatório do
Prognóstico de Recursos Hídricos do Estado do Acre, 6. Relatório
consolidado do Plano de Ação dos Recursos Hídricos e 7. Relatório Final.
O Plano de Trabalho, o Plano de Comunicação, os Relatórios
Bimestrais de Execução do Plano de Comunicação e o Relatório Consolidado
do Plano de Comunicação, enquanto peças intermediárias (produtos meios)
foram elaborados e executados segundo as atividades previstas (TR) e
aprovados pela instancia competente da SEMA.
O presente relatório final apresenta os procedimentos e resultados
finais, (conforme as atividades previstas no TR) realizadas no âmbito do
Prognóstico e do Plano de Ação, apresentados preliminarmente nos
respectivos relatórios (Produtos 5 e 6), agregando-se todas as
recomendações oriundas da instancia técnica competente da SEMA, assim
como das Consultas Públicas realizadas em todas as sedes das UGRH, no
período de 11 a 22 de março de 2001 (atividade 4.4.5.a, do TR) e da
Audiência Pública Integradora realizada em Rio Branco no dia 23 de março
de 2011 (atividade 4.4.5.b, do TR), cujas apresentações, listas de presença
e registros fotográficos encontram-se no Anexo 6.8 e em CD. Vale ressaltar
que na referida Audiência Pública Integradora foram também realizados os
procedimentos previstos para a atividade 4.3.3.2. - Consulta Pública
Integradora, procedendo-se à análise e compatibilização dos resultados dos
cenários e sua relação com o plano de ação.
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Plano Estadual de Recursos Hídricos
Este relatório que contempla e inclui os resultados de todas as
atividades previstas para a elaboração dos Produtos 5 e 6, apresentando a
sua versão final, está organizado em dois capítulos.
No capitulo I apresenta-se os procedimentos e resultados na
elaboração do Prognóstico, incluindo também a metodologia e a realização
da atividade 4.3.2 – Oficinas para elaboração do Prognóstico – conforme TR,
visando obter subsídios ao desenvolvimento dos cenários, (listas de
presença e registros fotográficos em anexo), assim como apresenta a Ata
de Reunião na Câmara Técnica de Recursos Hídricos, realizada no dia 30 de
novembro de 2010, e seus correspondentes registros fotográficos. Nesta
oportunidade a consultoria contratada apresentou, de forma sucinta, todo o
processo de elaboração do prognóstico e seus resultados.
O capitulo II contempla o Plano de Ação em sua versão final
incorporando todas as sugestões oriundas das consultas e audiências, assim
como, em anexo, a lista de presença e os registros fotográficos relativos à
Atividade 4.4.2- Programas e ações para o futuro PLERH–AC do TR. Neste
sentido, foram realizados dois encontros: o primeiro em Cruzeiro do Sul,
com a realização das oficinas das UGRH Juruá, Envira-Juruparí e Tarauacá,
no dia 02 de dezembro de 2010; e em Rio Branco, com a realização das
oficinas das UGRH Abunã, Acre-Iquiri e Purus, no dia 07 de dezembro de
2010, quando foram apresentados e discutidos os programas e ações
prioritários para o Plano de Ação.
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Plano Estadual de Recursos Hídricos
CAPÍTULO 1. PROGNÓSTICO DOS RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO DO ACRE
1.1. CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES
O objetivo do prognóstico no contexto do Plano Estadual de Recursos
Hídricos do Acre (PLERH/AC) é desenvolver os diferentes cenários para os
recursos hídricos do Estado e realizar análises referentes às possíveis
situações a serem configuradas no futuro como reflexo do desenvolvimento
socioeconômico do estado do Acre, decorrentes dos contextos nacional,
regional e local com impactos diferenciados sobre os recursos hídricos.
Com base nestes cenários será possível estabelecer estratégias de
ação, elaborar programas, definir planos de investimentos e monitorar sua
implementação a fim de assegurar a sustentabilidade no processo de
desenvolvimento, considerando a importância da água segundo seus
aspectos ambientais, econômicos e sociais para as gerações atuais e
futuras, lembrando que a perspectiva do Plano Nacional de Recursos
Hídricos – PNRH é dar prioridade ao desenvolvimento com a implementação
de políticas de valorização dos recursos hídricos no seu contexto social e
ambiental.
No documento do diagnóstico do PLERH/AC é abordado como as
diferentes atividades humanas têm impactado os recursos hídricos. O
estado do Acre tem se caracterizado por valorizar a sua vocação florestal,
colocando-a como fundamento para o seu desenvolvimento
socioeconômico, inspirado pelo conceito de Florestania, a cidadania dos
povos das florestas. Tal concepção de desenvolvimento tem estreita co-
dependência com o estado dos recursos hídricos.
O prognóstico tem como referência a situação atual dos recursos
hídricos do estado do Acre, incluindo as águas superficiais e subterrâneas,
no contexto das bacias dos rios Acre, Abunã, Purus e Juruá, agrupados em
06 (seis) Unidades de Gestão dos Recursos Hídricos (UGRH).
Deste modo, este trabalho tem como objetivo: a) Identificar os
reflexos dos cenários do Plano Nacional de Recursos Hídricos e do Plano
Plurianual para o Estado do Acre (PPA 2008-2011) sobre os recursos hídricos
no estado, bem como do conjunto das iniciativas municipais, a partir da
perspectiva dos atores locais; b) Realizar projeções quantitativas agregadas
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Plano Estadual de Recursos Hídricos
para cada cenário; e c) Construir uma estratégia de planejamento pactuada
no Conselho Estadual de Recursos Hídricos do Acre que possa ancorar o
processo de definição de estratégias do PLERH/AC
Os referidos cenários, assim como suas respectivas orientações
estratégicas derivadas, foram o resultado de seis oficinas de cenários (uma
para cada UGRH – ver anexo) e de uma consulta pública integradora com a
análise e compatibilização dos cenários regionais em um cenário estadual e
sua validação (ver anexo), com presença de comissão técnica e da
consultoria.
O presente documento está organizado de forma a apresentar
sucintamente uma breve contextualização dos recursos hídricos no estado
do Acre, a metodologia de cenários adotada, os cenários desenvolvidos,
tanto por UGRH (anexo), como para o estado como um todo, o nível de
criticidade das diferentes temáticas selecionadas (macro-incertezas) para
cada UGRH (anexo) e as projeções futuras destes cenários sob condições
diversas de disponibilidade de água (relação demando/oferta), através de
um índice de sustentabilidade dos recursos hídricos do estado.
Por fim vale remarcar que os indicativos que serviram de base para a
elaboração de cenários foram obtidos em oficinas com atores locais e estão
organizados por UGRH no Anexo, assim como as respectivas informações
obtidas do diagnóstico que serviram de base para as discussões.
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Plano Estadual de Recursos Hídricos
1.2. CONTEXTO DO PLANEJAMENTO DOS RECURSOS HÍDRICOS NO
ESTADO DO ACRE
1.2.1. O PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS, AS BACIAS
HIDROGRÁFICAS E AS UNIDADES DE GESTÃO DE RECURSOS
HÍDRICOS
A elaboração do Plano Estadual de Recursos Hídricos do Estado do
Acre (PLERH–AC), que deverá integrar os produtos (Prognóstico e Plano de
Ação) apresentados neste relatório, decorre das orientações do Plano
Nacional de Recursos Hídricos definido no âmbito da lei que institui a
política nacional de recursos hídricos (Lei 9.433/1977), assim como da Lei
Estadual 1.500/2003, que institui a política estadual de recursos hídricos,
decorrente do referido instrumento federal. Assim sendo, o contexto sobre o
qual os produtos foram elaborados refere-se a todo o território do estado do
Acre.
O Estado do Acre está situado no extremo sudoeste da Amazônia
brasileira, entre as latitudes de 07°07’ S e 11°08’ S, e as longitudes de
066°30’ W e 074° W. Apresenta uma superfície territorial de 164.221,36
km2, correspondente a 4% da área amazônica brasileira e a 1,9% do
território nacional. O Estado possui uma extensão territorial de 445 km no
sentido norte-sul e 809 km entre seus extremos leste e oeste. Faz fronteira
internacional com o Peru e a Bolívia, e nacional com os Estados do
Amazonas e de Rondônia. A população do Estado é de 669.736 habitantes,
com uma concentração atual de 66% nas áreas urbanas, notadamente na
região de desenvolvimento do Baixo Acre, em função da capital, Rio Branco
(ACRE, 2007).
A rede hidrográfica do Estado do Acre faz parte da Região
Hidrográfica do rio Amazonas, da Região Hidrográfica do rio Solimões e das
Bacias Hidrográficas do Javari, Juruá, Purus e porção três da bacia
hidrográfica do rio Madeira (ACRE, 2006; BRASIL, 2006), todas conformadas
por rios de dominialidade da União, o que o coloca em posição estratégica
com relação ao gerenciamento dos recursos hídricos e gestão de suas
águas perante o país. Considerando que grande parte dos seus recursos
hídricos é compartilhada com os países vizinhos do Peru e Bolívia, surge a
necessidade de se pensar em uma gestão compartilhada desses recursos,
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Plano Estadual de Recursos Hídricos
através de um organismo de bacia que atenda às especificidades legais e
institucionais de cada país, avaliando a postura jurídica e política dos
mesmos frente a essa questão.
No Estado do Acre, devido à maior concentração populacional na sua
porção leste, tem tido danos significativos no rio Acre. São visíveis os
processos de assoreamento, com prováveis consequências para a
disponibilidade dos recursos hídricos e sua qualidade. e de queda na
disponibilidade hídrica ao longo dos anos. Tal fato pode estar associado ao
intenso desmatamento em áreas da bacia do referido rio, particularmente
em zonas ripárias da calha principal de seus tributários e nascentes. Por
exemplo, nos últimos dez anos tem sido observada por navegadores do
Riozinho do Rola, tributário da margem esquerda do rio Acre próximo à
capital, um crescente desmatamento nas margens, como observou VIEIRA
(2005). .Tal fato tem provocado o aumento de processos erosivos na bacia
do tributário, acarretando expressivo transporte e sedimentação no trecho
do rio Acre a jusante da foz do Riozinho do Rola.
O Estado do Acre apresenta peculiaridades ímpares que devem ser
levadas em consideração durante processo de estruturação da sua política
de gestão dos recursos hídricos, devido às interfaces existentes entre os
fatores sócio-econômicos, culturais e ambientais e a disponibilidade em
quantidade e qualidade das águas. Neste sentido deve ser considerado que:
a) Os principais rios do Estado são de dominialidade da União e
compartilhados com outros países e estados;
b) O Estado apresenta aproximadamente 88% de sua cobertura
vegetal mantida, porém muitos dos municípios apresentam mais de 50% da
sua área desmatada, a exemplo de Plácido de Castro, Acrelândia e Senador
Guiomar;
c) O Estado está situado numa área de fronteira, com elevada
diversidade etno-cultural e biológica;
d) Apresentam diferentes usos do solo com início de um processo
acentuado de pressão antrópica sobre o seu principal ecossistema – a
floresta, para a pecuária e a agricultura;
e) É área estratégica de desenvolvimento para o país, com a
implantação de grandes investimentos como a Estrada do Pacífico, o
Complexo Madeira, a possibilidade de exploração de petróleo, a produção
de etanol, dentre outros aspectos.
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Plano Estadual de Recursos Hídricos
Pelo exposto, é importante que as diversas políticas setoriais
governamentais, em nível federal, estadual e municipal sejam integradas
quando da elaboração e implementação do PLERH–AC. Com a elaboração do
Plano Estadual de Recursos Hídricos, o Estado estará se estruturando para
fazer a gestão de seus recursos e ter desenvolver a institucionalidade de
sua respectiva política.
Ao desenvolver sua base de planejamento e estabelecer os critérios
de gestão dos recursos ele estará se preparando para ter mais
conhecimento sobre sua realidade hídrica e para subsidiar a União na
elaboração dos Planos estratégicos das bacias dos rios da margem direita
do Amazonas, ou suas revisões, que se encontram em seu território. Nesse
sentido a articulação com a Agência Nacional de Águas (ANA) é de
fundamental importância para a integração de ações que fortaleçam o
processo de gestão do país e do Estado, conforme preconiza o Plano
Nacional de Recursos Hídricos.
Destaca-se ainda a necessidade de se adotar uma metodologia
participativa, a fim de que todos os segmentos da sociedade, de governos, e
dos diversos setores de usuários, possam pactuar uma proposta que atenda
às demandas de uso, mas que promova a recuperação e a conservação dos
recursos hídricos e dos recursos biológicos a eles associados, bem como dos
serviços ambientais fornecidos pelos ecossistemas aquáticos em geral.
O Estado do Acre apresenta 22 municípios distribuídos em duas
mesorregiões político-administrativas (Vale do Acre e Vale do Juruá) e cinco
regionais de desenvolvimento (Alto Acre, Baixo Acre, Purus, Tarauacá/Envira
e Juruá) (Quadro 1 e Figura 1), que correspondem às microrregiões
estabelecidas pelo IBGE e seguem a distribuição das bacias hidrográficas
dos principais rios.
Quadro 1. Divisão territorial por mesorregiões, regionais e municípios
Mesorregiões e Regionais de
DesenvolvimentoMunicípios
Mesorregião Vale do AcreRegional Purus Manoel Urbano/Santa Rosa do Purus/Sena
MadureiraRegional Baixo Acre Acrelândia/Bujari/Capixaba/Plácido de
Castro/Porto Acre/Senador Guiomard/Rio BrancoRegional Alto Acre Assis Brasil/Brasiléia/Epitaciolândia/Xapuri
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Plano Estadual de Recursos Hídricos
Mesorregião Vale do JuruáRegional Juruá Cruzeiro do Sul/Mâncio Lima/Marechal
Thaumaturgo/Porto Walter/Rodrigues AlvesRegional Tarauacá-Envira
Feijó/Tarauacá/Jordão
Figura 1. Regionais de Desenvolvimento do Estado do Acre. Fonte: Base de dados do ZEE/2007 (ACRE, 2007)
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Plano Estadual de Recursos Hídricos
A rede hidrográfica do Estado do Acre faz parte da Região
Hidrográfica do rio Amazonas (nível 1), da Região Hidrográfica do rio
Solimões (nível 2) e das Bacias Hidrográficas do Javari, Juruá, Purus e porção
três da bacia hidrográfica do rio Madeira (nível 3) (ACRE, 2006; BRASIL,
2006), conforme Figura 02.
Figura 2. Região Hidrográfica do Amazonas e sub-bacias de nível 3. Fonte: Base de dados do PNRH (BRASIL, 2006)
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Plano Estadual de Recursos Hídricos
Para efeito deste estudo foram consideradas partes das bacias dos
rios de domínio da União de importância para o desenvolvimento
estratégico do Estado (Juruá, Purus, Acre e Abunã) e as bacias dos rios de
dominialidade do Estado (rios de nível 4 e 5), levando em consideração os
seguintes aspectos: distribuição natural da drenagem segundo configuração
geomorfológica das bacias através da análise do Modelo Digital de Elevação
– SRTM – Hydro, com resolução espacial de 90 m, densidade de pessoas
(ACRE, 2006), usos da terra, segundo base de dados do Zoneamento
Ecológico-Econômico – ZEE/2007 (ACRE, 2007), conforme Anexo I. Também
foram considerados os índices de desmatamento dos municípios até 2006
(INPE, 2007), conforme figura 3.
Figura 3. Percentual de desmatamento nos municípios do Estado do Acre.
Fonte: PRODES (INPE/2007).
No âmbito dos estudos que subsidiarão o Plano Estadual de Recursos
Hídricos do Acre-
PLERH/AC será adotada a divisão do Estado em seis Unidades de Gestão de
Recursos Hídricos – UGRH (Figura 4), consideradas como recortes espaciais
de referência para o estabelecimento dos objetivos estratégicos de gestão
de recursos hídricos correspondentes às bacias dos principais rios do
Estado: Alto Juruá, Alto Purus, Tarauacá, Envira, Acre e Abunã, alguns dos
quais compartilhados com Peru, Bolívia e Brasil, além dos Estados do
Amazonas e Rondônia.
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Plano Estadual de Recursos Hídricos
Para cada UGRH foram definidas as bacias hidrográficas de interesse
para gestão no Estado, para as quais deverão ser elaborados futuramente
os Planos de Bacia ou de Desenvolvimento Estratégico, através de uma
Agenda 21 da Bacia Hidrográfica, pelos respectivos Comitês de Bacias
Hidrográficas, quando implantados. Tais planos permitirão a implementação
de programas para as Zonas Especiais de Desenvolvimento (ZED) e Zonas
de Atendimento Prioritários (ZAP), recém estabelecidas pelo Governo do
Estado, conforme figura 5.
Figura 4. Unidades de Gestão de Recursos Hídricos (UGRH).Fonte: Base de dados do ZEE-2007
21
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Figura 5. Unidades de Gestão de Recursos Hídricos (UGRH) e as Zonas Especiais de Desenvolvimento (ZED) e Zonas de Atendimento
Prioritários (ZAP-RIO).Fonte: Base de dados do ZEE, 2007
22
Plano Estadual de Recursos Hídricos
1.2.2. ALGUMAS INFORMAÇÕES RETROSPECTIVAS
O comportamento retrospectivo de algumas variáveis é importante
para ser analisado, devido à sua implicação para a disponibilidade e
demanda de água.
De acordo com as simulações numéricas do modelo ETA-HadCM31
(Anexo 6.1) durante o período de 1961 a 1990 a precipitação média diária
sobre o estado do Acre 2,5 mm (estação seca) e 7,5 mm (estação chuvosa),
implicando num valor total anual da ordem de 1.600 mm a 1.700 mm, em
média.
Porém, a partir dos dados disponíveis das estações pluviométricas ao
longo das últimas duas décadas e meia, é possível detectar uma tendência
sutil, porém gradual de queda na precipitação total no Acre (Figura 6).
Embora o modelo não seja explicativo (R2 baixo), a sua inclinação é
significativamente diferente de zero (p=0,02). É provável que os dados
posteriores a 2000 tenham um peso razoável sobre este resultado (como a
seca de 2005), já que em estudo anterior, DUARTE (2006) conclui a
existência de homogeneidade no padrão climatológico do Acre no período
de 1971 a 2000.
Figura 6 – Precipitação Total Anual
1
23
Plano Estadual de Recursos Hídricos
A relação com a disponibilidade hídrica é óbvia quando se pondera a
precipitação pela área da UGRH e se correlaciona este valor com os valores
de vazão do período seco, chuvoso e média anual (Figura 7).
Figura 7 – Relação entre Vazão X Precipitação X Área da UGRH.
A crescente taxa de urbanização da Região Norte, assumindo que a
do estado do Acre seja similar, é indicativo da crescente demanda não
apenas sobre o recurso hídrico em si, mas principalmente sobre a
necessidade dos serviços abastecimento e saneamento (Figura 8).
Figura 8 – Taxa de Urbanização na Região Norte.
24
Plano Estadual de Recursos Hídricos
1.2.3. PROJEÇÕES TENDENCIAIS DE DISPONIBILIDADE E DEMANDA
DE ÁGUA
Para realização de projeções referentes aos recursos hídricos, é
crucial considerar qual o papel que as mudanças climáticas podem
desempenhar. Neste sentido, observou-se as projeções de cenários
realizado pelo CPTEC/INPE para a América do Sul, com base nos modelos
ETA-HadCM3 e ETA-Echam.
As projeções realizadas para o período de 2011-2040 não revelam
possibilidade de anomalias no padrão de precipitação e em dias
consecutivos sem chuva afetando as bacias hidrográficas que banham o
estado do Acre (Anexo 6.2 e 6.3). Todavia, existe possibilidade de anomalias
no padrão de temperatura que podem implicar no acréscimo de até 2o C
(Anexo 6.4). Esta última pode indicar mudanças no padrão de
evapotranspiração e consumo de água.
O sínteses de todas as projeções já realizadas demonstra uma
redução significativa de pluviosidade para Amazônia como um todo, porém
os impactos derverão ser mais amplos na Amazônia Oriental e mais
reduzidos na Amazônia Ocidental (Figura 30 – Anexo), onde situa-se o
estado do Acre, como bem demonstra o estudo realizado por MALHI et al
(2008).
Os resultados apresentados por diferentes modelos climáticos
regionais apontam para um aumento de 4-6º C para a América do Sul
durante o período de 2071-2100. Particularmente para a Amazônia, os
resultados dos modelos indicam a redução de até 40% da precipitação
durante o século XXI (Marengo et al, 2009; INCT/MC, 2010). Todavia as
projeções ficam mais incertas para escalas de espacial e temporalespaço-
temporal mais finas, sendo estas as que seriammenores de forma que
sejam mais úteis para uma área territorial como a do Estado do Acre.
Contudo, tendo em vista à baixa resolução a alta incerteza associada a tais
modelos em relação à extensão das bacias hidrográficas que cruzam o
estado do Acre, torna-se necessárioa necessidade de adotar o princípio da
precaução torna-se preponderante aono momento de se desenhar
estratégias para os recursos hídricos de forma robusta.
Neste sentido, é mais segura adotar a perspectiva mais pessimista
apresentados pelos dados disponíveis na escala local.
25
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Associado às incertezas críticas levantadas durante as oficinas e os
cenários resultantes, é importante agregar a projeções para disponibilidade
de água, supondo as tendências retrospectivas (Tabela 3), bem como nas
projeções de demanda e suas respectivas incertezas, baseado na estimativa
de crescimento populacional e aumento tendencial de rebanho bovino
(Tabela 4). Apenas a UGRH Acre-Iquiri começa assinalar uma demanda em
outra ordem de magnitude quando comparada com as demais.
É possível observar que, do ponto de vista absoluto, a relação entre
disponibilidade e entre demanda e disponibilidadee demanda quantitativas
permanecem confortávelis, quando comparada com os índices avaliados
pelo diagnóstico. Todavia o importante este aspecto precisa ser ponderado
pelosserá o peso que aspectos qualitativos do recursos como por sua
podem dar para distribuição espaço-temporal do recurso.
26
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Tabela 1 - Projeções para disponibilidade de Água
UGRHPrecipitação Média Anual
(mm)
Vazão Média Anual (m3/s)
Vazão Mínima P.
Seco (m3/s)
Vazão Mínima P. Chuvoso
(m3/s)
ABUNA 17851
0214 54
ACRE 11748
7196 293
ENVIRA_JU 2038
1704
168 737
JURUA 21162
2191
97 846
PURUS 19032
6231
68 989TARAUA
CA 20384
0834 168
Total geral 1810
7928
677
3087
Projeção 2014
ABUNA 173190
12 47
ACRE 11387
6485 257
ENVIRA_JU 1976
1494
147 646
JURUA 20941
9461
73 742
PURUS 18452
3001
47 867TARAUA
CA 19683
5830 147
Total geral 1792
6951
593
2706
Projeção 2022
ABUNA 163985
11 44
ACRE 10787
2280 243
ENVIRA_JU 1871
1413
139 611
JURUA 19831
8401
64 702
PURUS 17472
1761
39 820TARAUA
CA 18643
3928 139
Total geral 1697
6575
561
2560
Projeção 2030
ABUNA 154780
11 42
ACRE 1018 6 7 229
27
Plano Estadual de Recursos Hídricos
81 5ENVIRA
_JU 17671
3321
31 576
JURUA 18721
7351
54 662
PURUS 16502
0511
31 773TARAUA
CA 17603
1926 131
Total geral 1602
6198
528
2413
28
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Tabela 2 – Projeções para demanda de água (m3/s) para
cada UGRH
UGRH2014 -
Min2014 – Max
2022 - min
2022-Max
2030 – Min
2030 – Max
ABUNÃ 0,1126 0,1149 0,1178 0,1241 0,1239 0,1354ACRE 1,3297 1,3637 1,4287 1,5298 1,5481 1,7439
ENVIRA 0,0695 0,0717 0,0768 0,0836 0,0857 0,0993JURUA 0,1721 0,1794 0,1998 0,2234 0,2337 0,2822PURUS 0,1783 0,1826 0,1903 0,2029 0,2046 0,2288
TARAUCA 0,1137 0,1168 0,1232 0,1326 0,1347 0,1532
Total geral
1,97588 2,02898
2,13652
2,29639 2,33071 2,64280
29
Plano Estadual de Recursos Hídricos
II. METODOLOGIA ADOTADA PARA A ELABORAÇÃO DOS CENÁRIOS
Como instrumento de planejamento, o processo de desenho de
cenários tem como objetivo apresentar um espectro de futuros possíveis
(desejáveis ou não), para que as incertezas de uma realidade complexa
possam ser gerenciadas e desta forma gerar maiores possibilidades
para realização dos objetivos desejados por um programa ou projeto.
O futuro não pode ser previsto. No entanto, partindo das variáveis
identificadas e seus movimentos e evoluções mais prováveis será
possível desenhar futuros consistentes e coerentes com alguma
probabilidade de certeza.
Cenários podem ser definidos como imagens coerentes de futuros
possíveis ou prováveis. São hipóteses, e não teses; são narrativas e não
teorias; são divergentes e não convergentes. Não servem para eliminar
incertezas, mas para definir o campo possível de suas manifestações.
Eles “organizam” as incertezas, permitindo antecipar decisões,
reprogramar ações e formular estratégias e projetos.
Os principais atributos dos cenários são os seguintes: a) visão
sistêmica da realidade; b) ênfase nos aspectos qualitativos; c)
explicitação das relações entre variáveis e atores como estruturas
dinâmicas; d) visão de futuro como construção social, e não como
fatalidade. O futuro é concebido como um espaço aberto a múltiplas
possibilidades. Os cenários permitem, assim, uma visualização mais
consciente dos riscos nas tomadas de decisões, com melhoria na
qualidade dos programas e projetos.
No contexto dos recursos hídricos, a Secretaria Nacional de
Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente
(SRHU/MMA) adotou uma metodologia prospectiva para apoiar o Plano
Nacional de Recursos Hídricos, em 2005. A metodologia adotada,
baseada nos trabalhos de Michel Godet foi aprovada naquele ano pela
Câmara Técnica do Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CT/CNRH).
Pode-se citar como exemplo do uso desta metodologia, neste contexto,
a elaboração do Plano Estadual de Recursos Hídricos do Estado de Mato
Grosso.
A metodologia aplicada, em sua abordagem sistêmica, tomando
como objeto de cenarização o sistema de recursos hídricos do estado do
Acre (Figura 9), seguiu os passos desenhados por Godet (2000) e
30
Plano Estadual de Recursos Hídricos
utilizou adaptações e lições aprendidas durante a elaboração do Plano
Nacional de RH (Nascimento et al, 2010), consistindo basicamente das
seguintes etapas:
1) Estudo retrospectivo do sistema a ser cenarizado. A finalidade
desse procedimento é a de definir quais as variáveis de mudança e
permanência no sistema de recursos hídricos prevaleceu nas últimas
duas décadas;
2) Descrição da situação desse sistema. Serve para identificar a
natureza e as principais características do sistema de recursos hídricos,
possibilitando identificar suas principais variáveis e atores, conformando
a estrutura do sistema – análise estrutural;
3) Identificação dos seus condicionantes de futuro. Processo de
identificação no sistema de recursos hídricos de suas variáveis
determinantes e incertezas críticas, assim como seus atores mais
relevantes e personagens centrais no processo de geração de cenários,
o que estabelece condições para a análise morfológica.
4) Investigação morfológica. Técnica que permite, a partir de uma
matriz construída com as incertezas críticas, e suas hipóteses plausíveis,
articuladas de forma racional e coerente, gerar a filosofia e a lógica dos
cenários que se deseja, sempre seguida da análise de coerência dos
cenários construídos.
5) Desenvolvimento dos cenários. Com os cenários gerados e
selecionados em função de sua factibilidade, é o momento de seu
desenvolvimento segundo as suas condições de contorno.
31
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Figura 9 – Fluxograma indicativo dos passos metodológicos da
cenarização prospectiva.
Com esses passos metodológicos constroem-se os cenários que passam
a servir de referência para a construção de estratégias com o objetivo de
neutralizar as ameaças e aproveitar as oportunidades que o futuro possa
apresentar. Estas estratégias podem ser construídas a partir de três
diferentes pontos de vista: a) uma visão de futuro; b) o cenário mais
provável ou c) uma estratégia robusta.
A aplicação dessa metodologia partiu ainda das seguintes referências:
Os cenários desenvolvidos para no Plano Nacional de Recursos
Hídricos (PNRH, 2006);
As orientações do PNRH, que indica como elemento
conformador do sistema de RH, as estratégias de desenvolvimento que
produzem interfaces com o uso dos recursos hídricos (saneamento,
hidrelétricas, agropecuária, etc.), definidas no âmbito do Plano Nacional
de Recursos Hídricos, além de suas diretrizes e demais orientações
metodológicas (abordagem sistêmica, construção coletiva dos cenários,
etc.).
Os documentos do diagnóstico do PLERH/AC (ACRE, 2010);
O Plano Plurianual (PPA 2008-2011) para o estado do Acre;
A literatura existente e disponível sobre recursos hídricos no
Brasil e no Acre.
32
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Tendo como referência esses procedimentos, assim como os
cenários e demais referências metodológicas, realizou-se (conforme o
Termo de Referência) seis oficinas estaduais de construção dos cenários
(em dois encontros – ver anexo) envolvendo representantes de governo,
usuários e sociedade civil, que desenharam um pequeno conjunto de
cenários mais plausíveis para cada UGRH.
33
Plano Estadual de Recursos Hídricos
2.1. PRINCIPAIS ATORES
O futuro é construído socialmente. Isso significa, também, que é
construído em um processo complexo de decisões dos mais diversos atores
do sistema em cenarização, envolvendo órgãos públicos, empresas
privadas, usuários e sociedade civil organizada. Este procedimento foi
realizado a partir de uma listagem inicial de atores, definida no contexto do
PNRH, sendo ajustada para cada UGRH durante a cenarização, conforme os
procedimentos da metodologia adotada (confronto, análise e pontuação das
relações de dependência e poder entre os atores, numa estrutura matricial),
a partir do conhecimento e indicação dos participantes das oficinas (ver
anexo).
2.2. VARIÁVEIS CONDICIONANTES DE FUTURO
Variáveis, do ponto de vista da cenarização prospectiva, são aqueles
atributos que se relacionam com o sistema em análise, ou seja, com os
corpos de água no estado do Acre. As mais relevantes são denominadas de
condicionantes de futuro, pois são importantes na definição de futuros
prováveis. Essas podem se configurar como sendo:
1) Motrizes;
2) De resultado;
3) De ligação;
4) Independentes/autônomas.
Para efeito do PLERH/AC partiu-se de uma lista prévia de 53 variáveis
definidas no exercício de cenarização do PNRH (Anexo 1), fazendo-se
adaptações conforme as indicações recebidas pelos atores de cada UGRH
presentes nas oficinas de cenarização. Neste procedimento também se
adotou a analise matricial de confronto, análise e pontuação, na definição
das variáveis determinantes ou motrizes. (ver anexo).
34
Plano Estadual de Recursos Hídricos
2.3. INCERTEZAS CRÍTICAS DE CONTEXTO E SUAS HIPÓTESES
A partir do cruzamento das variáveis motrizes com os atores mais
influentes (dominantes) é possível deduzir as chamadas incertezas críticas.
Estas podem ser entendidas, freqüentemente, como subsistemas com
grande potencial de impacto sobre os recursos hídricos, mas que seu
comportamento no futuro é razoavelmente incerto em função do papel e do
interesse dos diferentes atores na sua determinação. Desta forma, para
cada incerteza crítica é traçado um conjunto de hipóteses de futuro.
Na construção de cenários, por haver uma leitura sistêmica das
hipóteses plausíveis de futuro, são observadas diversas dimensões que
compõem o sistema social vivo, como as dimensões econômicas, espaciais,
de infra-estrutura, sócio-culturais, ambientais, político-institucionais e
tecnológicas, entre outras.
Entre estas, destacam-se as dimensões externas ou de contexto do
objeto em cenarização, no caso, os recursos hídricos. A dimensão de
contexto eleita na construção dos cenários de recursos hídricos do Acre
envolve, como pontos de partida, os cenários desenvolvidos para o contexto
nacional do PNRH e os projetos previstos para serem implementados via
PPA Acre 2008-2011.
É importante ressaltar que os determinantes dos cenários podem ser
agrupados como sendo fatores externos e internos.
Os fatores externos, geralmente, são aqueles que estão para além da
governabilidade do atores –“clientes”, tendo os mesmos que ser robustos o
suficiente às incertezas inerentes de tais fatores. Por exemplo, no caso do
PLERH-AC, podemos mencionar o “Contexto Nacional” e as “Mudanças
Climáticas” como fatores que apresentam estas características.
Os fatores internos, por outro lado, são fatores que estão incluídos
fisicamente e circunscritos ao sistema em análise, e estão no escopo de
governabilidade do ator - “cliente”, pelo menos parcialmente. Neste caso,
seriam os fatores como “Gestão dos Recursos”, “Qualidade da Água”,
“Alterações Antrópicas apresentam características de fatores internos.
Se o futuro depende das decisões dos atores, estas não são tomadas de
forma aleatória, mas em condições concretas em que eles se encontram no
interior de sistemas socioambientais precisos. No âmbito desses sistemas,
algumas variáveis são detentoras de alta capacidade de impacto e
incerteza. São as incertezas críticas (IC), eventos e processos que
35
Plano Estadual de Recursos Hídricos
diferenciam os diversos futuros plausíveis em um determinado sistema. Ao
contrário das invariantes e tendências consolidadas, que permanecem em
qualquer cenário, as IC tomam formas e ritmos distintos, tornando os
futuros diferenciados entre si. Incertezas críticas podem, assim, ser
definidas como condicionantes do futuro com alto grau de incerteza e
elevado impacto em relação ao futuro do objeto de cenarização, podendo
ser específicas ou agrupadas em uma ou mais incertezas-síntese.
Para o caso dos cenários de recursos hídricos no Acre foi identificado um
conjunto de incertezas críticas para cada UGRH (ver anexos e Tabela 3),
para as quais foi formulado um conjunto de hipóteses ou estados em que
estas incertezas têm mais probabilidades de se manifestarem.
Posteriormente elas foram agrupadas em macro-incertezas (Tabela 4), para
maior consistência de análise no nível do estado como um todo, sendo elas:
1) Disponibilidade de Água (quantidade e qualidade);
2) Mudanças Climáticas;
3) Alterações Antrópicas;
4) Gestão dos Recursos Hídricos; e
5) Integração.
2.4. INVESTIGAÇÃO MORFOLÓGICA
Com as incertezas críticas definidas é possível gerar cenários
plausíveis e consistentes por meio de diversas técnicas. Aqui foi
utilizada a técnica da investigação morfológica, que é um exercício de
articulação lógica de hipóteses atreladas a cada uma das incertezas
críticas, relacionadas aos cenários nacionais e às projeções de
diferentes possibilidades de implementação do PPA Acre 2008-2011,
(ver anexo, por UGRH).
Para a totalidade do estado, tomado a partir de suas UGRH e
agregando as incertezas definidas por UGHR em macro-incertezas no
plano estadual, a análise morfológica permitiu a construção de três (3)
cenários, consolidados na Tabela 03 descritos adiante.
36
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Tabela 3 – Incertezas Críticas e suas Hipóteses. Macro-incertezas e inserção nas UGRH
MACRO-INCERTEZAS
Incertezas Críticas nas UGRH
UGRH(em negro as incertezas definidas por
UGRH)
Cenários Nacionais (PNRH)"Água para poucos" "Água para alguns" "Água para todos"
Cenários Estaduais (níveis de implementação do PPA Acre)ABUN
AACRE-IQUIRI
PURUS
ENVIRA
TARAUACÁ
JURUÁ
"baixa implementação"
"média implementação"
"Alta implementação"
DISPONIBILIDADE DE ÁGUA
Qualidade de Água X X
Ineficiência da estatal, degradação da qualidade, ausência de investimentos
Baixa eficiência da estatal, degradação mais lenta, investimentos pontuais
Estatal eficiente, manutenção/melhoria dos padrões, investimentos bem planejados
Quantidade de água superficial
X X
Demanda>oferta, colapso no sistema, ausência de investimen-tos na proteção/recuperação e degradação dos RH.
Manutenção dos padrões atuais, ações pontuais de remediação, perdas da água tratada.
Oferta maior que a demanda, políticas de proteção e recuperação de mananciais, melhorias nos sistemas de abastecimento
Mortalidade/morbidade por
doenças de veiculação hídrica
XInfra-estrutura de saneamento ambiental deficiente
Baixo atendimento dos serviços de saneamento
Implementação do sistema de saneamento
Alteração do regime natural dos
corpos de águaX
Limitação da disponibilidade da água
Inviabilidade temporária da navegabilidade, racionamento da água
Prevenção e mitigação de impactos - Uso múltiplo da água garantido
MUDANÇAS CLIMÁTICASEventos
Hidrológicos Críticos
X X X Inundações e secas freqüentes e de alta intensidade. Intensificação dos eventos extremos, aumento de desabrigados, aumento de doenças de veiculação hídrica, segurança
Inundações e secas menos freqüentes e com intensidade mediana. Soluções imediatistas
Elaboração e implementação de programas de adaptação as mudanças climáticas. Planos de adaptação e medidas preventivas para as comunidades em áreas de risco
37
Plano Estadual de Recursos Hídricos
alimentar afetada.
Clima Regime climático
X X
Grande alteração da sazonalidade das estações, ausência de políticas ambientais
Baixa implementação de políticas ambientais
Implementação massiva de políticas de gestão ambiental
ALTERAÇÕES ANTRÓPICASConservação dos
BiomasX Taxa de Degradação
aumentaTaxa de degradação mantém a tendência
Taxa de degradação tem redução significativa
Dinâmica de uso e ocupação do solo
X X
Ocupação e uso desordenado, degradação dos cursos de água
Continua o incentivo a ocupação irregular
Planos diretores e OTL implementados
Atividade de Pesca X Estagnação e pobreza Redução de pescado Gestão compartilhada
Atividade Agropecuária e
avícolaX X
Intensificação do desmatamento, degradação de APP. Pequeno crescimento, com médios impactos
Expansão da agropecuária. Grande crescimento e fortes impactos
Plano de manejo de pastagens e implantação de sistemas alternativos de produção sustentável. Grande crescimentos e impactos mitigados
Tabela 3 – Incertezas Críticas e suas Hipóteses. Macro-incertezas e inserção nas UGRH. Continuação.
MACRO-INCERTEZAS
Incertezas Críticas nas UGRH
UGRH(em negro as incertezas definidas por
UGRH)
Cenários Nacionais (PNRH)"Água para poucos" "Água para alguns" "Água para todos"
Cenários Estaduais (níveis de implementação do PPA Acre)ABUN
AACRE-IQUIRI
PURUS
ENVIRA
TARAUACÁ
JURUÁ
"baixa implementação"
"média implementação"
"Alta implementação"
Gestão de RH
Gestão das águas urbanas X
baixa integração da Gestão Territorial e gerenciamento de água
Fortes impactosPredomínio da visão da gestão integrada
Transparência e acesso à
informaçãoX Informação indisponível
informação disponibilizada reativamente
Acesso público às informações sistematizadas
Enquadramento dos corpos de
água.X
Corpos de água não são enquadrados
Enquadramento parcial
Enquadramento de todos os corpos de água conforme Res. CONAMA 20/1986
Ações de educação em recursos
X Ação educativa inexistente
Ação educativa irregular/esporádica
Ação educativa coordenada e planejada com todos os
38
Plano Estadual de Recursos Hídricos
hídricos e meio ambiente
usuários e setores envolvidos
Existência de planos de recursos
hídricos.X Inexistência de plano
Plano para atender a interesses políticos
Planos de bacias participativos
Implementação do SINGREH e demais instrumentos de gestão ambiental (licenciamento,
ZEE, etc.)
X X X Sistema ignorado pelos gestores
Baixa implementação do SISNAMA
SISNAMA com ampla cobertura, sendo utilizado na tomada de decisões
Eficiência no serviço público
X
Serviço público completamente ineficiente para gestão dos recursos hídricos
Serviço público burocrático, centrado no controle
Serviço público eficiente, centrado na qualidade do resultado
INTEGRAÇÃOInteração com outros planos e
políticas nacionaisX Sem integração
Integração casual e oportunista
integração inter setorial articulada entre as diferentes esferas
Implementação de acordos
internacionaisX X
Acordos não realizados. Países atuando sem vinculação com as áreas de fronteira. Não há controle do uso da água a montante. Possíveis ocorrências de conflitos internacionais
Acordos firmados, mas não implementados/executados.Não há controle do uso da água a montante
Acordos firmados, implementados e executados. Acordo trinacional para gestão integrada das águas compartilhadas
39
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Tabela 4 – Incertezas Críticas Agregadas Tematicamente com as Macro-Incertezas
Sínteses - "macro-incertezas"
INCERTEZAS CRÍTICAS
ÁGUA – DISPONIBILIDADE
Qualidade de ÁguaQuantidade de água superficial
Mortalidade/ morbidade por doenças de veiculação hídrica
Alteração do regime natural dos corpos de água
MUDANÇAS CLIMÁTICASEventos Hidrológicos Críticos
Clima Regime climático
ALTERAÇÕES ANTRÓPICAS
Conservação dos BiomasDinâmica de uso e ocupação do solo
Atividade de Pesca / AqüiculturaAtividade Agropecuária e avícola
GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS
Gestão das águas urbanasTransparência e acesso à informaçãoEnquadramento dos corpos de água.
Ações de educação em recursos hídricos e meio ambiente
Existência de planos de recursos hídricos.Implementação do SINGREH
(licenciamento, ZEE, etc.) SINGREH/SINGREH
Eficiência no serviço público
INTEGRAÇÃOInteração com outros planos e políticas
nacionaisImplementação de acordos internacionais
2.5. CRITICIDADE DAS MACRO-INCERTEZAS NAS UGRH
O estado do Acre não é homogêneo, nem do ponto de vista da sua
geografia física como do perfil de seus atores sociais. Esta heterogeneidade
foi contemplada ao se realizar os exercícios de cenarização para cada UGRH
(Anexo 6.7). Logo o desafio passa a ser como manter uma visão integrada
de todo Estado, em função de sua unidade político-administrativa e
identidades históricas e sócio-culturais e ao mesmo tempo respeitar as
especificidades de cada UGRH.
Por exemplo, a UGRH Acre-Iquiri possui densidade demográfica,
dinâmica econômica, mobilização da sociedade civil e integração com o
restante do país bem diferentes das demais UGRH. Logo qualquer plano de
desenvolvimento deve levar em conta estas diferenças para melhor atender
os desafios de cada regional.
Para tanto, a partir das informações geradas nas oficinas de
cenarização, recuperou-se as variáveis condicionantes que geraram as
40
Plano Estadual de Recursos Hídricos
diferentes incertezas críticas, e pontuou-se cada UGRH para cada incerteza
crítica de acordo com um índice de criticidade, considerado aqui como
sendo a razão entre os valores de motricidade e dependência que estas
variáveis receberam. Os dados foram agrupados nas macro-incertezas por
UGRH.
Os resultados obtidos estão sintetizados nas Figuras 10-14. É
importante ressaltar que todas as macro-incertezas são relevantes em
todas as UGRH. O que se tem aqui é o que se pode chamar “priorização”,
em função do que foi possível obter a partir da perspectiva dos atores
representados nas oficinas.
Os diferentes cenários descritos adiante devem ter o seu rebatimento
ponderado pelas criticidades apresentadas por cada UGRH.
Figura 10 – Criticidade da Disponibilidade de Água.
No que se refere à questão essencial de disponibilidade de água (em
si como limitante para qualquer desenvolvimento), tanto do ponto de vista
quantitativo como qualitativo, tem-se o indicativo de que se trata de uma
questão emergencial para UGRH Tarauacá, e preocupante nas UGRH Acre-
Iquiri e Purus (Figura 10).
41
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Figura 11 – Criticidade das Alterações Antrópicas.
As alterações antrópicas, que historicamente têm sido mais intensas
na região leste do Estado, apresentaram como maior nível de criticidade na
UGRH Abunã, e níveis significativos para as UGRH Envira e Purus (Figura
11).
Figura 12 – Criticidade da Gestão dos Recursos.
A implementação de uma política de gestão dos recursos hídricos,
bem como de seus respectivos instrumentos, é uma questão essencial para
todo o Estado. Todavia, a UGRH Alto Juruá apresentou destacada criticidade
neste sentido, provavelmente em função dos atores envolvidos possuírem a
42
Plano Estadual de Recursos Hídricos
percepção de que esta temática está completamente ausente na plataforma
governamental naquela região até o presente momento.
Figura 13 – Criticidade da Integração.
As questões relacionadas a processos de integração (Figura 13), seja
com outros programas e planos nacionais ou acordos transfronteiriços de
bacias compartilhadas, apresentaram-se de forma mais crítica nas três
UGRH da porção leste do Estado (Purus, Acre-Iquiri e Abunã).
Figura 14 – Criticidade das Mudanças Climáticas.
As mudanças climáticas envolvem processos complexos que
interagem nas diferentes escalas de espaço e tempo, e constituem
43
Plano Estadual de Recursos Hídricos
preocupação global. Logo, supõe-se que os impactos derivados desta
criticidade devem ter um efeito no mínimo sincrônico em todas as UGRH.
Contudo as UGRHS Acre-Iquiri e Envira apresentaram maior criticidade para
esta macro-incerteza, provavelmente em função da percepção dos atores a
respeito da maior vulnerabilidade de seus respectivos corpos d´água.
Todavia, estes níveis de criticidade das macro-incertezas devem ser
revistos conforme ponderação por avaliação técnica. Para efeito de
configuração de cenários para as projeções, foram consideradas as
criticidades reavaliadas, conforme conta no Anexo 6, para cada UGRH.
No próximo tópico estarão colocadas algumas implicações que estes
diferentes níveis de criticidade das mega-incertezas nas UGRH podem ter no
contexto dos diferentes cenários elaborados e descritos acima.
44
Plano Estadual de Recursos Hídricos
III. CENÁRIOS ELABORADOS
3.1. PREMISSAS PARA ELABORAÇÃO DOS CENÁRIOS
Para a elaboração dos cenários no âmbito estadual, foram definidas
algumas premissas relacionadas ao contexto no qual o PLERH/AC deverá
operar. As hipóteses sobre o contexto forma obtidas de duas fontes:
I) Cenários do PNRH: Os cenários elaborados para PNRH sintetizam
um conjunto de hipóteses coerentes de como se desdobrar o estado das
variáveis, assim como as condições para a gestão dos recursos hídricos,
agregando já elementos do contexto global. Estes cenários foram
nominados e definidos da seguinte forma: 1) “Água para Poucos” –
instabilidade e fragmentação no nível global, com estagnação e pobreza
no nível nacional e predomínio de uma gestão estatal ineficiente e
burocrática; 2) “Água para Alguns” – cenário global dominado pelo
dinamismo excludente, promovendo modernização com exclusão no nível
nacional e predomínio de uma gestão com participação privada e
economicista; e 3) “Água para Todos” – longo ciclo de prosperidade no
nível global, associado ao desenvolvimento integrado no nível nacional e
predomínio de uma gestão estatal eficiente. (Anexo 6.6)
II) Implementação do PPA (2008-2011) no estado do Acre: o
conjunto de políticas públicas desenhado até final de 2011, pode ter a
sua implementação com variadas configurações, de forma a ter impacto
diferenciado sobre os recursos hídricos. Assumiu-se três hipóteses para
sua implementação: 1) Acre Insustentável – cenário onde as políticas
públicas e seus respectivos projetos têm baixa implementação; 2) Acre
com Exclusão – cenário onde os projetos são implementados de forma
parcial beneficiando apenas alguns setores; e 3) Acre Sustentável –
cenário onde os projetos são implementados de forma orgânica e
integrada, visando o desenvolvimento sustentável e beneficiando toda a
sociedade.
III) O Papel das Mudanças Climáticas: Especialmente crítico é o papel
que as mudanças climáticas podem desempenhar na dinâmica dos recursos
hídricos no Estado do Acre. Isto se deve a três fatores: 1) A amplificação no
45
Plano Estadual de Recursos Hídricos
tempo da incerteza climática associada à maior parte dos modelos de
circulação global, particularmente a respeito de sua dinâmica sobre a
América do Sul (VALVERDE & MARENGO, 2010); 2) Ao desafio do
aprimoramento da acurácia dos modelos regionais, de acordo com o mais
recente estado da arte, embora existam perspectivas de alternativas
promissoras no médio prazo (ALVES& MARENGO, 2010) e; 3) O fato do
território do Estado ter uma rede hidrográfica com características de
cabeceiras associado a um regime hidrológico marcado pela alta
sazonalidade. Estes três fatores associados implicam em uma rede
hidrográfica altamente vulnerável às mudanças climáticas, e num desafio
tecnológico em se produzir previsões em uma escala que seja útil para
embasar estratégias de adaptação. Todavia, de acordo com as pesquisas
realizadas no âmbito do INCT/MC, existe uma convergência dos resultados
dos diferentes modelos que apontam que a região amazônica como um todo
pode sofrer, ao longo deste século, uma redução de até 40% no volume de
precipitação (INCT/MC, 2010; VALVERDE & MARENGO, 2010). Este dado
associado ao padrão da precipitação das últimas décadas apresentado
acima (Figura 2), fez com que se adotasse para o PLERH/AC níveis de
criticidade extremos para a macro-incerteza Mudanças Climáticas, nos três
cenários propostos.
Os cenários apresentados a seguir agregaram ainda todas as
recomendações da consulta pública integradora que foram julgadas
pertinentes.
46
Plano Estadual de Recursos Hídricos
3.2. CENÁRIO I – “ÁGUAS INSUSTENTÁVEIS”
Este cenário é formado pela conjugação das hipóteses mais
pessimistas pelas incertezas críticas, onde as mudanças climáticas
promovem a escassez dos recursos hídricos associado ao seu uso
indiscriminado e taxa elevada de degradação ambiental, além da baixa
implementação dos instrumentos de gestão e de articulação com outros
programas de desenvolvimento. Este cenário será promovido em um
contexto de baixo desenvolvimento socioeconômico (tanto do estado
como do país), e/ou associado à intensificação dos efeitos decorrentes
das mudanças climáticas sem as devidas estratégias de mitigação e
adaptação. As características deste cenário são:
Ocupação e uso desordenado do solo;
Aumento da taxa de degradação ambiental;
Degradação dos cursos d’água;
Infraestrutura de saneamento ambiental deficiente;
Limitação da disponibilidade da água;
Qualidade da água péssima;
Intensificação dos eventos extremos (Inundações e secas
freqüentes e de alta intensidade) e conseqüente aumento de
desabrigados, aumento de doenças de veiculação hídrica, segurança
alimentar afetada, etc.;
Alteração da sazonalidade das estações, ausência de políticas
ambientais;
Baixa integração da gestão territorial e gerenciamento de
água;
Não construção do sistema de informação de recursos hídricos;
Corpos de água não são enquadrados em categorias de uso;
Educação ambiental ineficiente referente a recursos hídricos;
Inexistência de plano de gestão;
Serviço público completamente ineficiente para gestão dos
recursos hídricos;
Falta de integração nas bacias transfronteiriças.
47
Plano Estadual de Recursos Hídricos
3.3. CENÁRIO II – “ÁGUAS NO LIMITE”
Este cenário é caracterizado pela manutenção dos padrões atuais
de gestão e das tendências atuais de mudanças climáticas, das taxas de
consumo e de degradação ambiental, supondo a permanência de status
do contexto socioeconômico e do modelo de desenvolvimento atual,
admitindo-se que esta já pode ser considerada uma situação limítrofe.
As características deste cenário são:
Baixa eficiência estatal, índices de degradação são mantidos,
investimentos pontuais;
Manutenção dos padrões atuais, ações pontuais de
remediação, elevados índices de perdas da água tratada;
Qualidade da água entre regular e ruim;
Baixo atendimento dos serviços de saneamento;
Inviabilidade temporária da navegabilidade;
Racionamento da água;
Inundações e secas menos freqüentes e com intensidade
mediana, soluções “socorristas”, mas não preventivas;
Baixa implementação das políticas ambientais;
Taxa de degradação mantém a tendência;
Ocupação irregular do solo;
Baixa disponibilidade de pescado na região
Manutenção da expansão da agropecuária;
Construção parcial do sistema de informação de recursos
hídricos;
Enquadramento parcial dos corpos de d’água;
Ação educativa ambiental em recursos hídricos esporádica;
Plano de gestão dos recursos hídricos somente para atender a
interesses políticos;
Baixa implementação do SINGREH e de outros instrumentos de
gestão;
Serviço público burocrático, centrado no controle;
Integração casual e oportunista, com outros planos nacionais
ou transfronteiriços.
48
Plano Estadual de Recursos Hídricos
3.4. CENÁRIO III – “ÁGUAS SUSTENTÁVEIS”
Este cenário tem como premissa principal que as esferas de governo
federal, estadual e municipais estão alinhadas em torno do
desenvolvimento sustentável, tendo a gestão dos recursos hídricos como
um dos seus eixos principais, promovendo o ordenamento territorial, a
eficiência na gestão pública e estratégias de mitigação e adaptação às
mudanças climáticas. As características deste cenário são:
Gestão estatal eficiente, melhoria significativa dos padrões
atuais, investimento bem planejado;
Oferta de água muito superior a demanda, políticas de
proteção e recuperação de mananciais, melhorias nos sistemas de
abastecimento;
Qualidade da água boa;
Implementação do sistema de saneamento;
Prevenção e mitigação de impactos;
Uso múltiplo da água garantido/assegurado;
Elaboração e implementação de programas de adaptação as
mudanças climáticas, particularmente no que se refere aos planos de
adaptação e medidas preventivas para as comunidades em áreas de
risco;
Implementação massiva das políticas de gestão ambiental e
seus respectivos instrumentos, muitos dos quais já elaborados;
Taxa de degradação com redução significativa;
Planos Diretores, Ordenamento Territorial Local (OTL) e Planos
de Desenvolvimento Comunitários (PDC) implementados;
Gestão compartilhada (governo, setor privado e sociedade
civil);
Plano de manejo de pastagens e implantação de sistemas
alternativos de produção sustentável ( incluindo o uso de Sistemas integrados
de produção a exemplo dos SAFs, Plantio Direto, Integração Lavoura Pecuária-ILP, Integração
Lavoura Pecuária Floresta - ILPF); alta produção com impactos mitigados;
Predomínio da visão da gestão integrada;
Garantia de acesso público às informações de forma
sistematizada;
49
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Enquadramento de todos os corpos de água conforme Res.
CONAMA 354/2005;
Ação educativa ambiental coordenada e planejada cobrindo
todos os usuários e setores envolvidos;
SINGREH e seus instrumentos elaborados e implementados
com ampla cobertura, sendo utilizado na tomada de decisões;
Planos de bacias elaborados;
Comitês e associações de defesa da água funcionando;
Serviço público eficiente, centrado na qualidade do resultado;
Integração inter-setorial articulada entre as diferentes esferas;
Integração da política ambiental do estado (ZEE, OTL, PGIRS,
PD, Gestão de Riscos, etc.)
Acordos transfronteriços para a gestão dos recursos hídricos
firmados, implementados e executados.
Os três cenários elaborados para os recursos hídricos do Acre não são
construções estanques. Eles representam marcos referenciais dentro de um
espectro de possibilidades, onde se considera os extremos (ver cenários por
UGRH, 5 cenários) como sendo “menos prováveis”, mas não improváveis.
Também a sua elaboração partiu da premissa que haverá um alinhamento
entre a esfera estadual e a federal, seja para as hipóteses mais pessimistas
ou as mais otimistas.
Tendo estes cenários como pano de fundo de um conjunto definido de
estratégias é possível trilhar uma determinada trajetória escolhida e
monitorar outras tendo em vista uma preparação para mudanças futuras e
diminuindo o impacto de possíveis incertezas. Portanto, os cenários se
constituem em um guia para o planejamento na medida em que aponta
possíveis desdobramentos de temas e incertezas críticas de interesse do
PLERH/AC, fornecendo subsídios para ajustes e adaptações.
3.5. PROJEÇÕES BASEADAS NOS CENÁRIOS GERADOS
Com os cenários desenvolvidos, é possível realizar suas respectivas
projeções quantitativas hipotéticas a respeito da sustentabilidade dos
recursos hídricos.
Para tal, utilizou-se a abordagem de dinâmica sistêmica, com subsídio
do software Vensim (Ventana Systems). Tal abordagem de dinâmica
50
Plano Estadual de Recursos Hídricos
sistêmica tem sido utilizada com sucesso para avaliação de sustentabilidade
dos recursos hídricos (XU et al, 2002; SANCHÉZ-ROMAN et al, 2009).
Esta abordagem tem seu consolidado nas ciências ambientais, em
todas as questões que envolvem interação entre variáveis dinâmicas. O
clássico trabalho de Donela Meadows (MEADOWS et AL, 2007) sobre os
limites do crescimento da população humana e o seu respectivo impacto
sobre os recursos naturais do planeta, demonstram a amplitude e o
potencial de tal abordagem ao viabilizar a simulação interdependentes
entre vária varáveis dinâmicas relativas aos ambientes ecológico,
ambiental, econômicos e social.
A essência desta abordagem é estabelecer vínculos quantitativos
entre as principais variáveis do sistema. Estes vínculos são geralmente
estabelecidos através de equações baseados em relações mecanísticas
conhecidas, ou relações empíricas.
No caso do PLERH, utilizou-se tanto relações empíricas e
mecanísticas, como variáveis aleatórias baseadas na distribuição estatística
de dados pretéritos, principalmente para precipitação e vazão.
O modelo de Projeções para PLERH-AC foi desenvolvido pela
concepção de dois subsistemas: 1) Subsistema de definição do Cenário
(Figura 15) e 2) Subsistema de projeções quantitativas (Figura 16).
Figura 15 – Subsistema de definição de cenários.
No subsistema de definição de cenários, são definidos as
configurações dos cenários estadual e nacional que melhor se conformam a
cada um dos cenários Águas Sustentáveis, Águas no Limite e Águas
Insustentáveis. Também, neste subsistema são atribuídas as dados iniciais
(vazão, precipitação, população e nível das criticidades) adequadas à
51
Plano Estadual de Recursos Hídricos
realidade de cada UGRH. Os níveis de criticidade IC 1 até IC 4,
correspondem aos pesos médios a serem atribuídos, respectivamente, às
macro-incertezas Disponibilidade de Água, Mudanças Climáticas, Alterações
Antrópicas, Gestão dos Recursos Hídricos e Integração.
Figura 16 – Subsistema de projeções Quantitativas do
PLERH/AC.
O subsistema de projeção quantitativas tem o seu coração no índice
de sustentabilidade do uso dos recursos hídricos (ISRH), que é uma razão
entre o excedente de água e a disponibilidade total. A variável “Oferta de
Água” é definida pela síntese das interações entre as incertas críticas, com
um destaque para o fator “Qualidade da Água”. Logo, em última análise,
esta variável trata de oferta de água com qualidade. Por outro lado, o outro
termo da equação, “Demanda de Água” vai depender essencialmente de
que forma o crescimento populacional e a taxa de urbanização vias
responder as diferentes políticas públicas dependendo dos cenários
estadual e nacional.
Os diferentes cenários influenciam no subsistema de projeções
quantitativas através de diferentes níveis de probabilidade na oferta de
água com qualidade, e no nível de sua demanda, baseado no crescimento
populacional e na crescente taxa de urbanização.
Resumindo, as combinações cenários estadual e federal articuladas com
diferentes níveis das criticidades das macro-incertezas, implicam em
diferentes padrões quantitativos e qualitativos na oferta e demanda da
água.
52
Plano Estadual de Recursos Hídricos
A análise das projeções serão agregada através do índice de
sustentabilidade dos recursos hídricos (ISRH), adaptado a partir da formula
proposta por XU et al (2002):
ISRH = 0.1*Oferta – Demanda/0.1*Oferta
O Nível crítico do ISRH é 0.2, indicando o nível mínimo de água para o
funcionamento dos ecossistemas. Este valor indica que a demanda por
água utiliza cerca de 80% da oferta potencial.
Abaixo demonstra-se os cenários em em três perspectivas: Média
anula, mínimo chuvos e mínimo seco. Apresenta-se a média anual para que
possa ser feita uma avaliação global da disponibilidade do recurso hídrico.
Todavia a sazonalidade é um fator crítico na sua disponibilidade. Do ponto
de vista de sustentabilidade quantitativa, não importa aqui, o máximo
chuvoso, pois este seria período de disponibilidade máxima do recursos,
embora ele surta outros efeitos negativos relacionados às inundações,
implicando em problemas sócias, especificamente de saúde pública, como
veiculação de doenças.
Neste sentido, a avaliação do ídice de sustentabilidade vias ser mais
útil quando circunscrita aos prováveis valores mínimos dos dois períodos,
chuvoso e seco, sendo este último o mais crítico.
53
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Oferta de Água
6,000
4,500
3,000
1,500
0
2010 2012 2014 2016 2018 2020 2022 2024 2026 2028 2030Time (Year)
Oferta de Água : minimo secoOferta de Água : minimo chuvosoOferta de Água : media anual
Figura 17 – Projeção de oferta de água em diferentes
períodos.
54
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Para as projeções que se seguem, a macro-incerteza Mudanças
Climáticas está considerada no nível máximo de criticidade em todos os
casos.
Figura 18 – ISRH para diferentes períodos do ano.
Todavia em função da elevada sazonalidade do regime hidrológico na
região amazônica, é pertinente verificar em qual período a sustentabilidade
se tornaria crítico. As Figuras 17 e 18 demonstram que se as análises se
concentrassem baseados na média anual, nenhum nível crítico de
sustentabilidade seria detectado. Todavia o período seco apresenta valores
com perspectivas críticas para sustentabilidade, algo já vivenciado em loco
pela população do Acre.
Índice de Sustentabilidade (Xu et al, 2002)
1
0.75
0.5
0.25
0
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030Time (Year)
"Índice de Sustentabilidade (Xu et al, 2002)" : OTIMISTA"Índice de Sustentabilidade (Xu et al, 2002)" : TENDENCIAL"Índice de Sustentabilidade (Xu et al, 2002)" : PESSIMISTA
55
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Figura 19 – Simulações das projeções para o ISRH no período seco nos diferentes cenários: Otimista (Águas
Sustentáveis), Tendencial (Águas no Limite) e Pessimista (Águas Insustentáveis).
A Figura 19 demonstra as projeções simuladas do ISRH, no Acre, até
2030 para os diferentes cenários. A linha preta indica o nível crítico do
índice de sustentabilidade ISRH.
O cenário pessimista, Águas Insustentáveis, apresenta a maior parte de
seus valores (barras verdes) abaixo do nível crítico.
Figura 20 – Simulações das projeções para o ISRH agrupada para os anos 2014, 2022 e 2030 para os cenários
Otimista (Águas Sustentáveis), Tendencial (Águas no Limite) e Pessimista (Águas Insustentáveis).
A Figura 20 apresenta os valores médios agregados os períodos de
2014, 2022 e 2030. O cenário pessimista (Águas Insustentáveis) apresenta
níveis críticos de sustentabilidade já para o período de 2014.
56
Plano Estadual de Recursos Hídricos
A Figura 21 demonstra para o nível de incerteza para os mesmos
períodos. No cenário Águas Insustentáveis os níveis de incertezas são altos
e crescentes.
Figura 21 – Simulações das incertezas (CV%) para o ISRH agrupadas para os anos 2014, 2022 e 2030 para os cenários
Otimista (Águas Sustentáveis), Tendencial (Águas no Limite) e Pessimista (Águas Insustentáveis).
As projeções realizadas no cenário Águas Insustentáveis demonstram o
ISRH varia de forma significativa entre algumas UGRH (Figura 22).
Particularmente, as UGRH Acre-Iquiri e Abunã devem apresentar níveis
críticos de sustentabilidade no curto prazo, 2014.
57
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Figura 22 – Valores de ISRH para o período seco nas diferentes UGRH, no cenário Águas Insustentáveis.
Figura 23 – Valores de ISRH para o período seco nas diferentes UGRH, no cenário Águas no Limite.
As Figuras 23 e 24 demonstram que o índice de sustentabilidade deve
se manter em níveis confortáveis nos Cenários Águas no Limite e Águas
Sustentáveis.
Figura 24 – Valores de ISRH para o período seco nas diferentes UGRH, no cenário Águas Sustentáveis.
58
Plano Estadual de Recursos Hídricos
As projeções realizadas para os diferentes cenários indicam a
necessidade de se adotar uma estratégia robusta para que se evite a
configuração do cenário Águas Insustentáveis, diminuindo o nível de
criticidade das incertezas críticas. Também indicam que a atual conjuntura
administrativa do governo federal e estadual, expressas no cenário Água no
Limite, apresentam condições de manter os nível mínimos de
sustentabilidade dos recursos hídricos, caso se mantenha o foco no
desenvolvimento sustentável no nível estadual, com a implementação de
políticas públicas que o promovam.
59
Plano Estadual de Recursos Hídricos
IV. DIRETRIZES PARA O FUTURO
Neste ponto, é importante realçar que qualquer caminho que seja
adota pelas diretrizes, ele deve implicar na adoção de estratégias de
adaptação e mitigação às mudanças climáticas. O PLERH-AC deve ser
entendido, no seu conjunto, como uma estratégia de adaptação às
mudanças climáticas frente à particular vulnerabilidade de seus recursos
hídricos.
Com base nos cenários as estratégias do programa podem ser desenhadas e planejadas de três formas diferentes:
a) A concepção de uma visão de futuro;
b) A adoção do cenário mais provável;
c) A elaboração de uma estratégia robusta.
Cada plano de recursos hídricos opta por um destes caminhos. O
Plano Nacional optou por uma estratégia robusta. O estado do Mato Grosso,
por exemplo, adotou uma visão de futuro no seu plano. É importante
investigar as premissas a partir das quais cada uma das três abordagens
pode ser melhor sucedida.
A visão de futuro é ideal para orientar um planejamento quando a
maioria dos atores-chave consegue conceber que tem alguma convergência
de interesse e que, ao mesmo tempo, possua algum nível de
governabilidade e/ou influência sobre as principais incertezas críticas.
A adoção do cenário mais provável é ideal quando se opera em
contextos estáveis ou rígidos, ou que usufruam de algum tipo de
previsibilidade, onde os atores têm poucas condições ou interesse de
intervir em suas condições de contorno.
A elaboração de uma estratégia robusta é ideal em um contexto de
alta incerteza e baixa governabilidade, e implica em conceber linhas de
ação que possam funcionar bem em qualquer situação e que garanta a
resiliência de elementos básicos do sistema hídrico e de seus respectivos
mecanismos de gestão de uma região.
Todavia existem alguns elementos que podem definir regiões com
maior gravidade ao longo deste espectro de cenários para o Acre, que
podem definir padrões para as incertezas críticas:
Manutenção da tendência de queda da disponibilidade e
aumento da demanda de água, projetada partir de dados retrospectivos;
60
Plano Estadual de Recursos Hídricos
A disponibilidade de água supera em muito a demanda no
cômputo geral, mas a escassez durante a estiagem é crítica em
algumas bacias;
As limitações quanto à qualidade da água, de acordo com os
informações do diagnóstico;
A eminente conclusão da rodovia BR-364, ligando Rio Branco a
Cruzeiro do Sul, cruzando e interligando as 6 (seis) UGRH e todas as
bacias hidrográficas do estado, influenciando em padrões migratórios e
de uso e ocupação do território, aflorando tanto oportunidades como
ameaças;
A incerteza inerente das mudanças climáticas no regime
hidrológico, além das incertezas associadas à estrutura e premissas dos
principais modelos climáticos, principalmente no que diz respeito à
anomalia de precipitação para a Amazônia (Cândido et alli, 2007);
A manutenção do desenvolvimento sustentável baseado na
vocação florestal como bandeira e identidade do estado do Acre, em
função das plataformas políticas e institucionais, de âmbito nacional e
internacional, construídas com base nesta visão.
Apesar das incertezas relacionadas aos efeitos das mudanças
climáticas e aos desdobramentos da conclusão da rodovia BR-364, a
prioridade que o governo estadual tem demonstrado para com as questões
ambientais aliada a um contexto político favorável e ao amadurecimento de
instrumentos como o ZEE (Zoneamento Ecológico-Econômico), poderia fazer
com que o cenário mais provável fosse algo intermediário entre Cenário II –
“Águas no Limite” e o Cenário III – “Águas Sustentáveis”, podendo ser
concebida até mesmo uma visão de futuro.
Todavia, o capital social, econômico e natural não está distribuído
homogeneamente no Estado, havendo grande diferença entre as UGRH. O
acúmulo de discussão e organização da sociedade civil no Alto e Baixo Acre
(UGRH Acre-Iquiri) de forma a propiciar participação paritária em diferentes
fóruns, ainda se encontra em estágio incipiente nas outras regiões do
estado. Além disto, a média dos índices hidrológicos relativos à quantidade
de água apresentados no diagnóstico pode passar uma idéia falsa a respeito
do desafio de gestão dos recursos hídricos na região, que deverá ser uma
61
Plano Estadual de Recursos Hídricos
gestão capaz de lidar principalmente com os extremos cada vez mais
acentuados de inundação e estiagem.
Portanto, a recomendação para o PLERH/AC tende a ser a concepção
de uma estratégia robusta para o estado como um todo, endereçando as
principais criticidades de cada UGRH, considerando que um dos principais
desafios para a gestão dos recursos hídricos encontra-se na quantidade e
diversidade dos atores envolvidos, indo muito além do âmbito de
governabilidade dos gestores governamentais do setor hídrico (WWAP,
2009).
Dessa forma, a diretriz principal para PLERH/AC inicia-se por uma
franca ampliação do capital social para a gestão dos recursos hídricos. Isto
passa desde a capacitação de técnicos em todos os níveis e em todos os
municípios, até ao envolvimento sócio-educativo com todos os usuários.
Este processo, porém, deve ser subsidiado por um sistema de gestão de
informação dos recursos hídricos, que seja alimentado por monitoramento e
disponibilize, publicamente, informações periódicas.
62
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Outros elementos que devem ser considerados são:
Diagnósticos mais pormenorizados e capilarizados de cada
UGRH baseados em levantamentos municipais participativos, atividade
esta que pode promover tanto a aquisição de informação quanto sua
apropriação pela população local e seu respectivo empoderamento
para participar do processo de gestão;
Ampliação massiva da base de monitoramento dos recursos
hídricos;
Integração com instituições de pesquisa no âmbito nacional e
internacional e internacional para Elaboração de modelos climáticos de
resolução adequada à região, acoplados com modelos de circulação
global (GCM) e regional, para realização de projeções mais precisas e
acuradas. Em particular, deve ser articulado a inclusão dos rios do
estado Acre como estudo de caso do INCT/MC (Instituto Nacional de
Ciência e Tecnologia pra Mudanças Climáticas), afim de que se
promova o devido apoio tecnológico para subsidiar as medidas de
adaptação;
Foco na promoção da resiliência socioambiental baseado em
programas de adaptação às mudanças climáticas;
Plena implementação do ZEE e de OTL assim como de todos os
demais instrumentos de política ambiental;
Ampliação das redes de abastecimento e saneamento;
Articulação com os estados do Amazonas e Rondônia e países
vizinhos (Bolívia e Peru) para a gestão de bacias compartilhadas;
Articulação inter-setorial para que a quantidade e qualidade do
recurso água sejam variáveis internalizadas no planejamento de
setores usuários de água (agricultura, indústria, etc.), promovendo a
co-responsabilidade, transcendendo os limites das instituições gestoras
dos recursos hídricos (WWAP, 2009).
63
Plano Estadual de Recursos Hídricos
CAPÍTULO II. PLANO DE AÇÃO
2.1. CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES
Este Plano de Ação se fundamenta nas diretrizes estabelecidas no
Plano Nacional de Recursos Hídricos (PNRH), na Metodologia do Plano
Estadual de Recursos Hídricos do Acre (PLERH/AC) elaborada pela SEMA em
2008, no Diagnóstico e situação atual dos recursos hídricos do Estado do
Acre (SEMA, 2010), nos resultados do Prognóstico dos recursos hídricos,
além das considerações contidas no Plano Plurianual do Governo do Estado
(PPA, 2008-2011).
Dentre as diretrizes estabelecidas para a construção do Plano
Estadual de Recursos Hídricos do Acre (PLERH/AC) (SEMA, 2008) destacam-
se:
Considerar o Plano Nacional de Recursos Hídricos, o Plano Estadual
de Recursos Hídricos e os planos de bacia como instrumentos de
planejamento estratégico das respectivas regiões de abrangência;
Construir o PLERH/AC apoiado na participação ampla dos diferentes
grupos que compõem a sociedade acreana, de forma a garantir um
acordo político sobre a base de informações técnicas e considerar a
água como elemento natural capaz de potencializar o
desenvolvimento social e econômico sustentável do estado do Acre;
Considerar o PLERH/AC como documento de referência para orientar
o processo de planejamento e desenvolvimento sócio-cultural e
ambiental do Estado do Acre, conforme diretrizes estabelecidas no
Art. 5º da Lei 1.500/2003.
O Plano Plurianual do Governo do Estado (PPA, 2008-2011) para
efeitos de gestão das águas e dos recursos hídricos do Acre indica que
deverão ser criadas as políticas públicas capazes de contornar os problemas
de comprometimento e degradação desses recursos com medidas
duradouras para a gestão, envolvendo a participação das comunidades,
como condição necessária para o desenvolvimento sustentável do Acre.
Neste sentido, o Governo do Estado traçou as seguintes prioridades,
conforme estabelecido no Art. 3º da Lei 9.433 de 1997:
64
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Considerar as diversidades físicas, bióticas, demográficas,
econômicas, sociais das diferentes bacias na implantação da Política
Estadual de Recursos Hídricos;
Implantar os comitês (ou consórcios) de bacias ou microbacias
segundo as especificidades de cada região;
Implantar a política de gerenciamento de bacias, considerando que
os rios do Acre ultrapassam os limites territoriais do Estado e do país,
projetando-se no contexto da Bacia Amazônica;
Implementar medidas voltadas para a preservação e conservação
das nascentes dos rios e igarapés, visando à melhoria da
disponibilidade hídrica e das funções ecológicas das áreas de matas
ciliares;
Integrar a política de recursos hídricos com as demais políticas
setoriais (saúde, educação, transporte e infra-estrutura, por
exemplo);
Articular junto ao governo federal a inserção do tema “Gestão dos
Recursos Hídricos” nos acordos internacionais, com os países de
fronteira.
Ainda, segundo o PPA (2008-2011) os “problemas ambientais urbanos
no Acre têm sido gritantes e nossos igarapés se transformaram em
escoadouros de resíduos domésticos e industriais”.
Dentre outras medidas necessárias para a mitigação do problema, o
PPA indica a implantação de aterros sanitários consorciados entre
municípios vizinhos, priorizando o tratamento do chorume e a drenagem
dos gases.
Segundo proposto no Termo de Referência do Contrato Nº 089/2010,
a seleção dos programas e ações do Plano de Ação deverão considerar as
expectativas da sociedade expressas nas propostas apresentadas nas
oficinas ocorridas nas Unidades de Gestão dos Recursos Hídricos (UGRH).
Este Termo de referência indica também como importante o
estabelecimento de medidas estruturais e não-estruturais para a solução
dos problemas diagnosticados e para o alcance do cenário almejado,
compatibilizando-as e integrando-as em escala estadual, de modo a
contemplar, tanto quanto possível as demandas regionais. Deverão ainda
ser considerados os seguintes aspectos:
a) Programas do Governo Estadual;
65
Plano Estadual de Recursos Hídricos
b) Ações de fortalecimento incluindo a sustentabilidade do Sistema de
Gestão de Recursos Hídricos do Estado;
c) Ações voltadas para a integração das atividades dos Sistemas de
Meio Ambiente e de Recursos Hídricos;
d) Ações voltadas para a aproximação dos municípios com o Sistema de
Gestão dos Recursos Hídricos;
e) Compatibilização das ações municipais, a exemplo dos Planos
Diretores, do Ordenamento Territorial e das Agendas 21 elaborados,
e em elaboração;
f) Ações de articulação do Sistema Estadual com o Sistema Nacional de
Gerenciamento de Recursos Hídricos (SINGREH), nas bacias de rios
de domínio da União e no diálogo com os demais países e Estados
que compartilham bacias hidrográficas no Acre;
g) Ações voltadas para a articulação com os setores usuários, em suas
vertentes pública e privada.
A integração dos programas e ações a serem incluídos nos estudos para
subsidiar a elaboração do PLERH/AC deverá ser baseada em dois enfoques
principais:
Programas e ações de cunho emergencial, levando-se em
consideração os impactos mais significativos nas bacias que
afetam a quantidade e a qualidade da água;
Programas e ações continuadas de médio e longo prazos,
dedicadas a diferentes temas, em função do diagnóstico e do
prognóstico elaborados.
Algumas ações consideradas essenciais são:
Implantação da rede hidrológica e de monitoramento da qualidade da
água;
Tecnologia e treinamento em recursos hídricos dos técnicos de
instituições afins;
Serviços e obras de conservação, proteção e recuperação da
qualidade das águas e dos recursos hídricos;
Proteção e monitoramento das águas subterrâneas;
Conservação e proteção de nascentes;
Recuperação de áreas degradadas;
Tecnologia de conservação de recursos hídricos na agricultura e
agroindústria;
66
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Defesa contra inundações e secas;
Prevenção e defesa contra erosão do solo e assoreamento dos rios.
O diagnóstico do PLERH/AC apresenta alguns indicativos referentes à
situação atual dos recursos hídricos, importantes para o processo de gestão
integrada das águas no Acre, dentre os quais: falta de informações
sistematizadas sobre recursos hídricos; vazios de informações
pluviométricas e fluviométricas; dificuldade de mapeamento dos usos
consuntivos; alta vulnerabilidade dos aqüíferos; comprometimento da
qualidade das águas superficiais pelo lançamento de esgoto e resíduos
sólidos; dentre outros aspectos.
O diagnóstico indica ainda que, para melhor caracterização da
situação dos recursos hídricos nas UGRH, será necessário incluir duas
frentes de trabalho estratégicas, a fim de dotar o Estado de uma infra-
estrutura técnica e tecnológica de apoio à gestão das águas e à elaboração
dos planos diretores dos recursos hídricos. São ações apoiadas na
integração da Hidrologia com os Sistemas de Informação Geográfica (SIG) e
a Tecnologia da Informação (TI):
Cadastramento dos usos consuntivos em ambiente de
informações geográficas, caracterizando a dinâmica espacial e
temporal dos múltiplos usos da água; e
Desenvolvimento de uma base de dados contínua com
informações hidrológicas espacializadas ao longo de toda a rede
hidrográfica do estado do Acre.
Para a elaboração dos cenários de recursos hídricos no Acre foi
identificado um conjunto de incertezas críticas para cada UGRH, a partir das
oficinas participativas, para as quais foram formuladas hipóteses em que
elas têm mais probabilidades de se manifestarem. Posteriormente as
macro-incertezas foram agrupadas para maior consistência de análise no
nível do Estado, em: disponibilidade de água em quantidade e qualidade;
mudanças climáticas; alterações antrópicas; gestão dos recursos hídricos; e
integração.
Posteriormente, com base nos cenários do Plano Nacional de
Recursos Hídricos (PNRH), no PPA (2008-2010) e nas informações advindas
das oficinas realizadas nas UGRH, foram definidos três cenários, a saber:
Águas insustentáveis: formado pela conjugação das hipóteses
mais pessimistas pelas incertezas críticas, onde as mudanças
67
Plano Estadual de Recursos Hídricos
climáticas promovem a escassez dos recursos hídricos associado ao
seu uso indiscriminado e taxa elevada de degradação ambiental,
além da baixa implementação dos instrumentos de gestão e de
articulação com outros programas de desenvolvimento.
Águas no limite: caracterizado pela manutenção dos padrões atuais
de gestão e das taxas de consumo e de degradação ambiental,
supondo a permanência de status do contexto socioeconômico atual,
admitindo-se que esta já pode ser considerada uma situação
limítrofe.
Águas sustentáveis: tem como premissa principal que as esferas
de governo federal, estadual e municipais estão alinhadas em torno
do desenvolvimento sustentável, tendo a gestão dos recursos
hídricos como um dos seus eixos principais, promovendo o
ordenamento territorial, a eficiência na gestão pública e estratégias
de mitigação e adaptação às mudanças climáticas.
Neste sentido o prognóstico apresenta as seguintes diretrizes
para o PLERH/AC:
- Ampliação do capital social para a gestão dos recursos hídricos,
com capacitação de técnicos em todos os níveis e em todos os
municípios e o envolvimento sócio-educativo de todos os usuários;
- Sistema de gestão de informação sobre recursos hídricos, que
seja alimentado por monitoramento, disponibilizando publicamente
informações periódicas;
- Diagnósticos pormenorizados e capilarizados de cada UGRH
baseados em levantamentos municipais participativos, promovendo
tanto a aquisição de informação quanto sua apropriação pela população
local e seu respectivo empoderamento para participar do processo de
gestão;
- Ampliação massiva da base de monitoramento dos recursos
hídricos;
- Integração com instituições de pesquisa no âmbito nacional,
regional e internacional para elaboração de modelos climáticos de
resolução adequada à região, acoplados com Modelos de Circulação
Global (GCM) e regional, para realização de projeções mais precisas e
acuradas;
68
Plano Estadual de Recursos Hídricos
- Promoção da resiliência socioambiental baseado em programas
de adaptação às mudanças climáticas;
- Plena implementação do ZEE e de Ordenamento territorial
(OTL), assim como de todos os demais instrumentos da política
ambiental;
- Ampliação das redes de abastecimento e saneamento;
- Articulação com os estados do Amazonas e Rondônia e países
vizinhos (Bolívia e Peru) para a gestão das bacias compartilhadas;
- Articulação inter-setorial para que a quantidade e qualidade do
recurso água sejam variáveis internalizadas no planejamento de setores
usuários de água (agricultura, indústria, dentre outros), promovendo a
co-responsabilidade, transcendendo os limites das instituições gestoras
dos recursos hídricos.
Este conjunto complexo e completo de informações foi analisado em
parceria com os diferentes segmentos da sociedade nas oficinas realizadas
nas UGRH para proposição das diretrizes, programas e ações do PLERH/AC,
a seguir apresentados.
69
Plano Estadual de Recursos Hídricos
2.2. DIRETRIZES, METAS, PROGRAMAS E AÇÕES DO PLERH/ACRE
DIRETRIZES
As diretrizes propostas visam orientar a implantação do Sistema
Estadual de Gestão dos Recursos Hídricos do Acre (SEGRH/AC) dentro de
uma visão sustentável de desenvolvimento, que garanta a integração
interinstitucional e a participação efetiva dos usuários, sociedade civil e
governo, conciliando conservação ambiental e crescimento econômico com
equidade.
Foram propostas quatro diretrizes e dez programas (Quadro 1), cujos
componentes (projetos e ações) estão apresentados na seqüência.
Quadro 1. Diretrizes e programas do PLERH/AC.
DIRETRIZES PROGRAMAS
I – Implementação da Política de Gestão Integrada dos Recursos Hídricos no Estado.
Programa 1. Implementação dos instrumentos de gestão dos recursos hídricos.
Programa 2. Implantação da rede de monitoramento quali-quantitativa das águas superficiais e subterrâneas do Estado.
Programa 3. Saneamento Ambiental Integrado.
II – Consolidação do marco legal e fortalecimento institucional para a gestão integrada dos recursos hídricos.
Programa 4. Fortalecimento do Sistema de Gestão dos Recursos Hídricos.
Programa 5. Articulação institucional e intersetorial na gestão dos recursos hídricos nos níveis Federal e inter-Estadual.
Programa 6. Sustentabilidade econômico-financeira para a gestão dos recursos hídricos no Estado.
III – Desenvolvimento tecnológico, educação ambiental e comunicação
Programa 7. Comunicação, divulgação e educação ambiental para a gestão integrada dos recursos hídricos.Programa 8. Desenvolvimento científico e tecnológico para gestão de recursos hídricos.
IV – Desenvolvimento de medidas de adaptação às mudanças climáticas.
Programa 9. Desenvolvimento de medidas de adaptação e mitigação dos eventos extremos.
Programa 10. Revitalização de Bacias Hidrográficas (Conservação e recomposição de áreas de proteção permanente).
70
Plano Estadual de Recursos Hídricos
2.2.1. DIRETRIZ I. IMPLEMENTAÇÃO DA POLÍTICA DE GESTÃO
INTEGRADA DOS RECURSOS HÍDRICOS NO ESTADO
PROGRAMA 1. IMPLEMENTAÇÃO DOS INSTRUMENTOS DE GESTÃO
DOS RECURSOS HÍDRICOS
PROJETO 1.1. IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA DE INFORMAÇÕES SOBRE
RECURSOS HÍDRICOS DO ACRE (SIRENA)
OBJETIVOS
Reunir, organizar , georreferenciar e sistematizar as informações
existentes e relativas aos recursos hídricos do Estado levando-se em
consideração as Unidade de Gestão de Recursos Hídricos (UGRH).
Reunir, organizar e sistematizar as informações existentes e sua
formatação em um banco de dados georreferenciado, organizado por
Unidade de Gestão de Recursos Hídricos (UGRH).
Disseminar as informações hidrológicas, hidrogeológicas e de
qualidade das águas, contribuindo para a realização de estudos e projetos e
para a construção do conhecimento em recursos hídricos no Estado.
JUSTIFICATIVA
O sistema de informações sobre recursos hídricos é um dos
instrumentos da Política Nacional de Recursos Hídricos, de acordo com a Lei
Federal 9.433/1997. No Estado do Acre o Sistema de Informações sobre
Recursos Hídricos (SIRENA) está previsto no Art. 8º. da Lei Estadual de
Recursos Hídricos (1.500/2003), no âmbito do Sistema Estadual de
Informações Ambientais (SEIAM), devendo ser gerido pelo Instituto de Meio
Ambiente do Acre (IMAC).
De acordo com o Art. 25, da Lei Federal 9.433/1997, o sistema de
informações sobre recursos hídricos é um sistema de coleta, tratamento,
armazenamento e recuperação de informações sobre recursos hídricos e
fatores intervenientes em sua gestão.
Neste sentido o Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos do
Acre (SIRENA) deverá ser estruturado e desenvolvido, de forma
compatibilizada, com o Sistema Nacional de Informações sobre Recursos
71
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Hídricos (SNIRH), bem como com os sistemas dos Estados vizinhos do
Amazonas e Rondônia, com os quais compartilha seus recursos hídricos.
Particularmente, é importante que sejam implantadas estruturas
interativas e de fácil compreensão, disponibilizada em ambiente Web, para
que haja amplo acesso por parte da população e das instituições.
Os princípios e as orientações básicas para implantação do SIRENA
estão previstos nos Artigos 15, 16, 17 e 18 da Lei 1.500/2003 e na
Metodologia do PLERH/AC (SEMA, 2008).
Segundo a Metodologia para elaboração do PLERH/AC (SEMA, 2008),
para a formatação do banco de dados deverá ser utilizada a base
cartográfica digital da Unidade Central de Geoprocessamento e
Sensoriamento Remoto (UCEGEO) da Fundação Tecnológica do Estado do
Acre (FUNTAC) (escala de 1:100.000), que possibilite:
Coletar e gerenciar dados e informações para elaboração do
PLERH/AC;
Realizar simulações, análises espaciais e visualização gráfica dos
dados geográficos e outros que se fizerem necessários;
Fornecer suporte para disponibilizar as informações por meio da
internet, portal, vídeos, folhetos, publicações, CDs, dentre outros;
Fornecer prestação de informações sobre os recursos hídricos do
Estado;
Fornecer acesso a sistemas de informações diversos em
cooperação com outros órgãos do Estado;
Fornecer suporte à elaboração e à implementação de estudos de
recursos hídricos nas UGRH e respectivas bacias hidrográficas.
AÇÕES
1.1.1. Contratação de empresa e/ou especialista para construção do
SIRENA, segundo Metodologia do PLERH/AC (SEMA, 2008).
1.1.2. Desenvolvimento de ferramentas computacionais e modelos de
apoio à decisão.
1.1.3. Capacitação de corpo técnico das Secretarias Municipais de Meio
Ambiente, da SEMA, do IMAC, dos usuários e da sociedade civil
(WWF) no uso do SIRENA, para que possam extrair, comparar,
cruzar e analisar dados, gerando informações sobre os usuários,
usos, disponibilidade, demanda e qualidade dos recursos hídricos.
72
Plano Estadual de Recursos Hídricos
1.1.4. Integração do Sistema de Informação sobre Recursos Hídricos do
Estado (SIRENA) com o Sistema Nacional de Informação sobre
Recursos Hídricos (SNIRH).
1.1.5. Integração do Sistema Estadual de Informações Ambientais
(SEIAM) com o Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos
(SIRENA).
1.1.6. Disponibilização do SIRENA em ambiente WEB.
METAS
Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos do Acre (SIRENA)
implantado e em funcionamento até final de 2014.
EXECUTORES
Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA) e Instituto de Meio
Ambiente do Acre (IMAC).
PARCEIROS
DEPASA/VIGIÁGUA/ SAEB/ANA.
73
Plano Estadual de Recursos Hídricos
PROJETO 1.2. SISTEMA DE OUTORGA DOS RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO
OBJETIVOS
A outorga de direitos de uso de recursos hídricos tem como objetivo
principal o controle qualitativo e quantitativo dos usos da água e o efetivo
exercício dos direitos de acesso a água.
Identificar os usos e usuários das águas superficiais e subterrâneas,
de forma a conhecer as demandas e consumos de água, o perfil do usuário,
tecnologias utilizadas, dentre outras características.
JUSTIFICATIVA
Os múltiplos usos da água podem ser concorrentes, gerando conflitos
entre setores usuários, além de impactos ambientais. Nesse sentido,
gerenciar recursos hídricos é uma necessidade premente e que tem o
objetivo de ajustar as demandas econômicas, sociais e ambientais por água
em níveis sustentáveis, de modo a permitir, a convivência dos usos atuais e
futuros da água sem conflitos (Cardoso da Silva e Monteiro, 2004).
A Lei Federal 9433/97 referenda a outorga pelo uso da água, no
âmbito da Política Nacional de Recursos Hídricos (PNRH), caracterizando-a
como um instrumento administrativo prerrogativo da União, do Distrito
Federal e dos Estados.
No Acre, o Art. 23 da Lei 1500/2003 também define a outorga como
um ato administrativo específico de autorização, mediante o qual o órgão
do poder público do Estado faculta ao administrado o uso do recurso hídrico
de domínio do Estado, por prazo determinado, nos termos e condições
expressos nesta lei, nos regulamentos e no ato outorgante.
A Resolução CEMACT nº 04 de 17/08/2010 regulamenta a
concessão de outorga provisória e de direito de uso dos recursos hídricos
no Estado do Acre, disciplinando o regime de outorga de direitos de uso
dos recursos hídricos de dominialidade do Estado.
Segundo Parágrafo único da Resolução 04/2010, a outorga
preventiva será concedida na forma desta Resolução bem como na forma
do Art. 22 da Lei 1.500/2003 e de norma a ser expedida pelo IMAC.
O cadastro de usos e usuários do Estado para fins de implantação da
outorga deverá se articular com o Cadastro Nacional de Usos e Usuários de
74
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Recursos Hídricos (CNARH) junto a ANA, que tem por objetivos a reunir e
disponibilizar de forma sistemática as informações sobre usuários e
demandas de recursos hídricos existentes em todo o país, para suporte às
diversas ações de gestão, notadamente a outorga.
AÇÕES
1.2.1. Elaboração dos procedimentos para regulamentação e
implantação da outorga (Marco Legal).
1.2.2. Confecção de um manual de outorga para orientação aos
usuários.
1.2.3. Promover a integração do sistema de outorga com o sistema de
licenciamento ambiental do Estado.
1.2.4. Cadastro de usos (consuntivos e não consuntivos) e dos usuários
de recursos hídricos superficiais e subterrâneos.
1.2.5. Cadastro de captações e lançamentos industriais.
1.2.6. Integrar ao cadastro as fontes pontuais potencialmente
poluidoras.
1.2.7. Integrar o sistema de cadastro de usos e usuários do Estado ao
Cadastro Nacional de Usos e Usuários de Recursos Hídricos
(CNARH).
METAS
Sistema de outorga de direito de uso dos recursos hídricos
implantado e em funcionamento até o final de 2011.
EXECUTORES
Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA) e Instituto de Meio
Ambiente do Acre (IMAC).
PARCEIROS
Procuradoria Geral do Estado (PGE).
75
Plano Estadual de Recursos Hídricos
PROJETO 1.3. ENQUADRAMENTO DOS CORPOS D´ÁGUA SEGUNDO
USOS PREPONDERANTES
OBJETIVOS
Assegurar às águas qualidade compatível com os usos mais
exigentes a que forem destinadas e diminuir os custos de combate à
poluição das águas mediante ações preventivas permanentes.
JUSTIFICATIVA
A Lei n.º 9.433, de 08 de janeiro de 1997, definiu o enquadramento
dos corpos de água em classes, segundo os usos preponderantes, sendo
este um dos cinco instrumentos da Política Nacional de Recursos Hídricos, o
qual visa garantir qualidade das águas compatível com usos mais
exigentes.
Ressalte-se que o processo de enquadramento deve estar em
consonância com as diretrizes do Plano Estadual de Recursos Hídricos, o
qual prevê a implantação da ferramenta e a instrumentalização dos
órgãos competentes para colocar em prática o seu uso.
A Resolução 357 de 17 de março de 2005, do CONAMA, estabelece
os padrões de qualidade das águas para diferentes usos, classificando-as
em classes de usos preponderantes. Esta norma “dispõe sobre a
classificação dos corpos de água e dá as diretrizes ambientais para o seu
enquadramento, bem como estabelece as condições e os padrões de
lançamento de efluentes, e dá outras providências”.
Esta Resolução estabelece, no seu Artigo 26, que “os órgãos
ambientais federal, estaduais e municipais, no âmbito de sua
competência, deverão, por meio de norma específica ou no licenciamento
da atividade ou empreendimento, estabelecer a carga poluidora máxima
para o lançamento de substâncias passíveis de estarem presentes ou
serem formadas nos processos produtivos, listadas ou não no Art. 34,
desta Resolução, de modo a não comprometer as metas progressivas
obrigatórias, intermediárias e final, estabelecidas pelo enquadramento
para o corpo de água”.
O enquadramento é um processo demorado e trabalhoso que
envolve a participação dos usuários e do poder público, fato este que
deve ser levado em conta no planejamento. Em particular deve ser
76
Plano Estadual de Recursos Hídricos
considerada a participação da comunidade no processo, indicando a
qualidade desejada de acordo com os usos preponderantes.
O enquadramento representa, indiretamente, um mecanismo de
controle do uso e ocupação do solo e deve ser compatível com o ZEE.
Segundo a Resolução 357/2005, o enquadramento dos corpos d´água
em classes de uso preponderante é o estabelecimento da meta ou objetivo
de qualidade da água (classe) a ser, obrigatoriamente, alcançado ou
mantido em um segmento de corpo d’água, de acordo com os usos
preponderantes pretendidos, ao longo do tempo.
É importante que o Estado organize o processo de enquadramento
das águas dos rios de sua dominialidade, com base na legislação
indicada, a fim de estabelecer as metas de qualidade de água e as
classes de enquadramento.
AÇÕES
1.3.1. Elaboração de estudos para o enquadramento dos corpos d
´água do Estado.
1.3.2. Realização de oficinas com os diversos segmentos para
validação do diagnóstico e prognóstico do enquadramento.
1.3.3. Realização das consultas públicas para validação dos cenários
e estabelecimento de metas e alternativas de enquadramento.
1.3.4. Publicação do documento final contendo os procedimentos e
propostas para implantação do enquadramento.
METAS
Enquadramento dos corpos d´água em classes de usos
preponderantes implantado até 2020.
EXECUTORES
Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA) e Instituto de Meio
Ambiente do Acre (IMAC).
PARCEIROS
Organizações não governamentais (ONG) locais.
77
Plano Estadual de Recursos Hídricos
PROJETO 1.4. PLANOS DE BACIA DOS IGARAPÉS PRIORITÁRIOS NO
ESTADO
OBJETIVOS
Fomentar a (OBS: Vera) elaboração dos planos de bacias
hidrográficas para fundamentar o gerenciamento dos recursos hídricos e
orientar a implementação dos programas e projetos nas respectivas bacias.
JUSTIFICATIVA
Os planos de bacia são considerados instrumentos de gestão dos
recursos hídricos (Art. 6º. e 7º. da Lei 9.433 de 1997 e Art. 8º. e 13º. da Lei
1.500 de 2003), devendo ser elaborados em conformidade com o Plano
Estadual de Recursos Hídricos.
Durante as oficinas de capacitação realizadas nas UGRH para
formação dos Grupos de Trabalho Regionais (GTR) foram apontados os
sistemas aquáticos mais comprometidos pelo lançamento de efluentes
domésticos nas áreas urbanas, devendo estes ser os primeiros alvos de
gerenciamento no Estado (Quadro 2).
Quadro 2. Relação dos rios e igarapés comprometidos em áreas
urbanas nos municípios do Estado.
Municípios Sistemas aquáticos comprometidos
Rio BrancoIgarapés Judia, São Francisco, Amaro, Batista e Dias Martins
Senador Guiomard Igarapés Judia e Pirão de RãBujari Igarapé RedençãoPorto Acre Rio Acre, Igarapé Santa Helena/São SimãoBrasiléia Rio Acre e JarinauEpitaciolândia Rio Acre, igarapés Encrenca e Bahia Assis Brasil Igarapés Cascata e GrandeXapuri Rio Xapuri, Igarapé Bolívia e Santa HelenaSena Madureira Igarapé Cafezal, rios Macauã, Caeté e IacoManoel Urbano Rio Purus, Iaco, igarapés São João e BenficaSanta Rosa do Purus Rio Purus, Igarapé Santa Rosinha
Cruzeiro do SulIgarapés: Preto, Canela Fina, Boulevard Thaumaturgo e Sacado da Alemanha
Rodrigues Alves Rios Juruá e Apuí
Mâncio LimaIgarapé Preto, Igarapé da Sanacre e Generoso
Porto Walter Igarapé do Marcelino e MalocaMarechal Igarapé Curinga e Rio Juruá
78
Plano Estadual de Recursos Hídricos
ThaumaturgoTarauacá Rio Tarauacá e Igarapé PirajáFeijó Igarapés Diabinho e AristidesJordão Igarapé São João e Rio JordãoPlácido de Castro Igarapé Visionário e Rio AbunãTarauacá Igarapé Pirajá
79
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Segundo os participantes das referidas oficinas, o problema do
saneamento é agravado pelo desmatamento das áreas de preservação
permanente (APP), além da ocupação desordenada das mesmas (SEMA,
2009).
Para efeitos de mobilização dos diversos segmentos das bacias
prioritárias para formação das comissões pró-organização de comitês de
bacias hidrográficas e elaboração dos planos de bacia, os participantes da
oficina do prognóstico indicaram, que o processo se inicie pelos seguintes
sistemas:
UGRH Abunã (Rapirrã e Vizionário);
UGRH Acre-Iquiri (Encrenca, Redenção, Escondido, Pirão de Rã,
Riozinho do Rola, Judia, Santa Rosa, São Simão e São Pedro);
UGRH Purus (Cafezal);
UGRH Envira-Jurupari (Diabinho e Aristídes);
UGRH Tarauacá (Igarapé Piranji e Pirajá);
UGRH Juruá (Igarapé Preto e Canela Fina).
AÇÕES
1.4.1. Mobilização dos diversos segmentos da bacia para
apresentação da proposta de elaboração dos planos de bacia
dos igarapés prioritários.
1.4.2. Realização dos estudos necessários para viabilizar os planos de
bacias dos igarapés prioritários.
1.4.3. Mobilização dos diversos segmentos da bacia para formação
de comissões pró-organização de comitês de bacias
hidrográficas.
1.4.4. Articulação entre o PNRH, o PLERH/2010, os planos de bacia,
os planos diretores e demais planos setoriais, conforme
peculiaridades de cada região.
METAS
Planos de bacia dos igarapés prioritários em processo de construção
a partir de 2011 até 2016.
EXECUTORES
Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA), Organizações não
governamentais (ONG) locais e Organismos de bacias existentes.
80
Plano Estadual de Recursos Hídricos
PARCEIROS
Organizações não governamentais (ONG) locais.
81
Plano Estadual de Recursos Hídricos
PROJETO 1.5. FISCALIZAÇÃO DO USO DOS RECURSOS HÍDRICOS
OBJETIVOS
Promover a educação e a orientação dos usuários de recursos
hídricos e prevenir condutas violadoras da legislação aplicável.
JUSTIFICATIVA
O Art. 56 da Lei Estadual de Recursos Hídricos (1.500/2003) indica
que cabe ao Instituto do Meio Ambiente do Acre (IMAC) exercer a ação
fiscalizadora dos usos dos recursos hídricos no Estado, com poder de
polícia, inclusive mediante imposição de penalidades pelas condutas
violadoras, na forma desta lei e dos regulamentos.
Segundo informações contidas no Plano Nacional de Recursos
Hídricos (PNRH) as ações de fiscalização devem ser pautadas em ações
preventivas e de orientação aos usuários de recursos hídricos, através de
um processo contínuo de educação ambiental. Tem também função
corretiva/repressiva, na medida em que estimula o cumprimento da
legislação pelos usuários de recursos hídricos e os informa quanto aos
preceitos legais e os procedimentos para sua regularização (MMA, 2006).
A fiscalização dos usos dos recursos hídricos, integrada ao processo
de fiscalização dos recursos naturais, permitirá uma maior eficiência e
otimização no uso dos recursos e instrumentos, bem como a harmonização
das condutas e procedimentos estabelecidos, proporcionando tratamento
justo aos usuários, com a constatação e aplicação de penalidades de forma
harmônica, conforme preconizado no PNRH.
Ainda, segundo dados do Programa de Desenvolvimento e
Implementação dos Instrumentos de Gestão do PNRH, as ações de
fiscalização devem ser desenvolvidas segundo uma abordagem sistêmica,
planejada por bacia hidrográfica, com observância das inter-relações entre
os usuários, de maneira a garantir os usos múltiplos da água.
AÇÕES
1.5.1. Estruturação do Sistema de fiscalização do uso dos recursos
hídricos no Estado, com o estabelecimento de normas e
procedimentos.
82
Plano Estadual de Recursos Hídricos
1.5.2. Integração do Sistema de fiscalização dos recursos hídricos
com o Sistema de fiscalização ambiental realizado pelo IMAC,
com harmonização de condutas e procedimentos.
1.5.3. Capacitação de recursos humanos para a fiscalização do uso
dos recursos hídricos no Estado.
1.5.4. Fortalecimento do corpo técnico do IMAC.
1.5.5. Incentivos a realização de denúncias contra crimes ambientais,
83
Plano Estadual de Recursos Hídricos
METAS
Sistema de fiscalização do uso dos recursos hídricos
implantado em todas as UGRH até final de 2014.
EXECUTORES
Instituto de Meio Ambiente do Acre (IMAC) e Instituto Brasileiro de
Meio Ambiente e de Recursos Naturais Renováveis (IBAMA).
PARCEIROS
Prefeituras Municipais.
84
Plano Estadual de Recursos Hídricos
PROJETO 1.6. APLICAÇÃO DE INSTRUMENTOS ECONÔMICOS À
GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS NO ESTADO
OBJETIVOS
Reconhecer a água como bem econômico, dar ao usuário uma
indicação de seu real valor e promover o uso racional dos recursos
hídricos e a sustentabilidade financeira dos sistemas.
JUSTIFICATIVA
Segundo o Art. 30 da Lei 1500/2003 serão cobrados os usos de
recursos hídricos de domínio do Estado do Acre sujeitos a outorga,
nos termos desta lei e dos regulamentos.
O Parágrafo 1º. da referida lei estabelece que as cobranças
pelo uso dos recursos hídricos deverão ser realizadas pelo Instituto
do Meio Ambiente do Acre (IMAC), nos termos do ato impositivo,
podendo delegar à Agência Reguladora de Serviços Públicos do Acre.
Segundo o Art. 30 a cobrança objetiva ainda:
I – incentivar a racionalização do uso da água;
II – melhorar a qualidade dos corpos de água do Estado;
III – obter recursos para o financiamento dos programas e
projetos constantes dos planos de recursos hídricos;
IV – custear parte das atividades dos agentes envolvidos na
gestão de recursos hídricos do Estado, mormente no controle e
fiscalização dos usos da água.
AÇÕES
1.6.1. Estudo de instrumentos econômicos de gestão de recursos
hídricos adequados à realidade do Estado, com foco na
cobrança pelo uso da água.
1.6.2. Identificar as bacias onde haja a viabilidade para aplicação da
cobrança.
1.6.3. Operacionalização de um sistema integrado de cadastro,
outorga e cobrança.
1.6.4. Estudos para implementação de pagamento por serviços
ambientais - fração água.
METAS
85
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Estudos realizados até 2011. Cobrança pelo uso dos recursos hídricos
implantada até final de 2014.
EXECUTORES
Instituto de Meio Ambiente do Acre (IMAC) e Agência Nacional de
Águas (ANA).
PARCEIROS
Departamento Estadual de Pavimentação e Saneamento (DEPASA), Instituto
Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e
Serviço de Água e Esgoto de Rio Branco (SAERB).
86
Plano Estadual de Recursos Hídricos
PROGRAMA 2. IMPLANTAÇÃO DA REDE DE MONITORAMENTO QUALI-
QUANTITATIVA DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS E SUBTERRÂNEAS DO
ESTADO.
PROJETO 2.1. REDE DE MONITORAMENTO QUALI-QUANTITATIVA DAS
ÁGUAS SUPERFICIAIS DO ESTADO
OBJETIVOS
Avaliar a evolução da qualidade e quantidade das águas em
todas as UGRH do Estado para dar subsídios técnicos aos planos de
bacia e demais programas do PLERH/AC e garantir o uso múltiplo das
águas no Estado.
JUSTIFICATIVA
Segundo dados do diagnóstico do PLERH/AC, o Estado, de
modo geral, encontra-se em uma situação excelente para
atendimento dos usos múltiplos frente à disponibilidade hídrica
representada pela vazão média no exutório das bacias hidrográficas
(SEMA, 2010).
No entanto, os dados de qualidade apontam valores
preocupantes para o Índice de Qualidade das Águas (IQA),
especialmente na estação chuvosa, devido ao excesso de matéria
orgânica, inorgânica e sólidos totais em suspensão nas águas.
Informações do Plano de Prevenção e Resposta Rápida a
Emergências Ambientais com Produtos Perigosos (P2R2) do Estado
mostram que os pontos de lançamento de esgoto em todos os
municípios do Estado são feitos nos principais rios e igarapés, muitos
dos quais nas proximidades dos pontos de captação de águas do
DEPASA.
A ampliação do conhecimento dos principais processos e
mecanismos de funcionamento dos sistemas aquáticos poderá dar a
fundamentação necessária para a recuperação dos ecossistemas e a
proteção àqueles que ainda não estão ameaçados pela deterioração
da quantidade e da qualidade.
As alterações na distribuição, quantidade e qualidade das
águas representam uma ameaça à sobrevivência humana e das
87
Plano Estadual de Recursos Hídricos
demais espécies do Planetaum desafio para a gestão dos recursos
hídricos, principalmente no que tange ao tratamento necessário para
o abastecimento humano.. É necessário um esforço conjunto para
aumentar a capacidade de predição e prognóstico e para integrar
continuamente ciência, planejamento e gerenciamento na área de
recursos hídricos (Tundisi, 1999, in SEMA, 2010).
Portanto, manejar os recursos naturais para fins de produção
de água, em quantidade e qualidade, salvaguardando os valores do
solo, da vegetação e da água na paisagem, representa o grande
desafio que ainda requer da sociedade maior entendimento sobre os
recursos naturais, sobretudo os hídricos, uma vez que a água é vital
à sobrevivência das espécies e não tem substituto (Brigante &
Espíndola, 2003, in SEMA, 2010).
Neste sentido fazem-se necessárias a ampliação e a
redefinição da rede de monitoramento quali-quantitativa das águas
superficiais, com implantação de pontos de monitoramento
estratégicos em todas as UGRH.
No processo deverão ser consideradas as especificidades de
cada região, bem como os aspectos legais pertinentes, dentre os
quais a Resolução 357/2005 do CONAMA e a Portaria 518/2004 do
Ministério da Saúde.
O estado do Acre apresenta um número razoável de estações
fluviométricas instaladas nas calhas dos rios principais que originam as
UGRH acreanas, com exceção dos rios Juruparí e Envira que não
apresentam nenhuma estação de monitoramento. Analisando a Figura 1
com a distribuição das estações, é fácil observar que a região central do
Estado é deficiente em dados de vazão. As estações se concentram
próximas às fronteiras do Acre com o Amazonas, restando à região central
sem estações de monitoramento e, portanto, sem séries históricas de
vazão.
88
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Figura 1. Região com deficiência em estações de
monitoramento de vazão.
89
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Dada as dificuldades de logística para coletas e análises de
qualidade de água no interior do Estado, principalmente no que se refere
ao transporte e tempo de conservação das amostras, o diagnóstico
referente à qualidade das águas dos principais rios do Estado (SEMA,
2010) indica a necessidade de uma rede de monitoramento dividida em
cinco pontos centralizadores e responsáveis pelo processo de coleta e/ou
análise ou envio das amostras para os devidos laboratórios.
Centro 1 - Assis Brasil, Brasiléia/Epitaciolândia e Xapuri, com
centralização em Brasiléia, onde há um núcleo do IMAC que pode
dar suporte e coordenação ao trabalho.
Centro 2 – Rio Branco, Porto Acre e Plácido de Castro, com
centralização em Rio Branco, onde a UFAC pode assumir a
responsabilidade na rede.
Centro 3 – Santa Rosa do Purus, Manoel Urbano e Sena Madureira,
com centralização em Sena Madureira, onde a Secretaria Municipal
de Meio Ambiente poderia dar o suporte necessário, ou o núcleo do
IMAC.
Centro 4 – Tarauacá e Feijó com centralização de Tarauacá, via
núcleo do IMAC, se existir. Alternativamente o centro 4 poderá ser
somado ao Centro 5, uma vez que há trafegabilidade, embora
precária, até Cruzeiro do Sul pela BR-364.
Centro 5 – Cruzeiro do Sul, Porto Walter e Marechal Thaumaturgo,
com centralização em Cruzeiro do Sul, onde a UFAC poderia dar
suporte.
Para que esses centros possam garantir o trabalho faz-se necessário
uma estrutura básica em cada município centralizador, com previsão de
recursos para embarque de amostras para Rio Branco para análises mais
sofisticadas.
O arranjo dos centros acima descritos permitiria que em uma
semana todos os pontos fossem amostrados, de modo que a resposta das
análises seria dada num prazo muito curto, garantindo abertura de séries
de dados com freqüência, pelo menos, trimestral.
Mesmo com abertura da BR-364 durante todo o ano é necessária a
centralização das atividades do monitoramento pelo menos em três
centros (Rio Branco, Cruzeiro do Sul e Brasiléia).
90
Plano Estadual de Recursos Hídricos
AÇÕES
2.1.1. Revisão da rede de monitoramento hidrológico e de qualidade
da água, com base nos resultados e recomendações do
diagnóstico do PLERH/AC.
2.1.2. Capacitação em técnicas usuais de coleta e preservação de
amostras de água superficial.
2.1.3. Estabelecimento de convênios e/ou Termo de Cooperação
Técnica entre a SEMA e a Universidade Federal do Acre (UFAC),
Secretaria da Saúde, Departamento Estadual de Pavimentação
e Saneamento (DEPASA) e Serviço de Água e Esgoto de Rio
Branco (SAERB), Corpo de Bombeiros Militar e Polícia
Ambiental, para análise de qualidade de água e suporte de
campo.
2.1.4. Aquisição de equipamentos e materiais para coleta de água
(vidrarias e reagentes) e adequação de espaço físico para
recebimento das amostras.
2.1.5. Integração das informações hidrológicas e meteorológicas.
2.1.6. Implementação, operação e manutenção de uma Rede
Estratégica de Monitoramento: processamento, interpretação e
difusão de informação.
2.1.7. Trabalhar em articulação com a Agência Nacional de Águas
(ANA) para uso da base de dados da Rede Hidrometeorológica
Nacional (RHN) - (Banco de Dados HIDRO/ANA), bem como do
Programa Nacional de Qualidade da Água (PNQA).
2.1.8. Proceder o monitoramento dos açudes de piscicultura
implantados no Estado. (OBS. VERA)
METAS
Rede de monitoramento hidrológico e de qualidade da água
implantada no período de 2011 a 2014.
EXECUTORES
2.1.1. Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA), Instituto de
Meio Ambiente do Acre (IMAC) e Secretaria de Estado de
Desenvolvimento, Indústria, Ciência e Tecnologia (SEDICT).
(OBS. VERA)
91
Plano Estadual de Recursos Hídricos
PARCEIROS
Agência Nacional de Águas (ANA), Fundação de Tecnologia do Estado
do Acre (FUNTAC), Instituto Federal do Acre (IFAC), Universidade Federal do
Acre (UFAC), Secretaria de Saúde e Fundação Nacional de Saúde (FUNASA).
92
Plano Estadual de Recursos Hídricos
PROJETO 2.2. IMPLANTAÇÃO DA REDE DE MONITORAMENTO DA
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS
OBJETIVOS
Criar uma base de conhecimento hidrogeológico do Estado e
acompanhar a evolução da qualidade das águas subterrâneas em todas as
UGRH.
JUSTIFICATIVAS
Segundo dados do diagnóstico do PLERH/AC (SEMA, 2010) o Acre
apresenta três importantes sistemas aqüíferos: Solimões, Cruzeiro do Sul e
Rio Branco. Dentre eles, o Sistema Aqüífero Rio Branco, restrito ao município
de Rio Branco, com distribuição apenas no Segundo Distrito da Capital,
apresenta um nível de solicitação oriundo de sua exploração muito intenso,
mostrando que o limite do potencial de água subterrânea a ser explorado
poderá ser ultrapassado em breve, gerando implicações na demanda
ecológica natural.
O Aqüífero Rio Branco deve ser visto como prioritário para avaliação,
independentemente dos trabalhos pioneiros realizados pelo Serviço Geológico
do Brasil (CPRM) em 2006, (CPRM, 2007).
A interação com sistemas hídricos superficiais será imprescindível,
além da necessidade de se desenvolver metodologias para quantificar as
interações entre aqueles sistemas e os subterrâneos.
Considerando, ainda, o confronto entre qualidade e quantidade, será
necessário atentar para a questão da interferência entre poços para
determinar o grau de interferência entre poços perfurados e produtores.
Os cenários geoambientais nos quais se inserem os sistemas aqüíferos
do Acre apresentam particularidades vinculadas ao arcabouço geológico local.
Neste sentido é prioritário avaliar as possíveis interferências, para que não
coloque em risco a produtividade e a qualidade do aqüífero, e determinar qual
tecnologia poderá ser empregada para minimizá-las.
Existe a necessidade de pesquisa envolvendo a vulnerabilidade dos
aqüíferos, além de outras envolvendo a proteção das áreas de recarga, a
relação entre o uso do solo nas áreas de recarga e a qualidade da água, zonas
de proteção de poços e melhoramento do projeto de poços, com o objetivo de
93
Plano Estadual de Recursos Hídricos
reduzir ou mesmo evitar que os mesmos atuem como via de contaminação,
inclusive considerando poços improdutivos, secos, dentre outros aspectos.
O diagnóstico indica ainda a necessidade de planejar e executar a
gestão dos recursos hídricos subterrâneos, considerando os seguintes
aspectos:
Avaliar os mecanismos legais de gestão das águas subterrâneas
no estado do Acre;
Aprimorar o banco de dados sobre exploração de águas
subterrâneas;
Avaliar os elementos econômicos e de exploração das águas
subterrâneas no sistema de gestão quanto ao financiamento da
gestão, monitoramento e cobrança pela poluição;
Avaliar mecanismos de proteção de áreas de recarga, proteção
das captações e isolamento dos poços abandonados.
De modo especial, para os aqüíferos urbanos, e aqui a referência
prioritária recai sobre o Aqüífero Rio Branco, a indicação é para que sejam
desenvolvidas ações vinculadas que previnam ou mitiguem os efeitos
relacionados à infiltração de esgotos domésticos, aterros sanitários,
vazamento de postos de combustíveis, recarga, super exploração e
interferência de poços (SEMA, 2010).
Estas ações poderão ser ampliadas para outras regiões do Acre, onde a
pressão urbana represente risco para os sistemas aqüíferos, como por
exemplo, Cruzeiro do Sul, Brasiléia – Epitaciolândia, Sena Madureira, dentre
outras sedes municipais.
AÇÕES
2.2.1. Cadastro de uso e dos usuários dos recursos hídricos
subterrâneos, em especial a exploração e comercialização da
água mineral.
2.2.2. Zoneamento da vulnerabilidade e risco à poluição dos
aqüíferos.
2.2.3. Capacitação em técnicas usuais de coleta e preservação de
amostras de águas subterrâneas.
2.2.4. Estabelecimento de convênio com o Serviço Geológico do
Brasil (CPRM) para fins de monitoramento quali-quantitativo
94
Plano Estadual de Recursos Hídricos
das águas subterrâneas, via Sistema de Informações de Águas
Subterrâneas (SIAGAS).
2.2.5. Estabelecer parceria coma a ANA, via Agenda Nacional de
Águas Subterrâneas.
METAS
Rede de monitoramento das águas subterrâneas funcionando até
2014. Estudo de vulnerabilidade dos aqüíferos acreanos finalizado até final
de 2012. Termo de Cooperação técnica firmado com CPRM-SIAGAS até final
de 2011.
95
Plano Estadual de Recursos Hídricos
EXECUTORES
Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA) e Instituto de Meio
Ambiente do Acre (IMAC).
PARCEIROS
Serviço Geológico do Brasil (CPRM) - Sistema de Informações de
Águas Subterrâneas (SIAGAS), Fundação Nacional de Saúde (FUNASA) e
Departamento Estadual de Pavimentação e Saneamento (DEPASA).
96
Plano Estadual de Recursos Hídricos
PROGRAMA 3. SANEAMENTO AMBIENTAL INTEGRADO
PROJETO 3.1. MODERNIZAÇÃO, IMPLANTAÇÃO E AMPLIAÇÃO DOS
SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO
SANITÁRIO
OBJETIVOS
Apoiar os municípios na efetivação de investimentos públicos em
saneamento ambiental de forma a garantir qualidade ambiental e de vida
para a população acreana.
JUSTIFICATIVA
Com a crise do extrativismo a população cresceu de forma
desordenada nas cidades acreanas, agravando os problemas ambientais
pela falta de saneamento básico e destinação inadequada dos resíduos
sólidos. A poluição dos recursos hídricos destaca-se nesse panorama com
graves implicações para a saúde da população (PPA, 2008-2011).
O PPA (2008-2011) prevê, dentre outras ações de saneamento, a
implantação de estação de tratamento e rede e melhorias de esgotamento
sanitário nos municípios com maior índice de mortalidade infantil no Estado
(Plano Plurianual, 2008-2011, pág. 82 e 103).
A degradação da qualidade da água, as alterações no regime hídrico
e na sua quantidade decorrem do crescimento demográfico, da parca infra-
estrutura de saneamento e da progressiva demanda originadas por
atividades econômicas, nem sempre compatibilizadas com os princípios da
sustentabilidade ambiental.
O atendimento às demandas de água requer, portanto, o
conhecimento das condicionantes para a utilização sustentável dos
recursos hídricos, organizando o uso do território em conformidade com
sua capacidade suporte.
Do ponto de vista da qualidade dos recursos hídricos, observa-se o
comprometimento da disponibilidade hídrica em muitos cursos de água
pelo lançamento de efluentes domésticos e industriais sem tratamento,
que atinge inclusive mananciais de abastecimento humano.
Verifica-se a necessidade de incrementar o tratamento dos efluentes
domésticos e industriais responsáveis pelo quadro de poluição existente. O
97
Plano Estadual de Recursos Hídricos
desenvolvimento tecnológico no tratamento dos efluentes deve ser um
aliado na busca da melhoria de sua eficiência do ponto de vista sanitário e
ambiental, particularmente na expansão da rede de coleta de esgoto
sanitário e seu tratamento.
Neste sentido são necessárias políticas voltadas para a gestão dos
problemas ambientais urbanos que a cada dia se tornam mais graves.
AÇÕES
3.1.1. Estabelecimento do marco regulatório dos serviços de
saneamento ambiental (água, esgoto, resíduos sólidos e
drenagem de águas pluviais) no Estado (PPA, 2008-2011, pág.
82 e pág. 103).
3.1.2. Implantação de tecnologia de tratamento adequada à
realidade do Estado.
3.1.3. Implantação de sistema de tratamento de esgoto em todos os
municípios.
3.1.4. Modernização, micromedição e controle de perdas do sistema
e ampliação da rede de abastecimento de água em todos os
municípios do interior do Estado (PPA, 2008-2011, pág. 82 e
103).
3.1.5. Implantação de esgotamento sanitário em todas as UGRH, com
implantação de rede coletora e tratamento de esgoto e
gerenciamento adequado dos resíduos sólidos (desativação
dos lixões).
3.1.6. Articulação com a ANA, via Programa Despoluição de Bacias
Hidrográficas (PRODES).
3.1.7. Implantação de solução alternativa de abastecimento de água
e micros sistemas de tratamento de esgoto em pequenas
comunidades (rurais, indígenas e extrativistas).
METAS
Marco regulatório dos serviços de saneamento ambiental
estabelecido até 2011. Novas tecnologias de tratamento implantadas até
2011. Rede de abastecimento de água ampliada e controle de perdas
efetivadas até 2011. Saneamento ambiental (coleta, tratamento e
98
Plano Estadual de Recursos Hídricos
destinação adequada do lixo, esgoto e resíduos sólidos) implantado em
todas as UGRH até 2020.
EXECUTORES
Prefeituras Municipais. (OBS. VERA)
PARCEIROS
Governo do Estado e Governo Federal (Programa de Aceleração do
Crescimento - PAC).
99
Plano Estadual de Recursos Hídricos
2.2.2. DIRETRIZ II. CONSOLIDAÇÃO DO MARCO LEGAL E
FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL PARA A GESTÃO INTEGRADA DOS
RECURSOS HÍDRICOS
PROGRAMA 4. FORTALECIMENTO DO SISTEMA DE GESTÃO DOS
RECURSOS HÍDRICOS
PROJETO 4.1. FOMENTO E APOIO A INSTALAÇÃO E FUNCIONAMENTO
DE ORGANISMOS DE BACIA E ÓRGÃOS CORRELATOS
OBJETIVOS
Apoiar a criação de organismos de bacias prioritárias no Estado e
estruturas correlatas e contribuir para a consolidação das bases do Sistema
Estadual de Gestão Integrada dos Recursos Hídricos (SEGRH) no Acre.
JUSTIFICATIVAS
Os comitês ou organismos de bacia estão previstos nos artigos 37 a
40 da Lei 9433/1997. Deverão ser instituídos, organizados e terão seu
funcionamento segundo critérios estabelecidos na Resolução 05 de 10 de
abril de 2000 do Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH).
O Art. 50 da Lei de Recursos Hídricos do Acre (1500/2003) indica que
os comitês de bacia hidrográfica são colegiados consultivos e deliberativos
instituídos por decreto do Governador do Estado, com atuação exclusiva na
área de abrangência da respectiva bacia ou sub-bacia hidrográfica.
Segundo o Art. 3º. da Resolução 05/2000 os Comitês de bacia
hidrográfica em rios de domínio do Estado, afluentes a rios de domínio da
União, serão desenvolvidas mediante articulação da União com os Estados,
observados os critérios e as normas estabelecidas pelos Conselhos
Nacional, Estaduais e Distrital dos recursos hídricos.
AÇÕES
4.1.1. Capacitação de usuários, sociedade civil e governo das bacias
prioritárias para a instalação de organismos de bacia,
conforme previsto nas políticas nacional e estadual de recursos
hídricos.
4.1.2. Apoio à estruturação das Agências de bacias.
100
Plano Estadual de Recursos Hídricos
4.1.3. Incentivo à criação, qualificação e participação de associações
de usuários de água.
METAS
Atores mobilizados para conformação dos organismos de bacia dos
igarapés prioritários e suas respectivas agências a partir de 2011. Apoio a
criação de bacias estruturadas a partir de 2012.
EXECUTORES
Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA) via Conselho de Meio
Ambiente Ciência e Tecnologia (CEMACT), Organismos de Bacia existentes e
Setor de Usuários.
PARCEIROS
Universidade Federal do Acre (UFAC), Instituto Federal do Acre (IFAC),
Prefeituras Municipais e Conselhos Municipais de Defesa do Meio Ambiente
(CONDEMA).
101
Plano Estadual de Recursos Hídricos
PROJETO 4.2. APOIO AOS MUNICÍPIOS PARA SUA INTEGRAÇÃO AO
SISTEMA DE GESTÃO INTEGRADA DOS RECURSOS HÍDRICOS DO
ESTADO
OBJETIVO
Promover a gestão integrada e participativa das águas e dos recursos
hídricos no Estado, com a efetiva contribuição dos municípios.
Apoiar a capacitação dos gestores municipais para sua atuação no
Sistema Estadual de Gerenciamento dos Recursos Hídricos (SEGRH) e
inclusão do tema da gestão sustentável das águas nas políticas municipais.
JUSTIFICATIVA
A metodologia do PLERH/AC (SEMA, 2008) indica a necessidade da
articulação da gestão estadual de recursos hídricos com a gestão ambiental
nos municípios, com mecanismos que, de fato, dêem efetividade a essa
integração, considerando que a qualidade e a quantidade das águas estão
diretamente dependentes dos usos do solo, cuja legislação é competência
municipal.
Considerando que o PLERH/AC é um importante instrumento de
integração das políticas de uso do solo com as políticas de recursos
hídricos, poderá contribuir para fortalecer o papel dos Municípios na gestão
dos mesmos.
De acordo com a Lei Estadual 1.500/2003 (Artigo 3o, Parágrafo Único)
“na implementação da política e da gestão de recursos hídricos estaduais,
os Poderes Executivos do Estado e dos Municípios promoverão a integração
das políticas de saneamento básico, de uso, ocupação e conservação do
solo e de meio ambiente entre si e com a Política Nacional de Recursos
Hídricos”.
Na perspectiva de gestão dos recursos hídricos não se pode
negligenciar a formulação e a implementação de políticas públicas de
saneamento e de saúde, cujas institucionalidade e governança devem
necessariamente se coordenar com a questão das obras e sistemas que
formam a sua base física e operacional.
Dentre esses aspectos estão: o manejo de águas fluviais e a
drenagem pluvial urbana; o gerenciamento de águas residuárias; a
captação e o abastecimento de água; a manutenção da qualidade dos
102
Plano Estadual de Recursos Hídricos
mananciais; o manejo de resíduos sólidos, cujas ações são, principalmente,
de responsabilidade dos municípios (SEMA, 2010).
Neste sentido a descentralização do processo de gestão dos recursos
hídricos, a partir da integração dos Municípios na estrutura da gestão é de
fundamental importância para o Estado.
103
Plano Estadual de Recursos Hídricos
AÇÕES
4.2.1. Fortalecimento dos órgãos gestores e capacitação dos técnicos
das Secretarias municipais de meio ambiente e dos Conselhos
municipais em assuntos relativos à gestão de recursos
hídricos, de forma que possam participar de todo o processo
de construção e implementação do PLERH/AC.
4.2.2. Formalização de parcerias com os municípios para proteção
dos mananciais locais e gestão das águas urbanas.
4.2.3. Criar mecanismos de articulação entre as secretarias
municipais, estaduais e órgãos federais visando à gestão dos
recursos hídricos.
METAS
Parcerias formalizadas com os municípios para gestão integrada dos
recursos hídricos a partir de 2011. Capacitação dos técnicos das Secretarias
Municipais de Meio Ambiente e dos Conselhos municipais em assuntos
relativos à gestão de recursos hídricos a partir de 2011.
EXECUTORES
Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA), Instituto do Meio
Ambiente do Acre (IMAC) e Secretarias Municipais de Meio Ambiente.
PARCEIROS
Secretarias Municipais de Saúde, Conselhos Municipais de Defesa do
Meio Ambiente (CONDEMA), Procuradoria Geral do Estado (PGE) e Órgãos
Federais. (OBS. VERA)
104
Plano Estadual de Recursos Hídricos
PROJETO 4.3. CONSOLIDAÇÃO E OPERACIONALIZAÇÃO DO FUNDO
ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (FEMAC) PARA RECURSOS HÍDRICOS
OBJETIVOS
Consolidar e operacionalizar o Fundo Estadual de Meio Ambiente
(FEMAC) para garantir a sustentabilidade financeira do processo de gestão
integrada dos recursos hídricos no Estado.
JUSTIFICATIVA
O Fundo Especial de Meio Ambiente (FEMAC) foi criado pela Lei 1.117
de 1994 e deverá ser conduzido em conformidade com legislação específica
e com as alterações introduzidas pela referida lei, exclusivamente no que
diz respeito aos recursos hídricos (Art. 34 da Lei 1500/2003).
O Parágrafo 1°. da Lei 1500/2003 indica que a aplicação de recursos
do FEMAC deverá atender às diretrizes da Política Estadual de Recursos
Hídricos e aos objetivos e metas do Plano Estadual de Recursos Hídricos
(PLERH/AC) e dos planos das bacias hidrográficas, quando houver.
De acordo com o Parágrafo 2°. a gestão do FEMAC deverá estar em
conformidade com o plano plurianual do Governo do Estado, com as
diretrizes orçamentárias e com o orçamento anual do Estado.
AÇÕES
4.3.1. Regulamentar Fundo Especial de Meio Ambiente (FEMAC), no
que diz respeito a recursos hídricos. (Arts. 35 a 37 da Lei
1500/2003) e desenvolver os mecanismos necessários para a
sua implantação.
4.3.2. Identificar fontes potenciais de receita para investimento no
Sistema Estadual de Gestão Integrada de Recursos Hídricos e a
implementação dos programas e projetos previstos no
PLERH/AC.
4.3.3. Criar mecanismos de rateio dos recursos do fundo entre os
municípios que possuírem organismos de bacia.
METAS
Fundo Estadual de Meio Ambiente implantado até 2011.
105
Plano Estadual de Recursos Hídricos
EXECUTORES
Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA), via CEMACT.
PARCEIROS
Prefeituras Municipais.
106
Plano Estadual de Recursos Hídricos
PROGRAMA 5. ARTICULAÇÃO INSTITUCIONAL E INTER-SETORIAL NA
GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS NOS NÍVEIS FEDERAL E INTER-
ESTADUAL
PROJETO 5.1. ARTICULAÇÃO INTER-SETORIAL PARA O
PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO DE ATIVIDADES RELACIONADAS A
RECURSOS HÍDRICOS NO ESTADO
OBJETIVOS
Promover a articulação das políticas de desenvolvimento do Estado,
dos municípios, do setor privado, usuários para fins da gestão integrada dos
recursos hídricos.
Incentivar a cooperação entre o Estado, a União, entidades de
pesquisa, organismos nacionais e internacionais de desenvolvimento e
fomento, com vistas ao planejamento e gerenciamento integrado dos
recursos hídricos.
JUSTIFICATIVA
A gestão participativa envolve a necessidade de articulação dos
poderes públicos com os diversos segmentos da sociedade, incluindo
usuários com interesses conflitantes, além da articulação entre os diversos
órgãos e níveis de governo.
Segundo a Metodologia de elaboração do PLERH/AC (SEMA, 2008), o
Plano Estadual de Recursos Hídricos deve ser compatível com os interesses
da União no que se refere às bacias hidrográficas de rios federais, no
tocante à gestão de seus recursos hídricos, com vista a minimizar possíveis
conflitos e obter uniformidade de decisões acerca dos cursos d’água de
interesse comum. Além disso, devem ser observados os conflitos com os
países vizinhos (Bolívia e Peru), onde compartilhamos rios fronteiriços e
transfronteiriços.
A sua elaboração deverá apoiar-se em instrumentos jurídicos
adequados e nos planos de desenvolvimento existentes (ZEE/2006; Plano
de Desenvolvimento Sustentável do Estado, Plano Estratégico do Governo
do Estado, Metas do Milênio, Relatório do IPCC/2007, dentre outros).
Deverá ser implantado por etapas, por um sistema integrado de gestão com
a Política Estadual de Meio Ambiente, considerando as demais políticas
107
Plano Estadual de Recursos Hídricos
setoriais de interesse no Estado (Planejamento, Saúde, Saneamento, Obras,
Educação, dentre outras) e promovendo articulação das políticas de
desenvolvimento nacional e regional.
108
Plano Estadual de Recursos Hídricos
AÇÕES
5.1.1. Identificação, no Estado e nos Municípios, programas, projetos
e investimentos que regem os setores que afetam a gestão
das águas, em termos de seus propósitos e impactos
potenciais, para fins de coordenação, eliminação de
duplicidades, convergência de objetivos e incorporação de
diretrizes de interesse da gestão integrada de recursos
hídricos no Estado, via Comissão permanente de
acompanhamento, monitoramento e avaliação da
implementação do Plano Estadual de Recursos Hídricos (CMAI-
PLERH/AC).
5.1.2. Criação e consolidação de espaços institucionais efetivos para
discussão de temas estratégicos relacionados à gestão dos
recursos hídricos (Planejamento, Obras, em especial
construção e retificação de estradas, rodovias e ramais,
Saneamento, Educação, Saúde, dentre outros).
5.1.3. Articulação entre a SEMA e a Agência Nacional de Águas (ANA)
/Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano
(SRHU/MMA) e definição de estratégias conjuntas para a
gestão dos recursos hídricos fronteiriços e transfronteiriços.
5.1.4. Elaboração de documentos estratégicos para a sinergia entre o
Sistema de Recursos Hídricos e outras políticas de
desenvolvimento, a exemplo do Sistema Estadual de
Incentivos a Serviços Ambientais (SISA), Planos Diretores
Municipais, Ordenamento Territorial Local (OTL), Plano de
Desenvolvimento Comunitário (PDC), dentre outros.
5.1.5. Integração entre o Sistema Nacional de Gerenciamento dos
Recursos Hídricos (SINGREH) e o Sistema Estadual de
Gerenciamento dos Recursos Hídricos (SEGRH/AC).
5.1.6. Fortalecimento das ações desenvolvidas no âmbito da
Iniciativa MAP (Madre de Dios-PE, Acre-BR e Pando-BO) e
demais fóruns existentes (FIFAU- Fórum de Integração
Fronteiriça Acre-Ucayali), modelo de articulação integrada para
a gestão das águas fronteiriças e transfronteiriças, na fronteira
Brasil, Bolívia e Peru, priorizando a articulação entre os
ministérios das relações exteriores dos três países.
109
Plano Estadual de Recursos Hídricos
5.1.7. Articulação dos planos de bacias do Estado com o Plano da
Margem Direita do Rio Amazonas (PDMA), via ANA. (OBS.
VERA)
5.1.8. Apoiar a elaboração dos Zoneamentos Ecológico-Econômicos
(ZEE) locais e planejamento territorial de áreas urbanas, bem
como a implementação de planos municipais de ordenamento
territorial (PLOT), planos diretores e desdobramentos (PPA –
2008-2011, pág. 44).
5.1.9. Articulação com os estados do Amazonas e Rondônia e com os
países vizinhos (Bolívia e Peru) e definição de estratégias
conjuntas para a gestão de bacias compartilhadas, de forma a
harmonizar os esforços técnicos e financeiros na implantação
dos instrumentos de gestão dos recursos hídricos e
manutenção da quantidade e qualidade das águas
5.1.10. Definição de estratégias de articulação do SEGRH/AC
com os setores usuários, consórcios municipais e com as
instituições públicas que formulam e implementam as políticas
de desenvolvimento local e regional.
5.1.11. Integrar ações da Agenda 21 local com as ações de
gestão dos RH no Estado. (OBS. VERA)
5.1.12. Apoio a implementação do acordo de cooperação na
Bacia do rio Acre já aprovado na Câmara Técnica de Gestão de
Recursos Hídricos Transfronteiriços (CTGRHT) do Conselho
Nacional de Recursos Hídricos (CNRH). (OBS. VERA)
5.1.13. Construção de uma agenda comum entre o Brasil,
Bolívia e Peru para articular e definir estratégias conjuntas de
gestão compartilhada dos rios transfronteiriços.
5.1.14. Desenvolver ações no sentido do estabelecimento de
políticas de integração (Ex: Encontro trinacional entre Peru,
Bolívia e Brasil). (OBS. VERA)
METAS
Articulação inter-setorial para o planejamento e execução de
atividades relacionadas a recursos hídricos desencadeada em 2011 e com
formalidades estabelecidas até 2014.
110
Plano Estadual de Recursos Hídricos
EXECUTORES
Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA), via Comissão
permanente de acompanhamento, monitoramento e avaliação da
implementação do Plano Estadual de Recursos Hídricos (CMAI-PLERH).
PARCEIROS
Agência Nacional de Águas (ANA), Conselhos Municipais de Defesa do
Meio Ambiente (CONDEMA), Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente
Urbano do Ministério do Meio Ambiente (SRHU/MMA), Iniciativa MAP (Madre
de Dios – PE, Acre – BR e Pando – BO), Ministério de Relações Exteriores
(MRE) e Prefeituras Municipais. (OBS. VERA)
111
Plano Estadual de Recursos Hídricos
PROGRAMA 6. SUSTENTABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA PARA A
GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS NO ESTADO
PROJETO 6.1. IDENTIFICAÇÃO DE FONTES DE FINANCIAMENTO PARA
O SISTEMA DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS HÍDRICOS
OBJETIVOS
Identificar fontes de financiamento para apoiar a implementação do
Sistema de Gerenciamento Recursos Hídricos do Estado (SEGRH/AC) e
viabilizar a execução dos projetos previstos no PLERH/AC.
JUSTIFICATIVA
O conjunto de programas e projetos previstos no PLERH/AC demanda
recursos financeiros para sua execução, em especial para aqueles que não
estão previstos no orçamento do Estado, implicando em parcerias e na
identificação de fontes de financiamento junto a organismos de fomento
nas esferas estadual, federal e internacional. Faz-se necessário traçar
estratégias que garantam a viabilidade e a sustentabilidade econômico-
financeira do PLERH/AC.
Apesar de estar em fase de revisão, o Plano Nacional de Recursos
Hídricos (PNRH) tem um programa de desenvolvimento institucional de
Gestão Integrada dos Recursos Hídricos no Brasil, que provavelmente será
mantido, e onde é previsto apoio a organização dos Sistemas Estaduais de
Gerenciamento de Recursos Hídricos (SEGRH), via sub-programa, no sentido
de construir e consolidar capacidades, por meio da adoção de políticas de
capacitação e fixação de quadros nas entidades, cabendo aqui a necessária
articulação do SEGRH/AC com o SINGREH via SRHU/MMA.
AÇÕES
6.1.1. Estudo de sustentabilidade econômico-financeira do modelo de
gestão adotado pelo Estado.
6.1.2. Identificação de fontes de financiamento junto aos órgãos
federais e internacionais e elaborar propostas de parcerias
(Termos de Cooperação Técnica ou Convênios) para
implementação do SEGRH/AC.
112
Plano Estadual de Recursos Hídricos
6.1.3. Identificação de fontes de financiamento para os planos de
bacia, junto a ANA, SRHU e usuários.
6.1.4. Negociar a inserção de recursos no PPA do Governo do Estado
para viabilizar projetos estruturantes na área de recursos
hídricos.
6.1.5. Negociar junto ao Governo de Estado e a FUNTAC a
disponibilidade de recursos financeiros para pesquisa, estudos
e desenvolvimento tecnológico previstos no PLERH/AC.
METAS
Estudo de sustentabilidade econômico-financeira do modelo de
gestão adotado realizado em 2011. Parcerias firmadas e convênios
assinados até final de 2011. Projetos elaborados e encaminhados para
busca de financiamento até final de 2011.
EXECUTORES
Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA), via Comissão
permanente de acompanhamento, monitoramento e avaliação da
implementação do Plano Estadual de Recursos Hídricos (CMAI-PLERH) e
FUNTAC. (OBS. VERA)
PARCEIROS
Prefeituras Municipais, Associações, Organizações não
governamentais (ONG) e Sindicatos.
113
Plano Estadual de Recursos Hídricos
PROJETO 6.2. REGULAMENTAÇÃO DO SISA PARA OS RECURSOS
HÍDRICOS (ÁGUA) - LEI 2308/2010
OBJETIVO
Regulamentar e implantar o Programa de conservação das
águas e dos recursos hídricos e o pagamento por serviços
ambientais, fração água no Estado.
JUSTIFICATIVA
Através da Lei 2.308 de outubro de 2010, o Governo do Estado
criou o Sistema Estadual de Incentivos a Serviços Ambientais (SISA),
o Programa de Incentivos por Serviços Ambientais (ISA) Carbono e
demais Programas de Serviços Ambientais e Produtos Ecossistêmicos
do Estado do Acre.
O objetivo do SISA é fomentar a manutenção e ampliação da
oferta dos serviços e produtos ecossistêmicos, dentre os quais a
conservação das águas e dos serviços hídricos.
Além da Agência de Desenvolvimento de Serviços Ambientais
do Estado foi criado o Instituto de Regulação, Controle e Registro,
supervisionado pela SEMA para, que, dentre outras funções,
responsabilize-se pelo estabelecimento das normas complementares
do SISA.
Segundo o art. 30 da referida lei, as regras de funcionamento
do programa estadual dos recursos hídricos será objeto de lei.
AÇÕES
6.2.1. Desenvolvimento dos estudos necessários para implantação do
Programa de conservação das águas e dos recursos hídricos.
6.2.2. Elaboração dos procedimentos para a sua regulamentação.
METAS
Criar e regulamentar Programa de conservação das águas e
dos recursos hídricos e pagamento por serviços ambientais, fração
água implantados e regulamentados de 2011.
EXECUTORES
114
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA), Conselho
Estadual de Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia (CEMACT), Instituto
de Mudanças Climáticas (IMC), Agência de Regulação, Controle e
Registro e órgãos afins. (OBS. VERA)
PARCEIROS
Agência Nacional de Águas (ANA), Procuradoria Geral do
Estado (PGE), WWF-Brasil, GIZ, Forest Trends, dentre outros. (OBS.
VERA)
115
Plano Estadual de Recursos Hídricos
2.2.3. DIRETRIZ III. DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO, EDUCAÇÃO
AMBIENTAL E COMUNICAÇÃO
PROGRAMA 7. COMUNICAÇÃO, DIVULGAÇÃO E EDUCAÇÃO
AMBIENTAL PARA A GESTÃO INTEGRADA DOS RECURSOS HÍDRICOS
PROJETO 7.1. EDUCAÇÃO AMBIENTAL E DIFUSÃO DE
CONHECIMENTO SOBRE RECURSOS HÍDRICOS
OBJETIVOS
Desenvolver um processo continuado de educação ambiental e
difusão de conhecimentos sobre recursos hídricos para os diversos
segmentos sociais, de forma a garantir a gestão participativa das águas e
dos recursos hídricos no Estado.
Contribuir para a institucionalização política da gestão integrada de
recursos hídricos no Estado e para a efetividade da implantação do
SEGRH/AC, via mecanismos de apoio transversal continuado à
implementação dos programas e projetos propostos no PLERH/AC.
Preparar a sociedade acreana para lidar com a nova realidade,
advinda das mudanças globais, tanto na incorporação de novos modos de
vida, quanto na busca de atitudes que contribuam para minimizar tais
alterações (Plano Plurianual, 2008-2011, pag. 39).
JUSTIFICATIVA
Segundo a Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA), a
educação ambiental deve proporcionar, entre outros aspectos, a construção
de valores e a aquisição de conhecimentos, atitudes e habilidades voltadas
para a participação responsável em gestão integrada de recursos hídricos
(Lei Federal n° 9.795/99).
O Decreto no 4.281, de 25 de junho de 2002, que regulamenta a
Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA), determina a criação,
manutenção e implementação de programas de educação ambiental
integrados às atividades de gestão dos recursos ambientais, inclusive dos
recursos hídricos.
A Resolução 98/2009, do Conselho Nacional de Recursos Hídricos
(CNRH), estabelece princípios, fundamentos e diretrizes para a educação, o
116
Plano Estadual de Recursos Hídricos
desenvolvimento de capacidades, a mobilização social e a informação para
a gestão integrada de recursos hídricos no Sistema Nacional de
Gerenciamento de Recursos Hídricos (SINGREH).
A Lei de recursos hídricos do Acre (1500/2003) estabelece a
Educação ambiental como instrumento de gestão das águas. Segundo o Art.
42 da referida lei, o Poder Público Estadual deverá empreender campanhas
de orientação pública aos usuários de recursos hídricos e à sociedade em
geral, de forma a esclarecer e informar sobre as questões relevantes da
legislação de recursos hídricos e meio ambiente e a correta utilização do
patrimônio hídrico do Estado.
Dentre as ações propostas na Metodologia de elaboração do
PLERH/AC (SEMA, 2008), constam a capacitação e o envolvimento da
população na discussão das potencialidades e dos problemas hídricos e
suas implicações através da educação ambiental.
De modo geral, os projetos de educação ambiental devem ter a
Agenda 21, o Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis
e Responsabilidade Global (ECO 92), os objetivos do Milênio e a Carta da
Terra como base de orientação e deverão utilizar como referência de estudo
a bacia hidrográfica, principal unidade territorial de planejamento e gestão
das águas e dos recursos hídricos.
AÇÕES
7.1.1. Capacitação continuada de lideranças comunitárias,
professores, coordenadores e diretores de escolas, agentes de saúde,
dos técnicos dos órgãos gestores da união, do Estado e dos
Municípios.
7.1.2. Intensificar os programas de Ciência e tecnologia junto a
FUNTAC, EMBRAPA, UFAC e IFAC bem como a universidades
particulares e outras instituições de pesquisas para ampliar o
conhecimento sobre recursos hídricos, através de editais de apoio a
projetos de pesquisas.
7.1.3. Implantação de um Sistema de Comunicação e difusão da
informação sobre recursos hídricos. (Rádio, Televisão, Internet,
principalmente nas escolas).
117
Plano Estadual de Recursos Hídricos
7.1.4. Incentivo a introdução do tema Mudanças Globais no currículo
do ensino fundamental e médio das escolas públicas e particulares
do Estado e também nas Universidades.
7.1.5. Capacitação de usuários, sociedade civil para
acompanhamento do PLERH/AC.
7.1.6. Fomento à realização de cursos e seminários de atualização,
aperfeiçoamento e especialização em recursos hídricos para os
diferentes segmentos (sociedade civil, usuários e poder público), sem
perder de vista a questão de gênero, as comunidades tradicionais e
indígenas.
7.1.7. Desenvolver ações de sensibilização (cursos de formação) para
os técnicos do DERACRE, ITERAC E INCRA para minimizar os impactos
ambientais na construção e recuperação de rodovias, ramais e
pontes. (OBS. VERA)
7.1.8. Apoiar a criação de cursos em instituição de ensino superior
voltados para os recursos hídricos.
7.1.9. Apoiar a realização de atividades de extensão: cursos,
palestras, seminários de atualização.
7.1.10. Apoiar a criação de um curso superior em recursos hídricos.
7.1.11. Fomento para criação de cursos de nível médio para a gestão
de recursos hídricos, a exemplo do que o estado do Acre já vem
fazendo com outras áreas (agrofloresta, turismo, agroindústria e
outros).
7.1.121. Elaborar materiais informativos com ênfase na gestão de
recursos hídricos.
118
Plano Estadual de Recursos Hídricos
METAS
Capacitação continuada em funcionamento a partir de 2011.
Programas de Ciência e tecnologia fomentados pelo Governo a partir de
2011. Sistema de Comunicação e difusão da informação sobre Recursos
hídricos implantado até 2012. Introdução do tema Mudanças Globais no
currículo do ensino fundamental e médio das escolas públicas e privadas do
Estado a partir de 2011 e em Universidades a partir de 2012. Elaboração de
materiais informativos com ênfase na gestão de recursos hídricos a partir
de 2011.
EXECUTORES
Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA).
PARCEIROS
Secretaria Estadual de Educação (SEE), Fundação de Tecnologia do
Estado do Acre (FUNTAC), Universidade Federal do Acre (UFAC), Secretarias
Municipais de Educação, de Meio Ambiente e de Saúde, Prefeituras
Municipais, Organizações não governamentais (ONG), instituições de
pesquisa e entidades religiosas, dentre outras.
119
Plano Estadual de Recursos Hídricos
PROGRAMA 8. DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO
PARA GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS
PROJETO 8.1. DESENVOLVIMENTO DE PESQUISA CIENTÍFICA E
TECNOLÓGICA PARA CONSOLIDAÇÃO E APLICAÇÃO DO
CONHECIMENTO EM RECURSOS HÍDRICOS
OBJETIVOS
Desenvolver estudos e pesquisas para ampliar a base de
conhecimento sobre os recursos hídricos do Estado.
Difundir os resultados de pesquisa científica e tecnológica para
aplicação do conhecimento em recursos hídricos.
JUSTIFICATIVA
A consolidação da gestão dos recursos hídricos no Estado depende de
avanços e geração de conhecimento científico e tecnológico em várias
áreas (qualidade e quantidade de águas superficiais e subterrâneas,
demanda, usos consuntivos e não consuntivos, adaptação a mudanças
climáticas, hidrogeologia, relação água-floresta, dentre outros), conforme
identificado no diagnóstico do PLERH/AC (SEMA, 2010).
Neste sentido o Governo do Estado deverá investir em Ciência e
Tecnologia, em parceria com as instituições de pesquisa e de ensino
superior, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), Instituto
de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), dentre outras.
AÇÕES
8.1.1. Estudos sobre o potencial de geração e transporte de cargas
poluidoras de origem difusa.
8.1.2. Fomento acadêmico para conhecimento hidrogeológico do
Estado.
8.1.3. Desenvolvimento de estudos para conhecer a inter-relação
água-solo-floresta e suas implicações no ciclo hidrológico.
8.1.4. Desenvolvimento de tecnologia de conservação de recursos
hídricos para os usos consultivos.
8.1.5. Fortalecimento do programa de formação de pesquisas locais
(PPA, 2008-2011, pág. 101).
120
Plano Estadual de Recursos Hídricos
8.1.6. Fortalecimento do programa de iniciação científica da FUNTAC
e UFAC (PPA, 2008-2011, pág. 101).
8.1.7. Promoção de estudos e pesquisa sobre conservação dos
sistemas aquáticos e adaptação a eventos extremos.
8.1.8. Estudos sobre vulnerabilidades sociais, econômicas e
ambientais das bacias do Estado.
8.1.9. Estudo sobre as especificidades da Região Hidrográfica
Amazônica com relação aos recursos hídricos, clima e uso do
solo.
8.1.10. Criação de uma Fundação de Amparo a Pesquisa do estado
do Acre.
8.1.11. Estudos para gestão e defesa contra eventos extremos
(controle de erosão, cheias e estiagens, dentre outros).
8.1.12. Realizar pesquisa para o desenvolvimento de alternativas
para captação, reuso e tratamento de água para
dessedentação humana.
METAS
Estudos e pesquisas desencadeados a partir de 2011 e finalizados em
2016.
EXECUTORES
Fundação Tecnológica do Estado do Acre (FUNTAC).
PARCEIROS
SEMA, Instituições de pesquisa e universidades locais (UFAC, IFAC,
UNINORTE, EMBRAPA) e ONG. (OBS. VERA)
121
Plano Estadual de Recursos Hídricos
2.2.4. DIRETRIZ IV. DESENVOLVIMENTO DE MEDIDAS DE ADAPTAÇÃO ÀS
MUDANÇAS CLIMÁTICAS
PROGRAMA 9. DESENVOLVIMENTO DE MEDIDAS DE ADAPTAÇÃO E
MITIGAÇÃO DOS EVENTOS EXTREMOS
PROJETO 9.1. DEFESA CONTRA SECAS E INUNDAÇÕES
OBJETIVOS
Identificar as áreas sujeitas a eventos hidrológicos críticos, e propor
ações integradas e intervenções multidisciplinares que possibilitem a
mitigação desses eventos e a adaptação das comunidades e dos sistemas
afetados.
Criar um Núcleo Integrado de Monitoramento de Eventos Extremos e
o sistema permanente de alerta precoce para antecipação dos mesmos nas
UGRH.
JUSTIFICATIVA
Eventos extremos têm se tornando mais freqüentes no Estado.
Durante a fase de seca, em 2005, o baixo nível do Rio Acre dificultou a
coleta de água para tratamento e distribuição para a população de Rio
Branco. Em 2006 e posteriormente em 2009, inundações desabrigaram
milhares de famílias assentadas ao longo das principais bacias hidrográficas
do Estado, especialmente no Rio Acre.
A abordagem da bacia hidrográfica no estudo dos perigos ambientais
possibilita uma análise integrada dos elementos físicos e sociais,
considerando a relação população-ambiente, permitindo ainda a
mensuração do risco ambiental, a produção social do risco e a capacidade
de resposta da sociedade (Cutter, 1996 in Marandola e Hogan, 2009).
As ações de adaptação em bacias hidrográficas requerem, portanto,
o desenvolvimento de análises de vulnerabilidade como um diagnóstico
prévio dos riscos relativos às mudanças climáticas e aos estresses não
climáticos, como as mudanças no uso e ocupação do solo a que estão
submetidas, bem como o zoneamento das áreas de risco.
A identificação das fragilidades potenciais e emergentes na bacia
hidrográfica proporciona uma melhor definição das diretrizes e ações a
122
Plano Estadual de Recursos Hídricos
serem implementadas no espaço físico-territorial, servindo como subsídios à
gestão integrada dos recursos naturais (Sporl e Ross, 2004).
123
Plano Estadual de Recursos Hídricos
AÇÕES
9.1.1. Inventário e zoneamento das áreas de vulnerabilidade
ambiental e social.
9.1.2. Estabelecimento de medidas estruturantes para minimizar a
vulnerabilidade social às enchentes e às secas, em articulação
com os Municípios.
9.1.3. Criação de um Sistema de alerta precoce para antecipação dos
eventos extremos (chuvas intensas e secas prolongadas) nas
UGRH, em parceria com a Comissão Estadual de Gestão de
Riscos Ambientais (CEGdRA).
9.1.4. Promoção de ações preventivas de apoio a comunidades rurais
e florestais, visando reduzir a vulnerabilidade da sociedade
acreana aos efeitos locais das mudanças climáticas (PPA, pag.
39).
9.1.5. Criação de um Núcleo Integrado de monitoramento e controle
de eventos extremos, em parceria com Comissão Estadual de
Gestão de Riscos Ambientais (CEGdRA).
9.1.6. Fortalecimento da Defesa Civil em todos os municípios.
METAS
Inventário e zoneamento das áreas vulneráveis elaborados até 2012.
Núcleo Integrado de monitoramento e controle de eventos extremos
implantado em 2011. Instalar pelo menos dois sistemas pilotos de alerta
precoce nas UGRH Acre-Iquiri e Juruá em 2011 e os demais até 2013.
EXECUTORES
Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA), através da Comissão
Estadual de Gestão de Riscos Ambientais (CEGdRA).
PARCEIROS
Prefeituras Municipais, Corpo de Bombeiros Militar e Defesa Civil,
Defesas Civis Municipais, ANA e SRHU/MMA. (OBS. VERA)
124
Plano Estadual de Recursos Hídricos
PROGRAMA 10. REVITALIZAÇÃO DE BACIAS HIDROGRÁFICAS
PRIORITÁRIAS (MANEJO INTEGRADO - CONSERVAÇÃO E
RECOMPOSIÇÃO DE ÁREAS DE PROTEÇÃO PERMANENTE)
O Programa de revitalização de bacias hidrográficas deverá permitir a
recuperação, preservação e conservação das bacias do Acre, por meio de
ações integradas e permanentes, que promovam o uso sustentável dos
recursos naturais, a melhoria das condições socioambientais, o aumento da
quantidade e a melhoria da qualidade das águas para usos múltiplos.
Os projetos a seguir apresentados, embora descritos de forma
isolada, deverão ter seu processo de realização integrado para surtir os
efeitos esperados, via manejo integrado das bacias prioritárias do Estado.
PROJETO 10.1. CONSERVAÇÃO E RECUPERAÇÃO DE NASCENTES E
RECOMPOSIÇÃO DE MATAS CILIARES NAS BACIAS DOS IGARAPÉS
PRIORITÁRIOS
OBJETIVOS
Identificar e recuperar áreas degradadas compreendendo aquelas
consideradas de preservação permanente (nascentes e matas ciliares) nas
bacias dos igarapés prioritários.
Recuperar, conservar e preservar o ambiente das bacias dos igarapés
prioritários e mitigar os impactos ambientais antrópicos, visando: a
recuperação e manutenção de corpos d’água, a redução dos processos
erosivos e do assoreamento, o aumento da recarga e a elevação da oferta
de água bruta, a partir da difusão de práticas de recuperação ambiental
somadas à promoção da educação ambiental voltada para sociedade em
geral.
JUSTIFICATIVA
Revitalizar significa recuperar, preservar e conservar as bacias
hidrográficas em situação de vulnerabilidade e degradação ambiental, por
meio de ações integradas e permanentes, que promovam o uso sustentável
dos recursos naturais, a melhoria das condições socioambientais, o
aumento da quantidade e a melhoria da qualidade da água para usos
múltiplos.
125
Plano Estadual de Recursos Hídricos
126
Plano Estadual de Recursos Hídricos
AÇÕES
10.1.1. Potencializar a implantação do Programa Estadual de
Conservação e Recuperação de Nascentes e Matas Ciliares
(APP) (PPA, 2008-2011).
10.1.2. Implantar um sistema de certificação de iniciativas de
recuperação ambiental nas bacias prioritárias.
10.1.3. 10.1. 3. Aliar as iniciativas de recuperação ambiental nas
bacias prioritárias às ações de certificação da política do
ativo ambiental florestal.
10.1.4. 10.1.4. Estabelecer áreas prioritárias, de acordo com o nível
de degradação, para implantação do referido programa.
METAS
Programa Estadual de Conservação e Recuperação de nascentes e
matas ciliares implantado a partir de 2011, em no mínimo 10 microbacias
até 2014 e em mais 10 microbacias até 2012.
EXECUTORES
Instituto de Meio Ambiente do Acre (IMAC).
PARCEIROS
ONG locais, Prefeituras Municipais, Secretaria de Estado de Extensão
Agroflorestal e Produção Familiar (SEAPROF), SEMA, Fundação Nacional do
Índio (FUNAI), lideranças indígenas, Conselho Indigenista Missionário (CIMI),
Comissão Pró Índio (CPI), Universidades, pecuaristas e agricultores dentre
outros.
127
Plano Estadual de Recursos Hídricos
PROJETO 10.2. PROTEÇÃO DAS ÁREAS DE RECARGA DOS AQUÍFEROS
OBJETIVOS
Promover e apoiar a recuperação das áreas de recarga dos aqüíferos,
através da implementação de ações não estruturantes para sua
recuperação.
JUSTIFICATIVA
O diagnóstico do PLERH/AC (SEMA, 2010), referente à disponibilidade e
demanda de águas subterrâneas, aponta a necessidade de identificação das
áreas de recarga, bem como de técnicas para induzir recarga artificial,
fundamental na manutenção do equilíbrio entre entrada e saída de água do
sistema.
O diagnóstico aponta a necessidade de desenvolvimento de pesquisa
sobre a vulnerabilidade dos aqüíferos, envolvendo a proteção das áreas de
recarga, a relação entre o uso do solo nas áreas de recarga e a qualidade da
água no aqüífero, zonas de proteção de poços e melhoramento do projeto de
poços, com o objetivo de reduzir ou mesmo evitar que os mesmos atuem
como via de contaminação, inclusive considerando poços improdutivos, secos,
dentre outros aspectos (SEMA, 2010).
Segundo o mesmo relatório será também necessário conhecer o meio
físico, as fontes potenciais de contaminação, as técnicas de proteção dos
aqüíferos, o desenvolvimento de metodologias de avaliação da capacidade do
aqüífero, ou adaptar metodologias existentes, de modo a evitar super
exploração e a conseqüente exaustão do recurso.
AÇÕES
10.2.1. Recuperação e/ou conservação de drenagens e cabeceiras
dos aqüíferos, conforme definido no diagnóstico do PLERH/AC
e nos estudos do CPRM, especialmente para Rio Branco.
METAS
Medidas de proteção dos aqüíferos estabelecidas a partir de 2011.
EXECUTORES
Instituto de Meio Ambiente do Acre (IMAC).
128
Plano Estadual de Recursos Hídricos
PARCEIROS
CPRM, Prefeituras, SEAPROF, FUNTAC, SEMA, ONG locais, UFAC, dentre
outras.
129
Plano Estadual de Recursos Hídricos
PROJETO 10.3. PREVENÇÃO E DEFESA CONTRA EROSÃO DO SOLO E
ASSOREAMENTO DOS RIOS
OBJETIVOS
Preservar as bacias prioritárias dos processos erosivos naturais ou
antrópicos, impedindo ou revertendo-os.
JUSTIFICATIVA
Processos erosivos e de assoreamento são comuns no Estado e são
diretamente proporcionais na dinâmica das bacias hidrográficas. A erosão
fornece os materiais que ao serem transportados e depositados darão
origem ao assoreamento.
O desmatamento nas zonas rurais e a execução de obras em áreas
frágeis do ambiente urbano potencializam a deflagração de processos
erosivos em suas mais diversas escalas espaciais e temporais.
As intervenções junto às margens podem, igualmente, deflagrar
processos erosivos ou mesmo de solapamento, especialmente
considerando-se a forte ação fluvial sobre as mesmas.
Neste sentido medidas preventivas e corretivas são necessárias para
manutenção das condições ecológicas dos sistemas e segurança das
populações locais.
AÇÕES
10.3.1. Identificação e georeferenciamento das áreas críticas e dos
fatores determinantes na mitigação e controle dos processos
erosivos e de assoreamento do solo nas bacias hidrográficas
prioritárias.
10.3.2. Desenvolvimento de mecanismos de defesa contra erosão
do solo e assoreamento dos rios.
10.3.3. Mobilização e engajamento social no processo de
recuperação dos processos erosivos, bem como construção
de estruturas de contenção, recomposição da vegetação,
dentre outras atividades, incluindo ações do programa
PRODES da ANA.
130
Plano Estadual de Recursos Hídricos
10.3.4. Promover integração das ações aqui propostas com o
Programa de Valorização do Ativo Ambiental Florestal do
Estado.
10.3.5. Fazer parceria com a ANA para implantação do Programa
Produtor de Água no Acre.
10.3.6. Acompanhamento dos empreendimentos rurais (fazendas e
criadouros de peixes) para se evitar o desmatamento
indiscriminado e estabelecimento de processos erosivos.
10.3.7. Monitoramento dos locais de risco de escorregamentos para
evitar ocupações irregulares e fiscalização das áreas
recuperadas.
METAS
Sistema de Prevenção e defesa contra erosão do solo e assoreamento
dos rios implantado a partir de 2011 a 2015. Programa do Produtor de Água
implantado em 5 (cinco) microbacias até 2014 e mais 5 (cinco) microbacias
até 2020.
EXECUTORES
Instituto de Meio Ambiente do Acre (IMAC) e Prefeituras Municipais.
(OBS. VERA)
PARCEIROS
SEMA, Organizações não governamentais (ONGs) locais, Consórcios
de municípios, Prefeituras municipais, Colônia de Pescadores, dentre outras.
(OBS. VERA)
131
Plano Estadual de Recursos Hídricos
PROJETO 10.4. RECUPERAÇÃO E URBANIZAÇÃO DOS FUNDOS DE
VALE, NOS MUNICÍPIOS DO ESTADO
OBJETIVOS
Implementar sistemas de drenagem adequados, recuperar e
urbanizar as áreas de fundo de vale nas bacias prioritárias.
JUSTIFICATIVA
O escoamento superficial sofre alterações substanciais em
decorrência do processo de urbanização de uma bacia, principalmente
como conseqüência da impermeabilização superficial, alterando as vazões
dos sistemas aquáticos e comprometendo a vida das pessoas.
A urbanização de áreas nas proximidades de rios e igarapés é
recorrente no Acre e tem se constituído em um sério problema para o
planejamento urbano. A maior preocupação refere-se à falta de um sistema
de drenagem eficiente que contribua para enchentes e processos erosivos,
colocando em risco a vida da população.
A ocupação irregular das áreas de vales e planícies inundáveis trás
como conseqüência a vulnerabilidade do sistema natural e das
comunidades e deve ser evitada. Um olhar especial para o sistema de
drenagem das cidades faz-se necessário e o estabelecimento uma política
de ocupação do solo, em especial das várzeas de inundação, que não entre
em conflito com a política de drenagem urbana, via planos diretores e
ordenamento territorial local.
Programas de revitalização desses locais, como a implantação de
áreas de lazer e parques lineares são aconselháveis para evitar a ocupação
humana e facilitar o escoamento das águas pluviais nos sistemas de
drenagem adequados.
AÇÕES
10.4.1. Recuperação dos fundos de vale, nos municípios do Estado,
através de processos de implantação e/ou revitalização dos
sistemas de drenagem das cidades.
10.4.2. Integração das ações dos Planos diretores e Ordenamento
Territorial com atividades previstas no PLERH/AC.
132
Plano Estadual de Recursos Hídricos
METAS
Implantação e ou readequação dos sistemas de drenagem urbana a
partir de 2011 em 4 (quatro) municípios até 2014 e em mais 5 (cinco) até
2020.
EXECUTORES
Prefeituras Municipais e Instituto de Meio Ambiente do Acre (IMAC).
(OBS. VERA)
PARCEIROS
SEMA, Organizações não governamentais (ONG) locais, Consórcios de
municípios, Prefeituras municipais, dentre outras. (OBS. VERA)
133
Plano Estadual de Recursos Hídricos
PROJETO 10.5. REALIZAÇÃO DE OBRAS DE CONTENÇÃO DAS
MARGENS DOS PRINCIPAIS RIOS DO ESTADO.
OBJETIVOS
Realizar obras de contenção das margens dos principais rios do
Estado.
JUSTIFICATIVA
O regime hidrológico dos rios do Estado, com cheias rápidas, provoca
o extravasamento nas margens convexas dos meandros, facilitando a
mudança do traçado dos rios (ACRE, 2000). A vegetação que recobre o
relevo apresenta raízes muito superficiais, não conferindo estabilidade à
vegetação ciliar e esta acaba caindo sobre o leito fluvial.
Outro fenômeno comum é o deslizamento das margens (ACRE, 2000),
promovendo o assoreamento dos sistemas aquáticos. Estes processos
naturais, aliados ao uso e ocupação irregular do solo, têm promovido a
degradação dos sistemas, com possíveis reflexos sobre a fauna aquática.
AÇÕES
10.5.1. Levantamento e estudos das necessidades de obras de
contenção para identificação e verificação de áreas (rural e urbana)
onde não é mais possível revitalização natural.
10.5.2. Realização de obras de contenção (bioengenharia) das
margens dos principais rios do Estado (Tarauacá, no município de
Tarauacá, Envira, no município de Feijó, Acre nos municípios de
Brasiléia, Epitaciolândia, Xapuri e Rio Branco, dentre outros).
METAS
Obras de contenção das margens dos principais rios do Estado
realizadas até 2012 – 2015.
EXECUTORES
Secretaria de Obras.
PARCEIROS
134
Plano Estadual de Recursos Hídricos
SEMA, Organizações não governamentais (ONG) locais, Consórcios de
municípios, Prefeituras municipais, dentre outras. (OBS. VERA)
135
Plano Estadual de Recursos Hídricos
PROJETO 10.6. PROMOVER A ADOÇÃO DE TÉCNICAS SUSTENTÁVEIS
NOS PROCESSOS PRODUTIVOS AGROPECUÁRIOS NAS UGRH
OBJETIVOS
Promover a adoção de técnicas sustentáveis nos processos
produtivos agropecuários.
JUSTIFICATIVA
A relação entre a ocupação agropecuária das terras e as
características físicas da bacia hidrográfica (solos e relevos) também
requer atenção no Acre. Verifica-se a ocorrência freqüente de ocupação
antrópica em terras inaptas à atividade agropecuária.
O Zoneamento Ecológico- Econômico do Acre – Fase II, mostra que a
evolução da pecuária está associada com o crescimento das áreas de
pastagens pela intensificação dos sistemas de produção que vem se
observando ao longo dos anos e esta atividade se constitui no principal
uso da terra nas áreas alteradas do Estado (ACRE, 2006).
Dados do Censo Agropecuário de 2006 (IBGE, 2006) indicam que
houve um aumento na extensão das pastagens no Estado, de 63.354 ha
em 1970 para 1.032.430 ha em 2006.
Dada a extensão das terras ocupadas inadequadamente, os
impactos sobre os recursos hídricos são diretos e dependem de reforço nas
ações de assistência técnica aos produtores rurais, para estimular a
otimização do uso em terras aptas e para reverter à condição de
degradação dos recursos naturais.
As áreas com restrições à ocupação devem ser consideradas no
planejamento e no ordenamento territorial das bacias hidrográficas, em
articulação com as políticas setoriais, particularmente a política agrícola,
pecuária e de uso e ocupação do solo, de modo geral.
AÇÕES
10.6.1. Estímulo ao desenvolvimento de projetos de boas
práticas agropecuárias e de uso do solo nas UGRH.
10.6.2. Disseminação do conceito de agronegócio responsável e
sustentável, agregando características de eficiência, de boas
136
Plano Estadual de Recursos Hídricos
práticas de produção, responsabilidade social e de
preservação ambiental.
10.6.3. Apoio a ações de regularização das propriedades rurais
frente à legislação ambiental (reserva legal, áreas de
preservação permanente, tratamento de dejetos e resíduos,
entre outros).
10.6.4. Redução da pressão por desmatamento em novas áreas,
visando à ampliação da atividade agropecuária em áreas
degradadas e que estejam sob processo de recuperação.
10.6.5. Implantação de sistemas orgânicos de produção
agropecuária, inclusive serviços e insumos inerentes ao
período de conversão e à fase relativa à certificação, como
inscrição, inspeção e manutenção, dentre outros aspectos.
10.6.6. Implantação e ampliação de sistemas de integração da
agricultura com a pecuária, ou da agricultura, pecuária e
silvicultura.
10.6.7. Articulação das ações com o Programa de Valorização do
Ativo Ambiental Florestal do estado.
10.6.8. Adoção do Programa de Valorização do Ativo florestal.
META
50 Projetos de boas práticas agropecuárias e de uso do solo nas
UGRH até 2014 e mais 200 até 2020.
EXECUTORES
SEAPROF, IMAC e EMBRAPA. (OBS. VERA)
PARCEIROS
SEMA, WWF-Brasil, Usuários (agricultores e pecuaristas), SEAP,
SEAPROF e Prefeituras Municipais. (OBS. VERA)
137
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Quadro 3. Diretrizes, Programas, Projetos, Ações, Metas, Executores e Parceiros do Plano de Ação
DIRETRIZ I – IMPLEMENTAÇÃO DA POLÍTICA DE GESTÃO INTEGRADA DOS RECURSOS HÍDRICOS NO ESTADOPROGRAMA 1. IMPLEMENTAÇÃO DOS INSTRUMENTOS DE GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS
PROJETOS AÇÕES METAS EXECUTORES PARCEIROSPROJETO 1.1. IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA DE INFORMAÇÕES SOBRE RECURSOS HÍDRICOS DO ACRE (SIRENA)
1.1.1. Contratação de empresa e/ou especialista para construção do SIRENA, segundo Metodologia do PLERH/AC.1.1.2. Desenvolvimento de ferramentas computacionais e modelos de apoio à decisão.1.1.3. Capacitação de corpo técnico das Secretarias Municipais de Meio Ambiente, da SEMA e do IMAC no uso do SIRENA, para que possam extrair, comparar, cruzar e analisar dados, gerando informações sobre os usuários, usos, disponibilidade, demanda e qualidade dos recursos hídricos.1.1.4 Integração do SIRENA com o SNIRH. 1.1.5. Integração SEIAM com o SIRENA.1.1.6. Disponibilização do SIRENA em ambiente WEB.
SIRENA implantado e funcionando até 2014.
SEMA e IMAC
DEPASA/VIGIÁGUA/ SAERB/ANA
PROJETO 1.2. IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA DE OUTORGA DOS RECURSOS HÍDRICOS DO ESTADO
1.2.1. Elaboração dos procedimentos para regulamentação e implantação da outorga.1.2.2. Confecção de um manual de outorga para orientação aos usuários.1.2.3. Promover a integração do sistema de outorga com o sistema de licenciamento ambiental do Estado.1.2.4. Cadastro de usos (consuntivos e não consuntivos) e dos usuários de recursos hídricos superficiais e subterrâneos.1.2.5. Cadastro de captações e lançamentos industriais.1.2.6. Integrar ao cadastro as fontes pontuais potencialmente poluidoras.1.2.7. Integrar o sistema de cadastro de usos e usuários do Estado ao CNARH.
Sistema de outorga de direito de uso dos recursos hídricos implantado e em funcionamento até final de 2011.
SEMA e IMAC PGE
138
Plano Estadual de Recursos Hídricos
PROJETO 1.3. ENQUADRAMENTO DOS CORPOS D´ÁGUA SEGUNDO USOS PREPONDERANTE
1.3.1. Elaboração de estudos para o enquadramento dos corpos d´água do Estado.1.3.2. Realização de oficinas com os diversos segmentos para validação do diagnóstico e prognóstico do enquadramento.1.3.3. Realização das consultas públicas para validação dos cenários e estabelecimento de metas e alternativas de enquadramento.1.3.4. Publicação do documento final contendo os procedimentos e propostas para implantação do enquadramento.
Enquadramento dos corpos d´água em classes de usos preponderantes implantado até 2020.
SEMA e IMAC ONG locais.
PROJETO 1.4. FOMENTO E APOIO A ELABORAÇÃO DOS PLANOS DE BACIA DOS IGARAPÉS PRIORITÁRIOS NO ESTADO
1.4.1. Mobilização dos diversos segmentos da bacia para apresentação da proposta de elaboração dos planos de bacia dos igarapés prioritários.1.4.2. Realização dos estudos necessários para viabilizar os planos de bacias dos igarapés prioritários.1.4.3. Mobilização dos diversos segmentos da bacia para formação de comissões pró-organização de comitês de bacias hidrográficas.1.4.4. Articulação entre o PNRH, o PLERH/2010, os planos de bacia, os planos diretores e demais planos setoriais, conforme peculiaridades de cada região.
Planos de bacia dos igarapés prioritários em processo de construção a partir de 2011 até 2016.
SEMA e Organismos de bacias existentes.
ONG locais
PROJETO 1.5. FISCALIZAÇÃO DO USO DOS RECURSOS HÍDRICOS
1.5.1. Estruturação do Sistema de fiscalização do uso dos recursos hídricos no Estado, com o estabelecimento de normas e procedimentos.1.5.2. Integração do Sistema de fiscalização dos recursos hídricos com o 1.5.3. Sistema de fiscalização ambiental realizado pelo IMAC, com harmonização de condutas e procedimentos.1.5.4. Capacitação de recursos humanos para a fiscalização do uso dos recursos hídricos no Estado.1.5.5. Fortalecimento do corpo técnico do IMAC.1.5.6. Incentivar a realização de denúncias contra crimes ambientais.
Sistema de fiscalização do uso dos recursos hídricos implantado em todas as UGRH até de 2014.
IMAC e IBAMA Prefeituras Municipais
139
Plano Estadual de Recursos Hídricos
PROJETO 1.6. APLICAÇÃO DE INSTRUMENTOS ECONÔMICOS À GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS NO ESTADO
1.6.1. Estudo de instrumentos econômicos de gestão de recursos hídricos adequados à realidade do Estado, com foco na cobrança pelo uso da água.1.6.2. Identificar as bacias onde haja a viabilidade para aplicação da cobrança.1.6.3. Operacionalização de um sistema integrado de cadastro, outorga e cobrança.1.6.4. Estudos para implementação de pagamento por serviços ambientais - fração água.
Estudos realizados até 2012.
Cobrança pelo uso dos recursos hídricos implantada até final de 2014.
IMAC e ANA DEPASA/IBAMA/SAEB
140
Plano Estadual de Recursos Hídricos
PROGRAMA 2. IMPLANTAÇÃO DA REDE DE MONITORAMENTO QUALI-QUANTITATIVA DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS E SUBTERRÂNEAS DO ESTADO.
PROJETOS AÇÕES METAS EXECUTORES
PARCEIROS
PROJETO 2.1. IMPLEMENTAÇÃO DA REDE DE MONITORAMENTO QUALI-QUANTITATIVA DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS DO ESTADO
2.1.1 Revisão da rede de monitoramento hidrológico e de qualidade da água, com base nos resultados e recomendações do diagnóstico do PLERH/AC.2.1.2. Capacitação em técnicas usuais de coleta e preservação de amostras de água superficial.2.1.3. Estabelecimento de convênios e/ou Termo de Cooperação Técnica entre a SEMA e a UFAC, Secretaria da Saúde, DEAS, SAERB, Corpo de Bombeiros Militar e Polícia Ambiental, para análise de qualidade de água e suporte de campo.2.1.4. Aquisição de equipamentos e materiais para coleta de água (vidrarias e reagentes) e adequação de espaço físico para recebimento das amostras.2.1.5. Integração das informações hidrológicas e meteorológicas.2.1.6. Implementação, operação e manutenção de uma Rede Estratégica de Monitoramento: processamento, interpretação e difusão de informação.2.1.7. Trabalhar em articulação com ANA para uso da base de dados da RHN, bem como do PNQA.2.1.8. Proceder ao monitoramento dos açudes de pisciculturas implantados no Estado. (OBS. VERA)Obs: As ações deste projeto deverão ser priorizadas nas UGRH: Tarauacá, Acre-Iquiri e Purus. (WWF).
Rede de monitoramento hidrológico e de qualidade da água implantada no período de 2011 a 2014.
SEM, IMAC, SEDICT (OBS. VERA)
ANA/FUNTAC/IFACUFAC/SEC. DE SAÚDE/FUNASA
PROJETO 2.2. IMPLANTAÇÃO DA REDE DE MONITORAMENTO DA QUALIDADE DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS
2.2.1. Cadastro de uso e dos usuários dos recursos hídricos subterrâneos, em especial a exploração e comercialização da água mineral.2.2.2. Zoneamento da vulnerabilidade e risco à poluição dos aqüíferos. 2.2.3. Capacitação em técnicas usuais de coleta e preservação de amostras de águas subterrâneas.2.2.4. Estabelecimento de convênio com o Serviço Geológico do
Rede de monitoramento das águas subterrâneas funcionando até 2014. Estudo de vulnerabilidade dos aqüíferos acreanos
SEMA e IMAC CPRM – SIAGAS/DEPASA/ FUNASA
141
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Brasil (CPRM) para fins de monitoramento quali-quantitativo das águas subterrâneas via Sistema de Informações de Águas Subterrâneas (SIAGAS).2.2.5. Estabelecer parceria coma a ANA, via Agenda Nacional de Águas Subterrâneas.
finalizado até final de 2012.Termo de Cooperação técnica firmado com CPRM-SIAGAS até final de 2011.
142
Plano Estadual de Recursos Hídricos
PROGRAMA 3. SANEAMENTO AMBIENTAL INTEGRADOPROJETOS AÇÕES METAS EXECUTORE
SPARCEIRO
SPROJETO 3.1. MODERNIZAÇÃO, IMPLANTAÇÃO E AMPLIAÇÃO DOS SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
3.1.1. Estabelecimento do marco regulatório dos serviços de saneamento ambiental (água, esgoto, resíduos sólidos e drenagem de águas pluviais) no Estado.3.1.2. Implantação de tecnologia de tratamento adequada à realidade do Estado.3.1.3. Implantação de sistemas de tratamento em todos os municípios.3.1.4. Modernização, micromedição e controle de perdas do sistema e ampliação da rede de abastecimento de água em todos os municípios do interior do Estado.3.1.5. Implantação de esgotamento sanitário em todas as UGRH, com implantação de rede coletora e tratamento de esgoto e gerenciamento adequado dos resíduos sólidos (desativação dos lixões).3.1.6. Articulação com a ANA via Programa Despoluição de Bacias Hidrográficas (PRODES).3.1.7. Implantação de solução alternativa de abastecimento de água e micro sistemas de tratamento de esgoto em pequenas comunidades (rurais, indígenas e extrativistas).
Marco regulatório dos serviços de saneamento ambiental estabelecido até 2011. Novas tecnologias de tratamento implantadas até 2011. Rede de abastecimento de água ampliada e controle de perdas efetivadas até 2011. Saneamento ambiental (coleta, tratamento e destinação adequada do lixo, esgoto e resíduos sólidos) implantado em todas as UGRH até 2020.
Prefeituras Municipais (OBS. VERA)
Governo do Estado e Governo Federal (PAC).
143
Plano Estadual de Recursos Hídricos
DIRETRIZ II – CONSOLIDAÇÃO DO MARCO LEGAL E FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL PARA A GESTÃO INTEGRADA DOS RECURSOS HÍDRICOS.
PROGRAMA 4. FORTALECIMENTO DO SISTEMA DE GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS.PROJETOS AÇÕES METAS EXECUTORE
SPARCEIROS
PROJETO 4.1. FOMENTO E APOIO A INSTALAÇÃO E FUNCIONAMENTO DE ORGANISMOS DE BACIA E ÓRGÃOS CORRELATOS
4.1.1. Capacitação de usuários, sociedade civil e governo das bacias prioritárias para a instalação de organismos de bacia, conforme previsto nas políticas nacional e estadual de recursos hídricos.4.1.2. Apoio à estruturação das Agências de bacias.Incentivo à criação, qualificação e participação de associações de usuários de água.
Atores mobilizados nas UGRH para conformação dos organismos de bacia dos igarapés prioritários a partir de 2001.Apoio à criação de agências de bacias estruturadas a partir de 2012.
SEMA via CEMACT, Organismos de Bacia existentes e Setor de Usuários.
UFAC/IFAC/PREFEITURAS MUNICIPAIS/COMDEMA
PROJETO 4.2. APOIO AOS MUNICÍPIOS PARA SUA INTEGRAÇÃO AO SISTEMA DE GESTÃO INTEGRADA DOS RECURSOS HÍDRICOS DO ESTADO
4.2.1. Fortalecimento dos órgãos gestores e capacitação dos técnicos das Secretarias municipais de meio ambiente e dos Conselhos municipais em assuntos relativos à gestão de recursos hídricos, de forma que possam participar de todo o processo de construção e implementação do PLERH/AC.4.2.2. Formalização de parcerias com os municípios para proteção dos mananciais locais e gestão das águas urbanas.4.2.3. Criar mecanismo de articulação entre as secretarias municipais, estaduais e órgãos federais visando à gestão integrada doa recursos hídricos.
Parcerias formalizadas com os municípios para gestão integrada dos recursos hídricos a partir de 2011. Capacitação dos técnicos das Secretarias Municipais de Meio Ambiente e dos Conselhos municipais em assuntos relativos à gestão de recursos hídricos a partir de 2011.
IMAC, SEMA e Secretarias Municipais de Meio Ambiente.
SECRETARIAS MUNICIPAIS DE SAÚDE/COMDEMA/PGE/Órgãos Federais
PROJETO 4.3. CONSOLIDAÇÃO E OPERACIONALIZAÇÃO DO FUNDO ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (FEMAC) PARA RECURSOS HÍDRICOS
4.3.1. Regulamentar Fundo Especial de Meio Ambiente (FEMAC), no que diz respeito a recursos hídricos. (Arts. 35 a 37 da Lei 1500/2003) e desenvolver os mecanismos necessários para a sua implantação.4.3.2. Identificar fontes potenciais de receita para investimento no Sistema Estadual de Gestão Integrada de Recursos Hídricos e a implementação
Fundo Estadual de Meio Ambiente implantado até 2011.
SEMA via CEMACT
PREFEITURAS MUNICIPAIS
144
Plano Estadual de Recursos Hídricos
dos programas e projetos previstos no PLERH/AC.4.3.3. Criar mecanismo de rateio dos recursos do fundo entre os municípios que possuírem organismo de bacia.
145
Plano Estadual de Recursos Hídricos
PROGRAMA 5. ARTICULAÇÃO INSTITUCIONAL E INTERSETORIAL NA GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS NOS NÍVEIS FEDERAL E INTERESTADUAL.
PROJETOS AÇÕES METAS EXECUTORES
PARCEIROS
PROJETO 5.1. ARTICULAÇÃO INTER-SETORIAL PARA O PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO DE ATIVIDADES RELACIONADAS A RECURSOS HÍDRICOS NO ESTADO
5.1.1. Identificação, no Estado e nos Municípios, programas, projetos e investimentos que regem os setores que afetam a gestão das águas, em termos de seus propósitos e impactos potenciais, para fins de coordenação, eliminação de duplicidades, convergência de objetivos e incorporação de diretrizes de interesse da gestão integrada de recursos hídricos no Estado, via CMAI da implementação PLERH/AC.5.1.2. Criação e consolidação de espaços institucionais efetivos para discussão de temas estratégicos relacionados à gestão dos recursos hídricos (Planejamento, Obras, em especial construção e retificação de estradas, rodovias e ramais, Saneamento, Educação, Saúde, dentre outros).5.1.3. Articulação entre a SEMA e a ANA/SRHU/MMA e definição de estratégias conjuntas para a gestão dos recursos hídricos fronteiriços e transfronteiriços.5.1.4. Elaboração de documentos estratégicos para a sinergia entre o Sistema de Recursos Hídricos e outras políticas de desenvolvimento, a exemplo do Pagamento por Serviços Ambientais (SISA), Planos Diretores Municipais, OTL, PDC, dentre outros.5.1.5. Integração entre o SINGREH e o SEGRH/AC.5.1.6. Fortalecimento das ações desenvolvidas no âmbito da Iniciativa MAP e demais fóruns existentes (FIFAU – Fórum de Integração Fronteiriça Acre-Ucayali), modelo de articulação integrada para a gestão das águas fronteiriças e transfronteiriças, na fronteira Brasil, Bolívia e Peru, priorizando a articulação entre os ministérios das relações exteriores dos três países.5.1.7. Articulação dos planos de bacias do Estado com o Plano da Margem Direita do Rio Amazonas (PDMA), via ANA. (OBS. VERA)5.1.8. Apoiar a elaboração dos ZEE locais e planejamento territorial de áreas urbanas, bem como a implementação de PLOT, planos diretores e desdobramentos.5.1.9. Articulação com os estados do Amazonas e Rondônia e com os países vizinhos (Bolívia e Peru) e definição de estratégias conjuntas para a gestão de bacias compartilhadas, de forma a harmonizar os esforços técnicos e financeiros na implantação dos instrumentos de gestão dos recursos hídricos e manutenção
Articulação inter-setorial para o planejamento e execução de atividades relacionadas a recursos hídricos desencadeada em 2011 e com formalidades estabelecidas até 2014.
SEMA via CMAI
COMDEMA/ANA/SRHU/MMA/INICIATIVA MAP/MRE/PREFEITURAS MUNICIPAIS(OBS. VERA)
146
Plano Estadual de Recursos Hídricos
da quantidade e qualidade das águas.5.1.10. Definição de estratégias de articulação do SEGRH/AC com os setores usuários, consórcios municipais e com as instituições públicas que formulam e implementam as políticas de desenvolvimento local e regional.5.1.11 Integrar ações da Agenda 21 local com as ações de gestão dos RH no Estado. (OBS. VERA)5.1.12. Apoio a implementação do acordo de cooperação na Bacia do rio Acre já aprovado Na Câmara Técnica de Gestão de Recursos Hídricos Transfronteiriços (CTGRHT) do CNRH. 5.1.13. Construção de uma agenda comum entre o Brasil, Bolívia e o Peru para articular e definir estratégias conjuntas de gestão compartilhada dos rios transfronteiriços. (OBS. VERA)5.1.14. Desenvolver ações no sentido do estabelecimento de políticas de integração (Ex: Encontro trinacional entre Peru, Bolívia e Brasil).
PROGRAMA 6. SUSTENTABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA PARA A GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS NO ESTADO.PROJETOS AÇÕES METAS EXECUTORES PARCEIROS
PROJETO 6.1. IDENTIFICAÇÃO DE FONTES DE FINANCIAMENTO PARA O SISTEMA DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS HÍDRICOS
6.1.1 Estudo de sustentabilidade econômico-financeira do modelo de gestão adotado pelo Estado.6.1.2. Identificação de fontes de financiamento junto aos órgãos federais e internacionais e elaborar propostas de parcerias (Termos de Cooperação Técnica ou Convênios) para implementação do SEGRH/AC.6.1.4. Identificação de fontes de financiamento para os planos de bacia, junto a ANA, SRHU e usuários.6.1.5. Negociar a inserção de recursos no PPA do Governo do Estado para viabilizar projetos estruturantes na área de recursos hídricos.6.1.6. Negociar junto ao Governo de Estado e a FUNTAC a disponibilidade de recursos financeiros para pesquisa, estudos e desenvolvimento tecnológico previstos no PLERH/AC.
Estudo de sustentabilidade econômico-financeira do modelo de gestão adotado realizado em 2011. Parcerias firmadas e convênios assinados até final de 2011. Projetos elaborados e encaminhados para busca de financiamento até final de 2011.
SEMA via CMAI-PLERH e FUNTAC.(OBS. VERA)
Prefeituras/Associações/ONG/Sindicatos.
PROJETO 6.2. REGULAMENTAÇÃO DO
6.2.1. Desenvolvimento dos estudos necessários para implantação do Programa de conservação das águas e dos recursos hídricos.
Criar e regulamentar Programa de conservação das
SEMA, CEMACT, IMC, Agência de Regulação,
ANA/PGE/WWF-BRASIL, GIZ, FOREST
147
Plano Estadual de Recursos Hídricos
PAGAMENTO POR SERVIÇOS AMBIENTAIS (SISA) PARA OS RECURSOS HÍDRICOS (ÁGUA) - LEI 2308/2010
6.2.2. Elaboração dos procedimentos para a sua regulamentação.
águas e dos recursos hídricos e pagamento por serviços ambientais, fração água implantados e regulamentados a partir de 2011.
Controle e Registro e órgãos afins.(OBS. VERA)
TRENDS, dentre outros.(OBS. VERA)
148
Plano Estadual de Recursos Hídricos
DIRETRIZ III – DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO, EDUCAÇÃO AMBIENTAL E COMUNICAÇÃOPROGRAMA 7. COMUNICAÇÃO, DIVULGAÇÃO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A GESTÃO INTEGRADA DOS RECURSOS
HÍDRICOS.PROJETOS AÇÕES METAS EXECUTORE
SPARCEIROS
PROJETO 7.1. MOBILIZAÇÃO SOCIAL, EDUCAÇÃO AMBIENTAL E DIFUSÃO DE CONHECIMENTO SOBRE RECURSOS HÍDRICOS
7.1.1. Capacitação continuada de lideranças comunitárias, professores, coordenadores e diretores de escolas, agentes de saúde, dos técnicos dos órgãos gestores da união, do Estado e dos Municípios.7.1.2. Intensificar os programas de Ciência e tecnologia junto a FUNTAC, EMBRAPA, UFAC e IFAC bem como a universidades particulares e outras instituições de pesquisas para ampliar o conhecimento sobre recursos hídricos, através de editais de apoio a projetos de pesquisas.7.1.3. Implantação de um Sistema de Comunicação e difusão da informação sobre recursos hídricos. (Rádio, Televisão, Internet, principalmente nas escolas).7.1.4. Incentivo a introdução do tema Mudanças Globais no currículo do ensino fundamental e médio das escolas públicas e particulares do Estado e também nas Universidades.7.1.5. Capacitação de usuários, sociedade civil para acompanhamento do PLERH/AC.7.1.6. Fomento à realização de cursos e seminários de atualização, aperfeiçoamento e especialização em recursos hídricos para os diferentes segmentos (sociedade civil, usuários e poder público), sem perder de vista a questão de gênero, as comunidades tradicionais e indígenas.7.1.7. Desenvolver ações de sensibilização (cursos de formação) para os técnicos do DERACRE, ITERAC E INCRA para minimizar os impactos ambientais na construção e recuperação de rodovias, ramais e pontes. (OBS. VERA)7.1.8. Apoiar a criação de cursos em instituição de ensino superior voltada para os recursos hídricos.
Capacitação continuada em funcionamento a partir de 2011.
Programas de Ciência e tecnologia fomentados pelo Governo a partir de 2011.
Sistema de Comunicação e difusão da informação sobre Recursos hídricos implantado até 2012.
Incentivar a introdução do tema Mudanças Globais no currículo do ensino fundamental e médio das escolas públicas e privadas do Estado a partir de 2011 e Universidade a partir de 2012.
SEMA SEE/ FUNTAC/ UFAC/Secretarias Municipais de Educação, de Meio Ambiente e de Saúde/Prefeituras/ ONG/ instituições de pesquisa e entidades religiosas dentre outras.
149
Plano Estadual de Recursos Hídricos
7.1.9. Apoiar a realização de atividades de extensão: cursos, palestras, seminários de atualização.7.1.10. Apoiar a criação de um curso superior de recursos hídricos 7.1.11. Elaborar materiais informativos com ênfase na gestão de recursos hídricos.
Elaboração de materiais informativos com ênfase na gestão de recursos hídricos a partir de 2011.
150
Plano Estadual de Recursos Hídricos
PROGRAMA 8. DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO PARA GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS.PROJETOS AÇÕES METAS EXECUTORE
SPARCEIRO
S
PROJETO 8.1. DESENVOLVIMENTO DE PESQUISA CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA PARA CONSOLIDAÇÃO E APLICAÇÃO DO CONHECIMENTO EM RECURSOS HÍDRICOS
8.1.1. Estudos sobre o potencial de geração e transporte de cargas poluidoras de origem difusa.8.1.2 Fomento acadêmico para conhecimento hidrogeológico do Estado.8.1.3. Desenvolvimento de estudos para conhecer a inter-relação água-solo-floresta e suas implicações no ciclo hidrológico.8.1.4. Desenvolvimento de tecnologia de conservação de recursos hídricos para os usos consultivos.8.1.5 Fortalecimento do programa de formação de pesquisas locais.8.1.6. Fortalecimento do programa de iniciação científica da FUNTAC e UFAC.8.1.7. Promoção de estudos e pesquisa sobre conservação dos sistemas aquáticos e adaptação a eventos extremos.8.1.8. Estudos sobre vulnerabilidades sociais, econômicas e ambientais das bacias do Estado.8.1.9. Estudo sobre as especificidades da Região Hidrográfica Amazônica com relação aos recursos hídricos, clima e uso do solo.8.1.10. Criação de uma Fundação de Amparo a Pesquisa do estado do Acre.8.1.11. Estudos para gestão e defesa contra eventos extremos (controle de erosão, cheias e estiagens, dentre outros).8.1.12. Realizar pesquisa para o desenvolvimento de alternativas para captação, reuso e tratamento de água para dessedentação humana.
Estudos e pesquisas desencadeados a partir de 2011 e finalizados em 2016.
FUNTAC SEMA, Instituições de pesquisa e universidades locais (UFAC, IFAC, UNINORTE, EMBRAPA) e ONG. (OBS. VERA)
151
Plano Estadual de Recursos Hídricos
DIRETRIZ IV – DESENVOLVIMENTO DE MEDIDAS DE ADAPTAÇÃO ÀS MUDANÇAS CLIMÁTICAS.
PROGRAMA 9. DESENVOLVIMENTO DE MEDIDAS DE ADAPTAÇÃO E MITIGAÇÃO DOS EVENTOS EXTREMOS.PROJETOS AÇÕES METAS EXECUTORE
SPARCEIROS
PROJETO 9.1. DEFESA CONTRA SECAS E INUNDAÇÕES
9.1.1. Inventário e zoneamento das áreas de vulnerabilidade ambiental e social.9.1.2. Estabelecimento de medidas estruturantes para minimizar a vulnerabilidade social às enchentes e às secas, em articulação com os Municípios.9.1.3. Criação de um Sistema de alerta precoce para antecipação dos eventos extremos (chuvas intensas e secas prolongadas) nas UGRH, em parceria com a Comissão Estadual de Gestão de Riscos Ambientais (CEGdRA).9.1.4. Promoção de ações preventivas de apoio a comunidades rurais e florestais, visando reduzir a vulnerabilidade da sociedade acreana aos efeitos locais das mudanças climáticas.9.1.5. Criação de um Núcleo Integrado de monitoramento e controle de eventos extremos, na CEGdRA.9.1.6. Fortalecimento da Defesa Civil em todos os municípios.
Inventário e zoneamento das áreas vulneráveis elaborados até 2012. Núcleo Integrado de monitoramento e controle de eventos extremos implantado em 2011. Instalar pelo menos dois sistemas pilotos de alerta precoce nas UGRH Acre-Iquiri e Juruá em 2011 e os demais até 2013.
SEMA através da CEGdRA.
Prefeituras Municipais/Corpo de Bombeiros/Defesas Civis Municipais/ANA/SRHU.(OBS. VERA)
152
Plano Estadual de Recursos Hídricos
PROGRAMA 10. REVITALIZAÇÃO DE BACIAS HIDROGRÁFICAS (CONSERVAÇÃO E RECOMPOSIÇÃO DE ÁREAS DE PROTEÇÃO PERMANENTE).
PROJETOS AÇÕES METAS EXECUTORES
PARCEIROS
PROJETO 10.1. CONSERVAÇÃO E RECUPERAÇÃO DE NASCENTES E RECOMPOSIÇÃO DE MATAS CILIARES NAS BACIAS DOS IGARAPÉS PRIORITÁRIOS
10.1.1. Potencializar a implantação do Programa Estadual de Conservação e Recuperação de Nascentes e Matas Ciliares (APP).10.1.2. Implantar um sistema de certificação de iniciativas de recuperação ambiental nas bacias prioritárias.10.1. 3. Aliar as iniciativas de recuperação ambiental nas bacias prioritárias às ações de certificação da política do ativo ambiental florestal.10.1.4. Estabelecer áreas prioritárias, de acordo com o nível de degradação, para implantação do referido programa.
Programa Estadual de Conservação e Recuperação de nascentes e matas ciliares implantado a partir de 2011 em, no mínimo, 10 microbacias, até 2014 e em mais 10 microbacias até 2020.
IMAC ONG locais/ Prefeituras/ SEAPROF/SEMA/ FUNAI, lideranças indígenas/ CIMI/ CPI/Universidades/pecuaristas/ agricultores dentre outros.
PROJETO 10.2. PROTEÇÃO DAS ÁREAS DE RECARGA DOS AQUÍFEROS
10.2.1. Recuperação e/ou conservação de drenagens e cabeceiras dos aqüíferos, conforme definido no diagnóstico do PLERH/AC e nos estudos do CPRM, especialmente para Rio Branco.
Medidas de proteção dos aqüíferos estabelecidas a partir de 2011.
IMAC. CPRM/PrefeiturasSEAPROF/FUNTAC, SEMA/ONG locais/ UFAC, dentre outras
PROJETO 10.3. PREVENÇÃO E DEFESA CONTRA EROSÃO DO SOLO E ASSOREAMENTO DOS RIOS
10.3.1. Identificação e georeferenciamento das áreas críticas e dos fatores determinantes na mitigação e controle dos processos erosivos e de assoreamento do solo nas bacias hidrográficas prioritárias.10.3.2. Desenvolvimento de mecanismos de defesa contra erosão do solo e assoreamento dos rios.10.3.3. Mobilização e engajamento social no processo de recuperação dos processos erosivos, bem como construção de estruturas de contenção, recomposição da vegetação, dentre outras atividades, incluindo ações do programa PRODES da ANA.10.3.4. Promover integração das ações aqui propostas com o
Sistema de Prevenção e defesa contra erosão do solo e assoreamento dos rios implantado a partir de 2011 a 2015.
Programa de Produtor de Água implantado em 5 microbacias até 2014 e mais 5 microbacias até 2020.
IMAC e Prefeituras Municipais.(OBS. VERA)
SEMA, ONG locais/ Consórcios de municípios/ Prefeituras municipais/Colônia dos Pescadores dentre outras.(OBS. VERA)
153
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Programa de Valorização do Ativo Ambiental Florestal do Estado.10.3.5. Fazer parceria com a ANA para implantação do Programa Produtor de Água no Acre. 10.3.6. Acompanhamento dos empreendimentos rurais (fazendas e criadouros de peixes) para se evitar o desmatamento indiscriminado e estabelecimento de processos erosivos.10.3.7. Monitoramento dos locais de risco de escorregamentos para evitar ocupações irregulares e fiscalização das áreas recuperadas.
PROJETO 10.4. RECUPERAÇÃO E URBANIZAÇÃO DOS FUNDOS DE VALE, NOS MUNICÍPIOS DO ESTADO
10.4.1. Recuperação dos fundos de vale, nos municípios do Estado, através de processos de implantação e/ou revitalização dos sistemas de drenagem das cidades.10.4.2. Integração das ações dos Planos diretores e Ordenamento Territorial com atividades previstas no PLERH/AC.
Implantação e ou readequação dos sistemas de drenagem urbana a partir de 2011 em quatro municípios até 2014 e mais 5 até 2020.
Prefeituras Municipais e IMAC. (OBS. VERA)
SEMA, ONG locais/Consórcios municipais/Prefeituras, dentre outras.(OBS. VERA)
PROJETO 10.5. REALIZAÇÃO DE OBRAS DE CONTENÇÃO DAS MARGENS DOS PRINCIPAIS RIOS DO ESTADO.
10.5.1. Levantamento e estudos das necessidades de obras de contenção para identificação e verificação de áreas (rural e urbana) onde não é mais possível revitalização natural.10.5.2. Realização de obras de contenção (bioengenharia) das margens dos principais rios do Estado (Tarauacá, no município de Tarauacá, Envira, no município de Feijó, Acre nos municípios de Brasiléia, Epitaciolândia, Xapuri e Rio Branco, dentre outros).
Obras de contenção das margens dos principais rios do Estado realizadas até 2012 – 2015.
Secretaria de Obras.
SEMA/ONG locais/ Consórcios de municípios/Prefeituras municipais, dentre outras.(OBS. VERA)
PROJETO 10.6. PROMOVER A ADOÇÃO DE TÉCNICAS SUSTENTÁVEIS NOS PROCESSOS PRODUTIVOS
10.6.1. Estímulo ao desenvolvimento de projetos de boas práticas agropecuárias e de uso do solo nas UGRH, incluindo a capacitação de técnicos da SEAP e SEAPROF, com capacitação posterior de usuários (agricultores e pecuaristas). (PROPOSTA EMBRAPA)10.6.2. Disseminação do conceito de agronegócio responsável e sustentável, agregando características de eficiência, de boas práticas de produção, responsabilidade
50 Projetos de boas práticas agropecuárias e de uso do solo nas UGRH até 2014 e mais 200 até 2020.
SEAPROF, IMAC e EMBRAPA.(OBS. VERA)
SEMA/ WWF-Brasil/Usuários (agricultores e pecuaristas) /SEAP/ SEAPROF/ PREFEITURAS.(OBS. VERA)
154
Plano Estadual de Recursos Hídricos
AGROPECUÁRIOS NAS UGRH
social e de preservação ambiental.10.6.3. Apoio a ações de regularização das propriedades rurais frente à legislação ambiental (reserva legal, áreas de preservação permanente, tratamento de dejetos e resíduos, entre outros).10.6.4. Redução da pressão por desmatamento em novas áreas, visando à ampliação da atividade agropecuária em áreas degradadas e que estejam sob processo de recuperação.10.6.5. Implantação de sistemas orgânicos de produção agropecuária, inclusive serviços e insumos inerentes ao período de conversão e à fase relativa à certificação, como inscrição, inspeção e manutenção, dentre outros aspectos.10.6.6. Implantação e ampliação de sistemas de integração da agricultura com a pecuária, ou da agricultura, pecuária e silvicultura.10.6.7. Articulação das ações com o Programa de Valorização do Ativo Ambiental Florestal do estado.10.6.8. Adoção do Programa de valorização do ativo florestal.
155
Plano Estadual de Recursos Hídricos
2.3. PLANO DE INVESTIMENTOS
O Plano de Investimento do PLERH-AC foi concebido tendo por base
a ordem de magnitude dos principais projetos da área ambiental tanto na
esfera estadual como na federal além de considerar o nível de emergência
de ações imediatas necessárias para minimizar os efeitos do risco que no
qual os recursos hídricos do Estado se encontram.
Uma porção significativa dos recursos estimados (83%, cerca de R$
220 milhões de um total de R$ 265 milhões), encontra-se já em execução
pelo PPA 2008-2011 ou possui contrapartida de outros projetos ou
programas em andamento, e a maior parte deste recurso já se encontra
comprometida com o componente de saneamento ambiental (R$ 204
milhões).
O Plano de Investimento partiu da premissa que um dos principais
riscos para os recursos hídricos do Estado são os efeitos das mudanças
climáticas, associados à degradação dos corpos d’água. Logo opta-se por
um massivo investimento (R$ 35 milhões) no desenvolvimento
(elaboração e implementação) de estratégias e medidas de adaptação às
mudanças climáticas e à mitigação dos danos ambientais nos corpos
d’água e ecossistemas associados.
Estes valores tem por base o volume de recurso empreendimento
em projetos ambientais de grande envergadura como o Próprio
Zoneamento Ecológico Ecônomico do Estado do Acre, e demais projetos
executado no âmbito do PPG7 (Proj Resex, ProManejo, ProVárzea, PDA,
etc), por exemplo que tiveram valores em torno de R$ 30 a 70 milhões de
reais.
Entende-se que o plano de investimento deve fornecer a diretriz na
qual os esforços devem ser empreendidos. Ele não tem por objetivo
apresentar neste momento um planejamento detalhado das ações com
cada um dos insumos (passagens, diárias, etc). Mas sim, ser insumo para
o planejamento, fornecendo tetos para o desenvolvimento estratégico das
atividades.
156
Plano Estadual de Recursos Hídricos
De acordo com as metas estabelecidas para PLERH-AC, será
necessário um grande investimento relativo logo no primeiro ano, em
função da necessidade do estabelecimento urgente dos mecanismos de
gestão, bem como da elaboração de estratégias de adaptação às
mudanças climáticas e mitigação de danos ambientais (Figura1).
2011 2012 2013 2014 2015 R$ -
R$ 2,000,000.00
R$ 4,000,000.00
R$ 6,000,000.00
R$ 8,000,000.00
R$ 10,000,000.00
R$ 12,000,000.00
R$ 14,000,000.00
R$ 16,000,000.00
R$ 18,000,000.00
R$ 20,000,000.00
Investimento TotalDiretriz - IDiretriz - IIDiretriz - IIIDiretriz - IV
Figura 1 – Distribuição temporal dos Investimentos por Diretriz do
PLERH-AC
Do ponto de vista dos projetos e ações dentro de cada diretriz,
procurou-se concentrar um pouco mais o investimento em todos os
elementos que promovem o capital social para gestão dos recursos
hídricos, como capacitação de técnicos e sociedade civil e apoio a
associações locais. Também as ações que envolvem grande investimento
tecnológico, como a compra de equipamentos para monitoramento e
desenvolvimento de modelos computacionais, são os elementos
relativamente mais custosos.
Todavia, não se pode perder de vista a importância de elementos
menos custosos do ponto de vista financeiro, mas extremamente
estratégicos para o PLERH-AC, que são os processos de articulação
157
Plano Estadual de Recursos Hídricos
institucional e parcerias e a concepção de um plano de sustentabilidade
financeira.
158
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Valores em Reais.
DIRETRIZES PROGRAMAS Total 2011 2012 2013 2014 2015
PROGRAMAS
CORRELATOS
EXISTENTES
I – Implementação da Política de
Gestão Integrada dos
Recursos Hídricos no
Estado.
Programa 1. Implementação dos instrumentos de gestão dos recursos hídricos.
5.446.629,00
3.764.927,83
625.599,81 452.614,87 452.614,87 150.871,62
Licenciamento
Ambiental (IMAC)
Programa 2. Implantação da rede de monitoramento quali-quantitativa dos principais rios do Estado e dos mananciais de abastecimento público de água potável.
4.689.836,00
2.815.064,68
700.530,18 542.238,84 542.238,84 180.746,28 Programa 8 - PNQA-ANA
Programa 3. Programa Integrado de Saneamento Ambiental (*)
204.594.720,00
174.460.431,87
3.946.163,97
11.457.304,32
11.457.304,32
3.273.515,2
PPA (2008-2011) - PAC
159
Plano Estadual de Recursos Hídricos
DIRETRIZES PROGRAMAS Total 2011 2012 2013 2014 2015
PROGRAMAS
CORRELATOS
EXISTENTES
II – Consolidação
do marco legal e
fortalecimento institucional
para a gestão integrada dos
recursos hídricos.
Programa 4. Fortalecimento do Sistema de Gestão dos Recursos Hídricos.
4.345.246,30
537.469,16 795.651,36 1.290.911,
05 1.290.911,
05 430.303,68 PNRH
Programa 5. Articulação institucional e intersetorial na gestão dos recursos hídricos nos níveis Federal e inter-Estadual.
3.235.707,00
662.672,79 217.439,51 588.898,67 815.398,16 951.297,86
PDMA (Plano de bacia dos
rios da margem direita do
Rio Amazonas)
Programa 6. Sustentabilidade econômico-financeira para a gestão dos recursos hídricos no Estado.
632.162,40 351.453,85 195.309,73 18.964,87 28.447,31 37.929,74
Fundo Amazônia - ISA/Carbon
o
160
Plano Estadual de Recursos Hídricos
DIRETRIZES PROGRAMAS Total 2011 2012 2013 2014 2015
PROGRAMAS
CORRELATOS
EXISTENTES
III – Desenvolvimento tecnológico,
educação ambiental e comunicação
Programa 7. Comunicação, divulgação e educação ambiental para a gestão integrada dos recursos hídricos.
2.632.750,00
331.726,50 398.861,63 783.243,13 783.243,13 335.675,63 PPA (2008-
2010)
Programa 8. Desenvolvimento científico e tecnológico para gestão de recursos hídricos.
4.790.648,00
519.306,24 647.216,54 1.492.286,
85 1.492.286,
85 639.551,51
PPA (2008-2010)
IV – Desenvolviment
o de medidas de adaptação às mudanças climáticas.
Programa 9. Desenvolvimento de medidas de adaptação e mitigação dos eventos extremos.
14.069.824,00
8.184.416,62
563.496,45 2.191.375,
09 2.191.375,
09 939.160,75
Programa 2 - Comissão Estadual de Gestão de
Riscos Ambientais (CEGdRA).
Programa 10. Revitalização de Bacias Hidrográficas (Conservação e recomposição de áreas de proteção permanente).
21.485.709,00
1.289.142,54
1.933.713,81
7.519.998,15
7.519.998,15
3.222.856,35
ISA Carbono
TOTAL 265.923.231,7
192.916.612,0
10.023.983,00
26.337.835,84
26.573.817,76
10.161.908,94
(*) OBS: Mais de R$ 200 milhões correspondem ao plano de saneamento ambiental já previstos pelo PPA 2008-2011
161
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Diretriz I – Implementação da Política de Gestão Integrada dos Recursos Hídricos do EstadoEstratégia - Implantar um Programa Integrado de Saneamento Ambiental com vistas à manutenção da saúde humana, da vida aquática e da qualidade ambiental.Projet
osAções Indicadores
Metas
Total 2011 2012 2013 2014 2015
Pro
jeto
1.1
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rmaçã
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Recu
rsos
Híd
rico
s-SIR
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A.
Contratação de empresa e ou especialista para construção do SIRENA, segundo Metodologia do PLERH/AC (SEMA, 2008).
Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos do Acre - SIRENA implantado e em funcionamento
até final de
2011
435.730,32 435.730,32
Desenvolvimento de ferramentas computacionais e modelos de apoio à decisão.
SIRENA finalizado para subsidiar a gestão integrada de RH.
até final de
2011
272.331,45 272.331,45
Capacitação de corpo técnico da SEMA e do IMAC no uso do SIRENA, para que possam extrair, comparar, cruzar e analisar dados, gerando informações sobre os usuários, usos, disponibilidade, demanda e qualidade dos recursos hídricos.
Corpo técnico da SEMA e do IMAC capacitados
até final de
2011
283.224,71 283.224,71
Integração do Sistema de Informação sobre Recursos Hídricos do Estado (SIRENA) com o Sistema Nacional de Informação sobre Recursos Hídricos (SNIRH).
SIRENA e SNIRH integrados
até final de
2011
108.932,58 108.932,58
Integração do Sistema Estadual de Informações Ambientais (SEIAM) com o Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos (SIRENA).
SEIAM e SIRENA integrados
até final de
2011
81.699,44 81.699,44
Implantação e disponibilização do SIRENA em ambiente WEB.
SIRENA disponibilizado em ambiente WEB até final de 2011
até final de
2011
54.466,29 54.466,29
162
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Diretriz I – Implementação da Política de Gestão Integrada dos Recursos Hídricos do EstadoEstratégia - Implantar um Programa Integrado de Saneamento Ambiental com vistas à manutenção da saúde humana, da vida aquática e da qualidade ambiental.Projet
osAções Indicadores
Metas
Total 2011 2012 2013 2014 2015
Pro
jeto
1.2
. Sis
tem
a d
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híd
rico
s do E
stado.
Elaboração dos procedimentos para regulamentação e implantação da outorga (Marco Legal).
Procedimentos para regulamentação e implantação da outorga elaborados.
até final de
2011
49.019,66 49.019,66
Confecção de um manual de outorga para orientação aos usuários.
Manual de procedimentos para outorga elaborado
até final de
2011
43.573,03 43.573,03
Promover a integração do sistema de outorga com o sistema de licenciamento ambiental do Estado.
Sistema de outorga integrado ao Sistema de licenciamento ambiental
até final de
2011
381.264,03 381.264,03
Cadastro de captações e lançamentos industriais.
Cadastro de captações e lançamentos industriais realizado
até final de
2011
326.797,74 326.797,74
Cadastro de usos (consuntivos e não consuntivos) e dos usuários de recursos hídricos superficiais e subterrâneos.
Cadastro de uso e usuários das águas superficiais e subterrâneas finalizado
até final de
2011
163.398,87 163.398,87
Integrar ao cadastro as fontes pontuais potencialmente poluidoras.
Outorga e licenciamento ambiental integrados
até final de
2011
108.932,58 108.932,58
Integrar o Sistema de cadastro de usos e usuários do Estado ao Cadastro Nacional de Usos e Usuários de Recursos Hídricos (CNARH).
Sistema de cadastro de usos e usuários do Estado integrado ao Cadastro Nacional de Usos e Usuários de Recursos Hídricos (CNARH)
até final de
2011
108.932,58 108.932,58
163
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Diretriz I – Implementação da Política de Gestão Integrada dos Recursos Hídricos do EstadoEstratégia - Implementar os instrumentos de gestão dos recursos hídricos como suporte a tomada de decisão.Projet
osAções Indicadores
Metas
Total 2011 2012 2013 2014 2015
Pro
jeto
1.3
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ram
ento
dos
corp
os
d´á
gua s
egundo u
sos
pre
pondera
nte
s.
Elaboração de estudos para o enquadramento dos corpos d´água do Estado.
Enquadramento dos principais rios do Estado elaborado
até final de
2012
163.398,87 81.699,44 81.699,44
Realização de oficinas com os diversos segmentos para validação do diagnóstico e prognóstico do enquadramento.
Oficinas para validação do diagnóstico e prognóstico do enquadramento realizadas.
até final de
2012
272.331,45 136.165,73 136.165,73
Realização das consultas públicas para validação dos cenários e estabelecimento de metas e alternativas de enquadramento.
Consultas públicas para validação dos cenários e estabelecimento de metas e alternativas de enquadramento realizadas.
até final de
2012
272.331,45 136.165,73 136.165,73
Publicação do documento final contendo os procedimentos e propostas para implantação do enquadramento.
Documento final contendo os procedimentos e propostas para implantação do enquadramento publicado.
até final de
2014
217.865,16 26.143,82 39.215,73 65.359,5565.359,5
521.786,5
2
P
roje
to 1
.4.
Pla
nos
de
baci
a d
os
igara
pés
Mobilização dos diversos segmentos para apresentação da proposta de elaboração dos planos de bacias.
Pelo menos 01 Plano de bacia de igarapé prioritários elaborado por município
a partir de 2011
272.331,45 32.679,77 49.019,66 81.699,4481.699,4
427.233,1
5
Mobilização dos diversos segmentos da bacia para formação de comissões pró-organização de comitês de bacias hidrográficas.
Diversos segmentos da bacia para formação de comissões pró-organização de comitês de bacias hidrográficas mobilizados
a partir
de 2011
217.865,16 26.143,82 39.215,73 65.359,5565.359,5
521.786,5
2
Realização dos estudos necessários para viabilizar os
Estudos necessários para viabilizar os planos
a partir
190.632,02 22.875,84 34.313,76 57.189,60 57.189,60
19.063,20
164
Plano Estadual de Recursos Hídricos
pri
ori
tári
os
no E
stado.
planos de bacias dos igarapés prioritários.
de bacias dos igarapés prioritários realizados.
de 2011
Inserir nos planos de bacia estudos e mapeamentos das vulnerabilidades sociais, econômicas e ambientais das bacias das bacias prioritárias do Estado.
Estudos e mapeamentos das vulnerabilidades sociais, econômicas e ambientais das bacias das bacias prioritárias do Estado inseridos nos planos de bacia a serem elaborados.
a partir
de 2011
255.991,56 30.718,99 46.078,48 76.797,4776.797,4
725.599,1
6
Articulação entre o PNRH, o PLERH/2010, os planos de bacia, os planos diretores e demais planos setoriais, respeitando as peculiaridades de cada região.
PNRH, o PLERH/2010, os planos de bacia, os planos diretores e demais planos setoriais articulados.
a partir
de 2011
163.398,87 19.607,86 29.411,80 49.019,6649.019,6
616.339,8
9
165
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Diretriz I – Implementação da Política de Gestão Integrada dos Recursos Hídricos do EstadoEstratégia - Implementar os instrumentos de gestão dos recursos hídricos como suporte a tomada de decisão.Projet
osAções Indicadores
Metas
Total 2011 2012 2013 2014 2015
Pro
jeto
1.5
. Fi
scaliz
açã
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os
recu
rsos
híd
rico
s.
Estruturação do Sistema de Fiscalização do uso dos recursos hídricos no Estado, com o estabelecimento de normas e procedimentos.
Sistema d fiscalização do uso dos recursos hídricos implantado em todas as UGRH.
até final de
2011
277.778,08 277.778,08
Integração do Sistema de Fiscalização dos recursos hídricos com o Sistema de Fiscalização Ambiental realizado pelo IMAC, com harmonização de condutas e procedimentos.
Sistema de Fiscalização dos recursos hídricos integrado com o Sistema de Fiscalização Ambiental.
até final de
2011
141.612,35 141.612,35
Capacitação de recursos humanos para a fiscalização do uso dos recursos hídricos no Estado.
Recursos humanos capacitados para a fiscalização do uso dos recursos hídricos no Estado.
até final de
2011
114.379,21 114.379,21
Medidas de controle, fiscalização e suporte técnico qualificado para a aqüicultura.
Medidas de controle, fiscalização e suporte técnico qualificado para a aqüicultura implantados.
até final de
2011
81.699,44 81.699,44
Medidas de controle e fiscalização integrada para atividades de mineração, exploração de água mineral e navegação.
Medidas de controle e fiscalização integrada para atividades de mineração, exploração de água mineral e navegação implantadas.
até final de
2011
87.146,06 87.146,06
Pro
jeto
1.6
. A
plic
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inst
rum
ento
s
Estudo de instrumentos econômicos de gestão de recursos hídricos adequados à realidade do Estado, com foco na cobrança pelo uso da água.
Cobrança pelo uso da água ou instrumento econômico alternativo implantado para os usos outorgados.
até 2014
60.457,58 7.254,91 10.882,36 18.137,2718.137,2
76.045,76
Identificar as bacias onde haja a viabilidade para aplicação da cobrança.
Bacias com viabilidade para cobrança pelo uso da água identificadas.
até 2014
54.466,29 6.535,95 9.803,93 16.339,89 16.339,89
5.446,63
166
Plano Estadual de Recursos Hídricos
eco
nôm
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e
recu
rsos
híd
rico
s Operacionalização de um sistema integrado de cadastro, outorga e cobrança.
Sistema integrado de cadastro, outorga e cobrança operacionalizado.
até 2014
75.708,14 9.084,98 13.627,47 22.712,4422.712,4
47.570,81
Estudos para implementação de pagamento por serviços ambientais - fração água
Metodologia para PSA em RH elaborada na parte referente à RH regulamentada, segundo Lei 2.308/2010.
até final de
2011
108.932,58 108.932,58
167
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Diretriz I – Implementação da Política de Gestão Integrada dos Recursos Hídricos do EstadoEstratégia - Implantar a Rede de monitoramento quali-quantitativa das águas superficiais e subterrâneas de modo a garantir o uso múltiplo das águas no Estado.Projet
osAções Indicadores
Metas
Total 2011 2012 2013 2014 2015
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vel.
Revisão e integração da rede hidrológica de monitoramento quali-quantitativo das águas superficiais no Estado, com base nos resultados e recomendações do diagnóstico do PLERH/AC.
Rede de monitoramento quali-quantitativa funcionando.
2011 a
2014750.373,76 90.044,85 135.067,28
225.112,13
225.112,13
75.037,38
Capacitação em técnicas usuais de coleta e preservação de amostras de água superficial.
Técnicos (12 - 2 por UGRH) capacitados em técnicas usuais de coleta e preservação de amostras de água superficial.
2011 468.983,60 468.983,60
Estabelecimento de convênios e/ou Termo de Cooperação Técnica entre a SEMA e a Universidade Federal do Acre-UFAC, Secretaria da Saúde , DEPASA e SAERB, Corpo de Bombeiros Militar e Polícia Ambiental, para análise de qualidade de água e suporte de campo.
Parcerias formalizadas. 2011 37.518,69 37.518,69
Aquisição de equipamentos e materiais para coleta de água (vidrarias e reagentes) e adequação de espaço físico para recebimento das amostras.
Equipamentos e materiais para coleta de água adquiridos.
2011 703.475,40 937.967,20
Integração das informações hidrológicas e meteorológicas.
Informações hidrológicas e meteorológicas integradas.
2011 515.881,96 515.881,96
168
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Implementação, operação e manutenção de uma Rede Estratégica de Monitoramento: processamento,a, Interpretação e difusão de informação.
Rede Estratégica de Monitoramento: processamento,a, Interpretação e difusão de informação implementada e em operação.
2011 a
2014588.105,43 70.572,65 105.858,98
176.431,63
176.431,63
58.810,54
Trabalhar em articulação com a Agência Nacional de Águas (ANA) para uso da base de dados da Rede Hidrometeorológica Nacional (RHN) - (Banco de Dados HIDRO/ANA), bem como do Programa Nacional de Qualidade da Água (PNQA).
Parceria formalizada com ANA via PNQA.
até 2011
234.491,80 234.491,80
169
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Diretriz I – Implementação da Política de Gestão Integrada dos Recursos Hídricos do EstadoEstratégia - Implantar a Rede de monitoramento quali-quantitativa das águas superficiais e subterrâneas de modo a garantir o uso múltiplo das águas no Estado.Projet
osAções Indicadores
Metas
Total 2011 2012 2013 2014 2015
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rrâneas.
Cadastro de uso e dos usuários dos recursos hídricos subterrâneos, em especial a exploração e comercialização da água mineral.
Rede de monitoramento das águas subterrâneas funcionando.
até 2014
468.983,60 56.278,03 84.417,05140.695,0
8140.695,
0846.898,3
6
Zoneamento da vulnerabilidade e risco à poluição dos aqüíferos
Estudo de vulnerabilidade dos aqüíferos finalizado.
até 2012
281.390,16 140.695,08 140.695,08
Capacitação em técnicas usuais de coleta e preservação de amostras de águas subterrâneas.
Capacitação dos técnicos (12 - 2 por UGRH) em técnicas usuais de coleta e preservação de amostras de águas subterrâneas.
2012 468.983,60 234.491,80 234.491,80
Estabelecimento de convênio com o Serviço Geológico do Brasil para fins de monitoramento da qualidade das águas subterrâneas, via SIAGAS.
Termo de Cooperação técnica firmado com CPRM-SIAGAS.
até final de
2011
14.069,51 14.069,51
Estabelecer parceria coma a ANA via Agenda Nacional de Águas Subterrâneas.
Parceria coma a ANA via Agenda Nacional de Águas Subterrâneas firmada.
2011 14.069,51 14.069,51
170
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Diretriz I – Implementação da Política de Gestão Integrada dos Recursos Hídricos do EstadoEstratégia - Implantar um Programa Integrado de Saneamento Ambiental com vistas à manutenção da saúde humana, da vida aquática e da qualidade ambiental.Projet
osAções Indicadores
Metas
Total 2011 2012 2013 2014 2015
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Estabelecimento do marco regulatório dos serviços de saneamento ambiental (água, esgoto, resíduos sólidos e drenagem de águas pluviais) no Estado (Plano Plurianual, 2008-2011, pág. 82 e pág. 103).
Marco regulatório dos serviços de saneamento ambiental estabelecido.
até 2011
40.918,94 40.918,94
Implantação de tecnologia de tratamento adequada à realidade do Estado.
Novas tecnologias de tratamento implantadas.
até 2011
12.132.466,90
12.132.466,90
Coleta e tratamento de esgoto - conclusão da ETE São Francisco e ampliação da ETE Conquista, construção das ETE Redenção e 2º Distrito (Plano Plurianual, 2008-2011, pág. 82 e pág. 103).
ETE São Francisco, Redenção e 2o. Distrito concluídas e ETE Conquista ampliada
até 2011
102.297.360,00
102.297.360,00
Modernização, micromedição e controle de perdas do sistema e ampliação da rede de abastecimento de água em todos os municípios do interior do Estado (Plano Plurianual, 2008-2011, pág. 82 e 103).
Rede de abastecimento de água ampliada e controle de perdas efetivado.
até 2011
36.827.049,60
36.827.049,60
Implantação de estação de tratamento e rede e melhorias de esgotamento sanitário nos municípios com maior índice de mortalidade infantil (Plano Plurianual, 2008-2011, pág. 82 e 103).
Municípios com alto índice de mortalidade infantil com sistemas de esgotamento sanitário implantado (Capixaba, Feijó, Jordão, Plácido de Castro, Tarauacá)
até 2011
20.459.472,00
20.459.472,00
Implantação de esgotamento sanitário em todas as UGRH, com implantação de rede coletora e tratamento de esgoto e gerenciamento adequado dos resíduos sólidos (desativação dos
Esgotamento sanitário implantado em todas as UGRH.
até 2020
32.735.155,20
2.600.867,07 3.946.163,97
11.457.304,3
11.457.304
3.273.515
171
Plano Estadual de Recursos Hídricos
lixões)
Articulação com a ANA, via Programa Despoluição de Bacias Hidrográficas (PRODES).
Articulação com a ANA, via Programa Despoluição de Bacias Hidrográficas (PRODES) viabilizada.
2011 102.297,36 102.297,36
172
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Diretriz II – Consolidação do marco legal e fortalecimento institucional para a gestão integrada dos recursos hídricos.Estratégia - Fortalecer o Sistema de Gestão Integrada dos Recursos Hídricos e garantir a participação efetiva dos diversos segmentos (usuários, sociedade civil e governo).Projeto
sAções Indicadores
Metas
Total 2.011 2.012 2.013 2.014 2.015
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stado d
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cre). Capacitação de usuários,
sociedade civil e governo das bacias prioritárias para a instalação de organismos de bacia, conforme previsto nas políticas nacional e estadual de recursos hídricos.
Membros dos Organismos e Conselhos de bacias capacitados.
a partir
de 2011
2.573.643,34 308.837,20 463.255,80772.093,0
0772.093,0
0257.364,
33
Apoio à estruturação das Agências de bacias.
Agências de bacias dos Organismos de bacias consolidadas e estruturadas.
a partir
de 2011
654.259,96 78.511,19 117.766,79196.277,9
9196.277,9
965.426,0
0
Incentivo à criação, qualificação e participação de associações de usuários de água.
Associações de usuários criadas.
a partir
de 2011
91.284,25 10.954,11 16.431,17 27.385,28 27.385,28 9.128,43
Pro
jeto
4.2
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stado.
Fortalecimento dos órgãos gestores e capacitação dos técnicos das Secretarias Municipais de Meio Ambiente e dos Conselhos municipais em assuntos relativos à gestão de recursos hídricos, de forma que possam participar de todo o processo de construção e implementação do PLERH/AC.
Órgãos gestores municipais fortalecidos e técnicos das Prefeituras municipais capacitados para a GIRH.
a partir
de 2011
605.532,50 72.663,90 108.995,85181.659,7
5181.659,7
560.553,2
5
Parcerias com os municípios para proteção dos mananciais locais e gestão das águas urbanas.
Projetos para busca de recursos financeiros elaborados para apoiar os municípios na gestão das águas urbanas
a partir
de 2011
335.345,36 40.241,44 60.362,16100.603,6
1100.603,6
133.534,5
4
173
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Pro
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4.3
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Híd
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s Regulamentar Fundo Especial de Meio Ambiente, no que diz respeito a Recursos Hídricos. (Arts. 35 a 37 da Lei 1500/2003) e desenvolver os mecanismos necessários para a sua implantação.
FEMAC regulamentado também como Fundo Estadual de RH.
em 2011 até
2012
42.209,47 21.104,74 21.104,74
Identificar fontes potenciais de receita para investimento no Sistema Estadual de Gestão Integrada de Recursos Hídricos e implementação dos programas e projetos previstos no PLERH/AC.
Fontes potenciais de receita para investimento no SEGRH/AC identificadas.
a partir
de 2011
42.971,42 5.156,57 7.734,86 12.891,43 12.891,43 4.297,14
174
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Diretriz II – Consolidação do marco legal e fortalecimento institucional para a gestão integrada dos recursos hídricos.Estratégia - Promover a articulação institucional e intersetorial para a gestão dos recursos hídricos nos níveis Federal e inter-Estadual no sentido de garantir a gestão integrada e minimizar a duplicidade de recursos e esforços.Projet
osAções Indicadores Metas Total 2.011 2.012 2.013 2.014 2.015
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Identificação, no Estado e nos Municípios, programas, projetos e investimentos que regem os setores que afetam a gestão das águas, em termos de seus propósitos e impactos potenciais, para fins de coordenação, eliminação de duplicidades, convergência de objetivos e incorporação de diretrizes de interesse da gestão integrada de recursos hídricos no Estado, via Comissão permanente de acompanhamento, monitoramento e avaliação da implementação do Plano Estadual de Recursos Hídricos (CMAI-PLERH/AC).
Comissão permanente de acompanhamento, monitoramento e avaliação da implementação do Plano Estadual de Recursos Hídricos - CMAI-PLERH constituída.
em 2011323.570,7
0323.570,7
0
Criação e consolidação de espaços institucionais efetivos para discussão de temas estratégicos relacionados à gestão dos recursos hídricos (Planejamento, construção e retificação de estradas, rodovias e ramais, saneamento básico, dentre outros).
Espaços institucionais criados para discussão de temas estratégicos relacionados à gestão dos RH.
a partir de 2011
452.998,98
54.359,8881.539,8
2135.899,6
9135.899,6
945.299,90
Articulação entre a SEMA e a Agência Nacional de Águas (ANA) /Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano (SRHU/MMA) e definição de estratégias conjuntas para a gestão dos recursos hídricos fronteiriços e transfronteiriços.
SEMA, ANA e SRHU/MMA articulados para gestão dos recursos hídricos transfronteiriços.
a partir de 2011
161.785,35
6.471,41 9.707,12 32.357,07 48.535,61 64.714,14
175
Plano Estadual de Recursos Hídricos
no E
stado.
Elaboração de documentos estratégicos para a sinergia entre o Sistema de Recursos Hídricos e outras políticas de desenvolvimento, a exemplo do Sistema Estadual de Incentivos a Serviços Ambientais (SISA), Planos Diretores Municipais, Ordenamento Territorial Local (OTL), Plano de Desenvolvimento Comunitário (PDC), dentre outros.
Documento estratégico de sinergia entre os SGIRH e as Políticas de Desenvolvimento do Estado elaborado.
em 2011194.142,4
2194.142,4
2
Integração entre o Sistema Nacional de Gerenciamento dos Recursos Hídricos (SINGREH) e o Sistema Estadual de Gerenciamento dos Recursos Hídricos (SEGRH/AC).
SINGREH e o SEGRH integrados.
a partir de 2011
129.428,28
5.177,13 7.765,70 25.885,66 38.828,48 51.771,31
Articulação entre a SEMA e a ANA /SRHU para gestão dos recursos hídricos fronteiriços e transfronteiriços, com prioridade para o Rio Acre.
Gestão transfronteiriça do Rio Acre implantada em articulação com a ANA.
a partir de 2011
323.570,70
12.942,8319.414,2
464.714,14 97.071,21
129.428,28
176
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Diretriz II – Consolidação do marco legal e fortalecimento institucional para a gestão integrada dos recursos hídricos.Estratégia - Promover a articulação institucional e intersetorial para a gestão dos recursos hídricos nos níveis Federal e inter-Estadual no sentido de garantir a gestão integrada e minimizar a duplicidade de recursos e esforços.Projet
osAções Indicadores Metas Total 2.011 2.012 2.013 2.014 2.015
Pro
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5.
1.
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a
Articulação dos planos de bacias do Estado com o Plano da Margem direita do Amazonas-PDMA.
Planos de bacias dos igarapés prioritários elaborados em articulação com o PMDA.
a partir de 2011
323.570,70
12.942,8319.414,2
464.714,14 97.071,21
129.428,28
Apoiar a elaboração de instrumentos de planejamento territorial de áreas urbanas e rurais, bem como a implementação de ZEE locais, planos municipais e regionais de ordenamento territorial, planos diretores e desdobramentos (Plano Plurianual do Governo do Estado, pág. 44).
Planos diretores e OTL elaborados e implantados em todos os municípios do Estado.
até 2014485.356,0
519.414,24
29.121,36
97.071,21145.606,8
2194.142,4
2
Elaboração de Agenda 21 local para todos os municípios.
Agendas 21 locais elaborada para todos os municípios.
a partir de 2011
323.570,70
12.942,8319.414,2
464.714,14 97.071,21
129.428,28
Articulação com os estados do Amazonas e Rondônia e com os países vizinhos (Bolívia e Peru) e definição de estratégias conjuntas para a gestão de bacias compartilhadas, de forma a harmonizar os esforços técnicos e financeiros na implantação dos instrumentos de gestão dos recursos hídricos e manutenção da quantidade e qualidade das águas compartilhadas.
Estados do Amazonas, Rondônia, Acre, Bolívia e Peru articulados para definição de estratégias conjuntas para a gestão de bacias compartilhadas.
a partir de 2011
323.570,70
12.942,83 19.414,24
64.714,14 97.071,21 129.428,28
177
Plano Estadual de Recursos Hídricos
recu
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o.
Definição de estratégias de articulação do SEGRH/AC com os setores usuários, consórcios municipais e com as instituições públicas que formulam e implementam as políticas de desenvolvimento local e regional.
Estratégias de articulação do SEGRH/AC com os setores usuários, consórcios municipais e com as instituições públicas que formulam e implementam as políticas de desenvolvimento local e regional definidas.
a partir de 2011
194.142,42
7.765,7011.648,5
538.828,48 58.242,73 77.656,97
178
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Diretriz II – Consolidação do marco legal e fortalecimento institucional para a gestão integrada dos recursos hídricos.Estratégia - Buscar sustentabilidade econômico-financeira para a gestão dos recursos hídricos no Estado no sentido de viabilizar a implementação dos projetos e ações propostos.Projet
osAções Indicadores Metas Total 2.011 2.012 2.013 2.014 2.015
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Estudo de sustentabilidade econômico-financeira do modelo de gestão adotado pelo Estado.
Estudo de sustentabilidade econômico-financeira do modelo de gestão adotado pelo Estado realizado.
2011 a 2012
282.519,70
141.259,85
141.259,85
Identificação de fontes de financiamento junto aos órgãos federais e internacionais e elaborar propostas de parcerias (Termos de Cooperação Técnica ou Convênios) para implementação do SEGRH/AC.
Fontes de financiamento identificadas junto aos órgãos federais e internacionais.
2011 a 2012
96.720,85 48.360,42 48.360,42
Identificação de fontes de financiamento para os planos de bacia, junto a ANA, SRHU e usuários.
Fontes de financiamento identificados para a elaboração dos planos de bacia, junto a ANA, SRHU e usuários.
a partir de 2011
94.824,36 3.792,97 5.689,4618.964,8
728.447,31 37.929,74
Negociar a inserção de recursos no PPA do Governo do Estado para viabilizar projetos estruturantes na área de recursos hídricos.
Projetos estruturantes na área de recursos hídricos inseridos no PPA.
2011 18.964,87 18.964,87
Negociar junto ao Governo de Estado e a FUNTAC a disponibilidade de recursos financeiros para pesquisa, estudos e desenvolvimento tecnológico previstos no PLERH/AC.
Disponibilidade de recursos financeiros para pesquisa, estudos e desenvolvimento tecnológico previstos no PLERH/AC negociados junto ao Governo do Estado.
2011 12.643,25 12.643,25
179
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Pro
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6.2
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i 23
08
/201
0
Desenvolvimento dos estudos necessários para implantação do SISA-água
SISA-Água implantado e regulamentado.
até 2011126.432,4
8126.432,4
8
180
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Diretriz III – Desenvolvimento tecnológico, educação ambiental e comunicaçãoEstratégia - Promover a comunicação, difusão de informações e educação ambiental para a gestão integrada dos recursos hídricos.Projetos
Ações Indicadores Metas Total 2011 2012 2013 20142015
Pro
jeto
7.1
. Educa
ção a
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bre
recu
rsos
híd
rico
s.
Capacitação continuada dos técnicos dos órgãos gestores do Estado e dos municípios.
Capacitação continuada em funcionamento.
anual - a partir de
2011
789.825,00
47.389,50 71.084,25276.438,7
5276.438,7
5118.473,7
5
Intensificar os programas de Ciência e tecnologia junto a FUNTAC para ampliar o conhecimento sobre recursos hídricos.
Programas de Ciência e tecnologia fomentados pelo Governo.
anual - a partir de
2011
263.275,00
15.796,50 23.694,75 92.146,25 92.146,25 39.491,25
Implantação de um Sistema de Comunicação e difusão da informação sobre recursos hídricos.
Sistema de Comunicação e difusão da informação sobre Rh implantado na SEMA.
até 2012394.912,5
0197.456,2
5197.456,2
5
Incentivo a introdução do tema Mudanças Globais no currículo do ensino fundamental das escolas públicas do Estado.
Tema Mudanças Globais introduzido no currículo do ensino fundamental das escolas públicas do Estado.
a partir de 2011
263.275,00
15.796,50 23.694,75 92.146,25 92.146,25 39.491,25
Capacitação de usuários, sociedade civil para acompanhamento do PLERH.
Cursos de capacitação continuada para usuários, sociedade civil elaborados.
a partir de 2011
658.187,50
39.491,25 59.236,88230.365,6
3230.365,6
398.728,13
Fomento à realização de cursos e seminários de atualização, aperfeiçoamento e especialização em recursos hídricos para os diferentes segmentos (sociedade civil, usuários e poder público), sem perder de vista a questão de gênero, as comunidades tradicionais e indígenas.
Cursos e seminários de atualização, aperfeiçoamento e especialização em recursos hídricos elaborados em parceria com UFAC, IFAC, UNINORTE, dentre outros
a partir de 2011
263.275,00
15.796,50 23.694,75 92.146,25 92.146,25 39.491,25
181
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Diretriz III – Desenvolvimento tecnológico, educação ambiental e comunicaçãoEstratégia - Promover o desenvolvimento científico e tecnológico para gestão de recursos hídricos.Projetos
Ações Indicadores Metas Total 2011 2012 2013 2014 2015
Pro
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8.1
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recu
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híd
rico
s.
Estudos sobre o potencial de geração e transporte de cargas poluidoras de origem difusa.
Estudos sobre o potencial de geração e transporte de cargas poluidoras de origem difusa realizados.
até 2015479.064,8
028.743,89 43.115,83
167.672,68
167.672,68
71.859,72
Fomento acadêmico para conhecimento hidrogeológico do Estado.
Estudos hidrogeológicos do Estado realizados.
até 2016383.251,8
422.995,11 34.492,67
134.138,14
134.138,14
57.487,78
Desenvolvimento de estudos para conhecer a interrelação água-solo-floresta e suas implicações no ciclo hidrológico.
Estudos da interrelação água-solo-floresta e suas implicações no ciclo hidrológico realizados.
até 2014239.532,4
014.371,94 21.557,92 83.836,34 83.836,34 35.929,86
Desenvolvimento de tecnologia de conservação de recursos hídricos para os usos consultivos.
Tecnologia de conservação de recursos hídricos para os usos consultivos desenvolvidas.
até 2012526.971,2
8263.485,6
4263.485,6
4
Fortalecimento do programa de formação de pesquisas locais (Plano Plurianual 2008-2011, pág. 101).
Programa de Pesquisa da FUNTAC com ênfase em RH fortalecido.
a partir de 2011
239.532,40
14.371,94 21.557,92 83.836,34 83.836,34 35.929,86
Fortalecimento do programa de iniciação científica (Plano plurianual 2008-2011, pág. 101).
Programa de iniciação científica com ênfase em RH fortalecido.
a partir de 2011
479.064,80
28.743,89 43.115,83167.672,6
8167.672,6
871.859,72
Promoção de estudos e pesquisa sobre conservação dos sistemas aquáticos e adaptação a eventos extremos.
Estudos e pesquisa sobre conservação dos sistemas aquáticos e adaptação a eventos extremos realizados.
a partir de 2011
766.503,68
45.990,22 68.985,33268.276,2
9268.276,2
9114.975,5
5
Estudos sobre vulnerabilidades sociais, econômicas e ambientais das bacias do estado.
Estudos sobre vulnerabilidades sociais, econômicas e ambientais das bacias do estado realizados.
a partir de 2011
383.251,84
22.995,11 34.492,67134.138,1
4134.138,1
457.487,78
Estudo sobre as especificidades da região amazônica com relação aos recursos hídricos, clima e uso do solo.
Estudo sobre as especificidades da região amazônica com relação aos recursos hídricos, clima e uso do solo realizados.
a partir de 2011
383.251,84
22.995,11 34.492,67 134.138,14
134.138,14
57.487,78
182
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Criação de uma Fundação de Amparo a Pesquisa do Acre
Fundação de Amparo a Pesquisa do Acre criada.
até 2014431.158,3
225.869,50 38.804,25
150.905,41
150.905,41
64.673,75
Estudos para gestão e defesa contra eventos extremos (controle de erosão, cheias e estiagens, dentre outros).
Estudos para gestão e defesa contra eventos extremos (controle de erosão, cheias e estiagens, dentre outros) realizados.
a partir de 2011
479.064,80
28.743,89 43.115,83167.672,6
8167.672,6
871.859,72
183
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Diretriz IV – Desenvolvimento de medidas de adaptação às mudanças climáticas.Estratégia - Minimizar as conseqüências dos eventos hidrológicos extremos através do desenvolvimento de medidas de adaptação e mitigação às mudanças climáticas.Projet
osAções Indicadores Metas Total 2011 2012 2013 2014
2015
Pro
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9.1
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Inventário e zoneamento das áreas de vulnerabilidade ambiental e social.
Mapeamento das áreas de risco social e ambiental elaborado.
até final de 2011
633.142,08 633.142,08
Estabelecimento de medidas estruturantes para minimizar a vulnerabilidade social às enchentes e às secas, em articulação com os municípios.
Medidas estruturantes para minimizar a vulnerabilidade social às enchentes e às secas estabelecidas e articuladas com os municípios.
20112.391.870,0
82.391.870,0
8
Criação de um sistema de alerta precoce para antecipação dos eventos extremos (chuvas intensas e secas prolongadas) nas UGRH, em parceria com a Comissão Estadual de Gestão de Riscos Ambientais (CEGdRA).
Sistema de alerta precoce funcionando de forma permanente.
20111.266.284,1
61.266.284,1
6
Promover ações preventivas de apoio a comunidades rurais e florestais, visando reduzir a vulnerabilidade da sociedade acreana aos efeitos locais das mudanças climáticas (Plano Plurianual do Governo do Estado, pag. 39).
Ações preventivas de apoio a comunidades rurais e florestais para reduzir a vulnerabilidade aos efeitos locais das mudanças climáticas estabelecidas.
a partir de
2011 - 2013
6.261.071,68
375.664,30563.496,4
52.191.375,0
92.191.375,0
9939.160,7
5
Criação de um Núcleo Integrado de monitoramento e defesa contra eventos extremos (em parceria com a CGRisco), onde além de outras atividades se possa fazer o monitoramento dos indicadores de estiagens prolongadas (chuvas, níveis dos rios, dentre outros).
Núcleo Integrado de monitoramento de eventos extremos criado e em funcionamento.
20113.517.456,0
03.517.456,0
0
184
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Diretriz IV – Desenvolvimento de medidas de adaptação às mudanças climáticas.Estratégia - Revitalizar as bacias hidrográficas dos igarapés prioritários, em especial os utilizados para abastecimento público de água potável (conservação e recomposição de áreas de proteção permanente).Projet
osAções Indicadores Metas Total 2011 2012 2013 2014 2015
Pro
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10.1
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nasc
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pés
pri
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tári
os.
Potencializar a implantação do Programa Estadual de Conservação e Recuperação de Nascentes e Matas Ciliares (APP) (Plano Plurianual 2008-2011).
Programa Estadual de Conservação e Recuperação de nascentes e matas ciliares implantado.
a partir de
2011 -2012
2.578.285,08
154.697,10232.045,6
6902.399,78 902.399,78
386.742,76
Implantar um sistema de certificação de iniciativas de recuperação ambiental nas bacias prioritárias.
Sistema de certificação de iniciativas de recuperação ambiental nas bacias prioritárias criado e implantado.
a partir de
2011 429.714,18 25.782,85 38.674,28 150.399,96 150.399,96 64.457,13
Pro
jeto
10.2
. Pro
teçã
o
das
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os
aq
üífero
s.
Recuperação e/ou conservação de drenagens e cabeceiras dos aqüíferos conforme definido no diagnóstico do PLERH e nos estudos do CPRM, especialmente para Rio Branco.
Medidas de proteção dos aqüíferos estabelecidas.
a partir de
2011 - contínu
a
2.148.570,90
128.914,25193.371,3
8751.999,82 751.999,82
322.285,64
185
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Diretriz IV – Desenvolvimento de medidas de adaptação às mudanças climáticas.Estratégia - Revitalizar as bacias hidrográficas dos igarapés prioritários, em especial os utilizados para abastecimento público de água potável (conservação e recomposição de áreas de proteção permanente).Projet
osAções Indicadores Metas Total 2011 2012 2013 2014 2015
Pro
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10.3
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olo
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ssore
am
ento
dos
rios.
Identificação e georeferenciamento de áreas críticas e dos fatores determinantes na mitigação e controle dos processos erosivos e de assoreamento do solo nas bacias hidrográficas prioritárias.
Áreas críticas a processos erosivos e de assoreamento identificadas e georeferenciadas nas bacias hidrográficas prioritárias.
2011 -2015
859.428,36 51.565,70 77.348,55 300.799,93 300.799,93128.914,2
5
Desenvolvimento de mecanismos de defesa contra erosão do solo e assoreamento dos rios.
Sistema de prevenção e defesa contra erosão do solo e assoreamento dos rios implantado.
a partir e 2011
1.289.142,54
77.348,55116.022,8
3451.199,89 451.199,89
193.371,38
Mobilização e engajamento social para recuperação dos processos erosivos, bem como construção de estruturas de contenção, recomposição da vegetação, dentre outras atividades, incluindo o PRODES - ANA.
Engajamento social ocorrendo nos processos de recuperação do solo contra erosão e assoreamento nas bacias prioritárias.
a partir de
2011
1.783.313,85
106.998,83160.498,2
5624.159,85 624.159,85
267.497,08
Promover integração das ações aqui propostas com o Programa de Valorização do Ativo Ambiental Florestal do Estado.
Ações de recuperação do solo integradas ao Programa de Valorização do Ativo Ambiental Florestal.
a partir de
2011 644.571,27 38.674,28 58.011,41 225.599,94 225.599,94 96.685,69
Fazer parceria com a ANA para implantação do Programa Produtor de Água no Acre.
Parceria efetivada com a ANA para implantação do Programa Produtor de Água no Acre.
a partir de
2011 107.428,55 6.445,71 9.668,57 37.599,99 37.599,99 16.114,28
Acompanhamento dos empreendimentos rurais (fazendas e criadouros de peixes) para se evitar o desmatamento indiscriminado e estabelecimento de processos erosivos.
Empreendimentos rurais (fazendas e criadouros de peixes) monitorados.
a partir de
2011
214.857,09 12.891,43 19.337,14 75.199,98 75.199,98 32.228,56
186
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Monitoramento dos locais de risco de escorregamentos para evitar ocupações irregulares e fiscalização das áreas recuperadas.
Áreas de risco de escorregamentos e ocupação irregular monitorados.
a partir de
2011
1.074.285,45
64.457,13 96.685,69 375.999,91 375.999,91161.142,8
2
187
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Diretriz IV – Desenvolvimento de medidas de adaptação às mudanças climáticas.Estratégia - Revitalizar as bacias hidrográficas dos igarapés prioritários, em especial os utilizados para abastecimento público de água potável (conservação e recomposição de áreas de proteção permanente).Projet
osAções Indicadores Metas Total 2011 2012 2013 2014 2015
Pro
jeto
10.4
– R
ecu
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ção
dos
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munic
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stado.
Recuperação dos fundos de vale, nos municípios do Estado, através de processos de implantação e/ou revitalização dos sistemas de drenagem das cidades.
Áreas de fundo de vale recuperadas nos municípios do Estado.
a partir de
2011
1.611.428,18
96.685,69145.028,5
4563.999,86 563.999,86
241.714,23
Integrar ações dos Planos diretores e Ordenamento Territorial com atividades previstas no PLERH/AC.
Planos diretores e Ordenamento Territorial integrados com as atividades previstas no PLERH/AC.
a partir de
2011150.399,96 9.024,00 13.536,00 52.639,99 52.639,99 22.559,99
Pro
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10.5
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dos
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pais
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o
Realização de obras de contenção das margens dos principais rios do Estado.
Obras de contenção das margens dos principais rios realizadas. (Tarauacá, no município de Tarauacá, Envira, no município de Feijó, Acre nos municípios de Brasiléia, Epitaciolândia e Rio Branco, dentre outros).
2011-2015
1.074.285,45
64.457,13 96.685,69 375.999,91 375.999,91161.142,8
2
188
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Diretriz IV – Desenvolvimento de medidas de adaptação às mudanças climáticas.Estratégia - Revitalizar as bacias hidrográficas dos igarapés prioritários, em especial os utilizados para abastecimento público de água potável (conservação e recomposição de áreas de proteção permanente).Projet
osAções Indicadores Metas Total 2011 2012 2013 2014 2015
Pro
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10.6
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olo
Estímulo ao desenvolvimento de projetos de boas práticas agropecuárias e de uso do solo nas UGRH.
Projetos de boas práticas funcionando.
a partir de
2011
2.148.570,90
128.914,25193.371,3
8751.999,82 751.999,82
322.285,64
Disseminação do conceito de agronegócio responsável e sustentável, agregando características de eficiência, de boas práticas de produção, responsabilidade social e de preservação ambiental.
Conceito de agronegócio responsável e sustentável disseminado.
a partir de
2011
1.503.999,63
90.239,98135.359,9
7526.399,87 526.399,87
225.599,94
Apoio a ações de regularização das propriedades rurais frente à legislação ambiental (reserva legal, áreas de preservação permanente, tratamento de dejetos e resíduos, entre outros).
Propriedades rurais legalizadas.
a partir de
2011193.371,38 11.602,28 17.403,42 67.679,98 67.679,98 29.005,71
Redução da pressão por desmatamento em novas áreas, visando à ampliação da atividade agropecuária em áreas degradadas e que estejam sob processo de recuperação.
Pressão por desmatamento reduzida.
a partir de
2011171.885,67 10.313,14 15.469,71 60.159,99 60.159,99 25.782,85
Implantação de sistemas orgânicos de produção agropecuária, inclusive serviços e insumos inerentes ao período de conversão e à fase relativa à certificação, como inscrição, inspeção e manutenção, dentre outros itens.
Sistemas orgânicos de produção agropecuária implantados.
a partir de
2011
1.718.856,72
103.131,40154.697,1
0601.599,85 601.599,85
257.828,51
Implantação e ampliação de sistemas de integração de agricultura com pecuária, ou de agricultura, pecuária e silvicultura (ILPS).
Sistemas agrícolas e pecuários integrados.
a partir de
2011
1.718.856,72
103.131,40 154.697,10
601.599,85 601.599,85 257.828,51
189
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Articulação das ações com o Programa de Valorização do Ativo Ambiental Florestal.
Programas articulados com o Programa de Valorização do Ativo Ambiental Florestal.
A partir de
201164.457,13 3.867,43 5.801,14 22.559,99 22.559,99 9.668,57
190
Plano Estadual de Recursos Hídricos
2.4. SISTEMA DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DO PLERH/AC
O futuro do aproveitamento dos recursos hídricos, assim como a
responsabilidade de fazer cumprir o PLERH/AC, é uma tarefa coletiva, na
qual estão igualmente comprometidos os poderes público, privados e a
sociedade em geral.
As ações governamentais, bem como a correta aplicação dos
instrumentos da Política Estadual de Recursos Hídricos (PERH) perpassam
pela elaboração de um plano pactuado com os diversos usuários, com a
sociedade civil e instituições governamentais, para alcançar os seus
objetivos.
Neste sentido propõe-se a criação de uma Comissão permanente
de acompanhamento, monitoramento e avaliação da
implementação do Plano Estadual de Recursos Hídricos (CMAI-
PLERH), junto ao Departamento de Gestão das Águas e dos Recursos
Hídricos da SEMA, com os objetivos principais de: acompanhar a
implantação dos projetos e das ações voltadas ao uso sustentado dos
recursos hídricos no Estado e antecipar possíveis desvios em relação à
visão de futuro estabelecida no prognóstico.
Esta Comissão (CMAI) deverá ser composta por profissionais com
condições de apoiar a implementação do PLERH/AC, bem como, tomar
atitudes e efetuar a mobilização de segmentos de usuários, governo e
sociedade civil, visando à articulação interinstitucional nas correções de
rumos que se façam necessários ao longo de todo processo.
A CMAI deverá ser coordenada por um especialista que capacite uma
equipe mínima e organize a infra-estrutura física necessária para apoio à
execução das atividades de acompanhamento, monitoramento e avaliação
do PLERH/AC.
Dada a complexidade do PLERH/AC e a diversidade de seus planos e
projetos, é imprescindível o uso de ferramentas de gestão que facilitem a
tomada de decisões, com base em informações atualizadas e confiáveis.
Neste sentido faz-se necessário a estruturação de um Sistema de
gerenciamento da implantação do plano (SIGI-PLERH/AC) de forma a
permitir a implantação do acompanhamento e gestão do plano, seus
programas e projetos com eficiência e eficácia.
Este sistema (SIGI-PLERH/AC) deverá possibilitar a tomada de
decisões, de forma rápida, com base em relatórios gerenciais, com o intuito
191
Plano Estadual de Recursos Hídricos
de corrigir possíveis desvios na execução do mesmo, devendo estar
articulado com o SIRENA.
Dentre as principais atividades necessárias para a viabilização do
monitoramento e avaliação do PLERH/AC deverão ser consideradas:
a. Definição de um corpo técnico mínimo, com a participação do
CEMACT, SEMA, representantes de usuários, da sociedade civil
e instituições parceiras, que tenham interesse e disponham de
tempo para executar as atividades estratégicas de
implantação, acompanhamento e avaliação do PLERH/AC;
b. Estabelecimento dos procedimentos de funcionamento da
CMAI, as atribuições, o estabelecimento da estrutura física e a
logística de apoio as suas atividades, tanto na sede quanto no
interior do Estado;
c. Definição da ferramenta de gestão a ser utilizada para a
implantação e execução do PLERH/AC;
d. Alimentação do sistema com dados relativos ao planejamento
das atividades, por projeto, considerando os seus cronogramas
de atividades e custos;
e. Elaborar a matriz que representa a situação atual em que
encontra o Estado e a situação futura para a implementação
do PERH/AC;
f. Elaboração de cronograma de atividades, com base no
planejamento, para que seja possível realizar o
acompanhamento físico e financeiro dos diversos projetos;
g. Definição das inter-relações das diversas atividades previstas
no PLERH/AC e estabelecer o grau de dependência e
precedência entre elas;
h. Realização de discussões estratégicas no âmbito do CMAI para
internalizar as informações referentes ao PLERH/AC
(diagnóstico e prognóstico) e os diversos programas e projetos
previstos;
i. Viabilizar reuniões periódicas com os segmentos relacionados
aos recursos hídricos do Estado, para informar o andamento do
PLERH/AC, coletar novas informações, encaminhar a solução
de problemas, planejar atividades, dentre outros;
192
Plano Estadual de Recursos Hídricos
j. Apresentação de relatórios periódicos (físicos, financeiros e
gerenciais) referentes ao andamento das atividades previstas
no PLERH/AC;
k. Apoiar a articulação inter-setorial e inter-institucional, atuando
junto às Secretarias de Estado, Agência Nacional de Águas
(ANA), Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano
(SRHU), Municípios, organizações não governamentais (ONG) e
Movimentos Sociais para viabilizar a participação ativa na
implementação do PLERH/AC;
l. Auxiliar na viabilização de recursos para que as atividades
previstas nos projetos executivos sejam realizadas segundo
cronogramas estabelecidos;
m. Realizar seminários anuais com representantes dos diversos
segmentos e entidades, visando à identificação das principais
questões/problemas que envolvem a gestão dos recursos
hídricos e os encaminhamentos necessários no campo do
desenvolvimento institucional.
193
Plano Estadual de Recursos Hídricos
2.4.1. INDICADORES
O conjunto de indicadores deve ser gradualmente
estabelecido, de modo que satisfaça às várias necessidades do
Sistema de Gestão Integrada dos Recursos Hídricos do Estado
(SEGRH/AC), dentre as quais se destacam:
Monitorar a sua qualidade e os efeitos decorrentes da implementação
dos programas e projetos, bem como o progresso e o cumprimento
das metas fixadas;
Corrigir o curso de programas e projetos sempre que o desvio desses
se tornar excessivo;
Determinar o impacto de ações empreendidas ou situações
existentes; e
Medir e comparar a eficácia de ações alternativas.
Os indicadores deverão medir, por outras vias, como, quanto e
com que qualidade as metas do PLERH/AC vão sendo atendidas e
como os programas e projetos vão sendo implementados.
Os indicadores, especialmente os ambientais, devem denotar o
estado do meio ambiente e as tensões nele instaladas, bem como a
distância em que este se encontra de uma condição de
desenvolvimento sustentável.
No caso da gestão dos recursos hídricos, os indicadores são
medidas das condições em que se encontram os recursos hídricos de
uma determinada bacia e o estado da gestão dos mesmos, bem
como das transformações experimentadas, tanto por esses recursos
quanto pela sua gestão, e das relações que guardam com o
desenvolvimento sustentável.
A implantação de um indicador pode, em casos mais complexos,
levar um longo tempo até que a base de dados e os procedimentos
metodológicos estejam satisfatoriamente definidos e calibrados, a
exemplo da implantação dos instrumentos de gestão (SIRENA,
outorga, enquadramento, dentre outros).
194
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Neste sentido os indicadores do PLERH/AC podem ser divididos
em dois grupos:
1. Indicadores operacionais (associados à implantação do
SEGRH/AC):
Comissão permanente de acompanhamento, monitoramento e
avaliação da implementação do Plano Estadual de Recursos Hídricos
(CMAI-PLERH) formada e em funcionamento.
Sistema de gerenciamento da implantação do plano (SIGI-PLERH/AC)
instalado.
Sistema de Informação sobre recursos hídricos (SIRENA) em
operação.
Observatório das Águas estruturado e em operação.
Sistema de comunicação, difusão de informações e educação
ambiental implantado e em funcionamento.
Núcleo Integrado de monitoramento e defesa contra eventos
extremos (em parceria com a CGRisco) em funcionamento.
Programas e projetos revisados semestralmente.
Relatórios técnicos avaliados pelo CNRH/AC e CEMACT e divulgados
trimestralmente.
Rede de monitoramento quali-quantitativa das águas superficiais e
subterrâneas implantada e em funcionamento.
Sistema de Gestão Integrada dos Recursos Hídricos implantado.
2. Indicadores técnicos (associados aos programas e projetos):
Instrumentos de gestão dos recursos hídricos implementados e
servindo como suporte a tomada de decisão (SUPRIMIR - WWF).
ACRESCENTAR - WWF: Três (03) Planos de Bacias por UGRH
elaborados nos 05 (cinco) primeiros anos de execução do Plano.
Três (03) bacias por UGRH com enquadramento dos corpos d’ água
implementado nos 05 (cinco) primeiros anos de execução do Plano.
Três (03) sistemas/procedimentos de outorga de direito de recursos
hídricos implantados em três (03) bacias por UGRH nos 05 (cinco)
primeiros anos de execução do Plano.
Três (03) sistemas/procedimentos de cobrança por uso de recursos
hídricos implantados em três (03) bacias por UGRH nos 05 (cinco)
primeiros anos de execução do Plano.
195
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Procedimentos para compensação de outorga/cobrança implantados
em 02 (dois) municípios por UGRH nos 05 (cinco) primeiros anos de
execução do Plano.
Rede de monitoramento quali-quantitativa das águas superficiais e
subterrâneas implantada e em funcionamento (foi colocado como
indicador operacional – WWF).
ACRESCENTAR- WWF: Indicadores de qualidade de água monitorados
(pH, oxigênio dissolvido (OD), turbidez (TURB), temperatura da água
(T°C), nitrogênio total (NT), fósforo total (PT), demanda bioquímica de
oxigênio (DBO), sólidos totais em suspensão (STS) e coliformes
termotolerantes (CF), conforme normas estabelecidas pela CETESB
(2005)/Diagnóstico dos Recursos Hídricos do Estado do Acre (folha
213).
ACRESCENTAR- WWF: Disponibilidade (quantidade) de água
monitoriados a partir dos parâmetros estabelecidos pelo Diagnóstico
dos Recursos Hídricos do Estado do Acre (Capítulo 1, 2 e 3 – Anexos).
Esgotamento sanitário implantado em todas as UGRH. (Os resultados
da implantação do esgotamento sanitário se refletem nos indicadores
de qualidade da água já propostos acima).
Sistema de Gestão Integrada dos Recursos Hídricos implantado (foi
transferido para indicador operacional - WWF). OBS: O conjunto dos
indicadores aqui listados é que irão aferir o nível/grau de
implementação do sistema.
SUPRIMIR – WWF Participação efetiva dos diversos segmentos
(usuários, sociedade civil e governo) de todas as fases de
implementação do PLERH/AC.
ACRESCENTAR – WWF: Pelo menos uma audiência pública anual
realizada por UGRH, com a participação efetiva dos diversos
segmentos (usuários, sociedade civil e governo) para monitoramento
do PLERH, com a participação de pelo menos 80% das
instituições/organizações que integram as UGRH e 80% de projetos
conforme o cronograma do Plano de Ação.
SUPRIMIR: Processo de articulação institucional e intersetorial
efetivado para a gestão dos recursos hídricos nos níveis Federal e
inter-Estadual. (JÁ CONTEMPLADO ACIMA).
196
Plano Estadual de Recursos Hídricos
SUPRIMIR: Sustentabilidade econômico-financeira garantida para a
gestão dos recursos hídricos.
SUBSTITUÍDO POR: Pelo menos 80% dos recursos financeiros
previstos para execução do Plano de Investimento foram aplicados
conforme valores e cronograma estabelecidos.
SUPRIMIR: Estudos e pesquisas científicas e tecnológicas em
andamento na área de recursos hídricos.
SUBSTITUÍDO POR: Pelo menos 80% dos estudos e pesquisas
científicas e tecnológicas em andamento na área de recursos hídricos
foram executados conforme Plano de Ação.
SUPRIMIR: Medidas de adaptação e mitigação às mudanças
climáticas implantadas nas bacias prioritárias.
SUBSTITUÍDO POR: Inventário e zoneamento das áreas vulneráveis
elaborados até 2012.
Núcleo Integrado de monitoramento e controle de eventos extremos
implantado em 2011.
Pelo menos dois sistemas pilotos de alerta precoce instalados nas
UGRH Acre-Iquiri e Juruá em 2011 e nos demais até 2013.
SUPRIMIR: Bacias hidrográficas dos igarapés prioritários revitalizadas.
SUBSTITUÍDO POR Programa Estadual de Conservação e Recuperação de nascentes e matas ciliares implantado a partir de 2011 em, no mínimo, 10 microbacias até 2014 e em mais 10 microbacias até 2020.
Medidas de proteção dos aqüíferos estabelecidas a partir de 2011. Sistema de Prevenção e defesa contra erosão do solo e
assoreamento dos rios implantado a partir de 2011 a 2015. Programa de Produtor de Água implantado em 5 microbacias até
2014 e em mais 5 microbacias até 2020. Implantação e ou readequação dos sistemas de drenagem urbana a
partir de 2011 em quatro municípios até 2014 e em mais 5 municípios até 2020.
Obras de contenção das margens dos principais rios do Estado realizadas até 2012 – 2015.
50 Projetos de boas práticas agropecuárias e de uso do solo nas UGRH até 2014 e mais 200 até 2020.
197
Plano Estadual de Recursos Hídricos
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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200
Plano Estadual de Recursos Hídricos
ANEXOS
1. Simulação numérica da precipitação total sobre a América do Sul (1961-1990)
2. Cenários para anomalias na precipitação para a América do Sul (2011-2040)
3. Cenários para anomalias nos dias consecutivos sem chuva para a América do Sul (2011-2040)
4. Cenários para anomalias na temperatura para a América do Sul (2011-2040)
5. Lista de Variáveis do PNRH
6. Descrição dos Cenários do PNRH
7. Resultados das Oficinas de Cenarização para o PLERH/AC
7.1. UGRH Abunã
7.2. UGRH Acre-Iquiri
7.3. UGRH Purus
7.4. UGRH Envira - Jurupari
7.5. UGRH Tarauacá
7.6. UGRH Juruá
8. Registro Fotográfico e Lista dos Participantes
201
Plano Estadual de Recursos Hídricos
1. Simulação numérica da precipitação total sobre a América do Sul
(1961-1990)
Figura 25 – Média de precipitação diária entre os anos de 1961-1990 sobre a América do Sul, de acordo com os modelos ETA-
HadCM3Fonte: CPTEC/INPE
202
Plano Estadual de Recursos Hídricos
2. Cenários para anomalias na precipitação para a América do Sul
(2011-2040)
Figura 26 – Cenários das anomalias de precipitação sobre a América de Sul projetados para o perído de 2011-2040, de acordo com os
modelos ETA-HadCM3 Fonte: CPTEC/INPE
203
Plano Estadual de Recursos Hídricos
3. Cenários para anomalias nos dias consecutivos sem chuva para a
América do Sul (2011-2040)
Figura 27 – Cenários para dias consecutivos sem chuva sobre a América de Sul projetados para o perído de 2011-2040, de acordo
com os modelos ETA – Echam e ETA-HadCM3 Fonte: CPTEC/INPE
204
Plano Estadual de Recursos Hídricos
4. Cenários para anomalias na temperatura para a América do Sul
(2011-2040)
Figura 28 – Cenários das anomalias de temperatura sobre a América de Sul projetados para o perído de 2011-2040, de acordo com os
modelos ETA-HadCM3. Fonte: CPTEC/INPE
205
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Figura 29 – Cenários das anomalias de temperatura sobre a América de Sul projetados para o perído de 2011-2040, de acordo com os
modelos ETA-Echam.Fonte: CPTEC/INPE)
206
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Figura 30 – Probabilidade de redução de chuvas e aumento da intensidade das secas, para dois cenários prováveis de
desmtamento: A-tendencial e B-aumento de governança. Extraído de MALHI et al (2008)
207
Plano Estadual de Recursos Hídricos
5. Lista de Variáveis do PNRH
1. Qualidade da água
Condição físico-química-biológica dos corpos d'água, superficiais e
subterrâneos, em um determinado momento, em relação aos usos
preponderantes, atuais e futuros.
2. Quantidade de água superficial disponível
Regime de disponibilidade quantitativa (natural) de água superficial.
3. Quantidade de água subterrânea disponível
Disponibilidade quantitativa (natural) de água subterrânea explotável e
aquela com potencial de explotação.
4. Alteração do regime natural dos corpos de água
Alterações nos corpos d'água decorrentes de atividades
humanas;consideram-se as alterações morfológicas e hidrológicas, ou seja,
na forma e vazão, geradas por: impermeabilização do solo, canalização,
retificação, dragagem, barramentos, diques, processos erosivos,
assoreamento, transposições, entre outros.
5. Eventos Hidrológicos Críticos
Ocorrência de situações provenientes de fenômenos de excesso ou
escassez hídrica, respectivamente, enchentes e secas; também se
consideram a freqüência e intensidade dessas ocorrências.
6. Clima
Regime climático, considerando a interação entre os elementos do clima
(precipitação, temperatura, temperatura na superfície do mar, evaporação,
dentre outros); o regime de chuvas, considerando sua freqüência,
intensidade e duração; além da variabilidade climática e potenciais
mudanças.
7. Água para manutenção de ecossistemas
Disponibilidade de água em quantidade, qualidade e em regime fluvial
suficientes para a manutenção da biota associada.
208
Plano Estadual de Recursos Hídricos
8. Bioinvasão
Introdução intencional ou acidental de organismos (macro ou
microscópicos) em ambientes onde não estavam presentes.
209
Plano Estadual de Recursos Hídricos
9. Conservação dos biomas
Estado de conservação dos biomas, considerando a variação dos diferentes
tipos de cobertura vegetal ao longo do tempo e respectiva superfície
ocupada, a dimensão e distribuição dos espaços territoriais sob a forma de
áreas protegidas. Considera-se ainda, a ocorrência de fauna e práticas de
uso dos recursos naturais associadas aos diferentes biomas.
10. Dinâmica de uso e ocupação do solo
Dinâmica de uso e ocupação do solo, compreendendo a área de
urbanização, pecuária, agricultura irrigada e de sequeiro, preservação e
terras a serem recuperadas, com suas dimensões, distribuições e aptidões,
abrangendo as unidades territoriais utilizadas para a formulação de políticas
(bacias hidrográficas e unidades de planejamento e gestão de recursos
hídricos).
11. Sistemas estuarinos
Estado de conservação dos sistemas estuarinos, considerando a
repercussão da gestão dos recursos hídricos, do uso e ocupação do solo e
de atividades antrópicas sobre esses sistemas.
12. Mortalidade/ morbidade por doenças de veiculação hídrica
Ocorrência de mortalidade e morbidade humanas, provocada por doenças
de veiculação hídrica.
13. Desenvolvimento humano
Nível de desenvolvimento humano, sob a ótica da desigualdade social,
considerando a renda, longevidade, educação e padrão de consumo.
14. Infra-estrutura de controle da poluição doméstica
Níveis de atendimento da população pelos serviços de saneamento
ambiental, considerando infra-estrutura de coleta, tratamento e disposição
final de esgoto sanitário; coleta, tratamento e disposição adequada dos
resíduos sólidos.
15. Abastecimento humano
210
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Graus de acesso da população a água potável, considerando a utilização de
soluções alternativas de abastecimento público.
16. Segurança alimentar e nutricional
Características alimentar, e nutricional, da água.
17. Desigualdade social
Diferença, para mais e para menos, entre os níveis socioeconômicos da
população.
18. Diversidade social
Reconhecimento da diversidade social e o respeito às particularidades dos
grupos sociais, tradicionais e movimentos sociais, e suas conseqüências na
gestão de recursos hídricos.
19. Organização da sociedade civil
Organização da sociedade, considerando o grau de associativismo e outras
formas de organização não setorial dedicados à discussão dos temas
relacionados aos recursos hídricos e ao Meio Ambiente.
20. Transparência e acesso à informação
Facilidade de acesso público à informação de qualidade de forma
sistemática, respeitando princípios éticos na administração pública e
privada; e pela qualidade das informações gerenciais, que auxiliam a
tomada de decisões.
21. Implementação do Sistema de Informação
Grau de implementação do Sistema de Informações sobre Recursos
Hídricos, incluindo as ações de planejamento e gestão da rede
hidrometeorológica.
22. Consideração das questões de gênero
Reconhecimento da diferença nas relações de mulheres e homens com o
uso da água e suas conseqüências na gestão de recursos hídricos.
23. Dinâmica populacional
211
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Dinamismo próprio da população, considerando o ritmo de seu crescimento,
a população residente em marcos temporais distintos, concentrações
populacionais, bem como seus movimentos intra-regionais e inter-regionais.
24. Demanda por água
Quantidade de água necessária para sustentação dos diferentes usos
consuntivos e não consuntivos.
25. Atividade da agricultura irrigada
Produção agrícola com irrigação, incluindo a infra-estrutura necessária.
26. Atividade industrial
Conjunto das atividades industriais, incluindo a infra-estrutura necessária.
212
Plano Estadual de Recursos Hídricos
27. Atividade de mineração
Aproveitamento mineral, incluindo a prospecção e pesquisa minerais, a
existência de jazidas, os sistemas de disposição de estéril e rejeitos com
seus efluentes e os barramentos, considerando, ainda, a infra-estrutura
necessária.
28. Atividade de geração de energia
Geração de energia elétrica: hidrelétricas e termoelétricas (convencionais e
nucleares), considerando, ainda, a infra-estrutura necessária.
29. Atividade de pesca
Produção pesqueira comercial e artesanal, considerando, ainda, a infra-
estrutura necessária.
30. Atividade de aqüicultura
Produção de organismos aquáticos cultivados com valor comercial,
considerando, ainda, a infra-estrutura necessária.
31. Atividade de navegação
Manutenção, operação e utilização dos cursos d’água para navegação.
Considera-se ainda, a construção de infra-estrutura hidroviária, com sua a
infra-estrutura necessária.
32. Atividade de turismo e lazer
Condições qualitativas e quantitativas dos recursos hídricos necessários ao
turismo e lazer.
33. Atividade agropecuária e avícola
Produção agrícola de sequeiro, pecuária e avícola, incluindo a infra-estrutura
necessária.
34. PIB – Produto interno bruto
Alterações no Produto Interno Bruto (PIB).
35. Criação de um mercado internacional de água bruta
213
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Possibilidade de criação de um mercado internacional para comercialização
de água bruta.
36. Investimento no setor de infra-estrutura
Grau de investimentos em infra-estrutura produtiva, considerando
investimentos de capital com possíveis conseqüências em recursos hídricos.
214
Plano Estadual de Recursos Hídricos
37. Eficácia no uso da água
Grau de eficácia na utilização da água, resultante de pesquisas
tecnológicas, melhoria no manejo dos processos produtivos que utilizam
água (reuso da água, reaproveitamento de resíduos e efluentes...),
treinamento e capacitação no seu uso eficiente.
38. Gestão das águas urbanas
Existência de gestão das águas urbanas e seu grau de implementação.
39. Enquadramento dos corpos de água.
Existência de enquadramento dos corpos de água, segundo as classes de
uso definidas na resolução CONANA nº 20/1986.
40. Existência de planos de recursos hídricos.
Existência de Planos de Recursos Hídricos, em todos os níveis, Planos de
Bacia Hidrográfica, Planos Estaduais e Plano Nacional de Recursos Hídricos.
41. Implementação do processo de alocação de água e da outorga
de direito de uso
Grau de implementação do processo de alocação de água e da outorga de
direito de uso.
42. Implementação da cobrança pelo uso da água
Grau de implementação da cobrança pelo uso dos recursos hídricos.
43. Implementação do SISNAMA
Grau de implementação do SISNAMA, considerando o licenciamento
ambiental e o Zoneamento Ecológico Econômico, entre outros.
44. Ações de educação em recursos hídricos e meio ambiente
Ações de educação em recursos hídricos e meio ambiente, formal e não
formal, desenvolvidas nas diversas instâncias da sociedade.
45 . Implementação institucional do SINGREH
Estágio da estruturação, contemplando a efetiva implementação das
instâncias de deliberação, dos órgãos gestores e dos mecanismos
215
Plano Estadual de Recursos Hídricos
institucionais que criem condições político-institucionais para a gestão de
recursos hídricos conforme preconizado pela Legislação Federal.
Consideram-se, também, as possibilidades de alterações na orientação da
implementação do SINGREH e os riscos ao modelo de gestão dos recursos
hídricos vigente no País.
46. Implementação de acordos internacionais relativos a RH e MA,
ratificados
Reflexo da implementação dos acordos internacionais relativos a recursos
hídricos e meio ambiente.
47. Investimento e despesa pública em proteção e gestão de
recursos hídricos
Montante de aplicação de recursos públicos ou privados na proteção dos
recursos hídricos e na capacitação de profissionais para atuar na gestão de
recursos hídricos.
48. Conflitos internacionais por água
Existência de conflitos internacionais atuais e potenciais por recursos
hídricos.
49. Dinâmica do mercado internacional
Dinâmica de intercâmbio de mercadorias, serviços e investimentos do Brasil
com os demais Países, especialmente a formação de blocos econômicos e
suas repercussões na balança comercial brasileira. Considera-se a
existência de barreiras ambientais ou sanitárias e as demais formas
regulamentação de colocação de produtos brasileiros no mercado
internacional.
50. Eficiência no serviço público
Grau de agilidade na implementação das políticas públicas e dos
instrumentos de gestão de recursos hídricos.
216
Plano Estadual de Recursos Hídricos
51. Produção do conhecimento para o gerenciamento dos recursos
hídricos
Produção de conhecimento para a gestão da oferta, da demanda, dos
conflitos e dos aspectos institucionais.
52. Interação com outros planos e políticas nacionais
Grau de integração dos planos e políticas nacionais.
53. Biotecnologia
Grau de disseminação do uso de técnica de manipulação dos organismos
vivos (ou parte destes) para produzir ou modificar produtos, para o
melhoramento de plantas e animais, ou para o desenvolvimento de micro-
organismos para uso específico.
217
Plano Estadual de Recursos Hídricos
6. Descrição dos Cenários do PNRH
Cenário 1: Água para todos
Sob influência de um mundo que cresce de maneira integrada e contínua,
o Brasil adota, gradativamente, um modelo de desenvolvimento quecaminha no sentido da redução da pobreza e das desigualdades sociais,graças ao forte índice de crescimento econômico e de políticas sociaisconsistentes e integradas. Dessa forma, as atividades econômicas se
expandem em todo o País, incluindo a agricultura irrigada, a instalaçãode usinas hidrelétricas, a expansão do biocombustível e da energia
eólica, além de hidrovias e da infra-estrutura urbana, com fortes, porémdeclinantes, impactos sobre os recursos hídricos. Graças a uma gestão
operativa e significativos investimentos na proteção dos recursoshídricos, bem como a adoção de novas tecnologias, observa-se umaredução dos danos sobre a qualidade e disponibilidade das águas.
Impulsionado em parte pelos freqüentes conflitos, o País, aos poucos,encontra uma forma mais eficaz no uso das águas e na contemplação de
seu uso múltiplo.
Cenário 2: Água para alguns
Tanto o mundo como o Brasil são regidos por forte dinamismoexcludente, com grande crescimento das atividades econômicas no País,
fortes impactos sobre os recursos hídricos e aumento dos bolsões depobreza e dos índices de desigualdade. A crescente demanda de energiaconduz a instalação de usinas hidrelétricas, biocombustível, hidrovias einfra-estrutura em geral. Apesar da demanda, a rede de saneamento
cresce medianamente por razão dos pequenos e seletivos investimentos. A
degradação dos recursos hídricos é notória, como resultante dessasatividades e da gestão liberal que se implanta, com planos inoperantes,participação social formal e pouca regulamentação e fiscalização no uso
das águas. Assim, os conflitos e os problemas dos recursos hídricoscrescem, e a degradação ambiental compromete a sua qualidade equantidade. O uso múltiplo das águas é mal resolvido por causa das
pressões econômicas, particularmente da área de exportação.
Cenário 3: Água para poucos
O Brasil não consegue aproveitar as poucas oportunidades de um mundoinstável e fragmentado, e tem um pequeno crescimento das atividadeseconômicas e das infra-estruturas urbana e de logística. O resultado do
pequeno crescimento econômico também não expande significativamente
o fornecimento de energia por falta de investimentos. Estes, em relação à
proteção de recursos hídricos são também exíguos, seletivos e corretivos,
sob uma gestão estatal pouco eficiente. Assim, os conflitos e problemas,em torno da oferta e qualidade dos recursos hídricos, crescem,
particularmente nas regiões hidrológicas já deficientes e localidades jáproblemáticas. A contaminação das águas subterrâneas, em algumas
218
Plano Estadual de Recursos Hídricos
regiões hidrográficas, por sua vez, agrava-se.
219
Plano Estadual de Recursos Hídricos
7. RESULTADOS DAS OFICINAS DE CENARIZAÇÃO PARA O PLERH/AC
7.1. PROGNÓSTICO UGRH - ABUNÃ
1. Características da UGRH
A UGRH Abunã é compreendida pela totalidade do Município de Plácido
de Castro, e parcialmente pelos municípios de Xapuri, Capixaba,
Epitaciolândia e Porto Acre. È a região que apresenta, ao lado da UGRH
Acre, a maior pressão pela criação de gado, apresentando parcela
significativa de água para consumo animal (Figura 1). O seu respectivo
balanço quantitativo é considerando excelente de acordo com índice da
ONU (Tabela 1), conforme informações levantadas no Diagnóstico do
PLERH-AC.
UG R H AbunãUrbano
9% R ural4%
Indus trial0%Irrigaç ão
3%
A nimal84%
Figura 1 – Aspectos qualitativos da demanda de água.
O seu respectivo balanço quantitativo é considerando excelente de
acordo com índice da ONU (Tabela 1), conforme informações levantadas no
Diagnóstico do PLERH-AC
Tabela 1- Relação entre Disponibilidade e demanda de água
Bacia/UGRH
Disponibilidade Demanda
Balanço Quantitativo (%) Avaliaçã
o (ONU)Qmld
(m³/s)
Q95
(m³/s)
Q7,10
(m³/s)
Retirada
(m³/s)(1) (2) (3)
Rio Abunã
118,9 15,8 12,4 0,2630 0,22
1,66
2,12 Excelente
220
Plano Estadual de Recursos Hídricos
A Tabela 2 lista como as ações previstas no PPA 2008-2011 incidem no
conjunto da UGRH Abunã.
Tabela 2 – Inserção do PPA (2008-2011) na UGRH Abunã
PNRH - TEMAS PRIORITÁRIOS
PNRH - SUB-TEMAS
PPA ACRE 2008-2011 (interface com os RH)
Impactos ambientais que repercutem sobre os recursos hídricos
Desmatamento 10990000 - Consolidações do Arcabouço Legal da Gestão Florestal
Impactos ambientais que repercutem sobre os recursos hídricos
Desmatamento 11010000 - Fomento a Expansão da Oferta de Planos de Manejo em Florestas Privadas e Implantação do Sistema de Monitoramento de Reserva Legal
Questões Institucionais Monitoramento 14070000 - Controle Ambiental das Atividades Poluidoras
Questões Institucionais Instrumentos de Gestão
15450000 - Modernização do Sistema de Licenciamento Monitoramento e Fiscalização Ambiental
Questões Institucionais Instrumentos de Gestão
25020000 - Implantação do Marco Regulatório de Saneamento
Questões Institucionais Monitoramento 25200000 - Controle dos desmatamentos e queimadas
Impactos ambientais e sociais dos usos da água
Efluentes urbanos domésticos
12560000 - Saneamento nas Regionais do Alto e Baixo Acre (Ampla Melhoria Micro medição e Cont. de Perdas do Sist. Abast Água)
Questões Institucionais Instrumentos de Gestão
21290000 - Implementação do ZEE como Instrumento de Gestão
Questões Institucionais Capacitação 11110001 - Fortalecimento da Gestão Institucional
Impactos ambientais que repercutem sobre os recursos hídricos
Desmatamento 10960000 - Implantação e Descentralização de Viveiros e Fomento ao Reflorestamento
Atendimento às Demandas Hídricas
Abastecimento de água
11020000 - Promoção e Incentivo da Pecuária Leiteira Através da Difusão e Melhoramento Genético
Atendimento às Demandas Hídricas
Aqüicultura/Pesca 11030000 - Fomento e Modernização da Piscicultura
Impactos ambientais que repercutem sobre os recursos hídricos
Desmatamento 11050000 - Fomentos à Recuperação de Áreas Alteradas
Impactos ambientais e sociais dos usos da água
Efluentes industriais
11170000 - Reestruturação e Modernização de Parques e Distritos Industriais de Rio Branco
Impactos ambientais e sociais dos usos da água
Efluentes industriais
11190000 - Implantação de Pólos Moveleiros nos Municípios
Atendimento às Demandas Hídricas
Abastecimento de água
11390000 - Modernização e Ampliação da Cadeia Produtiva do Leite
221
Plano Estadual de Recursos Hídricos
As áreas antropizadas e as regiões onde os aqüíferos representam
vulnerabilidades são as áreas potenciais para conflitos entre usuários
(Figuras 2 e 3).
Figura 2 – Áreas Antropizadas na UGRH Abunã.
Figura 3 – Áreas Antropizadas na UGRH Abunã
Figura 3 – Vulnerabilidade dos aqüíferos na UGRH Abunã.
222
Plano Estadual de Recursos Hídricos
2. Exercício de Cenarização
O procedimento de cenarização da UGRH Abunã, assim como todas
as demais UGRH, forma baseadas na metodologia prospectiva de Godet
(GODET, 2000)
Durante o exercício de cenarização com o atores institucionais da
UGRH, e a partir da lista de variáveis do PNRH, foram selecionadas as
variáveis consideradas mais relevantes para aquele contexto (Tabela 3)
Tabela 3- Variáveis selecionadas para a UGRH Abunã
Qualidade de Água Quantidade de água superficial Quantidade de água subterrânea disponível Alteração do regime natural dos corpos de água Eventos Hidrológicos Críticos Água para manutenção de ecossistemas Dinâmica de uso e ocupação do solo Mortalidade/ morbidade por doenças de veiculação hídrica Desenvolvimento humano Infra-estrutura de controle da poluição doméstica Abastecimento humano Segurança alimentar e nutricional (da água) Desigualdade social Demanda por água Atividade da agricultura irrigada Agropecuária Atividade de pesca Atividade de aqüicultura Atividade de navegação Atividade de turismo e lazer Investimento no setor de infra-estrutura Eficácia no uso da água Gestão das águas urbanas Enquadramento dos corpos de água. Existência de planos de recursos hídricos. Implementação do processo de alocação de água e da outorga de direito de uso Investimento e despesa pública em proteção e gestão de recursos hidricos Conflitos internacionais por água Eficiência no serviço público Interação com outros planos e políticas nacionais
223
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Da mesma forma, o exercício de cenarização também definiu os
atores que teriam maior peso nas atividades e decisões referentes aos
recursos hídricos (Tabela 4).
Tabela 4 – Lista de atores selecionados par a UGRH Abunã
MPF MPE Agropecuaristas DERACRE ICMBio IBAMA SEMA IMAC DEAS SEAPROF Prefeituras GTA Empresas Madeireiras
Associações R. Extrativista Sindicato dos Trabalhadores Rurais Colônias de Pescadores Ribeirinhos BOLÍVIA MMA/SRHU
A análise estrutural (Tabela 5) é a síntese dos dois exercícios anteriores,
onde é definido de que forma cada uma das principais variáveis (chamadas
variáveis motrizes) são afetadas por cada um dos atores.
Tabela 5 – Análise estrutural do exercício de cenarização
Para efeitos deste estudo, quanto mais atores interferem em uma
variável, maior será probabilidade ele terá pra ser uma “incerteza crítica”
dentro do sistema dos cenários
224
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Tabela 6 – Análise morfológica, definição de hipóteses e de
cenários
De acordo com os atores da UGRH Abunã apresenta como suas
principais incertezas críticas 1) Alteração do regime dos corpos d´água,
2) Eventos hidrológicos Críticos, 3) dinâmica de uso dos recursos
hídricos e 4) Existência de planos de recursos hídricos e 5)
Atividade Agropecuária e Avícola. Isto implicou em uma alta criticidade
para a macro-incerteza Alterações Antrópicas e Integração.
Os resultados da oficina de cenários indicaram um alta criticidade
para as macro-incertezas Alterações Antrópicas e Integração,
intermediária para Mudanças Climáticas, e baixa para Gestão dos
Recursos Hídricos. Um reconsideração de caráter técnico e conservativo,
optou-se por elevar o nível de criticidade de todas as incertezas críticas
para o nível máximo nesta UGRH.
225
CENÁRIO 2 – ACRE NO LIMITE
CENÁRIO 1 – ACRE INSUSTENTÁVEL
CENÁRIO 3 – ACRE SUSTENTÁVEL
Plano Estadual de Recursos Hídricos
De acordo com a cadeia de causalidade do modelo sistêmico de
projeções (Figura 4), a gestão dos recursos Hídricos acaba por ter uma
influência ampla, magnificando ou minimizando as demais incertezas
críticas, acabando por influenciar fortemente a disponibilidade de água seja
pelo quantidade como pela qualidade. As Mudanças Climáticas
desempenham um papel crítico podendo influenciar a quantidade de água
disponível no sistema hídrico.
Figura 4 – Cadeia de Causalidade com foco na Macro-Incerteza
Gestão dos Recursos Hídricos.
Os níveis de sustentabilidade da UGRH Abunã estão entre os mais
baixos, já que esta unidade apresenta o menor caudal mínimo de vazão no
período, além de ter impactos antrópicos amplos.
Figura 5 – Nível de criticidade das macro-incertezas na UGRH
Abunã, conforme sugestão das oficinas agregado por avaliação
técnica.
226
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Tabela 7 – Projeções agregadas para 2014, 2022 e 2030 para a
UGRH Abunã
Oferta de Água com Qualidade (m3/s) -Mínimo
Período Seco
Águas
Sustentáveis
Águas no
Limite
Águas
Insustentáveis
2014 4,071 3,721 3,357
2022 3,919 3,717 3,364
2030 4,001 3,752 3,403
Demanda de Água com
Qualidade (m3/s)
Águas
Sustentáveis
Águas no
Limite
Águas
Insustentáveis
2014 0,447 0,671 1,369
2022 0,506 0,765 1,569
2030 0,575 0,876 1,807
Índice de Sustentabilidade do Uso dos recursos
Hídricos
Águas
Sustentáveis
Águas no
Limite
Águas
Insustentáveis
2014 0,826 0,656 0,221
2022 0,842 0,645 0,137
2030 0,835 0,613 0,094
227
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Figura 6 – Nível de criticidade das macro-incertezas na UGRH
Abunã, conforme sugestão da oficina agregado por avaliação
técnica.
228
Plano Estadual de Recursos Hídricos
7.2. PROGNÓSTICO UGRH – ACRE-IQUIRI
1. Características da UGRH
A UGRH Acre-Iquiri é a unidade de gestão que apresenta o maior
desenvolvimento econômico e maior densidade demográfica, e por
conseqüência, onde as alterações antrópicas já se apresentam de forma
mais pronunciada, apresentando a maior pressão pela criação de gado,
possuindo uma parcela significativa de água para consumo animal (Figura
1).
UG R H Ac re-IquiriUrbano
19%R ural
3%
Indus trial2%
Irrigaç ão3%
A nimal73%
Figura 1 – Aspectos qualitativos da demanda de água.
O seu respectivo balanço quantitativo é considerando excelente de
acordo com índice da ONU (Tabela 1), conforme informações levantadas no
Diagnóstico do PLERH-AC, embora seja o índice de demanda mais elevado
do estado. No período de estiagem este índice não representa a oferta de
água da forma como ele é vivenciado pela população local.
Tabela 1- Relação entre Disponibilidade e demanda de água
Bacia/UGRH
DisponibilidadeDemanda
Balanço Quantitativo
(%) Avaliação
(ONU)Qmld
(m³/s)
Q95
(m³/s)
Q7,10
(m³/s)
Retirada
(m³/s)(1) (2) (3)
Rio Acre-Iquiri
468,3 48,6 28,4 2,1722 0,46
4,47 7,65
Excelente
229
Plano Estadual de Recursos Hídricos
A Tabela 2 lista como as ações previstas no PPA 2008-2011 incidem no
conjunto da UGRH Acre-Iquiri.
Tabela 2 – Inserção do PPA (2008-2011) na UGRH Acre-Iquiri
PNRH - TEMAS PRIORITÁRIOS
PNRH - SUB-TEMAS
PPA ACRE 2008-2011 (interface com os RH)
Impactos ambientais que repercutem sobre os recursos hídricos
Desmatamento 10960000 - Implantação e Descentralização de Viveiros e Fomento ao Reflorestamento
Impactos ambientais que repercutem sobre os recursos hídricos
Desmatamento 10990000 - Consolidações do Arcabouço Legal da Gestão Florestal
Impactos ambientais que repercutem sobre os recursos hídricos
Desmatamento 11010000 - Fomento a Expansão da Oferta de Planos de Manejo em Florestas Privadas e Implantação do Sistema de Monitoramento de Reserva Legal
Atendimento às Demandas Hídricas
Abastecimento de água
11020000 - Promoção e Incentivo da Pecuária Leiteira Através da Difusão e Melhoramento Genético
Atendimento às Demandas Hídricas
Aqüicultura/Pesca 11030000 - Fomento e Modernização da Piscicultura
Impactos ambientais que repercutem sobre os recursos hídricos
Desmatamento 11050000 - Fomentos à Recuperação de Áreas Alteradas
Impactos ambientais e sociais dos usos da água
Efluentes industriais
11170000 - Reestruturação e Modernização de Parques e Distritos Industriais de Rio Branco
Questões Institucionais Monitoramento 14070000 - Controle Ambiental das Atividades Poluidoras
Questões Institucionais Instrumentos de Gestão
15450000 - Modernização do Sistema de Licenciamento Monitoramento e Fiscalização Ambiental
Questões Institucionais Instrumentos de Gestão
25020000 - Implantação do Marco Regulatório de Saneamento
Questões Institucionais Monitoramento 25200000 - Controle dos desmatamentos e queimadas
Atendimento às Demandas Hídricas
Abastecimento de água
12510000 - Mo der Emil e Ampla dos Sist. de Abasto de Água em Rio Branco
Impactos ambientais e sociais dos usos da água
Efluentes urbanos domésticos
12520000 - Sistema de Coleta e Tratamento de Esgoto em Rio Branco - Construção e ampliação de Eles
Impactos ambientais e sociais dos usos da água
Efluentes urbanos domésticos
12560000 - Saneamento nas Regionais do Alto e Baixo Acre (Ampla Melhoria Micro medição e Cont. de Perdas do Sist. Abast Água)
Atendimento às Demandas Hídricas
Irrigação 11380000 - Desenvolvimento e Fortalecimento da Cadeia Produtiva de Hortaliças
Atendimento às Demandas Hídricas
Abastecimento de água
11390000 - Modernização e Ampliação da Cadeia Produtiva do Leite
230
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Atendimento às Demandas Hídricas
Aqüicultura/Pesca 11410000 - Fortalecimento da Cadeia Produtiva de Pescados
Questões Institucionais Instrumentos de Gestão
21290000 - Implementação do ZEE como Instrumento de Gestão
Impactos ambientais e sociais dos usos da água
Efluentes industriais
12740000 - Construção, Ampliação e Reforma do Distrito e Parque Industrial (Rio Branco e Cruz. do Sul) e Porto Seco (Rio Branco)
Questões Institucionais Capacitação 11110001 - Fortalecimento da Gestão Institucional
As áreas antropizadas e as regiões onde os aqüíferos representam
vulnerabilidades são as áreas potenciais para conflitos entre usuários
(Figuras 2 e 3).
Figura 2 - Áreas Antropizadas na UGRH Acre-Iquiri
231
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Figura 3 – Vulnerabilidade dos aqüíferos na UGRH Acre-Iquiri
Figura 3 – Vulnerabilidade dos aqüíferos na UGRH Acre-Iquiri
Figura 3 – Vulnerabilidade dos aqüíferos na UGRH Acre-Iquiri
232
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Figura 3 – Vulnerabilidade dos aqüíferos na UGRH Acre-Iquiri.
Figura 3 – Vulnerabilidade dos aqüíferos na UGRH Acre-Iquiri.
Figura 3 – Vulnerabilidade dos aqüíferos na UGRH Acre-Iquiri.
233
Plano Estadual de Recursos Hídricos
2. Exercício de Cenarização
O procedimento de cenarização da UGRH Acre- Iquiri, assim como
todas as demais UGRH, forma baseadas na metodologia prospectiva de
Godet (GODET, 2000)
Durante o exercício de cenarização com os atores institucionais da
UGRH, e a partir da lista de variáveis do PNRH, foram selecionadas as
variáveis consideradas mais relevantes para aquele contexto (Tabela 3).
Tabela 3 - Variáveis selecionadas para a UGRH Acre-Iquiri
Qualidade de Água Quantidade de água superficial Alteração do regime natural dos corpos de água Eventos Hidrológicos Críticos Clima Regime climático Água para manutenção de ecossistemas Conservação dos biomas Dinâmica de uso e ocupação do solo Mortalidade/ morbidade por doenças de veiculação hídrica Abastecimento humano Dinâmica populacional Atividade de aqüicultura Atividade agropecuária e avícola Implementação do SINGREH (licenciamento, zee, etc.) Ações de educação em recursos hídricos e meio ambiente Implementação de acordos internacionais relativos à RH e MA ratificados
234
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Da mesma forma, o exercício de cenarização também definiu os
atores que teriam maior peso nas atividades e decisões referentes aos
recursos hídricos (Tabela 4).
Tabela 4 – Lista de atores selecionados par a UGRH Acre-
Iquiri
IBAMA
SEMA
IMAC
DEAS
SEAPROF
Prefeituras
PESACRE
Empresas Madeireiras
Associações Produtores Rurais
Sindicato dos Trabalhadores Rurais
Colônias de Pescadores
Associações Indígenas
PERU
ANA
MMA
MPA
Instituições de Cooperação e Financiamento (WWF, UICN,
GTZ, DED, etc.)
BOLÍVIA
SAERB
A análise estrutural (Tabela 5) é a síntese dos dois exercícios
anteriores, onde é definido de que forma cada uma das principais variáveis
(chamadas variáveis motrizes) são afetadas por cada um dos atores.
Tabela 5 – Análise estrutural do exercício de cenarização
235
Plano Estadual de Recursos Hídricos
` Para efeitos deste estudo, quanto mais atores interferem em uma
variável, maior será probabilidade ele terá pra ser uma “incerteza crítica”
dentro do sistema dos cenários.
Tabela 6 – Análise morfológica, definição de hipóteses e de
cenários
De acordo com os atores da UGRH Acre-Iquiri apresenta como suas
principais incertezas críticas 1) Qualidade de Água, 2)Quantidade de
Água Superficial, 3) Regime Climático, 4) Implementação do
SINGERH e 5) Implementação de Acordos Internacionais. Isto
implicou em uma alta criticidade para a macro-incerteza Mudanças
Climáticas.
Os resultados da oficina de cenários indicaram um alta criticidade
para as macro-incertezas Mudanças Climáticas, intermediária para
Integração e Disponibilidade de Água e baixa para Gestão dos
Recursos Hídricos e Alterações Antrópicas. Uma reconsideração de
caráter técnico e conservativo optou-se por elevar o nível de criticidade de
todas as incertezas críticas para o nível máximo nesta UGRH
236
CENÁRIO 2 – ACRE NO LIMITE
CENÁRIO 1 – ACRE INSUSTENTÁVEL
CENÁRIO 3 – ACRE SUSTENTÁVEL
Plano Estadual de Recursos Hídricos
A UGRH Acre-Iquiri é a que apresenta a maior complexidade
socioambiental e econômica, e nela todas as macro-incertezas interagem
entre si de forma complexa, determinando a disponibilidade de água com
qualidade (Figura 4).
IC 2 - Disponibilidade de Água
IC 2 - Criticidade
IC 3 - Alterações AntrópicasIC 3 - Criticidade
IC 4 - Gestão dos recursos Hídricos
IC 5 -Integração
Cenário Nacional
(IC 4 - Gestão dos recursos Hídricos)
IC 5 - Criticidade
Precipítação (mm)
Desvio PPT
IC 1 - Mudanças Climáticas
PPT Média
Figura 4 – Cadeia de Causalidade com foco nos fatores
determinantes de disponibilidade hídrica.
Os níveis de sustentabilidade da UGRH Acre-Iquiri estão entre os mais
baixos, pois além de complexos fatores que determinam a disponibilidade
de água, esta é região com maior densidade demográfica, apresentando os
maiores índices de demanda pelo recurso hídrico.
Figura 5 – Nível de criticidade das macro-incertezas na UGRH Acre-Iquiri, conforme sugestão da oficina agregado por avaliação técnica
237
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Tabela 7 – Projeções agregadas para 2014, 2022 e 2030 para a
UGRH Acre-Iquiri
Oferta de Água com Qualidade (m3/s) -Mínimo
Período Seco
Águas
Sustentáveis Água no Limite
Águas
Insustentáveis
2014 26,276 24,791 20,181
2022 25,610 23,314 20,069
2030 25,885 23,815 20,003
Demanda de Água com
Qualidade (m3/s)
Águas
Sustentáveis Água no Limite
Águas
Insustentáveis
2014 2,982 4,474 9,128
2022 3,372 5,100 10,459
2030 3,831 5,843 12,050
Índice de Sustentabilidade do Uso dos recursos
Hídricos
Águas
Sustentáveis Água no Limite
Águas
Insustentáveis
2014 0,811 0,643 0,205
2022 0,837 0,641 0,132
2030 0,832 0,610 0,091
238
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Figura 6 – Nível de criticidade das macro-incertezas na UGRH Acre-Iquiri, conforme sugestão da oficina agregado
por avaliação técnica.
239
Plano Estadual de Recursos Hídricos
7.3. PROGNÓSTICO UGRH PURUS
1. Características da UGRH
A UGRH Purus é a unidade de gestão que apresenta a bacia
hidrográfica com a maior vazão da região, e uma alta demanda por água
para irrigação. (Figura 1).
UG R H P urusUrbano
10%R ural
4%
Indus trial1%
Irrigaç ão23%
Animal62%
Figura 1 - Aspectos qualitativos da demanda de água.
O seu respectivo balanço quantitativo é considerando excelente de
acordo com índice da ONU (Tabela 1), conforme informações levantadas no
Diagnóstico do PLERH-AC. E a região que sofre menos com escassez de
água durante o período de estiagem devido ao volumoso caudal do rio
Purus.
Tabela 1- Relação entre Disponibilidade e demanda de água
Bacia/UGRH
Disponibilidade Demanda Balanço Quantitativo (%)
Avaliação (ONU)
Qmld (m³/s) Q95 (m³/s)
Q7,10 (m³/s)
Retirada (m³/s)
(1)
(2)
(3)
R
io
1
439
8
5,5
4
6,0
0
,3755
0
,03
0
,44
0
,82
E
xcelente
240
Plano Estadual de Recursos Hídricos
A Tabela 2 lista como as ações previstas no PPA 2008-2011 incidem no
conjunto da UGRH Purus.
Tabela 2 – Inserção do PPA (2008-2011) na UGRH Purus
PNRH - TEMAS PRIORITÁRIOS
PNRH - SUB-TEMAS
PPA ACRE 2008-2011 (interface com os RH)
Impactos ambientais que repercutem sobre os recursos hídricos
Desmatamento
11010000 - Fomento a Expansão da Oferta de Planos de Manejo em Florestas Privadas e Implantação do Sistema de Monitoramento de Reserva Legal
Atendimento às Demandas Hídricas
Aqüicultura/Pesca 11030000 - Fomento e Modernização da Piscicultura11050000 - Fomentos à Recuperação de Áreas Alteradas11190000 - Implantação de Pólos Moveleiros nos Municípios
Impactos ambientais que repercutem sobre os recursos hídricos
Desmatamento
Impactos ambientais e sociais dos usos da água
Efluentes industriais
Questões Institucionais Monitoramento 14070000 - Controle Ambiental das Atividades Poluidoras
Questões Institucionais Instrumentos de Gestão
15450000 - Modernização do Sistema de Licenciamento Monitoramento e Fiscalização Ambiental
Questões Institucionais Instrumentos de Gestão
25020000 - Implantação do Marco Regulatório de Saneamento
Questões Institucionais Monitoramento 25200000 - Controle dos desmatamentos e queimadas
Impactos ambientais e sociais dos usos da água
Efluentes urbanos domésticos
12530000 - Saneamento na Regional do Purus – Ampliação, Melhoria Micro medição e Controle de Perdas do Sistema Abast. Água
Atendimento às Demandas Hídricas
Aqüicultura/Pesca 13810000 - Manejo Participativo de Pesca Artesanal
Questões Institucionais Instrumentos de Gestão
21290000 - Implementação do ZEE como Instrumento de Gestão
Questões Institucionais Capacitação 11110001 - Fortalecimento da Gestão Institucional
As áreas antropizadas e as regiões onde os aqüíferos representam
vulnerabilidades são as áreas potenciais para conflitos entre usuários
(Figuras 2 e 3).
241
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Figura 2 – Áreas Antropizadas na UGRH Purus.
242
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Figura 3 – Vulnerabilidade dos Aqüíferos na UGRH Purus
243
Plano Estadual de Recursos Hídricos
2. Exercício de Cenarização
Os procedimentos de cenarização da UGRH Purus, assim como todas
as demais UGRH, foram baseados na metodologia prospectiva de Godet
(GODET, 2000).
Durante o exercício de cenarização com os atores institucionais da
UGRH, e a partir da lista de variáveis do PNRH, foram selecionadas as
variáveis consideradas mais relevantes para aquele contexto (Tabela 3).
Tabela 3 - Variáveis selecionadas para a UGRH Purus
Abastecimento humano Desigualdade social Diversidade social Organização da sociedade civil Desenvolvimento Humano Dinâmica populacional Demanda por água Atividade industrial Atividade de pesca Atividade agropecuária e avícola PIB – Produto interno bruto Investimento no setor de infra-estrutura Gestão das águas urbanas Implementação institucional do SINGREH Eficiência no serviço público Produção do conhecimento para o gerenciamento recursos hídricos Interação com outros planos e políticas nacionais
244
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Da mesma forma, o exercício de cenarização também definiu os
atores que teriam maior peso nas atividades e decisões referentes aos
recursos hídricos (Tabela 4).
Tabela 4 – Lista de atores selecionados par a UGRH Purus
MPF MPE Agropecuaristas ICMBio IBAMA SEMA IMAC DEAS SEAPROF Prefeituras ONG Locais Empresas Madeireiras Associações R. Extrativista Sindicato dos Trabalhadores Rurais Colônias de Pescadores Associações Indígenas UFAC Coletivo Educador Municipal MDA IFAC Defesa Civil
A análise estrutural (Tabela 5) é a síntese dos dois exercícios anteriores,
onde é definido de que forma cada uma das principais variáveis (chamadas
variáveis motrizes) são afetadas por cada um dos atores.
Tabela 5 – Análise estrutural do exercício de cenarização
245
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Para efeitos deste estudo, quanto mais atores interferem em uma variável,
maior será a probabilidade que ele terá para ser uma “incerteza crítica”
dentro do sistema dos cenários.
Tabela 6 – Análise morfológica, definição de hipóteses e de
cenários
De acordo com os atores, a UGRH Purus apresenta como suas
principais incertezas críticas 1) Eventos hidrológicos críticos, 2) Regime
Climático, 3) Mortalidade/morbidade por doenças de veiculação
hídrica, 4) Atividade agropecuária e avícola, 5) Gestão de Águas
urbanas e 6) Atividades de Pesca. Isto implicou em uma alta criticidade
para a macro-incerteza Integração, em função da demanda sobre outros
setores que interagem com os recursos hídricos, como pesca e
agropecuária.
Os resultados da oficina de cenários indicaram um alta criticidade
para a macro-incerteza Integração, intermediária para Gestão dos
Recursos Hídricos e Disponibilidade de Água, e baixa para Mudanças
Climáticas e Alterações Antrópicas. Uma reconsideração de caráter
técnico e conservativo optou por elevar o nível de criticidade da Gestão
dos Recursos Hídricos e Mudanças Climáticas para o nível máximo.
246
CENÁRIO 2 – ACRE NO LIMITE
CENÁRIO 1 – ACRE INSUSTENTÁVEL
CENÁRIO 3 – ACRE SUSTENTÁVEL
Plano Estadual de Recursos Hídricos
De acordo com a cadeia de causalidade do modelo sistêmico de
projeções (Figura 1), a gestão dos recursos Hídricos acaba por ter uma
influência ampla, magnificando ou minimizando as demais incertezas
críticas, acabando por influenciar fortemente a disponibilidade de água seja
pelo quantidade como pela qualidade. As Mudanças Climáticas
desempenham um papel crítico podendo influenciar a quantidade de água
disponível no sistema hídrico.
Figura 4 – Cadeia de Causalidade com foco na Macro-Incerteza
Gestão dos Recursos Hídricos.
` Os níveis de sustentabilidade da UGRH Purus estão entre os
melhores, já que esta unidade apresenta um dos maiores caudais mínimo
de vazão no período seco, e uma densidade demográfica relativamente
baixa, implicando em níveis baixos de demanda.
Figura 5 – Nível de criticidade das macro-incertezas na UGRH Purus,
conforme sugestão da oficina agregado por avaliação técnica
247
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Tabela 7 – Projeções agregadas para 2014, 2022 e 2030 para a
UGRH Purus.
Oferta de Água com Qualidade (m3/s) -Mínimo Período
Seco
Águas Sustentáveis Águas no Limite Águas Insustentáveis
2014 92,225 83,612 74,988
2022 88,836 80,730 73,520
2030 90,032 81,186 73,442
Demanda de Água com Qualidade
(m3/s)
Águas Sustentáveis Águas no Limite Águas Insustentáveis
2014 0,373 0,559 1,141
2022 0,422 0,637 1,307
2030 0,479 0,730 1,506
Índice de Sustentabilidade do Uso dos recursos Hídricos
Águas Sustentáveis Águas no Limite Águas Insustentáveis
2014 0,891 0,744 0,386
2022 0,864 0,675 0,192
2030 0,848 0,630 0,127
Figura 6 – Índice de Sustentabilidade do uso dos recursos hídricos na UGRH Purus.
248
Plano Estadual de Recursos Hídricos
249
Plano Estadual de Recursos Hídricos
7.4. PROGNÓSTICO UGRH ENVIRA - JURUPARI
1. Características da UGRH
A UGRH Envira é uma das unidades de gestão que apresenta um das
maiores taxas de vazão, e uma alta demanda por água para
dessedentação animal. (Figura 1).
Figura 1 - Aspectos qualitativos da demanda de água.
O seu respectivo balanço quantitativo é considerando excelente de acordo
com índice da ONU (Tabela 1), conforme informações levantadas no
Diagnóstico do PLERH/AC. É uma das regiões que sofre menos com escassez
de água durante o período de estiagem devido ao volumoso caudal do rio
Envira.
Tabela 1- Relação entre Disponibilidade e demanda de água
Disponibilidade Demanda
Balanço Quantitativo (%)
Bacia/UGRH
Qmld
(m³/s)
Q95
(m³/s)
Q7,10
(m³/s)
Retirada
(m³/s)(1) (2) (3)
Avaliação
(ONU)Rio Envira-
Juruparí514,
327,7 8,0 0,1238 0,02 0,45 1,55 Excelent
e
250
Plano Estadual de Recursos Hídricos
A Tabela 2 lista como as ações previstas no PPA 2008-2011 incidem no
conjunto da UGRH Envira.
Tabela 2 – Inserção do PPA (2008-2011) na UGRH Envira-Jurupari.PNRH - TEMAS PRIORITÁRIOS PNRH - SUB-TEMAS
PPA ACRE 2008-2011 (interface com os RH)
Impactos ambientais que repercutem sobre os recursos hídricos
Desmatamento10960000 - Implantação e Descentralização de Viveiros e Fomento ao Reflorestamento
Impactos ambientais que repercutem sobre os recursos hídricos
Desmatamento
11010000 - Fomento a Expansão da Oferta de Planos de Manejo em Florestas Privadas e Implantação do Sistema de Monitoramento de Reserva Legal
Atendimento às Demandas HídricasImpactos ambientais e sociais dos usos da água
Aquicultura/PescaEfluentes industriais
11030000 - Fomento e Modernização da Piscicultura11190000 - Implantação de Pólos Moveleiros nos Municípios
Questões Institucionais Monitoramento 14070000 - Controle Ambiental das Atividades Poluidoras
Questões Institucionais Instrumentos de Gestão
15450000 - Modernização do Sistema de Licenciamento Monitoramento e Fiscalização Ambiental
Questões Institucionais Instrumentos de Gestão
25020000 - Implantação do Marco Regulatório de Saneamento
Questões Institucionais Monitoramento 25200000 - Controle dos desmatamentos e queimadas
Impactos ambientais e sociais dos usos da águaAtendimento às Demandas Hídricas
Efluentes urbanos domésticos.Aqüicultura/Pesca
12540000 - Saneamento na Regional Tarauacá13810000 - Manejo Participativo de Pesca Artesanal
Questões Institucionais Instrumentos de Gestão
21290000 - Implementação do ZEE como Instrumento de Gestão
Questões Institucionais Capacitação11110001 - Fortalecimento da Gestão Institucional
251
Plano Estadual de Recursos Hídricos
As áreas antropizadas e as regiões onde os aqüíferos representam
vulnerabilidades são as áreas potenciais para conflitos entre usuários
(Figuras 2 e 3).
Figura 2 – Áreas Antropizadas na UGRH Envira
Figura 3 – Vulnerabilidade de Aquíferos na UGRH Envira-Jurupari.
252
Plano Estadual de Recursos Hídricos
2. Exercício de Cenarização
O procedimento de cenarização da UGRH Envira-Jurupari, assim como
todas as demais UGRH, foi baseado na metodologia prospectiva de Godet
(GODET, 2000).
Durante o exercício de cenarização com os atores institucionais da
UGRH, e a partir da lista de variáveis do PNRH, foram selecionadas as
variáveis consideradas mais relevantes para aquele contexto (Tabela 3).
Tabela 3- Variáveis selecionadas para a UGRH Envira-Jurupari Qualidade de Água Quantidade de água superficial Quantidade de água subterrânea disponível Alteração do regime natural dos corpos de água Conservação dos biomas Dinâmica de uso e ocupação do solo Mortalidade/ morbidade por doenças de veiculação hídrica Infra-estrutura de controle da poluição doméstica Dinâmica populacional Atividade de pesca Atividade de aqüicultura Implementação do SINGREH (licenciamento, zee, etc) Eficiência no serviço público Interação com outros planos e políticas nacionais.
253
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Da mesma forma, o exercício de cenarização também definiu os
atores que teriam maior peso nas atividades e decisões referentes aos
recursos hídricos (Tabela 4).
Tabela 4 – Lista de atores selecionados par a UGRH Envira MPF
MPE
Agropecuaristas
IBAMA
SEMA
IMAC
DEAS
SEAPROF
Prefeituras
Empresas Madeireiras
Sindicato dos Trabalhadores Rurais
Colônias de Pescadores
Associações Indígenas
GOV FEDERAL - Casa Civil
GOV ESTADUAL - GAB
Universidades e Instituições de Pesq. E Ensino
A análise estrutural (Tabela 5) é a síntese dos dois exercícios
anteriores, onde é definido de que forma cada uma das principais variáveis
(chamadas variáveis motrizes) são afetadas por cada um dos atores.
Tabela 5 – Análise estrutural do exercício de cenarização
254
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Para efeitos deste estudo, quanto mais atores interferem em uma
variável, maior será probabilidade ele terá pra ser uma “incerteza crítica”
dentro do sistema dos cenários.
Tabela 6 – Análise morfológica, definição de hipóteses e de cenários
Figura 4 – Nível de criticidade das macro-incertezas na UGRH Envira, conforme sugestão da oficinas agregado por avaliação
técnica
255
CENÁRIO 2 – ÁGUAS NO LIMITE
CENÁRIO 1 – ÁGUAS INSUSTENTÁVEIS
CENÁRIO 3 – ÁGUAS SUSTENTÁVEIS
Plano Estadual de Recursos Hídricos
No caso da UGRH Envira, os níveis gerais de criticidade para as
incertezas críticas se mantiveram baixos, com pequeno destaque para a
gestão dos Recursos Hídricos e Mudanças Climáticas. A avaliação técnica,
neste caso, optou por manter os níveis provenientes da oficina com os
atores.
Na simulação das projeções, a UGRH Envira apresenta valores do ISRH
mais altos para o cenário Acre Insustentável (Tabela 7 e Figura 5),
comparando-se com as demais UGRH. Isto é devido a alta vazão de seus rios
associado à menor concentração populacional entre as regionais.
Tabela 7 – Projeções agregadas para 2014, 2022 e 2030 para a UGRH Envira
Oferta de Água com Qualidade (m3/s) -Mínimo Período SecoÁguas
SustentáveisÁguas no
Limite Águas Insustentáveis2014 88,363 83,706 79,0442022 86,803 82,290 77,7772030 88,041 83,387 78,733
Demanda de Água com Qualidade (m3/s)Águas
SustentáveisÁguas no
Limite Águas Insustentáveis2014 0,239 0,358 0,7302022 0,270 0,408 0,8372030 0,307 0,467 0,964
Índice de Sustentabilidade do Uso dos recursos HídricosÁguas
SustentáveisÁguas no
Limite Águas Insustentáveis2014 0,909 0,764 0,4052022 0,870 0,681 0,1992030 0,852 0,634 0,131
256
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Figura 5 – Índice de Sustentabilidade do Usos dos Recursos Hídricos na UGRH Envira-Jurupari
7.5. PROGNÓSTICO UGRH TARAUACÁ
1. Características da UGRH
A UGRH Tarauacá é uma das unidades de gestão que apresenta um das
maiores taxas de vazão, e uma alta demanda por água para dessedentação
animal. (Figura 1).
Figura 1 - Aspectos qualitativos da demanda de água.
O seu respectivo balanço quantitativo é considerando excelente de
acordo com índice da ONU (Tabela 1), conforme informações levantadas no
Diagnóstico do PLERH-AC. E uma das regiões que sofre menos com escassez
de água durante o período de estiagem devido ao volumoso caudal do rio
Envira.
257
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Tabela 1- Relação entre Disponibilidade e demanda de água
Bacia/
UGRH
DisponibilidadeDeman
da
Balanço
Quantitativo (%) Avaliaç
ão
(ONU)Qmld
(m³/s)
Q95
(m³/s)
Q7,10
(m³/s)
Retirad
a
(m³/s)
(1) (2) (3)
Rio
Tarauacá406,3 35,2 19,3 0,1400 0,03 0,40 0,73 Excelen
te
258
Plano Estadual de Recursos Hídricos
A Tabela 2 lista como as ações previstas no PPA 2008-2011 incidem no
conjunto da UGRH Tarauacá.
Tabela 2 – Inserção do PPA (2008-2011) na UGRH Tarauacá
PNRHTEMAS
PRIORITÁRIOS
PNRHSUB-TEMAS
PPA ACRE 2008-2011 (interface com os RH)
Impactos ambientais que repercutem sobre os recursos hídricos
Desmatamento10960000 - Implantação e Descentralização de Viveiros e Fomento ao Reflorestamento
Impactos ambientais que repercutem sobre os recursos hídricos
Desmatamento
11010000 - Fomento a Expansão da Oferta de Planos de Manejo em Florestas Privadas e Implantação do Sistema de Monitoramento de Reserva Legal
Atendimento às Demandas Hídricas
Aqüicultura/Pesca 11030000 - Fomento e Modernização da Piscicultura
Questões Institucionais
Monitoramento 14070000 - Controle Ambiental das Atividades Poluidoras
Questões Institucionais
Instrumentos de Gestão
15450000 - Modernização do Sistema de Licenciamento Monitoramento e Fiscalização Ambiental
Questões Institucionais
Instrumentos de Gestão
25020000 - Implantação do Marco Regulatório de Saneamento
Questões Institucionais
Monitoramento 25200000 - Controle dos desmatamentos e queimadas
Impactos ambientais e sociais dos usos da água
Efluentes urbanos domésticos
12540000 - Saneamento na Regional Tarauacá
Questões Institucionais
Instrumentos de Gestão
13420000 - Gestão Integrada de Ações Socioambientais e Econômicas na Área de Influência da BR-364
Atendimento às Demandas HídricasAtendimento às Demandas Hídricas
IrrigaçãoAqüicultura/Pesca
11380000 - Desenvolvimento e Fortalecimento da Cadeia Produtiva de Hortaliças13810000 - Manejo Participativo de Pesca Artesanal
Questões Institucionais
Instrumentos de Gestão
21290000 - Implementação do ZEE como Instrumento de Gestão
Questões Institucionais
Capacitação 11110001 - Fortalecimento da Gestão Institucional
259
Plano Estadual de Recursos Hídricos
As áreas antropizadas e as regiões onde os aqüíferos representam
vulnerabilidades são as áreas potenciais para conflitos entre usuários
(Figuras 2 e 3).
Figura 2 – Áreas Antropizadas na UGRH Tarauacá
260
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Figura 3 – Vulnerabilidade dos Aqüíferos na UGRH Tarauacá
2. Exercício de Cenarização
O procedimento de cenarização da UGRH Tarauacá, assim
como todas as demais UGRH, foi baseado na metodologia prospectiva
de Godet (GODET, 2000).
Durante o exercício de cenarização com o atores institucionais
da UGRH, e a partir da lista de variáveis do PNRH, foram selecionadas
as variáveis consideradas mais relevantes para aquele contexto
(Tabela 3).
Tabela 3 - Variáveis selecionadas para a UGRH Tarauacá
Qualidade de Água
Quantidade de água superficial
Alteração do regime natural dos corpos de água
Bioinvasão
Conservação dos biomas
Dinâmica de uso e ocupação do solo
Mortalidade/ morbidade por doenças de veiculação hídrica
Infra-estrutura de controle da poluição doméstica
Dinâmica populacional
Atividade de pesca
Implementação do SINGREH (licenciamento, ZEE, etc.)
261
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Da mesma forma, o exercício de cenarização também definiu
os atores que teriam maior peso nas atividades e decisões referentes
aos recursos hídricos (Tabela 4).
Tabela 4 – Lista de atores selecionados par a UGRH
Tarauacá
MPE
Agropecuaristas
IBAMA
SEMA
IMAC
DEAS
SEAPROF
Prefeituras
Empresas Madeireiras
Associações R. Extrativista
Sindicato dos Trabalhadores Rurais
Colônias de Pescadores
Associações Indígenas
PERU
GOV FEDERAL - Casa Civil
GOV ESTADUAL - GAB
Universidades e Instituições de Pesq. E Ensino
Defesa Civil
Outras Iniciativas Privadas
A análise estrutural (Tabela 5) é a síntese dos dois exercícios
anteriores, onde é definido de que forma cada uma das principais variáveis
(chamadas variáveis motrizes) são afetadas por cada um dos atores.
Tabela 5 – Análise estrutural do exercício de cenarização
262
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Para efeitos deste estudo, quanto mais atores interferem em uma
variável, maior será a probabilidade que ele terá para ser uma “incerteza
crítica” dentro do sistema dos cenários.
Tabela 6 – Análise morfológica, definição de hipóteses e de
cenários
A bacia do rio Tarauacá é uma das que apresenta menor nível de
vazão durante o período da seca (cerca de 34 m3/s). Em função disto a
oficina de cenarização apontou para um alto nível de criticidade para a
macro-incerteza Disponibilidade de Água. Todavia, uma avaliação técnica
considerou que em função da vulnerabilidade desta bacia, é razoável
incrementar os níveis de criticidades das macro-incertezas Mudanças
Climática, Alterações Antrópicas e Gestão dos Recursos Hídricos (Figura 4).
263
CENÁRIO 2 – ÁGUA NO LIMITE
CENÁRIO 1 – ÁGUAS INSUSTENTÁVEIS
CENÁRIO 3 – ÁGUAS SUSTENTÁVEIS
Plano Estadual de Recursos Hídricos
O ISRH da UGRH Tarauacá (Tabela 7 e Figura 5) apresenta os
menores valores dentre as bacias do oeste do estado (Envira, Tarauacá e
Juruá). Ações para mitigar as causas passam por aqueles fatores que
incrementem a disponibilidade de água, já que o contingente populacional
desta UGRH está entre os mais baixos.
Figura 4 – Nível de criticidade das macro-incertezas na UGRH
Tarauacá, conforme sugestão da oficina agregado por avaliação
técnica
Tabela 7 – Projeções agregadas para 2014, 2022 e 2030 para a
UGRH Tarauacá
Oferta de Água com Qualidade (m3/s) -Mínimo
Período Seco
Águas
Sustentáveis
Águas no
Limite Águas Insustentáveis
2014 9,836 9,000 8,163
2022 9,846 9,011 8,175
2030 9,003 8,185 7,366
Demanda de Água com Qualidade (m3/s)
Águas
Sustentáveis
Águas no
Limite Águas Insustentáveis
2014 0,313 0,470 0,958
264
Plano Estadual de Recursos Hídricos
2022 0,354 0,535 1,098
2030 0,402 0,614 1,265
Índice de Sustentabilidade do Uso dos Recursos
Hídricos
Águas
Sustentáveis
Águas no
Limite Águas Insustentáveis
2014 0,828 0,676 0,294
2022 0,843 0,652 0,162
2030 0,835 0,617 0,109
Figura 5 – Índice de Sustentabilidade do Usos dos Recursos
Hídricos na UGRH Tarauacá
265
Plano Estadual de Recursos Hídricos
7.6. PROGNÓSTICO UGRH JURUÁ
1. Características da UGRH
A UGRH Juruá uma das unidades de gestão que apresenta um das
maiores taxas de vazão, e uma alta demanda relativa para abastecimento
humano, já que apresenta a segundo maior contingente populacional entre
as UGRH, com cerca de 130 mil habitantes. (Figura 1).
Figura 1 –Aspectos qualitativos da demanda de água.
O seu respectivo balanço quantitativo é considerando excelente de
acordo com índice da ONU (Tabela 1), conforme informações levantadas no
Diagnóstico do PLERH-AC. E uma das regiões que sofre menos com escassez
de água durante o período de estiagem devido ao volumoso caudal do rio
Juruá, mas com alta demanda urbana por água com qualidade.
Tabela 1- Relação entre Disponibilidade e demanda de água
Bacia/UGRH
DisponibilidadeDemand
a
Balanço Quantitativo
(%)Avaliaç
ão (ONU)Qmld
(m³/s)Q95
(m³/s)Q7,10 (m³/s)
Retirada (m³/s)
(1) (2) (3)
Rio Juruá 1047,8 123,2 79,9 0,3573 0,03 0,29
0,45
Excelente
266
Plano Estadual de Recursos Hídricos
A Tabela 2 lista como as ações previstas no PPA 2008-2011 incidem no
conjunto da UGRH Juruá.
Tabela 2 – Inserção do PPA (2008-2011) na UGRH JuruáPNRH - TEMAS PRIORITÁRIOS PNRH - SUB-TEMAS
PPA ACRE 2008-2011 (interface com os RH)
Impactos ambientais que repercutem sobre os recursos hídricos
Desmatamento 10960000 - Implantação e Descentralização de Viveiros e Fomento ao Reflorestamento
Impactos ambientais que repercutem sobre os recursos hídricos
Desmatamento 10990000 - Consolidações do Arcabouço Legal da Gestão Florestal
Impactos ambientais que repercutem sobre os recursos hídricos
Desmatamento 11010000 - Fomento a Expansão da Oferta de Planos de Manejo em Florestas Privadas e Implantação do Sistema de Monitoramento de Reserva Legal
Impactos ambientais e sociais dos usos da água
Efluentes industriais 11160000 – Implantação do Parque Industrial Florestal do Município de Cruzeiro do Sul
Questões Institucionais Monitoramento 14070000 - Controle Ambiental das Atividades Poluidoras
Questões Institucionais Instrumentos de Gestão
15450000 - Modernização do Sistema de Licenciamento Monitoramento e Fiscalização Ambiental
Questões Institucionais Instrumentos de Gestão
25020000 - Implantação do Marco Regulatório de Saneamento
Questões Institucionais Monitoramento 25200000 - Controle dos desmatamentos e queimadas
Impactos ambientais e sociais dos usos da água
Efluentes urbanos domésticos
12550000 - Saneamento na Regional do Juruá (ampla Melhoria Micro medição e Cont. de Perdas do Sistema Abast água)
Questões Institucionais Instrumentos de Gestão
13420000 - Gestão Integrada de Ações Socioambientais e Econômicas na Área de Influência da BR-364
Questões Institucionais Instrumentos de Gestão
21290000 - Implementação do ZEE como Instrumento de Gestão
Impactos ambientais e sociais dos usos da água
Efluentes industriais 12740000 - Construção, Ampliação e Reforma do Distrito e Parque Industrial (Rio Branco e Cruz. do Sul) e Porto Seco (Rio Branco)
Questões Institucionais Capacitação 11110001 -
267
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Fortalecimento da Gestão Institucional
As áreas antropizadas e as regiões onde os aqüíferos representam
vulnerabilidades são as áreas potenciais para conflitos entre usuários
(Figuras 2 e 3).
Figura 2 – Áreas Antropizadas na UGRH Juruá
268
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Figura 3 – Vulnerabilidade de Aqüíferos na UGRH Juruá2. Exercício de Cenarização
O procedimento de cenarização da UGRH Juruá, assim como
todas as demais UGRH, foi baseado na metodologia prospectiva de
Godet (GODET, 2000).
Durante o exercício de cenarização com os atores institucionais
da UGRH, e a partir da lista de variáveis do PNRH, foram selecionadas
as variáveis consideradas mais relevantes para aquele contexto
(Tabela 3).
Tabelas 3 - Variáveis selecionadas para a UGRH Juruá
Alteração do regime natural dos corpos de água
Eventos Hidrológicos Críticos
Clima Regime climático
Água para manutenção de ecossistemas
Bioinvasão
Conservação dos biomas
Dinâmica de uso e ocupação do solo
Mortalidade/ morbidade por doenças de veiculação hídrica
Desenvolvimento humano
Infra-estrutura de controle da poluição doméstica
Abastecimento humano
Segurança alimentar e nutricional (da água)
Desigualdade social
Diversidade social
Organização da sociedade civil
Transparência e acesso à informação
Implementação do Sistema de Informação sobre RH
Demanda por água
Atividade industrial
269
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Atividade de mineração
Atividade de pesca
Atividade de aqüicultura
Atividade de navegação
Atividade de turismo e lazer
PIB – Produto interno bruto
Investimento no setor de infra-estrutura
Eficácia no uso da água
Gestão das águas urbanas
Enquadramento dos corpos de água.
Existência de planos de recursos hídricos.
Implementação do processo de alocação de água e da outorga de
direito de uso
Implementação da cobrança pelo uso da água
Implementação do SINGREH (licenciamento, zee, etc)
Ações de educação em recursos hídricos e meio ambiente
Implementação institucional do SINGREH
Implementação de acordos internacionais relativos a RH e MA
ratificados
Investimento e despesa pública em proteção e gestão de recursos
hidricos
Conflitos internacionais por água
Eficiência no serviço público
Produção do conhecimento para o gerenciamento recursos hídricos
Interação com outros planos e políticas nacionais
270
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Da mesma forma, o exercício de cenarização também definiu
os atores que teriam maior peso nas atividades e decisões referentes
aos recursos hídricos (Tabela 4).
Tabela 4 – Lista de atores selecionados par a UGRH Juruá MPF
MPE
Agropecuaristas
Empresas de Navegação
ICMBio
IBAMA
SEMA
IMAC
DEAS
SEAPROF
Prefeituras
ONGS Regionais (AMAJ, OPIRJ, Amigo da Cidade, Associacao das
Parteiras, SOS Amazonia, CPI, etc)
Empresas Madeireiras
Associações R. Extrativista
Sindicato dos Trabalhadores Rurais
Colônias de Pescadores
Associações Indígenas
PERU
GOV FEDERAL - Casa Civil
MDA
GOV ESTADUAL - GAB
Instituições de Cooperação e Financiamento (WWF, UICN, GTZ,
DED, etc)
EMBRAPA
ANATEL
Universidades e Instituições de Pesq. E Ensino
Defesa Civil
271
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Outras Iniciativas Privadas
SEF
FUNASA
FUNAI
ANA
DERACRE
INCRA
MMA
A análise estrutural (Tabela 5) é a síntese dos dois exercícios
anteriores, onde é definido de que forma cada uma das principais variáveis
(chamadas variáveis motrizes) são afetadas por cada um dos atores.
Tabela 5 – Análise estrutural do exercício de cenarização
Para efeitos deste estudo, quanto mais atores interferem em uma
variável, maior será probabilidade ele terá pra ser uma “incerteza crítica”
dentro do sistema dos cenários.
Tabela 6 – Análise morfológica, definição de hipóteses e de cenários
272
Plano Estadual de Recursos Hídricos
De acordo com os atores da UGRH Juruá apresenta como suas
principais incertezas críticas 1) Transparência e Aceso a Informação, 2)
Enquadramento dos corpos d água, 3) Implementação do SISGREH e
4) Ações de educação em recursos hídricos e meio ambiente.
Isto implicou em uma alta criticidade para a macro-incerteza Gestão
dos Recursos Hídricos.
Os resultados da oficina de cenários indicaram um alta criticidade
para a macro-incerteza Gestão dos Recursos Hídricos, intermediária
para Mudanças Climáticas, e baixa para Integração, Ações
Antrópicas e Disponibilidade de Água. Um reconsideração de caráter
técnico e conservativo, optou por elevar o nível de criticidade destas últimas
para o nível intermediário e de Mudanças Climáticas para o nível alto.
De acordo com a cadeia de causalidade do modelo sistêmico de
projeções (Figura 1), a gestão dos recursos Hídricos acaba por ter uma
influência ampla, magnificando ou minimizando as demais incertezas
críticas, acabando por influenciar fortemente a disponibilidade de água seja
pelo quantidade como pela qualidade. As Mudanças Climáticas
desempenham um papel crítico podendo influenciar a quantidade de água
disponível no sistema hídrico.
273
CENÁRIO 2 – ÁGUAS NO LIMITE
CENÁRIO 1 – ÁGUAS INSUSTENTÁVEIS
CENÁRIO 3 – ÁGUAS SUSTENTÁVEIS
Plano Estadual de Recursos Hídricos
Figura 4 – Cadeia de Causalidade com foco na Macro-Incerteza Gestão dos Recursos Hídricos.
Os níveis de sustentabilidade da UGRH estão entre os melhores, já que esta unidade apresenta o maior caudal mínimo de vazão no período, embora apresente a segunda maior população do estado, estando atrás apenas da UGRH Acre-iquiri.
Figura 5 – Nível de criticidade das macro-incertezas na UGRH Juruá, conforme sugestão das oficinas agregado por avaliação técnica.
Tabela 7 – Projeções agregadas para 2014, 2022 e 2030 para a UGRH Juruá
Oferta de Água com Qualidade (m3/s) - Mínimo Período Seco
Águas Sustentáveis Águas no Limite Águas Insustentáveis
2014 82,983 74,323 66,961
2022 81,688 74,817 69,340
2030 82,945 75,563 68,152
Demanda de Água com Qualidade (m3/s)
Águas Sustentáveis Águas no Limite Águas Insustentáveis
2014 0,977 1,465 2,989
2022 1,104 1,670 3,425
2030 1,255 1,914 3,946
Índice de Sustentabilidade do Uso dos Recursos Hídricos
Águas Sustentáveis Águas no Limite Águas Insustentáveis
2014 0,886 0,741 0,375
2022 0,862 0,674 0,189
2030 0,847 0,630 0,125
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Plano Estadual de Recursos Hídricos
Figura 6 – Índice de Sustentabilidade do Uso dos Recursos Hídricos na UGRH Juruá
275