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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO COMISSÃO DE REVALIDAÇÃO DE DIPLOMA DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA COMISSÃO PERMANENTE DO CONCURSO VESTIBULAR PROCESSO DE REVALIDAÇÃO DE DIPLOMA DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA (Edital N° 01/2012) PROVA ESCRITA Caderno de Questões INSCRIÇÃO: SALA: CARTEIRA: NOME: Número de questões: 100 Duração: 05 horas ATENÇÃO: Todas as questões são de múltipla escolha. Cada questão apresenta cinco alternativas para resposta das quais apenas uma é correta. Preencha, na FOLHA DE RESPOSTA, o espaço correspondente à alternativa escolhida, utilizando caneta esferográfica de tinta azul ou preta.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO

COMISSÃO DE REVALIDAÇÃO DE DIPLOMA DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA

COMISSÃO PERMANENTE DO CONCURSO VESTIBULAR

PPRROOCCEESSSSOO DDEE RREEVVAALLIIDDAAÇÇÃÃOO DDEE DDIIPPLLOOMMAA DDEE GGRRAADDUUAAÇÇÃÃOO EEMM MMEEDDIICCIINNAA

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Número de questões: 100 Duração: 05 horas

ATENÇÃO: Todas as questões são de múltipla escolha. Cada questão

apresenta cinco alternativas para resposta das quais apenas uma

é correta. Preencha, na FOLHA DE RESPOSTA, o espaço

correspondente à alternativa escolhida, utilizando caneta

esferográfica de tinta azul ou preta.

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I - CLÍNICA MÉDICA

Paciente do sexo feminino, 45 anos, queixa-se de artralgia e edema articular simétrico nas metacarpofalangeanas e interfalangeanas proximais, há 3 meses. Relata ainda astenia e cefaléias ocasionais. Sem manifestações dermatológicas.

Quanto ao quadro descrito, é correto afirmar:

a) Rigidez matinal superior a uma hora, edema articular ou periarticular observado por médico, particularmente quando simétrico e acometendo interfalangeanas distais e metacarpofalengeanas, fator reumatóride positivo e achados radiológicos de osteopenia são critérios diagnósticos de artrite reumatóide.

b) Envolvimento articular mais comum na artrite reumatóide ocorre nas articulações metacarpofalangeanas, interfalangeanas e de punhos, sendo que acometimento dos joelhos, tornozelos e articulações sacroilíacas ou coluna cervical torna o diagnóstico improvável e fortalece a hipótese de uma artrite soronegativa.

c) O derrame pleural da artrite reumatóide é exsudativo com perfil neutrofílico, desidrogenase lática elevada, pH baixo e glicose consumida, tendo o empiema como diagnóstico diferencial. É mais comum no sexo masculino e em pacientes com nódulos reumatóides.

d) Além de derrames pleurais, o envolvimento respiratório na artrite reumatóide costuma manifestar-se na forma de nódulos reumatóides pulmonares e bronquiolite obliterante sem pneumonia organizante, mas não por fibrose parenquimatosa ou pneumonia organizante.

01.

e) Nódulos reumatóides, vasculite leucocitoclástica e pioderma gangrenoso são manifestações cutâneas da artrite reumatóide, todas raras (incidência inferior a 5% cada).

Paciente do sexo feminino, estudante de pós-graduação, 38 anos, foi trazida pela família com hemiparesia esquerda com 7 dias de evolução progressiva, além de febre, perda ponderal (8kg em 3 meses), tosse improdutiva e febre. O exame físico mostra paciente em mau estado geral, torporosa, emagrecida, febril (38˚C), hipoidratada, eupneica, hipocorada, anictérica. Moderada dermatite seborréica na face. Déficit motor confirmado objetivamente: força motora grau 2 à esquerda, preservada à direita. Não há rigidez de nuca. Ausculta pulmonar com murmúrio vesicular presente em ambos hemitórax, roncos bilaterais. Ausculta cardíaca com ritmo cardíaco regular em dois tempos, sem sopros, bulhas taquicárdicas, normofonéticas. Abdome escavado, flácido, indolor. Extremidades sem edema e com perfusão regular. Dentre os exames laboratoriais, a sorologia para o vírus da imunodeficiência adquirida foi positiva.

Quanto ao quadro descrito, é correto afirmar:

a) Epidemiologicamente, a causa mais provável para o quadro neurológico é a neurotoxoplasmose, a qual deve ser confirmada com tomografia computadorizada, contrastada, do crânio e tratada com associação sulfametoxazol-trimetropima.

b) Ausência de rigidez de nuca não afasta a possibilidade de meningite tuberculosa ou meningite criptocócica; pode ser indicada uma punção liquórica com análise quimiocitológica do líquor, após avaliação inicial com tomografia computadorizada do crânio.

c) O quadro clínico da paciente sugere que os exames adicionais mostrem contagem de células CD 4 e carga viral baixas.

d) A ausência de cavitação à radiografia do tórax torna improvável o diagnóstico de tuberculose e fortalece a hipótese de pneumonia comunitária ou por pneumocistis.

02.

e) Este caso ilustra as tendências de feminização, interiorização, pauperização e envelhecimento da epidemia da síndrome.

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Quanto à terapia antirretroviral, julgue as afirmativas:

I) Deve ser indicada de acordo com a contagem de CD4, sendo iniciada abaixo de 200 células/ml.

II) Além de dois inibidores de transcriptase reversa nucleotídeos, o esquema deve contar com um inibidor de transcriptase reversa não-nucleotídeo ou um inibidor de protease.

III) Lamivudina e nevirapina são exemplos de inibidores da transcriptase reversa não nucleotídeos

IV) Ritonavir e abacavir são exemplos de inibidores de protease

Está(ão) correta(s) apenas:

a) I

b) II

c) I e II

d) III e IV

03.

e) II, III e IV

Paciente do sexo feminino, 41 anos, queixa-se de dispnéia progressiva aos esforços, há cerca de seis meses, desencadeada atualmente por esforços moderados. Sem outras queixas respiratórias, cardíacas ou sistêmicas, exceto astenia. Exame físico mostra paciente em bom estado geral, lúcida, normocorada e hidratada, afebril, acianótica, anictérica. Ausculta respiratória com murmúrio vesicular presente em ambos os hemitórax, sem ruídos adventícios; ausculta cardíaca com ritmo cardíaco regular, em dois tempos, com hiperfonese da segunda bulha no foco pulmonar. Extremidades sem edema, com boa perfusão. Exames laboratoriais mostram hemograma e bioquímica normais, com exceção das aminotransferases glutâmica e pirúvica em 150 e 180U/l, respectivamente. Sorologias: HBsAg negativo, antiBbc IgG positivo, antiHBc IgM negativo, antiHBsAg positivo e anti-HCV positivo. Ecocardiograma com câmaras cardíacas normais, fração de ejeção do ventrículo esquerdo em 61%, pressão sistólica estimada da artéria pulmonar de 53 mmHg.

Quanto ao quadro descrito e baseando-se nas diretrizes internacionais para o manejo da enfermidade, é correto afirmar:

a) No contexto clínico e dos achados ecocardiográfico e sorológico, pode-se preterir a medida direta da pressão da artéria pulmonar por cateterismo de câmaras direitas e iniciar o tratamento.

b) A sorologia não parece implicada na causa da dispnéia da paciente.

c) Confirmada a hipótese diagnóstica, cabe o tratamento com digoxina, nitrato oral, diurético em baixa dose e citrato de sildenafila.

d) No contexto do acometimento hepático da paciente, o antagonista da endotelina sintaxetan não deve ser utilizado.

04.

e) Inibidores da enzima conversora de angiotensina, antagonistas dos receptores de angiotensina, betabloqueadores não seletivos e antagonistas da aldosterona mostraram benefício de sobrevida nesses casos.

O quadro clínico a seguir serve de suporte para as questões 5 e 6:

Paciente do sexo feminino, 75 anos, no 7˚dia pós-operatório de colo do fêmur esquerdo, apresenta tosse, dispnéia, dor pleurítica e cianose há 15 minutos. Antecedentes de hipertensão arterial sistêmica e osteoporose, ex-tabagista, 1 maço/dia, tendo parado de fumar há 20 anos. Usuária de hidroclorotiazida e enalapril, além de alendronato de sódio. O exame físico mostra paciente em mau estado geral, taquidispneica, com discreta cianose labial, hipocorada, afebril. Ausculta pulmonar mostra murmúrio vesicular presente em ambos os hemitórax, com alguns sibilos expiratórios. Ausculta cardíaca com ritmo regular e taquicardia. Abdome plano, flácido e indolor. Extremidades com discreto edema frio bilateral, +/4 + à direita e 2+/4+ à esquerda. Frequência cardíaca 90 bpm, pressão arterial 140x90 mmHg, frequência respiratória 28 irpm, oximetria de pulso 89% (com oxigênio em cateter nasal, 2 litros por minuto). A radiografia do tórax mostra discreto velamento do seio costofrênico à direita.

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Quanto ao quadro descrito, é correto afirmar:

a) A dosagem do D-dímero é a primeira conduta diagnóstica.

b) A dosagem do D-dímero, caso positiva, confirma o diagnóstico.

c) Doppler venoso de membros inferiores, caso positivo, dispensa outros exames diagnósticos confirmatórios.

d) Espirometria ou pico de fluxo expiratório (peak flow) são condutas adequadas para elucidação diagnóstica.

05.

e) Um estudo ventilação-perfusão (VQ) é uma escolha acertada para confirmar o diagnóstico.

Considerando o tratamento para o quadro exposto, é correto afirmar:

a) Corticosteróides intravenosos, broncodilatadores inalatórios e oxigênio em ventilação não invasiva são indicados.

b) Anticoagulação com heparina e antibioticoterapia para pneumonia nosocomial tardia devem ser iniciadas.

c) Suporte intensivo, monitorização, oxigenoterapia por máscara de Venturi, analgesia e anticoagulação com enoxaparina são indicados.

d) A paciente é candidata à trombólise com estreptoquinase ou alteplase, desde que afastadas as contraindicações.

06.

e) Intubação orotraqueal e ventilação protetora com tempo expiratório prolongado devem ser utilizadas.

Paciente do sexo masculino, 65 anos, procurou o pronto-socorro devido à piora da dispnéia e da tosse há dois dias. Refere aumento da quantidade de expectoração, a qual se tornou purulenta há 24h. Ex-tabagista (um maço/dia por 40 anos); hipertenso (usuário de nifedipina de liberação prolongada) e com gota (usuário de alopurinol). Sem outros antecedentes. Ao exame físico: paciente em regular estado geral, vigil, consciente, taquidispneico, normocorado, acianótico, anictérico, afebril. Ausculta pulmonar mostra murmúrio vesicular reduzido em ambos os hemitórax, tempo expiratório prolongado, com sibilos expiratórios. Ausculta cardíaca com ritmo regular, em dois tempos, bulhas hipofonéticas. Abdome plano, flácido e indolor. Extremidades com discreto edema bilateral, frio e simétrico. Freqüência cardíaca 110 bpm, pressão arterial 130x80 mmHg, frequência respiratória 26 irpm, oximetria de pulso 90% em ar ambiente.

Quanto ao quadro descrito, é correto afirmar:

a) O quadro do paciente, já à sua chegada, demonstra que há critérios clínicos para tratamento com corticóide sistêmico, antibioticoterapia e uso de broncodilatadores inalatórios.

b) Radiografia do tórax será suficiente para excluir diagnósticos como pneumonia, derrame pleural, pneumotórax e doença pulmonar obstrutiva crônica.

c) Radiografia do tórax e hemograma normais tornam desnecessário o uso de antibiótico.

d) O paciente necessita de oxigênio por máscara e não se beneficia de ventilação não-invasiva com pressão positiva.

07.

e) Resolvido o desconforto respiratório inicial, uma espirometria, uma dosagem de imunoglobulina E e testes cutâneos para alérgenos estão indicados.

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Paciente do sexo masculino, 58 anos, procurou o pronto-socorro devido a dor precordial de forte intensidade há 120 minutos. A dor é descrita como opressiva e insuportável e irradia-se para o pescoço, ombro esquerdo e o dorso do tórax. O paciente é tabagista desde a idade de 20 anos até o presente, um maço e meio por dia. Usuário de nifedipina e hidroclorotiazida por hipertensão arterial. Ao exame físico: paciente visivelmente ansioso, com fácies de dor, pálido, diaforético, acianótico, anictérico, afebril. Ausculta pulmonar com murmúrio vesicular presente em ambos os hemitórax, estertores crepitantes nas bases dos pulmões. Ausculta cardíaca com ritmo regular, em dois tempos, bulhas normofonéticas. Abdome flácido e indolor. Extremidades com discreto edema bilateral, frio e simétrico. Pulsos fortes e simétricos nos quatro membros. Frequência cardíaca 120 bpm, pressão arterial 140x90 mmHg (aferida nos dois braços), frequência respiratória 22 irpm, oximetria de pulso 95% em ar ambiente. O eletrocardiograma mostrou infradesnivelamento do seguimento ST e ondar T simétricas nas derivações frontais D2, D3 e aVF, bem como nas precordiais de V5 a V6.

Considerando o quadro descrito, é correto afirmar:

a) O paciente tem carga tabágica de cerca de 20 anos.maço.

b) O diagnóstico provável é o de um infarto transmural.

c) Trata-se de um paciente classe 1 pela classificação de Killip.

d) Parece haver aneurisma dissecante de aorta concomitante à síndrome coronariana.

08.

e) Pela descrição do eletrocardiograma, trata-se de síndrome coronariana sem supradesnivelamento do segmento ST.

Paciente do sexo feminino, 23 anos, admitida no pronto-socorro com astenia intensa e dispnéia. Nos últimos três dias, vinha apresentando poliúria, polaciúria, disúria e polidipsia, além de febre. Antecedente de diabetes tipo 1, em uso regular de insulina NPH (duas injeções por dia: pela manhã cedo e à noite) e insulina regular (uma dose ao meio dia) há 8 anos. Sem história de etilismo, tabagismo ou uso de tóxicos. Ao exame físico: regular estado geral, consciente, hipoidratada, taquidispneica, hipocorada, acianótica, anictérica, febril. Ausculta pulmonar: murmúrio vesicular simétrico, sem ruídos adventícios. Ausculta cardíaca: ritmo regular, em dois tempos, bulhas hiperfonéticas, sem sopros. Abdome plano, flácido e discretamente dolorido, mas sem dor à descompressão brusca. Dor intensa à punhopercussão lombar. Extremidades com perfusão lentificada. Frequência cardíaca 120 bpm, pressão arterial 80x40 mmHg, frequência respiratória 30 irpm, temperatura axilar de 38,6ºC, oximetria de pulso 98% em ar ambiente. Exames laboratoriais: gasometria com pH 7,1, bicarbonato 13 mEq/L, excesso de base menos 8 mEq/L, glicemia 352 mg/dl, sódio 126 mEq/L, potássio 2,1 mEq/L, fósforo 2,3 mg/dl, uréia 68 mg/dl, creatinina 1,2 mg/dl, hemograma com hemoglobina 12g/dl, leucometria 15.200/ml, com desvio à esquerda, plaquetometria 420.000/ml.

Considerando o quadro descrito, é INCORRETO afirmar:

a) Trata-se de cetoacidose diabética desencadeada por sepse grave de foco urinário.

b) O tratamento inicial deve incluir imediata reposição de solução salina, potássio e fósforo intravenosos, sem insulinoterapia.

c) O tratamento inicial deve incluir infusão de solução de bicarbonato de sódio intravenoso em via separada dos outros eletrólitos.

d) Antibioticoterapia intravenosa empírica deve ser iniciada com quinolona ou cefalosporina de terceira geração.

09.

e) Urinálise e urocultura devem ser colhidas para confirmar as hipóteses diagnósticas, mas a espera do resultado não deve atrasar o tratamento.

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Paciente do sexo feminino, 65 anos de idade, readmitida no hospital por tosse, febre e dispnéia. Teve alta hospitalar há 4 dias, após 15 dias de internação por pielonefrite. Antecedentes de bronquiectasia, diabetes mellitus tipo 2, hipertensão arterial sistêmica e acidente vascular cerebral há 2 anos. O exame físico mostra paciente em estado geral comprometido, sonolenta, desidratada ++/4+, taquidispneica, acianótica, hipocorada, anictérica, afebril. Atendendo a comandos simples e retirando os quatro membros ao estímulo. Ausculta pulmonar: murmúrio vesicular simétrico, com estertores crepitantes na base direita e roncos difusos. Ausculta cardíaca: ritmo regular, em dois tempos, bulhas taquicárdicas, sem sopros. Abdome semigloboso, flácido e indolor. Extremidades com perfusão alentecida. Frequência cardíaca 90 bpm, pressão arterial 90x60 mmHg, frequência respiratória 28 irpm, temperatura axilar de 37,1ºC, oximetria de pulso 86% em ar ambiente.

De acordo com o quadro de pneumonia descrito e considerando o internamento atual, é INCORRETO afirmar:

a) Trata-se de pneumonia nosocomial, a ser tratada com antibioticoterapia de largo espectro, incluindo cobertura antipseudomonas.

b) A presença de infecção respiratória invasiva com o antecedente de bronquiectasia já indica, por si só, cobertura antibiótica de largo espectro, com cobertura antipseudomonas.

c) A medicação antibiótica utilizada na última internação não influencia a escolha do antibiótico atual, posto que já será necessária cobertura de largo espectro antipseudomonas.

d) Carbapenêmicos, penicilinas com inibidores de penicilinase e cefalosporinas de quarta geração são opções adequadas a princípio.

10.

e) Além de hemograma, bioquímica e radiografia do tórax, uma gasometria arterial, um par de hemoculturas, urocultura e, em caso de intubação, cultura de secreção traqueal devem ser colhidos.

Paciente do sexo feminino, 25 anos, secretária, queixa-se de tosse há três semanas. Interrogada, informa que tem febre e perda ponderal de 4 kg no período. Tem expectoração clara. Sem queixas nasais ou faríngeas. Antecedente de asma na infância (sem crise há 12 anos), etilismo (cerveja, seis garrafas por semana) e tabagismo ocasional. Ao exame físico: paciente em bom estado geral, normohidratada, eupneica, acianótica, anictérica, afebril. Ausculta pulmonar: murmúrio vesicular presente em ambos os hemitórax, rude e com estertores crepitantes no lobo superior direito, sem sibilos. Ausculta cardíaca: normal. Abdome plano, flácido e indolor. Extremidades sem edemas e com perfusão normal. Frequência cardíaca 90 bpm, pressão arterial 110x60 mmHg, frequência respiratória 20 irpm, temperatura axilar de 37,0ºC, oximetria de pulso 97% em ar ambiente. A radiografia do tórax mostra opacidade no lobo superior direito, com pequena cavitação. A primeira baciloscopia do tórax foi negativa.

Considerando o quadro descrito, é correto afirmar:

a) A paciente deve ser submetida a mais uma ou duas baciloscopias do escarro pela técnica de Gram.

b) A paciente deve receber tratamento para pneumonia comunitária com levofloxacina.

c) Pode-se prescindir da sorologia para o vírus da imunodeficiência adquirida.

d) Pode-se prescindir da prova tuberculínica (PPD).

11.

e) Pode-se prescindir de exames de função hepática (bilirrubinas, albumina) e marcadores de injúria hepática (aminotransferases).

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Paciente do sexo masculino, 46 anos, foi admitido no Pronto-Socorro com dispnéia intensa. Trata-se de paciente renal crônico em tratamento conservador, diabético há 22 anos, hipertenso, usuário de furosemida 80mg/dia, nifedipina 40mg/dia, hidralazina 75mg/dia, insulina NPH 20 unidades em tomada única. Exame físico: paciente em mau estado geral, taquidispnéico, pálido, diaforético, com cianose labial. Agitado, sentado na maca, procura levantar-se. Tosse e expectora secreção rósea. Ausculta pulmonar com roncos e estertores crepitantes difusos em ambos os hemitórax. Ausculta cardíaca com ritmo regular, em dois tempos, bulhas hiperfonéticas e taquicárdicas. Abdome flácido. Extremidades com edema simétrico, 2/4+. Frequência cardíaca 110 bpm, pressão arterial 190x110 mmHg (aferida nos dois braços), frequência respiratória 35 irpm, oximetria de pulso 83% em ar ambiente, glicemia capilar 210mg/dl.

Para o quadro descrito, a conduta inicial correta é:

a) Deitar o paciente para monitorização e eletrocardiograma, pois pode se tratar de equivalente isquêmico – infarto sem dor, comum nos pacientes diabéticos.

b) Ofertar oxigênio por ventilação não invasiva, furosemida e morfina intravenosas, insulina subcutânea, monitorização cardíaca, de oximetria e pressão arterial.

c) Fornecer oxigênio em máscara de Venturi a 50%, furosemida e morfina intravenosas, nitroprussiato de sódio em bomba de infusão contínua, monitorização cardíaca, oximetria e pressão arterial.

d) Fornecer oxigênio em máscara de Venturi a 50%, furosemida e morfina intravenosas, nitroprussiato de sódio e dobutamina em bomba de infusão contínua, monitorizando ritmo cardíaco, oximetria e pressão arterial.

12.

e) Monitorizar e sedar o paciente para proceder à intubação orotraqueal pois, na condição de renal crônico, o paciente não responderá às medicações usuais, como a furosemida.

Paciente do sexo masculino, 22 anos, foi admitido no Pronto-Socorro com dispnéia intensa. Trazido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), o paciente havia sido encontrado pela família sozinho em casa, muito dispnéico e já sonolento. Sem antecedentes mórbidos. Exame físico: paciente em mau estado geral, em ventilação mecânica por tubo orotraqueal, pálido, diaforético, com cianose labial. Há muita secreção no tubo orotraqueal, que precisa ser aspirado a cada minuto. Também há muita secreção nasal e em orofaringe (salivação). Ausculta pulmonar com roncos difusos em ambos os hemitórax. Ausculta cardíaca com ritmo regular, em dois tempos, bulhas normofonéticas. Abdome flácido, depressível, hiperperistáltico. Extremidades com sudorese fria e presença de fasciculações. Pupilas em miose acentuada. Frequência cardíaca 75 bpm, pressão arterial 120x70 mmHg, frequência respiratória 35 irpm, oximetria de pulso 87% em fração inspirada de oxigênio a 100%.

Para o quadro descrito de síndrome colinérgica por intoxicação, a conduta inicial correta é:

a) Administrar furosemida e morfina intravenosas, ácido acetil-salicílico via sonda nasogástrica; acionar serviço de hemodinâmica.

b) Administrar midazolam in bolus, cisatracúrio intravenoso e instalar sistema de aspiração fechada.

c) Administrar ceftriaxone e clindamicina IV.

d) Administrar atropina IV in bolus; considerar pralidoxima IV.

13.

e) Realizar lavagem nasogástrica com carvão ativado, bicarbonato de sódio a 8,4% IV em bomba de infusão, hemodiálise.

Paciente de 50 anos, diabética, é admitida na UTI com história de febre, tosse com expectoração amarelada e dispnéia. Ao exame, encontra-se sonolenta com frequência respiratória, 36 irpm, frequência cardíaca, 130 bpm e pressão arterial 80x60 mmHg. Débito urinário e fezes sem alterações. Foi submetida à entubação orotraqueal, sendo iniciado antibioticoterapia endovenosa e droga vasoativa. No segundo dia de internação foram colhidos os seguintes exames: gasometria arterial: pH 7,2, paO2= 160 mmHg, PaCO2 = 32 mmHg, bicarbonato= 16 meQ/L. Sódio plasmático= 140 mEq/L, Cloro plasmático= 116 mEq/L , Potássio plasmático= 4 mEq/L.

Com relação ao estado ácido-básico da paciente, é correto afirmar que se trata de uma

a) acidose metabólica descompensada causada por septicemia.

b) acidose mista descompensada causada por septicemia.

c) acidose metabólica compensada causada por cetoacidose diabética.

d) acidose metabólica descompensada do tipo acidose tubular renal.

14.

e) acidose metabólica descompensada causada por cetoacidose diabética.

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Paciente de 60 anos, sexo feminino, tabagista 20 anos.maço, admitida na enfermaria com história de perda de peso, tosse, adinamia e alteração do nível de consciência há mais de dois meses. Ao exame, encontra-se: sonolenta, com frequência respiratória 16 irpm, frequência cardíaca 75 bpm, pressão arterial 120x80 mmHg. Rx tórax: opacidade de bordas espiculadas de aproximadamente 5 cm no lobo superior direito. No segundo dia de internação, foram colhidos os seguintes exames: Sódio plasmático= 106 mEq/L, Glicose plasmática= 180 mEq/L, Potássio plasmático= 4 mEq/L, Uréia plasmática= 60 mg/dL, Creatinina plasmática = 0,8 mg/dL.

A partir do quadro clínico e alterações laboratoriais e de imagem da paciente, é correto afirmar:

a) Há uma hiponatremia hipertônica por desidratação e desnutrição, devendo ser tratada com reposição de sódio.

b) Há uma hiponatremia hipotônica por provável síndrome da secreção inapropriada de hormônio antidiurético, devendo ser tratada com restrição hídrica e reposição de sódio.

c) Há uma hipernatremia hipotônica por desidratação e desnutrição, devendo ser tratada com liberação de ingesta hídrica e suporte nutricional.

d) Há uma hiponatremia normotônica por provável síndrome da secreção inapropriada de hormônio antidiurético, devendo ser tratada com reposição de sódio.

15.

e) Há uma hiponatremia hipotônica por desidratação e desnutrição, devendo ser tratada com reposição de sódio e suporte nutricional.

Paciente de 55 anos é portador de doença renal crônica em hemodiálise há 6 anos. Nos últimos meses, vem apresentando dores ósseas difusas.

Quanto à doença óssea associada à doença renal crônica, julgue as assertivas:

I. É sinônimo de osteíte fibrosa cística, caracterizando-se por hipocalcemia, hiperfosfatemia e aumento de paratormônio sérico.

II. Pode apresentar-se como doença óssea adinâmica, caracterizando-se por paratormônio sérico normal ou reduzido.

III. Faz parte de sua fisiopatologia a redução da primeira hidroxilação da vitamina D no tecido renal.

IV. As calcificações metastáticas são mais comuns em pacientes que apresentam neoplasia óssea associada.

Está(ão) correta(s) apenas:

a) I, II e IV

b) III e IV

c) I, II e III

d) I

16.

e) II

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Paciente de 25 anos chega ao consultório COM história de dor, calor e edema em articulações de mãos e pés, há seis meses. Durante interrogatório sistemático, afirma que nos últimos meses têm surgido várias “aftas” na boca e, sempre que se expõe ao sol, o rosto fica muito vermelho. Na última semana, passou a apresentar tosse, tendo procurado o posto de saúde. Ao exame: edema e calor em articulação de mãos e PA: 180x100 mmHg. Traz os seguintes exames solicitados no Posto de Saúde:

• Hemograma que mostra: hemoglobina 9,8 g/dL, hematócrito 30%, leucócitos totais: 3500 /mm3 , plaquetas: 80.000/ mm3,

• Protoparasitológico de fezes: Presença de Entamoeba coli

• Sumário de urina: pH 5,5, densidade 1020, nitrito negativo, proteínas ++, hemáceas 100/ campo, leucócitos, 30/campo

• Rx tórax: presença de parábola de Damoiseau à direita

• Uréia : 100 mg/dL, Creatinina 2,5 mg/dL

A partir desses dados, a melhor conduta a ser tomada nesse momento é:

a) Solicitar pesquisa de fator reumatóide, fator antinuclear, anti-DNA para iniciar o tratamento no retorno médico.

b) Internar a paciente para pesquisa de fator reumatóide, fator antinuclear, anti-DNA, e iniciar imediato tratamento com imunossupressão.

c) Internar a paciente para pesquisa de doença reumatólogica e iniciar tratamento com anti-inflamatório não hormonal.

d) Iniciar tratamento com corticóide oral, enquanto aguarda os exames de fator reumatóide, fator antinuclear e anti-DNA.

17.

e) Internar a paciente para pesquisa de doença reumatológica e aguardar resultado de exames.

Paciente de 40 anos é admitido na enfermaria com história de sete episódios de evacuações intestinais por dia, há três meses. As fezes são acompanhadas de muco e sangue, e o paciente já perdeu dez quilos nesse período.

Considerando o quadro clínico exposto, é correto afirmar:

a) Exames parasitológicos de fezes não fazem parte do roteiro diagnóstico por se tratar de diarréia crônica.

b) Os achados de leucocitose, eosinofilia e VHS elevada sugerem diarréia por má absorção.

c) A frequência da evacuação pode resultar em alcalose metabólica.

d) Tratamento com antidiarreicos orais deve ser iniciado, até esclarecimento diagnóstico.

18.

e) Os achados radiográficos não têm boa correlação com a atividade da doença.

Paciente do sexo masculino, 79 anos, hospitalizado há três dias por pneumonia adquirida na comunidade, passou a apresentar alteração comportamental há pouco menos de 24 horas. Tem antecedentes de diabetes tipo II, com retinopatia e perda parcial da acuidade visual. Etilista dos 20 aos 76 anos. A filha, sua acompanhante, mostra-se bastante ansiosa, queixa-se de que o paciente está agressivo desde a tarde anterior, e que à noite esteve particularmente agitado, tratando-a com palavras chulas, cuspindo e mordendo quem se aproximasse. Ao exame físico, o paciente está sonolento; após ser despertado, mostra-se arredio, não colaborativo, e tenta atingir o examinador com um soco. Está desidratado, eupnéico, acianótico, normocorado, afebril. Ausculta pulmonar: murmúrio vesicular presente em ambos os hemitórax, com alguns estertores crepitantes na base esquerda, com discreta melhora em relação ao exame da admissão. Ausculta cardíaca: ritmo regular e bulhas taquicárdicas sem sopros. Abdome flácido e indolor. Extremidades sem edemas e com perfusão adequada. FC 100bpm, PA 140x90 mmHg, FR 28 irpm.

Quanto ao quadro descrito, é correto afirmar:

a) A investigação inclui nova dosagem de eletrólitos e bioquímica sérica completa, novo hemograma, saturação de oxigênio e glicemia capilar.

b) O tratamento inclui diazepam oral em dosagem suficiente para deixar o paciente calmo, mas não excessivamente sonolento.

c) Trata-se de delirium tremens, e deve ser tratado com midazolam injetável e propranolol oral.

d) Trata-se de esquizofrenia paranóide, e deve ser tratado com neurolépticos.

19.

e) A baixa acuidade visual do paciente não tem relação com o desenvolvimento da enfermidade em questão.

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9

Paciente do sexo masculino, 52 anos, em observação na Sala Vermelha do Pronto-Socorro, onde chegou há 6 horas com dor precordial típica e recebeu diagnóstico clínico e eletrocardiográfico de infarto de parede inferior, Killip 1. Recebeu trombólise com estreptoquinase, e teve critérios de reperfusão. Agora, queixa-se de reinício da dor precordial, tão intensa quanto à admissão, e apresentou um episódio de vômito. Exame físico: paciente ansioso, com a mão no precórdio, taquipneico, acianótico, pálido e com sudorese fria. Turgência jugular a 45˚. Ausculta pulmonar: normal. Ausculta cardíaca: ritmo regular, bulhas taquicárdicas sem sopros. Abdome flácido e indolor. Extremidades sem edemas e com perfusão reduzida. O monitor mostra ressurgimento do supradesnivelamento do segmento ST. FC 100 bpm, PA 70x40 mmHg, FR 21irpm, SpO2 99% com oxigênio em cateter nasal. O ECG mostra supradesnivelamento nas derivações D2, D3 e aVf, além de V3R e V4R.

Considerando que o serviço de hemodinâmica mais próximo fica a 40 km, a conduta correta para o quadro descrito é:

a) Intubação traqueal e balão intra-aórtico.

b) Nova trombólise com estreptoquinase.

c) Nova trombólise com alteplase.

d) Soro fisiológico intravenoso em rápida infusão até a estabilização hemodinâmica.

20.

e) Morfina subcutânea e solução de noradrenalina intravenosa em bomba de infusão.

II - CIRURGIA

Um adulto politraumatizado dá entrada em um pronto socorro. Após imobilizar adequadamente a coluna cervical e garantir suporte extra de oxigênio, o médico observa que o paciente encontra-se com um pulso de 140 bpm e apresenta um ferimento em coxa esquerda com sangramento profuso. Sua próxima atitude é:

a) Realizar intubação orotraqueal.

b) Colocar uma cânula de Guedel.

c) Executar pressão direta sobre o ferimento.

d) Administrar 2000 ml de solução de Ringer lactato.

21.

e) Transfundir concentrado de hemácias.

Em um paciente politraumatizado, com queda repentina de nível de consciência, deve-se primeiramente:

a) Pedir avaliação do neurocirurgião.

b) Realizar TC crâneo.

c) Reavaliar vias aéreas.

d) Solicitar exames para verificar uso de drogas.

22.

e) Solicitar glicemia.

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10

Ao se conversar com um paciente politraumatizado que chega ao Pronto Socorro, pode-se ter idéia:

I. De seu nível de consciência. II. Da possibilidade de obstrução de vias aéreas. III. Da sua condição hemodinâmica.

Está(ão) correta(s):

a) Apenas I

b) Apenas III

c) Apenas I e II

d) Apenas II e III

23.

e) I, II e III

O diagnóstico de choque deve incluir

a) a confirmação de hipoxemia.

b) o achado de acidose metabólica.

c) a confirmação de aumento da resistência vascular.

d) a documentação de hipotensão e diminuição do débito cardíaco.

24.

e) evidência de perfusão tecidual inadequada.

No pós-operatório imediato, existe uma elevação importante do cortisol cujas ações são:

a) Aumento da síntese protéica, aumento do metabolismo e lipólise.

b) Aumento da excreção de H2O, liberação de aldosterona e glucagon.

c) Vasoconstrição, diminuição do metabolismo e retenção de H2O.

d) Liberação de GH e ADH, lipólise e hiperglicemia.

25.

e) Aumento da excreção de H2O, aumento do metabolismo, secreção de glucagon.

Com relação à cicatrização das feridas, é correto afirmar:

a) A partir do 15º dia, aumenta rapidamente a resistência da cicatriz.

b) Nas primeiras 48 horas, existe proliferação intensa de fibroblastos.

c) Em torno do 10º dia, ocorre o máximo da produção de fibrina.

d) O epitélio está totalmente regenerado em cerca de 6 horas.

26.

e) O padrão de evolução da cicatrização é totalmente diferente de indivíduo para indivíduo.

Durante a execução do pneumoperitônio na cirurgia videolaparoscópica, ocorrem alterações, EXCETO:

a) Arritmias transitórias.

b) Aumento da P.V.C.

c) Aumento da frequência cardíaca.

d) Aumento do pH.

27.

e) Aumento da pCO2.

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Com relação à hérnia crural, é correto afirmar:

a) É a hérnia mais frequente da mulher.

b) Insinua-se anteriormente ao ligamento inguinal.

c) Insinua-se posteriormente ao ligamento de Cooper.

d) É mais frequente na mulher que no homem.

28.

e) É raramente recidivante.

Em um paciente portador de icterícia obstrutiva, os resultados esperados dos exames de hemograma, fosfatase alcalina, Gama Gt e transaminases são respectivamente:

a) Normal/ elevada/ elevada/ discretamente elevadas.

b) Normal/ discretamente elevada/ discretamente elevada/ normais.

c) Anemia/ normal/ discretamente elevada/ elevadas

d) Leucocitose/ discretamente elevada/ elevada/ elevadas.

29.

e) Normal/ discretamente elevada/ discretamente elevada/ elevada.

Sobre a antibioticoterapia em um paciente com icterícia obstrutiva e sinais clínicos de colangite, pode-se afirmar:

I. Deve cobrir apenas a flora Gram+. II. Deve cobrir E. Coli e Pseudomonas. III. Deve cobrir a flora Gram+, Gram- e anaeróbia.

Está(ão) correta(s):

a) Apenas I

b) Apenas II

c) Apenas III

d) Apenas I e II

30.

e) I, II e III

Um paciente é enviado ao serviço de urgência em virtude de uma hematêmese. O primeiro exame complementar a ser solicitado, com finalidade diagnóstica e etiológica, é:

a) Trânsito esôfago-gastro-duodenal.

b) Toque retal.

c) Enema opaco.

d) Gastroscopia.

31.

e) Hemograma.

O tumor de Krukenberg está relacionado com disseminação de carcinoma, localizado no/nas:

a) Cólon

b) Intestino delgado

c) Estômago

d) Esôfago

32.

e) Vias biliares

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Dentre os achados abaixo, o que NÃO faz parte do quadro da apendicite aguda é:

a) Inapetência.

b) Dor em fossa ilíaca direita.

c) Dor com irradiação para membro inferior direito.

d) Vômitos em jatos.

33.

e) Leucocitose com desvio à esquerda.

Os fatores de risco mais importantes no câncer da cavidade oral podem ser:

I. Familiar, alimentos quentes, cigarro e álcool. II. Trauma de repetição, cigarro, álcool e infecção. III. Alimentos condimentados, peixe cru, álcool e cigarro.

Está(ão) correta(s) apenas:

a) I

b) II

c) III

d) I e II

34.

e) II e III

Em um paciente cardíaco, portador de fibrilação atrial, o aparecimento de dor abdominal intensa, seguida de náuseas, vômitos e diarréia sugere:

a) Úlcera duodenal.

b) Febre tifóide.

c) Embolia da artéria mesentérica superior.

d) Tuberculose intestinal.

35.

e) Pancreatite necro-hemorrágica.

A complicação mais grave da fístula arterio-venosa não tratada é:

a) Ruptura.

b) Embolismo.

c) Insuficiência cardíaca.

d) Ulceração.

36.

e) Edema da região envolvida.

Faz parte de tratamento de varizes essenciais de membros inferiores:

a) Meias de compressão elástica.

b) Heparina de baixo peso molecular.

c) Cumarínicos.

d) Antiagregantes.

37.

e) Fibrinolíticos.

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Em relação ao derrame pleural, é INCORRETO afirmar:

a) O derrame hemorrágico é invariavelmente neoplásico.

b) O derrame da tuberculose pleural é exsudativo.

c) Causa comum de derrame pleural bilateral é a insuficiência cardíaca.

d) O derrame da insuficiência cardíaca, quando unilateral, costuma ocorrer à direita.

38.

e) Linfoma, instrumentação dos vasos subclávios esquerdos e trauma torácico contuso são causas potenciais de quilotórax.

Na execução da drenagem pleural fechada, um cuidado técnico importante é:

a) O acesso à cavidade pleural deve ser feito em relação com o bordo inferior da costela superior do espaço escolhido.

b) Nos derrames pleurais livres, a drenagem deve ser realizada com a colocação do dreno na parede anterior.

c) Na conduta de drenagem do derrame tipo hemotórax, pode ser utilizado dreno laminar (penrose).

d) No pneumotórax hipertensivo grave, a drenagem pleural fechada pode ser antecedida de punção emergencial na parede anterior.

39.

e) Adotar os procedimentos a e b.

Dentre os eventos abaixo, o que está relacionado com trombose venosa profunda é:

a) Tríade de Virchow

b) Síndrome de Beck

c) Isquemia cerebral

d) Síndrome de reperfusão

40.

e) Síndrome vestibular

III - GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA

Gestante, 35 anos, gesta III, para II, com idade gestacional de 42 semanas, confirmada por ultrassonografia no primeiro trimestre, foi encaminhada da unidade básica de saúde para a maternidade de referência onde se encontra há 12 horas em fase ativa de trabalho de parto induzido com misoprostol intravaginal de 6 em 6 horas, e já foram administradas 3 doses. Na última avaliação anotada no partograma, há 30 minutos, a dinâmica uterina era de 5 contrações de forte intensidade com duração média de 50 segundos, batimentos cardíacos fetais rítmicos e regulares em 140 bpm, colo dilatado 4 cm, bolsa rota e apresentação cefálica em plano II de Hodge. No momento, começa a referir dor intensa na região escapular, acompanhada de sangramento vaginal discreto, hipotensão arterial e, ao toque, dilatação de 4 cm, apresentação alta e móvel.

A partir do quadro descrito, a hipótese diagnóstica é:

a) Descolamento prematuro de placenta.

b) Sangramento de colo uterino compatível com fase de dilatação.

c) Hipotensão postural pelo misoprostol.

d) Rotura uterina.

41.

e) Rotura de vasa prévia.

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Considerando a síndrome anticorpo antifosfolípide (SAAF) e suas repercussões na gestação, é correto afirmar:

a) Essa síndrome é caracterizada pelo estado de hipercoagulabilidade sanguínea, mediada por autoanticorpos trombogênicos capazes de desencadear eventos tromboembólicos arteriais, venosos e perdas fetais de repetição.

b) Essa síndrome é reconhecida atualmente como a trombofilia hereditária mais comum, cujo modelo autossômico recessivo também oferece risco, mesmo em homozigose, quando na presença de estados com aumento de progestágenos e estrógenos.

c) Gestantes com essa síndrome apresentam maior incidência de abortamentos espontâneos, prenhez ectópica, mola hidatiforme, polidrâmnio, restrição do crescimento fetal.

d) O diagnóstico dessa síndrome é estabelecido pela presença de pelo menos um dos critérios clínicos associado à presença da mutação A1298 ou da mutação C677 no gene da MTHFR (metil tetrahidrofolato redutase).

42.

e) Mulheres portadores dessa síndrome que estejam em anticoagulação por via oral com dicumarínicos, quando engravidarem devem manter a medicação durante a gestação.

Paciente do sexo feminino, 22 anos, vítima de colisão frontal de veículos, é internada 30 minutos depois do acidente no pronto socorro de um hospital de referência, lúcida e sem hematomas visíveis. Refere amenorréia há 7 meses e que estava fazendo pré-natal na unidade básica de saúde. No momento, queixa-se apenas de dor, de moderada intensidade, no hipogástrio e sensação de rigidez da parede abdominal. Ao exame físico: pressão arterial=110x70 mmHg, pulso radial cheio, frequência cardíaca =90 bpm, temperatura axilar=38ºC. À palpação abdominal: feto em situação longitudinal, apresentação cefálica e dorso à esquerda; altura uterina=28 cm; ausculta fetal=140 bpm, útero hipertônico. Ao toque vaginal: colo uterino grosso, orifício cervical externo impérvio à polpa digital; ausência de sangramento genital externo.

De acordo com o quadro descrito, a melhor abordagem diagnóstica, o provável diagnóstico e a melhor opção terapêutica inicial são respectivamente:

a) Ultrassonografia/ placenta prévia/ cesariana

b) Ultrassonografia/ stress materno/ antiespasmódico

c) Tomografia computadorizada do abdômen/ descolamento prematuro da placenta/ antiespasmódico

d) Ultrassonografia/ descolamento prematuro da placenta/ cesariana

43.

e) Tomografia computadorizada do abdômen/ placenta prévia/ cesariana

Sobre os tempos do mecanismo do parto em apresentação cefálica fletida, é correto afirmar:

a) A insinuação é a passagem da menor circunferência da apresentação fetal através do anel do estreito superior da bacia materna

b) Para que se processe a insinuação, é necessário haver redução dos diâmetros da cabeça fetal, o que será obtido pela orientação de diâmetros e por flexão.

c) Na apresentação cefálica, a rotação interna da cabeça fetal durante a descida leva a sutura sagital a se orientar no sentido látero-lateral da saída do canal.

d) Na apresentação cefálica em occípito-esquerda-anterior, a rotação interna da cabeça fetal para occípito-púbica é de 135 graus.

44.

e) O desprendimento do pólo cefálico se processa por movimento de flexão generalizada das partes fetais, determinada pela curvatura inferior do canal do parto.

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A utilização da dopplervelocimetria para análises do fluxo sanguíneo nos territórios útero-placentário e feto-placentário produziu um grande salto qualitativo na assistência perinatal. Atualmente é considerada uma importante ferramenta para a avaliação da vitalidade fetal.

Sobre a dopplervelocimetria na gestação, é INCORRETO afirmar:

a) O fluxo diastólico na circulação umbilical (feto-placentária) pode ser reverso em condições fisiológicas.

b) Quando ocorre diástole zero nas artérias umbilicais, mais de 70% da rede arteriolar vilosa está obstruída.

c) Na centralização normoxêmica, os índices dopplervelocimétricos na artéria cerebral média são menores que nas umbilicais.

d) Pulsação na veia umbilical e sístole atrial ausente ou reversa, no ducto venoso, indicam descompensação cardíaca fetal.

45.

e) Pico sistólico máximo da artéria cerebral média não guarda relação com o grau de anemia fetal em gestantes aloimunizadas.

Considerando o binômio diabetes mellitus e gestação, é correto afirmar:

a) A resistência periférica à insulina aumenta na gestação em virtude da secreção placentária de hormônio do crescimento, cortisol e lactogênio placentário.

b) Dentre os fatores de risco para desenvolvimento de diabetes gestacional, está oligoâmnio e restrição de crescimento fetal em gestação anterior.

c) A hiperinsulinemia fetal potencializa a ação do cortisol no pulmão fetal, levando ao aumento da produção de lecitina pelo pneumócito tipo II.

d) Para a utilização da glicemia de jejum no rastreamento do diabetes na gestação, o Ministério da Saúde preconiza, como ponto de corte, glicemia maior ou igual a 105mg/dl.

46.

e) A insulina não NPH não deve ser utilizada na gestação devido ao risco de teratogenicidade e hipoglicemia materna.

47. Primigesta, 22 anos, com idade gestacional de 12 semanas, confirmada por ultrassonografia precoce, relata antecedente familiar de irmão com síndrome de Down. A gestante está insegura com a possibilidade de ter uma criança com a mesma doença, e pesquisou na internet informações sobre o rastreamento pré-natal de cromossomopatias fetais pelo exame da medida da translucência nucal na ultrassonografia. Realizou o exame que resultou na medida da translucência nucal de 2,9 mm (resultado acima do percentil 95), feto vivo com idade gestacional de 12 semanas, conforme figura:

Essa paciente procurou, então, atendimento médico pré-natal no Programa Saúde da Família.

Nesse contexto, é correto afirmar:

a) O exame mais indicado para o diagnóstico definitivo é a dosagem de alfa-fetoproteína.

b) Não há necessidade de preocupação com o antecedente nem com o exame, porque esta doença só ocorre em gestações de mulheres acima de 35 anos.

c) A translucência nucal acima do percentil 95 está associada a aumento do risco fetal principalmente para cromossomopatias ou cardiopatias.

d) A opção da interrupção da gestação está indicada, pois o feto é portador de trissomia 21.

e) O diagnóstico deve ser confirmado com amniocentese e, só então, oferecer a opção de interrupção da gestação.

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Primigesta, 21 anos de idade, no curso da 32ª semana, com edema generalizado, pressão arterial = 150x100 mmHg, mesmo com o uso de 2 g/dia de metildopa há 1 semana, altura uterina = 27 cm, apresentação cefálica e BCF = 144 bpm. Ao toque, índice de Bishop = 3. Os exames laboratoriais revelaram proteinúria (+++), plaquetas=60.000/mm³, DHL=620 U/l, AST(TGO)=75 U/l, bilirrubina total = 1,9 mg/dL e presença de esquizócitos no sangue periférico.

Considerando esse quadro, o diagnóstico e a conduta são respectivamente:

a) Pré-eclâmpsia grave / aumentar a dose de metildopa.

b) Síndrome HELLP / indicar cesárea.

c) Pré-eclâmpsia grave / iniciar preparo de colo.

d) Síndrome HELLP / trocar o hipotensor para pindolol ou nifedipina.

48.

e) Pré-eclâmpsia leve / continuar pré-natal.

Paciente primigesta, 18 anos, vinha realizando acompanhamento pré-natal em unidade do Programa de Saúde da Família. É admitida no pronto socorro de um hospital de referência, trazida por familiares, desacordada após quadro compatível com crise convulsiva generalizada. Ao voltar a si, estava confusa e desorientada. Pressão arterial = 150x100 mmHg, FC=80 batimentos/min, altura uterina=30 cm, ausculta fetal presente com BCF = 144 bpm, rítmicos. No cartão do pré-natal, estavam registradas 5 consultas pré-natais, sem intercorrências relatadas e exames laboratoriais de rotina sem alterações.

A partir do quadro descrito, é correto afirmar:

a) O diagnóstico mais provável é eclâmpsia, e o tratamento com sulfato de magnésio deve ser instituído imediatamente.

b) O diagnóstico mais provável é eclâmpsia, e, portanto, está preconizada a hidantalização.

c) A primeira hipótese diagnóstica é pensar em "overdose" de cocaína que mimetiza em tudo a eclâmpsia, exceto a hipertensão arterial.

d) A conduta indicada é não sulfatar até realizar eletroencefalograma, pois os familiares podem ter assistido a um episódio de histeria de conversão.

49.

e) A primeira hipótese é de epilepsia, pois não há informação de a paciente já ter apresentado hipertensão arterial no cartão de pré-natal.

Paciente de 22 anos, gesta I para 0, iniciou acompanhamento pré-natal em unidade do Programa de Saúde da Família com 8 semanas de gestação. Estava apresentando êmese gravídica, e iniciou sangramento vaginal de pequena intensidade, indolor e recorrente. Foi solicitada ultrassonografia obstétrica, que evidenciou conteúdo cavitário uterino com padrão vesiculoso e ausência de feto. Nessa ocasião, a dosagem do beta-hCG sanguíneo encontrava-se em 100.000 mUI/ml. Frente ao quadro, a paciente foi encaminhada para uma maternidade de referência onde se optou pelo esvaziamento uterino por A.M.I.U (aspiração manual intra-uterina), seguida de curetagem. O procedimento foi realizado com êxito e o material enviado para exame histopatológico. A paciente recebeu alta hospitalar e foi monitorizada com dosagens semanais de beta-hCG, que apresentaram os seguintes títulos: 25.000 mUI/ml, 10.000 mUI/ml, 8.000 mUI/ml, 5.000 mUI/ml, 10.000 mUI/ml, 11.300 mUI/ml, 13.000 mUI/ml. Durante esse período, a paciente relatava a persistência de sangramento vaginal discreto. A ultrassonografia transvaginal com doppler colorido evidenciou ecos amorfos na cavidade uterina (compatíveis com coágulos) e uma área no miométrio da parede uterina anterior com canais anecóicos tortuosos que apresentavam fluxos randômicos de altas velocidades.

Frente ao caso descrito, conclui-se:

a) Trata-se de persistência de restos de tecido trofoblástico e, assim, deverá ser realizada apenas uma nova curetagem uterina.

b) O quadro é compatível com neoplasia trofoblástica gestacional invasora, devendo-se estadiar e iniciar a quimioterapia.

c) O diagnóstico é de coriocarcinoma, e está indicada a realização de histerectomia abdominal.

d) Esse quadro é comum pós esvaziamento de neoplasia trofoblástica gestacional, devendo-se, apenas, manter a dosagem semanal de beta-hCG.

50.

e) O quadro é compatível com neoplasia trofoblástica gestacional invasora, devendo realizar histerectomia total e iniciar radioterapia.

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Paciente de 35 anos, gesta III, para III, chega à Unidade de Pronto Atendimento com dor na fossa ilíaca direita e na região escapular direita, há algumas horas. Na última menstruação, há sete semanas, teve fluxo escasso, persistindo com sangramento irregular. Relata ter sido submetida à laqueadura tubária no último parto, há quatro anos. Ao exame físico, constatam-se mucosas hipocoradas, temperatura axilar de 36,5º C, dor importante à palpação do anexo direito e ausência de sangramento por via vaginal.

A hipótese diagnóstica mais provável e a abordagem propedêutica inicial são respectivamente:

a) Doença inflamatória pélvica aguda/ leucograma

b) Endometriose/ ultrassonografia transvaginal.

c) Gravidez ectópica/ beta-hCG plasmático/ ultrassonografia transvaginal.

d) Apendicite aguda/ hemograma/ tomografia computadorizada.

51.

e) Torção de cisto ovariano/ ultrassonografia transvaginal.

Paciente grávida com 35 semanas apresentou quadro de sangramentos de mucosas, cutâneo e vaginal, há mais ou menos 6 horas. Relata que feto parou de movimentar-se, há cerca de uma semana. Ultrassonografia constatou óbito fetal intra-uterino. Os exames laboratoriais revelaram: Hb=8.3 g/dL, plaquetas 28.000/ mm3; TS=6 minutos; TC=15 minutos; TP=54 seg/controle 12 seg; AE<10%; TTPa 140 minutos/controle 35 seg. Bilirrubina total 3.2 mg/dl Bb indireta 2.8 mg/dl, uréia 30 mg/dl, creatinina 1.1 mg/dl, TGO= 40 U/L, TGP= 43 U/L. Presença de D-dímero em altos títulos.

Diante da história clínica e alterações laboratoriais, a hipótese mais provável para o caso é:

a) Insuficiência Hepática associada a gravidez.

b) Coagulação Intravascular Disseminada.

c) Síndrome Hemolítico Urêmica.

d) Púrpura Trombocitopênica Trombótica.

52.

e) Púrpura Trombocitopênica Imunológica.

Em relação à Síndrome dos ovários policísticos (SOP), é mais coerente afirmar:

a) O Consenso de Rotterdam (2003) estabeleceu que, para o diagnóstico da SOP, a mulher deveria satisfazer pelo menos um dos três critérios: a) história clínica de anovulação crônica (espaniomenorréia e/ou amenorréia); b) sinais clínicos ou laboratoriais de hiperandrogenismo; c) presença de ovários policísticos por exame de imagem.

b) As principais alterações nos exames laboratoriais são: elevação da testosterona total para identificar a hiperandrogenemia; a relação LH/FSH geralmente maior do que dois ou três.

c) Nas mulheres com SOP, menos de 3% apresentam aumento da resistência à insulina e hiperinsulinemia compensatória, representando uma baixa incidência de alterações extra androgênicas nessas pacientes.

d) A prevenção com a orientação nutricional adequada, a prática de exercícios físicos regulares e o emprego de agentes sensibilizadores do receptor de insulina, como a metformina, são ineficazes como forma de evitar os riscos da disfunção endotelial e doença cardiovascular nas mulheres com SOP.

53.

e) A ressecção em cunha dos ovários para a retirada dos microcistos é o tratamento de escolha para as mulheres jovens que desejam engravidar.

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Adolescente de 16 anos compareceu ao Serviço de Ginecologia do Hospital Universitário Lauro Wanderley, encaminhada pelo médico da unidade básica de saúde, após consulta por amenorréia primária. Ao exame físico, apresentava: fenótipo feminino, estatura = 1,65 m; peso = 58 kg; IMC = 21,3; estádio V de Tanner para desenvolvimento de mamas e pêlos pubianos, genitália externa de aspecto normal e hímen íntegro; ausência de massas palpáveis ou hérnias na região inguinal. O teste de progesterona e o teste de progesterona mais estrógenos foram negativos.

A hipótese diagnóstica mais provável e a abordagem propedêutica inicial são respectivamente:

a) Síndrome de Mayer-Rokitansky-Kuster-Hauser / ultrassonografia pélvica.

b) Síndrome de Morris ou Síndrome da insensibilidade aos andrógenos / cariótipo.

c) Síndrome de Morris ou Síndrome da insensibilidade aos andrógenos / ultra-sonografia pélvica.

d) Puberdade atrasada / tomografia computadorizada da pelve.

54.

e) Hipotireoidismo primário / dosagem séricas de TSH, T3 e T4 livre.

Mulher de 36 anos, gesta IV, para II, aborto 2, compareceu ao Serviço de Ginecologia do Hospital Universitário Lauro Wanderley, encaminhada pelo médico da unidade básica de saúde, após consulta por amenorréia secundária há 6 meses. As duas primeiras gestações terminaram em partos normais e as duas últimas em abortamentos provocados, seguidos de curetagem uterina. Não estava em uso de métodos contraceptivos; não apresentou sangramento por deprivação hormonal após estímulo com progesterona, nem após estímulo com medicamento constituído por estrogênios e progesterona.

A hipótese diagnóstica mais provável e a abordagem propedêutica inicial são respectivamente:

a) Tumor hipofisário/ ressonância magnética do crânio.

b) Alteração do endométrio/ vídeohisteroscopia com biópsia.

c) Ovários policísticos/ dosagem de testosterona.

d) Menopausa precoce/ dosagem de FSH e LH.

55.

e) Tumor hipotalâmico/ ressonância magnética do crânio.

A padronização de laudos de mamografia, criada por membros de vários comitês médicos americanos, chefiados pelo Colégio Americano de Radiologia, e conhecida pela sigla Bi-Rads® (Breast imaging reporting and data system), tem como objetivo a sistematização dos laudos, de modo a fornecer conclusão diagnóstica e propor conduta. O BI-RADS está dividido em categorias que expressam um determinado valor preditivo positivo de malignidade.

Na terminologia BI-RADS, a designação de categoria 0 (zero) significa:

a) Mamografia normal

b) Lesão benigna

c) Suspeita de malignidade

d) Lesão provavelmente benigna

56.

e) Resultado inconclusivo; necessita de avaliação adicional

A maioria dos tumores ovarianos nas mulheres pós-menopausadas origina-se de:

a) Estroma ovariano

b) Epitélio ovariano

c) Cordão sexual ovariano

d) Doença metastática

57.

e) Células germinativas

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Considerando a literatura médica sobre a endometriose, é INCORRETO afirmar:

a) O padrão-ouro para diagnóstico de endometriose é a laparoscopia com inspeção direta da cavidade abdominal e visualização dos implantes, segundo consenso da European Society of Human Reproduction and Embryology (ESHRE) e da American Society for Reproductive Medicine (ASRM), .

b) Endometriose possui três apresentações distintas sob o aspecto clínico e de imagem: superficial, ovariana e profunda (EP). Esta última é definida histologicamente como lesões que penetram mais que 5 mm no peritônio

c) Nódulos profundamente infiltrantes são mais confiavelmente detectados quando o exame físico é realizado durante a menstruação

d) A ultrassonografia pélvica por via abdominal apresenta maior acurácia no diagnóstico da endometriose ovariana do que a ultrassonografia transvaginal

58.

e) A endometriose é uma patologia estrogênio dependente, por isso o uso de estrogênios como forma de contracepção em pacientes jovens com fator de risco ou já com a endometriose deve ser contraindicado.

Durante uma consulta médica em uma unidade do Programa Saúde da Família, uma paciente adolescente, 15 anos de idade, revela ao médico ter iniciado a sua vida sexual e teme ter contraído uma doença sexualmente transmissível (DST). O médico procede o exame ginecológico e constata a existência de lesões herpéticas.

Face ao caso descrito, como a paciente é menor de idade, a conduta correta do médico deve ser:

a) Atender a paciente, abrir um prontuário e registrar o atendimento como de rotina.

b) Atender a paciente e não registrar em prontuário, pois se trata de uma menor.

c) Encaminhar a paciente ao juizado de menores.

d) Atender a paciente e solicitar a presença dos pais para assinar o prontuário.

59.

e) Não medicar a paciente sob hipótese alguma, orientando-a para retornar acompanhada dos pais.

Mulher, 25 anos, nuligesta com anemia, hemoglobina de 8g/dL, devido a mioma submucoso, tipo II e diâmetro de 4cm.

Nesse contexto, a conduta é:

a) Realizar Miomectomia a céu aberto

b) Realizar Histerectomia videolaparoscópica

c) Medicar com agonista do GnRh, antes da miomectomia histeroscópica

d) Medicar com misoprostol, antes da miomectomia histeroscópica

60.

e) Realizar Miomectomia laparoscópica.

IV - PEDIATRIA

Paciente de 2 anos de idade, portador de síndrome nefrótica, em tratamento há 5 meses com corticosteróide oral em dias alternados, apresenta recidiva por IVAS.

A conduta mais adequada para síndrome nefrótica é:

a) Iniciar albumina para redução rápida do edema.

b) Retornar ao esquema diário do corticosteróide.

c) Indicar a biópsia renal.

d) Iniciar imunosupressor.

61.

e) Associar imunosupressor e corticosteróide.

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Criança do sexo masculino, com infecção do trato urinário, portador de refluxo vésico-ureteral. Nesse caso, o paciente será considerado de médio risco de pior evolução se NÃO apresentar:

a) Refluxo grau III bilateral

b) Refluxo grau IV bilateral

c) Rim único

d) Lesão localizada

62.

e) Ausência de disfunção renal

Paciente de 3 anos de idade, com febre intermitente e reação de Montenegro positiva, é portador de:

a) Leishmaniose visceral assintomática

b) Esquistossomose em fase aguda

c) Sarcoidose

d) Salmonelose septicêmica

63.

e) Toxocaríase

A alergia ao leite de vaca pode ter manifestações mediadas por IgE ou não. Dentre as formas de alergia ao leite de vaca, abaixo apresentadas, NÃO é mediada por IgE:

a) Síndrome de alergia oral

b) Asma

c) Dermatite atópica

d) Proctocolite

64.

e) Choque anafilático

Lactente com quatro messes de idade, em aleitamento materno exclusivo, apresenta dermatite atópica grave, retardo de desenvolvimento pondero estatural, diarréia grave com evolução de 30 dias.

A conduta mais adequada para o quadro descrito é:

a) Iniciar uso de leite com proteína animal, exceto de vaca.

b) Retirar alérgenos da dieta materna e manter exclusivamente o aleitamento ao seio.

c) Iniciar o uso de leite de soja.

d) Iniciar o uso de formula de aminoácidos.

65.

e) Iniciar o uso de leite parcialmente hidrolisado.

Paciente chega ao consultório com queixa de baixa estatura; distensão abdominal não associada a relato familiar de quadro semelhante; anemia megaloblástica por deficiência de folato; hipoplasia do esmalte dentário e dermatite herpetiforme.

O quadro descrito é sugestivo do diagnóstico de:

a) Fibrose cística

b) Intolerância a dissacaridase

c) Imunodeficiência combinada

d) Doença celíaca

66.

e) Erro inato do metabolismo protéico

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Paciente de 6 anos de idade, portador de pneumonia de repetição de lobo médio direito, apresenta teste tuberculínico de 7mm, tomografia com adenomegalia hilar direita, sem sintomas clínicos respiratórios. Pai tem relato de trabalhar em área de risco para tuberculose e PPD de 12mm.

Firmado o diagnóstico de tuberculose, o tratamento mais adequado é:

a) Realizar Esquema tríplice usual (RIZ).

b) Iniciar isoniazida e pirazinamida.

c) Realizar Esquema quádruplo (RIZE).

d) Realizar Quimioprofilaxia primária.

67.

e) Realizar Quimioprofilaxia secundária.

O quadro clínico descrito a seguir serve de suporte para as questões 68 e 69:

Paciente de 6 anos de idade, portador de prótese cardíaca, apresenta insuficiência cardíaca grave, após extração dentária. Ao exame clínico, além dos sinais da insuficiência cardíaca, apresenta petéquias de membros inferiores, manchas de Roth e esplenomegalia.

O diagnóstico mais provável para o quadro descrito é:

a) Septicemia com coagulação intravascular

b) Púrpura trombocitopênica

c) Febre reumática descompensada

d) Endocardite bacteriana

68.

e) Síndrome enxerto versus hospedeiro

O tratamento mais indicado para esse paciente é:

a) Penicilina cristalina

b) Penicilina cristalina + aminoglicosídeo

c) Penicilina cristalina + claritromicina EV

d) Penicilina cristalina + ceftriaxona + aminoglicosídeo

69.

e) Penicilina cristalina + ceftriaxona + cloranfenicol

Paciente de 7 anos de idade, em tratamento para asma atópica, com uso de corticosteróide inalatório com budesonida 200 mcg 2 vezes ao dia e broncodilatador de curta duração, sem controle dos sintomas.

A conduta INADEQUADA para o quadro descrito é:

a) Associar corticosteróide oral.

b) Iniciar cetotifeno oral.

c) Associar inibidor de leucotrieno oral.

d) Associar xantina oral.

70.

e) Aumentar a dose do corticosteróide inalatório.

Dentre os fatores abaixo relacionados, NÃO corresponde ao padrão de comportamento de famílias incestogênicas:

a) Famílias monoparenterais

b) Família centrada na autoridade masculina

c) Doença física materna

d) Disciplina familiar extremamente rígida

71.

e) Valorização da figura feminina

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A lactoperoxidase, presente no leite materno, está associada à prevenção de infecção por:

a) Stafilococos aureus

b) Haemophilus influenzae

c) Salmonella

d) Shiguella

72.

e) Streptococos

No paciente desnutrido, NÃO se encontra:

a) Aparecimento da bola de Bichat

b) Excreção urinária de leucotrienos

c) Aparecimento de álcoois inócuos

d) Necessidade de reposição de selênio

73.

e) Edema clínico ou subclínico

Paciente desnutrido grave dá entrada no Pronto Socorro apresentando palidez, perda de consciência e hipotermia grave.

Face ao quadro descrito, a conduta que deve ser adotada mais precocemente é:

a) Iniciar hidratação oral

b) Realizar antibioticoterapia de amplo espectro

c) Iniciar alimentação oral

d) Oferecer glicose 50% por sonda nasogástrica

74.

e) Corrigir a hipotermia com uso de cobertores

Lactente com 1 mês, filho de pais consangüíneos, comparece para realizar consulta de puericultura e mostrar o resultado do teste do pezinho. Esse exame apresentava resultado para triagem das hemoglobinopatias com a seguinte descrição: Presença de hemoglobinas ASF=traço falciforme.

Para o caso descrito, é mais adequado o seguinte procedimento:

a) Encaminhamento da criança ao hemocentro para acompanhamento especializado pelo hematologista pediátrico, por se tratar de uma doença rara na população brasileira e só o especialista ter capacidade de conduzir adequadamente.

b) Encaminhamento da criança para receber imunobiológicos especiais, ácido fólico e penicilina profilática até 5 anos, devido ao risco infeccioso inerente à doença falciforme, uma vez que a responsabilidade desses casos é da Atenção Básica de Saúde (ABS).

c) Orientação genética para o casal, caso eles desejem fazer o exame de eletroforese de hemoglobina para identificar seus fenótipos, além de explicar que a criança não tem a doença, apenas o traço, e que seu acompanhamento é feito normalmente na Unidade Básica de Saúde (UBS).

d) Aconselhamento genético ao casal, no sentido de orientá-lo a não ter mais filhos, devido ao risco de ter uma criança com anemia falciforme, independente da eletroforese dos pais.

75.

e) Não há necessidade de rastrear os irmãos, pois se a criança tem traço é porque só um dos pais tem o gene da anemia falciforme, e a criança precisa ser tratada imediatamente com o transplante de medula óssea antes dos sintomas.

No paciente com otite média aguda, o agente etiológico mais prevalente é:

a) Pneumococo

b) Haemophillus influenzae

c) Vírus sincicial respiratório

d) Echovírus

76.

e) Stafilococos epidermitis

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Ao avaliar uma criança de 9 meses, o marco de desenvolvimento adequado para essa idade a ser observado pelo pediatra é:

a) Estranha pessoas do seu convívio.

b) Anda sem apoio.

c) Obedece ordens.

d) Realiza pinça polpa-polpa.

77.

e) Senta com apoio.

Paciente portador de artrite idiopática juvenil, com uso contínuo de anti-inflamatório hormonal e metotrexato com persistência dos sintomas.

A conduta mais indicada para o quadro descrito é:

a) Agentes biológicos ou anticorpos monoclonais

b) Pulsoterapia com metotrexato

c) Transplante de medula óssea e imunossupressão

d) Talidomida e imunossupressão

78.

e) Associar anti-inflamatório não hormonal

Em resultado de teste de triagem neonatal para disfunção tireoideana em papel de filtro, o valor do TSH (mcU/ml) foi de 18. Realizada 2ª coleta de material em papel de filtro, o valor de TSH foi de 15mcU/ml.

O diagnóstico mais provável para o caso, estando T4 livre baixo e TSH e TBG normais, é:

a) Hipotireoidismo central

b) Hipotireoidismo dependente de iodo

c) Hipotireoidismo por infecção grave

d) Hipotireoidismo autoimune

79.

e) Hipotireoidismo por déficit de proteína carreadora

Criança de 6 anos, masculino, procedente da zona rural, comparece ao ambulatório com quadro de palidez intensa, dor articular e óssea e febre há 7 dias. Relata a mãe que a criança já foi tratada para anemia. Ao exame, físico apresenta-se pálido em pele e mucosas, ausência de icterícia. Baço palpável a 7 cm do rebordo costal esquerdo. O hemograma revela os seguintes achados:

Hemácias: 2.400 milhões/mm3

Hematócrito: 20% Hemoglobina: 7.2 g/dL RDW: 13% Leucócitos: 4.200/ mm3

Blastos: 7% Segmentados: 30% Linfócitos: 49% Eosinófilos: 0% Basófilos: 0% Monócitos: 14% Plaquetas: 23.000/ mm3

Baseado no quadro clínico e laboratorial, a hipótese diagnóstica mais provável é:

a) Leishmaniose visceral

b) Anemia falciforme

c) Leucemia aguda

d) Febre reumática

80.

e) Lúpus eritematoso sistêmico

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V – SAÚDE COLETIVA

A atividade física regular é considerada um aspecto fundamental para um estilo de vida saudável, possibilitando proteção da saúde e prevenção de agravos, em especial, os cardiovasculares. Deve, portanto, fazer parte das competências dos profissionais de saúde e das ações de prevenção e promoção de saúde programadas pelas equipes de Atenção Básica.

Em relação à atividade física, é INCORRETO afirmar:

a) Exercícios de intensidade leve à moderada são aqueles que chegam a elevar a frequência cardíaca entre 35-54% e 55-69% em relação àquela estimada como normal para uma determinada faixa etária.

b) Exercícios de intensidade leve e moderada podem ser prescritos para mulheres abaixo de 50 anos e homens abaixo de 40 anos, sedentários e saudáveis, sem a necessidade de uma avaliação com exames, previamente.

c) A atividade física regular e continuada tem efeito protetor sobre a doença isquêmica do coração, a hipertensão arterial, a diabetes melitos tipo 2, a osteoporose, o câncer de cólon, a ansiedade e a depressão.

d) O exercício físico em jejum é recomendado apenas nos pacientes com perfil lipídico aumentado, para favorecer de forma mais rápida o aumento do HDL e redução do LDL.

81.

e) Durante a gravidez, exercícios aeróbicos e de força não são contra-indicados. Pelo contrário, a gestante deve ser estimulada a realizar exercícios físicos, desde que não sejam realizados com o objetivo de competição ou não sejam de intensidade máxima.

A atividade física, além de ação protetora e de prevenção, possui ação terapêutica em diversos agravos, reduzindo a classificação de risco, possibilitando uma melhora clínica e, ainda, uma melhora do condicionamento físico de forma geral.

A atividade física leve e moderada deve ser estimulada com exercícios programados e com acompanhamento nas seguintes situações clínicas, EXCETO:

a) Na diabetes insulino dependente.

b) Na doença pulmonar obstrutiva crônica.

c) Nos portadores de artrose.

d) Na pré-eclampsia.

82.

e) Na artrite reumatóide.

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O Sr. D.F.S, 69 anos, é conduzido para consulta médica pela Agente Comunitária de Saúde (ACS) porque piorou muito da tosse que o incomoda há muito tempo. Não tem conseguido dormir e reclama de inchaço nos pés. A ACS informa que ele vive sozinho, em uma casa emprestada por um familiar, sendo uma pessoa com dificuldade para se relacionar, tendo brigado com toda a família. Possui dois filhos, mas não quer nem ouvir falar do filho mais velho. A única visita recebida é a da filha, a qual, de forma mais ou menos regular, vem vê-lo uma vez por mês e paga uma pessoa para cuidar da casa e cozinhar para ele. Por meio de gestos, a agente indica que ele gosta de beber. Informa, ainda, que, muito teimoso, há mais de ano o Sr D.F.S. não faz nenhuma consulta, não quer tomar os remédios da hipertensão arterial e da diabetes, tendo sido, inclusive, vítima de infarto. No prontuário, há registros esparsos de consultas ocasionais e algumas de liberação de medicamentos.

Realizada a consulta e iniciados os cuidados imediatos quanto aos problemas clínicos do Sr. D, a ação do Cuidado Integral proposta pelas diretrizes da Estratégia de Saúde da Família a ser implementada pelo médico é:

a) Encaminhar o Sr. D. para o Cuidado Compartilhado em Rede com especialista em cardiologia, devido ao quadro sugestivo de Insuficiência cardíaca descompensada.

b) Solicitar Apoio Matricial da Assistente Social para conseguir uma instituição que acolha o Sr. D., de modo a resolver, ao mesmo tempo, seus problemas psíquicos, sociais e orgânicos, como orienta a abordagem integral.

c) Construir Projeto Terapêutico Singular, após a Abordagem da Família, enfatizando os aspectos de seguimento dos cuidados clínicos e de apoio social necessários.

d) Pesquisar o diagnóstico de tuberculose, devido a sua alta prevalência em nosso meio, e, se negativo, solicitar Cuidado Compartilhado com pneumologista para o problema pulmonar crônico.

83.

e) Solicitar Cuidado Compartilhado ao Centro de Apoio Psico-Social – álcool e drogas (CAPS-AD), para iniciar o tratamento do alcoolismo.

D. Maria tem 56 anos e vem para uma consulta na Unidade de Saúde da Família-USF por apresentar um furúnculo em uma das coxas. Está com a pressão arterial de 140/86 mmHg, em mais de uma verificação. Esta é a primeira consulta registrada em seu prontuário.

Tendo como diretriz a construção do Cuidado Integral, além do tratamento da queixa demandada, D. Maria necessita ser incluída em protocolos de proteção à saúde e de prevenção. Nesse contexto, é INCORRETO adotar o seguinte procedimento:

a) Inscrever D. Maria, por ser pré-hipertensa, em ações de promoção de mudanças no estilo de vida e ser programada uma nova consulta, daqui a 6 meses, para reavaliação da pressão arterial.

b) Solicitar glicemia de jejum e perfil lipídico para cálculo do risco cardio-vascular da paciente.

c) Solicitar a densiometria óssea pelo risco de osteoporose, para evitar quedas e fraturas.

d) Solicitar a mamografia, se ela nunca a realizou ou se a realizou há mais de dois anos.

84.

e) Verificar se ela realizou o exame citológico no último ano ou nos últimos três anos e se pelo menos dois exames consecutivos no intervalo de um ano foram normais.

D. Maria é paciente cadastrada e acompanhada na Unidade de Saúde da Família; possui risco cardio-vascular de 21%; tem 56 anos; é hipertensa, diabética e está com IMC de 34. Veio à Unidade Básica de Saúde apresentando dor em queimação, retroesternal, iniciada algumas horas após a refeição.

Baseando-se em critérios de risco, a conduta correta diante do quadro clínico apresentado por D. Maria é:

a) A paciente é obesa e a dor sugere etiologia gástrica, sendo prevalente nesses pacientes o refluxo gastro-esofágico por hérnia de hiato. Portanto, deve-se iniciar um inibidor da bomba de prótons e um antiemético.

b) A paciente apresenta quadro clínico de alto risco de síndrome coronariana aguda. Deve-se iniciar AAS 300 mg mastigados, isossorbida 5 mg SL e providenciar transferência imediata para hospital de pronto socorro para investigação etiológica.

c) A dor pode sugerir a síndrome coronariana, mas o quadro atípico e de pouca gravidade indica a investigação ambulatorial com ECG de esforço.

d) Essa dor torácica é típica, porém, em mulheres, é mais prevalente sua origem psicossomática, o que, reforçado pela sintomatologia de pouca intensidade, exige a escuta sensível e o uso de um ansiolítico para controlar os sintomas.

85.

e) A dor pode ter origem cardíaca, gástrica, músculo esquelética ou pulmonar, devendo-se proceder a investigação ambulatorial para todas as doenças prevalentes nestes sítios.

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Paula tem 18 anos, Maria da Luz é sua segunda filha, está com dois meses e três dias, pesando 3.800 g. Esta é sua primeira consulta na USF. Trouxe a criança porque ela está com diarréia há dois dias. Nega a ocorrência de febre e vômito. Ao exame, está hidratada e não há sinais gerais de perigo. Aproveitou para consultar porque a filha chora muito desde que nasceu. Maria da Luz já toma 03 mamadeiras. Mora em micro-área de risco social.

Dentre as ações de saúde, a conduta INADEQUADA às diretrizes do cuidado integral à criança, diante dos problemas apresentado por Maria da Luz, é:

a) Programar consultas de acompanhamento do desenvolvimento e do crescimento mensais, bem como incluir Paula na programação do planejamento familiar.

b) Avaliar, a partir do peso de nascimento, o estado nutricional de Maria da Luz, bem como seu estado vacinal.

c) Orientar a mãe quanto aos sinais de risco e piora da diarréia. Igualmente, ensiná-la a usar o plano de hidratação A e prescrever antibioticoterapia, devido ao risco proporcionado pela baixa idade de Maria da Luz.

d) Propor à mãe o recurso à amamentação exclusiva, verificando, já na consulta, a disposição de Paula para amamentar, realizando a avaliação da pega.

86.

e) Realizar uma abordagem à família de modo a melhor avaliar e compreender as queixas e problemas encontrados: adolescente já com o segundo filho; amamentação mista; moradia em micro área de risco; lactente sem acompanhamento pela UBS.

M.P.S., 48 anos, homem, bancário, queixa-se de dor lombossacral, que há muitos anos o importuna. Pelo fato de trabalhar 8 horas em pé ou sentado e as dores piorarem ao longo do dia e aliviarem nos finais de semana, relaciona a queixa à posição imposta pelo trabalho. O médico pediu para que ficasse em pé, apalpou-lhe a musculatura paravertebral, depois verificou a pressão arterial, constatando níveis pressóricos de 160/95 mmHg. Diante da situação, prescreveu captopril 25 mg de 12 em 12 horas e acrescentou algumas recomendações com respeito ao peso, ao regime alimentar e à necessidade de exercício, concluindo a consulta.

Nesse contexto, considerando que essa consulta ocorreu em um serviço de Atenção Primária em Saúde, que tem entre suas características a instituição do cuidado longitudinal, e tendo por base as diretrizes do SUS de integralidade e humanização das ações de saúde, sobre a conduta do médico, é correto afirmar:

a) Agiu corretamente, pois quanto mais precoce o diagnóstico de hipertensão arterial e a instituição do tratamento melhor é o resultado.

b) Deveria ter solicitado um exame de ressonância magnética da região lombar do paciente para diagnosticar a patologia responsável pela sintomatologia.

c) Deveria ter solicitado exames laboratoriais para confirmar o diagnóstico de hipertensão arterial e, só assim, iniciar o tratamento.

d) Teria sido melhor começar com a lombalgia, o verdadeiro motivo da consulta, deixando a hipertensão para outra ocasião, desde que confirmada por repetidas leituras.

87.

e) Deveria ter providenciado o encaminhamento do paciente para uma das seguintes especialidades: ortopedia, reumatologia ou medicina do trabalho.

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A antropologia cultural ocupa-se do estudo de todos os fenômenos que envolvem as relações vivenciadas pelo ser humano. Baseia-se no pressuposto de que as idéias são padrões integrativos de como explicamos o mundo: essas não derivam da informação, mas da experiência. À luz dessa ciência, vem sendo possível à medicina entender a relação entre a cultura e o processo saúde/doença.

Nesse contexto, considerando essa relação, uma aplicação prática dos estudos da antropologia cultural, em especial da antropologia médica, está expressa na afirmativa:

a) Os estudos de antropologia cultural têm ajudado a relativizar valores, na medida em que ensinam o médico a respeitar o paciente, baixando sua linguagem e seu QI, de modo a melhor entender as crenças e costumes do paciente e colocá-lo no centro da prática médica.

b) A cultura determina a forma das pessoas entenderem e viverem o/no mundo, por isso, costume cultural não se muda: devemos, então, respeitar os costumes e crenças das pessoas, pois não é ético neles interferir.

c) A hipertensão arterial, como é assintomática, é um exemplo de uma Desease: uma disfunção assentada na cultura biomédica, sem correspondência com uma Illness, que é uma perturbação ou problema dotado de significado para as pessoas. Isso explica o paciente não se sentir doente, o que pode dificultar a sua adesão ao tratamento.

d) Conhecer o Modelo Explanatório ou Explicativo do paciente sobre a sua doença possibilita ao médico esclarecer que a crença do paciente está errada e convencê-lo da explicação dada pela medicina, fazendo-o aderir ao tratamento.

88.

e) Costume cultural não depende do contexto social, um exemplo disto é a higiene, muitas pessoas de baixo poder aquisitivo são limpas porque foram educadas pela família; outras, porém, são sujas, porque nada lhes foi ensinado sobre higiene, mesmo vivendo naquele mesmo contexto social.

A educação em saúde é um campo de práticas e de conhecimento do setor saúde que tem se ocupado mais diretamente da integração entre a promoção da saúde e o pensar e fazer cotidianos da população. Nesse âmbito, diferentes concepções e práticas têm marcado a educação em saúde no Brasil.

Considerando desenvolvimento, objetivos e práticas propostos pela educação popular em saúde, identifique com V a(s) afirmativa(s) verdadeira(s) e com F, a(s) falsa(s):

( ) O conhecimento e a informação são uma dimensão do saber. Contudo, as práticas de educação popular priorizam o sentir, o pensar e o agir.

( ) A educação em saúde, no Brasil, começou a ser evidenciada com os movimentos de reabertura democrática, orientada por ações integradas à vida local, sob influência do método educativo de Paulo Freire.

( ) A educação em saúde não visa criar sujeitos educados segundo a cultura hegemônica; também não é um tipo de educação “informal” para alfabetizar ou disseminar costumes saudáveis.

( ) A educação em saúde respeita e trabalha com os diversos saberes e práticas das pessoas envolvidas no processo educativo, não interferindo no conhecimento dessas pessoas.

( ) A educação em saúde é uma estratégia de construção da participação popular no redirecionamento da vida social.

A sequência correta é:

a) V, V, F, F, V

b) V, V, V, F, V

c) F, V, F, V, F

d) V, F, V, F, F

89.

e) F, F, F, V, V

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As equipes de Saúde da Família são responsáveis pela organização da atenção à saúde baseadas nas necessidades do território no qual se inserem. Nessa perspectiva, têm a abordagem do micro-sistema familiar como diretriz para estruturação do cuidado, reconhecendo que é no seio das famílias que o ciclo da vida se dá. Para uma abordagem de apoio à família, faz-se necessário um conhecimento quanto ao desenvolvimento familiar, bem como o uso de instrumentos que possibilitem compreender como as famílias se estruturam e funcionam em situações de stress e constroem estratégias de sobrevivência e reprodução social.

Numere a segunda coluna de acordo com a primeira, relacionando as ferramentas para estruturação da Abordagem à Família a definição, objetivos e usos:

Coluna 1

( 1 ) Genograma

( 2 ) Abordagem de redes sociais e ecomapa

( 3 ) Análise do ciclo de vida

Coluna 2

( ) Instrumento que permite graficamente descrever a família, seu padrão de adoecer e de se relacionar.

( ) São etapas do desenvolvimento familiar que exigem mudanças na organização familiar, requerem ajustes e tarefas específicas a serem cumpridas, e podem ser precipitantes de crises expressas em transtornos físicos e psíquicos.

( ) Permite à família e ao profissional reconhecer apoios e deficiências que precisam ser trabalhados no intuito de melhorar o enfrentamento de situações de stress, além de permitir visualizar os recursos de que a comunidade dispõe para apoiar a família.

( ) Seu uso facilita a demonstração, tanto para a equipe de saúde como para a própria família, dos padrões de repetição e dos riscos de adoecer mais prevalentes no grupamento em estudo.

( ) Instrumento de percepção das relações da família em sociedade, com o qual se pode compreender o tipo de apoio e correlação que os indivíduos e as famílias têm para enfrentar suas situações de vida.

A sequência correta é:

a) 1, 3, 2, 1, 2

b) 2, 1, 3, 1, 2

c) 3, 2, 1, 2, 1

d) 1, 3, 2, 1, 3

90.

e) 2, 3, 1, 2, 1

Os sistemas nacionais de informação em Saúde vêm se adaptando aos princípios constitucionais do SUS e têm assumido importância cada vez maior, para o conhecimento e o acompanhamento da situação de saúde em todos os níveis do sistema de saúde, inclusive os mais periféricos.

Na primeira coluna, estão listados os sistemas de informação em saúde e, na segunda, a fonte de alimentação. Faça a correspondência de cada sistema com a fonte de alimentação específica:

( 1 ) SIM ( ) Fichas de notificação e investigação

( 2 ) SINASC ( ) AIH – Autorização de internação hospitalar

( 3 ) SINAN ( ) Declaração de óbitos

( 4 ) SIH ( ) Declaração de nascidos vivos

( 5 ) SIA ( ) BPA – Boletim de produção de serviços ambulatoriais

A sequência correta é:

a) 3, 4, 1, 2, 5

b) 2, 1, 5, 3, 4

c) 4, 3, 2, 1, 5

d) 3, 5, 1, 2, 4

91.

e) 1, 4, 3, 5, 2

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A vigilância epidemiológica é um conjunto de ações que proporciona o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos. Uma das bases das ações da vigilância epidemiológica é a notificação desses agravos ou de doenças que têm forte potencial de disseminação na população ou de grande importância no perfil epidemiológico do país.

De acordo com as diretrizes do Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica, é INCORRETO afirmar:

a) A notificação compulsória é obrigatória a todos os profissionais de saúde no exercício da profissão.

b) A violência doméstica, sexual e/ou outras violências são consideradas agravo de notificação compulsória.

c) Às equipes de saúde da atenção básica cabe a notificação dos agravos e doenças, podendo também realizar as ações de confirmação, busca ativa de casos e medidas de controle desses casos.

d) Os responsáveis por organizações e estabelecimentos de saúde e de ensino, públicos e particulares, também são responsáveis pela notificação compulsória de doenças e agravos.

92.

e) A suspeita de caso não desencadeia a ativação do sistema de informação, apenas os casos confirmados devem ser notificados no Sistema Nacional de Informação de Doenças de Notificação Compulsória.

A Vigilância à Saúde tem como objetivo a análise permanente da situação de saúde da população e a organização e execução de práticas de saúde adequadas ao enfrentamento dos problemas existentes. Ela articula os vários níveis de prevenção, enfatizando o desenvolvimento de “políticas públicas saudáveis” e de “ações sociais organizadas” em defesa da saúde e das melhorias de condições de vida.

Para a operacionalização da Vigilância à Saúde, devem ser realizadas as seguintes ações, EXCETO:

a) Realizar a territorialização e microlocalização dos problemas e necessidades de saúde.

b) Planejar e programar a intervenção sobre problemas e necessidades de saúde (danos, riscos e/ ou determinantes).

c) Apoiar-se no planejamento e mobilização da participação popular para as ações de promoção de saúde.

d) Priorizar problemas que requerem atenção e acompanhamentos contínuos, encaminhando os casos raros ou de demanda espontânea que não necessitam de programação local.

93.

e) Buscar construir ações intersetoriais quando necessárias para a promoção da saúde.

Mudanças econômicas, demográficas e de aporte nutricional levam a alterações importantes no perfil de morbimortalidade das populações. No Brasil, os censos demográficos nacionais estão sendo realizados, desde 1991, de cinco em cinco anos, possibilitando o reconhecimento das necessidades de políticas públicas no país.

Sobre as condições de saúde da população brasileira, é correto afirmar:

a) Desde 1975, é observável uma tendência nacional de aumento da prevalência do peso normal nas classes A e B e obesidade nas classes C e D.

b) No Brasil, a pobreza extrema é mais frequente que a desnutrição, sendo esta mais recorrente que a fome crônica.

c) Atualmente, as causas externas e as mal definidas são as principais causas da mortalidade infantil brasileira.

d) O padrão de urbanização brasileiro é apontado como principal fator para manutenção das doenças infecto-contagiosas que funcionam como principal causa de mortalidade, especialmente no Sudeste.

94.

e) O último censo mostrou que 75% dos brasileiros têm algum plano de saúde, privado ou vinculado a uma instituição patronal, por não confiarem no SUS.

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O planejamento e a programação em saúde têm evoluído, desde as proposições de programação do método CENDES-OPS, com seus princípios provenientes do campo da economia. Os conhecimentos acumulados permitem diferentes referenciais teóricos e possibilitam adequar métodos, instrumentos e técnicas, de acordo com as atuais diretrizes da Promoção da saúde. Neste contexto, a epidemiologia tem muito a contribuir.

No que diz respeito ao uso da epidemiologia no planejamento, é INCORRETO afirmar:

a) Na análise da situação da saúde, possibilita a identificação, descrição e análise dos problemas de saúde de uma determinada população, permitindo a caracterização dos determinantes e condicionantes; classificando riscos e danos dos diversos grupos, segundo suas condições e estilos de vida.

b) A definição de problemas e prioridades para a elaboração de políticas de saúde, programas, projetos ou operações, baseia-se em critérios políticos, financeiros e administrativos, não havendo utilidade da epidemiologia nesse momento do processo do planejamento.

c) Na elaboração de Cenários ou Imagem Objetivo de planos de saúde, possibilita compor um conjunto de informações capazes de realizar previsões, constituindo cenários epidemiológicos, a partir dos quais se elaboram estratégias de ação.

d) Na formulação de políticas que visam à promoção da saúde, aponta para a ocorrência e os determinantes das iniquidades em saúde, subsidiando a mobilização dos diversos atores sociais que participam do processo de construção dessas políticas.

95.

e) Conhecimentos, métodos e instrumentos epidemiológicos subsidiam estudos de aferição dos efeitos das intervenções sanitárias, possibilitando a avaliação da efetividade dos serviços, programas e sistemas de saúde.

Margarete é auxiliar administrativo de uma grande empresa de distribuidoras de materiais agrícolas. Apresenta queixas difusas de dores no corpo, principalmente cervicalgia, lombalgia e dor na mão direita, falta de sono e de apetite.

Tendo como referência as diretrizes da promoção da saúde do trabalhador no Brasil, é correto afirmar:

a) A paciente apresenta um trabalho de baixo risco à saúde, sendo perda de tempo investigar riscos inerentes a processos produtivos, sendo seu quadro sugestivo de uma doença reumática, especialmente, a osteoartrose.

b) A LER/DORT é a principal hipótese diagnóstica nesse caso, sendo um agravo de notificação compulsória. Diante dessa suspeita, deve-se realizar a notificação epidemiológica ao SINAM.

c) A categoria de trabalho da paciente pode apresentar situações de riscos ergonômicos e psicossociais, estando recomendada a investigação das condições de trabalho, para definição das características de exposição, considerando-se a possibilidade de uma doença ligada à sua atividade profissional.

d) Sintomas de stress, fadiga, desgastes e lesões traumáticas são patognomônicas de situações de riscos psicossociais ligadas ao trabalho. Por isso, a paciente deve ser encaminhada para o centro de referência de saúde do trabalhador para tratamento.

96.

e) O enunciado não apresenta dados suficientes para se pensar em uma doença relacionada ao trabalho.

O Pacto pela Redução da Mortalidade Infantil é um compromisso do Governo Federal para acelerar a redução das desigualdades no Nordeste e na Amazônia Legal. A proposta é reduzir em, no mínimo, 5% ao ano a mortalidade infantil, especialmente, o componente neonatal.

Em relação às ações prioritárias para redução da Mortalidade Infantil, com foco no componente neonatal, a ação mais eficaz é:

a) Implementação do tratamento de Reidratação Oral.

b) Aumento de cobertura das equipes de saúde da família.

c) Investimento nas condições de assistência ao parto.

d) Aumento da cobertura vacinal.

97.

e) Implementação do controle de natalidade.

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A oferta de serviços de média complexidade constitui-se um dos maiores pontos de estrangulamento do Sistema Único de Saúde e um dos maiores desafios para a qualificação da assistência prestada à população.

Considerando as características da atenção especializada, identifique com V a(s) afirmativa(s) verdadeira(s) e, com F, a(s) falsa(s):

( ) Os serviços de atenção secundária são referência para a atenção básica, dentro da lógica da hierarquização e regionalização com que se constituiu o SUS.

( ) A oferta de serviços especializados deve ser extremamente capilarizada, com unidades de pequeno porte, distribuídas o mais próximo possível de onde os usuários vivem.

( ) Os serviços especializados foram implantados dentro do modelo tecno-assistencial tradicional, centrado na consulta e/ou saber médico.

( ) Os mecanismos de regulação implantados pelas gestões municipais permitiram ampliar o acesso da população, além de evitar fraudes e outras distorções nos serviços contratados.

( ) A oferta de procedimentos especializados ambulatoriais não apresenta grandes desigualdades regionais, com distribuição proporcional à população, diferente da atenção hospitalar, que apresenta concentração de serviços, especialmente, na região sudeste.

A sequência correta é:

a) V, F, V, V, F

b) F, F, V, F, V

c) V, F, V, F, F

d) F, V, F, V, V

98.

e) V, V, V, F, V

Dentre todas as propostas de modelos tecnoassistenciais que buscaram superar o modelo assistencial privatista, a que talvez tenha sido mais discutida nacionalmente, durante o processo inicial de operacionalização do SUS, foi a dos Sistemas Locais de Saúde (SILOS). Tal proposta foi bastante difundida pela representação da OPAS/OMS no Brasil, sendo operacionalizada, principalmente, nos estados do Ceará e da Bahia (Mendes, 1994).

As características dos SILOS estão corretamente descritas na alternativa:

a) É um modelo tecnoassistencial fundamentado nos princípios de gestão democrática, compreendendo-se a saúde como inerente à cidadania, a partir de um serviço público voltado para a defesa da vida individual e coletiva, enfatizando-se o acesso e a humanização dos serviços.

b) Consiste no entendimento de saúde como qualidade de vida, compreendendo a importância das políticas públicas articuladas à promoção da saúde e ao incentivo à adoção de estilos de vida saudáveis.

c) Tem como princípios básicos: a descentralização e planejamento local; a organização com base territorial; o enfoque por problemas; a participação popular, com a co-responsabilidade entre serviços e população; e a hierarquização dos serviços.

d) Consiste na organização do processo de trabalho através da demanda programada ou espontânea, por equipes multiprofissionais, padronizando fluxogramas de atividades e condutas, com regionalização e hierarquização das unidades.

99.

e) É centrado na vigilância à saúde, baseia-se na territorialização e adscrição de clientela sob responsabilidade de uma equipe mínima, cujas funções são distribuídas entre visitas domiciliares, ações programáticas e atendimentos por médico, enfermeira e odontológos.

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De acordo com o Pacto pela Saúde, a Atenção Básica no Brasil tem a Saúde da Família como estratégia prioritária para sua organização, de acordo com os preceitos do Sistema Único de Saúde.

Nesse contexto, a alternativa que NÃO representa uma diretriz teórica e operacional para a estruturação da Saúde da Família é:

a) Planejamento das Ações Programáticas para enfrentamento das necessidades de saúde da população e encaminhamento do pronto atendimento da demanda espontânea para a Rede de Apoio de Referência.

b) Adscrição da clientela através do cadastro da família, definida pelo processo de Territorialização, sem impedimento do acesso dos não adscritos.

c) Coordenação do cuidado na rede de serviços, participando da construção da integração dos vários níveis de assistência (referência e contra-referência), na construção da resolução dos problemas do usuário.

d) Programação e adequação do processo de trabalho às necessidades de saúde do território a partir da Vigilância em Saúde.

100.

e) Estimulo à participação popular e ao controle social, incentivando o empoderamento e autonomia das pessoas e do território.