PROCEDIMENTOS RADIOLÓGICOS EXAMES...

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1 PROCEDIMENTOS RADIOLÓGICOS EXAMES CONTRASTADOS Michele Patrícia Müller Mansur Vieira 1 1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS Exames contrastados são exames radiológicos que utilizam meios de contraste para realçar estruturas anatômicas que não são evidenciadas na imagem radiológica convencional. Todo local, seja clínica ou hospital, estabelece suas práticas e rotinas para a execução dos exames contrastados. O equipamento utilizado para a execução desses exames geralmente é a fluoroscopia. É importante compreender a abordagem ao usuário, características técnicas, assim como ter conhecimento da anatomia morfofuncional e das patologias que podem ser visibilizadas por meio dos exames contrastados. Os exames contrastados serão apresentados com base nos sistemas que se encontram em sua maioria na região abdominal. São eles: Sistema Digestório, que engloba exames como a Seriografia do Esôfago, Estômago e Duodeno; o Trânsito Intestinal e o Enema Opaco; Sistema Urinário, no qual serão enfatizados a Urografia Excretora e a Uretrocistografia Feminina e Masculina; Sistema Reprodutor, em que o exame radiológico da região reprodutora feminina é denominado histerossalpingografia. O exame é um procedimento realizado exclusivamente pelo médico. No entanto, o técnico atua auxiliando-o no que se refere à execução das radiografias. 1 Tecnóloga em Radiologia pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Mestre em Saúde Pública pela University of Essex; Professora do Curso Técnico em Radiologia do Instituto Federal do Paraná.

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PROCEDIMENTOS RADIOLÓGICOS

EXAMES CONTRASTADOS

Michele Patrícia Müller Mansur Vieira1

1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Exames contrastados são exames radiológicos que utilizam meios de contraste

para realçar estruturas anatômicas que não são evidenciadas na imagem

radiológica convencional.

Todo local, seja clínica ou hospital, estabelece suas práticas e rotinas para a

execução dos exames contrastados. O equipamento utilizado para a execução

desses exames geralmente é a fluoroscopia.

É importante compreender a abordagem ao usuário, características técnicas,

assim como ter conhecimento da anatomia morfofuncional e das patologias que

podem ser visibilizadas por meio dos exames contrastados.

Os exames contrastados serão apresentados com base nos sistemas que se

encontram em sua maioria na região abdominal. São eles:

Sistema Digestório, que engloba exames como a Seriografia do

Esôfago, Estômago e Duodeno; o Trânsito Intestinal e o Enema Opaco;

Sistema Urinário, no qual serão enfatizados a Urografia Excretora e a

Uretrocistografia Feminina e Masculina;

Sistema Reprodutor, em que o exame radiológico da região reprodutora

feminina é denominado histerossalpingografia. O exame é um

procedimento realizado exclusivamente pelo médico. No entanto, o

técnico atua auxiliando-o no que se refere à execução das radiografias.

1Tecnóloga em Radiologia pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Mestre em Saúde Pública

pela University of Essex; Professora do Curso Técnico em Radiologia do Instituto Federal do Paraná.

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2. MEIOS DE CONTRASTES

O que são?

Meios de contrastes são substâncias que propiciam uma melhor definição de

estruturas que apresentam densidades anatômicas similares, em imagens

médicas.

Propriedades desses meios de contrastes

Os meios de contrastes apresentam diferentes propriedades químicas e podem

ser classificados com base na capacidade de absorção da radiação ionizante e

dissociação, na composição e natureza química, na solubilidade e nas vias de

administração.

Capacidade de absorção da radiação ionizante:

Radiopacos: possuem a capacidade de atenuar, ou seja, absorver mais

radiação do que as estruturas adjacentes. Também são conhecidos

como agentes positivos;

Radiotransparentes: possuem capacidade de atenuar, ou seja, absorver

menos radiação do que as estruturas ao redor. O ar é o exemplo

clássico de um agente negativo.

Capacidade de dissociação:

Iônicos: quando em solução, formam um composto iônico. Ânions e

cátions se dissociam.

Não iônicos: quando em solução não se dissociam.

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Composição química:

Iodados: contêm o elemento iodo como agente radiopaco.

Não iodados: não contêm elemento iodo em sua composição. O Sulfato

de Bário e o DTPA Gadolíneo são exemplos de meios de contraste não

iodados

Natureza química:

Orgânicos: contêm o elemento químico carbono em suas moléculas.

Inorgânicos: não contêm o elemento químico carbono em suas

moléculas.

Solubilidade:

Hidrossolúveis: são aqueles meios de contrastes solúveis em água.

Lipossolúveis: são aqueles elementos que dissolvem em lipídios.

Insolúveis: Não se dissolvem. Característica presente no Sulfato de

Bário (Ba SO4)

Vias de Administração:

Oral: o usuário faz a ingestão do meio de contraste.

Parenteral: a administração do meio de contraste é feita via endovenosa.

Endocavitário: o meio de contraste é administrado por meio de orifícios

naturais das estruturas anatômicas, aquelas que se comunicam com o

exterior.

Intracavitário: o meio de contraste é administrado por meio da parede da

cavidade a ser estudada.

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Exames que utilizam meios de contrastes

Os usos de meios de contrastes têm o objetivo de propiciar uma avaliação

funcional e estrutural de determinadas estruturas anatômicas.

Por exemplo, quando o interesse for o sistema excretor, utiliza-se o contraste

iodado para evidenciar os rins, ureteres, bexiga - bem como a funcionalidade

destes, salvo quando houver contraindicações pela sensibilidade ao composto

químico iodo.

Já quando o interesse for o sistema digestório a indicação é o sulfato de bário,

salvo quando houver contraindicações.

Restrições à Administração do Meio de Contraste

Como já é de conhecimento, os meios de contrastes, podem causar reações

alérgicas. Existem condições específicas que impedem o uso de meios de

contrastes em usuário que esteja utilizando determinados fármacos, que tenha

patologias e outras condições restritivas. Estas serão abordadas nas

especificidades dos exames apresentados, ao longo deste texto.

Riscos decorrentes do uso do contraste

O usuário pode apresentar diversas reações ao usar um meio de contraste.

Estas reações podem ser classificadas quanto a:

Etiologia

Baseado no mecanismo etiológico das reações destacam-se, as reações

idiossincráticas, não idiossincráticas e ambas combinadas.

Severidade

As reações adversas podem ser leves, moderadas, graves ou fatais.

Tempo decorrido após a administração

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Sendo estas reações, quanto ao tempo, subdivididas em reações imediatas e

tardias.

Não faz parte das atribuições do processo de trabalho do técnico em radiologia

puncionar. Porém, é necessário que se tenha um cuidado com o usuário

portador do acesso venoso e arterial para que, ao executar procedimentos, não

os contamine.

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3. ASSISTÊNCIA À VIDA.

Os exames radiológicos com o uso de contrastes são considerados exames de

risco, pois podem causar reações alérgicas.

A administração destes meios de contrastes deve ser feita pelos profissionais

da equipe de enfermagem, com a devida prescrição médica.

Toda sala de exames contrastados deve possuir um carrinho para

emergências. Este deve conter medicamentos e equipamentos que auxiliem no

cuidado básico à vida. O técnico em radiologia, juntamente com a equipe de

enfermagem, deve conhecer todos os compartimentos, e localização dos

medicamentos para auxiliar o médico, se houver a necessidade de qualquer

intervenção.

O técnico em radiologia deve ter condições de prestar assistência à vida, ou

seja, reconhecer sinais e sintomas de reação ao uso de meios de contraste e

de parada cardiorrespiratória, adotando condutas adequadas para tais

situações.

Os sinais e sintomatologia referentes ao uso dos meios de contraste iodado

podem ser observados nos âmbitos cardiovasculares, respiratórios, cutâneos,

neurológicos e urinários.

O grau de severidade das reações adversas pode ser:

Reações leves: Exige-se somente observar o usuário. Este pode apresentar

sinais e sintomas como náusea, vômito, tosse, calor, cefaleia, tontura,

ansiedade, alteração do paladar, prurido, rubor, calafrios, tremores, urticária,

sudorese, palidez, congestão nasal, erupções cutâneas, espirros, inchaço na

região dos olhos e boca, dor no acesso venoso.

Reações moderadas: Exige-se observação e intervenção medicamentosa. O

usuário pode apresentar os seguintes sinais e sintomas: vômitos intensos,

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alteração na frequência cardíaca, hipertensão, hipotensão, urticária extensa,

aumento de edema facial, rigidez, dispineia, sibilos, broncoespasmo, laringo-

espasmo, dores torácica e abdominal e cefaleia intensa.

Reações graves: Exige-se atenção imediata e hospitalização. O usuário pode

apresentar edema de glote, inconsciência, convulsões, edema agudo de

pulmão, colapso vascular severo, arritmias com repercussão clínica e parada

cardiorrespiratória.

Reação fatal: Usuário chega a óbito em decorrência de colapso

cardiorrespiratório, edema pulmonar, coma, obstrução da via aérea ocasionado

pelo edema de glote.

3.1 Parada Cardiorrespiratória

O suporte básico à vida, também conhecido como primeiros socorros, é

caracterizado pelo ABCDE, sigla proveniente da língua inglesa para “A”, airway

(vias aéreas), “B”, breathing (ventilação) e “C”, circulation (circulação), “D”,

disability (avaliação neurológica) e “E”, exposition (remoção de vestimentas do

usuário). Esta sequência indica as ações que devem ser tomadas para garantir

a vida. Para as atribuições do técnico em radiologia, as duas últimas ações não

se aplicam.

Identificação da parada Cardiorrespiratória

O usuário apresentará ausência respiratória, evidenciada pela parada do

movimento torácico abdominal; os lábios, a língua e as unhas ficam cianóticas.

O procedimento para atendimento em caso de parada cardiorrespiratória é o de

monitorar os sinais vitais de forma que seja avaliada a responsividade do

usuário (A), verificada a respiração (B) e se há presença de pulso carotídeo

(C).

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4. EXAMES CONTRASTADOS

4.1 Abordagem ao Usuário(a)

Todo usuário que realizar exames contrastados deve ter recebido orientações

prévias quanto ao preparo específico para o exame que irá realizar.

Geralmente, é indicado fazer uso de um fármaco laxativo e de uma dieta leve.

4.2 Características para a execução do exame

manter a sala de exames organizada para recepcionar o usuário;

recepcionar cordialmente o usuário;

verificar a clínica indicativa para o exame;

executar a anamnese;

o técnico em radiologia deve estar atento às contraindicações para a

execução do exame.

separar o contraste a ser utilizado durante o exame – verificando a data

de validade;

orientar o usuário quanto ao procedimento que será realizado;

definir quais serão as incidências executadas.

Este requisito depende da rotina específica de cada local de trabalho e do

quadro clínico que o usuário apresenta. Incidências básicas que demonstram

as estruturas devem, obrigatoriamente, ser executadas e incidências

complementares poderão ser requeridas ao longo do exame.

Iniciar o procedimento, sempre orientando o usuário para que o exame

transcorra eficientemente.

4.2.1 Contraindicações

As contraindicações para o uso de contraste baritado são:

Suspeita de perfuração do tubo digestório.

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Uma das características do contraste Sulfato de Bário é que ele é insolúvel, o

que significa dizer que, se houver extravasamento, isto pode ocasionar danos à

saúde do usuário.

Pré-operatório

Dependendo do organismo, a eliminação do meio de contraste pode levar dias

e, pelas suas propriedades, ocasionar uma desidratação.

Obstruções

O uso do contraste pode comprometer o quadro clínico do usuário.

Desidratação

Em usuários debilitados, o quadro de desidratação tende a piorar com o uso de

contraste baritado devido às suas propriedades químicas.

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5. EXAMES CONTRASTADOS DO SISTEMA DIGESTÓRIO

O sistema digestório encontra-se, em sua maior parte, no abdome; é

constituído pelo tubo digestivo e alguns órgãos acessórios e tem, como função

primordial, a digestão e absorção de nutrientes dos alimentos ingeridos e

eliminação de produtos sólidos do catabolismo.

O trato gastrointestinal (TGI), anatomicamente, consiste em um longo tubo oco

que se estende desde a boca até o ânus. Os alimentos e os líquidos que são

ingeridos não se tornam parte do meio interno - até que tenham sido

devidamente degradados e absorvidos pelas paredes do intestino e conduzidos

pelo sistema circulatório ou pelos canais linfáticos.

A parede do TGI é basicamente um tubo composto por cinco camadas, que

são: a camada mucosa interna; a camada submucosa, constituída por tecido

conjuntivo; e uma camada de musculatura lisa circular e outra de musculatura

lisa longitudinal, que funcionam para propulsionar seu conteúdo na direção

proximal e distal. Há ainda o peritônio externo, com duas camadas, que abriga

e impede a fricção entre os segmentos do intestino em contínuo movimento.

A maioria dos exames radiológicos do sistema digestório necessita de meios

de contraste para que se tenha uma boa visibilidade das estruturas de

interesse. As únicas regiões do TGI que podem ser vistas em radiografias

comuns, sem o auxilio de meios de contraste radiopaco, são:

- o fundo do estômago com presença de bolha gástrica, sendo a imagem

vista a partir do posicionamento do usuário em ortostase.

- porções do intestino grosso, devido à presença de ar nas alças

intestinais, bem como bolo fecal que ali se acumula.

Os exames que são frequentemente utilizados para visibilização das estruturas

do TGI e que utilizam o sulfato de bário são:

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- Seriografia de Esôfago, Estômago e Duodeno (SEED)

- Trânsito Intestinal

- Enema Baritado ou Enema Opaco

5.1 ESOFAGOGRAFIA

Esofagografia é o exame contrastado da faringe e dos três segmentos que

compõem o tubo esofágico normal. São eles o esôfago cervical, torácico e

abdominal.

Este exame é composto por uma série de radiografias da região com o objetivo

de observar:

- Funcionalidade da região orofaríngea;

- Morfologia do tubo esofágico;

- Mobilidade esofágica;

- Superfície da mucosa esofágica;

- A junção gastroesofágica.

Condução do Exame

É importante executar a anamnese, verificando se o usuário está em jejum e

realizou adequadamente a dieta recomendada.

Observar, na requisição, as indicações para o exame - e se há alguma

contraindicação.

Geralmente o médico radiologista define se o exame será com simples ou

duplo contraste. Recomenda-se que o exame seja realizado com duplo

contraste para estudar a parede esofagiana e sua mucosa, se o usuário for

colaborativo.

A esofagografia pode ser realizada sem a utilização da fluoroscopia. No

entanto, é importante ressaltar que a fluoroscopia, além de possibilitar ao

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médico radiologista a avaliação da motilidade esofágica em tempo real,

proporciona uma melhor precisão na aquisição de imagens do que em locais

que não possuam esse equipamento.

Antes de iniciar, remover elementos que possam gerar artefatos na imagem e

fornecer ao usuário uma vestimenta apropriada.

Inicia-se o procedimento com o usuário em ortostase. Solicitar que o mesmo

ingira o meio de contraste, mas não engula. Este só deve ser deglutido no

momento em que for solicitado a fazê-lo.

Caso o usuário não tenha condições de realizar o exame em ortostase, o

mesmo poderá ser realizado em decúbito, elevando a cabeça do usuário para

que ele possa receber o contraste. Já em equipamentos com sistema

basculante pode-se fazer na posição de Fowler.

O meio de contraste utilizado é geralmente o sulfato de bário. O contraste

iodado é recomendado somente quando houver suspeita de perfuração

esofágica.

Sequência radiográfica

As incidências de rotina para visibilização do esôfago e que possibilitam a

identificação de alterações morfofuncionais (morfologia, distúrbios funcionais e

lesões orgânicas) da estrutura - e seus objetivos, são:

Incidência AP - Radiografia dos segmentos esofágicos

Radiografia em AP com o objetivo de observar as seguintes estruturas:

- Base da língua

- Pregas glosso-epiglóticas ou valéculas

- Seios piriformes

- Esfíncter cricofaríngeo

- Parede da faringe

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- Epiglote

- Vestíbulo

Figura 1 – Posicionamento Radiológico – incidência AP para esôfago

Nessa incidência anteroposterior (Figura 1), o usuário se encontra em ortostase

(posição anatômica). A região anatômica de interesse coincide com o centro do

receptor de imagem. Eleva-se o mento e posiciona-se a coluna cervical ereta.

O feixe central deve incidir perpendicularmente ao nível da quarta vértebra

cervical.

A deglutição do meio de contraste pode ser observada na fluoroscopia e a

aquisição da imagem ocorrerá no momento em que se verificar a presença do

meio de contraste na região de interesse. Deve-se orientar o usuário para que

ele não se movimente e não respire durante a captura da imagem.

Se a fluoroscopia for utilizada, é possível obter, em um único receptor de

imagem, sequências radiográficas.

O receptor de imagem deve ser selecionado de acordo com a estrutura.

Geralmente utiliza-se o formato 24 cm x 30 cm, realizando duas aquisições

longitudinais, pegando o esôfago distal e proximal.

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Incidência Lateral - Radiografia dos segmentos esofágicos

Radiografia em lateral com o objetivo de observar as seguintes estruturas:

- Base da língua

- Esfíncter cricofaríngeo

- Parede da faringe

- Epiglote

- Fossas nasais

- Véu do paladar prolongado pela úvula.

- Vestíbulo

Figura 2 – Posicionamento Radiológico – incidência lateral para esôfago

Nessa incidência lateral (Figura 2), o usuário também se encontra em ortostase

(posição anatômica). Alinhar o Plano Médio Coronal (PMC) do usuário com o

receptor de imagem. O feixe central deve incidir perpendicularmente ao nível

da quarta vértebra cervical.

A deglutição do meio de contraste pode ser observada na fluoroscopia e a

aquisição da imagem ocorrerá no momento em que se verificar a presença do

meio de contraste na região de interesse. Deve-se orientar o usuário para que

ele não se movimente e não respire durante a captura da imagem.

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O receptor de imagem deve ser selecionado de acordo com a estrutura; de

modo geral utiliza-se o formato 24 cm x 30 cm, no sentido longitudinal.

Incidência Oblíqua - Radiografia dos segmentos esofágicos

São observados todos os segmentos do esôfago. Se a anatomia se apresentar

normal na região da junção esofagogástrica, o ângulo de His é evidenciado na

incidência obliqua posterior direita (OPD).

Figura 3 – Posicionamento Radiológico – incidência OPD para esôfago

O usuário em ortostase, posicionado obliquamente (Figura 3). O feixe central

deve incidir perpendicularmente ao nível da sexta vértebra torácica,

aproximadamente a 7 cm abaixo da incisura jugular e coincidir com o centro do

receptor de imagem.

Fornecer mais contraste ao usuário. Orientá-lo para que repita o procedimento

da deglutição e do não mover-se durante a captura da imagem.

O erro mais comum ao posicionar o usuário durante a esofagografia é não

dissociar a estrutura do esôfago com a coluna vertebral, ou seja, não o

rotacionar suficientemente para o lado esquerdo.

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Todas as imagens adquiridas durante o exame devem ser organizadas e

apresentadas ao médico radiologista, responsável pelo setor, antes de liberar o

usuário.

Poderão ser solicitadas incidências complementares de acordo com

especificações médicas. Como por exemplo, incidência utilizando o método

Trendelenberg, que é indicado no estudo de refluxo para pequenas hérnias de

hiato.

5.2 SERIOGRAFIA DO ESÔFAGO, ESTÔMAGO E DUODENO (SEED)

A seriografia, como o próprio nome diz, é uma série de radiografias que tem

como objetivo avaliar a região do tratogastrointestinal alto (esôfago, estômago

e duodeno). Por meio desta avaliação será possível descartar suspeitas de

afecções ou comprová-las.

Comumente, este exame é indicado para identificar causas de disfagias, sejam

elas por deglutição de corpo estranho, hérnia de hiato, carcinoma, entre outras.

Condução do Exame

Reproduzir o exame de esofagografia com a complementação das imagens

das regiões anatômicas do estômago e duodeno.

As incidências de rotina para visibilização da seriografia são:

ESÔFAGO

Sequência radiográfica:

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Incidência AP

Figura 4 – Posicionamento Radiológico – incidência AP para esôfago

Nessa incidência anteroposterior (Figura 4), o usuário se encontra em ortostase

(posição anatômica). A região anatômica de interesse coincide com o centro do

receptor de imagem. Eleva-se o mento e se posiciona a coluna cervical ereta.

O feixe central deve incidir perpendicularmente ao nível da quarta vértebra

cervical.

A deglutição do meio de contraste pode ser observada na fluoroscopia e a

aquisição da imagem ocorrerá no momento em que se verifica a presença do

meio de contraste na região de interesse. Deve-se orientar o usuário para que

ele não se movimente e não respire durante a captura da imagem.

Se a fluoroscopia for utilizada é possível obter em um único receptor de

imagem sequências radiográficas.

O receptor de imagem deve ser selecionado de acordo com a estrutura.

Geralmente utiliza-se o formato 24 cm x 30 cm, realizando duas aquisições

longitudinais pegando o esôfago distal e proximal.

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Incidência Lateral

Figura 5 – Posicionamento Radiológico – incidência lateral para esôfago

Nessa incidência lateral (Figura 5), o usuário também se encontra em ortostase

(posição anatômica). Alinhar o Plano Médio Coronal (PMC) do usuário com o

receptor de imagem. O feixe central deve incidir perpendicularmente ao nível

da quarta vértebra cervical.

A deglutição do meio de contraste pode ser observada na fluoroscopia e a

aquisição da imagem ocorrerá no momento em que se verifica a presença do

meio de contraste na região de interesse. Deve-se orientar o usuário para que

ele não se movimente e não respire durante a captura da imagem.

O receptor de imagem deve ser selecionado de acordo com a estrutura; de um

modo geral utiliza-se o formato 24 cm x 30 cm, no sentido longitudinal.

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Incidência Oblíqua

Figura 6 – Posicionamento Radiológico – incidência OPD para esôfago

São observados todos os segmentos do esôfago. Se a anatomia se apresentar

normal na região da junção esofagogástrica, o ângulo de His é evidenciado na

incidência oblíqua posterior direita (OPD).

O usuário em ortostase, posicionado obliquamente (Figura 6). O feixe central

deve incidir perpendicularmente ao nível da sexta vértebra torácica,

aproximadamente 7 cm abaixo da incisura jugular e coincidir com o centro do

receptor de imagem.

Fornecer mais contraste ao usuário. Orientá-lo para que repita o procedimento

da deglutição e não se mova durante a captura da imagem.

ESTÔMAGO

O estômago pode apresentar variações de tipos morfológicos. Pode ser

vertical, horizontal ou em cascata. Devido a esta variação anatômica evite pré-

definir um sentido para o receptor de imagem.

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Sequência radiográficas

O objetivo das sequências radiográficas é observar todas as porções que

compõem o estômago. São elas a cárdia, fundo do estômago, corpo do

estômago, antro e piloro

Incidência anteroposterior.

Figura 7 – Posicionamento Radiológico – incidência AP para estômago

Usuário em posição de Fowler (Figura 7). Orientar o usuário para deglutir o

contraste. A imagem é capturada no momento em que o meio de contraste

estiver sendo visibilizado no interior do estômago e a alça duodenal em seu

arco. O feixe central incide perpendicularmente ao nível da primeira vértebra

lombar. O receptor de imagem indicado é o formato 24 cm x 30 cm. Solicitar ao

usuário para interromper o processo respiratório.

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Incidência lateral

Figura 8 – Posicionamento Radiológico – incidência lateral para estômago

A mesa na posição de Fowler ou posição neutra, com o usuário em lateral

esquerda (Figura 8), para evitar a progressão do meio de contraste para o

duodeno. Imagem capturada no momento em que o meio de contraste estiver

no interior do estômago, sendo visibilizada toda a sua estrutura, assim como o

duodeno. O espaço retrogástrico é visualizado. O feixe central incide no nível

da primeira vértebra lombar, sendo o plano médio coronal observado. O

receptor de imagem indicado é o formato 24 cm x 30 cm. Solicitar ao usuário

para interromper o processo respiratório.

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Incidência oblíqua posterior direita

Figura 9 – Posicionamento Radiológico – incidência OPD para estômago

A mesa em posição neutra (sem inclinação) com o usuário em decúbito ventral

obliquado (Figura 9) de 40° a 70° deixando o lado direito mais próximo ao

receptor de imagem, para evidenciar o corpo do estômago e a grande

curvatura. O feixe central incide no nível da primeira vértebra lombar. O

receptor de imagem indicado é o formato 24 cm x 30 cm. Solicitar ao usuário

para interromper o processo respiratório.

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Incidência oblíqua anterior esquerda.

Figura 10 – Posicionamento Radiológico – incidência OAE para estômago

A mesa sem inclinação com usuário em decúbito dorsal obliquado (Figura 10)

de 40° a 70° deixando o lado esquerdo mais próximo ao receptor de imagem,

para evidenciar toda extensão do estômago e o duodeno. Uma incidência do

bulbo duodenal deve ser conseguida, sem superposição do piloro. O feixe

central, ao nível da primeira vértebra lombar, incide com a área de interesse no

centro do receptor de imagem no formato 24 cm x 30 cm. Solicitar ao usuário

para interromper o processo respiratório.

DUODENO

O bulbo duodenal deve ser visibilizado sem superposição do piloro.

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Incidência oblíqua anterior esquerda.

Figura 11 – Posicionamento Radiológico – incidência OAE para duodeno

A mesa sem inclinação com usuário em decúbito dorsal obliquado (Figura 11)

de 40° a 70° deixando o lado esquerdo mais próximo ao receptor de imagem,

para evidenciar toda extensão do estômago e o duodeno. O feixe central, ao

nível da primeira vértebra lombar, incide com a área de interesse no centro do

receptor de imagem no formato 24 cm x 30 cm. Solicitar ao usuário para

interromper o processo respiratório.

5.3 TRÂNSITO INTESTINAL

O trânsito intestinal é o exame radiológico que tem por objetivo visibilizar a

região do intestino delgado, forma e função, além de identificar patologias que

interferem com o trânsito intestinal do usuário.

Este exame se inicia com a SEED para documentar a trajetória do meio de

contraste. De modo geral é executado em equipamentos de radiologia

convencional, onde uma sequência radiográfica da região abdominal é

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executada. Recomenda-se a utilização da fluoroscopia quando for necessária a

compressão, que auxilia na dissociação de estruturas de determinada região.

Não é possível precisar o tempo da duração deste exame, pois dependerá da

motilidade do intestino de cada usuário. Porém, em condições normais, estima-

se que o exame tenha duração de 2 a 3 horas.

A sequência radiográfica dependerá exclusivamente da indicação para o

exame, bem como do organismo do usuário. É importante que, nas imagens,

sejam identificadas as seguintes estruturas:

- A passagem do meio de contraste do estômago para o duodeno;

- A região muscular que compreende o ligamento de Treiz;

- A região do Jejuno

- Porção terminal do Íleo (válvula íleocecal)

Condução do exame:

Sequência radiográfica

Radiografia simples de abdome. (AP)

Com o objetivo de observar a região anatômica que será estudada, avaliando

se o preparo farmacológico e dietético foi devidamente realizado, observar

alterações patológicas evidentes como calcificações, além de possibilitar a

definição de parâmetros técnicos.

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Figura 12 – Posicionamento Radiológico – incidência AP para abdome

Nessa incidência o usuário se encontra em decúbito dorsal (Figura 12), com o

eixo y dos feixes de radiação, coincidente com o plano médio sagital que se

encontra alinhado com a linha central da mesa, e o eixo x cruzando nas cristas

ilíacas e coincidindo com o centro do receptor de imagem. As pernas ficarão

levemente abduzidas e os braços deverão estar relaxados ao lado do corpo.

O feixe central deverá estar a 1 m de distância foco receptor de imagem. O

receptor de imagem deve ser selecionado de acordo com o biotipo do usuário.

De modo geral, é usado o formato, 35 cm x 43 cm, no sentido longitudinal.

A radiografia deve ser executada no processo expiratório; solicitar para que o

usuário respire fundo e solte todo o ar e pare o processo respiratório na

expiração para que só então, os feixes de raios X sejam disparados e seja

obtida a imagem.

Com a radiografia em mãos, solicitar ao médico radiologista autorização para

iníciar a rotina do procedimento com uso do contraste.

Radiografia AP de abdome, pós-ingestão de contraste

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Oferecer o sulfato de bário para o usuário, aproximadamente 500 mls.

Reproduzir o posicionamento do abdome (Figura 13) após 30 min contados a

partir da ingestão.

Figura 13 – Posicionamento Radiológico – incidência AP para abdome pós-

ingestão de contraste.

Sugere-se que a base inferior do receptor de imagem esteja na altura das

cristas ilíacas para que seja inclusa na imagem a passagem do contraste entre

o estômago e a primeira porção do intestino delgado; portanto o feixe central

estará no nível de L1, que coincidirá com o centro do receptor de imagem. O

formato 35 cm x 43 cm é o indicado.

Radiografia PA de abdome

Incidência com o objetivo de observar a região do intestino delgado, já

contrastada, e mais próxima do receptor de imagem. De modo geral, realizada

1 hora após o início do exame.

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Figura 14 – Posicionamento Radiológico – incidência PA para abdome

O usuário deve ser posicionado em decúbito ventral (Figura 14). Oferecer apoio

para a região da cabeça. As pernas deverão estar levemente abduzidas e os

braços deverão estar relaxados ao lado do corpo.

A distância foco receptor de imagem de 1 m. O eixo y dos feixes de radiação

coincide com o plano médio sagital, que se encontra alinhado com a linha

central da mesa, e o eixo x, cruzando nas cristas ilíacas, coincide com o centro

do receptor de imagem. Este no formato 35 cm x 43 cm fica disposto no sentido

longitudinal.

A radiografia deve ser executada no processo expiratório; é solicitado ao

usuário para que respire fundo e solte todo o ar e que o mesmo pare o

processo respiratório na expiração para que, só então, os raios X sejam

disparados e a imagem seja obtida.

O médico radiologista poderá solicitar o que chamamos na prática de

radiografia tardia, imagem obtida após 24 horas do início do exame, para

observar se há resíduos do meio de contraste.

29

Os princípios de proteção radiológica e a rotina do local de trabalho devem ser

respeitados.

5.4 ENEMA OPACO

Enema opaco é o exame radiológico cujo foco principal é a visibilização do

intestino grosso - e para isso faz-se necessário o uso do sulfato de bário como

meio de contraste. Os profissionais das técnicas radiológicas podem utilizar as

técnicas do simples e do duplo contraste, de acordo com a solicitação médica.

Técnica conhecida na prática como duplo contraste é a técnica de expansão do

cólon, em que para realizar o exame, insufla-se ar no interior do intestino

deixando a mucosa com resquícios do sulfato de bário, denominada de

“Técnica de Malmo”.

A duração do exame dependerá da colaboração do usuário.

É necessário que nas imagens sejam identificadas as seguintes estruturas:

Ceco, Cólon ascendente evidenciando a flexura hepática, Cólon transverso

evidenciando a flexura esplênica. Cólon descendente, Cólon sigmoide e Reto.

Condução do exame

Sequências Radiográfica

Radiografia simples de abdome (AP) - Controle

Com o objetivo de observar a região anatômica que será estudada, avaliando

se o preparo farmacológico e dietético foi devidamente realizado, observar

alterações patológicas evidentes como calcificações, além de possibilitar a

definição de parâmetros técnicos.

30

Figura 15 – Posicionamento Radiológico – incidência abdome simples

Nessa incidência o usuário se encontra em decúbito dorsal (Figura 15), com o

eixo y dos feixes de radiação, coincidente com o plano médio sagital que se

encontra alinhado com a linha central da mesa, e o eixo x cruzando nas crístas

ilíacas e coincidindo com o centro do receptor de imagem. As pernas ficarão

levemente abduzidas e os braços deverão estar relaxados ao lado do corpo.

O feixe central deverá estar a 1 m de distância foco receptor de imagem. O

receptor de imagem deve ser selecionado de acordo com o biotipo do usuário.

De modo geral, é usado o formato, 35 cm x 43 cm, no sentido longitudinal.

A radiografia deve ser executada no processo expiratório; solicitar para que o

usuário respire fundo e solte todo o ar e pare o processo respiratório na

expiração para que só então, os feixes de raios X sejam disparados e seja

obtida a imagem.

Com a radiografia em mãos, solicitar ao médico radiologista autorização para

iníciar a rotina.

31

Posição de Sims - Inserção da sonda

Figura 16 – Posição de Sims

Posicionar o usuário em posição de Sims (Figura 16). O médico radiologista

fará o exame de toque para garantir que não há uma fissura e nem obstruções

na região do ânus/reto que possam impedir a inserção da sonda. A sonda

utilizada neste procedimento é a de Foley. Observar o movimento respiratório

do usuário, a inserção da sonda será feita na expiração, momento em que o

usuário relaxa a musculatura. Conversar e orientar o usuário durante todo o

procedimento. Deve-se introduzir, via retal, 2 a 5 cm a sonda de Foley, com o

uso de pomada anestésica. O balonete deve ser inflado e tracionado de modo

que seja vedado o canal anal. A fluoroscopia é utilizada para a certificação da

localização correta da sonda. Administrar o contraste, deixando-o fluir

lentamente na última porção do TGI.

Posição DD - Região reto sigmoide (Incidência AP de Reto)

32

Figura 17 – Posicionamento Radiológico – incidência AP para reto

Incidência anteroposterior, usuário em decúbito dorsal (Figura 17). Com as

pernas unidas e braços relaxados ao lado do corpo. Posicionar o usuário com o

plano médio sagital em alinhamento com a linha central da mesa.

O feixe central deve incidir 5 cm abaixo e entre as espinhas ilíacas

anterossuperiores. O receptor de imagem indicado é o formato 24 cm x 30 cm

no sentido longitudinal.

Solicitar que o usuário não respire durante a realização da radiografia.

Posição OPD - Região retossigmoide (Incidência Oblíqua de Reto)

33

Figura 18 – Posicionamento Radiológico – incidência OAD para reto

Usuário em decúbito dorsal. Posicionado em oblíqua posterior direita (Figura

18). Os braços podem ficar sobre a região do tórax, observar que o usuário

esteja obliquado a 45º.

O feixe central deve incidir 5 cm abaixo e entre as espinhas ilíacas

anterossuperiores. O receptor de imagem indicado é o formato 24 cm x 30 cm

no sentido longitudinal.

Solicitar que o usuário não respire durante a realização da radiografia

34

Posição OPE - Região retossigmoide (Incidência Obliqua de Reto)

Figura 19 – Posicionamento Radiológico – incidência OAE para esôfago

Usuário em decúbito dorsal. Posicionado em oblíqua posterior esquerda

(Figura 19). Os braços podem ficar sobre a região do tórax, observar que o

usuário esteja oblíquado a 45º.

O feixe central deve incidir 5 cm abaixo e entre as espinhas ilíacas ântero

superiores. O receptor de imagem indicado é o formato 24 cm x 30 cm no

sentido longitudinal.

Solicitar que o usuário interrompa o processo respiratório durante a realização

da radiografia

35

Posição DLE - Região retossigmoide (Lateral de Reto)

Figura 20 – Posicionamento Radiológico – incidência lateral para reto

Usuário em decúbito lateral esquerdo (Figura 20). Os ombros e os quadris

devem estar alinhados para que não haja rotação. Os braços deverão ser

acomodados na região torácica e, para proporcionar um conforto maior ao

usuário durante este posicionamento, solicitar a flexão dos joelhos.

O feixe central deve incidir no nível das espinhas ilíacas ântero superiores. O

receptor de imagem indicado é o formato 24 cm x 30 cm no sentido

longitudinal.

Solicitar que o usuário interrompa o processo respiratório durante a realização

da radiografia.

O lateral esquerdo é justificado pela anatomia da região do reto sigmoide,

evitando assim a magnificação da estrutura.

36

Posição DD - Região dos Cólons (Incidência AP de Abdome)

Nesta incidência serão visibilizados os cólons ascendente, descendente,

transverso e os ângulos.

Figura 21 – Posicionamento Radiológico – incidência AP para

abdome (região dos cólons)

Nessa incidência o usuário se encontra em decúbito dorsal (Figura 21), com o

eixo y dos feixes de radiação coincidente com o plano médio sagital que se

encontra alinhado com a linha central da mesa, e o eixo x cruzando nas crístas

ilíacas e coincidindo com o centro do receptor de imagem. As pernas ficarão

levemente abduzidas e os braços deverão estar relaxados ao lado do corpo.

O feixe central deverá estar a 1 metro de distância foco receptor de imagem. O

receptor de imagem deve ser selecionado de acordo com o biotipo do usuário.

De modo geral, é usado o formato 35 cm x 43 cm, no sentido longitudinal.

A radiografia deve ser executada no processo expiratório, solicitar para que o

usuário respire fundo e solte todo o ar e pare o processo respiratório na

expiração para que só então os feixes de raios X sejam disparados e seja

obtida a imagem.

37

Posição OAE - Região do ângulo esplênico

Figura 22 – Posicionamento Radiológico – incidência OPE para região do

ângulo esplênico

Usuário em decúbito dorsal com o usuário obliquado a 45º posicionado em

oblíqua anterior esquerda (Figura 22). Sugere-se que os braços fiquem ao lado

do corpo.

O feixe central deve incidir no nível de L1. O receptor de imagem indicado é o

formato 24 cm x 30 cm no sentido longitudinal.

Solicitar que o usuário interrompa o processo respiratório durante a captura da

imagem.

38

Posição OAD - Região do ângulo hepático

Figura 23 – Posicionamento Radiológico – incidência OPD para a região do

ângulo hepático.

Usuário em decúbito dorsal com o usuário obliquado a 45º posicionado em

oblíqua anterior direita (Figura 23). Sugere-se que os braços fiquem ao lado do

corpo.

O feixe central deve incidir no nível de L1. O receptor de imagem indicado é o

formato 24 cm x 30 cm no sentido longitudinal.

Solicitar que o usuário interrompa o processo respiratório durante a captura da

imagem.

39

Posição DD - Radiografia da região do ceco (Incidência AP)

Figura 24 – Posicionamento Radiológico – incidência AP para ceco

Incidência anteroposterior, usuário em decúbito dorsal (Figura 24). Com as

pernas unidas e braços relaxados ao lado do corpo. Posicionar o usuário com o

plano médio sagital em alinhamento com a linha central da mesa.

O feixe central deve incidir a 5 cm medial à espinha ilíaca anterossuperior

direita. O receptor de imagem indicado é o 24 cm x 30 cm no sentido

longitudinal.

Solicitar que o usuário interrompa o processo respiratório durante a captura da

imagem.

40

Posição DD - Radiografia da região do ceco (OAD)

Figura 25 – Posicionamento Radiológico – incidência OPD para ceco

Usuário em decúbito dorsal. Posicionado em oblíqua anterior direita (Figura

25). Os braços podem ficar sobre a região do tórax; observar que o usuário

esteja obliquado a 45º.

O feixe central deve incidir em torno de 5 cm medial a espinha ilíaca

anterossuperior direita . O receptor de imagem indicado é o formato 24 cm x 30

cm no sentido longitudinal.

Solicitar que o usuário interrompa o processo respiratório durante a captura da

imagem.

Posição DV - Radiografia da região do abdome (PA)

Nesta incidência são observadas as estruturas que compõe o intestino grosso.

Ceco, Cólon ascendente, Cólon transverso. Cólon descendente, Cólon

sigmoide e Reto e suas flexuras com os ângulos fechados.

41

Figura 26 – Posicionamento Radiológico – incidência PA para abdome

Incidência posteroanterior, usuário em decúbito ventral (Figura 26). Com as

pernas unidas e braços relaxados ao lado do corpo. Posicionar o usuário com o

plano médio sagital em alinhamento com a linha central da mesa.

O feixe central deve incidir no nível das cristas ilíacas. O receptor de imagem

indicado é o formato 35 cm x 43 cm no sentido longitudinal.

Solicitar que o usuário interrompa o processo respiratório durante a captura da

imagem.

Posição DD ou DV - Radiografia da região do abdome em processo de

esvaziamento

Encaminhar o usuário ao banheiro e solicitar que o mesmo evacue. O objetivo

é realizar uma radiografia em que não haja excesso de contraste,

proporcionando um estudo detalhado das paredes intestinais com o auxilio do

contraste radiotransparente (ar).

42

A B

Figura 27 – Posicionamentos Radiológicos para abdome –

A. incidência AP e B. incidência PA

Incidência pode ser realizada em anteroposterior ou posterioanterior (Figura 27

A e B), usuário em decúbito. As pernas devem estar unidas e braços relaxados

ao lado do corpo. Fornecer um apoio para a região da cabeça. Posicionar o

usuário com o plano médio sagital em alinhamento com a linha central da

mesa.

O feixe central deve incidir no nivel das cristas ilíacas. O receptor de imagem

indicado é o formato 35 cm x 43 cm no sentido longitudinal.

O usuário deve suspender a respiração, após o movimento respiratório de

expiração.

O técnico em radiologia deve:

auxiliar o usuário na troca de vestimenta, quando necessário.

instruir o usuário a ingerir água abundantemente para eliminar o meio de

contraste. Atenção: dependendo da fisiologia do usuário a eliminação do

meio de contraste pode ser tardia, resultando no acúmulo e podendo

ocasionar uma obstrução.

manter a sequência das radiografias organizadas e encaminhar para

laudo.

organizar a sala de exames.

43

6. EXAMES CONTRASTADOS DO SISTEMA URINÁRIO

6.1 UROGRAFIA EXCRETORA

A principal função do sistema urinário é a produção de urina e a sua posterior

eliminação do organismo. É composto por dois rins, dois ureteres, uma bexiga

urinária e a uretra. Os rins filtram todas as substâncias da corrente sanguínea;

estes resíduos formam parte da urina que é transportada por meio dos ureteres

à bexiga urinária, onde é armazenada temporariamente, e depois é expelida ao

meio externo por meio da uretra.

Entre os procedimentos radiológicos mais comuns realizados nos centros de

radiologia estão os exames contrastados do sistema urinário. Devido a sua

localização no abdome, os rins encontram-se encobertos por outras estruturas

de tecidos moles da cavidade abdominal, o que dificulta a visibilidade em uma

radiografia simples de abdome; devido a isso, faz-se necessário o uso de

meios de contrastes.

O exame radiográfico, de um modo geral, do sistema urinário é a urografia, a

qual consiste na administração de meio de contraste, permitindo assim a

melhor visibilização das estruturas de interesse.

Existem dois tipos de urografia: a urografia excretora e a retrógrada. Estas

duas diferem-se pela via de administração do meio de contraste. Quando a

administração for intravenosa denominamos urografia excretora e quando for

por cateterização denominamos urografia retrógrada.

Os critérios de execução do exame ficam a cargo da rotina do serviço, bem

como dos médicos radiologistas que irão laudar os exames.

A sequência de radiografias para a urografia é baseada nas três fases que são:

Fase nefrográfica acontece entre 1 e 3 min.

Fase pielográfica a partir de 5 min

Fase excretora variando de 10 min até 30 min.

44

6.1.1 Abordagem ao Usuário(a)

Todo usuário que realizar exames contrastados deve ter recebido orientações

prévias quanto ao preparo específico para o exame que irá realizar.

Geralmente, é indicado fazer uso de um produto laxativo e de uma dieta leve.

6.1.2 Características para a execução do exame

Manter a sala de exames organizada para recepcionar o usuário;

Recepcionar cordialmente o usuário;

Verificar a clínica indicativa para o exame;

Executar a anamnese, estando atento a contraindicações;

Separar o contraste a ser utilizado durante o exame – verificando a data

de validade;

Orientar o usuário quanto ao procedimento que será realizado,

alertando-o de possíveis reações adversas ao meio de contraste que

será administrado;

Definir quais serão as incidências executadas;

Iniciar o procedimento, sempre orientando o usuário para que o exame

transcorra eficientemente.

6.1.3 Contraindicações:

São contraindicações a realização da urografia excretora:

Usuárias com gestação confirmada;

Usuário que apresente um quadro severo de desidratação ou

desequilíbrio eletrolítico;

Insuficiência renal;

Dependendo do estadiamento da doença a realização do exame poderá

comprometer a clínica do usuário. Há também a possibilidade de

nefrotoxicidade ao meio de contraste.

45

Reação alérgica ao meio de contraste;

Se o usuário relatar durante a anamnese que já apresentou reações adversas

prévias a outros exames a que foi submetido, indica-se que o usuário seja

submetido a uma avaliação médica e sejam prescritos pré-medicamentos com

corticosteroide.

Os exames do aparelho urinário não podem ser realizados com o uso de

contraste baritado, devido à sua toxicidade; o uso do mesmo pelo acesso

endovenoso conduziria o usuário a um choque, induzindo-o à morte. Atenção:

uma das características do contraste Sulfato de Bário é que ele é insoluvél, o

que significa dizer que - se houver estravazamento - pode ocasionar danos a

saúde do usuário.

O usuário que fizer uso de fármacos como a metformina devem suspender o

uso, com supervisão e orientação médica.

Condução do exame

Sequência radiográfica

Radiografia simples de abdome (AP) – Controle

Incidência radiológica realizada com o objetivo de:

Observar estruturas contidas na região abdominal. RUB – sigla para

Rins, Ureteres e Bexiga;

Avaliar o preparo farmacológico e dietético

Observar alterações patológicas como, por exemplo, litíases.

Definir parâmetros técnicos para a execução do exame.

Caso o usuário tenha sido submetido previamente a exames de

contrastes que fazem uso do Sulfato de Bário, indica-se elevar a dose

46

de laxativo objetivando um efeito satisfatório no que se refere ao preparo

do exame.

Figura 28 – Posicionamento Radiológico – incidência AP de abdome

Nessa incidência o usuário se encontra em decúbito dorsal (Figura 28), com o

eixo y dos feixes de radiação coincidente com o plano médio sagital que se

encontra alinhado com a linha central da mesa, e o eixo x cruzando nas crístas

ilíacas e coincidindo com o centro do receptor de imagem. As pernas ficarão

levemente abduzidas e os braços deverão estar relaxados ao lado do corpo.

O feixe central deverá estar a 1 m de distância foco receptor de imagem. O

receptor de imagem deve ser selecionado de acordo com o biotipo do usuário.

De modo geral, é usado o formato 35 cm x 43 cm, no sentido longitudinal.

A radiografia deve ser executada no processo expiratório; solicitar para que o

usuário respire fundo e solte todo o ar e pare o processo respiratório na

expiração para que só então, os feixes de raios X sejam disparados e seja

obtida a imagem.

Com a radiografia em mãos, solicitar ao médico radiologista autorização para

iniciar a rotina.

47

Remover todo e qualquer objeto que possa vir a gerar artefatos na imagem.

Com a radiografia em mãos, solicitar ao médico radiologista autorização para

iniciar a rotina.

Radiografia da região renal (nefrograma)

O contraste iodado será administrado via endovenosa.

O objetivo desta incidência é observar exclusivamente a região renal.

Radiografia de 3 min. É importante identificar a temporização de cada imagem

obtida.

Se o equipamento disponibilizar a tomografia linear, fazer uso desta

ferramenta. Caso contrário, executar a radiografia normalmente.

Figura 29 – Posicionamento Radiológico – incidência AP para nefrograma

Usuário posicionado em decúbito dorsal (Figura 29), com as pernas levemente

abduzidas, flexionadas; os braços deverão estar relaxados ao lado do corpo.

48

Observar para que as regiões torácica e pélvica estejam alinhadas. Os feixes

de radiação coincidindo com o centro do receptor de imagem, no formato 24

cm x 30 cm, no sentido transversal. O feixe central deve estar entre as cristas

ilíacas e o processo xifoide, a 1 m de distância foco receptor de imagem.

A radiografia deve ser obtida quando o usuário cessar a respiração após

expirar.

Radiografia da região renal (com compressão)

Reproduzir o posicionamento anterior e fazer uso da faixa de compressão,

sendo indi (Figura 30) cada a temporização de 5 min após o inicio da injeção

do meio de contraste. Este procedimento de comprimir a região auxilia na

retenção do contraste.

Figura 30 – Posicionamento Radiológico – incidência AP com faixa de

compressão

Há restrições para o uso da compressão abdominal. Está contraindicada a

utilização da faixa compressiva quando o usuário apresentar os seguintes

quadros clínicos:

49

- Massa e traumatismo abdominal;

- Dores abdominais intensas;

- Aneurisma da aorta abdominal;

- Cirurgia prévia recente na região.

Radiografia de Abdome (AP) com contraste

Incidência radiológica realizada com o objetivo de observar rins, ureteres e

bexiga (RUB) com contraste.

Figura 31 – Posicionamento Radiológico – incidência AP para abdome

O usuário posicionado em decúbito dorsal (Figura 31). As pernas deverão estar

levemente abduzidas, flexionadas e os braços deverão estar relaxados ao lado

do corpo. Fornecer apoio para a região da cabeça. O feixe central deve estar

entre a região das cristas ilíacas, a 1 m de distância foco receptor de imagem.

Indica-se o uso do receptor de imagem no formato 35 cm x 43 cm,

longitudinalmente. Exame realizado após expiração, usuário suspende o

movimento respiratório.

50

Pode ser solicitada uma radiografia com tempo de 10 min caso não sejam

observados ambos os ureteres preenchidos.

Radiografia AP da região vesical (Miccional)

Incidência realizada com o objetivo de observar o ureter distal e a região da

bexiga.

Figura 32 – Posicionamento Radiológico – incidência AP para região vesical

O usuário posicionado em decúbito dorsal (Figura 32). As pernas deverão estar

levemente abduzidas, flexionadas e os braços deverão estar relaxados ao lado

do corpo. Fornecido apoio para a região da cabeça.

O feixe central direcionado entre o centro das EIAS e 5 cm acima da sínfise

púbica. A distância foco receptor de imagem será de 1 m. Indica-se o uso do

receptor de imagem no formato 24 cm x 30 cm, transversalmente. Solicitar a

suspenção do movimento respiratório.

Radiografia OPD e OPE da região vesical

Incidência realizada com o objetivo de observar a bexiga.

51

A B

Figura 33 – Posicionamentos Radiológicos para região vesical –

A. incidência OPD e B. incidência OPE.

O usuário posicionado em decúbito dorsal. Obliquar o paciente em 45º (Figura

33 A e B). A acomodação dos braços e pernas será feita de forma que

proporcionem um conforto ao usuário. Fornecer apoio para a região da cabeça.

O feixe central direcionado entre as cristas ilíacas. A distância foco receptor de

imagem será de 1 m. Indica-se o uso do receptor de imagem no formato 24 cm

x 30 cm, longitudinalmente. Solicitar a suspensão do movimento respiratório.

52

Radiografia AP de abdome (Pós – miccional)

Solicitar que o usuário miccione (esvazie a bexiga).

Figura 34 – Posicionamento Radiológico – incidência AP para abdome

(Pós – miccional)

Incidência radiológica realizada com o objetivo de observar o abdome total

após a micção (Figura 34). Radiografia com tempo de 25 a 30 min após o inicio

da injeção do meio de contraste.

O usuário posicionado em decúbito dorsal. As pernas deverão estar levemente

abduzidas, flexionas e os braços deverão estar relaxados ao lado do corpo.

Fornecido apoio para a região da cabeça.

O feixe central deve estar entre a região das cristas ilíacas, a 1 m de distância

foco receptor de imagem. Indica-se o uso do receptor de imagem no formato 35

cm x 43 cm, longitudinalmente. Exame realizado após expiração, usuário

suspende o movimento respiratório.

É possível que somente a radiografia localizada (spot) da bexiga seja

executada.

53

O usuário posicionado em decúbito dorsal. As pernas deverão estar levemente

abduzidas, flexionadas e os braços deverão estar relaxados ao lado do corpo.

Fornecido apoio para a região da cabeça.

O feixe central direcionado entre o centro das EIAS e 5 cm acima da sínfise

púbica. A distância foco receptor de imagem será de 1 m. Indica-se o uso do

receptor de imagem no formato 24 cm x 30 cm, transversalmente. Solicitar a

suspenção do movimento respiratório.

6.2 URETROCISTOGRAFIA RETRÓGRADA FEMININA E MASCULINA

Exames que têm como objetivo principal obter informações morfológicas de

estruturas específicas do sistema urinário. A uretra, a bexiga e o processo

miccional são avaliados.

Uma das indicações mais comuns é a investigação de refluxo vesicouretral.

Devido à concentração do meio de contraste, esta afecção é mais bem

evidenciada nestas investigações retrógradas - que podem complementar o

exame de urografia excretora.

Tendo em mente que estes exames serão realizados por meio da inserção de

uma sonda e meio de contraste na região vesical, é necessário retomar os

aspectos relacionados à anatomia feminina e masculina. A uretra feminina é

mais curta que a masculina.

Estes exames são pouco recomendados pela susceptibilidade de infecção e

traumatismo.

54

6.2.1 URETROCISTOGRAFIA FEMININA

Condução do exame

Solicitar que a usuária esvazie a bexiga.

Utilizar vestimenta adequada para o exame, removendo a peça de roupa

íntima.

Sequência radiográfica

Incidência radiológica em AP (controle)

Figura 35 – Posicionamento Radiológico para bexiga – incidência AP

Usuária em decúbito dorsal (Figura 35). As pernas deverão estar levemente

abduzidas e os braços deverão estar relaxados ao lado do corpo. Fornecido

apoio para a região da cabeça. O feixe central deve estar entre a região das

EIAS, a 1 metro de distância foco receptor de imagem. Indica-se o uso do

receptor de imagem, 24 cm x 30 cm, transversalmente. Exame realizado após

expiração, usuário suspende o movimento respiratório.

55

Incidência radiológica em AP.

Figura 36 – Posicionamento Radiológico para bexiga – incidência AP (litotomia)

Usuária em decúbito dorsal (Figura 36). Braços relaxados ao lado do corpo,

joelhos fletidos e pernas abduzidas (posição de litotomia). Fornecer apoio

cefálico.

Realizar a assepsia da região para posterior introdução da sonda. Este

procedimento não deve ser realizado pelo técnico em radiologia. Após a

introdução da sonda o contraste será administrado. A quantidade de contraste

deve respeitar a capacidade da bexiga feminina. Após a bexiga preenchida

pelo meio de contraste diluido em soro fisiológico, radiografar a estrutura.

O feixe central deve estar entre a região das EIAS, a 1 m de distância foco

receptor de imagem. Indica-se o uso do receptor de imagem, 24 cm x 30 cm,

transversalmente. Exame realizado após expiração; usuário suspende o

movimento respiratório.

56

Incidência radiológica em Lateral.

Figura 37 – Posicionamento Radiológico para bexiga – incidência lateral

Removida a sonda. Usuária posicionada em decúbito lateral (Figura 37). O

feixe central deve coincidir com o centro do receptor de imagem, 24 cm x 30

cm. O tubo de raios X ficará a 1 m de distância foco receptor de imagem.

Exame realizado após expiração, usuário suspende o movimento respiratório.

Esta imagem também pode ser obtida em fase miccional.

Incidência radiológica em oblíqua.

A B

Figura 38 – Posicionamento Radiológico para bexiga –

A. incidência OAD e B. incidência OAE.

57

Usuária posicionada em decúbito dorsal, sendo rotacionada a 45º para a direita

(OPD) (Figura 38 A) ou esquerda (OPE) (Figura 38 B). O feixe central deve

coincidir com o centro do receptor de imagem, 24 cm x 30 cm,

transversalmente. O tubo de raios X ficará a 1 m de distância foco receptor de

imagem. Exame realizado após expiração, usuário suspende o movimento

respiratório.

Estas imagens também podem ser obtidas em fase miccional. Orientar a

usuária para realizar a micção quando solicitado. Fornecer um dispositivo

plástico para captação de urina do tipo comadre.

Ao encerrar o exame, encaminhar a sequência de imagens para o médico

radiologista laudar.

6.2.2 URETROCISTOGRAFIA MASCULINA

Condução do exame

Solicitar que o usuário esvazie a bexiga, antes do inicio do procedimento.

Utilizar vestimenta adequada para o exame, removendo a peça de roupa

íntima.

Realizar a assepsia da região peniana, que posteriormente se encontrará

protegida por um campo cirúrgico. Esteja atento aos procedimentos para não

contaminar a região durante a execução das radiografias.

Sequência radiográfica

Incidência AP. (controle)

Realizar uma radiografia de controle para determinar os parâmetros técnicos

de exposição para partes moles.

58

Figura 39 – Posicionamento Radiológico para bexiga – incidência AP

Usuário em decúbito dorsal (Figura 39). As pernas deverão estar levemente

abduzidas e os braços deverão estar relaxados ao lado do corpo. Fornecido

apoio para a região da cabeça. O feixe central deve estar 5 cm acima da

sínfese púbica, a 1 m de distância foco receptor de imagem. Indica-se o uso do

receptor de imagem, 24 cm x 30 cm, longitudinalmente. Exame realizado após

expiração; usuário deve suspender o movimento respiratório.

Incidência AP (com contraste)

Injetar o contraste, quantidade necessária para observar o fundo da bexiga. O

pênis deve ser tracionando para baixo, deve ser inclusa no receptor de imagem

parte da pinça Knutsen para obtenção da imagem.

Atenção: considerando que o médico estará realizando o procedimento, este

deverá estar com a vestimenta de proteção adequada durante todo o exame.

59

Figura 40 – Posicionamento Radiológico – incidência AP

Usuário em decúbito dorsal (Figura 40). As pernas deverão estar levemente

abduzidas e os braços deverão estar relaxados ao lado do corpo. Fornecido

apoio para a região da cabeça. O feixe central deve estar 5 cm acima da

sínfese púbica, a 1 m de distância foco receptor de imagem. Indica-se o uso do

receptor de imagem, 24 cm x 30 cm, longitudinalmente. Exame realizado após

expiração; usuário deve suspender o movimento respiratório.

60

Incidências Oblíquas.

O contraste deve ser injetado durante a exposição.

Figura 41 – Posicionamento Radiológico – incidência OAE

Usuário posicionado em decúbito dorsal, sendo rotacionado 40º a 60º para a

esquerda (OPE) (Figura 41). Acomodar os braços e pernas para que o usuário

fique o mais confortável durante o procedimento. O feixe central deve coincidir

com o centro do receptor de imagem, 24 cm x 30 cm, transversalmente. O tubo

de raios X ficará a 1 metro de distância foco receptor de imagem. Exame

realizado após expiração, usuário suspende o movimento respiratório.

61

Figura 42 – Posicionamento Radiológico – incidência OAD

Usuário posicionado em decúbito dorsal, sendo rotacionado 40º a 60º para a

direita (OPD) (Figura 42). O feixe central deve coincidir com o centro do

receptor de imagem, 24 cm x 30 cm, transversalmente. O tubo de raios X ficará

a 1 m de distância foco receptor de imagem. Exame realizado após expiração,

usuário suspende o movimento respiratório.

Estas imagens também podem ser obtidas em fase miccional (após a remoção

da pinça). Orientar o usuário para realizar a micção quando for necessário.

Fornecer um dispositivo plástico para armazenagem da urina do tipo papagaio.

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Incidência Lateral.

Com a bexiga preenchida completamente.

Figura 43 – Posicionamento Radiológico – incidência lateral

Usuário posicionado em decúbito lateral (Figura 43). O feixe central deve

coincidir com o centro do receptor de imagem, 24 cm x 30 cm. O tubo de raios

X ficará a 1 m de distância foco receptor de imagem. Exame realizado após

expiração, usuário suspende o movimento respiratório.

Esta imagem também será obtida em fase pós-miccional.

Ao encerrar o exame, encaminhar a sequência de imagens para o médico

radiologista laudar.

63

7. EXAME CONTRASTADO DO SISTEMA REPRODUTOR FEMININO

7.1 HISTEROSSALPINGOGRAFIA (HSG)

A histerossalpingografia é um exame cujo objetivo é avaliar o sistema

reprodutor feminino por meio de radiografias contrastadas.

Condução do exame

Caracterizado como um procedimento médico, pois compreende um exame

ginecológico. Exame realizado após o décimo dia do ciclo menstrual. O médico

radiologista realiza inicialmente um exame de toque; insere o espéculo,

observa e, com pinça Pozzi, traciona o colo uterino para então fazer a injeção

do meio de contraste, que é iodado e específico para este exame. A

fluoroscopia pode ser utilizada ou não. Lembre-se de fornecer proteção

radiológica ao médico durante todo o exame.

A função do técnico em radiologia é executar adequadamente suas atribuições.

Neste exame são:

Manter a sala organizada e separar os materiais para o procedimento.

Atenção para não contaminar o material estéril.

Auxiliar o médico durante todo o procedimento.

Posicionar adequadamente a usuária para as incidências; orientá-la e

acalmá-la durante todo procedimento.

A indicação clínica da HSG é basicamente a investigação de esterilidade e

abortos repetitivos. Portanto, é valido ressaltar que este exame expõe a usuária

e gera uma grande ansiedade.

As contraindicações absolutas são a gestação, hemorragia intensa, infecção

genital.

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A cavidade uterina e as trompas serão estudadas por meio das radiografias

obtidas.

Sequência radiográfica

Radiografia da região pélvica é realizada para controle.

Figura 44 – Posicionamento Radiológico para região pélvica – incidência AP

Usuária em decúbito dorsal (Figura 44). Receptor de imagem 24 cm x 30 cm,

no sentido trasversal. Distância foco receptor de imagem de 1 m. O feixe

central coincide entre as EIAS, que se encontram no centro do receptor de

imagem.

Esta incidência anteroposterior possibilita ao médico radiologista decidir se

realizará o exame ou não, pois a imagem fornecerá evidências se a usuária

realizou adequadamente o preparo farmacológico e dietético.

65

Posição de Litotomia (Figura 45); inicia-se o exame.

Figura 45 – Posição de litotomia

AP

Figura 46 – Posicionamento Radiológico – incidência AP litotomia

66

Usuária em decúbito dorsal. Posicionada em litotomia. Os braços posicionados

sobre a região torácica ou ao lado do corpo. (Figura 46)

Receptor de imagem paralelo ao tubo de raios X. A distância foco receptor de

imagem será de 1 m e o feixe central deverá coincidir com o centro do receptor

de imagem, na altura de EIAS.

O médico injeta uma quantidade pequena de contraste com o objetivo de

avaliar a camada da mucosa.

AP

O médico injeta uma quantidade significativa de contraste com o objetivo de

preencher o útero e as trompas.

Figura 47 – Posicionamento Radiológico – incidência AP litotomia

Usuária em decúbito dorsal. Posicionada em litotomia. Os braços posicionados

sobre a região torácica ou ao lado do corpo (Figura 47).

67

Receptor de imagem paralelo ao tubo de raios X. A distância foco receptor de

imagem será de 1 m e o feixe central deverá coincidir com o centro do receptor

de imagem, na altura de EIAS.

LATERAL

Figura 48 – Posicionamento Radiológico – incidência lateral

Usuária em decúbito lateral (Figura 48). Receptor de imagem paralelo ao tubo

de raios X. A distância foco receptor de imagem será de 1 m e o feixe central

deverá coincidir com o centro do receptor de imagem, na altura de EIAS.

O médico irá visibilizar as estruturas preenchidas com contraste em vista

lateral.

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OBLÍQUAS (com ou sem tração)

A B

Figura 49 – Posicionamentos Radiológicos para região pélvica –

A. incidência OAD e B. incidência OAE

Incidências opcionais. A usuária posicionada em oblíqua posterior direita

(OPD)(Figura 49 A) ou esquerda (OPE) (Figura 49 B). O cuidado que o técnico

deve ter ao movimentar a usuária é para não machucá-la, pois o

histerossalpingógrafo está introduzido.

AP

O médico retira o contraste e observa a eliminação do mesmo.

69

Figura 50 – Posicionamento Radiológico para região pélvica – incidência AP

Usuária em decúbito dorsal. Posicionada em litotomia. Os braços posicionados

sobre a região torácica ou ao lado do corpo (Figura 50).

Receptor de imagem paralelo ao tubo de raios X. A distância foco receptor de

imagem será de 1 m e o feixe central deverá coincidir com o centro do receptor

de imagem, na altura de EIAS.

Concluido o exame, o médico fará recomendações à usuária.

As sequências radiográficas devem ser organizadas e encaminhadas para

laudo.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BONTRAGER, K. L.; LAMPIGNANO, J. P. Tratado de Posicionamento Radiográfico e Anatomia Associada. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.

MONNIER, J. P.; TUBIANA, J. P. Manual de diagnóstico radiológico. 5.

ed. Rio de Janeiro: Medsi, 1999.

NISCHIMURA, L. Y.; POTENZA, M. M.; CESARETTI, I. U. R. Enfermagem

nas unidades de diagnóstico por Imagem:aspectos fundamentais. São

Paulo: Atheneu, 1999. NOBREGA, A. I. Tecnologia Radiológica e Diagnóstico por Imagem: guia

para ensino e aprendizagem. Volume 3 - 5. ed. São Caetano do Sul: Difusão,

2010. OLIVEIRA, L. A. N. Assistência à Vida em radiologia: guia teórico e prático.

São Paulo: Colégio Brasileiro de Radiologia, 2000. SUGAWARA, A. M.; DAROS, K. A. C. Manual de meios de contraste em raios X. São Paulo: São Camilo, 2004.

SUTTON, D. Radiologia e Imaginologia para estudantes de medicina. 7. ed.

São Paulo: Manole, 2003.