PROCEDIMENTOS DE INCORPORAÇÃO, CATALOGAÇÃO E REGISTRO NOS MUSEUS DE FLORIANÓPOLIS:...
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Procedimentos de incorporação, catalogação e registro nos museus de Florianópolis:
interdisciplinaridade entre Biblioteconomia e Museologia
Juliana Aparecida Gulka
Orientadora: Profa. Dra. Eva Cristina Leite da Silva
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
CURSO DE GRADUAÇÃO EM BIBLIOTECONOMIA
• Colonização de Santa Catarina por diferentes etnias.
• 199 museus no estado (INSTITUTO BRASILEIRO DE MUSEUS, 2011)
• Preservação: procedimentos de controle e descrição.
INTRODUÇÃO
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De que forma os conhecimentos das áreas de Biblioteconomia e Museologia podem contribuir
com o processamento técnico dos objetos?
QUESTÃO DE PESQUISA
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• GERAL
Analisar o programa de gestão de acervos de instituições museológicas.
• ESPECÍFICOS
a) verificar a adequação da gestão de acervos em relação ao Estatuto de Museus;
b) analisar como são realizados os procedimentos de incorporação, catalogação e registro do acervo;
c) apresentar os procedimentos de tratamento do acervo realizados pela museologia e biblioteconomia;
d) verificar como é realizada a recuperação dessas informações; ee) verificar a disponibilização dos objetos.
OBJETIVOS
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• Origem, Brasil e Santa Catarina: Grupo Sul.
• Conceituação: autores, organizações e legislação.
• Contextualização: coleções diversas e um elemento em comum, a INFORMAÇÃO.
MUSEUS COMO UNIDADE DE INFORMAÇÃO
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MUSEUS COMO UNIDADE DE INFORMAÇÃO
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“Instituição permanente, sem fins lucrativos, a serviço da sociedade e do seu desenvolvimento, aberta ao público e que adquire, conserva, investiga, difunde e expõe os testemunhos
materiais do homem e de seu entorno, para educação e deleite da sociedade.”
(INTERNATIONAL COUNCIL OF MUSEUMS, 2001 apud SISTEMA BRASILEIRO DE MUSEUS, 2012)
“Art. 1o Consideram-se museus, para os efeitos desta Lei, as instituições sem fins lucrativos que conservam, investigam,
comunicam, interpretam e expõem, para fins de preservação, estudo, pesquisa, educação, contemplação e turismo,
conjuntos e coleções de valor histórico, artístico, científico, técnico ou de qualquer outra natureza cultural, abertas ao
público, a serviço da sociedade e de seu desenvolvimento.” (BRASIL, 2009)
• Fornecer aos usuários, informações a respeito dos objetos que preserva.
“Os arquivos, as bibliotecas e os museus incluem-se entre as instituições culturais
responsáveis pela armazenagem, conservação e divulgação dos acervos coletados ao longo
da trajetória das comunidades humanas”(CALDEIRA, 1998, p. 393)
MUSEUS COMO UNIDADE DE INFORMAÇÃO
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• A gestão do acervo é o conjunto de métodos e práticas que tem por objetivo organizar e interpretar as coleções.
• Uma coleção pode se diferenciar da outra por seu conteúdo ou aparência física, mas conservam características comuns que são utilizadas para os registros dos dados.
GESTÃO DE ACERVOS
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MUSEUS COMO UNIDADE DE INFORMAÇÃO
2
O trabalho biblioteconômico, em termos simples, consiste em organizar, tratar e disseminar
conhecimentos registrados para diferentes universos de usuários, a partir dos interesses, necessidades,
demandas e potencialidades de cada um desses universos.
(MEY; SILVEIRA, 2009, p. 1)
• INCORPORAÇÃOAvaliação, Seleção e Aquisição.
• CATALOGAÇÃOAACR, ISBD, MARC, Dublin Core
• REGISTRORegistro ou tombamento, Lei 10.753 30 out. 2003
ACERVOS DE BIBLIOTECAS
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• INCORPORAÇÃOPolítica de aquisição, Lei 11.904, Código de Ética.
• CATALOGAÇÃOObject ID, CCO, Espectro, CIDOC, Africom.
• REGISTROInventário, Estatuto de Museus, Numeração, Controle do
Acervo.
ACERVOS DE MUSEUS
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METODOLOGIA
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• Pesquisa exploratória e descritiva, com abordagem quali-quantitativa.
• Dados do Sistema Estadual de Museus – SC
• Universo da pesquisa: museus mapeados e cadastrados na Região 5 – Grande Florianópolis
METODOLOGIA
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• Corpus da pesquisa: 18 instituições da Capital do Estado, denominadas Museu.
• Coleta de dados: questionário com perguntas abertas e fechadas, aplicado via plataforma online.
DESCRIÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS
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• 11 instituições responderam o questionário• O questionário foi elaborado e analisado
buscando-se abordar 3 principais aspectos:
1) caracterização da instituição;2) caracterização do acervo; e 3) gestão do acervo.+ Acesso as peças.
1) Caracterização da Instituição
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• Categoria: 6 privados, 4 públicos, 1 fundação.
• Vinculação: 2 privados, 2 fundações, 2 federais, 1 estadual e 1 municipal.
• Existência: 60 anos o mais antigo – 1 ano o mais recente.
• Funcionários: três com mais de 10 – Uma com 5 a 10 - Duas com 3 a 5 – Duas com 1 a 3.
• Formação: nenhum Bibliotecário.
2) Caracterização dos Acervos
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• Coleção: 7 museus com coleção aberta e 3 com coleção fechada.
• Entrada de peças: doação, coleta, legado e compra.
• Tipologia: arte, fotografia, arqueologia, história, imagem e som.
3) Gestão do Acervo
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• Plano Museológico: 5 museus em elaboração, 2 finalizado e 4 não possuem.
• Incorporação: 9 museus não possuem política de aquisição, 1 em elaboração e 1 finalizado.
• Catalogação: 8 com peças catalogadas, 2 não catalogadas e 1 parcialmente. 5 sem padronização, 4 com alguma padronização. 6 museus sem sistema informatizado e 4 com informatização.
3) Gestão do Acervo
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• Registro: 7 museus possuem o documento e 4 não possuem. Apenas 1 registrado em cartório. Livro ata e planilha informatizada.
• Acesso as peças: exposição, consulta com agendamento prévio.
CONCLUSÃO
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Bibliotecas e museus possuem funções semelhantes, sendo consideradas unidades de informação à medida que armazenam, organizam e disponibilizam os mais variados tipos de informações.
Biblioteca: BibliográficoMuseu: Tridimensional
CONCLUSÃO
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Política de desenvolvimento de coleções: avaliação, seleção e aquisição do material.
Descrição mínima: conjunto de informações sobre as coleções a que o museu preserva.
Registro: numeração sequencial e definitiva, marcação das peças, documento de registro.
CONCLUSÃO
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Biblioteconomia (AACR2, ISBD, Dublin Core e Marc)
Museologia (Object ID, Espectro, recomendações do CIDOC, Manual da Africom e CCO)
O que as recomendações têm em comum?
Campos mínimos que devem ser preenchidos para a melhor descrição e identificação dos acervos, visando à recuperação da informação.
A representação dos objetos de forma única e não ambígua é o que permite recuperá-las e identificá-las nos catálogos, levando ao seu acesso e utilização como fonte de informação.
CONCLUSÃO
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Embora as coleções museológicas sejam formadas por objetos com particularidades diferentes, ainda assim, podem partilhar de informações comuns que irão compor suas políticas de formação de acervo, descrição e registro.
Sugestões: Possibilidade de tradução de alguns padrões apresentados; Profissional formado em biblioteconomia, com o conhecimento da sintaxe e terminologias adequadas ao processamento técnico das coleções museológicas e gerenciamento de acervo.
Futuras pesquisas: aprofundamento nos campos de descrição apresentados;Estudar formas de informatização das instituições museológicas.
REFERÊNCIAS
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BRASIL. Estatuto de Museus. Lei 11.904 de 14 de janeiro de 2009. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11904.htm>. Acesso em: 13 abr. 2011.
CALDEIRA, Paulo da Terra. Museus. In: CAMPELLO, Bernadete Santos; CALDEIRA, Paulo da Terra; MACEDO, Vera Amália Amarante (orgs.). Formas e expressões do conhecimento: introdução às fontes de informação. Belo Horizonte: Escola de Biblioteconomia da UFMG, 1998. p.393-414.
INSTITUTO BRASILEIRO DE MUSEUS. Museus em Números. Brasília: IBRAM, 2011. v.2.
MEY, Eliane Serrão Alves; SILVEIRA, Naira Christofoletti. Catalogação no plural. Brasília: Briquet de Lemos, 2009.
SISTEMA BRASILEIRO DE MUSEUS. O que é museu. 2012. Disponível em: <http://www.museus.gov.br/SBM/oqueemuseu_museusdemu.htm >. Acesso em: 20 jun. 2012.