Procedimentos Complexos de Enfermagem · diuréticos devem ser administrados, de preferência, no...

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1 FUNDAÇÃO EDUCACIONAL “MANOEL GUEDES” Escola Técnica “Dr. Gualter Nunes” Curso de Habilitação Profissional de Técnico em Enfermagem MÓDULO II Procedimentos Complexos de Enfermagem Tatuí-SP

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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL “MANOEL GUEDES”

Escola Técnica “Dr. Gualter Nunes”

Curso de Habilitação Profissional de Técnico em Enfermagem

MÓDULO II

Procedimentos Complexos de Enfermagem

Tatuí-SP

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Sumário 1. Introdução ...................................................................................................................... 3

2. Preparo de Medicamentos ............................................................................................ 3 3. Cuidados na Administração de Medicamentos .......................................................... 6

3.1 Via Oral ...................................................................................................................................... 6 3.2 Via Sublingual............................................................................................................................ 7 3.4 Via Gástrica................................................................................................................................ 7 3.5 Via Nasal .................................................................................................................................... 7

3.6 Via Ocular .................................................................................................................................. 8 3.7 Via Auricular.............................................................................................................................. 8

3.8 Via Retal .................................................................................................................................... 9 3.9 Via Vaginal ................................................................................................................................ 9 3.10 Via Tópica ou Cutânea ........................................................................................................... 10 3.11 Via Parenteral ......................................................................................................................... 11

4. Venóclise ...................................................................................................................... 18

4.1 Tipos de cateteres: .................................................................................................................... 19 4.2 Método para manter cateter pérvio: ......................................................................................... 22

5 . Cálculo de dosagens no preparo de medicamentos. .............................................. 23 5.1 Calculo da velocidade de gotejamento por minuto. ................................................................. 23

5.2 Cálculo de gotejamento em microgotas: .................................................................................. 24 5.3 Cálculo de ml/h para usar em bomba de infusão ..................................................................... 25

5.4 Cálculo de ml / h para correr em bomba de infusão quando a prescrição é feita em gotas/min.

........................................................................................................................................................ 25

6. Transformação de Solução glicosada a 5% em 15%. ............................................... 26 6. Via Respiratória ........................................................................................................... 27

7. Procedimentos de Enfermagem no Sistema Digestório .......................................... 30 7.1 Termos Técnicos ...................................................................................................................... 36

8. Procedimentos de Enfermagem no Sistema Urinário ............................................. 37 9. Procedimentos de Enfermagem no Sistema Tegumentar ........................................ 41

9.1 Curativo .................................................................................................................................... 41

9.2 Tipos de Curativos: .................................................................................................................. 41

9.3 Produtos mais usados no tratamento de feridas ....................................................................... 42 9.4 Curativos prontos ..................................................................................................................... 43

9.5 Técnica do curativo .................................................................................................................. 44 9.6 Curativos com drenos ( tubulares, penrose, Kherr etc.): .......................................................... 46

9.7 Curativo de traqueostomia: .................................................................................................. 47 9.8 Curativo de ostomias:............................................................................................................... 47

10. Aplicações Quentes e Frias ..................................................................................... 48

11. Ataduras .................................................................................................................... 51 Referências ...................................................................................................................... 53

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1. Introdução A equipe de enfermagem é um dos pilares para a diferenciação do atendimento prestado aos usuários dos serviços de saúde, e para tanto se faz necessário à busca contínua pela excelência técnica que permita uma prática consistente e segura para o profissional e cliente/usuário. O ato de cuidar tem como objetivo reduzir ou eliminar o sofrimento do cliente enquanto passa por um tratamento, e embora haja evolução na tecnologia e na ciência, a assistência à saúde ainda possui o potencial de causar danos. A Organização Mundial da Saúde classifica 4 tipos de incidentes acometidos em clientes: Circunstância de Risco, “Quase-erro”, Incidente sem dano e Evento Adverso, sendo de responsabilidade da Enfermagem diminuir a incidência desses erros.

2. Preparo de Medicamentos

A enfermagem atua na última etapa do processo (preparo e administração dos medicamentos), ou seja, na ponta final do sistema de medicação e isso faz com que muitos erros cometidos não detectados no início ou no meio do sistema lhe sejam atribuídos. Esse fato também aumenta a responsabilidade da equipe de enfermagem, pois ela é a última oportunidade de interceptar e evitar um erro ocorrido nos processos iniciais, transformando-se em uma das últimas barreiras de prevenção e garantia da segurança do paciente.

Esta responsabilidade atribuída à enfermagem deve mobilizar a categoria a deixar de ser somente “fazedora” e ter o entendimento de

como pode funcionar como uma efetiva barreira para evitar ocorrências de eventos indesejados ao paciente. Para prevenir erros de medicação, a equipe de enfermagem geralmente utiliza a prática de verificação dos “5 certos”. Originalmente criados na década de 1960, ao longo dos anos foram sofrendo incorporações de outros “certos”. Os erros de medicação são passíveis de prevenção e uma das ferramentas que podem ser utilizadas neste processo é o emprego pelo profissional dos “9 certos” durante o preparo e administração de medicamentos.

1c Paciente

Right patient = Paciente certo

Este direito é autoevidente: o medicamento deve ser administrado ao paciente para quem é prescrito. Administração de um medicamento para o paciente errado é, no entanto, um erro comum.

2c Droga

Right Drug = Droga certa

Pesquisas mostram que mais de um terço dos erros de medicamentos ocorre pela administração de droga errada. Enfermeiros não estão legalmente habilitadas a receitar medicamentos, mas se não tiver certeza do nome da medicação prescrita (ou acha que é um medicamento errado), não devem administrá-lo antes de verificar com o médico prescritor.

3c Via

Right Route = Caminho certo

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A equipe de enfermagem só está autorizada a administrar medicamentos por via prescrita, embora às vezes o médico pode dar uma escolha (IV / VO). O auxiliar ou técnico de enfermagem deve compreender as diferenças entre estas rotas, tais como a taxa de absorção ou início de ação.

4c Dose

Right dose = Dose certa

Conferência da dose prescrita com a apresentação da dosagem no rótulo da droga.

5c Horário

Right Time = Hora certa

A medicação deve ser administrada no tempo correto para garantir níveis séricos terapêuticos. Administrar a medicação na hora errada é, portanto, um tipo de erro.

6c Documentação

Right Documentation = Documentação certa

Quando um auxiliar ou técnico de enfermagem administra uma medicação, deve checar por escrito. Isso fornece evidências de que o medicamento foi administrado ao paciente. Checar antes de administrar é um risco, pois o paciente pode recusar a medicação ou pode acorrer algo que suspenda a medicação. Da mesma forma, deixando de assinar quando um medicamento foi administrado cria o risco de que outro que assumiu o paciente repita a dose.

7c Ação da droga

Right Action = Ação Certa

Garantir que o medicamento é prescrito pela razão certa.

8c Forma

Right Form = Forma certa

Muitos medicamentos estão disponíveis em diferentes formas para administração por várias vias. Por exemplo, paracetamol vem na forma de comprimidos, cápsulas, xarope, supositórios e ampolas para administração intravenosa. A checagem da forma deve assegurar que atenda às especificidades do paciente, com a análise do tempo de absorção frente a cada apresentação da droga.

9c Resposta

Right Response= Resposta Certa

Monitorar o paciente para que a medicação tenha o efeito. Este direito da administração de medicamentos envolve uma avaliação da eficácia da finalidade da medicação, que é crucial para alguns medicamentos de alto risco, tais como anticoagulantes, antiarrítmicos e insulina. Monitoramento para a resposta certa e detecção dos eventos adversos (farmacovigilância).

Todo o medicamento deve ser prescrito pelo médico, devidamente escrito e assinado no prontuário.

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Não preparar medicamentos sem rótulo, ou ilegível.

Verificar o prazo de validade.

Conhecer as drogas e seus cuidados específicos: - Melhor horário. - Diluição e o prazo de validade após diluição. - Ingestão com água ou leite. - Antes, durante ou após as refeições.

Os entorpecentes devem ser guardados em local com chave.

Os medicamentos devem ser estocados na farmácia e na unidade. Deve-se manter os de uso individual.

Lavar as mãos.

Limpar a bandeja com álcool e colocar os copinhos identificados.

Evitar atividades paralelas enquanto estiver preparando a medicação.

Não conversar durante o preparo.

Ter à frente o cartão ou papeleta contendo a prescrição médica.

Não administrar se a prescrição médica não estiver legível. Procurar auxílio com o enfermeiro.

Ler o rótulo da medicação 3 vezes: - antes de retirar do recipiente (frasco, saquinho ou envelope) - antes de colocar no copinho ou cálice ou aspirá-lo com a seringa. - antes de devolver o recipiente no lugar ou jogar no lixo.

Não tocar com a mão comprimidos, cápsulas e drágeas.

Desprezar o medicamento quanto verificar mudança no odor, consistência, turvação ou depósitos anormais.

Observar as principais abreviaturas: - gt = gota - gts = gotas - mcgt = microgota - g = grama - mg = miligrama - cp ou comp = comprimido - amp = ampola - ml = mililitro - cc3 = centímetro cúbico = ml - U = unidade

Se faltar medicamentos, tomar providências imediatamente. Não substituí-lo aleatoriamente.

Certificar-se se há controle hídrico, dietas, jejum e suspensão de medicamentos.

Identificar a medicação no prontuário com um pequeno ponto à frente do horário para

facilitar o controle. Ex.: Plasil 1 cp V.O de 8/8 hs ""14 22 6

Atentar par ao horário padronizado pela instituição. No caso da Santa Casa é o seguinte: - 6/6 hs: 6 12 18 24 - 8/8 hs: 14 22 06 - 12/12: 18 6 ou 10 22 - cedo (hipoglicemiantes): 10 - noite (tranqüilizantes): 22 - após o almoço: 12

Antes de sair para administrar as medicações, deixar o local limpo e em ordem.

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3. Cuidados na Administração de Medicamentos

Antes de administrar a medicação, conferir o n.º do leito e chamar o paciente pelo nome, se possível.

Não deixar a bandeja na enfermaria ou no quarto do paciente caso tenha que voltar ao posto de enfermagem.

Não permitir que familiares administrem a medicação.

Não administrar medicamentos preparados por outra pessoa.

Permanecer ao lado do paciente até ter certeza de que ele deglutiu a medicação.

Se o paciente recusar a medicação, ou estiver em falta ou o paciente estiver ausente, colocar um círculo ao

redor do horário, EX: 12 e justificar no relatório de enfermagem. O médico deve também estar ciente no caso de recusa ou falta.

Somente checar o horário no prontuário após ingestão ou aplicação do medicamento. Ex.: 10

Anotar e relatar as anormalidades que o paciente possa apresentar.

Após a administração, lavar, secar e guardar os materiais utilizados. OBS.: Em caso de emergência, a medicação poderá ser prescrita por telefone, ou seja, por

ordem verbal do médico responsável pelo paciente, mas anotado no relatório de enfermagem. Após a prescrição feita, anotar o horário e checar.

(Resolução Cofen: 225/2000)

3.1 Via Oral

Definição: É a administração de medicamento pela boca

Contra-indicações:

Pacientes incapazes de deglutir ou inconscientes.

Em casos de vômito.

Quando o paciente está em jejum para cirurgia ou exame. Material: Bandeja contendo:

Copinhos descartáveis

Contagotas

Copo graduado

Espátulas

Triturador de comprimidos (Graal)

Procedimento:

Lavar as mãos.

Identificar o recipiente com os 5 certos.

Colocar os medicamentos nos recipientes identificados, diluindo-os se for necessário.

Levar a bandeja para junto do paciente.

Perguntar o nome do paciente.

Colocar o comprimido na mão ou na boca do paciente. Se for líquido, dar no copinho descartável.

Oferecer-lhe água ou leite.

Verificar se o paciente deglutiu o medicamento, nunca deixá-lo sobre a mesa de cabeceira.

Colocar o material em ordem.

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Lavar as mãos.

Checar o horário na prescrição.

Observações:

Os medicamentos em pó devem ser dissolvidos.

Gotas devem ser medidas com contagotas.

Dissolver os medicamentos para os pacientes que têm dificuldade em deglutir, utilizando o triturador (Graal).

Ao administrar digitálicos, contar pulso radial. Se estiver abaixo de 60 bpm, não administrar.

Considerar sempre o melhor horário para administrar os medicamentos. Exemplo: os diuréticos devem ser administrados, de preferência, no período da manhã.

3.2 Via Sublingual

Definição: Consiste em colocar o medicamento debaixo da língua e deixar que seja absorvido pela mucosa bucal.

Procedimento:

Lavar as mãos.

Separar o medicamento.

Dar água para o paciente enxaguar a boca.

Colocar o medicamento sob a língua e pedir para abster-se de engolir a saliva por alguns minutos e nem ingerir alimentos a fim de que a droga seja absorvida.

Lavar as mãos.

Checar o horário na prescrição.

3.4 Via Gástrica

Definição: É a introdução do medicamento através da sonda nasogástrica. Utilizada para pacientes inconscientes e impossibilitados de deglutir. Os medicamentos sólidos são dissolvidos em água e introduzidos na sonda com a seringa. As cápsulas são abertas, e o pó dissolvido em água e colocado na seringa. Obs.: Ver cuidados específicos na técnica de alimentação por sonda.

3.5 Via Nasal Definição: Consiste em levar à mucosa nasal um medicamento líquido, objetivando aliviar a congestão nasal e aumentar a ejeção do leite no puerpério utilizando o medicamento ocitocina.

Material: Bandeja contendo:

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Frasco de medicamento, com conta-gotas.

Gaze ou lenço de papel.

Procedimento:

Lavar as mãos.

Levar o material até a unidade do paciente.

Inclinar a cabeça do paciente para trás (sentado ou deitado).

Retirar, através do conta-gotas, a dosagem do medicamento prescrita.

Pingar a medicação na parte superior da cavidade nasal, evitando que o conta-gotas toque a mucosa.

Solicitar ao paciente que permaneça nesta posição por mais alguns minutos.

Lavar as mãos.

Checar o horário na prescrição médica.

3.6 Via Ocular

Definição: É a aplicação de colírio ou pomada na conjuntiva ocular.

Material: Bandeja contendo:

Colírio ou pomada.

Contagotas.

Algodão, gaze ou lenço de papel.

Procedimento:

Lavar as mãos.

Organizar o material e levar para o quarto do paciente.

Posicionar o paciente com a cabeça um pouco inclinada para trás.

Afastar com o polegar a pálpebra inferior, com auxílio do lenço ou gaze, e pedir para olhar

para cima.

Pingar o medicamento na conjuntiva, sem encostar o contagotas.

Pedir para fechar os olhos e enxugar o excesso de líquido com gaze ou lenço de papel.

Lavar as mãos.

Checar o horário na prescrição médica

Obs.: Na aplicação de pomada:

Afastar a pálpebra inferior com o polegar.

Colocar cerca de 2 cm de pomada com o auxílio da própria bisnaga.

Após a aplicação, solicitar ao paciente que feche lentamente as pálpebras e faça movimentos giratórios com o globo ocular.

Com auxílio do algodão ou lenço de papel, retirar o excesso de pomada e fazer uma pequena fricção sobre o olho, para que a medicação se espalhe.

Ao usar a própria bisnaga, identificá-la para uso individual. Caso a bisnaga seja de uso coletivo, administrá-la com o auxílio de uma espátula.

3.7 Via Auricular

Definição: Consiste em introduzir o medicamento no canal auditivo externo.

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Material: Bandeja contendo:

Medicamento prescrito, com contagotas.

Gaze, bola de algodão ou cotonete. Procedimento:

Lavar as mãos.

Organizar o material e levar para próximo do paciente.

Inclinar a cabeça do paciente lateralmente (sentado ou deitado)

Entreabrir a orelha e pingar a medicação, evitando que o contagotas toque o orifício interno.

- No adulto, puxar com delicadeza o pavilhão da orelha para cima e para trás, a fim de retificar o conduto auditivo. Na criança, puxar para baixo e para trás.

Lavar as mãos.

Checar o horário na prescrição médica.

3.8 Via Retal

Definição: É a introdução de medicamento no reto, em forma de supositórios ou clister medicamentoso.

Material: Bandeja contendo:

Supositório.

Gaze, papel higiênico.

Luvas de procedimento.

Procedimento para administração de supositórios:

Explicar ao paciente o que vai fazer.

Lavar as mãos.

Colocar o supositório sobre uma gaze.

Colocar o paciente na posição de Sims.

Calçar as luvas.

Introduzir o supositório no reto, delicadamente, e pedir ao paciente que o retenha.

Retirar as luvas.

Lavar as mãos.

Checar horário na prescrição médica. Obs.:

Em se tratando de criança, comprimir levemente as nádegas para evitar o retorno do supositório.

O paciente poderá colocar o supositório sem auxílio da enfermagem, desde que seja esclarecido e orientado.

Às vezes é necessário colocar imediatamente a comadre ou encaminhar o paciente ao banheiro.

3.9 Via Vaginal

Definição: É a introdução de medicamentos no canal vaginal.

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Indicações:

Drenar secreções vaginais anormais (lavagem vaginal).

Diminuir infecção vaginal.

Preparo pré-operatório. Material:

Luvas de procedimento.

Aplicador vaginal.

Procedimento:

Explicar à paciente sobre o que vai ser feito.

Lavar as mãos.

Organizar o material e levá-lo para junto da paciente.

Cercar o leito com biombo, se necessário.

Colocar a paciente em posição ginecológica.

Calçar as luvas.

Colocar o medicamento no aplicador e lubrificar a ponta com o próprio medicamento.

Abrir os pequenos lábios, expor o orifício vaginal e introduzir o aplicador com o medicamento. - O aplicador deve ser dirigido em direção ao sacro, para baixo e para trás, cerca de 5 cm, para que o medicamento seja introduzido na parede posterior da vagina.

Pressionar o êmbolo, introduzindo o medicamento.

Pedir para que a paciente permaneça em decúbito dorsal, aproximadamente por 15 minutos.

Colocar um absorvente, se necessário.

Lavar o aplicador com água e sabão, pois é de uso individual.

Retirar as luvas.

Checar o horário na prescrição médica. Obs.: caso a paciente tenha condições, ela mesma poderá administrar a medicação.

3.10 Via Tópica ou Cutânea Definição: É a aplicação de medicamento na pele, sob a forma de pomadas. Material: Bandeja contendo:

Medicamento.

Gaze.

Luvas de procedimento se necessário. Procedimento:

Fazer uma higiene local se for necessário.

Lavar as mãos.

Colocar o medicamento sobre a gaze.

Espalhar delicadamente, fazendo fricção no local.

Lavar as mãos.

Checar o cuidado na prescrição médica.

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3.11 Via Parenteral

Definição: Consiste na administração de medicamentos através das vias: endovenosa (EV), intramuscular (IM), subcutânea (SC) e intradérmica (ID), utilizando seringas, agulhas, cateteres e medicamentos esterilizados. A seringa e a agulha estão identificadas no desenho abaixo:

Indicações:

Quando requer ação rápida do medicamento.

Na administração de medicamentos para pacientes inconscientes, com distúrbios gastrointestinais e nos impossibilitados de deglutir.

Na administração de medicamentos que se tornam ineficientes quando em contato com o suco gástrico.

Características:

As drogas são administradas em forma líquida, em veículo aquoso ou oleoso, cristalino ou em suspensão.

São drogas estéreis e o material utilizado para a aplicação também é estéril e descartável.

A infusão deve ser lenta para evitar lesão nos capilares dando origem a microembolias.

Material: Bandeja contendo:

Seringas e agulhas esterilizadas e descartáveis.

Bolas de algodão com álcool a 70% (sem excesso de álcool).

Garrote se EV.

Medicamento prescrito.

Preparo do medicamento utilizando ampola:

Lavar as mãos.

Separar o material.

Certificar-se que toda a medicação esteja no corpo da ampola antes de quebrá-la. para isto, basta fazer 2 ou 3 movimentos firmes em rotação, isto permite retirar todo líquido que estiver acima do gargalo.

Envolver o gargalo com algodão com álcool a 70%.

Montar a seringa e adaptar a agulha.

Fazer pressão com o êmbolo da seringa para retirar o ar que fica dentro do corpo da seringa. Isto permite testar o êmbolo e a permeabilidade da agulha.

Quebrar a ampola pelo gargalo (já vem pré-serrada de fábrica, indicado por um halo colorido ao redor do gargalo).

Com a mão não dominante, segurar a ampola entre os dedos indicador e médio e segurar a seringa com os dedos polegar e anular da mesma mão, conforme figura e abaixo. Puxar o êmbolo com a mão dominante.

Introduzir a agulha na ampola, com o bisel para baixo, tendo o cuidado para não contaminar a parte interna da ampola com o canhão da agulha.

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Aspirar todo o conteúdo e retirá-lo de dentro da ampola.

Colocar a seringa na posição vertical e cobrir a agulha com o protetor sem encaixá-lo totalmente.

Retirar todo o ar que tenha penetrado na seringa.

Fixar o protetor da agulha, mantendo-a sempre protegida.

Identificar a seringa com os 5 certos.

Colocar a seringa, o algodão com álcool e os materiais que forem necessários em uma bandeja previamente limpa.

Preparo de medicamento em frasco (pó):

Retirar a parte superior do frasco e fazer a desinfecção com algodão com álcool.

Preparar a seringa e a agulha. A agulha de aspiração deve ser de calibre maior (30x8 ou até 40x12).

Preparar e quebrar a ampola.

Retirar o líquido da ampola e introduzir no frasco utilizando a mesma agulha.

Deixar o êmbolo voltar e não desconectar a seringa da agulha.

Misturar a medicação fazendo movimentos circulares evitando fazer espuma.

Virar a seringa e o frasco na posição vertical e introduzir o ar que resultou no excesso de pressão.

Puxar a agulha para bem próximo da borracha e deixar o êmbolo “voltar” lentamente. Este procedimento faz com que o ar ambiente não penetre dentro do frasco.

Desconectar a agulha do frasco.

Retirar o excesso de ar da seringa.

Trocar a agulha.

Identificar com os 5 certos. Injeção Intradérmica (ID) Definição: É a aplicação de drogas na derme. A via ID é geralmente utilizada para realizar testes de hipersensibilidade, em processo de dessensibilização e imunização (BCG). A figura abaixo mostra a posição da agulha para as injeções parenterais e as camadas que atinge.

Locais de Aplicação:

Na face interna do antebraço.

Inserção inferior do deltóide direito no caso de BCG.

Material: Bandeja contendo:

Seringa especial, tipo insulina (1 ml)

Agulha pequena (13x4,5; 10x5; 7x5)

Procedimento:

Lavar as mãos.

Preparar o medicamento, conforme técnica anteriormente descrita.

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Explicar ao paciente o que vai fazer.

Expor a área de aplicação.

Firmar a pele com o dedo polegar e indicador da mão não dominante.

Com a mão dominante, segurar a seringa quase paralela à superfície da pele. (15º) e com o bisel da agulha voltado para cima, injetar o conteúdo da seringa. - A penetração da agulha não deve passar de 2 mm (somente o bisel)

Retirar a agulha, e colocar algodão seco somente se houver sangramento ou extravasamento da droga. Não friccionar o local.

Desprezar a seringa com a agulha no recipiente para perfurocortante.

Lavar as mãos.

Checar o cuidado na prescrição.

Observações:

A injeção ID geralmente é feita sem antissepsia local, evitando interferir na reação da droga.

A substância injetada deve formar uma pequena pápula na pele, aspecto conhecido por “casca de laranja”.

Não se deve friccionar o local.

Injeção Subcutânea (SC)

Definição: A via subcutânea, também chamada hipodérmica, é indicada principalmente para drogas que não necessitam ser tão rapidamente absorvidas. Certas vacinas como sarampo, drogas como a insulina e a heparina e outros hormônios, têm indicação específica por esta via.

Locais de Aplicação: Os locais mais adequados para aplicação são aqueles afastados das articulações,nervos e grandes vasos sangüíneos (ver figura ao lado):

Parte posterior do braço.

Face lateral externa e anterior da coxa.

Região abdominal. (exceto região periumbilical)

Glúteo. Material: Bandeja contendo:

Seringa de 1 ml (seringa para insulina) ou 3 ml.

Agulhas pequenas (10x5, 13x4,5 e 20x6). Procedimento:

Lavar as mãos.

Preparo da medicação conforme técnica anteriormente descrita.

Explicar ao paciente o que vai fazer e deixá-lo confortável, sentado ou deitado.

Expor a área de aplicação e fazer a antissepsia do local escolhido.

Permanecer com o algodão na mão não dominante.

Segurar a seringa com a mão dominante, como se fosse um lápis.

Com a não dominante, fazer uma prega na pele, na região onde foi feita a antissepsia.

Nesta prega cutânea, introduzir a agulha com rapidez e firmeza, com ângulo de 90º (perpendicular à pele).

Aspirar para ver se atingiu um vaso sanguíneo.

Injetar o líquido vagarosamente.

Esvaziada a seringa, retirar rapidamente a agulha, e com algodão fazer leve pressão no local.

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- Na aplicação de insulina e heparina, não é conveniente a massagem após a aplicação, para evitar absorção rápida.

Desprezar seringa e agulha no recipiente para perfurocortante.

Lavar as mãos.

Checar o cuidado na prescrição. Observações:

Utilizando a agulha 25 ou 30x6, a angulação será de 45º para indivíduos normais, 60º para obesos e 30º para excessivamente magros.

Fazer rodízio nos locais de aplicação para evitar endurecimento dos tecidos.

Injeção Intramuscular (IM)

Definição: É a deposição de medicamento dentro do tecido muscular. Depois da via endovenosa é a de mais rápida absorção. Também é de mais fácil acesso, daí o seu largo emprego. Locais de aplicação:

região deltoidiana (4 dedos abaixo do ombro).

região ventrolútea (VG) ou de Hochstetter – músculo glúteo médio.

região da face ântero-lateral da coxa

(FALC) – músculo vasto lateral.

região dorsoglútea (DG) – músculo grande glúteo (quadrante superior externo).

Observações:

Em nosso meio, a região FALC é usada também para recém-nascidos e a região DG também para menores de 2 anos.

Na escolha do local, devem ser consideradas as condições musculares.

Escolha da agulha: Para aplicar com agulha ideal, deve-se levar em consideração: o grupo etário, a condição física do cliente e a solubilidade da droga a ser injetada.

Angulação da agulha:

Nas regiões D e DG, a posição é perpendicular à pele, num ângulo de 90º.

Na região VG, recomenda-se que a agulha seja dirigida ligeiramente à crista ilíaca.

Na região FALC o ângulo deve ser de 45º, em direção ao pé.

Procedimento:

Lavar as mãos.

Explicar o que vai fazer e expor a área de aplicação.

Com os dedos polegar e indicador da mão dominante, segurar o corpo da seringa.

Com a mão não dominante, proceder a antissepsia do local. Depois, manter o algodão entre o dedo mínimo e anular da mesma mão.

Ainda com a mão não dominante, esticar a pele segurando firmemente o músculo.

Introduzir rapidamente a agulha e com firmeza.

Com a mão não dominante, segurar a seringa próximo ao canhão.

Com a mão dominante, aspirar puxando o êmbolo.

Empurrar o êmbolo vagarosamente.

Terminada a aplicação, retirar rapidamente a agulha e fazer uma ligeira pressão com o algodão.

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Fazer massagem local enquanto observa o paciente.

Desprezar seringa e agulha no recipiente para pérfurocortante.

Lavar as mãos.

Checar o cuidado no prontuário

Observações:

Em caso de substância oleosa, pode-se aquecer um pouco a ampola para deixá-la menos densa.

Caso venha sangue na seringa, retirar e aplicar o medicamento em outro local. Também pode puxar a agulha, sem retirá-la da pele, e com um leve desvio, introduzi-la novamente.

O volume máximo para injeção IM é de 5 ml. Volume acima de 5 ml, fracionar e aplicar em locais diferentes.

Estabelecer rodízio nos locais da aplicação de injeções.

O uso do músculo deltóide é contraindicado em pacientes com complicações vasculares do membro superior, pacientes com parestesia ou paralisia do braço, e mulheres que sofreram mastectomia.

A aplicação em “Z” consiste em puxar a pele e o tecido subcutâneo para um lado. Esta técnica é pouco usada e os benefícios pouco eficazes.

Tabela I - Injeção IM: Locais de aplicação, delimitação da área e posição do cliente

REGIÃO DELIMITAÇÃO DA ÁREA POSIÇÃO DO CLIENTE

1. Ventroglútea (VG)

Colocar a mão não dominante no quadril do paciente, espalmando a mão sobre a base do grande trocanter do fêmur, localizando a espinha ilíaca ânterosuperior. Fazer a injeção no centro da área limitada pelos dois dedos abertos em V. é indicada para qualquer idade.

Nesse local não é necessária posição especial. No entanto, especialmente no caso de principiantes a delimitação da área é facilitada com o paciente em decúbito lateral. Se a musculatura do paciente estiver tensa, a flexão dos joelhos auxilia no relaxamento.

2. Músculo vasto lateral da coxa (FALC)

Dividir a coxa em 3 partes e fazer a aplicação na região ânterolateral do terço médio. É contraindicada para menores de 28 dias e indicada para lactentes e crianças até 10 anos.

De preferência, o paciente deve ficar sentado, com a perna fletida, ou deitado em decúbito dorsal, com as pernas distendidas.

3. Dorsoglútea (DG) Dividir o glúteo em 4 partes Deitado, em decúbito ventral, com a cabeça

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traçando uma linha horizontal imaginária, do grande trocanter a parte mais proeminente da região sacra e uma vertical da crista ilíaca. Aplicar no quadrante superior externo. É contraindicada para menores de 2 anos, maiores de 60 anos e pessoas excessivamente magras.

de preferência voltada para o aplicador – a fim de facilitar a observação de qualquer manifestação de desconforto ou dor durante a aplicação. Os braços devem ficar ao longo do corpo e os pés virados para dentro. Deve-se evitar aplicação na região DG com o cliente em decúbito lateral, pois nessa posição há distorção dos limites anatômicos, aumentando a possibilidade de punções mal localizadas. Na posição do cliente em pé também ocorre uma completa contração dos músculos glúteos. A contração pode ser atenuada solicitando ao cliente que flexione levemente a perna em que será aplicada a injeção.

4. Deltoidiana (D)

Face lateral do braço, aproximadamente 4 dedos abaixo do acrômio, no centro do músculo deltóide. Contraindicações: crianças de 0-10 anos; adulto com pequena massa muscular; volumes acima de 2ml; injeções repetidas.

Preferencialmente sentado, com o antebraço flexionado, expondo completamente o braço e o ombro.

Injeção Endovenosa (EV)

Definição: É a introdução de medicamento diretamente na veia.

Finalidades:

Obter efeito imediato do medicamento.

Administração de drogas, contraindicadas pela via oral, SC, IM, ou por sofrerem a ação dos sucos digestivos ou por serem irritantes para os tecidos.

Administração de grandes volumes de soluções em casos de desidratação, choque, hemorragias, cirurgias.

Efetuar nutrição parenteral.

Instalar terapêutica com sangue e hemoderivados. Locais de Aplicação: Veias superficiais:

Veias superficiais de grande calibre da dobra do cotovelo: cefálica, basílica e mediana.

Veias do dorso da mão e antebraço.

Veias profundas: por meio de cateteres introduzidos por punção ou flebotomia (feita pelos médicos).

Material: Bandeja contendo:

Seringa.

Agulhas: tamanhos, ver tabela II.

Algodão com álcool a 70%.

Garrote.

Toalha, papel-toalha, plástico ou pano para forrar o local da aplicação.

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Luvas de procedimento. Procedimento:

Lavar as mãos.

Preparar a injeção conforme técnica já descrita.

Levar a bandeja para perto do paciente.

Deixar a bandeja na mesa de cabeceira e preparar o paciente: - Explicar o que vai fazer. - Expor a área de aplicação, verificando as condições das veias. - Colocar o forro para não sujar o leito.

Calçar as luvas.

Garrotear sem compressão exagerada, aproximadamente 4 dedos acima do local escolhido para a injeção. Em pacientes com muitos pêlos, pode-se proteger a pele com pano ou com a roupa do paciente.

Fazer o paciente abrir e fechar a mão diversas vezes e depois conservá-la fechada, mantendo o braço imóvel.

Fazer a anti-sepsia ampla do local, com movimentos de baixo para cima (retorno venoso).

Fixar a veia com o polegar da mão não dominante.

Colocar o indicador da mão dominante sobre o canhão da agulha. Com os demais dedos, segurar a seringa. O bisel da agulha deve estar voltado para cima.

Se a veia for fixa, penetrar pela face anterior. Se for móvel, penetrar por uma das faces laterais, empurrando com a agulha até fixá-la.

Evidenciada a presença de sangue na seringa, pedir para o paciente abrir a mão e retirar o garrote.

Injetar a droga lentamente, observando as reações do paciente.

Terminada a aplicação, apoiar o local com algodão embebido em álcool.

Retirar a agulha, comprimir o vaso com algodão, e solicitar ao paciente para permanecer com o braço distendido. Não flexioná-lo quando a punção ocorrer na dobra do cotovelo, pois esse procedimento provoca lesão no tecido.

Retirar as luvas.

Desprezar seringa com agulha no recipiente para perfurocortante.

Lavar as mãos.

Checar o cuidado no prontuário. Observações:

Não administrar drogas que contenham precipitados ou flóculos em suspensão (deve ser cristalina).

Para administrar dois medicamentos ao mesmo tempo, puncionar a veia uma vez, usando uma seringa para cada droga. Só misturar drogas na mesma seringa se não existir contraindicação.

Fazer rodízio dos locais de punção.

A presença de hematoma ou dor indica que a veia foi transfixada ou a agulha está fora dela: retirar a agulha e pressionar o local com algodão. A nova punção deverá ser feita em outro local, porque a recolocação do garrote aumenta o hematoma.

Para facilitar o aparecimento da veia pode-se empregar os seguintes meios: - Aquecer o local com auxílio de compressas ou bolsas de água quente. - Fazer massagem local com suavidade, sem bater. - Pedir ao paciente que, com o braço voltado para baixo, movimente a mão (abrir e

fechar) e o braço (fletir e estender) diversas vezes. Acidentes que podem ocorrer:

Choque: vasodilatação geral com congestão da face, seguida de palidez, vertigem, agitação, ansiedade, tremores, hiperemia, cianose, podendo levar à morte. O choque pode ser:

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- Pirogênico: atribuído à presença de “pirogênio” no medicamento (substância produzida por bactérias existentes no diluente)

- Anafilático: devido à susceptibilidade do indivíduo à solução empregada. - Periférico: etiologia variada (emocional, traumática, superdosagem, aplicação

rápida).

Embolia: devido à injeção de ar, coágulo sanguíneo ou medicamento oleoso.

Acidentes locais: - Esclerose: endurecimento da veia por injeções repetidas no mesmo local. - Necrose tecidual: devido a administração de substâncias irritantes fora da veia. - Hematoma: por rompimento da veia e extravasamento de sangue nos tecidos

próximos. - Inflamação local e abscessos: por substâncias irritantes injetadas fora da veia ou

falta de assepsia. - Flebite: injeções repetidas na mesma veia ou aplicação de substâncias irritantes,

tornando a área dolorosa e hiperemiada. - Infiltração: extravasamento do medicamento para fora da veia.

Aplicação de injeção endovenosa em pacientes com soro: Devido ao risco de contaminação e acidentes, a aplicação de medicamentos deve ser feita usando o infusor lateral, as dânulas (“torneirinhas”) ou conectores em Y (Polifix).

Tabela II - RESUMO DAS VIAS PARENTERAIS DO ADULTO:

Calibre das agulhas Locais de aplicação Volume máximo

introduzido

Posição da agulha

IM

Soluções aquosas 25x7, 30x7, 25x8, 30x8, 40x8 Soluções oleosas e suspensões 25x8, 25x9, 30x8, 30x9, 40x8, 40x9

Deltóide (D), ventroglútea (VG), face ânterolateral da coxa (FALC), dorsoglútea (DG)

5 ml 3 ml (deltóide)

90º

EV 25x7 25x8 25x9

Dobra do cotovelo, antebraço, Dorso das mãos

Não tem

15º

SC

10x5 13x4,5 15x5 20x6

Face posterior do braço, Face lateral externa e anterior da coxa, parede abdominal e glúteo

2 ml

Agulhas hipodérmicas: 90º Agulhas de IM: 45º

ID 7x5 10x5 13x4,5

Face interna antebraço 0,5 ml ideal: 0,1 ml

15º

4. Venóclise Definição: É a introdução de grande quantidade de líquido, por via endovenosa. Locais de aplicação: De preferência veias que estejam distantes de articulações, para evitar que, com o movimento a agulha transfixe a veia.

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4.1 Tipos de cateteres:

Escalpes Intravenosos Periféricos de curta permanência (Scalps): possui asas que podem ser dobradas para cima, para facilitar a trodução na veia e a fixação. A numeração é ímpar: 19, 21, 23, 25, 27. Sendo que o mais usado para adulto é o n.º 21 e para crianças o n.º 25. Quanto maior a numeração menor é o calibre da agulha.

Cateteres Intravenosos Periféricos de longa permanência (Abocath ou Jelco): são mais dolorosos na punção, mas podem permanecer por mais tempo na veia, pois a agulha é retirada, ficando o dispositivo de polietileno. A numeração é par: 14, 16, 18, 20, 22, 24.

Cateter Venoso Central de curta permanência (Intracath). Utilizado para puncionar veias profundas, principalmente a veia subclávia. É um procedimento feito pelo médico.

Scalp

Abocath

Intracath

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Port.a.cath: cateter de longa permanência implantado totalmente e utilizado principalmente para pacientes que recebem quimioterapia. Exige procedimento cirúrgico para a implantação.

Hickman – Broviac: são cateteres de longa permanência semi-implantados. Principalmente usado em pacientes que necessitam de grandes quantidades de infusão. Muito utilizado em pacientes submetidos ao transplante de medula óssea (TMO) que necessitam de um acesso venoso seguro para a infusão da medula óssea.

Cateter Venoso Central de Inserção Periférica (PICC): Trata-se de um cateter especial (silicone ou poliuretano) de longa permanência para infusão intravenosa, colocado em uma das veias perto da dobra do cotovelo. Pode ser passado pelo Enfermeiro ou Médico.

Flebotomia: abertura cirúrgica feita em uma veia profunda, principalmente a do antebraço, para colocação de um cateter longo (pode ser até uma sonda fina), o curativo no local deve ser diário.

Material para punção com scalp: Bandeja contendo:

Escalpe ou cateter com guia (tipo JELCO).

Equipo para soro.

Frasco com a solução prescrita.

Esparadrapo ou micropore.

Suporte para o soro.

Port a Cath

PICC

Hickman-Broviac

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Tesoura.

Luvas de procedimento.

Rótulo de soro.

Garrote.

Algodão com álcool 70%. Quando necessário: Tala e ataduras para imobilização.

Procedimento de punção com scalp:

Conversar com o paciente sobre o cuidado a ser executado.

Providenciar suporte para soro.

Verificar as condições de iluminação e ventilação.

Desocupar a mesa de cabeceira.

Lavar as mãos.

Abrir o frasco com a solução (soro).

Introduzir no frasco os medicamentos prescritos.

Adaptar o equipo no frasco.

Retirar o ar, pinçar e proteger a extremidade do equipo.

Rotular o frasco com nome do paciente, leito, o conteúdo da solução, horário de início e término, número de gotas/minuto, data e assinatura do responsável pelo preparo.

Exemplo de rótulo:

Levar o material na bandeja e colocar na mesa de cabeceira do paciente.

Separar as tiras de esparadrapo ou micropore.

Selecionar a veia a ser puncionada.

Colocar o frasco no suporte e aproximá-lo do paciente.

Posicionar o paciente de modo a mantê-lo confortável e facilitar a visualização das veias.

Calçar as luvas

Prender o garrote aproximadamente 4 dedos acima do local da punção e pedir ao paciente

para abrir e fechar a mão (se MMSS), e conservá-la fechada

Fazer antissepsia ampla da área, com movimentos firmes e no sentido do retorno venoso,

para estimular o aparecimento das veias

Com o polegar da mão dominante, fixar a veia, esticando a pele, abaixo do ponto de

punção.

Introduzir o escalpe e tão logo o sangue preencha totalmente o escalpe, pedir para o

paciente abrir a mão, soltar o garrote e adaptar o escalpe ao equipo.

Abrir o soro observando o local da punção.

Fixar o escalpe com o esparadrapo ou

micropore (conforme figura).

Nome: Antônio da Silva Nº Qt. 21 L. 11

Soro: glicosado 5% 500 ml

Medicação: KCl 19,1% 10ml

NaCl 20% 20 ml

Início: 10 h Término: 18 h

Gotejamento: 21 gts/min

Data: ___/___/___ Ass: __________________

Nome de quem preparou

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Controlar o gotejamento do soro, conforme

prescrição.

Deixar o paciente confortável e o ambiente em ordem.

Providenciar a limpeza e a ordem do material.

Retirar as luvas e lavar as mãos.

Anotar o horário da instalação no prontuário.

Observações:

Observar o local da punção, para detectar se o escalpe está na veia, evitando edema,

hematoma, dor e flebite.

Controlar o gotejamento do soro de 2/2 horas.

No caso de obstrução do cateter ou escalpe, tentar aspirar o coágulo com uma seringa.

Jamais empurrá-lo.

Para verificar se o soro permanece na veia:

- Observar a presença de edema, vermelhidão ou dor no local;

- Colocar o frasco abaixo do local de punção, a fim de verificar se há refluxo de sangue para

o escalpe;

- Caso os testes demonstrem problemas, providenciar imediatamente nova punção.

Em casos de pacientes inconscientes, agitados e crianças, fazer imobilizações.

Só aplicar soluções límpidas.

Usualmente o frasco fica pendurado no suporte, numa altura aproximada de um metro

acima do leito, mas pode variar conforme a pressão que se deseja obter. Quanto mais alto

estiver o frasco, maior será a força da gravidade que impulsiona o líquido.

4.2 Método para manter cateter pérvio: Definição: É a administração de solução fisiológica (SF 0,9%) para evitar a coagulação do sangue no escalpe, mantendo-o pérvio. Observações:

O escalpe deverá ser trocado quando surgirem sinais de flebite ou infiltração como:

edema, dor e vermelhidão no local.

Jamais poderá empurrar com o êmbolo injetando o conteúdo para dentro do vaso na

tentativa de desobstruí-lo.

Material para punção com Abocath

Um par de luvas de procedimento.

Uma seringa de 10 ml com água destilada.

Um infusor duas vias - Polifix.

Um garrote.

Bolas de algodão embebidas em solução antisséptica (álcool 70%).

Fita adesiva (esparadrapo, micropore ou curativo transparente).

Uma bandeja ou uma cuba rim.

Cateter com guia (Abocath) – escolher o nº adequado para o calibre da veia.

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Procedimento de punção com abocath

A técnica de punção é com angulação de 15º e a agulha do cateter com o bisel para cima.

Ao penetrar no interior da veia, veremos que reflui sangue no dispositivo transparente

(canhão) do abocath.

Segura-se o mandril e empurra-se o cateter para o interior da veia até que fique

completamente introduzido.

Retira-se o mandril, comprimindo-se a ponta do cateter sobre a pele, impedindo ou

diminuindo o refluxo de sangue.

Conecta-se ao equipo de soro através de uma torneira de 3 vias ou similar.

Após a punção, deve ser feito o teste de refluxo para evidenciar que realmente o cateter

está no interior do vaso e então inicia-se o gotejamento do soro e fixação do acesso.

5 . Cálculo de dosagens no preparo de medicamentos.

Na grande maioria dos problemas de dosagens de medicações, são resolvidos através de regra de

três.

Onde teremos o medicamento, com sua dosagem e volume, e a prescrição médica. Desta forma

teremos todos os fatores para montar e resolver o nosso problema e achar aquilo que estamos

procurando: número de gotas, tempo de duração da infusão, dosagens fracionadas de soluções

injetáveis, etc.... .

5.1 Calculo da velocidade de gotejamento por minuto.

Quando administramos uma solução por via endovenosa (EV / IV), precisamos saber em quanto

tempo o volume contido no frasco deverá correr.Esse tempo é determinado de acordo co o

diagnóstico médico, a idade e o peso do paciente, enfim, de acordo com seu estado geral.

Para controlar esse tempo, devemos estabelecer a velocidade de gotejamento da solução,

cosiderando:

o o volume total da solução a ser administrada.

o o tempo para correr a solução.

EXEMPLO:

Prescrição – SF 0,9% 500 ml, correr em 6 horas.

1º passo: calcular quantas gotas tem a solução. Como na maioria dos equipos 1 ml equivale a 20

gotas, em 500 ml teremos:

1 ml................................ 20 gotas

500 ml ............................... X

X = 10.000 gotas

2º passo: calcular quantos minutos há em 6 horas:

1 h ................................ 60 min.

6 h ................................ X

X = 360 minutos

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3º passo: para saber quantas gotas devem correr por minuto, basta dividir o número total de gotas

da solução pelos minutos:

Nº de gotas = 10.000 = 27,7 gotas por minuto

Minutos 360

Ou então: simplificando matematicamente:

Volume (ml) x 20 / 20 (1) = Volume (ml) x 1

Tempo (h) x 60 / 20 (2) Tempo (h) x 3

De acordo com essa fórmula, podemos calcular aplicando a fórmula:

5.2 Cálculo de gotejamento em microgotas:

Sabendo que uma gota equivale a 3 microgotas, podemos calcular quantas microgotas devem correr

por minuto:

1 gota .............................................. 3 microgotas

28 gotas ........................................... X

X = 84 microgotas / minuto

Sabendo que 1 ml de solução é igual a 20 gotas e que uma gota equivale a 3 microgotas, podemos

calcular o número de microgotas existentes em 1 ml:

1 ml = 20 gotas x 3 1 ml = 60 migrotas

Então : Microgotas / minuto = Volume (ml) x 3

Tempo (h) x 3

Simplificando então temos:

Gotas / minuto = Volume Total (ml)

3 x hora

Microgotas / minuto = Volume Total

Tempo (h)

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5.3 Cálculo de ml/h para usar em bomba de infusão

Para saber o volume em ml / h devemos considerar:

o O volume da solução a ser administrada;

o O tempo em horas para correr a solução.

Exemplo: A prescrição médica é de S.F. 0,9% 500ml para correr em 12 horas.

Temos: ml / h = Volume (ml)

Tempo (h)

ml /h = 500 ml = 41,6 ml / h , ou seja, + 42 ml / h

12 h

5.4 Cálculo de ml / h para correr em bomba de infusão quando a prescrição é feita em gotas/min.

Devemos considerar :

o Volume total de infusão;

o O número de gotas/ minuto.

Exemplo:

A prescrição médica é de 1.000 ml de SG a 5% para correr 15 gts/min, porém o médico quer que

instale esse soro em bomba de infusão. Quantos ml/h devemos programar a bomba e quantas horas

levará para correr?

1º Passo: devemos transformar gotas/minuto em microgotas/minuto, considerando que 1 gota

equivale

à 3 microgotas.

1 gota/minuto .................................. 3 microgotas/minuto

15 gotas/ minuto .............................. X

X = 45 microgotas/ minuto

Aplicando a formula acharemos o tempo de infusão:

Mcgts/min. = Volume total

H

Temos: 45 mcgts/min. = 1.000 ml

H

45 mcgts/min. x H = 1000 ml H = 1.000 ml

45 mcgts

H = 22,22 horas H = 22 horas

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2º passo: acharemos o ml/hora para podermos programar a bomba de infusão.

Desta forma, temos:

Volume total = 1.000 ml

Tempo = 22 horas

Aplicando a formula, teremos então:

ml / hora = 1.000 ml ml /h = 1.000 / 22 = 45.5 ml/h

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6. Transformação de Solução glicosada a 5% em 15%. A prescrição médica solicita 500 ml de SG a 15% . Encontram-se disponíveis 500 ml de SG a 5% e

ampolas de glicose a 50% (10 ml/ampola). Como proceder para atender essa solicitação?

1º passo: Calcular quantos gramas de glicose há no frasco de 500 ml de SG a 5%:

100 ml ............................ 5 gr. X = 5 x 500 = 25 gr.

500 ml ............................ X 100

Cada frasco de 500 ml de SG a 5% contém 25 gr. de glicose.

2º passo: Calcular quantos gramas de glicose deverá conter o frasco de 500 ml de SG a 15 %

(prescrição médica).

100 ml ........................... 15 gr. X = 15 x 500 = 75 gr.

500 ml ........................... X 100

Cada frasco de 500 ml de SG a 15% deverá conter 75 gr. de glicose.

3º passo: Calcular a diferença na quantidade de glicose do frasco de SG a 15% e do frasco de SG a

15% (ou seja, a diferença entre o necessário e o disponível).

75 – 25 = 50 gramas

Precisamos acrescentar 50 gr. de glicose no frasco de SG a 5% para transformá-lo em 15%.

4º passo: Calcular quantos ml de glicose a 50% são necessários para acrescentar 50 gr. de glicose.

100 ml ............................. 50 gr. X ml = 50 x 100 = 100 ml

X ml ............................. 50 gr. 50

ml / hora = Volume total (ml)

Tempo (hora)

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Observação: Pelo cálculo, devemos colocar 100 ml de glicose a 50% em um frasco de 500 ml de

SG a 5%. Mas essa operação não é possível, já que, ao acrescentarmos 100 ml de glicose a 50%,

estaríamos alterando significativamente o volume final do frasco da prescrição, que passaria de 500

ml para 600 ml. Além disso, o frasco inicial não comporta 600 ml. Assim sendo, temos que

desprezas

100 ml do frasco original e acrescentar a quantidade de glicose contida neste volume que foi

desprezado.

5º passo: Calcular a quantidade de glicose desprezada em 100 ml de SG a 5%.

100 ml ......................... 5 gr. X = 5 x 100 X = 5 gr.

100 ml ......................... X 100

Perdemos 5 gr. de glicose com a retirada dos 100 ml.

6º passo: Calcular quantos ml de glicose a 50% são necessário para acrescentar 5 gr. de glicose.

100 ml ........................... 50 gr. X = 5 x 100 X = 10 ml

X ml ........................... 5 gr. 50

Devem ser acrescentados 110 ml de glicose a 50% no frasco de 400 ml de SG a 5%:

400 ml de SG a 5% = 20 gr. de glicose

110 ml de SG a 5% = 55 gr. de glicose

Volume total = 400 + 110 ml = 510 ml

Glicose total = 20 + 55 = 75 gr.

Teremos , assim, 510 ml de SG a 15% e somente 10 ml a mais no volume.

6. Via Respiratória

Definição: É a administração de oxigênio (O2), medicações ou tão somente micropartículas de água sob a forma de vapor para fluidificar secreções na tentativa de melhorar as trocas gasosas facilitando a oxigenação dos tecidos. Indicações:

Combater a deficiência de oxigênio (hipóxia).

Facilitar a expectoração.

Promover a broncodilatação.

Diminuir os processos inflamatórios das vias respiratórias. Características gerais:

O oxigênio é um gás inflamável, por isso devemos ter os seguintes cuidados: - Não fumar no local. - Não usar graxas ou óleo nas válvulas e no manômetro de oxigênio. - Quando o oxigênio for armazenado em torpedo, transportá-lo com cuidado para evitar

queda e explosão. Na maioria das vezes o oxigênio é canalizado, isto permite maior segurança.

- O oxigênio deve ser administrado umidificado, pois quando seco, provoca lesão na mucosa respiratória e consequente dificuldade para eliminar o muco.

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Utilizar um umidificador para umidificar o oxigênio. Para isto, é importante observar os seguintes procedimentos:

- Mantê-lo sempre com água até o nível marcado no recipiente. - Usar sempre água estéril. - Quando o volume de água atingir o nível mínimo, desprezar a água e encher o recipiente

novamente. Nunca completar, pois acaba propiciando um meio de cultura.

Meios de administração:

Cateter nasal (pequena sonda).

Cânula ou óculos nasal (semelhante a um óculos).

Máscara facial ou nebulização contínua.

Inalação: nebulização e vaporização.

Cânula endotraqueal.

Incubadora (crianças).

Hood e tenda (utilizados em crianças).

Cateter nasal: a) Material:

- Cateter nasal (n.º 6, 8, 10 ou 12). - Extensão de borracha. - Frasco umidificador ligado ao fluxômetro (torpedo ou de parede). - Esparadrapo. - Gaze com lubrificante.

b) Procedimento: - Explicar ao paciente o que será feito. - Ligar o cateter a extensão e este ao umidificador. - Colocar o paciente na posição de Fowler. - Medir, com o cateter, a distância entre a ponta do nariz até o lóbulo da orelha e marcar

com esparadrapo. - Lubrificar o cateter nasal com soro fisiológico. - Introduzir o cateter por uma das narinas até a marca do esparadrapo. - Regular o fluxo de oxigênio para 2 a 4 litros/minuto, ou conforme prescrição médica. - Fixar o cateter nasal com esparadrapo. - Trocar o cateter diariamente caso o oxigenioterapia seja prolongada, alternando as

narinas. - Fazer higiene nasal diariamente. - Anotar o início da oxigenioterapia no prontuário.

Cânula ou óculos nasal: a) Material:

- Acrescentar cânula nasal (equipamento de plástico semelhante a um óculos) ao material básico do item anterior.

b) Procedimento: - Os mesmos do item anterior, sendo que não há necessidade de medi-la ou lubrificá-la.

Máscara facial ou nebulização contínua: a) Material:

- Máscara de oxigênio. - Cadarço. - Traquéia (extensão sanfonada). - Frasco de nebulização especial com capacidade para 250 ml ou mais e com adaptador

para traquéia. b) Procedimento:

- Colocar a solução no frasco nebulizador e conectá-lo a traquéia. - Adaptar a máscara numa das extremidades da traquéia e na outra o nebulizador.

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- Conectar o nebulizador ao fluxômetro e abri-lo até a formação de névoa. - Colocar a máscara no rosto do paciente. - Retirar o acúmulo de água que vai se formando ao longo da traquéia.

Inalação:

Nebulização a) Definição: É uma corrente de oxigênio (O2) ou de ar comprimido que é passada através de uma solução

com medicamentos e/ou soro fisiológico, mandando pequenas partículas sob a forma de vapor para dentro do aparelho respiratório. Para isto, o paciente deve ficar sentado. Dependendo do tipo de medicação, este processo vai agir dilatando os brônquios, umedecendo e desprendendo as secreções pulmonares facilitando sua eliminação.

b) Material: - Inalador de plástico. - Medicamento prescrito

(broncodilatadores e mucolíticos). - Água destilada ou soro fisiológico. - Extensão. - Fluxômetro.

c) Procedimento: - Colocar a água destilada ou soro fisiológico no recipiente e depois a medicação prescrita. - Conectar o inalador a extensão e esta ao fluxômetro. - Colocar o paciente sentado ou em Fowler. - Abrir o fluxômetro até verificar a saída de névoa. Verificar na prescrição médica quantos

litros por minuto de O2 está prescrito. - Adaptar o inalador ao nariz. - Pedir para o paciente inspirar profundamente e não conversar. - Orientá-lo para tossir e escarrar. - Anotar o procedimento no prontuário.

Vaporização a) Definição: A finalidade é semelhante a da nebulização, nesta é usado o vapor de água quente.

Orientações sobre nebulização e vaporização:

O paciente deve ser orientado a respirar profundamente, a fim de forçar as partículas de vapor a penetrar no aparelho respiratório.

Orientar para tossir, logo após o tratamento, para facilitar a eliminação de secreções.

Orientar para que não fale durante o tratamento.

Oferecer papel toalha ou lenço de papel eliminar as secreções. Deixar lixo próximo. Nebulização por capacete acrílico (Hood) e tenda para crianças.

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Cuidados com a limpeza do material:

O cateter e a cânula nasal são descartáveis.

Máscaras e inaladores, após o uso, deverão ser lavados e depois colocados submersos em solução desinfetante, de acordo com a rotina de cada instituição.

Após o período recomendado, enxaguar, secar e guardar em local próprio.

Os nebulizadores e umidificadores deverão sofrer processo de limpeza e troca de acordo com as normas de cada instituição, pois são de uso contínuo e muitas vezes, prolongado.

7. Procedimentos de Enfermagem no Sistema Digestório Sondagem Nasogástrica (SNG)

Definição: É a introdução de uma sonda no estômago através

da boca ou nariz.

Indicações:

Alimentação e medicação para pacientes impossibilitados de

deglutir.

Drenar conteúdo gástrico para evitar distensão.

Lavagem gástrica para drenagem de substâncias tóxicas e

nos casos de hemorragia.

Preparo pré-operatório para determinadas cirurgias.

Material - Bandeja contendo:

Sonda nasogástrica de Levine n.º 14 a 16

para mulheres e n.º 16 a 18 para homens.

Lubrificante: xylocaína gel.

Seringa de 20 ml com bico.

Esparadrapo ou micropore.

Gaze.

Estetoscópio.

Copo com água.

Luva de procedimento.

Toalha de rosto.

Procedimento:

Orientar o paciente e preparar o ambiente.

Lavar as mãos.

Separar o material e lavá-lo ao quarto.

Colocar o paciente em posição de Fowler ou

decúbito dorsal.

Proteger o tórax com a toalha.

Calçar as luvas.

Medir o comprimento da sonda: da ponta do nariz ao lóbulo da orelha e daí até o apêndice

xifóide. Marcar com uma pequena tira de esparadrapo.

Lubrificar a sonda com xilocaína (10 cm).

Introduzir a sonda por uma das narinas, sem forçar para não ferir.

Parar quando sentir obstáculo (em torno de 10 cm), a partir daí flexionar a cabeça e pedir para

o paciente deglutir. Pode oferecer um pouco de água.

Introduzir a sonda até a marca do esparadrapo.

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Testar a localização da sonda:

Adaptar uma seringa vazia na sonda e aspirar, se retornar suco gástrico, é indicativo da

localidade correta.

Injetar ar em torno de 10 ml pela sonda, com auxílio de uma seringa (quantidade de ar varia de

acordo com a idade) e auscultar com estetoscópio posicionado sobre a região epigástrica, se

ouvir um som borbulhante, significa que está no estômago.

Retirar a oleosidade do nariz e fixar a sonda com esparadrapo ou micropore.

Retirar as luvas.

Organizar o material.

Lavar as mãos.

Anotar o procedimento no prontuário.

Retirada da SNG:

Calçar luvas

Fechar a sonda

Envolver a sonda com gaze e puxá-la firmemente

Desprezar a sonda em um saco plástico, não deixar no lixo do paciente.

Lavagem Gástrica Definição: É a introdução de líquido (soro fisiológico principalmente) através de SNG para

lavagem gástrica.

Indicações:

Eliminar do estômago substâncias tóxicas ou irritantes.

Estancar hemorragia gástrica ou esofágica através da introdução de soro gelado.

Material:

Seringa de 50 ml ou equipo de soro.

Frasco de solução prescrita (se for fazer lavagem com frasco de soro)

Suporte de soro.

Cuba rim com solução (se for utilizar lavagem com seringa)

Gazes.

Toalha.

Balde.

Luva de procedimento.

Extensão de borracha.

Saco plástico para lixo.

Procedimento:

Procurar acalmar o paciente explicando-lhe o procedimento.

Proteger o tórax com toalha.

Observações:

Se a finalidade da sonda for alimentação, deixá-la fechada e abri-la somente na gavagem.

Se a finalidade for drenagem, deixá-la aberta, adaptada a uma extensão de borracha e esta a um

frasco coletor. Deve também observar e anotar o volume e a característica do líquido drenado.

Manter o paciente na posição de Fowler após a sondagem, se for possível.

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Calçar as luvas.

Colocar a extensão de borracha na sonda.

Adaptar à extremidade da borracha, a seringa ou o equipo conectado à solução.

Introduzir a solução devagar fazendo pequena pressão no frasco de soro quando parar o

gotejamento.

Deixar refluir o líquido por sifonagem. Virar a extremidade da sonda dentro do balde ou deixar o

frasco de soro conectado ao equipo, em nível mais baixo (retirar todo o ar do frasco para

permitir melhor sucção).

Repetir o procedimento quantas vezes for necessário.

Medir o volume introduzido e o volume drenado, observando o aspecto, cor e odor.

Retirar a sonda e desprezá-la em saco plástico.

Retirar as luvas.

Organizar o material.

Lavar as mãos

Anotar o procedimento e as observações no prontuário.

Alimentação por Sonda

Definição: É o método empregado para introduzir

alimentos no trato gastrintestinal, por meio de sonda

nasogástrica, nasoentérica e gastrostomia.

Indicações:

Após cirurgias da boca, esôfago, estômago e

outras;

Para pacientes inconscientes;

Para pacientes debilitados e com impossibilidade

de deglutir.

Alimentação por gavagem (por sonda nasogástrica):

Material:

Suporte de soro;

Frasco de alimentação com equipo próprio na cor azul;

Seringa de 20 ml com bico ou seringa azul;

Copo com água filtrada.

Procedimento:

Preparar o paciente, o material e o ambiente;

Elevar a cabeceira da cama, se não houver contraindicação;

Dobrar a extremidade da sonda antes de adaptar a seringa ou

equipo. Se o alimento vier em copo, introduzí-lo pela seringa

desconectando a seringa do êmbolo de tal forma que faça uma

espécie de funil;

Introduzir o alimento vagarosamente, evitando deixar entrar ar na

sonda;

Desconectar a seringa da sonda;

Introduzir água pela seringa o suficiente para lavar a sonda (10 a 20ml) dependendo da idade

do paciente;

Fechar a sonda;

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Deixar o paciente confortável, em Fowler ou decúbito lateral esquerdo;

Lavar as mãos;

Anotar o cuidado prestado.

Alimentação por gastrostomia:

Definição: É a introdução de alimentos líquidos ou pastosos diretamente no estômago por meio

de tubo de silicone introduzido através da parede abdominal.

Material:

Recipiente com alimento

Seringa de 20 ou 50 ml

Copo com água

Luva de procedimento

Procedimento:

Lavar as mãos

Explicar ao paciente o que será feito

Preparar o material

Elevar a cabeceira da cama

Calçar as luvas de procedimentos

Comprimir a sonda com os dedos polegar e indicador da mão não dominante e retirar o tampão

com a mão dominante

Adaptar o corpo da seringa como funil, e introduzir o alimento vagarosamente

Introduzir água (20 a 30 ml) para lavar a sonda após o término da introdução do alimento

Fechar a sonda com o tampão próprio

Retirar as luvas

Deixar o paciente confortável

Lavar as mãos

Anotar no prontuário

Alimentação por sonda nasoenteral

Definição: É a administração de alimentos por uma sonda especial (DOBBHOFF) que passa pelo

estômago e chega ao duodeno. A introdução desta sonda é atribuição exclusiva do enfermeiro.

Material:

Frasco com alimento (que pode ser preparado no próprio hospital ou comprado já contendo os requisitos básicos)

Equipo próprio ou de bomba de infusão

Frasco contendo água limpa (filtrada) Bomba de infusão (de preferência) Procedimento:

Lavar as mãos

Preparar o material

Elevar a cabeceira da cama, senão houver

contraindicação, ou colocar o paciente em decúbito

lateral direito

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Conectar o equipo a sonda e controlar o gotejamento manualmente se não houver bomba de

infusão

Regular o fluxo para 60 a 100 ml/hora, ou conforme padronização da instituição, pois se for

infundido rapidamente, pode ocorrer diarréia e cólica

Infundir água filtrada para lavar a sonda após a introdução da dieta (+ 2 horas)

Fechar a sonda

Lavar as mãos

Anotar no prontuário

Observação: observar rigorosamente o gotejamento, pois a sonda pode obstruir facilmente,

dependendo do tipo de dieta utilizada. Ao terminar a dieta, desconectar o equipo e lavar a sonda

imediatamente para evitar obstrução.

Observações Gerais:

Testar o posicionamento da sonda nasogástrica antes de administrar a dieta.

Observar a fixação correta da sonda.

Realizar higiene oral freqüente.

Oferecer pequena porção da dieta por via oral, se não houver contraindicação, para que o

paciente possa sentir o sabor, e ministrar o restante pela sonda (este procedimento é

recomendado nas dietas para sondas nasogástricas e gastrostomias).

Oferecer a dieta à temperatura ambiente, o aquecimento prévio deve ser cuidadoso.

Verificar o tipo de dieta, o volume, o aspecto, o odor, antes de administrá-la.

Verificar se há estase gástrica antes da gavagem ou da alimentação por gastrostomia.

Enema Definição: É a introdução de líquido no intestino através do ânus ou boca de colostomia.

Finalidades:

Aliviar a constipação facilitando a eliminação das fezes.

Remover o sangue no caso de melena.

Preparar para cirurgia e exames.

Administrar medicamentos.

Tipos:

Lavagem intestinal: também chamada de enteróclise ou enteroclisma. É a introdução de

grande volume de líquido, geralmente 1000 a 2000 ml, utilizando para isto um irrigador.

Clister: é a introdução de líquido de 150 a 500 ml feita com material industrializado, utilizando

o próprio frasco ou conectando a sonda.

Protóclise: também chamada de Murphy, é a lavagem feita gota a gota, ou seja, o frasco de

solução é conectado ao equipo e este à sonda.

Soluções mais usadas (para 1000 ml) - Soro fisiológico ou água morna acrescidos de:

Glicerina: 20 ml

Vaselina: 20 ml

Ou solução pronta

Material - Bandeja contendo:

Solução para lavagem aquecida a 40ºC.

Sonda retal: n.º 22 a 26 para adulto.

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Luvas de procedimento.

Xilocaína gel ou vaselina ou glicerina para lubrificar a sonda.

Gaze.

Papel higiênico.

Forro para cama.

Saco plástico para lixo.

Para lavagem intestinal: suporte de soro, frasco de clister 500 ml ou 1000 ml (C.P.M.), equipo

de soro e sonda retal.

Para clister: Fleet Enema ou o próprio frasco pronto adaptado à sonda.

Comadre.

Biombo.

Procedimento:

Explicar ao paciente o que será feito

Lavar as mãos

Preparar o material (no posto):

Frasco de solução pronta ( Clister 500 ml ou 1000 ml)

Equipo de soro e sonda retal nº 18 ou 20

Lubrificante para sonda

Papel higiênico

Gazes.

Saco plástico.

Luvas de procedimento

Máscara

Lençol (forro)

Comadre

Colocar o biombo se necessário.

Colocar a bandeja na mesa de cabeceira e a comadre na cadeira.

Colocar o forro sob o paciente.

Colocar o paciente em posição de Sims (DLE), conforme o desenho.

Montar o equipo de soro à sonda retal, retirar o ar do circuito.

Pendurar o frasco no suporte de soro.

Calçar as luvas.

Lubrificar a 5 cm da ponta da sonda, utilizando uma gaze.

Pegar a sonda com a gaze, afastar a prega interglútea e introduzir 6 a 10 cm, no caso de

adulto.

Abrir a pinça do equipo e deixar correr a solução.

Fechar a pinçar, quando a solução estiver acabando, impedindo a entrada de ar.

Retirar a sonda e desprezá-la no saco plástico.

Colocar a comadre ou encaminhá-lo para o banheiro.

Oferecer papel higiênico.

Desprezar o conteúdo fecal no vaso sanitário, observando o volume e o aspecto.

Retirar as luvas.

Organizar o material.

Fazer higiene íntima para o paciente acamado.

Lavar as mãos.

Anotar o procedimento e as observações no prontuário.

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Observação:

Nunca forçar a introdução da sonda, pois pode estar dobrada ou ocorrer contratura muscular

do reto.

Orientar para que a solução fique pelo menos 10 minutos antes de oferecer a comadre.

A posição Genupeitoral tem sido mais eficiente que a Sims, pois o líquido chega ao cólon.

Se o paciente for ao sanitário sozinho, pedir para não dar descarga antes do efeito da lavagem

ser verificado.

Observar o estado geral do paciente, principalmente aqueles que recebem lavagem com

freqüência.

No caso de refluxo do líquido pelo ânus ao infundir a solução, tentar introduzir um pouco mais a

sonda, se o problema persistir, o reto pode conter fezes endurecidas (fecalomas) sendo

necessário à retirada manual.

7.1 Termos Técnicos

Afagia: incapacidade para deglutir.

Disfagia: dificuldade para deglutir.

Polifagia: aumento do apetite.

Anorexia ou inapetência: falta de apetite.

Polidipsia: aumento da necessidade de beber água.

Língua saburrosa: esbranquiçada com pontos brancos.

Língua hiperemiada: muito vermelha.

Sialorréia: aumento da secreção salivar.

Halitose: mau hálito.

Êmese: vômito.

Náuseas: enjôo, vontade vomitar.

Regurgitação: volta do alimento digerido à boca, pouco depois de deglutido.

Eructação: arroto.

Dispepsia: digestão difícil.

Azia ou pirose: sensação de ardor estomacal e azedume na garganta.

Hematêmese: vômito com sangue.

Melena: fezes escuras como “borra de café” decorrente de hemorragia alta.

Abdômen timpânico: distensão do intestino por gases com sonoridade exagerada à percussão.

Flatos: saída de gases pelo ânus.

Flatulência: distensão abdominal devido acúmulo de gases no intestino.

Fecaloma: fezes endurecidas.

Diarréia: evacuação líquida e abundante.

Disenteria: evacuação líquida e constante, com muco ou sangue acompanhada de cólicas e

dores abdominais.

Constipação ou obstipação intestinal: prisão de ventre.

Enterorragia: hemorragia intestinal (sangue vivo nas fezes).

Tenesmo: sensação dolorosa na região anal devido esforço para evacuar.

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8. Procedimentos de Enfermagem no Sistema Urinário Cateterismo ou Sondagem Vesical

Definição: Consiste na introdução de uma

sonda estéril na bexiga, através da uretra,

a fim de drenar a urina. É um procedimento

que exige técnica asséptica.

Finalidades:

Esvaziar a bexiga devido retenção urinária.

Obter amostra estéril de urina para pacientes com incontinência urinária.

Controlar o volume urinário para pacientes graves ou incontinentes.

Preparar para grandes cirurgias, principalmente as abdominais.

Fazer diagnóstico diferencial entre retenção ou supressão da urina.

Indicações Especiais:

a) Para retenção urinária, antes de passar uma sonda, devem ser feitos os seguintes

procedimentos:

Abrir uma torneira próxima do paciente.

Colocar uma bolsa de água quente na região hipogástrica.

Colocar a comadre ou papagaio e elevar a cabeceira da cama, se não houver contra-

indicação.

Despejar água morna na região perineal.

Proporcionar privacidade.

b) Para incontinência urinária, antes de fazer uma sondagem, verificar a possibilidade de usar:

Calças plásticas e fralda descartável para adulto, mais indicado para mulheres.

Para homem, usar dispositivo urinário externo (URIPEN), tipo condon ligado a um

intermediário e este a um coletor urinário. Este sistema não é estéril. Deve ser retirado

todos os dias para fazer a higiene íntima.

Resolução COFEN nº 450/2013

“A Sondagem Vesical é um procedimento invasivo e que envolve riscos ao paciente , que está sujeito a

infecções do trato urinário e/ou trauma uretral ou vesical. Requer cuidados de Enfermagem de maior

complexidade técnica, conhecimento de base científica e capacidade de tomar decisões imediatas e, por

essas razões, no âmbito da equipe de Enfermagem, a inserção de cateter vesical é privativa do Enfermeiro,

que deve imprimir rigor técnico-científico ao procedimento.”

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Cateterismo vesical feminino de demora:

Material:

acote esterilizado contendo:

Pinça Pean ou Kocher ou Kelly

Cúpula pequena

Cuba rim

5 gazes ou bolas de algodão

Campo fenestrado

Solução antisséptica: PVP-I tópico

Sonda Folley n.º 14 a 18 estéril

Coletor de urina sistema fechado

Esparadrapo ou micropore

Ampola com 10 ml de água destilada

Agulha 30x8ou maior

Seringa 10 ml com bico

1 par de luva estéril

Xilocaína gel (frasco novo)

Saco plástico para lixo

Biombo se necessário

Material para lavagem externa se necessário.

Procedimento:

Explicar à paciente o que será feito.

Lavar as mãos.

Preparar todo o material e levá-lo ao quarto.

Cercar a cama com biombo.

Fazer ou encaminhar a paciente para higiene íntima.

Colocar o material sobre a mesa de cabeceira e prender o saco plástico.

Colocar em posição ginecológica.

Abrir o pacote sobre a cama, entre as pernas da paciente, e abri-lo usando o campo do pacote

com o forro.

Abrir a bolsa coletora dentro do campo estéril.

Colocar solução antisséptica na cúpula, desprezando a 1ª porção.

Abrir a sonda sobre o campo.

Colocar xilocaína na cuba, desprezando a 1ª porção.

Abrir a seringa e a agulha dentro do campo.

Calçar as luvas.

Adaptar a seringa na agulha e aspirar o conteúdo da ampola com auxílio de outra pessoa (isto

se a ampola não vier junto no pacote de cateterismo)

Retirar a agulha e com o bico da seringa, introduzir no orifício da sonda referente ao balonete.

Verificar a capacidade do balonete e injetar o conteúdo líquido.

Desconectar a seringa para testar a válvula.

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Aspirar novamente e deixar a seringa do campo (o teste do balonete também pode ser feito

injetando ar pela seringa).

Conectar a bolsa coletora na sonda.

Com a pinça montada com a gaze, fazer a

antissepsia com movimento único no

sentido anteroposterior, seguindo a ordem:

Região supra púbica

Grandes lábios

Pequenos lábios, com a ajuda da mão

esquerda

Vestíbulo vaginal

Meato uretral

Desprezar as gazes no saco plástico.

Desprezar a pinça em um local afastado,

mas dentro do campo

Manter a mão esquerda na posição, ou

seja, abrindo a genitália

Colocar o campo fenestrado sobre a região perineal, permanecendo a mão esquerda sob o

campo.

Lubrificar a ponta da sonda com a mão direita e enrolá-la entre os dedos, de tal forma que a

parte distal fique dentro da cuba rim.

Introduzir cuidadosamente a sonda no meato urinário até iniciar a drenagem (em torno de 5 a 8

cm)

Injetar água destilada pelo orifício do balonete.

Tracionar a sonda levemente.

Retirar o campo fenestrado.

Fixar a sonda com esparadrapo ou micropore na coxa da paciente.

Fechar o campo, colocando o material na cuba.

Observar o aspecto da urina.

Retirar as luvas.

Organizar o material.

Lavar as mãos.

Anotar o procedimento no prontuário.

Cateterismo vesical feminino de alívio:

Material:

Pacote esterilizado

Sonda de Nelaton

Solução antisséptica

Luva estéril

Xylocaína gel

Observações:

Em alguns hospitais no cateterismo de demora é colhido pequena amostra de urina para cultura.

Deixar o coletor urinário em nível mais baixo e não deixá-lo encher completamente. Isto impedirá o refluxo de urina.

A rotina de troca da sonda deve ser estabelecida pela CCIH da instituição. É recomendado permanecer o maior tempo possível desde que não apresente sinais de infecção.

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Saco plástico para lixo.

Comadre.

Procedimento:

Realizar a técnica conforme a descrita no cateterismo de demora. Não é necessário proceder

todos os cuidados com a sonda, pois será desprezada logo após o procedimento.

Cateterismo vesical masculino de demora: Material: Seguir os mesmos para o cateterismo feminino acrescido de: seringa de 10ml com bico para injetar xilocaína pela uretra. Procedimento:

Seguir a técnica para o cateterismo feminino com as seguintes diferenças:

Paciente em decúbito dorsal com as pernas afastadas.

Colocar xilocaína gel na seringa (em torno de 5 a 10ml),

com auxílio de outra pessoa.

Fazer antissepsia afastando o prepúcio com a mão

esquerda.

Colocar o campo fenestrado mantendo a mão esquerda fixa no local.

Com a mão direita, injetar a xilocaína no meato uretral.

Pressionar a glande por 2 a 3 minutos para evitar o refluxo.

Segurar o pênis perpendicularmente com a mão esquerda e com a direita, introduzir a sonda

até a extremidade (cerca de 18 a 20cm).

Recobrir a glande com o prepúcio.

Proceder à tração, e fixação da sonda.

Conectá-la ao sistema de drenagem fechado.

Fixar a sonda externamente na coxa de forma lateralizada para evitar a formação de fístulas

uretrais.

Irrigação vesical:

Definição: É a irrigação contínua a fim de lavar a bexiga principalmente após RTU (ressecção transuretral da próstata). Material:

Sonda de 3 vias (sonda de Owens), que é

passada pelo médico no centro cirúrgico ou na

unidade de internação se o procedimento não

necessitar de cirurgia.

Frascos de soro fisiológico de 1000 ml.

Equipo de soro.

Procedimento:

Conectar o equipo ao soro.

Ligar o equipo à 3ª via da sonda.

Controlar o gotejamento: 30 a 60 gts/min.

Verificar s o líquido está sendo drenado pela sonda, caso contrário é indicativo de obstrução.

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Controlar rigorosamente, em impresso próprio, o volume de entrada e o de saída para fazer o

balanço.

Observar a anotar o aspecto do líquido drenado, que normalmente é bem hematúrico no início.

Trocar o frasco de soro antes do término, para evitar obstrução.

Retirada da sonda: Material:

Éter ou benzina.

Seringa de 10ml com bico.

Luva de procedimento.

Saco plástico para lixo.

Procedimento:

Calçar as luvas.

Retirar o esparadrapo com éter ou benzina.

Adaptar a seringa à válvula e deixar refluir o líquido.

Retirar a sonda e desprezá-la no saco de lixo junto

com o coletor, esvaziado previamente.

Retirar as luvas.

Lavar as mãos.

Anotar o procedimento.

Observar a próxima micção e anotar.

.

9. Procedimentos de Enfermagem no Sistema Tegumentar

9.1 Curativo

Definição: É o tratamento dispensado a uma região com solução de continuidade (lesão), a fim

de prevenir uma contaminação.

Finalidades:

Prevenir ou tratar a infecção

Facilitar a cicatrização

Facilitar a drenagem

Proteger a ferida

Aliviar a dor

9.2 Tipos de Curativos:

a) Aberto: Curativo em feridas sem infecção onde podem permanecer sem proteção de gaze.

Ex.: ferida cirúrgica limpa.

b) Oclusivo ou fechado: Curativo que após a limpeza e aplicação de medicamento, é coberto

com gaze e fixado com esparadrapo ou atadura de crepe, nas feridas com fístulas pode-se irrigar

com soro fisiológico com auxílio de uma seringa.

a) Compressivo: Indicado para estancar hemorragia ou vedar uma incisão.

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9.3 Produtos mais usados no tratamento de feridas

NOME INDICAÇÕES OBSERVAÇÕES

PVP-I

(Polivinilpirrolidona – iodo)

PVP-I – Tópico: É diluído em solução

aquosa, utilizado para anti-

sepsia de feridas e mucosas.

PVP-I – Degermante: É diluído em solução

aquosa associado a um

detergente neutro. Limpeza de

feridas sujas. Degermação mãos

e braços, descontaminação de

campo operatório.

PVP-I – Tintura: É diluído em solução

alcoólica a 70%. Usado para

anti-sepsia de pele íntegra na

preparação de área operatória.

O iodo é bactericida, fungicida, esporicida e viruscida, pois destroem as proteínas. Elemento indispensável à sobrevida dos microrganismos.

O iodo em combinação com o PVP raramente provoca reações alérgicas.

As reações que podem acontecer: hipertermia, erupções cutâneas generalizadas e de diversos tipos.

Manter ao abrigo da luz.

Nome comercial: Povidine, Marcodine, Dermoidine, etc.

No caso de usar solução degermante em ferida contaminada, deve ser lavada com S.F. 0,9%, antes de aplicar o tratamento.

Clorexidina

Degermante: degermação das mãos, braços, descontaminação de campo operatório, limpeza de feridas contaminadas.

Alcoólica: antissepsia de pele íntegra na preparação de área operatória

Germicida, mais ativo contra bactérias gran-positivas. Não tem propriedades virucidas.

Nome comercial: Chlorohex.

Solução

Fisiológica a 0,9% (morna)

Utilizada para limpeza de qualquer tipo de ferida

Não irrita nem retarda a cicatrização

Não é antisséptico, mas pode ser usado como coadjuvante com outros agentes.

Papaina

Ação proteolítica, antiinflamatória e bactericida

Estimula o processo de granulação

Remoção de tecido necrosado e secreções

Aumento da força tensil da cicatriz

Enzima extraída do leite do mamão verde, comercializada em pó ou pomada

É inativada em contato com substâncias como Iodo, Ferro e Oxigênio

Deve ser armazenada em geladeira ou freezer em frasco bem vedado

Preparar a enzima no momento do curativo, diluindo-o em água bidestilada ou SF 0,9%.

AGE (Ácidos Graxos

Essenciais)

Acelerador da cicatrização nas lesões como: úlceras de pressão, isquêmicas e diabéticas, infectadas ou não

Promove desbridamento

Estimula a formação do tecido de granulação

Apresentação em forma de solução e spray

Observações: Não são permitidas para fins de antissepsia os seguintes produtos:

Mercúrio cromo, mertiolate, acetona, quaternários de amônio, líquido de Dakin (solução de

hipoclorito de sódio a 0,5%), éter e clorofórmio, conforme Portaria 930/92 do Ministério da Saúde.

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Sulfadiazina de Prata a 1%

Tratamento de queimaduras

Diminui a dor local

A ação da Prata é bactericida

É hidrossolúvel promovendo a hidratação local

Promove a cicatrização e desbridamento

A troca deve ser diária

Cuidado com apele ao redor da lesão, pois pode causar maceração da pele íntegra

9.4 Curativos prontos

Hidrocolóides: São constituídos de 2 camadas: uma externa de

espuma, impermeável à água e outros agentes, outra interna com

partículas que interagem com o exudato da ferida formando um gel

macio e úmido. Acelera o processo de epitelização e elimina tecido

necrótico, mas não deve ser usado em feridas infectadas. Não

necessita de gazes ou esparadrapos e pode permanecer por até 7

dias. Estão disponíveis no mercado nas formas de placas, pastas e

grânulos.

Carvão ativado: Cobertura de ferimento estéril já preparado

industrialmente e impregnado com nitrato de prata, fechado em toda

a extensão. É indicado para feridas infectadas, purulentas, com ou sem odor, escaras, gangrenas

e outras. Coloca-se após a limpeza e anti-sepsia comum. É necessário curativo secundário (gases

ou compressas). O carvão não precisa ser removido a cada troca do curativo secundário, mas não

poderá permanecer mais que 72 horas na ferida. O curativo de carvão jamais poderá ser cortado.

Filmes transparentes: Membrana superaderente composta de poliuretano com certo grau de

permeabilidade. Oferece barreira para as bactérias exógenas, impermeável a fluido e permeável a

vapores e gases. Indicado para incisões cirúrgicas, úlceras superficiais, queimaduras 1º e 2º

graus, áreas doadoras de enxerto de pele e cobertura de pontos de cateterização arterial e

venosa. Deve ser usado em feridas limpas

Cobertura estéril composta por um gel de PVP em água, protegida em ambos os lados por

filme de polietileno, indicado para tratamento de feridas limpas como as do item anterior.

Curativo Hidrogel: Cobertura estéril composta por gel de PVP em água, protegida em ambos

os lados por filme de polietileno, indicado para tratamento de feridas limpas como as do item

anterior.

Curativo de Alginato de cálcio e sódio: Cobertura estéril, altamente absorvente, composto de

fibras de derivados de algas marinhas. Indicado para feridas infectadas e altamente exsudativas.

Em contato com o exsudato da ferida, as fibras de alginato formam um gel macio e fibroso.

É necessário curativo secundário e deve trocá-lo sempre que estiver saturado. A troca do

curativo de alginato pode variar de acordo com as características da lesão, mas deve ser de

preferência, diária.

Película de celulose: Curativo biocompativel cuja origem provém da celulose produzida pela

bactéria Acetobacter xylinum. É um substituo temporário da pele, utilizado em queimaduras e

proteção das áreas doadoras de enxerto. Não há necessidade detrocas. Aplica-se o curativo

sobre a lesão e quando o tecodo granular e epitelizar, ele irá soltar como se fosse uma crosta.

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Curativo de látex: Membrana de látex, que é um biopolímero extraído da seringueira. Estimula a

formação de novos vasos sanguíneos (angiogênese) e com isso, acelera o processo de

cicatrização. Indicado para úlceras crônicas. Deve ser traçado diariamente. Este é um curativo de

tecnologia exclusivamente brasileira.

9.5 Técnica do curativo

Considerações Gerais:

Realizar o curativo em ambiente claro, limpo e sem

correntes de ar

Expor somente o local do curativo

Fazer o curativo após a higiene corporal

Desprezar a 1ª porção da solução no lixo próprio, antes de

colocá-la na gaze

Despejar a solução na gaze e não diretamente na ferida

Iniciar os curativos pelas incisões limpas, depois as

abertas limpas, depois as infectadas e com drenos e por

último as colostomias e fistulas em geral

Desprezar o material contaminado no saco de lixo separado para o curativo, nunca no lixo do

paciente

Colocar na bandeja apenas as soluções específicas para o curativo a ser feito

Limpar a bandeja antes e depois do curativo

Usar luvas estéreis para os curativos abertos com secreção, além do pacote comum. Deve ter

sempre 1 pessoa para auxiliar a manipular os frascos e a abrir os materiais

Usar pacotes de gaze o suficiente para o curativo, abrir 1 pacote de cada vez para evitar o

desperdício

Evitar conversar durante o curativo

Dispor os materiais estéreis dentro da bandeja de tal forma que não cruze o braço sobre o

campo

Desprezar as gazes abertas que não foram utilizadas ou encaminhá-las (se estiverem limpas) à

esterilização, de acordo com a padronização de cada hospital. Nunca reutilizá-las sem a devida

esterilização

Não é recomendado levar o material de curativo no carrinho, devido ao risco de infecção

hospitalar. Deve-se levar só a bandeja

Geralmente as feridas cirúrgicas limpas, após 24 horas da cirurgia, são deixadas expostas

Ao dar banho por aspersão em pacientes com curativo, geralmente é indicado aproveitar o

momento para lavar a ferida

Os curativos devem ser trocados sempre que for observado secreção ou sangue.

Material - Bandeja contendo:

Pacote de pinças: 1 pinça anatômica e 1 kocher

1 par de luvas de procedimentos

Frascos com solução antisséptica

Frasco com soro fisiológico a 0,9%

Esparadrapo ou micropore de preferência

Fita adesiva para fixar o saco de lixo, se necessário

Pacotes de gazes

Saco plástico para lixo

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Forro: pano ou impermeável (se necessário)

Quando indicados: pomadas, ataduras, seringas, cuba rim, tesoura, alfinete estéril para

mobilizar dreno, bolsa de colostomia, curativos especiais prontos, etc.

Procedimento:

Explicar ao paciente o que será feito, isto serve para todos os tipos de curativos

Verificar as condições do curativo

Lavar as mãos

Preparar o material de acordo com o tipo de curativo

Levar o material para o quarto e colocá-lo na mesa de cabeceira

Descobrir a área do curativo e proteger a cama do paciente

Prender o saco de lixo em local acessível

Dispor os materiais

Abrir o pacote de curativo e dispor as pinças com os cabos voltados para o executante, em

ordem de uso: anatômica lado esquerdo e kocher lado direito

Abrir o pacote de gaze, afastado da bandeja, e colocá-lo dentro do campo

Calçar as luvas de procedimento

Pegar uma gaze no campo com auxílio da pinça

Despejar removedor de esparadrapo ou similar, sobre a gaze (ler o rótulo e virá-lo para a palma

da mão), desprezando a 1ª porção

Segurar o esparadrapo com a mão não dominante e com a outra, passar a solução para retirar

o curativo

Retirar o esparadrapo no sentido dos pêlos

Desprezar o curativo anterior e as luvas no saco de lixo

Com a pinça anatômica e a kocher, fazer a dobradura da gaze dentro do campo e segurá-la

com a kocher

Prosseguir a limpeza da ferida inicialmente

com soro fisiológico (este pode ser aplicado

diretamente sobre a ferida, se houver

necessidade), obedecendo a regra do menos

contaminado para o mais contaminado.

Conforme figura ao lado:

Secar com a gaze e aplicar antisséptico

conforme item anterior. Pode-se secar o

excesso de solução

Utilizar pomada ou outro produto quando prescrito

Cobrir com gaze e fixar com esparadrapo ou atadura crepon, se necessário

Envolver as pinças usadas no próprio campo e encaminhá-las ao expurgo

Deixar o paciente confortável e o ambiente em ordem

Providenciar a limpeza do material

Lavar as mãos

Anotar no prontuário o aspecto da lesão e as soluções e pomadas utilizadas

Observação: no caso de curativo de úlcera por pressão, acrescentar seringa de 20 ml,

agulha 40x12, cuba rim, soro fisiológico morno e cobertura indicada.

Figura 1

Figura 2

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9.6 Curativos com drenos ( tubulares, penrose, Kherr etc.):

Definição:

São tubos que podem estar posicionados na cavidade torácica, abdominal,

rins, etc, com a finalidade de drenar fluidos, secreções e gases dessas

cavidades.

Limpar a pele ao redor com soro fisiológico e posteriormente o dreno

(menos contaminado para o mais contaminado)

Limpar a extensão do dreno da extremidade distal para a proximal.

Colocar uma gaze sob o dreno e outra sobre ele.

Fixar com esparadrapo, fazendo um curativo oclusivo.

Após a retirada do dreno fazer curativo no local até eliminar toda a secreção.

Anotar sempre o volume e o aspecto da secreção no prontuário.

Técnica de curativo com colocação de coletor de secreção:

Fazer a anti-sepsia da pele e limpeza do dreno conforme técnica anterior

Introduzir o dreno com auxílio de uma pinça dentro da bolsa de colostomia (de plástico), através do orifício da mesma, e aderi-la na pele, primeiro na parte inferior e depois na superior.

A bolsa coletora, ou de colostomia deve ser trocada sempre que necessário. Técnica de mobilização de drenos:

Fazer a antissepsia da pele e limpeza do dreno conforme técnica anterior

Retirar o ponto de segurança entre a pele e o dreno

Tracionar o dreno conforme orientação médica

Cortar o excesso de dreno com tesoura estéril

Colocar um alfinete de segurança, também estéril, com ajuda de uma pinça ou luva estéril

Terminar o curativo utilizando gazes ou coletor de secreções Técnica de curativo de dreno de Kherr:

Realizar os passos de um curativo simples até antes

da fixação

Fazer um círculo com o dreno a partir do orifício da a

pele, fixando-o com tiras finas de esparadrapo ou

micropore.

Irrigação com ferida aberta:

Utiliza-se seringa estéril de 20 ml, agulha 40x12, soro

fisiológico a 0,9% morno, cuba rim, luva estéril,

impermeável e toalha ou lençol.

O paciente fica em decúbito lateral e a base da cama protegida com o impermeável e a toalha.

Apoiar a base na cuba rim.

Encher a seringa de soro e irrigar pela agulha (em jato), a ferida quantas vezes for necessário.

Curativo de intracath:

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Utilizar o seguinte material: pacote de curativo estéril, gazes, micropore e luva de procedimento.

Usar somente soro fisiológico ou outro antisséptico recomendado pela CCIH;

Lavar as mãos;

Desprender o curativo com auxílio das luvas de procedimento;

Fazer a antissepsia com movimentos circulares na inserção do cateter;

Fazer a limpeza do cateter com soro fisiológico, partindo do local da inserção até o canhão da agulha;

Colocar uma gaze dobrada em quatro encaixando na inserção do cateter;

Fixar com micropore.

Observações:

Pode sobrepor uma tira de esparadrapo que vai desde a pele até o cateter fixando-o em ambos

os lados. Este procedimento ajuda na fixação, mas atrapalha a visualização da pele

(secreções, inflamação) e quando for trocar o curativo, a retirada do esparadrapo pode

tracionar o intracath.

Não deve expor o curativo durante o banho, deve ser protegido por cobertura impermeável.

Os filmes transparentes são contra-indicados.

Se for usar um curativo transparente semipermeável (com alta taxa de permeabilidade ao

vapor) recomenda-se a troca duas vezes por semana. Neste tipo de cobertura não há

necessidade de proteção durante o banho.

9.7 Curativo de traqueostomia:

Preparar o material: luvas de procedimento, luva estéril,

gazes, soro fisiológico, cadarços limpos.

Calçar luvas de procedimento e remover as gazes sujas

Colocar luvas estéreis

Limpar a incisão e a placa do tubo de traqueostomia com

soro fisiológico

Trocar o cadarço se estiver sujo e fixá-lo conforme o desenho

abaixo

Utilizar gazes, adaptando-as sob a aba do tubo de

traqueostomia, de modo que a incisão seja coberta.

9.8 Curativo de ostomias:

Ostomia é um desvio do intestino para o exterior, feito

cirurgicamente em conseqüência de problemas no trato

intestinal. Na abertura abdominal (estoma) será fixada uma

bolsa coletora de fezes. A bolsa coletora poderá ser aberta ou

fechada (conforme figura). O cuidado com a pele ao redor do

estoma é de maior importância, pois as fezes irritam a pele.

Quanto mais próximo de estômago o estoma for colocado

(jejunostomia) maior a acidez das fezes e maior o cuidado com

a pele ao redor.

O curativo deve ser feito sempre que houver extravasamento de fezes. A bolsa deverá ser

trocada imediatamente.

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A limpeza ao redor do estoma deve ser feita com

soro fisiológico. Não se deve usar éter para

desengordurar a pele para fixação da bolsa. Esse

procedimento tira a proteção da pele propiciando

escarificação.

10. Aplicações Quentes e Frias Definição:

A aplicação do calor compreende o uso de um agente

mais quente que a pele, podendo ser feita sob a forma úmida ou seca.

O calor age estimulando a circulação e relaxando os músculos. A aplicação do frio consiste na

aplicação de agentes mais frios que a pele. O frio diminui a circulação no local e diminui a dor

local.

Aplicações Quentes: Finalidades:

Aumentar a circulação local

Relaxar os tecidos

Aquecer as partes frias

Aliviar a dor

Facilitar a supuração e reduzir a área de infecção

Contra-indicações:

Feridas cirúrgicas recentes

Hemorragias

Luxações ou torções, antes de 24 horas

Pacientes com afecções tromboembólicas

Pacientes hemofílicos

Precauções:

Crianças

Idosos

Pacientes inconscientes

Pacientes com paralisia Bolsa de água quente (calor seco):

Material:

Bolsa de borracha ou com gel

Água quente

Toalha de rosto ou fronha

Observação: no mercado existe bolsa fechada contendo gel no seu anterior e que

pode ser aquecida colocando-a dentro de um recipiente com água quente.

Também pode ser usada como bolsa de gelo.

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Procedimento:

Conversar com o paciente sobre o procedimento

Lavar as mãos

Preparar o material

Verificar se a bolsa está furada

Verificar a temperatura da água, que deve estar entre 47,1 a 51,6ºC, para adultos

Encher a bolsa até a metade com o jarro de água quente ou diretamente da torneira

Retirar todo o ar, comprimindo até que a água chegue ao gargalo.

Fechá-la bem

Envolver a bolsa com a toalha

Aplicar sobre a pele, onde permanecerá por cerca de 20 minutos

Observar para não queimar o paciente

Retirar a bolsa

Colocar a toalha no hamper

Esvaziar a bolsa e deixá-la pendurada de boca para baixo, depois, enchê-la de ar, fechar e

guardar (se for de borracha)

Lavar as mãos

Anotar o cuidado no prontuário

.

Aplicações frias

Indicações:

Diminuir a dor

Estancar hemorragia

Reduzir a edema e a inflamação

Baixar a temperatura corporal

Contra-indicações:

Estase circulatória

Pacientes debilitados e idosos

Pacientes desnutridos

Bolsa de gelo (frio seco):

Material:

Bolsa de gelo

Fronha ou pano protetor

Gelo picado ou em cubos

Observação: a bolsa de água quente nunca deve ser colocada diretamente sobre a pele ou curativo úmido.

Observação: Pode ser usado bolsa fechada contendo gel, colocada previamente no congelador.

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Procedimento:

Explicar ao paciente o que será feito

Lavar as mãos

Preparar o material

Colocar gelo na bolsa até a metade

Apertar a bolsa para retirar o ar

Colocar a tampa bem apertada e verificar se não há vazamento

Envolver a bolsa com a fronha e colocá-la sobre a área afetada

Deixar a bolsa até que o gelo derreta, ou até quando o paciente tolerar

Retirar a bolsa, esvaziá-la, lavá-la e colocá-la para secar. Enchê-la de ar e guardá-la em local

apropriado

Colocar a fronha no hamper

Lavar as mãos

Anotar o cuidado prestado

Compressas frias (frio úmido):

Finalidades: Abaixar a temperatura corporal (hipertermia)

Material:

Bacia com água fria (nunca gelada e não misturar com álcool)

Compressas

Toalha de banho

Impermeável

Procedimento:

Explicar o que será feito

Lavar as mãos

Preparar o material

Verificar a temperatura axilar antes de iniciar o procedimento

Expor a região inguinal, axilar e frontal do paciente

Colocar o impermeável e a toalha para proteger o leito do paciente

Retirar o excesso de cobertores, mas nunca deixar o paciente exposto

Molhar e espremer as compressas colocando-as sobre as regiões

Trocá-las em rodízio, por cerca de 15 minutos

Verificar novamente a temperatura corporal e suspender se atingir 37ºC

Colocar as roupas no hamper

Manter o paciente seco e confortável

Guardar o material

Lavar as mãos

Anotar no prontuário o cuidado prestado

Observação: Não fazer aplicações demoradas, pois pode provocar necrose tecidual. Observar sistematicamente o local da aplicação, pois o gelo contínuo pode provocar “anestesia” na pele do paciente e até “queimar” a pele.

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11. Ataduras

Definição: Atadura ou bandagem é uma faixa de tecido usada para envolver e proteger partes

lesadas, fechar curativos e fixar talas.

Finalidades

Proteger as áreas lesadas

Exercer pressão localizada

Restringir ou impedir movimentos

Fixar talas

Formas Fundamentais

Circular: quando a volta da faixa superpõe completamente a volta

anterior. Usada nos seguintes locais: abdômen, punho, tornozelo,

pescoço e tórax.

Espiral: após fixação circular, a faixa vai subindo pela parte do corpo

e cada volta vai se sobrepondo à volta anterior cobrindo-a pela

metade. Usadas nos seguintes locais: perna, coxa, antebraço, braço e

dedos.

Reversa ou espiral inversa: Em cada volta se inverte a atadura

sempre no mesmo lugar, de modo que sua parte interna fica sendo

externa e na volta seguinte, inverte novamente. Também usada nos

segmentos como: antebraço, coxa e perna, é útil com bandagens

inelásticas tipo gaze ou flanela, pois a dobra permite certa

flexibilidade. Este tipo de bandagem não é muito usado devido à

grande variedade de ataduras.

Cruzada em oito: Também conhecida como espica. Consiste em cruzar a atadura em forma de oito, subindo e descendo sobre a parte

Parte do corpo

Tamanho da Atadura

Dedo 2 cm

Mão e Pé 4 a 6 cm

Cabeça 6 a 8 cm

Braço, Ombro, Torax e perna 10 a 15 cm

Quadril e Abdômen 15 a 20 cm

Observação: Este procedimento pode ser usado como coadjuvante à administração de antitérmicos, principalmente em crianças cuja temperatura esteja próximo ou igual a 40ºC.

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enfaixada. Cobre as articulações. O ajuste apertado permite excelente imobilização. Locais mais usados: braço-tórax, mão-punho, pé-perna, antebraço-braço.

Recorrente: a faixa é primeiramente segura com duas voltas

circulares, então se faz uma meia volta perpendicular para cima a

partir da ponta da faixa e depois nova meia volta, retornando à posição

inicial. Cobre partes irregulares do corpo como a cabeça ou o coto de

um membro amputado.

Procedimento:

Conversar com o paciente e explicar o que será feito

Lavar as mãos

Expor a área e fazer o curativo se necessário

Colocar a atadura sobre o segmento corporal próximo à articulação e não somente sobre o

ferimento

Correr o rolo da esquerda para a direita, abrindo-o para cima

Iniciar o enfaixamento seguindo o sentido do retorno venoso

Segurar a extremidade com a mão esquerda enquanto a direita segura o rolo

Não deixar a atadura frouxa, muito apertada ou com pregas e rugas

A fixação final pode ser feita com esparadrapo ou fita adesiva

Observação: para controlar as condições de irrigação sangüínea, é necessário deixar

descoberta as extremidades (dedos das mãos e pés).

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Referências 2. Lima IL. Manual do técnico e auxiliar de enfermagem. Goiânia: AB, 1992. 4. Kawamoto EE, Fortes JI. Fundamentos de Enfermagem. 2ª ed. São Paulo: EPU,1997. 10. Kawamoto EE. Fortes JI. Fundamentos de enfermagem. 2ª ed., rev. e atual. São Paulo: EPU,

1997. 11. Koch RM. Técnicas básicas enfermagem.16ª ed. Curitiba: Florence, 1999. (4 vol.) 12. Alexandre NM. C. Procedimentos básicos de enfermagem. São Paulo: Atheneu, 1995. 13. Potter PA, Perry AG. Grande tratado de enfermagem prática: conceitos básicos, teoria e

prática hospitalar. São Paulo: Tempo Editora/Santos Livraria Editora, 1996. 14. Souza JG. Técnicas de aplicação de injeções. 2ª ed., Vitória: Gráfica Universitária, 1993. 15. Castellanos BP. Injeções modos e métodos. São Paulo: Ática, 1987. 16. Tiago, Francisco. Feridas Etiologia e Tratamento. 3. ed. Ribeirão Preto: 1996. 17. Dealey C. Cuidando de feridas: um guia para as enfermeiras. São Paulo: Atheneu, 1996. 22.Comissão de Padronização de Técnica de Enfermagem. Prevenção de infecções respiratórias,

urinárias e incisionais. Botucatu: 1997. 23. Nursing. O uso de papaína no tratamento de Lesões de Pele. São Paulo: N.º 4. Setembro,

1998. 29. Silva SC, Siqueira ILCP, Santos AE. Procedimentos básicos. São Paulo:2008. CASTELLANOS, B. P. Injeções modos e métodos. São Paulo: Ática, 1987. FAKIH, F. T. Manual de diluição e administração de medicamentos injetáveis. Rio de Janeiro:

Reichmann & Affonso, 2000. SOUZA, E. de F. Administração de medicamentos e preparo de soluções. 3.ed., Rio de Janeiro: Cultura Médica, 1988. SOUZA, J. G. de. Técnicas de aplicação de injeções. 2.ed., Vitória: Gráfica Universitária, 1993 9 CERTOS: Administração de Medicamentos em Enfermagem, disponível em http://thiagosilva7.blogspot.com.br/2011/08/9-certos-administracao-de-medicamentos.html www.abem.org.br www.fmrp.org.br www.sbai.org.br www.sbd.org.br www.feridologo.com.br