Problemasdaadm fev2013

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O CADM elaborou essa nota após duas reuniões com o coordenador de curso Helios Malebranche, onde discutimos os problemas que enfrentamos e que os alunos têm nos trazido nos últimos semestres, na tentativa de tentar solucioná-los ou iniciar o debate que vise a melhoria destes problemas, buscando alcançarmos a ADM que queremos! Pontuamos os principais assuntos discutidos nestas reuniões, apresentando o posicionamento da Coordenação e as nossas resoluções. 1) SAÍDA DO PALÁCIO Fevereiro/2013 CENTRO ACADÊMICO DE ADMINISTRAÇÃO SOBRE OS PROBLEMAS DO CURSO Ao longo dos úlmos períodos, o curso de Administração tem sido rerado do Palácio, tendo suas aulas transferidas para prédios anexos, como do Serviço Social, do CFCH ou, até mesmo, os containeres no Campinho. Isso prejudi- ca o CADM, que não tem mais servido como ponto de encontro e estudo e a integração entre os alunos, que acabam se dispersando pelo campus. Além disso, a qualidade das aulas é prejudicada, tendo em vista que as salas que ocupamos atualmente são muito pequenas, quentes e, muitas vezes, possuem pilastras que dificultam a visão do quadro negro. Segundo a Coordenação, esse fato se dá por um enfraquecimento políco do curso de Administração perante outros cursos do Palácio, como o IE, e manobras burocrácas realizadas pela Direção da FACC, que garante a reserva das melhores salas do Palácio para Ciências Contábeis, mesmo que subulizadas. Além disso, muitas salas têm sido ulizadas pelos cursos de pós-graduação que, por serem pagos, acabam tendo prioridade sobre a graduação, o que constui um ataque à educação pública e gratuita. Entendemos que, de fundo, o problema de salas de aula, é reflexo da falta de invesmentos e de uma políca da Reitoria e do Governo Federal (através do REUNI) de transferência dos cursos para o Fundão e de privazação do ensino público. Para solucionar esses problemas, é necessário que haja um retorno de invesmentos públicos no campus da Praia Vermelha, com a construção de novos prédios e melhor ulização dos espaços. No entanto, para tentar contornar e minimizar os efeitos disso no nosso curso, pelo menos no curto prazo, propomos priorizar as turmas maiores, em especial do 1º ao 3º períodos, com as salas do Palácio. Além disso, achamos que deve haver um rodízio de salas entre os cursos da PV, incluindo as salas dos anexos do CCJE, do Serviço Social e do CFCH, reservando os containeres para as turmas da pós-graduação. O endereço da FACC fica no palácio. E as aulas? 2) PROFESSORES COM EXCESSO DE FALTAS a todo o conteúdo da disciplina, com o cumprimento da carga horária. Em caso de licença médica, ou de alguma outra impossi- bilidade em que o professor não possa connuar com suas aulas, cabe ao Departamento buscar uma solução, seja através de substuição do professor, ou outra, para que alunos não tenham prejuízo no conteúdo nem aprendizado. Caso isso não ocorra, entendemos que muitas disciplinas poderiam ser canceladas por falta de cumprimento da carga horária, inviabilizando a realização do nosso curso. Não acreditamos que a simples aplicação dessa resolução possa levar à solução dos problemas do nosso curso. Acima do simples cumprimento da carga horária, está o aproveitamento máximo do conteúdo da disciplina e das aulas, levando ao pleno desenvolvimento dos alunos. Entendemos que a responsabilidade disso é do Departamento e da Coordenação, que devem prezar pela qualidade do curso; do professor, que é quem determina o bom ou mau andamento da disciplina; mas também é fundamental a parcipação dos alunos, tendo uma postura críca e ava junto com o CADM para solucionar esse problema, denunciando e cobrando maior compromemento do Departamento e dos professores. Tem se tornado corriqueiro professores faltarem suas próprias aulas, deixando os alunos sem o conteúdo da disciplina que estão cursando. Essas faltas que muitas vezes não são informadas com antecedência, nem aos alunos, e nem ao Departamento, também não são jusficadas. Como exemplo, podemos citar alguns professores que já tornaram isso um hábito, como a Profª Margô, o Prof. Albuquerque, o Prof. Falcão, a Profª Heloísa, o Prof. Vitor Iório e os Profs. Gislaine e Delio (do Departamento de Ciências Contábeis). No entanto, muitos desses professores faltosos comparecem regularmente às aulas na pós-graduação, por orientação do próprio Departamento. Ou seja, prioriza-se a pós, que é paga, e se negligencia a graduação. O Coordenador entrou em contato com esses professores via email, alertando sobre essa situação, o que aparentemente solucionou alguns casos, como da Profª Margô. E também afirma que não vê um modo imediato de solução completa desse problema, já que, a princípio, não há como controlar a assiduidade dos professores. O CADM entende que ocasionalmente podem acontecer faltas. Porém, estas devem ser jusficadas e as aulas perdidas devem ser repostas, para resguardar os alunos e garanr que estes tenham acesso

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O CADM elaborou essa nota após duas reuniões com o coordenador de curso Helios Malebranche, onde discutimos os

problemas que enfrentamos e que os alunos têm nos trazido nos últimos semestres, na tentativa de tentar solucioná-los ou

iniciar o debate que vise a melhoria destes problemas, buscando alcançarmos a ADM que queremos!

Pontuamos os principais assuntos discutidos nestas reuniões, apresentando o posicionamento da Coordenação

e as nossas resoluções.

1) SAÍDA DO PALÁCIO

Fevereiro/2013 CENTRO ACADÊMICO DE ADMINISTRAÇÃO

SOBRE OS PROBLEMAS

DO CURSO

Ao longo dos últimos períodos, o curso

de Administração tem sido retirado do

Palácio, tendo suas aulas transferidas

para prédios anexos, como do Serviço

Social, do CFCH ou, até mesmo, os

containeres no Campinho. Isso prejudi-

ca o CADM, que não tem mais servido

como ponto de encontro e estudo e a

integração entre os alunos, que

acabam se dispersando pelo campus.

Além disso, a qualidade das aulas é

prejudicada, tendo em vista que as

salas que ocupamos atualmente são

muito pequenas, quentes e, muitas

vezes, possuem pilastras que dificultam

a visão do quadro negro. Segundo a

Coordenação, esse fato se dá por um

enfraquecimento político do curso de

Administração perante outros cursos

do Palácio, como o IE, e manobras

burocráticas realizadas pela Direção da

FACC, que garante a reserva das

melhores salas do Palácio para

Ciências Contábeis, mesmo que

subutilizadas. Além disso, muitas

salas têm sido utilizadas pelos

cursos de pós-graduação que, por

serem pagos, acabam tendo

prioridade sobre a graduação, o que

constitui um ataque à educação

pública e gratuita. Entendemos que,

de fundo, o problema de salas de

aula, é reflexo da falta de investimentos e de uma política da Reitoria e do

Governo Federal (através do REUNI) de transferência dos cursos para o Fundão e de

privatização do ensino público. Para solucionar esses problemas, é necessário que haja um

retorno de investimentos públicos no campus da Praia Vermelha, com a construção de

novos prédios e melhor utilização dos espaços. No entanto, para tentar contornar e

minimizar os efeitos disso no nosso curso, pelo menos no curto prazo, propomos priorizar

as turmas maiores, em especial do 1º ao 3º períodos, com as salas do Palácio. Além disso,

achamos que deve haver um rodízio de salas entre os cursos da PV, incluindo as salas dos

anexos do CCJE, do Serviço Social e do CFCH, reservando os containeres para as turmas da

pós-graduação.

O endereço da FACC fica no palácio. E as aulas?

2) PROFESSORES COM EXCESSO DE FALTAS

a todo o conteúdo da disciplina, com o cumprimento da carga horária. Em caso de licença médica, ou de alguma outra impossi-bilidade em que o professor não possa continuar com suas aulas, cabe ao Departamento buscar uma solução, seja através de substituição do professor, ou outra, para que alunos não tenham prejuízo no conteúdo nem aprendizado. Caso isso não ocorra, entendemos que muitas disciplinas poderiam ser canceladas por falta de cumprimento da carga horária, inviabilizando a realização do nosso curso. Não acreditamos que a simples aplicação dessa resolução possa levar à solução dos problemas do nosso curso. Acima do simples cumprimento da carga horária, está o aproveitamento máximo do conteúdo da disciplina e das aulas, levando ao pleno desenvolvimento dos alunos. Entendemos que a responsabilidade disso é do Departamento e da Coordenação, que devem prezar pela qualidade do curso; do professor, que é quem determina o bom ou mau andamento da disciplina; mas também é fundamental a participação dos alunos, tendo uma postura crítica e ativa junto com o CADM para solucionar esse problema, denunciando e cobrando maior comprometimento do Departamento e dos professores.

Tem se tornado corriqueiro professores faltarem suas próprias aulas, deixando os alunos sem o conteúdo da disciplina que estão cursando. Essas faltas que muitas vezes não são informadas com antecedência, nem aos alunos, e nem ao Departamento, também não são justificadas. Como exemplo, podemos citar alguns professores que já tornaram isso um hábito, como a Profª Margô, o Prof. Albuquerque, o Prof. Falcão, a Profª Heloísa, o Prof. Vitor Iório e os Profs. Gislaine e Delio (do Departamento de Ciências Contábeis). No entanto, muitos desses professores faltosos comparecem regularmente às aulas na pós-graduação, por orientação do próprio Departamento. Ou seja, prioriza-se a pós, que é paga, e se negligencia a graduação. O Coordenador entrou em contato com esses professores via email, alertando sobre essa situação, o que aparentemente solucionou alguns casos, como da Profª Margô. E também afirma que não vê um modo imediato de solução completa desse problema, já que, a princípio, não há como controlar a assiduidade dos professores. O CADM entende que ocasionalmente podem acontecer faltas. Porém, estas devem ser justificadas e as aulas perdidas devem ser repostas,

para resguardar os alunos e garantir que estes tenham acesso

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SOBRE OS PROBLEMAS DO CURSO

“São 19 vagas para a FACC.

Biblioteconomia: 7 vagas.

Contábeis: 12 vagas.

Administração: Nenhuma.”

No mês de Janeiro, foi publicado o edital para a realização de concurso público para a contratação de mais de 300 professores na UFRJ,

sendo 19 para a FACC. No entanto, mesmo com o grande déficit de professores, o curso de Administração não recebeu nenhuma dessas

vagas. Nem mesmo para repor aqueles que se aposentaram, foram demitidos ou faleceram nos últimos anos. Com isso, nosso curso

enfrenta grandes dificuldades na alocação de professores para as disciplinas, o que prejudica, principalmente, a oferta de eletivas e a

pluralidade de conteúdos oferecidos. Somando-se a isso, poucos são os professores de ADM que trabalham sob o regime de dedicação

exclusiva (DE). Ou seja, muitos de nossos professores acabam por se dedicar mais a outras atividades, do que às suas obrigações

acadêmicas. Novamente a Coordenação atribui à falta de representação e peso político do curso de Administração perante os outros cursos

e unidades e, também, uma possível perseguição da Direção da FACC ao nosso curso. O CADM entende isso como uma questão

fundamental e que, mesmo a realização de concurso, da maneira como tem sido feita atualmente, não é suficiente para suprir a demanda

por professores. Isso ocorre devido às metas estabelecidas pelo REUNI (plano de reestruturação das universidades federais), que pretende

reduzir o número de professores e, ao mesmo tempo, aumentar o número de alunos. Porém, o que acontece na distribuição das vagas na

FACC é inaceitável e devemos pressionar o Departamento, a FACC, e denunciar nas instâncias superiores da Universidade essa situação.

Veja o edital:

http://concursos.pr4.ufrj.br/images/stories/_concursos_PR4/edital-312-2012/Ediais_e_Anexos/Anexo_II_-_Quadro_de_Vagas_-_22-02-2012_-_V.2.pdf

3) CONCURSO ABERTO E NENHUM NOVO PROFESSOR NA ADM

4) MONITORES EXTRA-OFICIAIS

Muitos professores insistem em manter uma relação extra-oficial com seus monitores, passando por cima do processo que a Resolução do CEG nº 04/04 estabelece para a seleção de monitores. Nessa resolução ficam claros todos os critérios necessários para que um aluno se torne monitor como, por exemplo, a realização de provas, a manutenção do CRA acima de 6,0, o registro junto ao Departamento, além das atribuições dos monitores. Informada pelo CADM, a Coordenação alertou aos professores sobre os casos irregulares, sugerindo mudanças de conduta. O CADM sempre se preocupou com esse tema, publicando notas de esclarecimento e informando ao Departamento sobre as irregularidades, que prejudicam diretamente os alunos que se interessam pela monitoria. Defendemos a ampliação da oferta de vagas de monitoria, mesmo que voluntárias, por ser uma experiência enriquecedora tanto para o monitor quanto para os alunos que cursam essas disciplinas. Por isso, também é importante que os alunos tomem conhecimento das normas de monitoria e que não aceitem ser monitores sem estarem devidamente registrados junto ao Departamento, para que seja incluído em seu histórico acadêmico.

5) AULAS COM PROFESSORES SEM VÍNCULO COM A UFRJ

Além dos problemas com monitorias, ainda existem casos mais graves, em que há um desrespeito total aos estudantes, à Universidade e à

carreira docente. É o caso do prof. Alexis. Responsável por duas disciplinas, Matemática Financeira e Análise de Investimentos, o professor

não comparece a nenhuma das aulas e colocou pessoas estranhas à Universidade como responsáveis pela condução dessas disciplinas,

planejando aulas, aplicando avaliações, etc. Pela disciplina de Análise, o professor colocou sua própria filha como professora. E na disciplina

de Matemática Financeira, um amigo da filha. Nenhum dos dois está legalmente ligado à Universidade, ou seja, não passaram em concurso

público. O Departamento não foi informado pelo professor sobre essa situação ilegal, mas pelos próprios alunos dessas disciplinas e pelo

CADM. A Coordenação, informada da situação, conversou com o prof. Alexis mas, aparentemente, nenhuma atitude será tomada, visto que

o professor alegou não haver irregularidades e não se mostrou disposto a encontrar uma solução. Não estamos discutindo a capacidade ou

qualidade desses “substitutos”, mas o fato de estarem ministrando ilegalmente uma disciplina. O CADM tomou a iniciativa de elaborar um

abaixo-assinado para que os alunos pudessem manifestar sua indignação com a situação. E, com esse documento, dar início ao processo de

averiguação da conduta do prof. Alexis e, ao mesmo tempo, denunciar nas instâncias da Universidade.

“Pela disciplina de Análise, o professor colocou sua própria filha como professora.

E na disciplina de Matemática Financeira, um amigo da filha.

Nenhum dos dois está legalmente ligado à Universidade”

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A COAA, Comissão de Orientação e Acompanhamento Acadêmico, é

um órgão consultivo do curso de ADM e tem por objetivo discutir os

problemas de professores e alunos, sugerindo resoluções às instâncias

superiores. No último período, a COAA, formada pelos professores

Westenberger, como presidente, Daniela Abrantes, Ana Carolina,

Ricardo Rohm e pelo estudante Gabriel Vilaça, aumentou a frequência

de suas reuniões e ampliou o debate e a qualidade de suas decisões.

Mas ainda carece de agilidade e de refletir mais sobre o curso e como

superar os seus numerosos problemas. A Coordenação reconhece as

fragilidades da COAA e, por isso, elaborou um plano de reestruturação

da comissão, incluindo mais professores e substituindo a presidência. O

CADM reconhece a importância da reestruturação, visando tornar suas

reuniões mais regulares e de maior qualidade no debate. No entanto,

acreditamos que a COAA pode desempenhar um papel maior na

melhoria do nosso curso. Não apenas respondendo às demandas

encaminhadas pelos órgãos superiores, mas tendo um caráter

elaborativo, apontando soluções e antecipando avanços na qualidade

do nosso curso. Uma das idéias sobre a qual o CADM gostaria que a

COAA se debruçasse e os alunos participassem é a formação de grupos

de trabalhos entre os professores, com representação discente,

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divididos por áreas. Por exemplo, um grupo entre os professores

das matérias de exatas, outro das matérias de Marketing, de RH,

e assim por diante. Desse modo, a cada início de período, seriam

definidos os conteúdos programáticos das disciplinas fazendo

com que elas tenham uma continuidade em relação à outra e

que a formação dos alunos seja a melhor possível. Assim,

podemos evitar as matérias fantasmas, onde a gente não

absorve nenhum conteúdo, ou aquelas com conteúdo

ultrapassado e que precisam ser reformuladas. Ou, ainda,

reduzir a frequente frustração de professores por não ter sido

apresentado à turma algum conteúdo que eles esperavam.

Como, por exemplo, o Luis Mauricio, em relação à disciplina de

cálculo. Esses grupos, tendo um funcionamento orgânico,

podem, inclusive, trabalhar conjuntamente visando à

reformulação do projeto pedagógico do curso, com maior

qualidade e participação de todos. Com isso, aponta-se para a

realização de um seminário, composto por professores, alunos e

funcionários, que promova um debate amplo e aprove a

reformulação do projeto pedagógico e da estrutura de nosso

curso.

6) SITUAÇÃO DA COAA

Esse foi o conteúdo das reuniões que tivemos com o Coordenador e que elaboramos nas reuniões

ordinárias do CADM. Esperamos contar com a participação dos alunos nesses projetos e idéias para que

possamos avançar na melhoria da qualidade do nosso curso. O CADM está sempre aberto à sugestão dos

alunos sobre esses pontos ou quaisquer outros que queiram nos apresentar e construir em conjunto.

Centro Acadêmico de Administração

Gestão 2013 – A ADM que queremos!