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MÓDULO II – CONCEPÇÃO E FORMAÇÃO DO SER HUMANO PROBLEMA VI 1. COMPREENDER O QUE É TRANSLUCÊNCIA NUCAL. A translucência nucal (ou TN) é uma medida realizada na região da nuca do feto. Esta medida ajuda a estimar o risco do feto ter algumas doenças, entre elas a Síndrome de Down e as cardiopatias congênitas. Fetos com malformações ou doenças genéticas possuem uma tendência a acumular liquido na região da nuca. Portanto uma medida aumentada significa um aumento de risco. A medida da translucência nucal deve ser realizada quando o feto tem entre 45 e 84 mm de comprimento, medindo da cabeça à nádega. Isto corresponde a cerca de 11 a 14 semanas de gestação contadas a partir do primeiro dia da última menstruação. A medida da translucência nucal não é um teste de diagnóstico, ela apenas define qual grupo tem alto ou baixo risco. Para diagnosticar se o feto tem, por exemplo, a síndrome de Down deverá ser realizada uma biópsia de vilosidades coriônicas ou amniocentese. A medida da translucência nucal começou a ser utilizada na década de 90 pela maioria dos grandes centros médicos. Para medida adequada da translucência nucal recomendamos que sejam seguidos os padrões de medida definidos pela Fetal Medicine Foundation. O exame poderá ser realizado de duas formas distintas. A primeiro é realizando um exame obstétrico comum. Durante este exame o profissional irá confirmar a idade gestacional medindo o comprimento do bebê da cabeça até a nádega, o tamanho deverá estar entre 45 e 84 mm. Depois será realizada a medida da translucência nucal e o valor desta medida será fornecido em milímetros. Neste caso considera-se risco aumentado quando o resultado é igual ou superior a 2,5 mm. A segunda maneira é realizando um exame morfológico de primeiro trimestre. Neste exame iremos considerar, além dos dados anteriores, a idade materna e o histórico de filhos anteriores com Síndrome de Down. O resultado será fornecido como uma probabilidade, considerando-se apenas a idade da mãe e considerando a idade da mãe, o histórico e a medida da translucência nucal. 2. ENTENDER A IMPORTÂNCIA DO EXAME DE ULTRASSOM E O SUPORTE OFERECIDO PELO SUS PARA SUA REALIZAÇÃO. Os exames realizados durante a gestação são de extrema importância para a saúde do feto e da mãe. Contudo, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estima que 42,4% das grávidas não passam pelas mínimas seis consultas indicadas com o médico. A pesquisa revela também as deficiências do acesso ao ultrassom, exame usado para classificar a gestação, acompanhar o desenvolvimento e a

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PROBLEMA VII

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MDULO II CONCEPO E FORMAO DO SER HUMANOPROBLEMA VI1. COMPREENDER O QUE TRANSLUCNCIA NUCAL. A translucncia nucal (ou TN) uma medida realizada na regio da nuca do feto. Esta medida ajuda a estimar o risco do feto ter algumas doenas, entre elas a Sndrome de Down e as cardiopatias congnitas. Fetos com malformaes ou doenas genticas possuem uma tendncia a acumular liquido na regio da nuca. Portanto uma medida aumentada significa um aumento de risco. A medida da translucncia nucal deve ser realizada quando o feto tem entre 45 e 84 mm de comprimento, medindo da cabea ndega. Isto corresponde a cerca de 11 a 14 semanas de gestao contadas a partir do primeiro dia da ltima menstruao. A medida da translucncia nucal no um teste de diagnstico, ela apenas define qual grupo tem alto ou baixo risco. Para diagnosticar se o feto tem, por exemplo, a sndrome de Down dever ser realizada uma bipsia de vilosidades corinicas ou amniocentese. A medida da translucncia nucal comeou a ser utilizada na dcada de 90 pela maioria dos grandes centros mdicos. Para medida adequada da translucncia nucal recomendamos que sejam seguidos os padres de medida definidos pela Fetal Medicine Foundation. O exame poder ser realizado de duas formas distintas. A primeiro realizando um exame obsttrico comum. Durante este exame o profissional ir confirmar a idade gestacional medindo o comprimento do beb da cabea at a ndega, o tamanho dever estar entre 45 e 84 mm. Depois ser realizada a medida da translucncia nucal e o valor desta medida ser fornecido em milmetros. Neste caso considera-se risco aumentado quando o resultado igual ou superior a 2,5 mm. A segunda maneira realizando um exame morfolgico de primeiro trimestre. Neste exame iremos considerar, alm dos dados anteriores, a idade materna e o histrico de filhos anteriores com Sndrome de Down. O resultado ser fornecido como uma probabilidade, considerando-se apenas a idade da me e considerando a idade da me, o histrico e a medida da translucncia nucal.2. ENTENDER A IMPORTNCIA DO EXAME DE ULTRASSOM E O SUPORTE OFERECIDO PELO SUS PARA SUA REALIZAO. Os exames realizados durante a gestao so de extrema importncia para a sade do feto e da me. Contudo, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE) estima que 42,4% das grvidas no passam pelas mnimas seis consultas indicadas com o mdico. A pesquisa revela tambm as deficincias do acesso ao ultrassom, exame usado para classificar a gestao, acompanhar o desenvolvimento e a sade do feto, diagnosticar malformaes e ainda identificar sinais sugestivos de doenas genticas, como a sndrome de Down. A partir desse diagnstico possvel direcionar me e feto para acompanhamentos especficos, visando sempre o bem estar e a sade de ambos. Segundo o ginecologista e membro da Associao de Ginecologistas e Obstetras de Minas Gerais (Sogimig), Marcos Taveira, os diversos tipos de ultrassom realizados durante a gravidez tem funes distintas. O exame de ultrassonografia obsttrica, por exemplo, feito vrias vezes para confirmar a idade do feto e acompanhar a evoluo da gestao, explica. Outro exame que deve ser solicitado para todas as gestantes o exame morfolgico de primeiro trimestre, realizado entre a 11 e 13 semanas. Atravs dele j possvel diagnosticar algumas malformaes do feto como a anencefalia e a holoprosencefalia, alm de rastrear anomalias congnitas. O ginecologista explica que fetos portadores de Sndromes de Down habitualmente apresentam sinais como bexiga em tamanho maior que o normal, ausncia do osso nasal e o aumento na medida da nuca, chamada de translucncia nucal. No perodo entre a 18 e a 24 semana, a gestante deve realizar o ultrassom morfolgico de segundo trimestre. Este exame possibilita um estudo detalhado da anatomia fetal, sendo possvel identificar diversas malformaes, como as cardacas, do sistema nervoso central, do sistema msculo-esqueltico, renais, da face, pulmonares, do sistema digestivo, ou seja, um estudo detalhado do feto. Entre 24 e 32 semanas, Taveira recomenda o exame com doppler. Esse ultrassom avalia a vitalidade do feto atravs de um estudo do fluxo sanguneo no cordo umbilical, no crebro fetal e nas artrias uterinas. O doppler possibilita avaliar o grau de oxigenao e de nutrio fetal, importantes indicadores do funcionamento da placenta. Nesse estgio possvel identificar sinais de alerta para doenas como hipertenso e pr-eclmpsia, fatores determinantes na sade gestacional. O Doppler um exame fundamental para o acompanhamento das gestaes de alto-risco, auxiliando na identificao do sofrimento fetal e na determinao do melhor momento para a indicao do parto nessas situaes orienta.3. COMPREENDER OS PEINCIPAIS EVENTOS QUE ACONTECEM NO PERODO FETAL, ENFATIZANDO O DESENVOLVIMENTO CARDACO, MOTOR E PULMONAR, E A RELAO DESSE LTIMO COM O NASCIMENTO PREMATURO. DE 9 A 12 SEMANAS A cabea quase metade do tamanho do feto. No final de 12 semanas, as genitlias j esto diferenciadas. A produo de sangue que feita pelo fgado (hematopoese) passa a ocorrer, tambm, no bao. Comea a formao de urina pelos metanfrons para o lquido amnitico. Inicia-se a ossificao dos ossos longos. DE 13 A 16 SEMANAS Membros inferiores aumentam de tamanho. Esqueleto ossifica rapidamente. Diferenciao dos folculos primordiais nos ovrios. DE 17 A 20 SEMANAS A me comea a perceber os movimentos fetais. A pele fetal fica coberta por um verniz caseoso (material oleoso produzido pelas grndulas sebceas). Surgem pequenos pelos (lanugos) que a fixar o verniz caseoso. Primrdio do tero e incio da descida dos testculos (18 semana). Perodo canalicular do desenvolvimento pulmonar (20 semana). DE 21 A 25 SEMANAS O feto comea a ganhar peso e alongamento corporal ntidos. Aparecimento das unhas nos dedos. Incio do desenvolvimento dos alvolos pulmonares e comea a produo de sulfactante pelos pneumcitos II. DE 26 A 29 SEMANAS Fim da eritropoese pelo bao e a medula ssea e a medula ssea entra em atividade. Os pulmes j esto desenvolvidos. SNC j desenvolvido . DE 30 A 34 SEMANAS A pele se torna lisa. Reflexos pupilares luz esto presentes. Os reflexos de pegar e largar se tornam presentes. DE 35 A 38 SEMANAS Fetos gordos, com cerca de 16% de gordura, peso fetal chega a 3,4 kg e o comprimento crnio-ndega deve ser, em mdia, de 36 cm. Os testculos dos fetos masculinos j esto na bolsa escrotal. Quais as consequncias para o feto do parto pr-maturo considerando a fisiopatologia pulmonar? Eventualmente, a gestao interrompida precocemente produz recm-nascidos com pulmes completamente formados, mas incapazes de produzir surfactante, o que implicar em srios riscos para a transio da respirao placentria para a respirao pulmonar normal, pois o surfactante responsvel por manter os alvolos abertos. O DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA RESPIRATRIO: O processo de desenvolvimento do pulmo pode ser dividido em duas fases principais: o desenvolvimento embrionrio e o desenvolvimento fetal. Os cinquenta dias do perodo embrionrio so de extrema importncia e afetam diretamente o prognstico da gestao, pois grande parte das anomalias estruturais tm sua gnese nesse perodo, no sendo diferente com as estruturas pulmonares. A partir do incio do perodo fetal as estruturas anatmicas vo se definindo e se especializando. O ESTGIO PSEUDOGLANDULAR, que vai de 7 a 17 semanas, caracteriza-se pelo desenvolvimento das estruturas vasculares pulmonares, com padro semelhante ao adulto ao seu final. Entre 16 e 25 semanas ou ESTGIO GLANDULAR, o feto vai se tornando vivel, e no pulmo aparecem os cinos, o tecido epitelial torna-se cada vez mais diferenciado e inicia-se a produo de surfactante pelos pneumcitos tipo II. Finalmente, ao final do segundo trimestre, o ESTGIO DE SACO TERMINAL caracterizado por um rpido aumento no potencial de troca gasosa, o que ultimar a possibilidade de sobrevivncia extrauterina. Qual a importncia do cortisol no processo de amadurecimento pulmonar? Existe uma correlao entre a liberao materna de cortisol com a maturao fetal, posto que acredita-se que esse cortisol atue estimulando a circulao fetal de hormnios beta-agonistas que aumentam a secreo de surfactante. sobre esse pressuposto que se estabelece a terapia de administrar corticoides para as mes em risco de partos prematuros.4. PESQUISAR COMO DEVE SER O ACOMPANHAMENTO DA GESTANTE DURANTE O PERODO FETAL.