OBRIGADA, MEU PAI... Pai, Finda-se o dia... perdão pelo meu cansaço. Obrigada, Meu Pai...por tudo.
Printed in Brazil · algo mais do que vemos no nosso dia a dia. O Carlos Neves . 5 acredita que o...
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Copyrighr © 2012 Club de Autores
Capa e Projeto Gráfico
Carlos Neves
Duprre, Frederic ( Espírito)
Narrado pelo espírito de Frederic Dupreee (psicografado por)
Carlos Neves Marques
Registrado na Biblioteca Nacional.
ISBN - International Standard Book Number – 978-85-64280-67-0
1. Parapsicologia 2. Ciências ocultas 3. Espiritismo I. Frederic Dupree. II.
Titulo
Publicado pela Editora
Do Club de Autores
Impresso no Brasil
Printed in Brazil
DIREITOS CONCEDIDOS PARA ESTA EDIÇÃO AO CLUB DE
AUTORES
https://www.clubedosautores.com.br
2
Carlos Neves Narrado pelo espírito de Frederic Dupree
O Espelho A Reencarnação
“Depois que ele se libertou do espelho onde vivia por longos anos,
agora ele precisava continuar sua evolução. Para isso escolheu um garoto
para ser seu pai na sua futura reencarnação”.
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Poema de abertura.
Além da Névoa.
Era você vida minha?
Era você o amor, Que eu deixei perdido nas brumas do tempo?
Sim era você sim. Não tenho mais dúvidas,
Pois teu rosto se delineia nas minhas lembranças Com tamanha perfeição que não me deixa dúvidas...
Era você sim. Éramos tão felizes, tão completos, lembras?
Brincávamos, rolávamos na praia, Banhávamos nas águas límpidas do mar,
Do regato, das cachoeiras, E dançávamos na chuva.
Quando o sol aparecia eu o saldava, Pois, assim tu me ensinaste.
Era você sim, Meu grande amor,
Pois nos teus olhos ainda vejo O brilho das estrelas...
Helena de Paula.
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Prefácio
Quem teve o privilégio de ler “O Espelho”, com
certeza vai concordar com meus pensamentos.
Quando cheguei ao final deste romance eu só tinha um
pensamento: “Tem que continuar”.
A riqueza de ensinamentos que este romance nos traz é
impressionante, e para minha surpresa alguns dias após o
lançamento do Espelho o autor Carlos Neves me comunicou:
“Vai ter continuação sim e será “O Espelho – A
Reencarnação” que já esta sendo gerado com todo carinho”.
Algum tempinho depois fui presenteada com os
primeiros capítulos deste maravilhoso romance. Fiquei
fascinada e mais uma vez tive a certeza que o autor Carlos
Neves é um iluminado, pois consegue penetrar num universo
misterioso, para nós e com isto trazer a tona um romance que
não é apenas mais um livro, mas uma lição e um aprendizado.
Para o ser humano a idéia do fim apavora. Fim de um
amor, fim de uma vida, ou fim de uma esperança.
Neste belíssimo romance onde tudo se completa de
forma impressionante, aprenderemos que tudo tem seu tempo
certo para acontecer e que, o curso de nos vidas não depende
de nós.
O autor nos leva a crer que existe uma força maior a
nos reger. E maravilhoso acreditar que independe de religião
ou credo, todos nós somos importantes aos olhos do Criador.
Para o autor, um ser perfeito e soberano está regendo o nosso
destino e nossas vidas, e que independente do que somos
sempre teremos novas chances para evoluirmos rumo à
perfeição.
Aprendemos neste maravilhoso romance, que o amor é
algo mais do que vemos no nosso dia a dia. O Carlos Neves
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acredita que o amor quando é verdadeiro, não finda, mas
transcende e se renova continuando em outras dimensões,
voltando tantas quantas vezes que for preciso. E a cada volta é
um passo a mais, rumo ao encontro da perfeição. “O Espelho
– A Reencarnação” é isto. É magia, envolvimento e
aprendizado. Ele nos completa com tudo que nos revela deste
fabuloso mundo espiritual ao qual pertencemos. Impossível
não se emocionar com este romance.
Quando terminei de ler este romance eu só pude
agradecer o autor Carlos Neves, por este presente sensacional
e pelo privilégio de também poder contribui com um pequeno
poema na sua abertura, como forma de agradecimento a esta
incrível obra.
Helena de Paula
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Agradecimentos
Meus agradecimentos a escritora Helena de Paula, que
tão gentilmente me presenteou com o poema “Além da
Névoa” para a abertura deste meu romance e o Prefácio.
Meus agradecimentos a escritora e poetisa Viviane
Marconato, que com seu carinho colaborou com esta obra
escrevendo as “Orelhas”.
Meus agradecimentos a Deus por ter permitido tornar
este livro em uma realidade.
Nota. Este romance é uma ficção e como tal, todos os nomes
citados são fictícios. Qualquer semelhança é mera
coincidência.
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Prólogo.
Qual a verdadeira relação que existe entre o homem e
o Universo?
Grandezas de dimensões infinitas, onde um grão de
matéria guarda vida inteligente e tem esta vida alimentada por
uma energia a que ele mesmo denominou de alma.
O homem tomou para si o conhecimento do universo,
que mesmo ainda engatinhando nas respostas sobre seu
surgimento e existência, compreende que ele teve sua origem
de um fragmento de estrela. E sua alma? O que o homem sabe
de sua origem? Quase nada. Apenas que todos nós somos
parte de uma alma universal e aqui estamos para evoluirmos.
A evolução é parte integrante e necessária da alma.
Cada uma tem na vida seus propósitos evolutivos. Das
condições mais grosseiras evoluímos até termos o
conhecimento completo de tudo que existe neste grão de
matéria chamado Terra. Evoluímos tomando conhecimento
social, cultural e filosófico de uma sociedade na qual
vivemos.
Povos de diferentes costumes, culturas e religiões,
estão espalhadas na superfície terrestre, mas todos estão
sujeitos a evolução. Nenhuma vida escapa a esta lei. Não
importa suas culturas, filosofias e crenças.
A lei da evolução é a razão da qual nos encontramos
neste mundo. Não viemos para acumularmos bens terrenos.
Estamos aqui para elevar nossa alma ao nível de uma
dimensão evolutiva maior. Nossa contribuição neste sentido
interfere diretamente na evolução material do homem. No
decorrer de milênios o homem não só evoluiu espiritualmente,
como também materialmente e tecnologicamente.
A evolução da alma está na necessidade de que,
através da reencarnação a lei se cumpra.
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O Espelho- A Reencarnação
Primeira Parte. “A Preparação na infância”
Capítulo – 01
Carol havia acordado ansiosa para conversar com
Alfredo. Logo que seu marido saiu para o trabalho, foi até o
espelho e chamou por ele.
- Alfredo, meu amigo. Tive um lindo sonho com
mamãe. No sonho, ela dizia que tinha vindo buscá-lo.
Não houve resposta desta vez e Carol ficou intrigada.
- Alfredo! Não me responde por quê?
O silêncio se manteve e então, algumas lágrimas
rolaram pelo rosto de Carol. Debruçou-se diante do espelho
com um olhar vazio ela disse:
- Adeus, meu amigo. Agora sei que a vida segue seu
curso dentro das leis divinas. Sei também que mamãe veio
buscá-lo e serão felizes onde estiverem. Sentirei sua falta meu
amigo, mas estarei feliz por saber que agora encontrou a si
mesmo.
Não sabia como explicar, mas de repente, sentiu que
sua mãe e Alfredo estavam ao seu lado. Olhou para o alto e
disse:
- Que seja feita a vontade de Deus. Amém!
***
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Desde que Carol ficou sem a companhia de Alfredo no
espelho, que tentava esquecê-lo entregando-se ao trabalho.
Porém, mesmo assim ainda sentia saudades de conversar com
ele. Sentiria falta dos seus ensinamentos que tanto a ajudava
na sua vida espiritual. Também sentia a imagem de sua mãe
era ainda muito viva, apesar de saber que tanto Alfredo como
ela, devia estar bem no plano espiritual. Às vezes quando ia
limpar aquele belo espelho de cristal, não resistia de tantas
saudades e algumas lágrimas rolavam pelo seu rosto. Aquele
espelho passou a ter um grande significado para ela.
A vida continuava e Matheus logo já iniciava a dar
seus primeiros passos. Andou aos onze meses de idade. Era
um belo menino, forte, alegre, sempre com um sorriso
cativante.
Passava horas com seus brinquedinhos e muitas vezes,
acabava sendo vencido pelo sono. Deitava-se ali mesmo no
chão e dormia. Precisava que a ajudante de Carol, dona Mª do
Carmo o levasse para sua cama.
Seus dois tios, Alessandro e Alexandre gostavam de
distraí-lo com brincadeiras que o faziam ri bastante. Sempre
que estes dois chegavam da escola, corriam pra brincar com
ele.
Então, veio seu primeiro aniversário, que foi muito
festejado pelos pais e avós paternos. Ele ficou achando aquilo
muito divertido. Ganhou muitos presentes e brinquedos, que
mal sabia com qual deles brincar.
No ano seguinte, Roberto constrói uma casa no bairro
da Pituba, e todos se mudam para a nova casa.
Durante o projeto da casa, Carol pediu a Roberto que
fizesse um hall antes do seu escritório, semelhante ao que
havia na casa de sua mãe. E neste hall ela pendurou o espelho,
que no qual o espírito de Alfredo havia vivido. Ela ainda
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sentia muita falta de Alfredo, por isso mesmo, tinha dias que
falava sozinha diante do espelho, como estivesse falando com
ele.
Dois anos passam, e as mesmas festas de aniversário
para Matheus, que aos três anos já falava muito bem. Sabia se
comunicar de uma forma que causava admiração às pessoas,
porque falava de forma clara pronunciando bem as palavras.
A vida prosseguia seu ritmo. Carol sempre dedicada a
ajudar os pobres e enfermos. Tirava um dia na semana para
fazer visitas em hospitais e levar palavras de conforto aos
enfermos que ela sabia estar com suas vidas comprometidas,
ou mesmo, já sem esperanças.
Parecia ter sido ontem quando esteve com sua mãe e
Alfredo pela ultima vez. Porém, continuava sentindo
constantemente a presença deles. Graças à Alfredo, havia
aprendido muito sobre a vida espiritual.
Ela e Roberto se amavam muito, e existia uma grande
compreensão entre eles. Reinava uma felicidade, que lhes
davam segurança e muita paz.
Um dia, ao final de uma tarde de verão, Carol sentou-
se no sofá da sala diante da televisão para espertar Roberto.
Ela tinha tirado aquele dia de folga para resolver alguns
assuntos pendentes, e seu filho estava bem ali diante de si
brincando no chão enquanto ela assistia a um programa na
TV.
Então aconteceu algo que lhe chamou a atenção.
Matheus enquanto brincava, parecia conversar com alguém.
Fico intrigada com o que ouvia e observou melhor o filho para
ouvir o que parecia ser um monologo de uma criança que
brinca sozinha.
- E quem é mesmo você? – perguntava Matheus como
se alguém estivesse ao seu lado.
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- Mas de onde você veio? Não o vi chegar –
continuava ele a conversar.
Se Carol pudesse ouvir aquela conversa, teria escutado
as respostas.
- Sou Alfredo. Vim pra te fazer companhia. Você não
tem amiguinhos para brincar, então vim brincar com você.
- Está vendo aquele carrinho? – apontou para um
pequeno carro de plástico mais adiante - Pode brincar com
ele. Eu deixo você pegar nele.
- Obrigado. Gostei muito dele.
- Onde você mora?
- Moro lá longe, mas vou passar uns dias com você.
Carol não se conteve e perguntou:
- Meu filho, com quem você está conversando?
- Com meu amiguinho, não ta vendo?
- Ela não pode me ver Matheus. Só você é que me ver.
- Não meu filho. Não vejo ninguém – disse Carol, já
bem intrigada.
- É mesmo, Ele acabou de falar isso pra mim – e então
perguntou a Alfredo – Por que ela não pode ver você?
- Porque só algumas crianças podem me ver.
- Ele quem meu filho?
- Meu amiguinho minha mãe.
- E este seu amiguinho não tem nome?
- Não diga meu nome pra ela, Matheus.
- Digo sim. Não minto para minha mãe.
- Não faça isso, por favor, Matheus.
- O nome dele é Alfredo.
Carol gelou. Ficou petrificada. Seus músculos ficaram
rígidos. Seu estomago contraído, e sua respiração contida.
Matheus agora parecia discutir com alguém diante dela. Aos
poucos foi conseguido recobrar-se do susto. Quando
melhorou, disse ao filho:
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- Diga a seu amiguinho que ele é bem vindo.
- Ele já foi embora. Ficou bravo comigo porque eu
disse seu nome para você. Disse que não era hora.
- Pois se ele voltar diga a ele isso o que eu falei.
- Sim minha mãe.
- Desde quando você conversa com este seu
amiguinho?
- Ele veio hoje brincar comigo.
Carol levantou-se e foi até o terraço pensar no que
havia presenciado. Se realmente era Alfredo que conversava
com seu filho, por que ele não a procurou? Por que foi ao seu
filho com quem foi manter contato? O que estava acontecendo
para que ele tivesse tal comportamento?
Não saberia as respostas. Apenas acreditou que devia
ser algo de bom para seu filho. Se realmente fosse o Alfredo
que ela conhecia, sabia que dele só poderia vir boas ações.
Sentia uma pontinha de felicidade ao imaginar Alfredo de
volta a sua casa, e desta vez fora do espelho, mas ficaria mais
feliz se ele tivesse procurado por ela. Resolveu manter sigilo
sobre isso e observar mais Matheus quando estivesse
brincando para saber o que conversavam. E se não fosse o
Alfredo que conhecia? Se fosse outro espírito usando seu
nome? Não. Tinha que ser o seu amigo Alfredo. Tinha certeza
que era ele sim.
Os dias foram passando e Carol vez ou outra ouvia
Matheus conversando com Alfredo, mas não dizia nada,
apenas se mantinha atenta ao dialogo que versava sempre
sobre assuntos de crianças. Isso a deixava mais tranqüila, e
em algumas ocasiões, até sorria ouvindo Matheus
conversando.
Um dia ela arriscou fazer uma pergunta.
- Meu filho, pergunte a seu amiguinho como está a sua
avó. Queria muito noticias dela.
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- Sim minha mãe.
Logo depois Matheus respondeu.
- Ele disse que vovó está muito bem e que ela sempre
reza por todos nós, pedindo... – parou de súbito e perguntou a
Alfredo – Como foi mesmo que você falou? – depois
continuou a responder para sua mãe – que ela reza por nós e...
Ahhh... Não sei dizer esta palavra não.
- Não tem problemas querido. Eu entendi. Diga a ele
que agradeço muito pela informação, e que Deus o abençoe.
Carol sentiu uma grande emoção com as noticias de
sua mãe. Seus olhos ficaram encharcados de lágrimas. Ela
enxugou-os com a barra da sua saia, e em seguida foi lavar o
rosto. Não tinha mais duvidas que se tratava do seu amigo
Alfredo.
Quando se aproximava o dia que Matheus faria quatro
anos, durante um almoço num final de semana, Carol e
Roberto conversavam recordando Andreína, quando eles
ainda eram namorados.
Seus irmãos Alexandre e Alessandro ficaram
prestando atenção, pois eles lembravam muito bem o quanto
Roberto os incomodava namorando sua irmã.
Matheus estava sentado em sua cadeira ao lado da
mãe, que o ajudava a comer seu almoço.
Roberto falou:
- E dona Andreína no início parecia mesmo que não ia
com muito com a minha cara. Lembro que ela não despregava
os olhos de tudo que eu fazia, principalmente quando eu
almoçava e você ficava se desdobrando em atenções.
- Verdade. Ela te marcava de perto – disse Carol
sorrindo – E você não podia passar da sala quando vinha me
visitar, a não ser para almoçar.
Carol serviu mais purê de batata para Mateus e disse:
- Você só quer comer isso. Nem tocou na carne.
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Então Alessandro comentou:
- No inicio eu sentia ciúmes de você, Roberto.
- Eu percebia garoto – responde Roberto sorrindo.
Então Matheus falou com naturalidade enquanto
tentava pegar com sua colher um punhado e purê de batatas:
- Alfredo disse que gosta muito do senhor papai, e
aconselhou vovó a ser ter mais confiança em você.
Roberto franziu a testa sem entender nada e ficou
olhando para o filho cheio de interrogações. Carol ficou
agitada e tentou disfarçar, mudando de assunto.
- Matheus, cuidado ai meu filho. Esta derramando
comida fora do prato. Assim você se suja todo – disse ela
tentando desviar o assunto.
Mas Roberto quis saber direito daquela historia e
perguntou:
- Como é que é? Quem é Alfredo?
- Isso é coisa de criança querido. Não dê importância
ao que ele diz.
Mas Matheus voltou a falar dizendo:
- Ah meu pai... Alfredo é meu amiguinho. Ele me
conta muitas coisas sobre a vovó.
- Que amiguinho é este, meu filho?
- Matheus! Não fale estas coisas. Seu pai não sabe
nada de mim. Isso vai dar a maior confusão se você continuar
a falar – disse Alfredo agitado com aquela situação e insistiu –
Não diga mais nada.
Alessandro e Alexandre estavam atentos e dentro deles
já se formava uma pontinha de medo.
- Querido, acho que temos que ter uma conversa em
particular. Há tempos que queria mesmo conversar sobre um
assunto com você – disse Carol ao perceber que ia ser difícil
manter este segredo por mais tempo.
- Não pode falar aqui mesmo?
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- Não na frente do menino.
- Tudo bem. Depois então você me fala – e olhando
novamente para Matheus, perguntou – Sim meu filho, você
falava de sua avó e de uma pessoa chamada Alfredo. Conte-
me sobre isso direito.
Carol mais uma vez interveio.
- Deixe-o em paz, Roberto. Não sabe que criança tem
muita imaginação?
- Ele disse que não é para eu falar mais nada – falou
Matheus com naturalidade.
- Ele quem?
- Alfredo.
Carol agora via que já não teria como controlar aquela
situação.
- Alfredo... Sei... E quem é Alfredo?
- Não fala nada Matheus. Deixa que sua mãe depois
conversa com seu pai e explica.
- Ele não quer que eu diga nada.
- Matheus! Por que você disse isso? – perguntou
Alfredo ainda mais agitado com aquela situação.
- Como ele não quer? Onde ele está?
Alfredo desaparece dali. Não queria mais presenciar
toda aquela enrascada. Ficando, achava que só ia piorar
aquela conversa.
Carol estava aflita. Parou de comer e começou a tirar
os pratos da mesa.
- Ele foi embora – disse Matheus com a maior
naturalidade.
- O que você sabe sobre isso querida?
- Depois conversamos Roberto. Agora não é hora.
- Desconfio que esteja escondendo algo de mim.