Principios de prevenção e combate a Incêndio SAMU

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1- INTRODUÇÃO

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Para Ferreira (1999), fogo é o “desenvolvimento simultâneo de calor e luz, que é produto de matérias inflamáveis.”

Segundo Ferreira (1999), incêndio é o “fogo que lavra com intensidade, destruindo e, às vezes, causando prejuízos”.

Prevenção é o ato ou efeito de antecipar a ocorrência de um dano ou mal, (FERREIRA, 2000).

O fogo quando controlado pelo homem é um instrumento de grande valor, utilizam-se dele, nas usinas termoelétricas, para gerar força elétrica que, posteriormente, movimentará os equipamentos de nossas industrias. Quando o fogo foge ao controle do homem torna-se um agente destruidor, que gera a destruição de patrimônio e atinge o homem no seu bem mais precioso: a vida

Neste contexto tem-se um princípio básico: os acidentes só ocorrem onde não existe ou falhou a prevenção.

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No contexto da prevenção de incêndio costuma-se dizer que “grandes incêndios começam pequenos”.

Somente um quarto das mortes causadas por incêndios são resultados de queimaduras. Sendo os três quartos restantes, devidos à inalação de monóxido de carbono, fumaça, gases tóxicos e a conseqüente asfixia. Em muitos casos, os óbitos registrados são referentes a danos mecânicos (LUZ NETO, 1995).

O Brasil é o segundo país do mundo em número de vítimas de incêndios. Todavia os dados estatísticos estão restritos às chamadas aos corpos de bombeiros e só 5 % dos municípios possuem grupamentos de incêndio, sendo que somente partes destes eventos são registrados. Nos EUA os feridos chegam a 300 mil e os óbitos a 12 mil pessoas anualmente, (LUZ NETO, 1995).

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2- Física e química do fogo:Para compreensão do processo físico-químico do fogo

descreveremos alguns termos, a seguir:Fogo: é uma reação química, denominada combustão,

que produz calor ou calor e luz. Sua ocorrência depende no mínimo de dois reagentes e de uma circunstância favorável, que possibilite sua combinação, gerando, assim, uma reação exotérmica ou autocatalizada. Os elementos essenciais do fogo são: o combustível, o comburente e a fonte de calor.

Combustão: é a combinação de uma quantidade suficiente de oxigênio, com uma substância, exotérmica e auto-sustentável, (sólida, líquida, gasosas, ou combinação destas), em determinadas ocasiões, com produção de calor ou calor e luz.

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Ignição: é o início de uma combustão. Todos os materiais possuem uma temperatura mínima na qual produzem sua ignição.

Quando reunimos os três elementos essenciais de fogo num determinado ambiente, sob condições propícias, forma-se o triângulo do fogo.

Num processo de combustão, em que estejam presentes vapores e gases, existindo chamas, a forma adequada de representação é a pirâmide do fogo. Nesta, acrescenta-se aos elementos essenciais, a oxidrila (OH-), responsável pela reação em cadeia que desenvolve e mantêm o incêndio.

2.1 - Triângulo do fogo

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Triangulo do fogo

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Tetraedro do fogo

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Tetraedro do fogo

Energia Comburente Combustível

Reação em Cadeia

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2.1.1 - Características dos elementos essenciais do fogo

2.1.1.1 – Combustíveis: são quaisquer corpos suscetíveis de arder, de entrar em combustão. Eles ardem com maior ou menor resistência e encontram-se em toda parte, nos estados naturais (sólido, líquido, gasoso).

Os materiais, antes de combustão completa passam por três fases cronológica:

Ponto de fulgor: é a temperatura mínima em que um combustível começa a desprender vapores que se incendeiam em contato com alguma fonte externa de calor, mas as chamas não se mantêm, não se sustentam, pela inexistência de vapores suficientes. Varia de combustível a combustível. Ex.: gasolina – 42º C; asfalto 204º C.

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Ponto de combustão: é a temperatura mínima em que um combustível desprende vapores em quantidades que, em contato com fonte externa de calor, se incendeiam e mantêm as chamas.

Temperatura de ignição: é a temperatura mínima em que gases desprendidos de um combustível se inflamam pelo simples contato com o oxigênio do ar e se mantém em chamas.

2.1.1.2 - Calor Provém de fontes naturais ou artificiais. As naturais advêm do sol ou de fenômenos químicos e meteorológicos. As artificiais surgem de fenômenos físicos. O calor pode concentra-se ou se propaga de um a outro corpo; permanecer ou remanescer, latente, em condições mais ou menos intensas e duradouras, de acordo com a natureza dos corpos afetados, da sua origem e composição.

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O calor desenvolvido num incêndio transmitir-se por meio dos processos de radiação, convecção e condução.

Condução: transmissão de molécula a molécula pela agitação e pelos choques entre elas, ou de corpo a corpo, com a continuidade de matéria entre a fonte calorífica e o corpo receptor do calor. Não há transporte de matéria. Ex.: o aquecimento da parede de um cômodo adjacente a um cômodo em chamas.

Convecção: transporte de energia térmica de uma região para outra através do transporte de matéria aquecida. Ocorre nos líquidos e gases. Consiste na formação de correntes ascendentes e descendentes no seio da massa fluida, devido a dilatação e perda de densidade dos fluidos próximos da fonte calorífica.. Ex.:a fumaça distribuída entre vários pavimentos de um edifício por meio de dutos de ar condicionado, escadas e fosso de elevadores.

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Irradiação: transporte de energia por meio de ondas eletromagnéticas (calor radiante) que atravessam o espaço entre a fonte e o corpo recebedor de calor. Independe de meios materiais. Ex.: o calor do sol; do ferro de passar roupa próximo à mão após o aquecimento; um prédio em chamas para outro.

2.1.1.3 – Comburente: é a substância que sustentar a combustão dos outros corpos, mas que não queima. O comburente por excelência é o oxigênio, corpo gasoso e incombustível que se encontra na composição do ar atmosférico na proporção de 21% em volume. É o elemento que produz o fogo.

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2.2 - Condições propíciasPara iniciar a combustão, além dos elementos essenciais

do fogo, é necessário que as condições sejam propícias ao início do fogo.

O combustível só entrará em ignição quando estiver sob a forma de vapor ou gás, se ele estiver nos estados sólido ou líquido, será necessário aquecê-lo, para começa liberar vapores ou gases.

Quanto ao oxigênio, deverá estar presente, no ambiente, em porcentagens adequadas. Se estiver de 21 a 16% haverá queima viva, com grande produção de chama, de 16 a 8% produzirá queima lenta, sem ou com pouca chama. Abaixo de 8% não haverá combustão. Na falta de uma quantidade mínima de oxigênio, os combustíveis não queimam completamente.

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2.3 - Extinção do fogoO controle ou os métodos de extinção do fogo baseiam-

se fundamentalmente: no resfriamento, que é a diminuição da temperatura e a redução da chama ou fonte de calor; na limitação da porcentagem de oxigênio mediante a retirada de ar ou inserção de outro gás incombustível (abafamento); na retirada de combustível do local sinistrado (isolamento) e/ou na eliminação da reação em cadeia, reduzindo ou inibindo a oxidrila.

Portanto, impedindo a união, ou suprimindo um dos lados do triângulo do fogo, este não surgirá ou deixará de existir se já tiver começado.

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3 – Incêndio:É todo fogo anômalo, tanto o que se manifesta de forma

simples, como o que ameaça destruir alguma coisa ou o que se propaga e envolve tudo que possa devorar. Ele compromete a integridade e a existência de todos os seres. Exerce propagação arbitrária, expele fumo sufocante, aquecer o ar tornando-o irrespirável.

Os incêndios surgem e se desenvolvem, lenta ou repentinamente, em função dos elementos que lhes dão causa, e se avolumam conforme a quantidade e a qualidade dos combustíveis e o ambiente que encontram.

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3.1.1 - Quanto ao volume• Manifestação de Incêndio: é o fogo breve, momentâneo,

geralmente sem conseqüências graves;• Princípio de Incêndio: é o que se alastra e destrói alguma

coisa e só não prossegue, se for isolado ou faltar condições favoráveis;

• Pequeno Incêndio: incêndio que atinge certo grau de desenvolvimento, comumente interno, mas não afeta o prédio;

• Incêndio Médio: é o fogo que toma vulto e destrói total ou parcialmente a edificação;

• Grande Incêndio: é aquele que se avoluma, se eleva e resiste aos elementos de contenção, espalhando a devastação, devido a quantidade, qualidade e a nula resistência do combustível as chamas.

3.1 - Classificação dos incêndios

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3.1.2 - Quanto à causaÉ o princípio de ação, material ou pessoal, que produz ou

transmite o fogo gerador do incêndio. Podem ser naturais e artificiais. As causas naturais são oriundas de fenômenos da natureza, como raios, vulcões. As causas artificiais podem ser de origem material e pessoal. As materiais são de origem química (reações químicas); físicas, (fenômenos termoelétricos: atritos, choques, compressões); e biológicas, (ações bacterianas) As pessoais dividem-se em acidentais (acidente); culposa, (negligência, imprudência ou imperícia); e doloso, (incendiarismo)

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3.2- CLASSES DE INCÊNDIOS

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Classes de IncêndiosA NBR 7532 classifica os incêndios em 4

classes principais:Classe A - Enquadram–se os materiais de combustão fácil e que queimam tanto em sua superfície quanto em sua profundidade e obrigatoriamente deixam resíduo. Sua extinção se dá principalmente por resfriamento e secundariamente por abafamento. Ex.: papel,material,tecidos, plastico, etc;

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Classes de Incêndios

Classes B – São materiais que queimam Apenas em sua superfície e que não deixa resíduos. Extingui-se por meio de abafamento ou interrupção da reação em cadeia da combustão. Ex.: gasolina, verniz, óleo, etc.

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Classes de Incêndios

Classes C – É o fogo que ocorre em equipamentos elétricos, quando energizados. A extinção se dá por abafamento. Ex.:

motores, estabilizadores, transformadores, etc.

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Classes de Incêndios

Classes D - É aquele que surge de elementos ou metais pirofóricos. Sua extinção emprega agentes extintores e métodos especiais. Ex.:

titânio, magnésio, zircônio, potássio, sódio, etc.

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3.3 - PROCESSOS DE EXTINÇÃO DE INCÊNDIOS

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É a aplicação de métodos que evite o alastramento do fogo até a finalização completa do processo de combustão. O agente extintor mais empregado é a água sendo potencializada pela adição de outros agentes como o dióxido de carbono, FM-200, agentes químicos secos e espumas. O fogo é dito totalmente extinto quando eliminados completamente alguns ou todos os elementos da pirâmide do fogo, sendo ideal, para maioria dos materiais, retira o calor, o combustível e o oxigênio (Torrera, 2004).

Geralmente a extinção se faz por ação de resfriamento, abafamento ou por ambas ações.Ação de resfriamento: ocorre a redução da temperatura do material incendiado a níveis inferiores ao ponto de fulgor ou de combustão desse combustível. Assim, não haverá a emissão de vapores suficiente para prossegui o fogo.

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Ação de abafamento: consiste na retirada do oxigênio pela aplicação de um agente extintor que deslocará o ar da superfície do material em combustão.

Dependendo do tipo ou da forma como certos agentes extintores são usados, outros efeitos podem ocorrer, como a diluição de um líquido combustível em água e a interrupção da reação química.

A retirada do material combustível (o que está queimando ou que esteja próximo) evita a propagação do incêndio sem necessitar de um agente extintor. 3.3.1 - Tipos de agentes extintores

a)Água (jato pleno - neblina - vapor)

A água é o agente de uso mais comum, devido as suas propriedades de resfriamento, abafamento, diluição e emulsionamento. É aplicada sobre jato pleno, neblina e vapor.

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O método clássico de extinção é aplicar jato pleno na base do fogo, mediante linhas de mangueiras, ou com extintores de água. Outra forma, é aplicar a água em forma de neblina através de esguichos especiais, pulverizadores e dispositivos similares. Em certos casos é aplicada na forma de vapor

b) Agentes extintores de espuma A espuma constitui um agregado de bolhas cheias de gás, geradas de soluções aquosas. Sua densidade é menor que a dos líquidos inflamáveis e combustíveis. Portanto ela forma uma capa flutuante sobre o líquido, extinguindo o incêndio pelo resfriamento do combustível, a interrupção da emissão de vapores e bloqueio ao acesso do oxigênio.

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c) Agentes extintores de gás carbônico: é um gás incolor, sem odor, não condutor da eletricidade e densidade 50% maior que o ar. É estocado em cilindros de aço, na forma de líquido sob pressão. É usado para a extinção de incêndios em líquidos inflamáveis e equipamentos elétricos energizados. Ele forma uma camada de gás que reduz o oxigênio existente no ambiente, resfria e não libera resíduos.

d) Agentes extintores químicos secos: são pós extintores a base de bicarbonato de sódio ou potássio e cloreto de potássio, os quais são usados, para extinguir incêndios classe B e C. Os pós extintores a base de fosfato de amônia são eficazes em incêndios classes A, B e C.

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e) Agentes extintores halogenados: são agentes compostos por carbono mais o flúor, cloro, bromo ou iodo. Existem dois tipos de agente o líquido vaporizante e o gás liquefeito, ambos ejetados mediante um propelente gasoso (nitrogênio). É usado na extinção de incêndios em centros de processamento, laboratórios, etc. São eficientes em incêndio classe A, B e C.

3.3.2 - Tipos de equipamentos para combate a incêndiosOs mais empregados são os extintores, hidrantes,

mangueiras de incêndio, caixas de incêndio, chuveiros automáticos e reservatórios.

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3.3.2.1 - ExtintoresDestinam-se à extinção de pequenos focos de incêndio

ou aquele que se espalha. Possuem manômetro que medem a pressão interna existente, têm também, em seus rótulos, as instruções de utilização.

Apresentam-se com diversas quantidades de agente extintor.

Classificam-se de acordo com sua massa total em portáveis (até 25 kgf) e sobre rodas (>25 kgf).

São rotulados conforme o tipo de incêndio para que se destina. As etiquetas A, B, C ou D, indicam o tipo de extintor a ser usado, conforme o tipo de incêndio.

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Etiqueta A - possuir um triângulo localizado no extintor. Adequado para incêndios classe A.Etiqueta B - possuir no extintor um ícone quadrado. Utilizado em incêndio classe B.Etiqueta C -possuir um ícone circular no extintor. Empregado em fogo classe C.Etiqueta D - possuir no extintor um ícone em forma de estrela. Usado para fogo classe D.

Classe A Classe B Classe C Classe D

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3.3.2.1.1 – Tipos de extintores de incêndioSão denominados de acordo com o tipo de agente

extintor que transportam, forma como são acondicionado e o mecanismo de propulsão do agente extintor.

3.3.2.1.1.1 – Extintor de ÁguaAprovado pela norma EB-149, da ABNT, são de dois tipos:

Pressurizável: formado por cilindro metálico contendo água e outro cilindro de aço anexo contendo CO2, provido de válvula, que quando aberta libera o CO2 para o cilindro de água provocando a expulsão.

Pressurizado: constituído por cilindro metálico contendo água, pressurizado por gás carbônico, nitrogênio ou ar comprimido. Possui um manômetro que indica a pressão interna, ou seja, se está carregado ou não.

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É recomendado para combates a incêndios da classe A. tem vantagem sobre a espuma devido ao seu poder de penetração em combustíveis sólidos, de combustão lenta. É contra indicado em incêndios classe B e C, pois aumenta o volume do líquido em combustão, além de espalhar mais o fogo devido à força do jato. Há também o risco de eletrocussão do operador.

Modo de usar (pressurizado):Retire-o do suporte;Conduza-o pelo punho até próximo do fogo;Rompa o lacre e solte a trava de segurança;Acione o gatilho;Dirija a água para a base do fogo.

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Modo de usar (pressurizável):Retire-o do suporte;Conduza-o até as proximidades do fogo;Abra a válvula do pressurizador do cilindro;Acione o gatilho;Dirija a água para a base do fogo.

3.3.2.1.1.2 -Extintor de espumaÉ constituído de um vasilhame principal cilíndrico, uma

tampa e um vaso interno. A espuma é produzida pela reação química da solução

de Bicarbonato de Sódio com uma solução de Sulfato de Alumínio e um agente estabilizador de espuma (saponina ou alcaçuz), dentro do próprio reservatório. Ao inverter o extintor os líquidos se misturam e formam uma solução espumosa com CO2.

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Modo de usarRetire o extintor com cuidado e leve-o até as proximidades do fogo;Inverta-o;Dirija o jato contra a base do fogo, em casos de materiais sólidos e contra as bordas, em casos de líquidos.

3.3.2.1.1.3 - Extintor de gás carbônico (CO2)Compõe-se de um cilindro de aço, uma válvula e um

esguicho com ou sem mangueira. É eficaz na extinção de incêndios da classe B e C, pois age abafando e resfriando e não conduz eletricidade.

É particularmente eficiente em incêndios de líquidos inflamáveis que dissolvem a espuma comum.

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Modo de usar:Retirar do suporte da parede;Conduzi-lo pelo punho até próximo do fogo;Romper o lacre e tirar o pino de segurança;Retirar mangueira do suporte segurando o punho;Acionar a válvula ou gatilho;Dirigir o jato contra a base do fogo.

3.3.2.1.1.4 - Extintor de Pó Químico SecoUtiliza como agente extintor o bicarbonato de sódio ou de

potássio e o cloreto de potássio, tratados com estereato para torná-los anti-higroscópios e de fácil descarga. O agente propulsor pode ser o gás carbônico ou o nitrogênio. São de dois tipos:

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Extintor de pó químico pressurizado - consta de um único recipiente onde o pó fica pressurizado por CO2, ar comprimido ou nitrogênio. É equipado com um manômetro, uma mangueira e uma válvula que comanda a saída do pó.

Extintor de pó químico pressurizável - consta de dois recipientes, um para o pó químico e outro para o gás propelente; uma mangueira para a saída do pó com válvula para abrir e fechar o jato; outra válvula no cilindro do gás que comanda e controla sua saída.

É indicado para incêndios em líquidos inflamáveis ou combustíveis gasosos e em equipamentos elétricos de grande porte. Ele faz uma nuvem sólida sobre a superfície em chamas isolando o oxigênio além de auxilia no abafamento devido produção de CO2 e vapor de água pela queima do bicarbonato de sódio. Portanto o pó químico é mais eficiente que o CO2.

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Modo de usar (pressurizado):Romper o lacre e soltar a trava de segurança;Ficar a favor do vento e acionar o gatilho em jatos intermitentes, formando uma cortina de pó sobre o local sinistrado;Manter o aparelho suspenso durante o uso

Para facilita a memorização da técnica correta para o seguro emprego de extintores de incêndio, Bolick (2000) propôs o acrônimo PDAM, sendo que as suas letras têm por significado:

P - Puxe a trava de segurança.D - Dirija o bico da mangueira para a base do fogo.A - Aperte as alças (gatilho) do extintor para expelir seu

conteúdo no fogo.M -Movimente o bico da mangueira de lado para o outro na

direção da base fogo

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3.3.2.2 - HidrantesÉ o conjunto de canalizações de abastecimento d’água,

registros para manobras, tomadas de água (hidrantes) e mangueiras de incêndio com esguichos e equipamentos auxiliares. São instalados em caixas de incêndio e na calcada pública permitindo o abastecimento por fonte externa (hidrante de fachada ou de recalque)

Todo hidrante é constituído de:•Registro de 63 mm (2 ½"); •Conexões de engate rápido de 63 mm (2 ½") acoplado ao registro •Uma redução de 2 ½" a 1 ½" do tipo engate rápido; •São vermelhos, protegidos por caixa de ferro ou alvenaria com dimensões internas de 0,60 x 0,60 m;•Além da tubulação (1 ½" ou 2 ½"), dos registros e das mangueiras (30 m ou 15 m.), deve-se ter esguichos que utilize a água em jato pleno ou sob a forma de neblina.

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3.3.2.2.5 - UtilizaçãoÉ empregado nos incêndios de classe A, onde somente

com o uso de extintores de incêndio manuais portáteis ou sobre rodas, não se conseguiria extinguir as chamas, devido a quantidade de combustível, ao volume e a extensão das labaredas. Não podem ser utilizada em incêndio de equipamentos elétricos energizados, sobre pena de eletrocussão.

Modo de usar:Abra a caixa;Estenda a mangueira e coloque-se numa distância segura;Abra o registro (torneira);Ataque o fogo, dirigindo jato para a base das chamas.

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3.4 -Recomendações para que uma edificação tenha saídas de emergências seguras:O revestimento de parede, piso e teto da circulação (áreas comuns) e da escada devem ser incombustível;Nas circulações deverá existir sinalização indicativa do sentido de saída;Deverá ser vedada por PORTAS CORTA-FOGO, impedindo a penetração de fumaça e gases quentes para escada;Não obstruir a passagem da escada grades ou outro material;As áreas de circulação e escada deverão ter iluminação de emergência independente, suprida por baterias que funcionarão automaticamente quando faltar energia na rede pública;

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3.5 - Recomendações para o caso de incêndios3.5.1 - Procedimentos em caso de princípio de incêndio em

edifícios: 1. Mantenha a calma e aja com firmeza e decisão, mas sem se

arriscar desnecessariamente;2. Verifique a situação, constate se não há risco de explosão, o

que esta queimando, qual a extensão da área sinistrada e qual o risco para os transeuntes e funcionários;

3. Chame ajuda de outros setores e acione o alarme de incêndio, as brigadas de incêndio, o Corpo de Bombeiros e comunique o fato à direção da instituição;

4. Isole a área, afaste os curiosos direcionando-os para as rotas de fuga. Feche portas e janelas. Somente as pessoas envolvidas no combate e evacuação devem permanecer;

5. Desligar os circuitos elétricos e feche válvulas de canalizações de gases combustíveis do setor em chamas;

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6. Utilizar o extintor de incêndio adequado ao material em chamas, teste-o antes de usar para verificar se estar operante. Após o uso completo, deixe-o deitado para alertar aos outros que já foi usado, devendo ao final do evento, seguir para recarga;

7. Evacue a área, caso seja necessário;8. Extinto o incêndio, acione os serviços de manutenção e

limpeza para procede à arrumação do setor sinistrado, caso não seja necessário à realização de perícia, devendo essa organização ser retomada após findar o levantamento pericial;

9. Caso o fogo não seja extinto com os meios empregados, evacue as áreas adjacentes e mantenha combate às chamas, como o uso de mangueira de incêndio, até a chegada do Corpo de Bombeiros, onde o responsável pela ação passara todas as informações ao comandante da guarnição de bombeiros.

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O acrônimo RACE descrito por Bolick (2000),resume as principais etapas de um protocolo de resposta a incêndio. O significado de suas letras é tido como sendo:

R: Recoloque as pessoas fora da área de perigo, evacuando os setores em chamas.

A: Ative o sistema de alarme.C: Contenha o fogo ou fumaça fechando portas e janelas.E: Extinga o fogo se houver tempo e for seguro.

3.5.2 - Procedimentos em caso de incêndio de médio a grande porte

Considerando que a maioria dos grandes incêndios ocorridos em edifícios foram originários de um principio de incêndio, devem-se então tomar todos os procedimentos adotados para o princípio de incêndio, enumerados acima, previsto nos itens de 1 a 7, acrescentando a estes os seguintes procedimentos:

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1. Desligar os circuitos elétricos e feche válvulas de canalizações de gases combustíveis dos setores adjacentes ao sinistrado;

2. Deves-se manter o combate às chamas, usando a água dos hidrantes por meio de mangueiras de incêndio enquanto aguardar a chegada do Corpo de Bombeiros. Em caso de muita fumaça, mantenha-se o mais rente possível do piso e feche portas e janelas;

3. Evacue as áreas adjacentes ao setor sinistrado e demais instalações do edifício. A evacuação deve ser horizontal ou descendente, conforme a situação. Nunca use elevadores comuns, estes devem ser desligados e ficarem estacionados no andar térreo;

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4. Quando o Corpo de Bombeiros chegar, o o responsável pela ação deve informa ao comandante da guarnição de bombeiros, o número de pessoas a serem resgatadas, quais os meios e rotas de evacuação, se há risco de explosões, o que está queimando, a localização e quantidade de focos de incêndio, a localização de equipamentos de proteção contra incêndio, as áreas sensíveis que ainda não foram envolvidas, a proporção da área atingida e volume das chamas.

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Instrutores: Cap QOBM Raimundo QUARESMA de Miranda Asp Of BM ELILDO Andrade Ferreira

Monitor: 1º Sgt BM Ricard JONES

OBRIGADO!!!!

“Os acidentes só ocorrem onde não existe ou falhou a prevenção”

É melhor se prevenir para algo que não aconteça, do que se surpreender quando esse algo efetivamente acontece. (1º Ten QOBM Jairo Oliveira)