Princípios da Paz (UPF)

2
Os Princípios da Paz 1) Nós somos uma família humana criada por Deus, a realidade última; 2) As qualidades mais elevadas dos seres humanos são a espiritualidade e a natureza moral; 3) A família é a escola do amor e da paz; 4) Viver para o bem dos outros é o caminho para reconciliar as divisões da família humana; 5) A paz vem através da cooperação e através da superação das fronteiras da etnia, da religião e da nacionalidade. 1) A certeza de um Ser Supremo, criador do Universo e do ser humano tem sido defendida inicialmente pelos homens religiosos. Atualmente os homens da ciência por meio de vários objetos de estudo, como a física quântica e estudos metafísicos, estão chegando a conclusão da existência de um ser causal. De acordo com Louis Pasteur (Cientista francês), “Um pouco de ciência nos afasta de Deus, muito, nos aproxima.”. Segundo Abraham Gressy Morrison (Ex-presidente da Academia de Ciências de Nova York.). 1 “Através da lei da matemática podemos provar, sem erro, que nosso Universo foi projetado e executado por uma grande inteligência de engenharia”. Deus é a realidade (experiência diária) última (meta conclusiva; a unidade com Deus representa a conclusão do objetivo maior). Segundo o Rev. Dr. Sun Myung Moon (Fundador da UPF), 2 “Deus não pertence a uma religião ou a uma denominação. Deus não é um ser amarrado a uma doutrina em especial. Dentro do coração de Deus, como um coração de pais e de amor, não existe divisão de povo e raça. Não existem muros entre as nações e entre as tradições e culturas diferentes. Ainda hoje, Deus está tentando abraçar toda a humanidade por igual, como seus filhos.” 2) Nós estamos sempre buscando desenvolver o nosso caráter e nossa espiritualidade através de valores originais e princípios do bem. Desta forma poderemos despertar dentro de nós a religiosidade natural, que é uma das metas essenciais do ser humano. Por que será que infelizmente, às vezes presenciamos o oposto: conflitos, inveja, egoísmo, etc? Segundo Heráclito (filósofo grego), caráter é destino. Se o nosso caráter determina as escolhas que fazemos em nossa vida, qual a formação de nosso caráter? “Plante um ato; colha um hábito. Plante um hábito; colha uma virtude ou um vício. Plante uma virtude ou um vício; colha um caráter. Plante um caráter; colha um destino.” 3 . Nós possuímos duas tendências de pensamentos: Temos a mente decaída que centraliza seus pensamentos e atitudes em vícios, ou seja, a busca pela felicidade e realização pessoal vivendo em prol de si mesmo, gerando a insatisfação e o vazio interior. Temos também a influência da mente original que centraliza seus pensamentos e atitudes em virtudes, ou seja, a busca pela felicidade e realização pessoal vivendo para o bem dos outros. Segundo Howard Gardner 4 (Psicólogo e professor da Universidade de Harvard), desenvolver a competência espiritual é trabalhar as aptidões de nossa nona inteligência. Gardner identificou as inteligências lingüística, lógico-matemática, espacial, musical, cinestésica, interpessoal e intrapessoal. Além destas sete inteligências, Gardner descobriu mais duas que foram recentemente mencionadas pelo pesquisador e estão sendo estudadas: a naturalista e a espiritual-existencial. 3) Direta ou indiretamente, as relações familiares se projetam na sociedade humana. Seja de forma positiva ou negativa. O amor parental (dos pais para os filhos), amor conjugal (entre esposo e esposa), amor fraternal (entre irmãos) e o amor filial (dos filhos para os pais), são esferas de amor que se iniciam na célula mãe da sociedade: a família. Existe um pequeno detalhe nesta classificação; o amor parental, fraternal, e filial pode ser direcionado para quem você quiser sem ocasionar nenhum prejuízo às partes. Diferentemente dos demais, o amor conjugal só pode ser direcionado apenas para seu cônjuge. Caso contrário, ocorrerá o início de conflitos e insatisfações gerando implicitamente a médio e longo prazo o desenvolvimento de aptidões para as escolhas erradas. Segundo o Dr. Joseph Daniel Unwin (antropólogo da Universidade de Oxford), que durante sete anos analisou meticulosamente 80 sociedades e 16 civilizações num período de mais de quatro mil anos, concluiu que: “Quando a fidelidade matrimonial era perdida e as relações pré-matrimoniais, extraconjugais e do mesmo sexo eram comuns, essa civilização se desintegrava no período de três gerações.” 5 . De acordo com Confúcio (Sábio e Legislador Chinês), “Se há um coração justo, existe beleza no caráter. Se há beleza no caráter, existe harmonia no lar. Se há harmonia no lar, existe ordem na nação. Se há ordem na nação, existe paz no mundo.” 1 Revista Plenitude, n o 106 pág. 58. 2 Sun Myung Moon. Um Cidadão do Mundo que Ama a Paz, pág. 77. 3 Livro International Educational Foundation. Cultivando o Coração e o Caráter dentro da Família e na Escola, pág. 41. 4 Revista Vencer, n o 32. As Nove Inteligências: A Chave para Enfrentar o Futuro. pág. 51. 5 Dr. J. D. Unwin - Sex and Culture – 1934. Oxford University Press - Aldous Huxley.

description

Compre através da nossa Loja Virtual em até 12X, com segurança e economia! Rua Santa Ifigênia, 180 Loja 13 - Centro - São Paulo - SP CEP: 01207-000 Tel.: (11) 3326-3903 www.multmidias.com.br [email protected]

Transcript of Princípios da Paz (UPF)

Page 1: Princípios da Paz (UPF)

Os Princípios da Paz1) Nós somos uma família humana criada por Deus, a realidade última;2) As qualidades mais elevadas dos seres humanos são a espiritualidade e a natureza moral;3) A família é a escola do amor e da paz;4) Viver para o bem dos outros é o caminho para reconciliar as divisões da família humana;5) A paz vem através da cooperação e através da superação das fronteiras da etnia, da religião e da nacionalidade.

1) A certeza de um Ser Supremo, criador do Universo e do ser humano tem sido defendida inicialmente pelos homens religiosos. Atualmente os homens da ciência por meio de vários objetos de estudo, como a física quântica e estudos metafísicos, estão chegando a conclusão da existência de um ser causal. De acordo com Louis Pasteur (Cientista francês), “Um pouco de ciência nos afasta de Deus, muito, nos aproxima.”. Segundo Abraham Gressy Morrison (Ex-presidente da Academia de Ciências de Nova York.).1 “Através da lei da matemática podemos provar, sem erro, que nosso Universo foi projetado e executado por uma grande inteligência de engenharia”. Deus é a realidade (experiência diária) última (meta conclusiva; a unidade com Deus representa a conclusão do objetivo maior). Segundo o Rev. Dr. Sun Myung Moon (Fundador da UPF),2 “Deus não pertence a uma religião ou a uma denominação. Deus não é um ser amarrado a uma doutrina em especial. Dentro do coração de Deus, como um coração de pais e de amor, não existe divisão de povo e raça. Não existem muros entre as nações e entre as tradições e culturas diferentes. Ainda hoje, Deus está tentando abraçar toda a humanidade por igual, como seus filhos.”

2) Nós estamos sempre buscando desenvolver o nosso caráter e nossa espiritualidade através de valores originais e princípios do bem. Desta forma poderemos despertar dentro de nós a religiosidade natural, que é uma das metas essenciais do ser humano. Por que será que infelizmente, às vezes presenciamos o oposto: conflitos, inveja, egoísmo, etc? Segundo Heráclito (filósofo grego), caráter é destino. Se o nosso caráter determina as escolhas que fazemos em nossa vida, qual a formação de nosso caráter? “Plante um ato; colha um hábito. Plante um hábito; colha uma virtude ou um vício. Plante uma virtude ou um vício; colha um caráter. Plante um caráter; colha um destino.”3. Nós possuímos duas tendências de pensamentos: Temos a mente decaída que centraliza seus pensamentos e atitudes em vícios, ou seja, a busca pela felicidade e realização pessoal vivendo em prol de si mesmo, gerando a insatisfação e o vazio interior. Temos também a influência da mente original que centraliza seus pensamentos e atitudes em virtudes, ou seja, a busca pela felicidade e realização pessoal vivendo para o bem dos outros. Segundo Howard Gardner4 (Psicólogo e professor da Universidade de Harvard), desenvolver a competência espiritual é trabalhar as aptidões de nossa nona inteligência. Gardner identificou as inteligências lingüística, lógico-matemática, espacial, musical, cinestésica, interpessoal e intrapessoal. Além destas sete inteligências, Gardner descobriu mais duas que foram recentemente mencionadas pelo pesquisador e estão sendo estudadas: a naturalista e a espiritual-existencial.

3) Direta ou indiretamente, as relações familiares se projetam na sociedade humana. Seja de forma positiva ou negativa. O amor parental (dos pais para os filhos), amor conjugal (entre esposo e esposa), amor fraternal (entre irmãos) e o amor filial (dos filhos para os pais), são esferas de amor que se iniciam na célula mãe da sociedade: a família. Existe um pequeno detalhe nesta classificação; o amor parental, fraternal, e filial pode ser direcionado para quem você quiser sem ocasionar nenhum prejuízo às partes. Diferentemente dos demais, o amor conjugal só pode ser direcionado apenas para seu cônjuge. Caso contrário, ocorrerá o início de conflitos e insatisfações gerando implicitamente a médio e longo prazo o desenvolvimento de aptidões para as escolhas erradas. Segundo o Dr. Joseph Daniel Unwin (antropólogo da Universidade de Oxford), que durante sete anos analisou meticulosamente 80 sociedades e 16 civilizações num período de mais de quatro mil anos, concluiu que: “Quando a fidelidade matrimonial era perdida e as relações pré-matrimoniais, extraconjugais e do mesmo sexo eram comuns, essa civilização se desintegrava no período de três gerações.”5. De acordo com Confúcio (Sábio e Legislador Chinês), “Se há um coração justo, existe beleza no caráter. Se há beleza no caráter, existe harmonia no lar. Se há harmonia no lar, existe ordem na nação. Se há ordem na nação, existe paz no mundo.”

1 Revista Plenitude, no 106 pág. 58.2 Sun Myung Moon. Um Cidadão do Mundo que Ama a Paz, pág. 77.3 Livro International Educational Foundation. Cultivando o Coração e o Caráter dentro da Família e na Escola, pág. 41.4 Revista Vencer, no 32. As Nove Inteligências: A Chave para Enfrentar o Futuro. pág. 51.5 Dr. J. D. Unwin - Sex and Culture – 1934. Oxford University Press - Aldous Huxley.

Page 2: Princípios da Paz (UPF)

4) Para a concretização do quarto Princípio, devemos aprender como funciona a estrutura mental do ser humano e como desenvolvê-la para que possa se direcionar para um propósito original. Este propósito pode ser definido como; viver para o bem dos outros, amor altruísta ou Deus. A família da esfera étnica, a família da esfera religiosa e a família da esfera política deve se conscientizar que fazemos parte de uma única família global, e que devemos direcionar as atitudes de nossos grupos familiares centralizadas em uma concepção original (altruísta) para que haja a interação e a harmonia. Se o contrário acontece, ou seja, centralizarmos nossas atitudes em uma concepção distorcida (egoísta), irá se estabelecer o conflito entre os grupos diversos. Devemos ficar atentos, pois o caminho que nos leva para o lado egoísta está cheio de “boas intenções”. A porta que nos leva ao infortúnio e a infelicidade está muito aberta e de fácil entrada, porém ela cobra um preço muito alto para sairmos do ambiente em que nos incentivou entrar. A porta estreita também cobra um preço, mas esse preço inicial criará o fundamento para a realização pessoal e as conquistas espirituais e materiais. O Rev. Dr. Sun Myung Moon afirmou em um de seus livros: “Como, então, surge a felicidade? As pessoas sentem alegria quando seus desejos são realizados. A palavra ‘desejo’, entretanto, é freqüentemente mal entendida em seu sentido original, porque nas atuais circunstâncias nossos desejos tendem a perseguir o mal ao invés do bem. Desejos que resultam em injustiça não emanam a partir da mente original de uma pessoa. Portanto, ela (mente original) repele os maus desejos e se esforça para seguir o bem.”6

5) Cooperação e superação de fronteiras vão além de diálogos entre líderes religiosos ou entre chefes de Estado. Ela está relacionada principalmente com a união destes líderes em prol de um objetivo maior; utilizar suas competências para o bem maior, (viver para o bem dos outros). Ninguém é tanto, quanto todos nós juntos. Nenhum grupo trabalhando isolado é tanto, quanto todos os grupos cooperando entre si. Devemos ficar atentos a um pequeno detalhe; juntos, porém centralizados em viver para o bem da sociedade e não se servir da sociedade. Segundo o Rev. Dr. Sun Myung Moon,7 “Quando o conhecimento e a experiência dos estadistas, que sabem analisar a situação política do mundo, unir-se à sabedoria dos inter-religiosos que têm um ponto de vista espiritual, o mundo finalmente poderá achar um caminho para a verdadeira paz.” Não iremos resolver os problemas sociais de forma isolada, mas trabalhando em parceria centralizada em um propósito maior. Este propósito pode ser definido como; viver para o bem dos outros, amor altruísta ou Deus. Atualmente os grupos religiosos se focalizam na administração da vida de fé através do desenvolvimento de valores espirituais e os grupos políticos se focalizam na administração da vida social e na criação de Leis que visem o bem comum. O primeiro representa o lado interno, o segundo representa o lado externo. Por essa razão, ambos deveriam se unir para traçarem metas centralizadas no bem comum e não em interesses unicamente pessoais. Outro grande problema é a divisão interna entre estes dois grupos. Não raro, observamos grupos religiosos brigando entre si, ou por questões dogmáticas ou por disputarem quem consegue o maior número de fiéis. No campo político, também nos deparamos com o mesmo problema, onde um partido está sempre tentando prejudicar o outro em benefício próprio. Se continuarmos focalizando em disputas internas (dentro da política e dentro da religião) e se continuarmos mantendo a falta de cooperação entre a liderança política e a liderança religiosa, estaremos nos distanciando da construção de um mundo pacífico. O ser humano tem problemas internos e externos e não devem ser resolvidos de forma separada. Segundo a Dra. Claudia Pacheco, “a sociedade também está fragmentada em pedaços isolados que, não raro, são conflitantes entre si. É o caso da incompatibilidade existente entre a Ciência, a Filosofia, a Teologia, a Economia, a Política, etc. Essa é a esquizofrenia existente no interior dos seres humanos, projetada na vida social.”8. Devemos não só dialogar, mas cooperarmos um com o outro para que possamos cuidar melhor de nossa casa, que é o planeta Terra. O nosso planeta pede socorro a cada dia que passa e nós abafamos seus gritos com o nosso egoísmo. De acordo com a Pedagogia da Educação, existe uma pequena diferença entre conhecimento e aprendizado; conhecimento está relacionado com a descoberta de uma informação e aprendizado está relacionado com a mudança de comportamento. Faremos uma pequena reflexão diária com relação aos 5 Princípios da Paz aqui expostos: Estes princípios fazem parte do meu conhecimento ou do meu aprendizado? Quem deve dar essa resposta é cada um para si mesmo e por meio dela você poderá identificar seu destino e o destino da sociedade.

6 Sun Myung Moon. Exposição do Princípio Divino. Editora IL Rung – São Paulo. Brasil – 1996. pág.: 117 Sun Myung Moon. Um Cidadão do Mundo que Ama a Paz, pág. 134.8 Claudia Bernhardt Pacheco, ABC da Trilogia Analítica. Psicanálise Integral. Pág. 7.