Princípios da Motivação no Trabalho
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INTRODUÇÃO
A motivação pode ser definida como um processo psicológico que determina a
predisposição a um comportamento.
Para todas as situações que vivenciamos, seja no trabalho, em casa, na
escola, é necessária uma “força”, uma “energia” para realizar tarefas. A
motivação é essa força, essa energia que nos impulsiona na direção de alguma
coisa que nasce das nossas necessidades interiores. Quando ela acontece, as
pessoas tornam-se mais produtivas, atuam com maior satisfação e produzem
efeitos multiplicadores. Despertar a motivação, mantê-la e canalizá-la para a
concretização dos objetivos da organização têm sido um ponto crucial e uma
preocupação constante dos administradores.
1. A IMPORTANCIA DA MOTIVAÇÃO
Sendo a motivação interna ao indivíduo e estando ela relacionada ao que ele
necessita, prioriza e valoriza; acredita-se que as empresas possam adotar
algumas medidas para atender estas necessidades a fim de melhorar o clima
organizacional e a satisfação de seus colaboradores. Tendo em vista que as
pessoas precisam trabalhar para satisfazer suas necessidades básicas e
secundárias (fisiológicas, segurança, sociais, estima e auto realização) -
Maslow defende que as necessidades fisiológicas são as únicas que não
podem deixar de ser satisfeitas, pois dela depende a própria vida do indivíduo –
e que o exercício da profissão tende a promover a satisfação dessas
necessidades; se a pessoa possui esta percepção, tanto maior será a sua
motivação. Motivadas, as pessoas tendem a atuar com mais afinco e
comprometimento, buscam alcançar resultados melhores, visando o
atendimento de novas necessidades que surgiram posteriormente. Dessa
forma, qual a organização, que tendo em seu quadro de pessoal colaboradores
comprometidos, satisfeitos, motivados a melhorar sua produtividade, não irá
sobreviver a uma competitividade cada vez maior? Esta empresa certamente
estará atuando harmonicamente de forma a alcançar sua visão. Se este é o
objetivo de toda empresa, uma de suas metas deveria ser o investimento em
melhorias, no campo motivacional, para seus funcionários. Devemos lembrar
que as organizações são compostas por pessoas; elas fazem a organização.
Pessoas motivadas promovem, naturalmente, ambientes melhores, estão
satisfeitas com o seu trabalho, visam seu crescimento pessoal e
consequentemente o crescimento da organização a que estão vinculadas.
2. FATORES QUE INFLUENCIAM A MOTIVAÇÃO NO AMBIENTE DE
TRABALHO. COMENTE-OS.
1. Sensação de segurança: Estabilidade no emprego, pessoas precisam se
sentir valorizadas o que não acontece quando a um grande rotatividade no
quadro de funcionários.
2. Assistência familiar: auxílio creche, auxílio educacional, plano de saúde
extensivo aos familiares, entre outros; geram nos colaboradores uma
percepção de tranquilidade, pois se sua família está bem assistida, ele pode se
dedicar ainda mais às suas atividades profissionais.
3. Plano de carreira: A empresa que valoriza aquele profissional que cresce
junto com ela, estimula seu colaborador a crescer profissionalmente, pois ele
percebe que caso invista em melhorias de produtividade, aprendizagem e
autodesenvolvimento; ele possui chance de alcançar melhores salários e
cargos, e isso o motiva a alcança-los.
4. Flexibilidade no horário de trabalho: Possibilita a compatibilização do horário
de trabalho com o de outras atividades que a pessoa considere importante para
seu desenvolvimento profissional, pessoal ou social; possibilita evitar o
estresse e aproveitar melhor o tempo despendido no trânsito; permiti que o
colaborador seja pai ou mãe mais presente no cotidiano dos filhos, enquanto
atua profissionalmente buscando melhorar sempre sua atuação.
5. Disponibilização de recursos para o autodesenvolvimento do funcionário:
Quando a empresa investe ou auxilia na capacitação do profissional,
incentivando a busca de elevados graus de escolaridade e aperfeiçoamento
profissional. Desta forma a organização obtém, além de pessoas motivadas,
colaboradores mais capacitados.
3. TIPOS DE LIDERANÇA
Liderança Democrática:
Também chamada de liderança participativa ou consultiva. Neste modelo, o
líder estimula o debate com seus liderados. Cabe ao grupo, em conjunto com o
líder, o planejamento das ações com foco nos objetivos e a resolução de
problemas. As decisões são acordadas com o grupo, podendo haver um
sucinto predomínio da opinião do líder. Cabe ao líder o aconselhamento técnico
e a sugestão de várias alternativas para definição do grupo; em relação a
criticas e elogios, este limita-se aos fatos, mantendo uma atitude segura,
imparcial e objetiva. Este tipo de liderança propicia o bom relacionamento e
interação do grupo, tendendo a alcançar ótimos resultados de produção e um
ritmo de trabalho progressivo e seguro.
Liderança Autocrática:
Também chamada de liderança autoritária ou diretiva. Neste modelo, o líder é
focado nas tarefas. É ele quem determina a metodologia do trabalho, fixa as
diretrizes e não acata a participação do grupo. Este tipo de líder costuma ser
dominador e tende a provocar tensão e frustação ao grupo, pois apresenta uma
postura diretiva e não cria oportunidades de incentivo a criatividade dos
liderados. Seus objetivos principais resumem-se em lucro e produtividade,
costuma individualizar suas críticas e elogios. Este tipo de liderança gera
grandes insatisfações, tensões e agressividade ao grupo. O trabalho tende a
ser prejudicado, visto que só se desenvolve com a presença do líder e, na sua
ausência o grupo diminui a produtividade e tende a indisciplina, dando vazão a
sentimentos recalcados ou menosprezados.
Liderança Liberal:
Aqui não há imposição de regras. Apesar de o grupo possuir maior liberdade
de ação, quase não consultam o líder nas tomadas de decisão, o que por
muitas vezes pode gerar divergências em relação às estratégias da
organização. E este modelo pode até ser adequado a uma equipe madura,
comprometida, motivada, autodirigida e que não necessita de supervisão
constante; porém pode resultar em uma liderança negligente e fraca, onde o
líder deixa passar falhas e erros sem corrigi-los. Os elementos do grupo
tendem a abandonar a organização, visto que nada esperam desta liderança.
Como não há demarcação dos níveis hierárquicos, se sujeita ao risco de
desestimular seu capital intelectual e disseminar a atitude de abandono entre
os subordinados. Este é considerado o pior modelo de liderança, pois tende a
desorganização, a confusão, o desrespeito e a falta de um representante que
determine funções e resolva conflitos.
4. QUAIS AS CONSEQUENCIAS DE UMA LIDERANÇA INEFICAZ?
Sendo o líder a pessoa responsável por conduzir um grupo de pessoas, é de
sua responsabilidade orientar esse mesmo grupo a gerar resultados; definir o
rumo da organização. Quando o líder não possui a habilidade em influenciar,
de forma ética seus subordinados, este tende a levar a organização ao
fracasso. Uma pessoa pode receber formalmente o encargo de liderar, sendo,
portanto, um líder nomeado e não conseguir exercer influência sobre os
demais. É fato que para liderar, depende-se mais de uma boa capacidade de
relacionamento interpessoal do que de QI (quociente intelectual). (...)Fiorelli
(2003) destaca alguns comportamentos que precisam estar presentes nos
líderes, como: a demonstração de ações que correspondam ao seu discurso
(nada melhor do que um bom exemplo), a capacidade de perseverar nos
momentos difíceis, o compromisso com a equipe, a habilidade interpessoal (o
que inclui facilidade de comunicar-se) estabilidade emocional, disciplina, senso
de justiça, etc. Já características como rigidez, uso do poder conferido pela
liderança para benefício próprio, não comprometimento com o trabalho e com a
equipe, pouca ou nenhuma habilidade interpessoal, etc.; constituem qualidades
totalmente dispensáveis no líder.”1 Estando a liderança relacionada com a
comunicação eficaz e transmissão de ideias, quando isto não acontece,
estabelece-se um problema na organização. É função do líder: planejar, fazer
previsões, analisar problemas, tomar decisões, formular e/ou apoiar políticas,
classificar e distribuir o trabalho pelos colaboradores, desenvolver, influenciar e
controlar os planos de ação da organização. Se o líder não conseguir adequar
sua metodologia de trabalho ao ambiente organizacional, certamente ele
caminhará rumo à ineficácia; pois certamente suas atitudes afetaram as
relações com os liderados e, consequentemente, a forma como estes
desempenharam suas tarefas/atividades individuais.
5. REFERÊNCIAS
CHIAVENATO, Idalberto. Administração: teoria, processo e prática. Rio de
Janeiro: Campus, 2007. CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da
Administração. 6 ed. Rio de Janeiro: Campus, 2001. REGATO, Vilma Cardoso.
Psicologia nas Organizações - Resumido. 3 ed. Rio de Janeiro: Estácio/LTC,
2008.
Extraído do livro: Psicologia nas Organizações – Programa do livro universitário
– 3ª edição – Regato, Vilma Cardoso – LTC.