principais fatores que influenciam os escolares do ensino médio a
45
NÚCLEO DE SAÚDE – NUSAU DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA – DEF CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM EDUCAÇÃO FÍSICA PRINCIPAIS FATORES QUE INFLUENCIAM OS ESCOLARES DO ENSINO MÉDIO A NÃO PRATICAREM AS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA EVANDRO NEVES DE AGUIAR Porto Velho – RO 2013
Transcript of principais fatores que influenciam os escolares do ensino médio a
NÚCLEO DE SAÚDE – NUSAU
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA – DEF
CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM EDUCAÇÃO FÍSICA
PRINCIPAIS FATORES QUE INFLUENCIAM OS ESCOLARES DO ENSINO
MÉDIO A NÃO PRATICAREM AS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA
EVANDRO NEVES DE AGUIAR
Porto Velho – RO
2013
NÚCLEO DE SAÚDE – NUSAU
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA – DEF
CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM EDUCAÇÃO FÍSICA
PRINCIPAIS FATORES QUE INFLUENCIAM OS ESCOLARES DO ENSINO
MÉDIO A NÃO PRATICAREM AS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA
Orientando: Evandro Neves de Aguiar
Orientadora: Prof.ª Ms. Silvia Teixeira de Pinho
Porto Velho - RO
2013
Monografia Apresentada
ao Curso de Educação Física da
Universidade Federal de
Rondônia – UNIR, como pré-
requisito para a Conclusão do
Curso de Licenciatura Plena em
Educação Física.
EVANDRO NEVES DE AGUIAR
Data da Defesa: 11/04/2013
BANCA EXAMINADORA
Prof.ª Ms Silvia Teixeira de Pinho (orientadora)
Julgamento:______________Assinatura:_________________________
Prof. Ms Mario Roberto Venere
Julgamento:______________Assinatura:_________________________
Prof. Ms Ramon Nunez Cardenas
Julgamento:______________Assinatura:_________________________
DEDICATÓRIA
Este trabalho é dedicado ao meu Senhor e Salvador Jesus Cristo que me
abençoou e me deu condições físicas e psicológicas para a realização desta obra, sem
contar os momentos em que pensei em desistir, Ele sempre me deu ânimo e forças para
aturar todas as manifestações adversas.
Senhor, te agradeço e Te louvo, pois sem O Senhor na minha vida nada faria
sentido, pois a única razão da minha existência é a demonstração do Teu Eterno amor.
Nenhuma palavra, nenhuma frase, nenhum ditado, nenhum dicionário, nenhuma língua
e nenhuma expressão são capazes de expressar o tamanho da Tua Grandeza e a Tua
Misericórdia. Amo-Te, Senhor, com todas as minhas forças.
AGRADECIMENTOS
Primeiramente quero agradecer ao meu Deus que me ajudou e me deu asas para
que pudesse chegar ate aqui, obrigado Jesus!
Quero agradecer também aos meus pais pela base familiar que deram a mim e a
minha irmã, e que nunca nos deixaram desviar da conduta certa, agradeço
principalmente a minha maravilhosa, corajosa e generosa mãe que desde os primórdios
acreditou na minha vitória e sempre soube que eu era capaz de chegar em qualquer
lugar que quisesse, devo agradecer fundamentalmente ela, pois sempre me deu
condições financeiras e psicológicas de poder chegar todos os dias na Universidade.
Agradeço a minha linda e maravilhosa esposa que sempre esteve do meu lado
desde do inicio do curso e sempre estava presente nos bons e ruins momentos em que
passei na minha trajetória acadêmica, te amo linda!
Agradecer também aos meus amados familiares com quem aprendo todos os dias
com cada um deles, valeu pessoal!
Quero agradecer aos meus professores do DEF da Universidade Federal de
Rondônia que de certa forma contribuíram para a construção desta obra.
Agradeço aos meus amigos: Carlos Magno, Júlio Lima, Nelton Lopes, Nerisvaldo
e José Francisco, que me ajudaram com suas amizades e parcerias nessa longa jornada
traçada.
Quero expressar os meus agradecimentos e a minha admiração pela minha
adorável orientadora professora mestre Silvia Teixeira de Pinho que me brindou com
sua grande paciência, mesmo muito atarefada, sempre esteve pronta a me ajudar a
desenvolver esta obra. Valeu professora sem você esta obra não existiria.
“Tá no nascer da manhã, está nos raios de sol, está no brilho da lua, é o caminho o
farol, iluminando nosso ser, só depende de você, Ele quem nos ensinou a amar, Ele
quem nos ensinou viver, deu a Sua vida lá na cruz morreu por nós, morreu por mim e
por você, é o mais lindo verso de amor que nenhum poeta imaginou, é a voz que chama
por você, só que te amar e te dar amor.”
Batista Lima - O Farol
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO....................................................................................................13
2 HIPÓTESE............................................................................................................14
3 JUSTIFICATIVA.................................................................................................14
4 OBJETIVO .........................................................................................................15
4.1 OBJETIVO GERAL.....................................................................................15
4.2 OBJETIVOS ESPECIFICOS.......................................................................15
5 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA......................................................................16
5.1 EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR..............................................................16
5.2 EDUCAÇÃO FÍSICA NO ENSINO MÉDIO.............................................20
5.3 DESMOTIVAÇÃO NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA..................24
6 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS........................................................27
6.1 CARACTERIZAÇÃO DO ESTUDO..........................................................27
6.2 AMOSTRA....................................................................................................28
6.3 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS.............................................28
6.4 ANALISE ESTATÍSTICA...........................................................................28
7 RESULTADOS E DISCUSSÃO........................................................................29
8 CONCLUSÃO ....................................................................................................37
9 REFERÊNCIAS..................................................................................................38
ANEXOS..............................................................................................................42
ANEXO I – Questionário.....................................................................................43
ANEXO II – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido................................45
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 – Gosto das aulas de Educação Física.
Gráfico 2 – Expectativas dos Escolares em relação as aulas de Educação Física
Gráfico 3 – Motivos da prática de Educação Física nas aulas.
Gráfico 4 – O que necessita melhorar na Educação Física.
Gráfico 5 – Atividades frequentes nas aulas de Educação Física.
Gráfico 6 – Motivos pela não participação dos Escolares nas aulas de Educação Física.
LISTA DE TABELA
Tabela 1 - Distribuição detalhada dos alunos por Séries e Gêneros.
LISTA DE ANEXOS
Anexo I - Questionário
Anexo II - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
RESUMO
A Educação Física no âmbito escolar está ligada diretamente na formação do aluno, é
através da Educação Física Escolar que o escolar é levado a se deliciar com as diversas
manifestações do movimento humano, a Educação Física usa atrativos diversos para
conscientizar o escolar da importância da promoção da saúde. Através desta visão, este
presente estudo teve como objetivo identificar os principais fatores que desmotivam os
escolares do Ensino Médio a não praticarem as aulas de Educação Física. Tratando-se
de uma pesquisa qualitativa do tipo descritiva, a amostra estudada foi composta por 100
escolares do Ensino Médio regular, devidamente matriculados em uma escola da rede
pública situada na zona leste no Município de Porto Velho – RO, para a coleta de dados
foi aplicado um questionário semiestruturado com 08 questões de múltipla escolha.
Verificou-se que todos os escolares possuem aulas de Educação Física, constatou-se que
houve um alto índice de participação nas aulas e que os escolares gostam das aulas de
Educação Física, notou-se que a expectativas dos alunos são referentes à orientação das
atividades físicas e promoção da saúde, dos principais motivos que levam os escolares a
praticarem as aulas é a diversão. Foi destacado que a principal atividade praticada nas
aulas é o futsal. Observou-se que estão insatisfeitos com o espaço físico da escola.
Sobre os motivos que os levam a não participação das aulas, constatou-se que as
atividades proporcionadas são o principal motivador da não participação das aulas, se as
atividades não motivarem os alunos consequentemente as aulas se tornam “chatas”.
Diante dos resultados conclui-se que a Educação Física ainda é a disciplina de que os
escolares gostam de praticar, mas que a cada dia as aulas de Educação Física estão
monotomas e com isso os escolares se sentem desmotivados a participarem.
Palavras-chaves: Educação Física Escolar; Ensino Médio; Escolares.
ABSTRACT
Physical education in schools is linked directly to the student's education is through the
Physical Education that the school is led to indulge in the various manifestations of
human movement, physical education uses many attractions to educate the school the
importance of promoting health. Through this vision, this present study aims to identify
the key factors that discourage the students from the school to refrain from physical
education classes. Since this is a qualitative descriptive, the study sample was composed
of 100 students in the high school regular, duly enrolled in a public school located on
the east side in the city of Porto Velho - RO, for the data collection was applied a semi -
structured questionnaire with 08 multiple choice questions. It was found that all students
have physical education classes, it was found that there was a high rate of participation
in class and school children enjoy the physical education classes, it was noted that the
expectations of students is related to orientation activities physical and health
promotion, the main reasons why the students to practice the lessons is fun. It was
highlighted that the main activity is practiced in class futsal. It was observed that are
dissatisfied with the physical school. About the reasons that lead to non-participation
classes, found that activities offered, is the main motivator for non-participation classes,
if the activities do not motivate students consequently become boring classes. From the
results it is concluded that physical education is still the discipline that the students like
to practice, but every day the Physical Education classes are monatomic and with that
the students feel motivated to participate.
Keywords: Physical Education, Secondary Education, Students.
13
1 INTRODUÇÃO
Darido & Junior (2007) descrevem que no Brasil, a Educação Física recebeu
influencias da área médica, com ênfase nos discursos pautados na higiene, na saúde e na
eugenia, dos interesses militares e também, a partir do final da década de 1960, dos
grupos políticos dominantes, que viam no esporte um instrumento complementar de
ação. Nesse contexto, a Educação Física passou a ter a função de selecionar os mais
aptos para representar o país em diferentes competições.
Segundo Castellani Filho (2000) a Educação Física teve em sua origem no
contexto nacional um caráter biológico, com vistas a eugenia da raça para uma
sociedade sadia que atendesse às necessidades solicitadas, restrita à formação de
soldados e mulheres aptas à procriação de proles sadias.
A disciplina de Educação Física é responsável principalmente em conscientizar o
estudante através dos conteúdos, metodologia e experiências vividas por cada professor
e escolares da importância de viver com uma vida saudável e ativa melhorando assim
expectativas sobre a vida.
Darido & Junior (2007) dizem que a Educação Física, contudo, ao longo de sua
historia, priorizou os conteúdos numa dimensão quase que exclusivamente
procedimental, o saber fazer, e não o saber a cultura corporal ou o como se deve ser,
embora esta ultima categoria aparece na forma do currículo oculto.
Segundo Soler (2003) é dever da Educação Física Escolar garantir acesso de todos
os alunos às atividades propostas.
Barni & Schneider (2003) dizem que educação brasileira encontra-se neste
processo de evolução, de transformação, no sentido de rever qual é o seu papel e que
rumos deve seguir frente a esta sociedade globalizada e em constantes mudanças. O
conceito dos autores também pode ser traduzido nas aulas de Educação Física.
Sousa & Daniel (2010) afirmam que a prática da atividade física é importante para
a promoção da saúde dos indivíduos ao ser aplicado na escola, tal pratica vai alem desse
beneficio, pois é possível trabalhar os inúmeros aspectos relacionados ao
desenvolvimento, crescimento, características motoras, cultural corporal, questões de
sociabilidade afetividade, cooperação, aptidão física, formação do cidadão e outros.
14
Segundo Soares (1996) a Educação Física está na escola, é uma matéria de ensino
e sua presença traz uma adorável, uma benéfica e restauradora desordem naquela
instituição. Esta sua desordem é portadora de uma ordem interna que lhe é peculiar e
que pode criar, ou vir a criar outra ordem na escola.
Segundo Guerriero e Araújo apud Bernaldino (2007) a Educação Física Escolar
não está sendo desenvolvida de forma significativa com grande abordagem dos
conteúdos. Estes são resumidos à prática desportiva, principalmente aos esportes
coletivos como voleibol, basquetebol, handebol e futebol, limitando a produção de
conhecimento corporal e cultural do aluno.
Pretendeu-se com o proposto estudo verificar quais os principais fatores que
influenciam os escolares do Ensino Médio a não praticarem as aulas de Educação
Física.
2 HIPÓTESE
A disciplina de Educação Física é de fundamental importância na escola, pois
desperta nos escolares a necessidade de se obter um estilo de vida mais saudável,
através das diversas manifestações do movimento. A Educação Física na escola também
é responsável pela formação de um cidadão consciente e melhor, proporcionando a ele a
possibilidade de interação do bem estar físico, mental e social.
A hipótese desta pesquisa é que muitos dos escolares do Ensino Médio não
praticam as aulas de Educação Física.
3 JUSTIFICATIVA
Segundo Perfeito et al (2008) A Educação Física Escolar tem por finalidade
introduzir e integrar o aluno corporalmente e em movimento. Quando os alunos
encontrarem nestas aulas a satisfação deste aprendizado e transportarem esse
15
conhecimento para fora da escola, ter-se-á obtido o desejado sucesso. A Educação
Física na escola traz ao aluno uma base e conhecimento para se obter uma vida
saudável despertando no aluno aptidão física.
É importante verificar os motivos que influenciam os escolares do Ensino Médio a
não praticarem as aulas de Educação Física Escolar, pois os mesmos deixam de usufruir
de benefícios diversos como: Saúde física, mental e social promovidos pela prática das
aulas de Educação Física.
4 OBJETIVOS
4.1 OBJETIVO GERAL
Verificar os principais fatores que influenciam os escolares do Ensino
Médio a não praticarem as aulas de Educação Física.
4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Verificar a frequência de realização das aulas de Educação Física na
escola.
Verificar o gosto pelas as aulas de Educação Física.
Verificar as expectativas dos escolares em relação as aulas de
Educação Física.
Verificar os motivos da prática de Educação Física nas aulas.
Verificar o que necessita melhorar na Educação Física.
Diagnosticar as atividades mais frequentes nas aulas de Educação
Física.
Diagnosticar os motivos pela não participação dos escolares nas aulas
de Educação Física.
16
5 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
5.1 EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR
A Educação Física Escolar encontra e explorar através das diversas manifestações
do movimento a capacidade de desenvolvimento motriz e cognitivas que cada estudante
possui. É através da Educação Física que o estudante pode se conhecer fisicamente e
buscar seu melhoramento psico – social.
Para Betti & Zuliani (2002) a Educação Física deve assumir a responsabilidade de
formar um cidadão capaz de posicionar-se criticamente diante das novas formas da
cultura corporal do movimento – o esporte-espetáculo dos meios de comunicação, as
atividades de academia, as praticas alternativas.
Soares et al (1992) relata que sendo a Educação Física uma prática pedagógica,
podemos afirmar que ela surge de necessidades sociais concretas que, identificadas em
diferentes momentos históricos, dão origem a diferentes entendimentos do que dela
conhecemos.
Ainda Soares et al (1992) ressaltam que a Educação Física é uma prática
pedagógica que, no âmbito Escolar, tematiza formas de atividades expressivas corporais
como: jogos, esporte, dança, ginastica, formas estas que configuram uma área de
conhecimento que podemos chamar de cultura corporal. Podemos afirmar então que a
Educação Física Escolar é capaz de transformar e levar o aluno a se conhecer e se
descobrir fisicamente através das suas atribuições pedagógicas.
Soler (2003) comenta que o profissional de Educação Física Escolar deve passar
por um processo de formação, para que possa, conhecendo o assunto, incorporá-lo em
seu dia-a-dia, fazendo com que sua aula que já abarca tantas adversidade passe a
respeita-las. E tomando a questão da sociedade inclusive como a sua.
Soares et al (1992) nos revelam que as aulas de Educação Física nas escolas eram
ministradas por instrutores físicos do exércitos, que traziam para essas instituições os
rígidos métodos militares da disciplina e da hierarquia. Através disto, podemos então
dizer que, com a sua formação o professor de Educação Física é capaz de levar ao aluno
através de seus conhecimentos metodológico e pedagógico uma mentalidade crítica,
podendo assim experimentar novas experiências corporais.
17
Saviani (1984) diz que a Educação Física Escolar se legitima quando sua
identidade é formalizada, ou seja, quando a prática pedagógica tematiza elementos da
cultura corporal movimentos. E ainda, quando os conteúdos abordados são
contextualizados histórica e socialmente. Seria bom transformar o saber elaborado em
saber Escolar.
Soares et al (1992) ressaltam também, que a expectativa da Educação Física
Escolar, que tem como objeto a reflexão sobre a cultura corporal, contribui para a
afirmação dos interesses de classe das camadas populares, na medida em que
desenvolve uma reflexão pedagógica sobre valores como solidariedade substituindo
individualismo, cooperação confrontando a disputa, distribuição em confronto com
apropriação, sobretudo enfatizando a liberdade de expressão dos movimentos, a
emancipação, negando a dominação e submissão do homem pelo homem.
Soler (2003) nos revela que acredita muito na Educação Física Escolar como algo
que transforma pessoas, agora, sinto que é preciso haver também uma transformação na
sua pratica, pois a Educação Física que alguns insistem continuar praticando já não tem
mais espaço nas escolas. É chegada a hora de tentarmos, respeitando os vários olhares
convergi-los para quem realmente interessa: a criança. Através das afirmações acima,
podemos ressaltar que a Educação Física passa por um processo de mudança, devemos
fazer da Educação Física uma arma grandiosa para levar até os alunos um novo
horizonte, no que se refere a construção da cultura corporal, proporcionando aos
mesmos uma liberdade corporal para usufruir dos diversos benefícios que a Educação
Física os proporciona dentro da âmbito Escolar.
Segundo a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) a Lei 9394/96, Art. 26, § 3º a
Educação Física, integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curricular da
educação básica, ajustando-se às faixas etárias e às condições da população escolar,
sendo facultativa nos cursos noturnos.
Do ponto de vista de Oliveira apud Bernaldino (2005) a Educação Física Escolar
ao deixar de ser considerada por Lei (LDB 5.692/71), como atividades para ser
considerada por Lei (LDB 9.394/96), como componente curricular, assumindo um novo
papel no contexto educacional. Esse novo papel vem atender aos longos processos de
discussões e produções mais fortemente iniciados nos anos oitenta. Trata-se de um
papel pedagógico formativo e informativo de nossas crianças, jovens e adolescentes,
integrantes do processo educacional. Formativo no sentido de estar contribuindo com
aspectos relacionados ao desenvolvimento físico, social e psicológico e, informativo, no
18
sentido de estar contribuindo com os aspectos relacionados à transmissão e produção do
conhecimento vinculado ao objeto de estudo da área, o movimento humano.
Pellegrinotti (1993) afirma que a Educação Física ao longo do tempo no ensino
formal recebeu restrita atenção dos órgãos competente, pois a mesma era tida como
mera prática de atividades esportivas desvinculada de qualquer compromisso com a
filosofia da educação. O mais critico ainda era que seu responsável direto, o professor,
também a considerava assim.
De acordo com os autores a Educação Física era vista como apenas uma disciplina
que prepara o aluno a pratica de uma atividade física qualquer, a Educação Física, por
sua vez, é muito mais que apenas uma disciplina, ela é responsável através do seu objeto
de estudo que é o corpo humano, fazer com que o aluno tenha uma visão mais critica no
que se refere a sua saúde e ate mesma à sociedade como um todo, formando assim um
bom cidadão.
Segundo Soler (2003) a Educação Física Escolar deve abarcar todas as formas
dessa chamada cultura corporal, e incluir, nos seus conteúdos: jogos, esportes, danças,
ginásticas e lutas.
Soler (2003) ainda diz que a Educação Física tem como objeto de estudo o corpo
e o movimento, só que sem enxergar outros aspectos do ser humano, como cultura, o
social, o político, e o afetivo, ela ( Educação Física ) reduz todo o seu trabalho a um só
aspecto, fazendo com que o aspecto motor se tonasse extremamente pobre.
Godoy (1993) resalta que a Educação Física Escolar pode tornar-se mais
prazerosa se utilizarmos as atividades não escolares, como as brincadeiras de rua, nas
aulas de Educação Física. Podemos salientar que a Educação Física Escolar vem com o
passar dos anos se tornando uma Educação Física fraca, pobre, sem atrativos que não
trazem nada de diferente aos seus praticantes, podemos usar muitas formas para fazer a
Educação Física mais prazerosa e motivante, com brincadeiras de rua que são
verdadeiramente atrativas.
Segundo Martinelli et al (2006) a Educação Física é o espaço escolar que permite
ao aluno experimentar os movimentos, e por meio dessa experimentação, desenvolver
um conhecimento corporal e uma consciência dos motivos que os levam a prática
desses.
Daolio (1993) argumenta que podemos, portanto vislumbrar uma prática de
Educação Física Escolar que leve à transformação da realidade, permitindo ao homem
uma evolução em todos os aspectos. Porque o homem, mais do fruto, é agente da
19
cultura. Através disto podemos ressaltar que a Educação Física e a única disciplina no
âmbito escolar que proporciona aos escolares sonhos, diversão, evolução e aprendizado
através do movimento.
Soares et al (1992) dizem que é fundamental para essa perspectiva da prática
pedagógica da Educação Física o desenvolvimento da noção de historicidade da cultura
corporal. É preciso que o aluno entenda que o homem não nasceu pulando, saltando,
arremessando, balançando, jogando e etc. Todas essas atividades corporais foram
construídas em determinadas épocas históricas, como respostas a determinados
estímulos, desafios ou necessidades humanas.
Soler (2003) comenta que um dos objetivos da Educação Física Escolar é
propiciar às crianças a participação em diferentes atividades corporais, procurando
adotar atitudes de cooperação e solidariedade, sem discriminar os colegas pelo
desempenho ou por razoes sociais, físicas, sexuais ou culturais.
Segundo Daolio (1993) a Educação Física Escolar, se propõe educar os alunos
através dos seus corpos, deve estar atenta para a importância cultural da sua prática.
Está claro que a Educação Física é uma disciplina importante para o
desenvolvimento cognitivo, corporal e mental das crianças, é através dela que a criança
aprende a se socializar e conviver com diferenças humanas e sociais através do lúdico.
Soares et al (1992) afirmam que o ensino da Educação Física tem também um
sentido lúdico que busca instigar a criatividade humana à adoção de uma postura
produtiva e criadora de cultura, tanto no mundo do trabalho como no do lazer.
Pellegrinotti (1993) ainda comenta que a disciplina de Educação Física, dentro do
ambiente Escolar, necessita urgentemente assumir uma postura mais comprometida com
os conhecimentos que são gerados na área para transmiti-los à juventude, possibilitando,
assim, aos alunos liberdade para elaboração de trabalhos de vivências corporais.
Podemos afirmar que a Educação Física Escolar depende de seus colaboradores como,
por exemplo: professores, coordenadores e diretores para desenvolver métodos que
proporcionem aos escolares vivencias cotidianas de cultura corporais.
Segundo Soares et al (1992) na perspectiva da reflexão sobre a cultura corporal, a
dinâmica curricular, no âmbito da Educação Física, tem características bem
diferenciadas das tendência anterior. Busca desenvolver uma reflexão pedagógica sobre
o acervo de formas de representação do mundo que o homem tem produzido no decorrer
da historia exteriorizadas pela expressão corporal: jogos, danças, lutas, exercícios
ginásticos, esporte, malabarismo, contorcionismo, mimica e outros, que podem ser
20
identificados como formas de representação simbólica de realidades vividas pelo
homem, historicamente criadas e culturalmente desenvolvidas.
Darido (2003) descreve que a Educação Física deve proporcionar ao aluno
condições para que seu comportamento motor seja desenvolvido através da interação
entre o aumento da diversificação e a complexidade dos movimentos. Assim, o
principal objetivo da Educação Física é oferecer experiências de movimento adequadas
ao seu nível de crescimento e desenvolvimento, a fim de que a aprendizagem das
habilidades motoras seja alcançada. A criança deve aprender a se movimentar para
adaptar-se às demandas e exigências do cotidiano em termos de desafios motores.
Podemos afirmar então, que o movimento é um instrumento muito competente para
ensinar na Educação Física e a forma lúdica ensinando a criança em quanto ela brincar.
5.2 EDUCAÇÃO FÍSICA NO ENSINO MÉDIO
Segundo a LDB (1996) a Educação Física passou a ser um componente curricular
integrado ao processo educacional, e não mais uma atividade paralela dentro da
estrutura curricular da escola a disciplina, assim, obteve sua legalidade. Porém, ao longo
do processo histórico da área, estabeleceram-se paradigmas que até hoje impedem sua
legitimidade na escola.
Pellegrinotti (1993) afirma que a Educação Física no 2º grau terá o seu grande
espaço se o conteúdo vier de encontro com a intelectualização dos alunos nas questões
que afligem a nossa juventude e ao mesmo tempo passar informações que poderão
servir como direcionamento pelo resto da vida. Informações que os façam refletir sobre
o esporte. De acordo com o autor a Educação Física no Ensino Médio muda de aspecto
para que possa chamar a atenção dos escolares, deixando a forma lúdica para adentrar
na especificidade do desporto, a utilização dos ensinamento no decorrer de suas vidas.
Silva & Machado (2009) dizem que palavra “adolescência” é derivada do verbo
latino “adolescere” significando “crescer” ou “crescer até a maturidade”. É o período de
transição da dependência infantil para o mundo adulto. Percebemos então que a fase da
adolescência é a fase em que os escolares tende a conhecer novos horizontes e/ou ate
mesmos novas experiências no esporte e nas suas próprias vidas cotidianas , tendo
assim uma visão mais ampla dos fatos e do meio em que vivem.
Como refere-se Pestana (2012) que é importante ainda esclarecer e apontar estas
práticas corporais dentro de seus cotidianos, para que os alunos possam optar e
21
compreender os benefícios destas para suas vidas. No Ensino Médio o escolar está apto
para digerir qualquer informação levada ate ele, através do desporto a Educação Física
tenta levar aos escolares uma nova visão do desporto que começa a volta-se para saúde,
não somente ao esporte em si e sim dos benefícios que o esporte proporciona as suas
vidas cotidianas.
Para Piaget (1977) o adolescente apresenta o desenvolvimento moral, através de
períodos que se dão paralelamente ao desenvolvimento cognitivo, partindo de uma
anomia (não existem regras, ou normas, o comportamento é egocêntrico e anárquico);
passando por uma heteronímia (quando há um respeito ás regras ditadas pelas figuras de
autoridade, predomina o respeito unilateral, o realismo moral quando julgam as ações
pelos seus efeitos e não pelas suas causas, sem considerar as intenções, e a
responsabilidade objetiva quando a quantidade do prejuízo ou gravidade da mentira
determina à gravidade da ação), até chegar à autonomia (quando há respeito mutuo
capacidade de cooperação, de sentimentos de reciprocidade e responsabilidade
subjetiva).
Para Correia (1996) o adolescente possui algumas características em seu processo
de desenvolvimento que aponta para a necessidade de uma disciplina como a Educação
Física. No que diz respeito as transformações do ponto de vista físico, após o estirão da
adolescência, o adolescente apresenta um crescimento acelerado principalmente em
relação aos membros inferiores e superiores em comparação ao tronco, o que implica
em uma necessidade de vivenciar experiências motoras, no sentido de proporcionar a
exploração e a reorganização deste “novo” corpo e destas “novas” possibilidades de
movimento.
A Educação Física Escolar possibilita ao seu praticante, o direito de desprender-se
das sobrecargas físicas e emocionais, adquiridas durante o dia, proporcionando-lhe a
sensação de bem-estar tanto físico quanto emocional, ofertando-lhe também, com isso o
benefício de um aprendizado menos árduo e mais eficaz, diminuindo assim as barreiras
existentes no processo de ensino-aprendizagem (RISCIK, 2009). Podemos afirma que é
na adolescência que começa a questão dos estereótipos, é nesse momento que o
adolescente começa a se preocupar o corpo esteticamente, onde eles procuram novas
vivencias corporais com as academias por exemplo.
Destaca-se que a Educação Física passa a ter a finalidade de integrar e introduzir o
escolar do Ensino Fundamental e Médio no mundo da cultura física, formando o
22
cidadão que vai usufruir, partilhar, produzir, reproduzir e transformar as formas
culturais da atividade física :o jogo, o esporte, a dança, a ginástica (BETTI, 1991).
Barni & Schneider (2003) relatam que com a nova LDB, que regulamenta a
educação brasileira, a Educação Física, como parte integrante desta educação, também
está passando por um processo de repensar qual o seu papel dentro da escola, frente às
mudanças que esta Lei trouxe para ela.
Ainda Barni & Schneider (2003) revelam que a Educação Física, pouco a pouco,
tem buscado o seu lugar ao sol dentro da escola, como uma fonte de conhecimento
necessário para a construção de um novo cidadão, mais completo, mais integrado e
consciente de seu papel na sociedade a qual pertence. A Educação Física abrange
atividades pedagógicas, tendo como tema o movimento corporal e que toma lugar na
instituição educacional. No seu sentido “amplo” tem sido utilizado para designar,
inadequadamente a meu ver, todas as manifestações culturais ligadas a ludo motricidade
humana, que, no seu conjunto, parecem - me melhor abarcadas por termos como cultura
corporal ou cultura de movimento ( BRACHT, 1992 ).
Pellegrinotti (1993) ressalta a atuação da Educação Física no 2º grau, com a
consciência de que a escola é uma instituição social e compreendendo tudo o que se
passa dentro do universo em que ela está inserida, recebe e transmite influencias, o
compromisso da disciplina será de esclarecer os valores da prática esportiva e a ciência
que envolve as distintas formas de atividades corporais. Podemos ressaltar que a
Educação Física ganha uma nova cara, a cada dia a Educação Física procura
proporcionar os seus praticantes a visão da saúde em primeiro lugar e não somente
praticar por praticar.
Segundo Darido et al (1999) a Educação Física no 2º grau deve proporcionar ao
aluno conhecimento sobre cultura corporal de movimentos, que implicam compreensão,
reflexão, análise crítica, etc. A aquisição de tal corpo de conhecimentos deverá ocorrer
em relação as vivências das atividades corporais com objetivos vinculados ao lazer,
saúde/bem estar e expressão de sentimentos. Este objetivo precisa ser garantido a todos
os alunos, pois permitirá uma plena autonomia no usufruto das formas culturais do
movimento.
A Educação Física nos últimos anos tem sido colocada na grade curricular muitas
das vezes apenas como um intervalo e/ou como preenchimento de espaço na grade
curricular da escola. O que podemos notar que cada dia os escolares tem na aula de
Educação Física como um período de lazer somente.
23
Pellegrinotti (1993) diz, que a dimensão do esporte no 2º grau deverá ir muito
além de sua prática simplesmente. É dever do profissional de Educação Física formar
atitudes e conhecimentos do esporte como elemento indispensável para seu estado de
ócio. Apresentar, através de uma visão humanitária as práxis de pessoas comprometidas
com o esporte, mas que nada demostram comportamentos diferenciados entre sua vida
social e vida esportiva. Explicando, assim, o descompromisso com o esporte como
elemento educativo e comprometido com a sociedade do seu tempo.
Pellegrinotti (1993) continua dizendo que a Educação Física no 2º grau deveria
ate mesmo discutir os nomes dos campeonatos que andam por ai, tais como: “Torneio
da morte”, onde a própria equipe encara seu adversário como inimigo. Poderiam ser
discutidos procedimentos de dirigentes esportivos, propiciar a formação de elementos
que integrarão o mundo dos esportes como conhecimento dos compromissos sociais que
o esporte possui, e que a sua utilidade como fator de saúde seja usada com consciência
de seus valores biológicos e psicológicos na corporeidade da pessoa humana. Como já
foi dita a responsabilidade da Educação Física no Ensino Médio é igual que a Educação
Física Fundamental, a diferença é a forma com que cada uma delas expõe seus
conteúdos, a Educação Física no Ensino Médio procura prepara o escolar para a vida
fora da escola, por sua vez, preparando o aluno através da cooperação, amizade,
liberdade.
Considerando a capacidade dos escolares do Ensino Médio de apresentar e lidar
com uma quantidade e complexidade maior de informações, bem como a necessidade
inerente a esta faixa etária de envolver-se com atividades esportivas não escolares e
trazer experiências para dentro do grupo de classe, acredita-se que seja tarefa da
Educação Física garantir o acesso dos alunos às práticas da cultura corporal, tendo o
aluno convivido com elas ou não (PESTANA, 2012).
Para Martinelli et al (2006) é comum nas aulas de Educação Física no Ensino
Médio, ocorrer um impasse entre professores que querem desenvolver o conteúdo
programando e os alunos, que querem apenas jogar. Este fato tem origem em etapas
escolares anteriores, optando por transformar as aulas de Educação Física em espaços
de recreação e lazer, já que na sala de aula a responsabilidade aumenta. Podemos
finalizar dizendo que a Educação Física no Ensino Médio é muito mais que jogar bola,
o principal objetivo da Educação Física é a promoção da saúde, o professor, por sua vez,
desde o inicio é o principal responsável pela informação direcionada aos escolares, o
professor, por sua vez, é o único dentro da escola que está diretamente em contato com
24
os escolares, através da sua metodologia, pedagogia e experiência mudar essa forma de
pensar dos mesmos.
5.3 DESMOTIVAÇÃO NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA
Segundo Franchin e Barreto (2006) do ponto de vista pedagógico, a motivação
significa fornecer um motivo, ou seja, estimular o aluno a ter vontade de aprender. E
uma das condições indispensáveis para o aluno aprender é o seu nível motivacional, que
pode depender muito do professor.
Ao entrarem no Ensino Médio os escolares já passaram por diversas
manifestações do movimento e estes escolares muitas das vezes desejam experimentar
atividades diferentes. Para que se motive o aluno o professor também tem que estar
motivado,sendo assim para que as aulas de Educação Física ocorra de forma prazerosa
tanto o aluno quanto professor devem estar munidos de um mesmo sentimento. Centra-
se no professor a tarefa de se tornar um grande agente motivador, pois a dúvida pelo
caminho a seguir e os constantes avanços da tecnologia e do conhecimento universal
tornam-se tentações para esses adolescentes, tão confusos e insaciáveis (CHICATI,
2008).
Ainda Chicati (2008) para o professor de Educação Física esse trabalho será ainda
maior porque os seus conteúdos necessitam de maior motivação, e nem sempre os
alunos se encontram prontos para algum tipo de atividade física. Pode-se ressaltar
também que o escolar trata a disciplina de Educação Física como uma disciplina
importante para a sua qualidade de vida, mas a ver como fundamental para sua vida
futura profissional (LIMA, 2012).
É de suma importância que o professor de Educação Física tenha em mente que é
um importante motivador, pois o que se ver são muitos profissionais desmotivados,
inseguros e ate mesmo depreciador da Educação Física Escolar. O professor é inerente a
todos esse obstáculos, mas pelo outra visão de transformador de atitudes o professor é e
sempre vai ser um idealizador de sonhos.
Silva (2012) argumenta que nos dias atuais levando a motivação para a escola
percebe-se que os escolares tem sim que estarem motivados nos estudos, pois como a
definição de motivação diz, eles têm que ter metas e por isso o seu estudo só vai ter
validade se eles tiverem um objetivo para o seu futuro.
25
Guimarães & Boruchovitch (2004) descrevem que a motivação é a base para o
conhecimento, integridade psicológica e coesão social, além de ser uma busca de novos
desafios na obtenção e exercício das capacidades, referente ao envolvimento em uma
atividade considerando-a interessante e satisfatória.
De acordo com os autores a motivação para as aulas de Educação Física não está
somente ligada aos escolares, mas também está interligada com os desafios do professor
de chamar a atenção e a desenvolver atividades que levam a curiosidade dos escolares,
promovendo assim a interação dos mesmos com o professor.
Hanauer (2013) afirma que as aulas de Educação Física devem dar oportunidade a
todos os alunos, e não somente aos mais habilidosos possibilitando que ocorra uma
maior motivação e interesse em participar das aulas.
Almeida & Cauduro (2007) dizem que muitas atitudes dos alunos, em relação aos
métodos adotados para se trabalhar durante a aula, refletem a atuação do professor. Em
suas falas é visível certa passividade em suas atitudes, suas tarefas parecem ser,
basicamente, ouvir o professor e fazer o que ele determina, porém visualizam-se alguns
sinais de "desencantamento" provocado pelo conhecimento da situação em que se
encontra a Educação Física. As aulas de Educação Física não são tão motivadoras no
Ensino Médio, pois os escolares vêm tendo sempre os mesmos conteúdos desde o
Ensino Fundamental, sendo o desporto o mais ministrado (CHICATI, 2000).
Santos (2007) também diz que a Educação Física vem sofrendo com a evasão em
suas aulas pelos alunos, pois o seu conteúdo não vem de encontro com a expectativas
deles. A proposta de esporte no Ensino Médio não lhes proporcionam interesses, por ser
conteúdos já trabalhados em anos anteriores, no Ensino Fundamental.
Com o passar dos anos a Educação Física passou por muitas mudanças,
infelizmente a Educação Física no Brasil tem sofrido com a desvalorização dos
professores e ate mesmo com a própria desvalorização da disciplina da Educação Física.
Segundo Chicati (2000) na Educação Física, se o professor possuir muita
habilidade em ministrar seus conteúdos de forma a fazer com que o aluno se interesse, a
aprendizagem dos conteúdos será mais fácil e intensa. O relacionamento entre
professores e alunos também é diferente entre a Educação Física e as demais disciplinas,
percebe-se uma aproximação maior entre os alunos e os professores, uma relação de
amigos o que é difícil perceber em outras disciplinas (HANAUER, 2013). Podemos
perceber nas afirmações dos autores acima que o professor tem uma participação
grandiosa e fundamental na motivação e na interação dos escolares.
26
Para que a aula de Educação Física tenha uma percepção maior dos alunos, o
professor, por sua vez, tem que adaptar e se auto reinventar em relação à dinâmica e aos
conteúdos das aulas, é de suma importância fazer com que o aluno após o final da aula
tenha um gostinho de “quero mais” para que traga ao mesmo o desejo e a ansiedade de
usufruir das próximas aulas.
Por outro lado Hanauer (2013) enfatiza que as aulas de Educação Física na escola
estão entre um dos poucos momentos que os alunos possuem para trabalhar seu corpo,
as dificuldades em termos de coordenação, agilidade, aspectos afetivas e outros são
visíveis em muitos alunos devido a falta da prática de atividades físicas regulares.
Muitos alunos demonstram desinteresse em participar das aulas de Educação Física na
escola permanecendo quase sempre sentados assistindo as aulas.
Hanauer (2013) ainda afirma que o professor de Educação Física Escolar deve
manter-se atualizado e possuir bom conhecimento em sua área de atuação,
proporcionando atividades que educam, desenvolvam o corpo e que motivam os alunos,
para que a participação seja constante. Através disto podemos dizer que o escolar é
motivado também pelo professor de Educação Física, sendo o mesmo uma ponte de
ligação entre o conhecimento e o prazer, proporcionado pelas aulas de Educação Física
escolar.
Martinelli et al (2006) confirmam dizendo que o professor de Educação Física
possui papel fundamental na motivação ou desmotivação dos alunos, pois a
metodologia utilizada para desenvolvimento das aulas, o relacionamento aluno-
professor e o conteúdo por ele apresentado também influenciam na participação ou não
nas aulas de Educação Física Escolar.
Para Chicati (2000) a motivação não se demonstra na mesma intensidade em todas
as pessoas, pois temos interesses diferenciados. Sendo assim, o professor deve estar
consciente da busca por conteúdos diversificados e motivantes, para que se consiga
atender aos interesses contidos nas turmas, fazendo com que essa falta de previsão que a
motivação manifesta, não venha lhe causar dúvidas no que diz respeito à motivação de
seus alunos.
Já para Masseru (2010) a desmotivação evidenciada nas aulas de educação física
no Ensino Médio pode ser atribuída a vários fatores, dentre eles a falta de materiais e
instalações adequadas para a realização da aula e a carência de profissionais
capacitados. Concordamos que a desmotivação dos escolares nas aulas de Educação
27
Física é proveniente de vários aspectos, podemos citar também como desmotivador o
próprio escolar que muitas das vezes não se interessa pela Educação Física.
Outro problema que a Educação Física Escolar sofre e que também desmotiva
muitos escolares é o conhecido Bullying, que nos dias de hoje vem crescendo
universalmente e desenfreadamente dentro das escolas. Muitos escolares deixam de
praticar as aulas de Educação Física devido ao medo dos colegas, por não ter uma boa
habilidade esportiva necessária para a realização das aulas de Educação Física.
Junior & Silva (2008) ressaltam que entre as diversas formas de violência, a que
acontece no interior do ambiente Escolar tem sido investigada exaustivamente nas
ultimas três décadas. Trata-se da compreensão de fenômenos de agressividades entre
pares no contexto Escolar, o Bullying.
Podemos afirma que são diversos fatores que desmotivam a prática da Educação
Física, não está somente nas mãos dos professores tentarem resolver os problemas da
Educação Física, é dever de todos, no âmbito escolar lutarem para que a Educação
Física não morra.
6 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
6.1 CARACTERIZAÇÃO DO ESTUDO
Foi realizada uma pesquisa qualitativa do tipo descritiva. Dantas & Cavalcante
(2006) acreditam que a pesquisa qualitativa tem caráter exploratório, isto é, estimula os
entrevistados a pensarem livremente sobre algum tema, objeto ou conceito, mostra
aspectos subjetivos e atingem motivações não explícitas, ou mesmo conscientes, de
maneira espontânea. É utilizada quando se busca percepções e entendimento sobre a
natureza geral de uma questão, abrindo espaço para a interpretação. Segundo Gil (2008)
as pesquisas descritivas possuem como objetivo a descrição das características de uma
população, fenômeno ou de uma experiência.
28
6.2 AMOSTRA
Nesta pesquisa a amostra estudada foi composta por 100 escolares do Ensino
Médio, devidamente matriculados em uma escola da rede pública situada na zona leste
no Município de Porto Velho – RO. Sendo que no município de Porto Velho - RO
existem 31 (trinta e uma) escolas da rede pública com Ensino Médio regular.
6.3 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
Para a coleta de dados foi aplicado um questionário semiestruturado com 08
questões de múltipla escolha.
Segundo Negrine (1999) questionário semiestruturado é quando o instrumento de
coleta está pensado para obter informações de questões concretas, previamente
definidas pelo pesquisador, e, ao mesmo tempo, permite que se realizem explorações
não previstas, oferecendo liberdade ao entrevistado para dissertar sobre o tema ou
abordar aspectos que sejam relevantes sobre o que pensa.
6.4 ANÁLISE ESTATÍSTICA
Os dados foram analisados através do Programa Excel 2007.
29
7 RESULTADOS E DISCUSSÃO
A Tabela 1 mostra a caracterização da amostra relativo ás séries, gênero e número
de escolares entrevistados.
Tabela 1: Distribuição detalhada dos escolares por Séries e Gêneros.
DISTRIBUIÇÃO DOS ALUNOS POR SÉRIES E POR GÊNEROS
SÉRIES GÊNEROS NÚMEROS
1º ANO Masculino 16
Feminino 12
2º ANO Masculino 23
Feminino 28
3º ANO Masculino 08
Feminino 13
TOTAL DOS GÊNEROS Masculino 47
Feminino 53
TOTAL GERAL 100 escolares
Os escolares ao serem questionados se tinham aula de Educação Física
responderam positivamente, mostrando que 100% dos escolares tinham aula de
Educação Física na sua escola.
Segundo a (LDB), no seu Artigo 26º § 3º Diz que: “A Educação Física, integrada
à proposta pedagógica da Escola, é componente curricular obrigatório da Educação
Básica, ajustando-se às faixas etárias e às condições da população escolar, sendo
facultativa nos cursos noturnos”. E, quando se refere a Educação de Jovens e Adultos,
não faz referencia a este componente no segmento da educação.
A Educação Física é importante na grade curricular da escola, pois leva aos
escolares o bem estar físico, mental e social, tornando os mesmos bons cidadãos.
Observamos que todos os alunos possuem aulas de Educação Física, portanto basta o
professor fazer com que todos participem das aulas.
O gráfico 1, mostra, que os escolares quando questionados se gostam das aulas de
Educação Física, 85% disseram que “sim”, e 15% responderam que “não” gostam.
30
Gráfico 1: Gosto pelas aulas de Educação Física.
Hanauer (2013) diz que as aulas de Educação Física Escolar são citadas quase que
sem exceções por praticamente todos os alunos como a disciplina que mais gostam
dentre as demais, é talvez a única que possibilita uma integração social e afetiva tão
grande e relevante entre os alunos.
Ainda Hanauer (2013) também é nas aulas de Educação Física que os alunos
convivem frente a frente com a realidade social, pois é nessa aula que os mesmos têm
de aprender a respeitar as regras, saber vencer, saber perder, cumprir horários, respeitar
companheiros e adversários, vencer seus próprios limites como o medo, vergonha,
timidez.
Esta claro que as aulas de Educação Física Escolar proporcionam aos praticantes
através das suas diversas manifestações, informações corporais, psico social, para ser
utilizada pelo o escolar dentro e fora da escola.
Verificamos que dos 85% dos escolares que gostam das aulas de Educação Física,
os motivos são por: “gosto das atividades” (70%), “gosto do professor” (4%) e “outros
motivos” (11%), entre eles “gosto de jogar ping-pong, gosto de jogar damas e para não
fazer nada”.
Ao analisarmos os motivos dos 15% dos escolares não gostarem das aulas de
Educação Física, verificamos que 9% não gostam das atividades, 2% não gostam do
professor e 4% acham que tem pouco tempo de aula.
Segundo Balbé (2008) o aluno deve sentir prazer no que está fazendo e também
deve estar consciente que tudo o que está sendo realizado é para seu bem e não por ser
uma simples disciplina da escola. É necessário que conheçam os conceitos relacionados
31
à saúde e atividade física para que adquiram e desenvolvam habilidades para iniciar a
prática de exercícios regulares.
É notável a importância de se praticar as atividades propostas pelo professor nas
aulas de Educação Física, como também diversificar as atividades para as aulas não se
tornarem repetitivas e tampouco chatas, fazendo isso, podemos afirmar que a
desmotivação nas aulas com certeza diminuirá, tornando as aulas mais prazerosas e
interessantes.
Gráfico 2: Expectativa dos escolares em relação as aulas de Educação Física.
O gráfico 2, demonstra o que os escolares esperam das aulas de Educação Física.
Verificamos que 40% esperam que o professor os oriente a praticarem atividade física,
29% dos escolares esperam que o professor os oriente a terem uma vida saudável, 14%
esperam que as aulas de Educação Física os preparem para os jogos escolares de
Rondônia (JOER), 10% dos mesmos responderam que esperam que a Educação Física
os oriente sobre diversas manifestações corporais, 4% dos alunos esperam que o
professor os oriente sobre a importância da interação social, e apenas 2% dos alunos
esperam “outros motivos” como: diversão, lazer e tempo para conversar com os colegas.
Machado & Loureiro (2009) explicam que a relação entre atividade física e saúde
vem a ser um dos principais motivos para a participação destes alunos nas aulas de
Educação Física, uma vez que, eles terão mais informações para mudanças de atitudes
32
consigo mesmos e com a família, proporcionando-lhes autonomia em relação às práticas
de promoção e manutenção da saúde.
Podemos afirmar que atividade física é um dos vários instrumentos que o
professor de Educação Física possui para orientar os seus alunos da melhor forma
possível da importância de promoção da saúde no âmbito Escolar, para que o aluno ao
terminar o Ensino Médio possa continuar praticando atividades físicas.
Relacionado a participação dos escolares nas aulas de Educação Física, obtivemos
respostas bastante positivas, 89% participam das aulas de Educação Física, e 11% dos
escolares não participam.
Correia (1996) alerta que um planejamento participativo aumenta a participação e
motivação dos alunos nas atividades, proporcionando a valorização da Educação Física
dentro da escola e possibilitando a expressão dos alunos, face ao caráter participativo da
proposta.
Está claro que a participação dos escolares nas aulas de Educação Física, está
ligada a motivação dos mesmos, sendo assim o professor é o responsável direto por
motivar os escolares, através das atividades, do seu conhecimento, conteúdos e outros.
No gráfico 3, verificamos os motivos que levam os escolares a praticarem as aulas
de Educação Física.
Gráfico 3: Motivos da prática de Educação Física nas aulas.
33
Constatou-se que referente aos motivos que levam os escolares a praticarem as
aulas de Educação Física, prevaleceu a resposta “diversão’’ com 33%, em seguida
“atividades” com 20% das respostas, seguido de “cuidado com o corpo” e “interação
com colegas” ambos com 13%, depois a “saúde” com 12% e por último “outros” com
10% (jogo de ping-pong, xadrez e damas).
Segundo Frey (2007) a Educação Física é vista pelos alunos ao mesmo tempo
como “obrigação e diversão”, os próprios alunos relatam que a participação nas aulas é
voluntária.
Perfeito et al (2008) diz que os escolares se motivam nas aulas de Educação Física
pela saúde, pelo que a atividade física proporciona, pela diversão às aulas, isso os
levam a acreditar que essas aulas são importantes na vida escolar.
Podemos afirmar que os escolares, tende a enxergar as aulas de Educação Física
como um instrumento Escolar que lhes proporciona diversão. As aulas de Educação
Física, por sua vez, são muito mais que diversão, é por meio das atividades promovidas
pelo professor que se pode receber informações que o aluno levará para o sua vida
cotidiana como a saúde, a interação social, cuidados com o corpo e etc. Fica claro então
que a Educação Física é responsável direto por levar experiências corporal diversas aos
escolares no âmbito escolar.
Gráfico 4: O que necessita melhorar na Educação Física.
De acordo com o gráfico 4, os escolares acreditam que o “ espaço físico” e “mais
tempo de aula” ambas com 26% devem melhorar nas aulas, seguido de “conteúdos”
34
com 18%, em seguida “ os professores” e “interesse dos alunos” com 12% ambas e
“metodologia” com 6% das respostas.
Almeida et al (2013) relatam que a Educação Física permanece com dificuldades
quanto ao espaço físico. As estruturas não foram adequadas às novas necessidades,
dificultando a execução das aulas com qualidade mediante a uma turma de
aproximadamente sessenta alunos.
Podemos afirmar, que no Brasil as escolas públicas passam por dificuldades em
proporcionar aos escolares espaço físico e tempo de aula apropriado para realização das
aulas, as vezes sem funcionários as escolas deixam a única quadra existente suja ou até
mesmo devido ao número excessivo de escolares, colocam 3 turmas para praticar as
aulas de Educação Física juntas, provenientes a isto uma grande porcentagem de
escolares se desmotivam em praticar as aulas .
Gráfico 5: Atividades frequentes nas aulas de Educação Física.
Segundo o gráfico 5, ao se questionar sobre quais as atividades os escolares
praticam com frequência nas aulas de Educação Física, verificamos que 57% dos alunos
praticam “futsal” e 36% dos alunos praticam “voleibol” e no item “outros” 4% das dos
escolares disseram praticar ping-pong, xadrez e damas. Os outros esportes como
“handebol”, “basquetebol” e “ginástica” não foram citados.
Facco (1999) esclarece que o desporto é o conteúdo mais desenvolvido nas
escolas e o preferido dos alunos, desde a 5ª série do Ensino Fundamental até a 1ª série
do Ensino Médio.
35
O futsal é conteúdo da cultura corporal nacional, ou seja, faz parte em boa parte
do país da cultura de prática de esportes, possui sua importância dentro da Educação
Física Escolar (CARDOSO FILHO, 2013).
Já Marzinek (2004) ressalta que baseado nos desportos coletivos: voleibol,
futebol, basquetebol e handebol, os alunos que realmente gostam das aulas chegam
extremamente motivados, com as equipes escolhidas por eles mesmos para jogar o
desporto preferido. Por outro lado, existem aqueles que nem participam das aulas,
sempre inventando desculpas para o professor da disciplina.
Está claro que nas aulas de Educação Física o maior número de praticantes
preferem “jogar bola”, mas o professor não pode ser conivente com essa situação, e é
dever do professor expor aos alunos a importâncias das outras modalidades esportivas e
outras atividades que venha trazer melhorias na saúde, prazer e bem estar ao praticante.
Gráfico 6: Motivos pela não participação dos escolares nas aulas de Educação
Física.
De acordo com o gráfico 6, 30% dos escolares responderam que não gostam das
aulas de Educação Física porque “não gostam das atividades”, seguido de 24% porque
“as aulas são chatas”, com 16% das respostas estão “os meninos são agressivos e
outros” (devido ao horário, não sabe jogar nada e não gosta de suar), logo após com 8%
está “o professor não fica na aula” e por último “problemas de saúde” com 5%.
36
De acordo com Jacó (2012) considerando-se que participar da aula é interagir com
as atividades propostas e com as demais pessoas da turma, é necessário ser atuante, se
apropriar do que acontece naquele tempo e espaço.
Nesse sentido, Oliveira (2004) ressalta que o professor de Educação Física insiste
em proporcionar “atividades” que são práticas desprovidas de planejamento, e sem
sentido para a vida dos escolares.
Podemos afirmar então, que se o escolar não tiver uma determinada interação e
atração com conteúdos propostos pelo professor, logo não irá gostar das atividades e
sem sombra de dúvidas acharão as aulas chatas e se desmotivarão cada vez mais para
participar das aulas de Educação Física Escolar.
37
8 CONCLUSÃO
Concluímos que a Educação Física vem passando por mudanças no âmbito
escolar. Diagnosticamos que todos os escolares pesquisados possuem aulas de Educação
Física na escola, quanto à participação nas aulas teve resultados bastante positivos e os
escolares alegaram que gostam das atividades proporcionadas pelo professor. No que se
refere às expectativas dos escolares nas aulas de Educação Física, eles disseram que
almejam aulas que tragam orientação da importância das práticas de atividades físicas.
O principal motivo que leva os escolares a praticarem as aulas de Educação Física
é a diversão, assim salientamos que a Educação Física na escola, não só proporciona
diversão, mas também promove ao praticante bem estar físico, mental e social, levando
essas experiências para o sua vida cotidiana.
Quanto ao espaço físico para a promoção das aulas, na opinião dos escolares é o
principal fator que precisa melhorar na escola. Verificamos que o futsal é a atividade
mais frequente nas aulas de Educação Física.
Os motivos que levam os escolares a não participarem das aulas de Educação
Física e por não gostarem das atividades proporcionadas, através disto, afirmam que as
aulas se tornam “chatas”.
A Educação Física é uma disciplina que se utiliza de diversos componentes físicos
e movimentos como os desportos para levar aos escolares experiências e consciência da
importância dos cuidados com a saúde dentro e fora do ambiente escolar.
Através disto, podemos concluir que as aulas de Educação Física ainda
proporcionam aos escolares desejos e interesses que os levam a participar das aulas, mas
a Educação Física não é somente a prática de atividade física, ela é também responsável
pela promoção da saúde. O futsal deve ser utilizado como uma ferramenta da Educação
Física e não como o único exercício proporcionado nas aulas, perante isto, assim como
para aos que praticam é o principal fator pela participação nas aulas, é também o fator
limitante da não participação nas aulas.
Recomendamos para que nós professores atentemos para a necessidade de
diversificação das atividades propostas, possibilitando cada vez mais a motivação dos
nossos alunos na participação das aulas.
38
9 REFERÊNCIAS
ALMEIDA, S. G. ET AL. O Professor de Educação Física no Espaço/ Tempo da
Escola. Disponível em: http //www.cbce.org.br/cd/resumos/200.pdf, acesso: 17 de
março de 2013
ALMEIDA, P. C. E CAUDURO, M. T. Desinteresse Pela Educação Física no Ensino
Médio. Revista Digital - Buenos Aires - Año 11 - N° 106 - Marzo de 2007. Disponivel
em http://www.efdeportes.com/. Acesso em 27 de julho de 2012.
BALBÉ, G. P. Educação Física Escolar: Aspectos Motivadores, Revista digital,
Buenos Aires - Año 13 - N° 124 - Setiembre de 2008, Disponível em:http://
//www.efdeportes.com/. Acesso 18 de março de 2013.
BARNI, M.J E SCHNEIDER, E. J. Educação Física no Ensino Médio, 2003.
Disponível em: <www.icpg.com.br> Acesso em: 28 de outubro de 2012.
BERNALDINO, E.S. Ressignificação das Práticas de Educação Física Escolar no
Ensino Médio e EJA. Projeto de Pesquisa, Porto Velho, 2007.
BETTI, M. E ZULIANI L. R. Educação Física Escolar: Uma Proposta de Diretrizes
Pedagógicas. Disponível em:
<http://www.mackenzie.br/fileadmin/Graduacao/CCBS/Cursos/Educacao_Fisica/REM
EFE-1-1-2002/art6_edfis1n1.pdf>. Acesso em: 04 de agosto de 2012
BETTI, M. Ensino de primeiro e segundo graus. Educação física para que? Revista
Brasileira de Ciências do Esporte. Campinas: Vol (13), nº2, 1991.
BETTI, M. Ensino de Primeiro e Segundo Graus: Educação Física para quê?
Revista Brasileira de Ciências do Esporte, v.3, n.2, p.282-7, 1992.
BRACHT,V. Educação Física e Aprendizagem Social, Porto Alegre, Magister, 1992.
CARDOSO FILHO, R. C. O Futsal Como Tema na Educação Física Escolar, artigo
científico, Disponível em: >
http.//www.fefiso.edu.br/grupoestudo/orientacoes_pdf/32.pdf. Acesso: 17 de março de
2013.
CASTELLANI FILHO, L. Educação Física no Brasil: a historia que não se conta. 6.
Ed. Campinas: Papirus, 2000. 225p.
CHICATI, K. C. Motivação nas Aulas de Educação Física no Ensino Médio. Revista
da Educação Física/UEM. Maringá, v.11, n.1, 2000.
CHICATI, K. C. Motivação nas Aulas de Educação Física no Ensino Médio. Revista
da Educação Física/UEM, 2008 Disponível em:
39
<http://www.eduemojs.uem.br/ojs/index.php/RevEducFis/article/.../3799/2611. Acesso
16 de gosto de 2012.
CORREIA, W. R. Educação Física no ensino médio: questões impertinentes. São
Paulo: Plêiade, 2009.
CORREIA, W.R, Planejamento Participativo e o Ensino de Educação Física no 2o.
Grau. Rev. paul. Educ. Fís., São Paulo, supl.2, p.43-48, 1996.
DANTAS, M. E CAVALCANTE, V. Pesquisa Qualitativa e Pesquisa Quantitativa.
Trabalho Acadêmico, Recife, 2006.
DAOLIO, J; PICCOLO, V.N (ORG). Educação Física Escolar: Ser ou Não Ter? 2ª
edição. Ed Unicamp, Campinas-SP, p.54-55, 1993.
DARIDO, S. C ET AL: Educação Física no Ensino Médio: Reflexões e Ações. Artigo
Cientifico, Motriz, Volume 5, Número 2, Dezembro/1999.
DARIDO, S. C. Educação Física na Escola: Questões e Reflexões. Ed. Guanabara
Koogan S.A, Rio de Janeiro – RJ. p.5, 2003.
DARIDO, S.C E JUNIOR, O. M. DE S. Para Ensinar Educação Física: Possibilidade
de Intervenção na Escola, Campinas, SP. Papirus, p.13 e 16, 2007.
FACCO, M. T. A Educação Física na Escola: A Perspectiva de Alunos de 5ª a 8ª Séries
do Ensino Fundamental. Monografia. Bauru, UNESP, 1999.
FRANCHIN, F. E BARRETO, S. M. G. Motivação nas Aulas de Educação Física:
um Enfoque no Ensino Médio. I Seminário de Estudos em Educação Física Escolar,
CEEFE/UFSCar, São Carlos, 2006.
FREY, M. C. A Educação Física no Ensino Médio. A Opinião dos Alunos Sobre as
Aulas. Revista Digital - Buenos Aires - Año 12 - N° 113 - Octubre de 2007, Disponível
em: http://www.efdeportes.com. Acesso em : 16 de março de 2013.
GIL, A. C. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
GODOY, J. F. R DE; PICCOLO, V.N (ORG). Educação Física Escolar: Ser ou Não
Ter? 2ª edição. Ed. Unicamp, Campinas-SP, p.42, 1993.
GUIMARÃES, S. É. R. E BORUCHOVITCH. E. O Estilo Motivacional do Professor
e a Motivação Intrínseca dos Estudantes: Uma Perspectiva da Teoria da
Autodeterminação, Trabalho de Tese para Doutorado, UNICAMP Psicologia:
Reflexão e Crítica, 2004, 17(2), p.143-150.
HANAUER, F. C. Fatores que Influenciam na Motivação dos Alunos para
Participar das Aulas de Educação Física, Artigo Cientifico. Disponivel em:
<http://www.seifai.edu.br/artigos/Fernando-MotivacaonasaulasdeEdFisica.pdf: Acesso
12 de fevereiro de 2013.
40
JUNIOR, A. J. R , SILVA, E. O. DA E FONTOURA, P. (ORG). Coleção Pesquisa em
Educação Física: As Manifestações de Bullying na Educação Física Escolar, vol.7,
nº1.2008, p.142.
LEI Nº. 9.394/96. Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br. Acesso em: 12 de julho de 2012.
LIMA, J.B.S. Abordagens Pedagógicas e Metodológicas da Educação Física Escolar
em Porto Velho. Monografia (Especialização), Porto Velho, 2004.
LIMA,L O. DE. Importância da Educação Física no Ensino Noturno na Visão dos
Alunos das Escolas Publica do Município de Porto Velho – RO: (monografia)
Graduação de Educação Física, Porto Velho – RO, 2012.
MACHADO, J.L E LOUREIRO, L. L. A Possibilidade de Intervenção da Educação
Física na Educação de Jovens e Adultos Para a Melhora da Saúde e Manutenção
da Qualidade de Vida: Uma Revisão Bibliográfica. Artigo Científico, X Salão de
Iniciação Científica e Trabalhos Acadêmicos, Guaíba/RS, 2009.
MARTINELLI, C.R. Educação Física no Ensino Médio: Motivos Que Levam as
Alunas a Não Gostarem de Participar das Aulas. Revista Mackenzie de Educação
Física e Esporte, v.5, n.2, 2006
MARZINEK, A. Motivação de Adolescente nas Aulas de Educação Física,(
Dissertação), Brasília – DF, 2004. Disponível em:
<http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/...01/visit.php?cid,2004
Acesso: 17 de março de 2013.
MASSERU, P. C. Educação Física Escolar no Ensino Médio no Município de São
Vicente: Motivação dos Alunos, Recursos, Materiais e Caracterização do
Professor. Pré - Projeto apresentado ao Programa de Iniciação Cientifica da
Unisanta,Santos – SP, novembro de 2010.
NEGRINE, A. Instrumentos de coleta de informações na pesquisa qualitativa. Porto
Alegre: Editora Universidade / UFRGS /Sulina, 1999.
OLIVEIRA, A. A. B. Educação Física no Ensino Médio: estudos e proposições.
Maringá: EDUEM, 2004. Disponível em :http://www.eduem.com. Acesso em: 18 de
março de 2013.
PCN, Parâmetros Curriculares Nacionais. Educação Física: Ensino de primeira à
quarta série. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1997.
PCN, Parâmetros Curriculares Nacionais. Educação Física: Terceiro e Quarto ciclos
do Ensino Fundamental. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF,
1998.
PELLEGRINOTTI, L.Í ; PICCOLO, V.N (ORG). Educação Física Escolar: Ser ou
Não Ter? 2ª edição. Ed Unicamp, Campinas-SP, p.107-114, 1993.
41
PEREIRA, G.M.S E MAZZOTTI, T.B. Representações Sociais de Educação Física
Por Alunos Trabalhadores do Ensino Noturno. Artigo Científico, p. 02.
PERFEITO, A. B. ET AL, Avaliação das Aulas de Educação Física na Percepção dos
Alunos de Escolas Pública e Particulares, revista digital, v.19, nº 4, 2008. Disponível
em: >http://www.periodicos.uem.br acesso em :16 de janeiro de 2012.
PESTANA, S. M. de A. B. Educação Física no Ensino Médio: Uma Proposta
Pedagógica . Disponível em: http//www.confef.org.br, Artigo Cientifico,2012. Acesso
em: 26 de novembro de 2012.
PIAGET, Jean; O julgamento moral da criança. São Paulo, Mestre Jou (original
publicado em 1932)
RISCIK, M. Educação Física Escolar: conquistando seu espaço na educação de
jovens e adultos, 2009. Disponível em:
<http://www.meuartigo.brasilescola.com/educacaofisica/educacaofisica-escolar-
conquistando-seu-espaco-na-.htm>. Acesso em: 23 de dezembro de 2012.
SANTOS, M. P. C. Evasão nas Aulas de Educação Física no Ensino Médio:
Compreendendo o Fenômeno (monografia),2007. Disponível em:
http://www4.fc.unesp.br/upload/MONOGRAFIA%20CORRIGIDA.pdf : Acesso 23 de
dezembro de 2012.
SAVIANI, D. Escola e Democracia. São Paulo, Autores Associados/Cortez, 1984.
SILVA, F. R. DA. Níveis de Motivação de Escolares nas Aulas de Educação Física
no Município de Candeias do Jamari – RO: (monografia) Graduação de Educação
Física, Porto Velho – RO, 2012.
SILVA, L.S E MACHADO, A. A. Psicologia do Esporte sobre as expectativas dos
alunos. Artigo de campo, http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires -
Ano 14 - Nº 134 - Julho de 2009. Acesso em: 22 de fevereiro de 2013.
SOARES, C. L. Educação Física Escolar: Conhecimento e Especialização. Revista
Brasileira de Educação Física e Esporte. n.2, 1996.
SOARES, C.L ET AL. Metodologia do Ensino de Educação Física. Ed. Cortez, São
Paulo, coletivos de autores, p.38-53, 1992.
SOLER, R. Educação Física Escolar. Ed. Sprint, Rio de Janeiro, p. 37-181, 2003.
SOUSA, J. D E DANIEL, M.M.C. Importância da Educação Física Escolar na Visão
dos Alunos de uma Escola Pública. Artigo Científico, V Congresso Norte-Nordeste de
Pesquisa e Inovação – CONNEPI, Alagoas, 2010.
SOUZA, M.A. A Inclusão da Criança no Esporte Escolar. Monografia
(Especialização), Porto Velho, 2007, p.26.
42
ANEXOS
43
ANEXO I - QUESTIONÁRIO
NÚCLEO DE SAÚDE – NUSAU
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA – DEF
Caro /a aluno/a este é um questionário que tem como finalidade descobrir os principais
fatores que influenciam os escolares do Ensino Médio a não praticarem as aulas de
Educação Física. O resultado deste levantamento será apresentado em um trabalho de
conclusão do curso do acadêmico Evandro Neves de Aguiar, desde já agradeço sua
colaboração em participar do estudo. Responda todas as questões sem se identificar:
Série_____Turma_____Sexo: ( ) M ( ) F
Questionário
1. A sua turma tem aulas de Educação Física ( ) Sim ( ) Não
2. Você gosta das aulas de Educação Física? ( ) Sim ( ) Não
Por Que ?
( ) Não gosto das atividades
( ) Não gosto do professor
( ) Pouco tempo de aula
( ) Gosto das atividades
( ) Gosto do professor
( ) Outros motivos
_______________________________________________________
________________________________________________________________
________
3. O que você espera das aulas Educação Física.( Você poderá marca ate duas
opções )
( ) Que oriente os alunos a terem uma vida saudável
( ) Que oriente os alunos praticarem atividades físicas
( ) Que oriente os alunos da importância da interação social
( ) Que oriente os alunos da importância das diversas manifestações corporais
( ) Que ajude os alunos a se tornarem melhores cidadãos
( ) Que prepara para o jogos escolares de Rondônia ( JOER )
( ) Outros
motivos________________________________________________________
4. Você participa das aulas de Educação Física? ( ) Sim ( ) Não
Por Que?
___________________________________________________________________
_
44
___________________________________________________________________
____
5. Quais destes motivos que te levam a praticar as aulas de Educação Física?
( ) Atividades
( ) Cuidados com o corpo
( ) Saúde
( ) Diversão
( ) Interação com os colegas
( ) Outro
_______________________________________________________________
________________________________________________________________
_________
6. O que você acha que precisa melhorar na Educação Física da sua escola ? ( ) Os professores
( ) Melhor espaço físico para as aulas
( ) Mais tempo para as aulas
( ) Interesse dos alunos
( ) Metodologia das aulas ( como a aula é dada )
( ) Conteúdos das aulas ( jogos diferentes )
( ) Outros
_______________________________________________________________
___________________________________________________________________
_________
7. Quais das atividades a seguir você pratica com freqüência nas aulas de
Educação Física da sua escola ?
( ) Futsal
( ) Voleibol
( ) Handebol
( ) Basquetebol
( ) Ginástica
( ) Outros
______________________________________________________________
________________________________________________________________
________
8. Por que você não pratica as aulas de Educação Física da sua escola? Marque os
motivos, caso você pratique não precisa responder:
( ) As aulas são chatas
( ) O professor não fica na aula
( ) Os meninos são agressivos nos jogos
( ) Não gostam das atividades
( ) Tem problema de saúde
( ) Outros
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
OBRIGADO PELA ATENÇÃO
45
ANEXO II - TERMO DE CONSETIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
NÚCLEO DE SAÚDE – NUSAU
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA – DEF
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Declaro, por meio deste termo, que concordo em participar da pesquisa de
campo intitulada “PRINCIPAIS FATORES QUE INFLUENCIAM OS ESCOLARES
DO ENSINO MÉDIO A NÃO PRATICAREM AS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA”
, realizada pelo acadêmico, Evandro Neves de Aguiar, a quem poderei consultar a
qualquer momento que julgar necessário através do telefone: 9204-5579 ou e-mail:
Afirmo que aceito participar por minha própria vontade, sem receber qualquer
incentivo financeiro ou ter qualquer ônus e com finalidade exclusiva de colaborar para o
sucesso da pesquisa. Fui informado (a) dos objetivos estritamente acadêmicos do
estudo, que, em linhas gerais é analisar a importância da Educação Física na visão dos
alunos das Escolas Públicas do Ensino Noturno do Município de Porto Velho – RO.
Fui também esclarecido (a) de que os usos das informações por mim oferecidas
estão submetidos às normas éticas destinadas à pesquisa envolvendo seres humanos, da
Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP) do Conselho Nacional de Saúde, do
Ministério da Saúde.
Minha colaboração se fará de forma anônima, por meio de um questionário
semi-estruturado composto por 08 questões. O acesso e a análise dos dados coletados se
farão apenas pelo pesquisador ou seu orientador.
Fui ainda informado (a) de que posso me retirar dessa pesquisa a qualquer
momento, sem prejuízo para meu acompanhamento ou sofrer quaisquer sanções ou
constrangimentos.
Portanto, eu concordo em dar meu consentimento para participar como
voluntário desta Pesquisa.
Porto Velho - RO, ____ de Novembro de 2011.
________________________________________
Assinatura do Pesquisador
_________________________________________
Assinatura do (a) Participante
