Principais Doenças do Cafeeiro

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Principais Doenças do Cafeeiro. Doenças Fúngicas Ferrugem do café  ( Hemileia vastatrix Berk . & Br ). Importante em regiões de altitudes médias entre 400-600m (perdas de produção). Agente causal: Hemileia vastatrix Ocorrência: todo mundo. - PowerPoint PPT Presentation

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Principais Doenças do Cafeeiro

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Doenças Fúngicas

Ferrugem do café (Hemileia vastatrix Berk. & Br).

-  Importante  em  regiões  de  altitudes médias  entre 

400-600m (perdas de produção).

Agente causal: Hemileia vastatrix

Ocorrência: todo mundo. 

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No Brasil foi encontrada em Itabuna - BA, em 1970 

(vinda da África através de correntes aéreas). 

1971: constatada em todos os estados cafeicultores 

do Brasil e, mais tarde no Paraguai.

Perdas significativas na produção: até  50%  em 

anos de alta carga no café arábica. 

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Sintomas  Gerais

- Aparecem nas folhas na forma de pústulas, de cor 

alaranjada.

Face inferior: essas  pústulas  são  formadas  de 

uredósporos do fungo. 

Faces superiores: manchas  cloróticas,  de  formato 

coincidente com as pústulas da página inferior.

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- Ocorre desfolhas precoces, precisando de até dois 

ciclos  de  cultivos  para  a  recuperação,  período 

acompanhado de baixa produção.

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Sintomas iniciais: varia em função da temperatura, 

suscetibilidade  da  planta  e  idade  das  folhas, 

ocorrendo, em média, entre 7 a 15 dias após a 

penetração do fungo e infecção dos tecidos das 

folhas.

 - Aparecimento da esporulação na face inferior das 

folhas  ocorre  geralmente  uma  semana  mais 

tarde. 

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- Folhas adultas: a colonização é dificultada pelas 

características dos tecidos no limbo foliar.

- Lavouras:  o  sintoma  mais  característico  é  a 

desfolha  das  plantas  (abscisão),  o  que  pode 

retardar  o  desenvolvimento  e  definhar  as 

plantas, comprometendo, assim, a produção.

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- Desfolha antes do florescimento: interfere  no 

desenvolvimento  dos  botões  florais  e  na 

frutificação.

- Desfolha durante o desenvolvimento dos

frutos:  poderá  ocorrer  à  formação  de  grãos 

anormais e defeituosos.

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Etiologia 

- Hemileia vastatrix é  parasita  obrigatório 

(sobrevivência se dá somente em tecidos vivos, não 

havendo vida saprofítica de solo).

 Produz dois tipos de esporos:

          uredósporos                       teliósporos 

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Disseminação:

- área para outra: vento; 

- planta para planta: a  água  (agente  mais 

eficiente). 

EX: Uma  gota  caindo  numa  lesão  libera 

imediatamente  os  uredósporos  que  podem  se 

elevar até 30 cm da lesão.

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Germinação do uredósporos: desenvolve-se  tanto 

em ar úmido quanto em água (presença de água na 

forma  líquida,  uma  condição  muito  favorável  ao 

processo). 

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- Temperatura: 24ºC é ótima para esta fase.

  - A germinação e penetração devem se processar 

imediatamente após a inoculação, porque, uma vez 

molhado,  o  esporo  perde  sua  viabilidade  se  for 

novamente seco. 

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- Produção de um ou mais pró-micélios (poros 

situados  geralmente  na  extremidade  do 

uredósporo). 

-  O  pró-micélio  é  incapaz  de  penetrar  diretamente 

pela  cutícula;  desenvolve-se  sobre  a  folha, 

ramificando-se  até  encontrar  um  estômato,  por 

onde penetra para a câmara subestomática, através 

da  formação  de  um  órgão  especial  chamado 

apressório.

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Germinação dos esporos: ocorre  melhor  à 

temperatura  na  faixa  21  a  23ºC,  devendo  haver 

presença  de  água  no  estado  líquido  e  ausência  de 

luz

EX: sistema  adensado  apresenta  condições  mais 

favoráveis  à  ferrugem  em  relação  ao  plantio 

tradicional.   

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Durante o ciclo produtivo anual do café, há

períodos mais ou menos favoráveis à ferrugem.

Inverno e primavera: devido  às  condições 

climáticas  e  a  menor  suscetibilidade  das  folhas  à 

penetração  do  fungo,  a  doença  se  mantém  sobre 

controle.

Dezembro:  este  quadro  se  inverte  e  a  ferrugem 

inicia a infestação nas folhas novas. 

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- Janeiro:  a  infecção  evolui  geometricamente 

atingindo a infestação máxima no outono (se não 

for feito o controle). 

- Este quadro pode variar de acordo com o ano e a 

região cafeeira. 

- A  maior  presença  de  inóculo  da  safra  anterior 

poderá aumentar a infestação no ciclo produtivo. 

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Controle -  Deve  observar  o  efeito  da  carga 

pendente  sobre  o  grau  de  ataque 

de Hemileia vastatrix.

-Porque  a  desfolha  provocada  pelo  patógeno 

repercute  de maneira  direta  na  produção  do  ano 

seguinte, reduzindo a níveis baixos ou muito baixos 

os rendimentos na produção.  

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- Anos de alta produção (maior enfolhamento), a 

doença  evolui  rapidamente,  podendo  atingir 

níveis superiores a 50% de infecção.

-   Anos  de  baixa  safra  (baixo  enfolhamento),  a 

doença atinge níveis mais baixos. 

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- Recomendação  de  se  efetuar  uma pulverização 

quando a infecção tiver atingido 20 ou 30%. 

Controle da ferrugem:

-  Variedades resistentes

-  Fungicidas protetores e/ou sistêmicos.

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Alguns fatores analisados para efetuar

recomendações de controle:

- Período mais favorável à doença: dezembro  a 

abril;

- Carga pendente: afetará  a  suscetibilidade  da 

planta;

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Clima: poderá  mudar  o  período  crítico  de 

infestação;

Percentual de infestação; 

Densidade de plantio;

Nível tecnológico do produtor.

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Fungicidas preventivos: são  quase  sempre  a  base 

de cobre.

-Existem  diversas  formulações  comerciais,  além  de 

caldas que podem ser preparadas na propriedade. 

Ex: calda bordalesa, o fungicida mais antigo. 

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- Os  fungicidas  cúpricos  devem  ser  aplicados  a 

partir  de  novembro-dezembro  até  março-abril, 

com intervalo de 30 a 45 dias.

-   O  início  das  aplicações  deve  ser  feito  logo  no 

início  do  ataque,  com  no máximo  5%  de  folhas 

atingidas (amostrar 12 pl/ha). 

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- Número de aplicações: depende  da  carga  da 

lavoura, podendo ser quatro em lavouras de carga 

alta até duas quando a carga é baixa.

Não  se  deve  exceder  o  número  de  4  aplicações, 

pois pode haver desequilíbrios com ácaros e bicho 

mineiro.

 

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- Vantagem : baixo preço.

- Desvantagem: é a necessidade de maior número 

de  aplicações,  o  que  pode  ser  mais  difícil  se  a 

lavoura for adensada. 

-  Além  disto,  eles  não  podem  ser  usados  se  a 

doença  já  se  encontra  instalada  (mais  de  5%  de 

folhas atacadas).

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Fungicidas sistêmicos foliares: pertencem  ao 

grupo  dos  triazóis  e  tem  a  capacidade  de  serem 

absorvidos  pelas  folhas,  translocar  e  eliminar  o 

fungo  (atuam  preventivamente),  podendo  ser 

aplicados  mesmo  quando  a  doença  se  encontra 

instalada. 

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- Pulverização: ocorrer  quando  no  máximo  20  % 

das  folhas  estão  atacadas  (amostrar  12  pl/ha),  o 

que ocorre por volta de janeiro-fevereiro. 

Uma  segunda aplicação pode  ser  necessária  cerca 

de 45 a 60 dias após a primeira. 

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 Fungicidas granulados sistêmicos

-Formulação  granulada  para  aplicação  via  solo 

(triazóis). 

-    Aplicados  geralmente  através  de  matracas 

próximos às raízes do cafeeiro.

-  No  solo  são  absorvidos  pelas  raízes  e  se 

translocam  por  toda  a  planta,  protegendo-a  do 

ataque da ferrugem.

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-  Devem  ser  aplicados  preventivamente  em 

novembro-dezembro para que possa haver tempo 

para  o  produto  translocar,  estando  ativo  no 

período mais favorável a ferrugem. 

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Vantagens: o longo período residual e a facilidade 

de aplicação, principalmente em lavouras muito 

fechadas. 

Desvantagens: são o alto custo e a necessidade de 

umidade  no  solo  para  serem  absorvidos  e 

translocados.

- Eles não permitem o manejo da doença, sendo 

aplicados  mesmo  naqueles  anos  em  que  a 

doença poderia não ser problemática. 

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-  Conforme  as  condições  climáticas  do  ano  pode 

ser necessária uma pulverização suplementar com 

sistêmicos  foliares  para  complementar  o  efeito 

dos fungicidas granulados.

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Frequente utilização de fungicidas:

- à seleção de fungos patogênicos resistentes.

- Utilização de fungicidas mais potentes e de doses 

maiores gera contaminações de ambientes (águas, 

solos, ar) e deixando até resíduos em alimentos.

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-  Contaminação  por  fungicidas,  seja  ela  direta  ou 

indireta,  provoca  sérios  danos  à  saúde  dos  seres 

humanos.

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Cercospora ou Mancha-de-olho-pardo 

Agente causal: Cercospora coffeicola 

-Ocorre  nas  condições  de  viveiros  e  na  fase  inicial 

de  transplantio no  campo, quando as  lavouras  são 

localizadas  em  solos  com  baixa  fertilidade, 

causando intensa desfolha. 

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EX: Café Conilon

-  Cercospora coffeicola: sua  intensidade  é  muito 

variável,  em  função  dos  clones  que  formam  as 

variedades e das  condições  climáticas,  tendo maior 

importância  na  fase  de  viveiro,  em  que  as  plantas 

muitas vezes não se desenvolvem. 

- Alta intensidade, pode ocorrer perdas elevadas nas 

mudas,  pois  provoca  desfolha  e  “atrasa”  sua  saída 

para o campo.

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Sintomas -  Os  principais  sintomas  são  manchas 

circulares  ,  de  coloração  parda  com  centro  branco 

("olho  de  pombo"),  circundado  por  um  halo 

amarelado. 

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Frutos:  as  manchas  são  amarronzadas  e  aparecem 

durante  a  fase  de  maturação  na  parte  exposta  ao 

sol, estendendo-se no sentido polar do fruto. 

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- Grãos: tornam-se  chochos  e  caem  antes  da 

colheita. 

-Ocorre  ainda  o  apressamento  da  maturação  dos 

frutos.

- A doença predispõe, ainda, o cafeeiro à "Seca dos 

Ponteiros".

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Etiologia 

- Agente causador: Cercospora coffeicola.

- Ordem Moniliales 

- Família Dematiaceae

- Produz conídios septados e agrupados nas lesões, 

de  ambos  as  faces  da  folha,  sendo  facilmente 

disseminados  para  outras  folhas  ou  plantas 

vizinhas.

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-  Tubo  germinativo  do  fungo  penetra  nas  folhas 

através  das  aberturas  naturais,  principalmente  na 

face  superior  das  folhas  ou  diretamente  pela 

cutícula.

- Frutos: quando  ocorre  a  infecção,  o  fungo 

coloniza os tecidos e pode atingir as sementes.

 

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Disseminação do Patógeno

 - folha para folha pelo vento. 

  Perpetuação da doença: através  de  conídios 

(esporos assexuados) vivendo no solo e em plantas 

atacadas. 

-Infecções são favorecidas por fatores

nutricionais???

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- Aplicação  de  nitrogênio  e  fósforo  aumentam  a 

incidência da doença, enquanto o potássio diminui 

levemente. 

-Plantas com deficiência de magnésio favorecem o 

desenvolvimento do patógeno. 

-  Faltam,  entretanto,  mais  experimentos  que 

correlacionem estes fatores à doença, no cafeeiro.

-  Pode-se  afirmar,  contudo,  que  plantas  bem 

nutridas em NPK, resistem mais à doença.

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Controle – se verifica em viveiros e em campo.

Viveiro: substratos ricos diminuem a  incidência da 

enfermidade. 

Fungicida

- Adubos foliares podem ser adicionados.  

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-A aplicação de  cobre em viveiro parece  reduzir o 

tamanho  das  mudas  que  vão  para  o  campo  em 

comparação  com  as  que  não  recebem  o  cobre. 

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Campo:

- Cafezais adultos: aplicar fungicida

-O  controle  deve  coincidir  com  a  fase  de  pré-

maturação dos frutos. 

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Mancha-manteigosa (Colletotrichum spp.)

Sintomas  

Folhas: ocorrem  pequenas  manchas  de  aspectos 

oleoso,  de  bordas  bem  definidas,  normalmente 

com 1 a 3 mm de diâmetro, que podem coalescer e 

necrosar os tecidos do limbo foliar. 

Ramos: os  sintomas  necróticos  podem  evoluir  no 

sentido descendente, ocorrendo lesões nos nós. 

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Frutos:  quando  infectados  apresentam  lesões 

deprimidas, as quais podem ocasionar a sua queda 

de maneira prematura.

-  Em  estádio  avançado  da  doença,  ocorre  a  seca 

dos  ramos  e,  conseqüentemente,  a  morte  das 

plantas .

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Outros sintomas:

- escurecimento e morte das estípulas dos nós nos 

ramos, manchas irregulares necróticas próximas às 

margens das folhas e queda destas. 

-aparecimento  de  manchas  marrons  no  caule 

verde que podem levar, em alguns casos, à morte 

da planta. 

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-  Gemas e nos botões florais:  podem  aparecer 

lesões  necróticas,  que  também  atingem  os  frutos 

na  fase  de  chumbinho,  provocando  a  sua  queda 

prematura.

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Mancha de Phoma (Phoma spp.)

Sintomas 

- Flores, no pedúnculo dos frutos e nos frutinhos: 

causa  lesões  escuras,  mumificações  e  queda  de 

chumbinhos,  superbrotamento  causado  pela 

morte das extremidades dos ramos e formação de 

grande número de ramos laterais.

-Frutos novos: as lesões são escuras, deprimidas e 

de aspecto úmido.

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Nas folhas: geralmente a doença vem em forma de 

manchas  (necrose)  de  cor  escura  e  comumente 

aparece nas bordas encurvando-as.

Nos galhos: começa pelas bases dos ramos (onde o 

ramo  se  encontra  com  o  caule)  e  os  ramos 

atacados ficam com depressões escuras e fundas.

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Condições favoráveis –  ocorre  com  maior 

severidade  sob  condições  de  temperatura  entre 

16ºC  e  20ºC,  associada  a  ventos  frios  e  chuvas 

finas e freqüentes.

Disseminação: ocorre por respingos de água.

- Viveiros: o excesso de irrigação é muito favorável 

à doença.

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Controle  

-Químico: Folicur 250 PM, Benlate, Rovral, Aliette, 

Brestan PM, Hokko Su Zu 200. 

- Medidas Preventivas: lavoura com quebra-vento 

e adubações equilibradas.

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OBS: Evitar  ao  máximo  instalar  as  lavouras  em 

áreas  onde  ocorrem  ventos  fortes  e  frios,  que 

favorecem  a  doença  (é  fundamental  a  utilização 

de quebra-ventos). 

- Viveiros: evitar  locais  muito  sombreados,  bem 

como o excesso de adubações nitrogenadas.

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Mancha de Ascochyta (Ascochyta coffeae) 

- Encontra-se associada a outras enfermidades do 

cafeeiro, particularmente à Phoma. 

Sintomas:

- Folhas mais velhas:  lesões  escuras  e  com  anéis 

concêntricos; 

- Causa a queda prematura de folhas, frutos e seca 

dos ramos. 

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OBS: As  condições  de  ambiente  favoráveis  à 

infecção  são  semelhantes  àquelas  descritas  para 

Phoma, assim como o controle químico e medidas 

preventivas.

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Roselineose ou “mal dos quatro

anos” (Rosellinia spp.)

- Podridão das raízes ou “mal dos quatro anos”.

Ocorrência: praticamente  em  todas  as  regiões 

produtoras,  principalmente  em  plantas  novas, 

cultivadas  em  áreas  recém-desbravadas  e  onde 

ocorre o desmatamento. 

Sintomas: Aparece  em  reboleiras,  geralmente 

próximo a troncos de árvores em decomposição.

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Sintomas 

– Plantas infectadas: sintomas  de  clorose 

(amarelecimento),  murcha  e  queda  das  folhas, 

com conseqüente seca dos ramos.

- Frutos: não se desenvolvem e ficam chochos. 

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Raízes:  próximo  à  região  do  colo,  ficam 

escurecidas, ocorrendo a desorganização da casca. 

 - Observados filamentos (micélio) esbranquiçados 

(rizomorfas  do  fungo),  que  vão  escurecendo 

progressivamente,  observando-se  “nós”  na 

ramificação. 

Page 67: Principais Doenças do Cafeeiro

Sob a casca: formam-se  estrias  de  cor  negra  e 

ramificações  das  rizomorfas  bem  escuras,  que 

invadem o lenho das plantas.

- Cortes transversais das raízes:  aparecem  como 

pontuações escuras, sendo importantes formas de 

sobrevivência do fungo.

Page 68: Principais Doenças do Cafeeiro

Etiologia 

Agente causal:  gênero Rosellinia,  sendo  relatadas 

para  o  cafeeiro  as  espécies R. bunodes   Sacc.  e R.

pepo Pat.

Controle – medidas preventivas,  já que as plantas 

infectadas,  quando  identificadas  pelos  sintomas, 

não sobrevivem.

Page 69: Principais Doenças do Cafeeiro

Medidas de exclusão: são  importantes, devendo-

se realizar a remoção de tocos, raízes e troncos de 

árvores após derrubadas. 

-  Reboleiras: recomenda-se  o  isolamento  das 

plantas  e  a  aplicação  de  cal,  para  acelerar  a 

decomposição da matéria orgânica. 

-  Este  procedimento  de  calagem  deve  ser  feito 

também nas reboleiras no início das chuvas.  

Page 70: Principais Doenças do Cafeeiro

-  As  plantas  doentes  devem  ser  erradicadas  e, 

preferencialmente, queimadas no próprio local.

OBS: Recomenda-se evitar, sempre que possível, o 

plantio  de  café  em  áreas  recém-desmatadas,  já 

que  nessas  áreas  há  maior  risco  da  presença  do 

patógeno. 

Page 71: Principais Doenças do Cafeeiro

Rhizoctoniose - Thanatephorus cucumeris (Frank) 

Donk (Rhizoctonia solani Kühn) 

 - Conhecida como podridão de colo, tombamento 

e  mal  do  colo,  assume  uma  grande  importância 

econômica em viveiros e sementeiras, reduzindo o 

número e a vigor das plantas. 

Page 72: Principais Doenças do Cafeeiro

Campo: em local de plantio definitivo, pode afetar 

muda  até  um  ano  após  o  plantio,  atrasando  o 

desenvolvimento  normal  das  plantas. 

Sintomas 

- Pré-emergência: ao  taque  do  fungo  causa  a 

morte da plântula  antes  desta  atingir  a  superfície 

do solo. 

Page 73: Principais Doenças do Cafeeiro

- Canteiro:  observam-se  falhas,  em  reboleiras, 

evidenciando  o  desenvolvimento  anormal  da 

germinação. 

Page 74: Principais Doenças do Cafeeiro

- Pós-emergência: os  principais  sintomas 

aparecem na região do caule próximo ao solo onde 

são  formadas  lesões  com  1  a  3  cm  de  extensão, 

que  circundam  o  caule,  promovendo  um 

estrangulamento  e  paralisação  da  circulação  de 

seiva, ocasionando a murcha e posterior morte.

Page 75: Principais Doenças do Cafeeiro

-  Alta umidade: pode-se  observar  um  bolor 

cinzento  sobre  a  lesão,  formado  pelo  micélio  do 

fungo. 

- A partir do segundo par de folhas, o caule torna-

se lenhoso, sendo menos suscetível à infecção.

Page 76: Principais Doenças do Cafeeiro

Mudas: durante  a  estação  das  chuvas,  a  lesão 

volta a se desenvolver, abrangendo uma extensão 

5  a  10  cm,  afetando  a  casca,  formando  uma 

cicatriz  na  parte  superior,  como  um  calo,  o  que 

leva a muda a quebrar-se facilmente sob a ação do 

vento.

- Apresentam: sintomas  reflexos  na  parte  aérea, 

com  seca  dos  ponteiros,  ramos  e  folhas  e,  até 

mesmo, morte da planta até a idade de 2 a 3 anos.

Page 77: Principais Doenças do Cafeeiro

Etiologia 

-  Causada  pelo  deuteromiceto Rizoctonia solani, 

que  tem  como  estádio  perfeito  o  basidiomiceto 

Thanatephorus cucumeris. 

-  Habitante  do  solo,  com  grande  capacidade 

saprofítica,  podendo  sobreviver  durante  longos 

períodos em restos de cultura ou de um ano para 

outro na forma de escleródios. 

Page 78: Principais Doenças do Cafeeiro
Page 79: Principais Doenças do Cafeeiro

- Aparecimento da doença: é favorecido por solos 

infestados,  pela  reutilização  de  sementeiras,  pelo 

excesso  de  umidade  (chuvas  contínuas,  irrigação 

excessiva ou  local mal drenado) e pelo excesso de 

sombra no viveiro.

- Campo: o ataque é severo durante a primavera e 

verão,  devido  à  abundância  de  chuvas  e  às  altas 

temperaturas.

Page 80: Principais Doenças do Cafeeiro
Page 81: Principais Doenças do Cafeeiro

Controle 

- Medidas auxiliares de controle: devem-se 

eliminar  as  condições  favoráveis  à  doença, 

evitando  excesso  de  umidade  e  sombra  nas 

sementeiras.

- Tombamento:  deve-se  imediatamente 

suspender  a  irrigação,  isolar  as  reboleiras  e,  no 

caso  de  sementeiras,  eliminarem  toda  a  área 

afetada. 

Page 82: Principais Doenças do Cafeeiro

Químico: Iniciar as pulverizações nas reboleiras e, 

se  necessário,  em  todos  os  canteiros,  com 

fungicidas  dicarboximidas  repetindo-se  as 

pulverizações após quinze dias. 

- Os tratamentos normais, com fungicidas cúpricos 

e  ditiocarbamatos,  usados  contra  cercosporiose, 

também ajudam no controle desta doença. 

Page 83: Principais Doenças do Cafeeiro

O controle é feito no viveiro através de certas

práticas:

- desinfecção  da  areia  do  germinador  (não 

reutilizá-la) e da terra do substrato; 

- evitar excesso de umidade e sombra; 

- facilitar a drenagem do germinador; 

-  suspender  a  irrigação  ao  aparecimento  dos 

primeiros sintomas;

Page 84: Principais Doenças do Cafeeiro

- eliminar a área afetada no caso de sementeiras; 

efetuar imersão de plântulas em solução fungicida 

antes do transplante. 

- Campo: não  há  controle  quando  a  doença  se 

manifesta no campo.

Page 85: Principais Doenças do Cafeeiro

Fusariose (Fusarium spp.)

A  fusariose  ou  murcha  vascular  do  cafeeiro  é 

causada  pelo  fungo Fusarium spp.  e  ataca  o 

sistema  vascular  (vasos  condutores  de  seiva  do 

cafeeiro). 

Page 86: Principais Doenças do Cafeeiro

Sintomas 

-Viveiro:  as  plântulas  ficam  com manchas  escuras 

no  hipocótilo  (caule  inicial),  a  extremidade  deste 

pode morrer e ficar escura com a aparência de um 

palito de fósforo queimado. 

- Mudas:  os  sintomas  são  lesões  necróticas  claras 

ou escuras que circundam o caule a partir do nível 

do  solo e evoluem em direção ao ápice,  às  vezes, 

secando e matando a muda. 

Page 87: Principais Doenças do Cafeeiro

Campo: o sintoma característico é o murchamento 

e a morte do terço superior das plantas, ficando a 

parte inferior ainda verde. 

-  Pode ocorre  seca de ponteiros e engrossamento 

do caule na região do colo (próximo ao solo).

-  Geralmente  os  sintomas  aparecem  em  plantas 

isoladas.

Page 88: Principais Doenças do Cafeeiro
Page 89: Principais Doenças do Cafeeiro

Disseminação e condições favoráveis

 - na areia do germinador,

- na terra do substrato 

- no solo da lavoura. 

- por mudas aparentemente sadias, cujos sintomas 

só aparecerão futuramente no campo.

- por semente. 

Page 90: Principais Doenças do Cafeeiro

- Plantas adultas: é  possível  a  entrada  do  fungo 

através  de  lesões  nas  raízes,  como  as  provocadas 

por  nematóides,  podendo  até  haver  associação 

entre estes dois patógenos.

- Principal forma de disseminação da doença: a 

falta de cuidados na produção de mudas.

- O fungo também prefere solos ácidos. 

Page 91: Principais Doenças do Cafeeiro

- Muitas vezes o solo da lavoura não está ácido na 

média  (demonstrado  na  análise  de  solo),  mas 

apresenta  manchas  de  solo  ácido,  onde  podem 

aparecer plantas com o sintoma. 

Page 92: Principais Doenças do Cafeeiro

Prejuízos

-maior  ocorre  no  viveiro  pelo  retardamento  no 

crescimento e eliminação de mudas. 

- Se a  infestação  for muito grande, o  lote  todo de 

mudas pode ser perdido. 

- No campo pode ocorrer morte de plantas adultas, 

reduzindo o stand.

Page 93: Principais Doenças do Cafeeiro

Controle 

-Viveiro: utilizar  areia  fina  e  lavada  nos 

germinadores (esterilizá-la com água quente a 70ºC) 

e não reutilizá-la a areia;

-  As  sementes  devem  ser  sadias,  oriundas  de 

campos de sementes fiscalizadas, isentos de plantas 

com murcha vascular; 

Page 94: Principais Doenças do Cafeeiro

-  Tratar  a  água  com hipoclorito de  sódio quando a 

mesma for proveniente de rios;

-  Efetuar  tratamento  de  semente  com  fungicidas 

sistêmicos; 

- Corrigir o pH do substrato com calcário; 

- Desinfectar a terra do substrato; 

-  Arrancar  e  queimar  do  germinador  as  plântulas 

com suspeita da doença.

Page 95: Principais Doenças do Cafeeiro

OBS: Após  esta  operação,  o  operador  deve 

esterilizar  as  mãos  com  solução  de  água  e 

hipoclorito de sódio;

-  Antes  do  transplante,  mergulhar  as  plântulas 

durante  três minutos em solução  com Tecto 600 a 

0,1 %. 

Page 96: Principais Doenças do Cafeeiro

- Canteiros: pulverizar com Tecto 600 a 0,1 %, dirigir 

o jato na direção do caule. 

-  O  controle  da  doença  pode  ser  observado  pela 

eliminação  dos  tecidos  necrosados  do  caule,  que 

secam  e  se  desprendem,  aparecendo  por  baixo 

tecido sadio; 

Page 97: Principais Doenças do Cafeeiro

- Mudas que não responderem ao controle químico 

devem ser queimadas ou enterradas.

-  Na  lavoura  pode-se  fazer  o  tratamento  químico 

somente das plantas atacadas, utilizando Tecto 600 

a 0,3%, dirigindo o jato na direção do caule.

-  Efetuar  análise  e  correção  do  solo  com  calcário 

separadamente  nas  manchas  onde  é  maior  o 

número de plantas com sintomas. 

Page 98: Principais Doenças do Cafeeiro

- As plantas que não tiverem chance de recuperação 

devem  ser  arrancadas,  colocando-se  cal  virgem no 

local das mesmas.

Page 99: Principais Doenças do Cafeeiro

Antracnose-dos-frutos-verdes

ou Coffea Berry Disease – CBD

-  Doença,  quarentenária  para  o  Brasil,  e  que  é 

conhecida  como Coffea Berry Disease (CBD). 

- A doença foi relatada pela primeira vez em 1992 no 

Quênia.

-  No  continente  americano  ainda  não  foi 

confirmada. 

Page 100: Principais Doenças do Cafeeiro

Etiologia –  O  agente  etiológico  foi  inicialmente 

descrito como  Colletotrichum coffeanum.

-  Proposta  de  alteração  do  nome  do  fungo  para 

Colletotrichum kahawae.

Page 101: Principais Doenças do Cafeeiro

Sintomas: 

-Frutos verdes: são  lesões negras deprimidas, que 

podem  ocorrer  em  qualquer  parte  do  fruto, 

podendo  coalescer  e  cobrir  todo  fruto, 

desenvolvendo-se  na  superfície,  em  condições  de 

alta  umidade,  massa  de  conídios  de  coloração 

rosada. 

Page 102: Principais Doenças do Cafeeiro

-  Os  frutos  doentes  podem  cair  prematuramente 

ou ficar mumificados nos ramos.

-  Frutos  verdes,  podem  formar-se  lesões 

corticóides  (scab),  que  podem  ou  não  apresentar 

acérvulos do fungo. 

Page 103: Principais Doenças do Cafeeiro

-Suscetibilidade  dos  frutos  ao  CBD  depende  das 

condições  climáticas  favoráveis,  ocorrendo 

geralmente a infecção entre a 8ª e a 12ª semanas, 

não  ocorrendo  praticamente  infecção  após  a  25ª 

semana,  voltando  os  frutos  a  serem  novamente 

infectados  nas  fases  de  pré-maturação  e 

maturação.

Page 104: Principais Doenças do Cafeeiro

Traqueimicose ou murcha-do-cafeeiro (Coffea Wilt

Disease – CWD)

-Notificada  em 1927 na República  Centro-Africana 

em Coffea excelsa,

-  1937  e  1939,  a  doença  disseminou-se  no Coffea

canephora e  Coffea liberica,  nas  plantações  de 

Camarões,  Guiné,  Costa  do  Marfim  e  República 

Democrática  do  Congo,  onde  mais  de  40%  das 

plantações foram infectadas. 

Page 105: Principais Doenças do Cafeeiro

Etiologia - - Agente etiológico: fungo Gibberella xylarioides strictu sensu Heim & Saccas.-  Estádio  anamórfico  (assexuado  ou  imperfeito): Fusarium xylarioides Steyaert.

Page 106: Principais Doenças do Cafeeiro

Doenças Bacterianas

Page 107: Principais Doenças do Cafeeiro

Requeima do cafeeiro (Xylella fastidiosa) 

Surgiu: café  arábica  no  município  de  Macaubal  – 

SP, em 1992 -  “atrofia dos ramos do cafeeiro”, 

- Todas as regiões brasileira produtoras de café.

- Todas as cultivares de Coffea arábica e também as 

espécies Coffea canephora, Coffea dewevrei, Coffea

eugenioides, Coffea kapakata, Coffea racemosa e

Coffea stenophylla,  bem  como  os  híbridos 

interespecíficos. 

Page 108: Principais Doenças do Cafeeiro

Etiologia 

Agente etiológico: Xylella fastidiosa

Descrição: bactéria  fastidiosa,  Gram-negativa,  que 

tem  células  do  tipo  bastonete  e  parede  celular 

enrugada,  sendo  limitada aos  vasos do  xilema das 

plantas. 

- Difícil  de  cultivar  in  vitro,  exige meios de  cultura 

específicos,  como  o  BCYE,  PD3  e  PW,  onde  tem 

crescimento muito lento.

Page 109: Principais Doenças do Cafeeiro

Sintomas  

-  Associada  ao  depauperamento  generalizado  das 

plantas.

Sintomas mais comuns: enrolamento e a requeima 

do bordo das folhas. 

- Plantas doentes: apresentam  tamanho  reduzido, 

malformação  das  folhas,  enrolamento  dos  bordos 

das  folhas,  encurtamento  dos  entrenós  e  clorose 

nas folhas. 

Page 110: Principais Doenças do Cafeeiro
Page 111: Principais Doenças do Cafeeiro

-Estádios avançados da doença: as plantas podem 

apresentar seca dos ramos. 

OBS: estes  sintomas  sugerem  que  o  mecanismo 

envolvido  esteja  relacionado  com  a  disfunção  do 

sistema  de  transporte  de  água  e  nutrientes  da 

planta. 

Page 112: Principais Doenças do Cafeeiro

Cafeeiro: a  bactéria  foi  encontrada  nos  vasos  do 

xilema  das  plantas  doentes,  geralmente 

encontram-se  tiloses,  células  bacterianas  e  goma 

bloqueando  esses  vasos,  além  do  desbalanço 

hormonal.

Page 113: Principais Doenças do Cafeeiro

Epidemiologia 

Disseminação: principalmente  por  meio  de 

material  propagativo  infectado  e  por  insetos 

vetores,  dos  quais  se  destacam  as  cigarrinhas  da 

família Cicadellidae,  já sendo identificadas mais de 

11 espécies vetoras.

Page 114: Principais Doenças do Cafeeiro

OBS: presenças  da  bactéria  em  todas  as  regiões 

produtoras  de  café  do  Brasil  e  as  grandes 

variabilidades  genéticas  das  estirpes  sugerem 

que X. fastidiosa já  se  encontra  em  associação  e 

convivendo com o cafeeiro há muito tempo, mas a 

manisfestação  dos  sintomas  aparecem  quando  as 

plantas  estão  sob  condições  de  estresse  ou  com 

desequilíbrios nutricionais.

Page 115: Principais Doenças do Cafeeiro

Controle –  A  medida  de  controle  recomendada  é 

manter  as  plantas  com  bom  vigor  vegetativo, 

através do manejo adequado e recomendado para 

o  cafeeiro,  com  destaque  para  a  produção  de 

mudas em viveiros protegidos.

-Devem-se  prevenir  os  fatores  de  estresse  nas 

plantas e que as predispõem às doenças e pragas.

Page 116: Principais Doenças do Cafeeiro

-  Uso  de  matéria  orgânica  e  adubações 

equilibradas,  bem  como  o  controle  do  déficit 

hídrico.

-  A poda de condução e a recepa das plantas (tipo 

de  poda  drástica  do  cafeeiro  indicada  quando  as 

plantas  perderam  completamente  sua  ramagem 

lateral  baixa(saia))  são  também  recomendadas, 

principalmente  quando  as  lavouras  apresentam 

muitas plantas debilitadas.

Page 117: Principais Doenças do Cafeeiro

Mancha-aureolada

- Pseudomonas syringae pv. garcae 

- Doença bacteriana constatada pela primeira vez 

em  1955  na  região  de  Garça,  no  Estado  de  São 

Paulo. 

- Ocorre principalmente nas regiões mais frias, no 

Paraná, em São Paulo, no sul de Minas Gerais e no 

Mato  Grosso  do  Sul,  sem  causar  problemas  nas 

demais regiões cafeeiras.

Page 118: Principais Doenças do Cafeeiro

Sintomas

- A doença incide sobre folhas, rosetas, frutos novos 

e  ramos do  cafeeiro,  atingindo mudas no viveiro e 

plantas no campo. 

- Folhas: sintomas  necróticos  do  tipo  mancha,  de 

coloração  pardo-escura,  com  0,5-2,0  cm  de 

diâmetro  e  centro  necrótico,  circundada  por  um 

halo amarelado.

Page 119: Principais Doenças do Cafeeiro

-  As  lesões  distribuem-se  por  toda  a  superfície 

foliar, sendo mais freqüentes nas bordas das folhas, 

por  onde  a  bactéria  encontra  maior  facilidade  de 

penetração,  através  de  ferimentos  causados  por 

danos mecânicos. 

-  A  mancha  é  constituída  de  tecido  seco  e 

quebradiço,  que  freqüentemente  se  dilacera  e  cai, 

deixando uma perfuração no seu lugar.

Page 120: Principais Doenças do Cafeeiro

-  Com  a  coalescência  dos  halos  amarelados, 

formam-se grandes áreas necrosadas, que resultam 

na queda prematura das folhas.

Page 121: Principais Doenças do Cafeeiro

-  A  doença  incide  também  sobre  ramos,  causando 

requeima,  e  sobre  frutos  novos  na  fase  de 

chumbinho, causando necrose.

Page 122: Principais Doenças do Cafeeiro

- Lavouras novas (até 3-4 anos de idade): são mais 

atingidas,  ocorrendo  desfolha,  seca  de  ponteiros, 

superbrotamento  e  retardamento  no 

desenvolvimento das plantas.

- Viveiros: as mudas atingidas  sofrem desfolha e o 

ponteiro  morre,  chegando  a  causar  a  morte  das 

plantas. 

Page 123: Principais Doenças do Cafeeiro

Etiologia

Agente etiológico: Pseudomonas

syringae pv. garcae 

-  Penetra  por  ferimentos  causados  por  danos 

mecânicos  através  da  agitação  das  folhas  pelo 

vento,  lesões  causadas  por  insetos  ou  por  outras 

doenças. 

Page 124: Principais Doenças do Cafeeiro

Ocorrência: corre  em  períodos  frios,  quando  a 

queda de temperatura vem associada à chuva fina, 

sendo  maior  o  ataque  no  período  de  julho  a 

setembro.

Viveiros:  ocorre  no  final  do  inverno  e  na 

primavera,  quando  tem  início  a  retirada  da 

cobertura das mudas, ficando estas muito  sujeitas 

à  variação  de  temperatura.  .

Page 125: Principais Doenças do Cafeeiro

Controle 

-Deve  iniciar na  fase de  viveiro,  com a escolha do 

local  de  instalação,  que  deve  estar  protegido  de 

ventos frios. 

- Quando a doença se manifestar, recomendam-se 

duas  aplicações  de  fungicidas  cúpricos  (0,3%)  a 

cada  duas  semanas,  associados  ou  não  a 

antibióticos,  como Distreptine 20 e Agrimicina 20, 

na concentração de 0,2%. 

Page 126: Principais Doenças do Cafeeiro

- Ataque severo nas mudas: recomenda-se efetuar 

a  poda  à  altura  do  terceiro  par  de  folhas, 

eliminando-se  assim  as  pontas  danificadas  e  os 

focos principais.

- Campo:  o  controle  deve  ser  preventivo,  através 

da  instalação  de  quebra  ventos  na  fase  de 

formação  do  cafezal  e  adotando-se  pulverizações 

adicionais de fungicidas cúpricos quando ocorrer o 

aparecimento da bacteriose.

Page 127: Principais Doenças do Cafeeiro

Doenças Viróticas

Page 128: Principais Doenças do Cafeeiro

Mancha-anular dos frutos

- Bitancourt (1938; 1939) fez o primeiro relato da 

mancha-anular  em  folhas  de  cafeeiro  no  Estado 

de São Paulo.

Page 129: Principais Doenças do Cafeeiro

A  doença  está  associada  ao  ácaro  plano, 

Brevipalpus phoenicis (Geijskes,  1939)  (Acari: 

Tenuipalpidae),  que  é  considerado  uma  espécie 

polífaga,  ocorrendo  em mais  de  100  espécies  de 

plantas,  dentre  elas  o  cafeeiro,  em  que  foi 

associado  com  a mancha-anular,  causada  por  um 

vírus do grupo Rhabdovirus.

Page 130: Principais Doenças do Cafeeiro

Em 1987, a doença foi registrada no Espírito Santo, 

mas  com  sintomas  diferentes  dos  relatados  na 

literatura,  com  lesões  pequenas,  passando  de 

amarelas  e  necróticas  ao  longo  das  nervuras.

Page 131: Principais Doenças do Cafeeiro

Sintomas  

- Folha: manchas cloróticas nas folhas, geralmente 

em  forma de anéis  concêntricos que  se espalham 

junto  às  nervuras,  amarelecendo  gradualmente  e 

provocando  a  queda  prematura  das  folhas  e, 

conseqüentemente,  a  desfolha  gradativa  das 

plantas.

Page 132: Principais Doenças do Cafeeiro

-  A  desfolha  ocorre  geralmente  do  tronco  para  a 

parte  externa  da  planta,  sendo  este  sintoma 

chamado pelos agricultores de “planta oca”.

- Frutos: os  sintomas  da  mancha-anular 

caracterizam-se  por  lesões  circulares  deprimidas, 

que  chegam  a  provocar  a  deformação  do 

pericarpo. 

Page 133: Principais Doenças do Cafeeiro
Page 134: Principais Doenças do Cafeeiro

- Os  frutos perdem a qualidade para bebida, e os 

grãos  ficam  predispostos  à  infecção  de  outros 

patogenos,  como  é  o  caso  do  fungo  C.

gloeosporioides,  que  é  encontrado  em  condições 

saprofíticas no cafeeiro.

Page 135: Principais Doenças do Cafeeiro

Manejo da doença –  controle  do  ácaro  com 

adoção de estratégias que incluam vários métodos 

para  auxiliar  na  redução  do  vetor,  como  controle 

biológico,  cultural,  variedades  resistentes  e 

químicos, neste  caso com a  racionalização do uso 

de inseticidas / acaricidas.

Page 136: Principais Doenças do Cafeeiro

Doenças Causadas por Nematóides  

Page 137: Principais Doenças do Cafeeiro

Doenças Causadas por Nematóides

- O  cafeeiro  é  atacado  por  várias  espécies  de 

nematóides. As mais  freqüentes  são Meloidogyne

incognita, M. exigua, M. coffeicola e Pratylenchus.

-  A  espécie  mais  importante  no  Brasil  é M.

incognita,  que  ocorre  com  maior  gravidade  em 

regiões de solos arenoso, em São Paulo, no Paraná 

e algumas áreas do Sul de Minas. 

Page 138: Principais Doenças do Cafeeiro

-  Meloidogyne incognita: afeta  drasticamente  o 

sistema radicular do cafeeiro, causando necrose e 

rachaduras,  com  aspecto  de  cortiça,  reduzindo  a 

absorção de água e nutrientes pela planta.

- Causam acentuada redução e o enfraquecimento 

das  plantas  tornando-as  antieconômicas;  muitas 

plantas chegam a morrer. 

Page 139: Principais Doenças do Cafeeiro

- M. incognita tem  muitas  plantas  hospedeiras, 

como algodão, batata, fumo, feijão, soja, girassol, 

sorgo,  milho,  beldroega,  guanxuma,  mentrasto, 

maria  pretinha,  falsa  serralha  e  capim  pé-de-

galinha, o que dificulta o emprego de  rotação de 

culturas.

Page 140: Principais Doenças do Cafeeiro

- M. exigua é  uma  espécie  menos  agressiva,  que 

causa  pequenas  galhas  nas  raízes  do  cafeeiro, 

reduzindo  a  produção,  sem,  contudo  causar 

depauperamento acentuado da lavoura.

Page 141: Principais Doenças do Cafeeiro

Disseminação  

- enxurradas,

- uso de implementos agrícolas

-  irrigação  com  água  coletada  em  encosta  de 

cafezais infestados. 

-  A  erradicação  da  praga  é  considerada 

praticamente impossível. 

-  Porém,  pode-se  reduzir  a  sua  incidência  e  ser 

necessário saber conviver com o problema.

Page 142: Principais Doenças do Cafeeiro

Controle 

-uso de mudas sadias.

- Viveiros: expurgo do substrato, deve-se localizá-

los  longe  de  lavouras  ou  águas  infestadas, 

protegendo-os  contra  as  enxurradas,  evitando-se 

o trânsito de pessoas vindas de áreas infestadas e 

usando-se  sempre  terras  de  áreas  não 

contaminadas.

Page 143: Principais Doenças do Cafeeiro

- Em áreas  infestadas por M. exigua, dependendo 

do  grau  de  ataque,  a  convivência  pode  ser 

tolerada, a curto e médio prazo, através do uso de 

melhores  adubações,  principalmente  com  adubo 

orgânico, e de tratos na lavoura.

Page 144: Principais Doenças do Cafeeiro

-  Em  áreas  na  qual  o  café  foi  arrancado,  o  solo 

deve ser revolvido para a sua maior exposição ao 

sol e mantido de seis meses a um ano sem plantio 

de café ou de culturas hospedeiras.

-Uso  de  matéria  orgânica  em  solos  carentes: 

promover condições favoráveis à multiplicação de 

inimigos naturais;  

Page 145: Principais Doenças do Cafeeiro

-  utilizar  práticas  agrícolas  que  movimentem 

pouco o solo como o uso de herbicidas ao invés de 

capinas  e  evitar  o  trânsito  na  área  em  dias 

chuvosos.

-  O  uso  de  nematicidas,  para  proteger  plantios 

novos  pode  ser  feito,  usando-se  granulados 

sistêmicos  como o Aldicarb, Carbofuran,  Terracur 

e Nemacur.

Page 146: Principais Doenças do Cafeeiro

- Os nematicidas, no campo, devem ser aplicados 

no  início  da  estação  chuvosa,  quando  o  sistema 

radicular  entra  em  franca  absorção  de  água  e 

nutrientes pela emissão de radicelas.  

Page 147: Principais Doenças do Cafeeiro

-  A  eficiência  do produto  aumentará,  coincidindo 

também,  com  as  melhores  condições  de 

temperatura  e  umidade  para  a  eclosão  de  larvas 

de  segundo  estádio  no  solo,  já  que  estas  são  as 

mais  sensíveis  à  ação nematicida  que  aquelas  no 

interior de raízes ou dos ovos.

Page 148: Principais Doenças do Cafeeiro

- Lavouras adultas, é impraticável, sob o ponto de 

vista  econômica,  realizar  aplicações  de 

nematicidas, por ser preciso tratar grande volume 

de solo e, ainda, por já estarem às raízes primárias 

do  cafeeiro,  na  maioria  dos  casos,  bastante 

comprometidas, com difícil recuperação.

Page 149: Principais Doenças do Cafeeiro

Doenças Abióticas

Page 150: Principais Doenças do Cafeeiro

Mortes das raízes e seca dos ramos ou ponteiros

(die-back)

Causas associadas a esses sintomas: têm recebido 

mais  atenção  são  a  deficiência  de  nutrientes, 

deficiência  hídrica,  altas  temperaturas,  umidade 

excessiva  do  solo,  ventos  frios  e  presença  dos 

fungos Colletotrichum spp. e Phoma spp.

Page 151: Principais Doenças do Cafeeiro

-  Está  também  relacionadas  aos  desequilíbrios 

hormonais  e  distúrbios  na  demanda  e/ou 

disponibilidade  de  nutrientes  para  a  produção  de 

frutos, principalmente os fotoassimilados como os 

carboidratos.

Page 152: Principais Doenças do Cafeeiro

-  A  morte  das  raízes  é  um  problema  conhecido 

desde a década de 1930 em que cafeeiros com alta 

carga  de  frutos  podem  apresentar  seca  de 

ponteiros  e  que  está  é  precedida  pela  morte  das 

raízes das plantas. 

Page 153: Principais Doenças do Cafeeiro

-  Após  um  surto  de  seca  de  ponteiros  ocasionado 

por  sobrecarga de  frutos e a não  regeneração das 

raízes  absorventes,  principalmente  as  mais 

profundas,  o  cafeeiro  perde  o  equilíbrio 

morfofisiológico e a sua capacidade produtiva.

Page 154: Principais Doenças do Cafeeiro

Práticas de Manejo de Doenças

Nas condições da cafeicultura brasileira a doença

mais grave:

- Ferrugem (Hemileia vastatrix),

- Cercosporiose (Cescospora coffeicola) 

- Seca de ramos (Phoma e Ascochyta).

Page 155: Principais Doenças do Cafeeiro

Menor importância:

-  Bacteriose  Mancha  Aureolada  do  Café 

( Pseudomonas garcae)

-  Leprose  (Citrus leprosis vírus -  CiLV-C),  é 

transmitido  pelo  ácaro  Brevipalpus phoenicis

virose).

-  Amarelinho  do  cafeeiro  (bactéria  Xylella

fastidiosa).