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Londrina 2014 PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU MESTRADO EM CIÊNCIAS DA REABILITAÇÃO PRICILA PERINI RIGOTTI FRANCO ESTUDO DO CONTROLE POSTURAL EM ADULTOS COM VESTIBULOPATIAS PERIFÉRICAS: DA AVALIAÇÃO AO TRATAMENTO

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Londrina 2014

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU MESTRADO EM CIÊNCIAS DA REABILITAÇÃO

PRICILA PERINI RIGOTTI FRANCO

ESTUDO DO CONTROLE POSTURAL EM ADULTOS COM

VESTIBULOPATIAS PERIFÉRICAS: DA AVALIAÇÃO AO

TRATAMENTO

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PRICILA PERINI RIGOTTI FRANCO

Cidade ano

AUTOR

Londrina

2014

ESTUDO DO CONTROLE POSTURAL EM ADULTOS COM

VESTIBULOPATIAS PERIFÉRICAS: DA AVALIAÇÃO AO

TRATAMENTO

Dissertação apresentada à UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Ciências da Reabilitação. Orientador: Dra. Luciana Lozza de Moraes Marchiori

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PRICILA PERINI RIGOTTI FRANCO

ESTUDO DO CONTROLE POSTURAL EM ADULTOS COM VESTIBULOPATIAS

PERIFÉRICAS: DA AVALIAÇÃO AO TRATAMENTO

Dissertação apresentada à UNOPAR, no Mestrado em Ciências da Reabilitação,

área e concentração em aspectos funcionais e biológicos associados ao

desempenho humano e à promoção de saúde como requisito parcial para a

obtenção do título de Mestre conferida pela Banca Examinadora formada pelos

professores:

_________________________________________ Profa. Dra. Luciana Lozza de Moraes Marchiori

UNOPAR

_________________________________________ Prof. Dr. Rubens Alexandre da Silva Junior

UNOPAR

_________________________________________ Profa. Dra. Kátia Cristina Álvares Kreling

UEL

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Dedico este mestrado à Deus, que fоі meu

sustento е mе dеυ coragem para seguir

nesta longa caminhada, à meu esposo pela

paciência e amor, à minha família pelo

incentivo e apoio em todas as minhas

escolhas e decisões e a minha querida

orientadora, pela amizade e confiança. A

vitória desta conquista dedico a todos vocês.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente à DEUS, que me permitiu sonhar de uma forma

que alargasse meus horizontes, por sua grandeza e amor incondicional, por me

amparar nos momentos difíceis e me dar força e persistência para que pudesse

concluir este trabalho.

À minha orientadora Profa. Dra. Luciana Lozza de Moraes Marchiori, por

acreditar em mim, me mostrando o caminho da ciência e disciplina na vida

acadêmica. Agradeço, pela honra de sua convivência, pelo exemplo de profissional,

generosidade e humildade, e, sobretudo pela amizade que sempre fará parte da

minha vida.

Ao meu amado esposo Denis Franco, meu porto seguro, aquele que

incentivou e acreditou no meu potencial, foi paciente e consolador nos momentos de

ansiedade, nervosismo e aflição. Esteve sempre ao meu lado, me ajudou e foi

dedicado com profundo amor mesmo nos momentos de ausência.

Aos meus pais amados Étore e Iracema, que me proporcionaram educação

e principios morais, com seu exemplo de pais e dedicação ao trabalho. Por me

mostrarem que a educação é a maior riqueza que alguém pode conquistar.

Agradeço profundamente pela pessoa e profissional que sou, assim como, por todas

as conquistas alcançadas, pois sem o amor de vocês não seria possível.

Às minhas amadas irmãs Daniela e Ariela, pelo amor e amizade, por me

tornarem capaz de enfrentar novos desafios sabendo que vocês estarão sempre ao

meu lado, desejando que eu seja feliz.

Aos meus sobrinhos Laura e Rodrigo, amores da minha vida, pessoas às

quais espero ser exemplo a ser seguido. Lamento pelos momentos em que não

estive presente.

Ao Prof. Dr. Rubens Alexandre da Silva Junior, pela atenção, generosidade

e permitir que pudessemos compartilhar de seu grande potencial acadêmico e

realizar nossos estudos no Laboratório de Avaliação Funcional e Performance

Motora Humana (LAFUP) – Universidade Norte do Paraná – Unopar. Londrina, PR.

À aluna do curso de fonoaudiologia Vanessa Gorres, que me ajudou

incessantemente na coleta de dados, sempre dedicada, estudiosa, responsável e

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acima de tudo se mostrou uma grande amiga.

À Profa. Dra. Viviane Souza Pinho Costa pelo aprendizado, atenção e

amizade.

Aos meu parceiros e amigos Dr. Francisco Borges e Dr. Ricardo Borges, os

quais tenho como exemplo de profissionais e que me apoiaram a seguir em frente

nesta caminhada, nutrindo meu sonho e me ajudando a conquistá-lo.

Agradeço à Edna Itaukussu e Adriane Schultz, pela amizade que firmamos,

cumplicidade, compania e aprendizado nos bons e maus momentos durante o

mestrado, pois vocês assim como eu vivenciados o mesmo lado deste processo.

Aos meus amigos Danilo Mantovani, Patrícia Medeiros e Daniela Barbosa,

pela amizade sincera, dedicação e motivação, mesmo que de longe, vocês tem um

lugar especial em minha vida.

Agradeço a todos os professores e colegas do mestrado em Ciências da

Reabilitação (Programa Associado entre Universidade Estadual de Londrina [UEL] e

Universidade Norte do Paraná [UNOPAR]), pelo exemplo e conhecimento adquirido,

sem vocês isso não seria possível.

Agradeço a todos que fazem parte do Laboratório de Avaliação Funcional e

Performance Motora Humana (LAFUP) – Universidade Norte do Paraná – Unopar.

Londrina, PR.

Agradeço a todos que fazem parte da Clínica de Fonoaudiologia da

Universidade Norte do Paraná (UNOPAR).

Agradeço aos colaboradores Dr. Lucas Uliani Lima, Dra. Claudia Regina

Sanches Vaz e Dra. Ana Maria Ciola, pela compreensão e ajuda profissional, para

que eu pudesse atingir meu objetivo.

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"Se as coisas são inatingíveis... ora! Não é motivo para não querê-las...

Que tristes os caminhos, se não fora A presença distante das estrelas!"

Mário Quintana

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FRANCO, Pricila Perini Rigotti. Estudo do controle postural em adultos com vestibulopatias periféricas: da avaliação ao tratamento. 2014. 126p. Dissertação (Mestrado em Ciências da Reabilitação) – UEL/UNOPAR, Londrina, 2014.

RESUMO

As tonturas e vertigens podem fazer parte de quadros de vestibulopatias. A Vertigem

Postural Paroxística Benigna (VPPB) é a vestibulopatia mais comum encontrada e

ocorre com frequência na população adulta e idosa. A Manobra de

Reposicionamento Otolítico (MRO) de Epley para a VPPB de Canais Semicirculares

(CSC) posteriores consiste em eliminar a vertigem e o desequilibrio o que melhora a

qualidade de vida e reduz os riscos de quedas. A posturografia permite avaliar

quantitativamente a componente vestíbulo-espinhal do equilíbrio corporal nas

vestibulopatias periféricas, bem como, monitorar os efeitos do tratamento com MRO

de Epley. OBJETIVO: Comparar os achados da posturografia estática em indivíduos

com VPPB, com outras vestibulopatias periféricas e sem vestibulopatias, bem como,

verificar a resposta dos parâmetros estabilométricos após a manobra de MRO em

adultos com VPPB, para constatação da melhora deste tratamento no equilíbrio

destes pacientes. MÉTODOS: A amostra total foi de 53 pacientes, sendo 29

pacientes adultos com VPPB, 09 pacientes com Disfunção Vestibular (DV) e 11

sujeitos (grupo controle) saudáveis. Avaliados em uma Plataforma de Força,

utilizando-se de duas posições dos pés (P1-bipodal e P2-semi tandem), com uma

situação visual (olhos abertos) para verificar parâmetros estabilométricos em cada

vestibulopatia periférica. Posteriormente, o grupo com VPPB sofreu intervenção com

MRO de Epley e foram investigados os efeitos no equilíbrio 5 minutos após a

aplicação do tratamento. RESULTADOS: Os achados revelaram que não há

diferença estatisticamente significante quando comparados os grupos com VPPB e

Disfunção Vestibular, ambos apresentam controle postural semelhante, como por

exemplo, para a área do centro de pressão-ACOP (p=0,47 na P1 e p=0,98 na P2).

Com relação ao grupo controle (G3), encontrou-se diferença estatisticamente

significante para o G1 e G3, no entanto, o G2 não apresentou resultado

estatisticamente significante quando comparado ao G3, embora tenha um

desempenho 37,5% pior para a A-COP. O efeito da MRO de Epley no grupo com

VPPB mostrou significância para a P1, com relação ao Deslocamento total (p=0,01),

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A-COP (p=0,04), Amplitude Anteroposterior (p=0,02), Velocidade Anteroposterior

(p=0,03), Velocidade médio-lateral (0,04) e Frequência médio-lateral (p=0,05), porém

o tamanho do efeito da intervenção (d) foi pequeno (d<0,5). Já na posição P2 houve

significância para deslocamento total, A-COP (p=0,02), Amplitude médio-lateral

(p=0,05), Velocidade Anteroposterior (p=0,01) e Frequência médio-lateral (p=0,05)

com tamanho do efeito médio para A-COP (d=0,52) e amplitude Anteroposterior

(p=0,63). O G1 obteve uma melhora de 42,42% para A-COP na P1 e 39,04% para a

P2, após a manobra de reposicionamento otolítico, bem como, apresentou uma

melhora geral para as demais variáveis, mesmo aquelas onde não se verificou

significância estatística. CONCLUSÃO: Este estudo mostra a importância da

verificação dos parâmetros estabilométricos no estudo das vestibulopatias

periféricas e a caracterização do padrão funcional na condição postural, pois

fornecem dados quantitativos sobre o desequilíbrio na crise vertiginosa ou fora dela.

Com relação ao tratamento da VPPB a posturografia auxilia na comprovação dos

efeitos da MRO de Epley, que tem mostrado significativa melhora no equilíbrio

corporal e redução do sintoma de vertigem na população adulta, imediatamente

após a sua aplicação em VPPB de CSC posterior.

Palavras-chaves: Tontura, Vertigem, Equilíbrio Postural, Doenças Vestibulares, Adultos.

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FRANCO, Pricila Perini Rigotti. Study of Postural Control in adults with

Peripheral Vestibulopathies: from evaluation to the treatment. 2014. 126p.

Dissertation (Master of Science in Rehabilitation) – UEL/UNOPAR, Londrina, 2014.

ABSTRACT

Dizziness and vertigo can be part of vestibulopathy causes. The Benign Paroxysmal

Positional Vertigo (BPPV) is the most commom vestibulopathy found and usually

occurs in the adult and elderly population. The Olithic Repositioning Maneuver

(ORM) from Epley for Posterior Semicircular Canal BVVP consists of eliminating the

vertigo and imbalance which improves life quality and decreases risks of falling. The

posturography test permits to evaluate quantitatively the vestibulospinal components

of corporal balance in peripheral vestibulopathies, and also, monitor the effects of the

treatment using the Olithic Repositioning Maneuver (ORM). OBJECTIVE: To

compare the results of static posturography in individuals with BVVP, other peripheral

vestibulopathies, and without vestibulopathy, verifying also the stabilometric

parameters the maneuver of Epley in adults with BVVP, to check the improvement of

this treatment in these pacients’ balance. METHODOLOGY: The total sample was

from 53 patients, among them 29 patients with BPPV, 09 with Vestibular Dysfunction

and 11 healthy individuals (control group). Evaluated on a force platform using 2 feet

position (bipedal and semi-tandem), with a visual situation (open eyes) to verify

stabilometric parameters in each peripheral vestibulopathy, subsequently the group

with BPPV suffered intervention with ORM from Epley and the effects in balance 5

minutes after the application of the treatment were investigated. RESULTS: Results

showed no significant statistically difference when compared the groups BPPV and

the VD group both presented similar postural control, such as a Center of Pressure-

COP (p=0,47 in P1 and p=0,98 in P2). In relation to the control group (G3) significant

statistically difference was found for G1 and G3, G2 group didn’t present significant

statistically result when compared to G3, although G2 group had a performance

37,5% worse for a COP . The effect of ORM from Epley on group with BPPV found

significance for P1 in relation to the total displacement (p=0,01), COP (p=0,04),

antero-posterior amplitude (p=0,02), Velocidade antero-posterior (p=0,03), speed

medium lateral (0,03) and frequency medium lateral (p= 0,05) however, the effect of

the intervention (d) was low (d < 0,5). In position P2 there was significance for total

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displacement COP (p=0,02), amplitude médio-lateral (p=0,05), speed antero-

posterior (p=0,01) and frequency medium lateral (p=0,05), with medium effect for

COP ( d=0,52) and amplitude antero-posterior (p=0,63). G1 group had an

improvement of 42,42% for COP in P1 and 39,04% for P2, after ORM, and also

presented a general improvement for the others variables, even those which a

significant statistic wasn’t verified. CONCLUSION: This research shows the

importance of the verification of stabilometric parameters in the study of the

functional pattern in the posture condition, because they provide quantitative data

about the imbalance in the vertigo crisis or out of it. In relation to the treatment of

BVVP the posturography helps the confirmation of the effects of ORM from Epley,

that has shown significant improvement in the corporal balance and reduction in

vertigo symptoms in adults, right after its application in BPPV and CBS position.

Keywords: Dizziness. Vertigo. Postural Balance. Vestibular Deseases, Adults.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Labirinto ósseo direito (cápsula ótica), visão ântero-lateral: osso

esponjoso circundante removido. .............................................................................. 17

Figura 2 – Labirínto membranoso ............................................................................. 17

Figura 3 – Células ciliadasdo labirínto ...................................................................... 18

Figura 4 – Sistema vestibular central ....................................................................... 19

Figura 5 – Ductos Semicirculares ............................................................................. 21

Figura 6 – Caracteristicas do nistagmo de posicionamento ..................................... 27

Figura 7 – Manobra de Dix-Hallpike ......................................................................... 28

Figura 8 – Manobra de reposicionamento de Epley ................................................. 30

Figura 9 – Plataforma de Força ................................................................................ 32

Figura 10 – Posição 1 Bipodal (P1) .......................................................................... 61

Figura 11 – Posição 2 Semi Tandem (P2) ................................................................ 61

Figura 12 – Desempenho expresso em porcentagem da A-COP em comparação no

G1, G2 e G3 na P1 e P2 ........................................................................................... 61

Figura 13 – Posição 1 Bipodal (P1) .......................................................................... 70

Figura 14 – Posição 2 Semi Tandem (P2) ................................................................ 70

Figura 15 – Desempenho dos grupos G1 e G2 nas P1 e P2 para a A-COP

expressos em porcentagem ...................................................................................... 77

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Valores descritivos e análise comparativa o G1, G2 e G3 na P1 e P2 de

olhos abertos ............................................................................................................ 58

Tabela 2 – Análise Comparativa dos parâmetros estabilométricos para o G1, G2 e

G3 na P1 e P2 de olhos abertos ............................................................................... 59

Tabela 3 – Valores descritivos e análise comparativa para P1 no G1 pré e pós MRO

de Epley (N=29) ....................................................................................................... 73

Tabela 4 – Valores descritivos e análise comparativa para P2 no G1 pré e pós MRO

de Epley (N=29) ....................................................................................................... 74

Tabela 5 – Valores descritivos e análise comparativa para a P1 no G2 pré e pós-

repouso (N=11) ........................................................................................................ 75

Tabela 6 – Valores descritivos e análise comparativa para P2 no G2 pré e pós-

repouso (N=11) ........................................................................................................ 76

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

VPPB Vertigem Posicional Paroxística Benigna

PF Plataforma de Força

CSC Canal Semicircular

VPPB CP Vertigem Posicional Paroxística Benigna de Canal Posterior

DV Disfunção Vestibular

DVPD Disfunção Vestibular Periférica Deficitária

P1 Posição 1

P2 Posição 2

G1 Grupo 1

G2 Grupo 2

A-COP Área de Elipse do Centro de Pressão

Vel.AP Velocidade Anteroposterior

Vel.ML Velocidade Médio Lateral

Freq. AP Frequência Anteroposterior

Freq. ML Frequência Médio Lateral

RVO Reflexo Vestibulo Ocular

CH Canal Horizontal

IMC Índice de Massa Corporal

VENG Vectoeletronistagmografia

EPR Espectro de Potencia Relativa

GS Voluntários Sádios

GV Voluntários vestibulopatas

ACAI Artéria Cerebelar ântero-inferior

RVO Reflexo Vestibulo Ocular

DH Dix Hallpike

MR Manobra de Reposicionamento

CP Controle Postural

CG Centro de Gravidade

VO Velocidade de Oscilação

EPO Espectro de Potência Relativa

CP Canal Posterior

CH Canal Horizontal

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RVE Reflexo Vestíbulo Espinhal

BRUTM Balance Rehabilitation Unit

IVB Insuficiência Vértebro Basilar

SDI Síndrome do desequilíbrio do Idoso

IMC Índice de Massa Corporal

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 14

2 REVISÃO DE LITERATURA – CONTEXTUALIZAÇÃO ......................................... 16

2.1 ANATOMIA DO SISTEMA VESTIBULAR ........................................................... 16

2.1.1 Sistema Vestibular Periférico ........................................................................... 16

2.1.1.1 Labirínto ósseo .............................................................................................. 16

2.1.1.2 Labirínto membranoso ................................................................................... 17

2.1.1.2.1 Células ciliadas .......................................................................................... 18

2.2. SISTEMA VESTIBULAR CENTRAL ................................................................... 19

2.3 FISIOLOGIA DO SISTEMA VESTIBULAR PERIFÉRICO ................................... 20

2.3.1 Canais Semicirculares ...................................................................................... 20

2.3.2 Mecanismos Vestibulares Para Estabilizar os Olhos ....................................... 21

2.3.3 Outros Fatores Relacionados ao Equilíbrio ...................................................... 21

2.3.3.1 Proprioceptores do pescoço .......................................................................... 21

2.3.3.1.1 Informações Proprioceptivas e exteroceptivas ........................................... 22

2.3.3.1.1.1 Importância das Informações visuais na manutenção do equilibrio ........ 22

2.3.3.1.1.1.1 Conexões neurais do sistema vestibular com o sistema nervoso central .

.................................................................................................................................. 22

2.4. VERTIGEM POSICIONAL PAROXÍSTICA BENIGNA ........................................ 23

2.4.1 Fisiopatologia da vertigem posicional paroxística benigna ............................... 24

2.4.1 Diagnóstico da vertigem posicional paroxística benigna .................................. 26

2.4.1.1. Tratamento da vertigem posicional paroxística benigna............................... 29

2.5. ANALISE DO EQUILIBRIO CORPORAL ........................................................... 31

2.6. ASSOCIAÇÃO ENTRE A MANOBRA DE EPLEY E POSTUROGRAFIA .......... 32

2.7. ASSOCIAÇÃO ENTRE A POSTUROGRAFIA E OUTRAS VESTIBULOPATIAS ..

.................................................................................................................................. 36

3 ARTIGOS........................ ....................................................................................... 41

CONCLUSÃO GERAL .............................................................................................. 62

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 88

ANEXOS ................................................................................................................... 93

ANEXO A – Anamneses (Conselho Ferderal de Fonoaudiologia/Comitê de Audição e

Vertigem) ................................................................................................................... 93

ANEXO B – Protocolo de Parecer do Comitê de Ética ............................................. 96

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ANEXO C – Normas de formatação do periódico Brazilian Journal of

Otorhinolaryngology...................................................................................................98

ANEXO D – Normas de formatação do periódico CoDAS-Jornal da Sociedade

Brasileira de Fonoaudiologia....................................................................................115

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14

1 INTRODUÇÃO

As vestibulopatias periféricas compreendem as doenças que acometem o

sistema vestibular periférico como o labirinto e o nervo vestibular, com sintomas

direitamente relacionados ao prejuízo do equilíbrio corporal. Elas normalmente se

manifestam através do sintoma de tontura ou vertigem, a qual se caracteriza pela

insegurança em relação à movimentação ou posição do corpo, sendo um dos

sintomas mais comuns relatados nos serviços de saúde que afeta milhares de

pessoas, já a vertigem é a denominação que se atribui à tontura rotatória, com a

sensação do corpo estar girando no ambiente ou do ambiente estar girando ao redor

do corpo1.

A Disfunção Vestibular é uma vestilopatia periférica, na qual a dinâmica

funcional do labriríntico encontra-se alterada, o que acarreta uma exacerbação dos

reflexos oculomotores gerados relacionados à percepção e manutenção de

respostas relacionadas aos movimentos cefálicos e posturais do corpo. Já a

Vertigem Postural Paroxística Benigna (VPPB) é a vestibulpatia periférica mais

comum encontrada, pode ocorrer em todas as faixas etárias com maior incidência

nos idosos e incomum de ser encontrada em crianças. Trata-se de uma disfunção

vestibular de origem periférica de predominância unilateral, que ocasiona episódios

de vertigens habitualmente intensas, de breve duração, rotatórias, náuseas e

tipicamente desencadeadas, por determinadas mudanças posturais da cabeça,

ocasionado por uma disfunção na orelha interna1-3.

A fisiopatologia da VPPB é explicada pela presença de cristais de carbonato

de cálcio, vindos do fracionamento de estatocônios da mácula utricular que se

deslocam e flutuam na corrente endolinfática para os canais semicirculares, pode

ocorrer de duas formas: a ductolitíase, na qual os cristais permanecem flutuantes na

endolinfa e a cupulolitíase onde se aderem cúpula4.

A avaliação do individuo com tontura é desafiante e complexo, devido à

quantidade de possibilidades diagnósticas. Mais de 60 enfermidades têm sido

relacionadas como causadoras de tontura, que podem representar a queixa principal

do paciente ou um frequente sintoma1,5.

O diagnóstico abrange a história clínica típica, vectoeletronistagmografia,

pesquisa do nistagmo de posicionamento (durante as manobras de Dix-Hallpike,

Brandt Daroff e/ou Roll Over), que permite identificar o tipo de lesão na VPPB

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(ductolitíase ou cupulolitíase), o lado e o número de canais envolvidos (unilateral,

bilateral ou multicanal)4,6, bem como, medidas com a posturografia.

Embora o tratamento da VPPB seja multiprofissional, longo e oneroso,

algumas medidas vêm sendo tomadas com o intuito de torná-lo mais eficaz e menos

exaustivo ao paciente. Sendo assim, a manobra de reposicionamento de Epley

constitui uma forma de tratamento com boa viabilidade, baixo custo e índice de

efeitos colaterais praticamente insignificantes. Esta é uma técnica simples e bem

tolerada de terapia física que pode aliviar a vertigem em grande maioria dos

pacientes. Segundo a literatura, cerca de 75% dos pacientes ficam livres dos

sintomas com uma manobra2,7.

Apesar da constatação da melhora clínica dos pacientes após a realização

da manobra de Epley, relatada em vários estudos, há escassez de dados na

literatura, que quantifiquem a melhora desta manobra com ênfase nas medidas de

equilíbrio postural. Sendo assim, é de suma importância à avaliação do equilíbrio por

meio de parâmetros estabilográficos obtidos com uma PF, após a manobra de Epley,

tanto para o prognóstico como para o tratamento de pacientes com VPPB. A PF é o

principal método para quantificar o equilíbrio associado aos mecanismos

neuromusculares e biomecânicos de controle postural4.

A partir destas colocações o objetivo deste estudo foi comparar os achados

da posturografia estática em indivíduos com VPPB e outras vestibulopatias, bem

como, verificar a resposta dos parâmetros do equilíbrio postural à manobra de

reposicionamento de Epley em indivíduos adultos com VPPB para constatação da

melhora deste tratamento no equilíbrio e qualidade de vida dos pacientes.

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2 REVISÃO DE LITERATURA – CONTEXTUALIZAÇÃO

2.1 ANATOMIAS DO SISTEMA VESTIBULAR

O sistema vestibular humano constitui-se por três partes: um sistema

sensorial periférico, um processador central e um mecanismo de resposta motora9.

2.1.1 Sistema Vestibular Periférico

A porção periférica inicia-se por uma escavação na porção petrosa do osso

temporal denominada labirinto ósseo, que por sua vez, é preenchido por uma série

de estruturas membranosas que se moldam a parte óssea, o labirinto membranoso.

O espaço existente entre os labirintos ósseo e membranoso é preenchido um líquido

com composição semelhante ao do líquido cefalorraquidiano: a perilinfa. Já o

labirinto membranoso é preenchido por um líquido com composição bastante

peculiar, rico em potássio e pobre em sódio e cálcio: a endolinfa10.

2.1.1.1 Labirinto ósseo

O labirinto ósseo consiste em três canais semicirculares (CSC), a cóclea e

uma câmara central, chamada de vestíbulo. O labirinto ósseo é preenchido pelo

fluído perilinfático semelhante ao líquor, que se comunica através do aqueduto

coclear, com o líquor no espaço subaracnóideo9.

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17

Figura 1. Labirinto ósseo direito (cápsula ótica), visão ântero-lateral: osso esponjoso

circundante removido. Fonte: Netter. Atlas de Anatomia Humano, 2000 lâmina 90.

2.1.1.2 Labirinto Membranoso

O labirinto membranoso é formado por duas unidades estruturais: os CSC

(em número de três: horizontal, anterior e posterior) e os órgãos otolíticos (em

número de dois: sáculo e utrículo). Tais estruturas são revestidas em determinados

pontos por células receptoras, formando as cristas ampulares (no interior dos CSC)

e as máculas (no interior dos órgãos otolíticos)10.

Figura 2. Labirinto membranoso

Fonte:http://www.wgate.com.br/conteudo/medicinaesaude/fisioterapia/variedades/cor

poral_paula/corporal_paula.htm

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18

2.1.1.2.1 Células Ciliadas

As células ciliadas especializadas, contidas em cada ampola e nos órgãos

otolíticos, são sensores biológicos que convertem o deslocamento provocado pelo

movimento cefálico em uma descarga neural. As células ciliadas das ampolas

localizam-se acima de um tufo de vasos sanguíneos, fibras nervosas e tecidos de

suporte, chamado de crista ampular. As células ciliadas do sáculo e do utrículo, as

máculas, localizam-se na parede medial do sáculo e no assoalho do utrículo. Cada

célula ciliada é inervada por um neurônio aferente localizado no gânglio de Scarpa,

que está próximo das ampolas. Uma membrana gelatinosa, chamada de cúpula,

reveste cada uma das cristas. Esta membrana causa diferenciais na pressão

endolinfática observada nas suas circunjacências; tais variações são associadas aos

movimentos cefálicos, e serão transmitidas às células ciliadas9.

Essas membranas otolíticas são estruturas similares às cúpulas, mas como

contêm cristais de carbonato de cálcio chamados de otocônias, a sua massa é

substancialmente maior. A massa da membrana otolítica, faz com que as máculas

sejam sensíveis à gravidade. Por outro lado, a cúpula normalmente apresenta a

mesma densidade que o fluido endolinfático circunjacente e é insensível à

gravidade9.

Figura 3. Células Ciliadas do Labirinto.

Fonte:

http://classconnection.s3.amazonaws.com/450/flashcards/1012450/png/vestibular_a

pparatus1331526212220.png

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19

2.2 SISTEMA VESTIBULAR CENTRAL

Há quatro núcleos vestibulares em cada metade do tronco encefálico, no

assoalho do IV ventrículo. Anatomicamente, dividem-se em núcleo vestibular lateral

(de Deiters), núcleo vestibular medial (de Schwalbe), núcleo vestibular superior (de

Bechterew) e núcleo vestibular inferior (de Roller). Conforme assinalado por Brodal

(1981), cada núcleo é uma unidade distinta, tanto do ponto de vista citoarquitetônico

quanto funcional. O sistema vestibular desempenha seu papel a partir da integração

com outros sistemas: motor (sistema descendente ventromedial) – através de

conexões com neurônios motores localizados na porção ventromedial da medula

espinal; motor ocular extrínseco – através das conexões que estabelece com os

núcleos do tronco encefálico responsáveis pela motricidade ocular; proprioceptivo –

a partir das informações captadas pelos receptores dos músculos estriados e

tendões (fusos neuromusculares e órgãos neurotendinosos de Golgi,

respectivamente)10.

Figura 4. Sistema Vestibular Central

http://www.medicinageriatrica.com.br/tag/reabilitacao-vestibular/

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20

2.3 FISIOLOGIA DO SISTEMA VESTIBULAR PERIFÉRICO

De um modo geral as células ciliadas dos CSCs e órgãos otolíticos

convertem a energia mecânica, gerada pelo movimento cefálico, em descargas

neurais direcionadas a áreas específicas do tronco encefálico e do cerebelo9.

2.3.1 Canais Semicirculares

Os CSCs fornecem informações sensoriais sobre a velocidade, permitindo

que o Reflexo Vestíbulo Ocular (RVO) produza um movimento ocular cuja

velocidade seja igual à do movimento cefálico. O resultado desejado é que o olho

permaneça imóvel no espaço durante o movimento cefálico, possibilitando uma

visão clara. Por causa dessas considerações, nas frequências de movimentos

cefálicos rápidos, o deslocamento da endolinfa é proporcional à velocidade cefálica

angular e os canais funcionam como sensores de velocidade9.

A segunda característica dinâmica tem a ver com a sua resposta a uma

rotação prolongada, em velocidade constante. Os canais reagem de uma forma

razoavelmente satisfatória apenas no primeiro segundo, porque a sua resposta

decai exponencialmente com uma constante de tempo de 7 segundos. Isto se deve

a cúpula, que tende a retornar para a sua posição de repouso9.

Os CSCs estão alinhados em três disposições espaciais, cada plano de

cada canal, dentro de cada labirinto, é praticamente perpendicular a outros planos

de canais. Os planos dos canais são próximos aos planos dos músculos extra-

oculares, permitindo assim conexões relativamente simples entre os neurônios

sensoriais associados a cada canal individual e os neurônios de resposta motora,

relacionados a músculos extra-oculares individuais9.

Quando o movimento cefálico angular ocorre dentro do seu plano

compartilhado, a endolinfa do par coplanar é deslocada em direções opostas em

relação às ampolas; a descarga neural aumenta em um nervo vestibular e diminui no

lado oposto9.

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21

Figura 5. Ductos semicirculares

Fonte: BEAR et al11.

2.3.2 Mecanismos Vestibulares para Estabilizar os Olhos

Para que os olhos detectem uma imagem durante a movimentação da

cabeça é preciso que eles permaneçam fixos por tempo suficiente para conseguir-se

uma imagem clara. Felizmente, a cada vez que a cabeça é rodada subitamente,

sinais dos CSCs fazem com que os olhos rodem numa direção igual e oposta à

rotação da cabeça. Isto resulta de reflexos transmitidos pelos núcleos vestibulares e

pelo fascículo longitudinal medial aos núcleos oculomotores12.

2.3.3 Outros Fatores Relacionados ao Equilíbrio

2.3.3.1 Proprioceptores do Pescoço

O sistema vestibular detecta orientação e o movimento apenas da cabeça.

Portanto, é essencial que os centros nervosos também recebam informações

apropriadas sobre a orientação da cabeça em relação ao corpo. Entre as

informações mais importantes do equilíbrio está aquela transmitida por receptores

articulares do pescoço. Quando a cabeça está inclinada numa direção por curvatura

do pescoço, impulsos dos proprioceptores cervicais impedem os sinais originados no

aparelho vestibular de dar ao indivíduo um senso de desequilíbrio. No entanto,

quando o corpo inteiro se inclina numa direção, os impulsos do aparelho vestibular

não recebem oposição dos sinais dos proprioceptores do pescoço, portanto, neste

caso, o indivíduo realmente percebe uma mudança do estado do equilíbrio do corpo

inteiro12.

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2.3.3.1.1 Informações Proprioceptivas e Exteroceptivas de Outras Partes do

Corpo.

Outras informações proprioceptivas vindas de outras partes do corpo

também são importantes na manutenção do equilíbrio. Por exemplo, as sensações

de pressão das plantas dos pés dizem ao indivíduo (1) se o peso está distribuído

igualmente entre os dois pés e (2) se o peso nos pés é mais para frente ou para trás.

Informações exteroceptivas como a pressão do ar contra a parte da frente do corpo

sinaliza que a força está se opondo ao corpo numa direção diferente daquela

caudada pela tração gravitacional, como resultado, o indivíduo se inclina para frente

para se opor a isto12.

2.3.3.1.1.1 Importância das Informações Visuais na Manutenção do

Equilíbrio.

Mesmo após a destruição do aparelho vestibular e até da perda da maior

parte das informações proprioceptivas do corpo, um indivíduo ainda pode usar os

mecanismo visuais de maneira razoavelmente eficaz para manter o equilíbrio. Até

mesmo um movimento linear ou rotacional discreto do corpo muda instantaneamente

as imagens visuais na retina, e estas informações são retransmitidas aos centros do

equilíbrio12.

2.3.3.1.1.1.1 Conexões Neuronais do Sistema Vestibular com o Sistema

Nervoso Central

A maior parte das fibras vestibulares termina no tronco cerebral nos núcleos

vestibulares, que estão localizados aproximadamente na junção do bulbo e parte da

ponte12.

A via primária para os reflexos do equilíbrio começa nos nervos vestibulares,

onde os nervos são excitados pelo sistema vestibular. A via então passa para os

núcleos vestibulares e cerebelo. A seguir, são enviados sinais para os núcleos

reticulares do tronco cerebral, bem como para a medula espinhal por meio dos tratos

vestibuloespinhais e reticuloespinhais. Os sinais para a medula controlam a inter-

relação entre facilitação e inibição dos muitos músculos antigravitários, deste modo,

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controlando automaticamente o equilíbrio12. Isto significa que a lesão grave de

qualquer dos lobos e CSCs causa perda do equilíbrio dinâmico durante alterações

rápidas do movimento, mas não perturba intensamente o equilíbrio sob condições

estáticas. Acredita-se que a úvula do cerebelo desempenhe um importante papel

semelhante no equilíbrio estático12.

Sinais transmitidos cranialmente para o tronco cerebral e provenientes de

ambos os núcleos vestibulares e do cerebelo por meio do fascículo longitudinal

medial causam movimentos corretivos dos olhos a cada vez que a cabeça gira, de

modo que os olhos continuam fixados num objeto visual específico. Os sinais

também ascendem (seja através deste mesmo trato ou através de tratos reticulares)

para o córtex cerebral, terminando num centro cortical primário para o equilíbrio,

localizado no lobo parietal profundamente na fissura cerebral lateral, no lado oposto

da fissura a partir da área auditiva do giro temporal superior. Estes sinais informam à

psique sobre as condições de equilíbrio do corpo12.

2.4 VERTIGEM POSICIONAL PAROXÍSTICA BENIGNA

Segundo o Clinical practice guideline: Benign paroxysmal positional vertigo a

tontura é responsável por cerca de 5,6 milhões de visitas médicas nos Estados

Unidos por anos, e entre 17 a 42 % dos pacientes com vertigem, finalmente, são

diagnosticados com VPPB13.

A tontura é um sintoma com alta prevalência nos idosos e tem sido

considerada desde então uma síndrome geriátrica14. Juntamente com as alterações

do equilíbrio corporal, representam de 5% a 10% das visitas às clínicas médicas ao

ano e acometem 40% das pessoas com idade acima de 40 anos15. A VPPB é

provavelmente a causa mais comum de vertigem vestibular representando

aproximadamente 20-30% dos diagnósticos em tonturas em clínicas

especializadas16.

O diagnóstico da VPPB ainda é duvidoso, devido ser uma disfunção

vestibular periférica, representando cerca de 19% das causas de vertigens17. Um

outro estudo constatou que a incidência da VPPB foi de 64 por 100.000 habitantes

por ano com aumento da incidência de 38% a cada década de vida18.

Estima-se que 25% dos idosos com mais de 70 anos, com queixas de

tontura, tenham VPPB e a grande maioria permanece com a queixa por mais de um

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ano17. Em outro estudo verifica- que cerca de 30 % dos idosos acima de 70 anos já

apresentaram pelo menos um episódio de VPPB19.

Estudiosos avaliaram a prevalência e incidência da VPPB através de um

questionário via telefone aplicado em 4.869 participantes da rede nacional de saúde.

Os critérios de diagnóstico para a VPPB foram pelo menos cinco crises de vertigem

vestibular com duração <1 min sem sintomas neurológicos concomitantes e,

invariavelmente, provocada por alterações típicas na posição da cabeça. A VPPB foi

responsáveis por 8% dos indivíduos com moderada ou severa tontura / vertigem. A

prevalência total de VPPB foi de 2,4%, a prevalência em um ano foi de 1,6% e a

reincidência em um ano foi de 0,6%. A duração média de um episódio foi de duas

semanas. Em 86% dos indivíduos afetados, a VPPB levou a consulta médica, a

interrupção das atividades diárias ou licença médica16.

A população adulta jovem também é afetada pela VPPB, um estudo tipo

coorte, foi realizado com 198 jovens adultos (99 homens e 99 mulheres), pacientes

de um hospital de uma pequena cidade do meio oeste dos Estados Unidos com

população de 125.000 habitantes. A média de idade abrangeu 18-34 anos sem

nunca ter recebido tratamento labiríntico e a prevalência de VPPB foi de 9% na

população adulta jovem19.

2.4.1 Fisiopatologia da VPPB

A VPPB é um dos quadros otoneurológicos que pode acarretar alterações no

equilíbrio corporal que interferem diretamente na qualidade de vida. Esta doença

apresenta um quadro clínico caracterizado por crise vertiginosa súbita,

habitualmente intensa, com segundos de duração, desencadeadas por

determinados movimentos da cabeça20.

Muitos casos, no entanto, têm história clínica atípica, em que o paciente

refere apenas tonturas, que podem ser de diversos tipos, mal-estar e/ou enjôos,

relacionados ou não com mudança de posição da cabeça. Há, ainda, pacientes com

sintomas vagos, de descrição difícil, como por exemplo, o mal-estar, impressão de

"vazio no estômago", fadiga física e/ou mental, desconforto físico, impressão de

desmaio iminente, calafrios entre outros21.

Estes sintomas e sinais são determinados pela presença indevida no

labirinto de partículas de carbonato de cálcio resultantes do fracionamento de

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estatocônios da mácula utricular. O depósito de partículas na cúpula do ducto

semicircular foi denominado cupulolitíase. Ductolitíase refere-se à presença de

partículas flutuando livremente no ducto semicircular em vez de aderidos à cúpula.

Apesar de ser idiopática na maioria dos casos, a VPPB pode ser ocasionada por

traumatismo crânio-encefálico, insuficiência vertebrobasilar, pós-cirurgia otológica,

hidropisia endolinfática, neurite vestibular ou doença de orelha média. A associação

da VPPB com a doença de Ménière também tem sido relatada22.

Segundo Weider et al.21, o primeiro a descrever a VPPB foi Busch, em 1882,

após a primeira descrição, os trabalhos referidos como importantes por estes

autores foram os de Adler, em 1897, e Báràny em 1921.

Bárány descreveu a fisiopatologia da VPPB pela primeira vez em 1921, após

Dix Hallpike lhe aferiu o termo definitivo. Em 1969 Schuknecht, desenvolveu a teoria

da cupulolítiase, da qual micropartículas estariam aderidas fixamente a cúpula do

canal semicircular (CSC), e desta forma, modificaria a mecânica de transdução dos

líquidos labirínticos com aceleração angular para aceleração linear. No entanto,

outras teorias surgiram e atualmente tem-se a teoria da canalitíase onde as

partículas de carbonato de cálcio circulariam livremente pela endolinfa do CSC e

golpeariam os terminais nervosos sensíveis da cúpula e existentes no término de

cada canal semicircular e ampolas2,3,6.

No que se refere à etiopatogenia, denominaram de cupulolitíase trata-se de

um depósito de partículas na cúpula do canal semicircular posterior24,25. Mais tarde,

propuseram que estas partículas estariam flutuando, o que é denominado

canalitíase. Porém, o corpo é capaz de absorver normalmente o cálcio dentro de

horas ou dias, sem desencadear os sintomas. Estes seriam desencadeados quando

o metabolismo corporal está com dificuldades na absorção do cálcio. Na presença

destas partículas de carbonato de cálcio livres nos canais semicirculares

provenientes do fracionamento dos otólitos da mácula utricular e em quantidade

suficiente para ativarem as terminações nervosas, há um disparo da vertigem

durante a movimentação cefálica, caracterizando a VPPB9,10.

As teorias atuais sobre o substrato fisiopatológico da VPPB são as

seguintes: 1) ductolitíase (pedaços de otólitos provenientes do utrículo, que passam

a flutuar na corrente endolinfática de um dos ductos semicirculares), em que a

duração do nistagmo de posicionamento é inferior a um minuto; e 2) cupulolitíase

(pedaços de otólitos provenientes do utrículo, que se depositam sobre a cúpula da

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crista ampular de um dos ductos semicirculares), em que a duração do nistagmo de

posicionamento é superior a um minuto20.

O canal semicircular mais acometido na VPPB é o posterior11, todavia, pode

haver depósito de otólitos nos CSCs lateral e anterior21.

2.4.1.1 Diagnóstico da VPPB

O diagnóstico da VPPB é baseado na história clínica e presença do

nistagmo, assim como, os distúrbios unilaterais são muito mais comuns do que os

bilaterais20.

O CSC posterior é o mais freqüentemente acometido (85-95% dos casos),

enquanto o CSC horizontal é acometido em 5 a 10% dos casos5. Existem poucos

relatos na literatura de comprometimento do CSC anterior5,6. Essas freqüências são

explicadas pela relação anatômica dos canais com o utrículo: a posição do CSC

posterior facilita o depósito de otólitos soltos no seu interior, enquanto a entrada de

partículas no canal anterior é muito mais difícil e, portanto incomum. O CSC

horizontal por sua vez tem uma abertura mais larga e movimentos de rotação lateral

(por exemplo, ao virar na cama durante o sono) facilitam a saída das partículas19.

As características do nistagmo de posicionamento, pesquisado às manobras

de Dix- Hallpike ou Brandt Daroff, presente na grande maioria dos casos de VPPB,

apontam o canal, o(s) labirinto(s) lesado(s) e possibilitam a distinção entre

ductolitíase e cupulolitíase, orientando a seleção de exercícios de reabilitação mais

indicados para cada caso, parte fundamental da terapêutica. O nistagmo de

posicionamento típico acompanha-se de vertigem e/ou enjôo, apresenta latência, é

paroxístico e fatigável à repetição da manobra desencadeante21.

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Figura 6. Características do nistagmo de posicionamento.

Fonte: Ganança et al., 200021

A manobra de Dix-Hallpike (DH) é considerada o critério de teste padrão

ouro de diagnóstico, cujo teste provocativo culmina em nistagmo após estimulação

do CSC posterior da orelha interna. O paciente é colocado na posição supina com a

cabeça virada lateralmente a 45 graus para o lado a ser testado, com ume leve

extensão de cervical de 20 graus. O teste é considerado positivo quando há

nistagmo vertical rotatório em direção da orelha avaliada. Outro critério inclui a

latência de início do nistagmo de não mais do que 15 segundos, com uma duração

total menor de 60 segundos13.

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Figura 7. Manobra de Dix Hallpike

Fonte: http://dailyem.wordpress.com/2013/09/02/the-dix-hallpike-test-for-bppv/

A visualização do nistagmo pode ser melhorada com o uso da

nistagmografia, com os óculos de Frenzel, e da videonistagmografia

computadorizada, com a Vídeo-Frenzel. O primeiro é um óculos de aumento que o

paciente utiliza e a Vídeo-Frenzel é composta por um óculos, sem entrada de luz,

com uma câmera infravermelha acoplada que filma a movimentação ocular e envia a

imagem para um computador. A videonistagmografia computadorizada possibilita um

diagnóstico mais eficaz, já que mostra o exato movimento do globo ocular, reduz a

fixação ocular e a inibição do nistagmo26,27,28,29.

O paciente deve ser avisado sobre a possibilidade de o teste causar

vertigem e náuseas e dar a sensação de estar caindo. Ele deve ser orientado de que

a sensação será passageira, mas alguns precisam de uma dose de sedativo e

antiemético. O teste deve ser iniciado pelo lado em que se suspeita que não seja

afetado, pois, após o desconforto causado pelos sintomas de um teste positivo,

dificilmente o terapeuta conseguirá testar o lado contralateral. Cuidados com

sintomas como fraqueza e escurecimento da visão devem ser tomados, esses

sintomas podem ocorrer por compressão da artéria vertebral, comum em idosos, na

extensão da coluna cervical29.

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2.4.1.1. Tratamento da VPPB

A VPPB é um problema mecânico do labirinto e deve ser tratada como tal19.

Os sintomas tendem a se resolver espontaneamente depois de algumas semanas

ou meses. Mas alguns pacientes, no entanto, experimentam recorrência meses ou

anos mais tarde, podendo variar desde episódios curtos até décadas de sofrimento

com intervalos curtos de remissão30.

Historicamente é comum tentar tranquilizar os pacientes diagnosticados com

VPPB de que sua condição é benigna e que desaparecerá espontaneamente nos

meses subsequentes, no entanto, evidências recentes mostram relativamente à alta

qualidade do tratamento com a manobra de resposicionamento (MRO). O tratamento

com MRO consiste em eliminar a vertigem devido à VPPB o que melhora a

qualidade de vida e reduz os riscos de queda13.

Cada ponto de apresentação de otólitos livres requer uma estratégia

diferente de tratamento através de manobras compostas por movimentos da cabeça

para restaurar a função semicircular normal e desta forma eliminar o nistagmo

posicional e a vertigem31.

As manobras de reposicionamento otolítico de Epley para os canais

semicirculares verticais ou para os canais semicirculares laterais, a manobra

liberatória de Semont e os exercícios de Brandt-Daroff costumam ser altamente

eficazes na grande maioria dos casos21.

A MRO de Epley para a VPPB de canais semicirculares posteriores ou

anteriores foi realizada colocando o paciente na posição da prova de Dix & Hallpike

que desencadeia o nistagmo de posicionamento, mantendo esta posição por três a

quatro minutos21.

A seguir, a cabeça do paciente foi vagarosamente conduzida, com o auxílio

das mãos do examinador para a inclinação de 45 graus do outro lado e o paciente

moveu o corpo na mesma direção, assumindo o decúbito lateral. A movimentação

cefálica no mesmo sentido e direção prosseguiu, até que o nariz apontou 45 graus

para baixo. O paciente permaneceu por mais três a quatro minutos nesta posição.

Finalmente, o paciente voltou lentamente a sentar-se. Em seguida, foi colocado um

colar cervical, mantido por dois dias consecutivos, para restringir a movimentação da

cabeça do paciente. O paciente foi instruído para dormir sentado nestes dois dias e

evitar deitar do lado afetado por uma semana21.

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Na VPPB bilateral, a manobra de Epley foi executada para o outro lado

somente após o desaparecimento do nistagmo de posicionamento correspondente

ao distúrbio vestibular do lado inicialmente tratado21.

Embora o tratamento da VPPB seja multiprofissional, longo e oneroso,

algumas medidas vêm sendo tomadas com o intuito de torná-lo mais eficaz e menos

exaustivo ao paciente. Sendo assim, a manobra de reposicionamento de Epley

constitui uma forma de tratamento com boa viabilidade, baixo custo e índice de

efeitos colaterais praticamente insignificantes. Esta é uma técnica simples e bem

tolerada de terapia física que pode aliviar a vertigem em grande maioria dos

pacientes. A literatura científica da área vem demonstrando que, cerca de 75% de

pacientes ficam livres dos sintomas com uma manobra2,7,32.

Figura 09. Manobra de reposicionamento de Epley

Fonte: http://www.vertigemetontura.com.br/Epley%20original-3.jpg

2.5 ANÁLISE DO EQUILIBRIO CORPORAL

Para entender o equilíbrio corporal, especifica-se aquela situação na qual o

corpo adota uma determinada posição em relação ao espaço, o qual a cabeça é

dirigida para cima e a face para frente com ereção do corpo todo com o intuito de

posicionar a cabeça na parte alta, essa posição em pé é a posição ortostática ou

ereta33. Sendo assim, mesmo um comportamento cotidiano como a manutenção da

posição ereta, ao contrário do que parece, é uma tarefa complexa que envolve um

complexo relacionamento entre informação sensorial e atividade motora34,35.

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Para o equilíbrio corporal estático ser mantido é necessário um conjunto de

estruturas funcionalmente entrosadas: o sistema vestibular, os olhos e o sistema

proprioceptivo. A manutenção do equilíbrio geral é realizada pelo sistema vestibular,

esse sistema detecta as sensações de equilíbrio, sendo composto de um sistema de

tubos ósseos e câmaras na porção petrosa do osso temporal chamado de labirinto

ósseo e dentro dele um sistema de tubos membranosos e câmaras chamadas de

labirinto membranoso (ou membranáceo), que é a parte funcional do sistema

vestibular36.

Segundo estudos, foi constatado que 65% dos indivíduos com idade superior

a 60 anos experienciam frequentemente a episódios de perda de equilíbrio e

tonturas37. Desta forma, para ajudar avaliar com precisão a oscilação do equilíbrio

postural utiliza-se a posturografia.

Define-se como posturografia qualquer estudo ou técnica que avalie a

oscilação do corpo ou de uma variável associada a essa oscilação. A posturografia

estática (estabilometria) fornece informações sobre a capacidade de integrar

múltiplas entradas que contribuem para o controle da postura. A estabilometria usa

um transdutor de força vertical para determinar flutuações instantâneas no Centro de

Pressão38.

A posturografia é comumente dividida em posturografia estática, quando a

postura ereta quieta do sujeito é estudada e posturografia dinâmica, quando a

resposta a uma perturbação aplicada sobre o sujeito é estudada. A medida

posturográfica mais comumente utilizada na avaliação do controle postural (CP). O

CP e o ponto de aplicação da resultante das forcas verticais agindo sobre a

superfície de suporte. O equipamento mais utilizado para mensurar o CP é a PF. Os

dados do CP adquiridos podem ser visualizados de duas formas: por um

estatocinesigrama ou por um estabilograma39.

O Centro de Gravidade (CG) é uma medida de deslocamento e é totalmente

independente da velocidade ou aceleração total do corpo e de seus segmentos. O

CP também é uma medida de deslocamento e é dependente do CG, mas o CP

expressa à localização do vetor resultante da força de reação do solo em uma

plataforma de força. Por conseguinte, o deslocamento do CG é a grandeza que

realmente indica a oscilação do corpo inteiro, e a grandeza CP, é na verdade, uma

combinação da resposta neuromuscular ao deslocamento do CG e da própria

posição do CG39.

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Outros estudos também referem que a medida estabilométrica comumente

utilizada na avaliação do controle postural é o centro de pressão (COP), que é o

ponto de aplicação da resultante das forças verticais agindo sobre a superfície de

suporte e representa um resultado coletivo do sistema de controle postural e da

força da gravidade. A PF consiste de uma placa sob a qual sensores de força estão

dispostos de tal forma que medem os componentes da força e do momento de força,

nas direções ântero-posterior, médio-lateral e vertical, agindo sobre a plataforma40.

Este tipo de avalição pode complementar os testes convencionais de

diagnóstico vestibular, que são redundantes na análise do RVO, e apresenta valor

na abordagem clínica, documentação e monitorização do tratamento dos distúrbios

do equilíbrio corporal41.

Nos últimos anos, alguns sistemas de realidade virtual e plataforma de força

estática e dinâmica foram desenvolvidos objetivando o aprimoramento dos métodos

de avaliação do equilíbrio corporal e de reabilitação dos sistemas equilibratórios42.

Figura 09. Plataforma de Força

Fonte:

http://www.cefid.udesc.br/imagens/id_submenu/1762/plataforma_de_forca_biomec_4

10_emg.jpg

2.6 ASSOCIAÇÃO ENTRE A MANOBRA DE EPLEY E POSTUROGRAFIA

Os pacientes com VPPB tendem a restringir suas movimentações, evitando

o aparecimento das crises vertiginosas, levando a distúrbios posturais, prejuízo no

equilíbrio corporal e na capacidade funcional e, consequentemente, redução em sua

qualidade de vida. A tontura de origem vestibular limita o controle postural,

prejudicando a estabilidade e o alinhamento corporal, o que ocasiona um déficit de

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equilíbrio e aumento do risco de queda nesta população7. Nos episódios, é comum o

aparecimento de náuseas, vômitos, cefaléia, desequilíbrio e/ou quedas42.

Além da queixa de vertigem abrupta durante movimentos cefálicos bruscos,

Outras queixas associadas à VPPB incluem problemas de equilíbrio que podem

durar horas ou dias após a interrupção do episódio, assim como sensações mais

vagas, como a tontura ou uma sensação de flutuar43.

A posturografia permite avaliar quantitativamente a componente vestíbulo-

espinhal do equilíbrio corporal. Ela é realizada em PF estáticas (estabilometria ou

estatocinesiometria) e dinâmicas (posturografia dinâmica). A estabilometria tem sido

utilizada por muitos autores em pesquisa e avaliação clínica. Ela provê medidas da

função vestíbulo-espinhal, dando informações complementares indispensáveis para

avaliação de pacientes com tontura, além de analisar as interações sensoriais44.

Um estudo teve como objetivo avaliar as características clínicas e funcionais

do equilíbrio corporal em idosos com VPPB, pré e pós-manobra de Epley

modificada. A amostra foi composta por 30 idosos, dois do gênero masculino e 28

do feminino, com idade igual ou superior a 60 anos com VPPB. A manobra de Epley

modificada foi feita semanalmente até que desaparecessem a vertigem e o nistagmo

de posicionamento, após era reencaminhado para reavaliação médica e funcional na

semana seguinte, com os mesmos testes funcionais realizados na avaliação pré-

tratamento. Nos testes de equilíbrio estático e dinâmico realizados, observaram as

mesmas alterações, confirmando que a VPPB altera o controle postural em

pacientes não tratados, levando a aumento do risco de quedas, instabilidade

corporal e limitação das atividades de vida diária. Contudo, os resultados deste

estudo demonstraram que os pacientes idosos com VPPB apresentam prejuízos

funcionais relacionados ao equilíbrio corporal e que a manobra de Epley modificada

é eficiente para a resolução dos sintomas clínicos e para o restabelecimento dos

aspectos funcionais do equilíbrio corporal42.

Em outro estudo, foram comparados os resultados obtidos na posturografia

estática em idosos antes e após as MRO e após um intervalo de 12 meses do

tratamento inicial para VPPB. A amostra foi composta por 21 indivíduos com idade

entre 60 a 79 anos, sendo 82,6% do sexo feminino e 17,4% do masculino. A

posturografia estática quando comparada nos momentos pré e pós-manobra

apresentou melhora significativa no equilíbrio corporal na população idosa,

demonstrando que há eficácia nas manobras de reposicionamento otolítico no

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tratamento da VPPB. Porém, após 12 meses do tratamento os resultados mostraram

alterações do equilíbrio corporal semelhantes ao momento pré-tratamento. Portanto,

os resultados desta pesquisa permitem concluir que a posturografia estática aponta

que houve um aumento da oscilação corporal, indicando piora no equilíbrio corporal

após 12 meses do tratamento para VPPB43.

Costa et. al.44, avaliaram a resposta dos parâmetros estabilométricos à

manobra de reposicionamento de Epley em indivíduos com VPPB previamente

confirmada através da manobra de Dix-Hallpike em 13 indivíduos do sexo feminino

com VPPB. Após a manobra de repocisionamento de Epley em todos os indivíduos

os escores das variáveis estabilométricas apresentaram-se reduzidos: largura de

deslocamento do centro de pressão no sentido ântero-posterior reduziu para 06 mm

(DP± 7,25mm), bem como, a largura de deslocamento do centro de pressão no

sentido látero-lateral com 3.84mm (DP±4.65), a área de deslocamento do centro de

pressão 22,30mm (DP±4.56) e velocidade média quadrática foi de 5,39mm/s (DP

±4.13). Este estudo concluiu que as respostas finais dos parâmetros

estabilométricos, após a manobra de reposicionamento de Epley em indivíduos com

VPPB, resultaram em comprovação da efetividade em relação ao equilíbrio postural

de forma imediata, proporcionando melhor estabilidade em relação às oscilações

ocorridas no corpo anteriormente à sua aplicação.

A manutenção da estabilidade postural foi investigada em pacientes com

VPPB "idiopática" do CSC posterior em comparação com indivíduos saudáveis,

através da posturografia estática em duas condições: com os olhos abertos e

fechados. O efeito da manobra de reposicionamento de Epley na recuperação da

estabilidade postural em pacientes com diferentes durações de VPPB e menos de

60 dias após o primeiro episódio de vertigem de posicionamento (grupo I) e mais de

60 dias (grupo II) foi examinado. A investigação foi feita uma hora após o teste de

Dix-Hallpike positivo e 07 dias após o tratamento com a manobra de Epley.

"Velocidade de oscilação" (VO) e o "espectro de potência relativa" (EPR) dos

estabilogramas foram calculados para avaliar a estabilidade postural para cada

sujeito e cada condição experimental. Os resultados mostraram que a manutenção

postural em pacientes com VPPB dependia da duração da doença. Os pacientes

com duração dos sintomas da VPPB com menos de 60 dias após o primeiro episódio

demonstrou uma alta dependência do input visual para a estabilidade postural. Uma

semana após a manobra de Epley, também foram encontradas diferenças na

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recuperação do controle postural em ambos os grupos de pacientes. Assumimos

que a função otólitítica perturbada com a dinâmica deficiente de um canal

semicircular gera um padrão particular de manutenção postural. O diferente grau de

restauração da estabilidade postural uma semana após o tratamento com manobra

de reposição otlítica em pacientes com VPPB com diferentes durações da doença

nos dá razão para acreditar que após a remoção do otoconia do canal semicircular,

algum estímulo de outros subsistemas sensoriais e mecanismos de adaptação

ocorridos levam a um novo padrão de manutenção postural45.

Em seu estudo Celebisoy et al.46, avaliaram 32 pacientes com VPPB de

canal posterior (CP) e 12 pacientes com VPPB de canal horizontal (CH) antes e

após o tratamento com manobra de reposicionamento otolítico (MRO). O equilíbrio

estático foi medido no centro médio de gravidade e a oscilação da velocidade

registrada em quatro condições diferentes: em uma plataforma estática e em

espuma com olhos abertos e fechados. O equilíbrio dinâmico foi medido em teste

conjunto de caminhada. Pacientes com VPPB de CP apresentaram maior velocidade

de oscilação na postura em espuma com os olhos fechados. Após a MRO a

velocidade diminuiu significativamente. Os resultados dos pacientes VPPB CH não

eram diferentes dos voluntários saudáveis através de todas as quatro condições de

teste. A velocidade da caminhada dos pacientes tanto com VPPB CP e VPPB CH foi

significativamente baixa, ela aumentou somente após o tratamento nos dois grupos.

Desta forma, concluiu-se que pacientes com VPPB CP tinham sua capacidade de

equilíbrio estático prejudicado devido a um coágulo no canal afetado. A capacidade

de equilíbrio dinâmico medido pela velocidade de caminhada foi prejudicada tanto

em pacientes com VPPB de CP e pacientes VPPB CH. Os déficits estáticos e

dinâmicos melhoraram significativamente após MRO.

Trinta e dois pacientes afetados por vertigem posicional paroxística benigna

idiopática (VPPB) do canal semicircular posterior foram estudados antes, 03 dias e

um mês após uma manobra Semont resolutiva por meio da posturografia dinâmica.

O controle postural (CP) global em pacientes com VPPB mostrou-se prejudicado,

como demonstrado pelos escores de equilíbrio patológicos. Os dados obtidos antes

do tratamento mostraram um padrão específico de comprometimento vestibular e um

escore composto patológico. Após a manobra liberatória do Teste de Integração

Sensorial houve uma melhora significativa na composição. No entanto, diferenças

significativas de CP ainda foram detectadas três dias e um mês após a recuperação

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clínica da VPPB. Após a manobra liberatória uma melhora consistente no controle

postural global tem sido observada, mas as diferenças residuais CP parecem sugerir

que há danos às máculas otoconiais, mesmo quando não há melhora significativa

nos sinais clínicos47.

2.7 ASSOCIAÇÃO ENTRE POSTUROGRAFIA E OUTRAS

VESTIBULOPATIAS

Além da VPPB outras vestibulopatias são causadoras de tontura, bem como,

um dos sintomas mais referidos na prática clínica, chega a estar presente em 5% a

10% da população mundial, sendo a sétima queixa mais encontrada em mulheres e

a quarta nos homens. A vestibulopatia causada por desordens no sistema vestibular

- labirinto e nervo vestibular - é denominada vestibulopatia periférica ou

labirintopatia. Representa a maior parte dos casos de alterações do equilíbrio.

Quando a origem da vestibulopatia está em disfunções acima do nervo vestibular,

ela é chamada de vestibulopatia central48.

A instabilidade e os desequilíbrios posturais em indivíduos com

vestibulopatias, habitualmente, manifestam-se pelo aumento da oscilação do corpo

nas condições de conflito visual e somatossensorial, redução do limite de

estabilidade, desvio a marcha, quedas e redução de sua capacidade funcional. A

integração funcional no sistema nervoso central das informações de estruturas

sensoriais do sistema vestibular (constituído pelo labirinto, nervo vestibular, vias,

núcleos e inter-relações no sistema nervoso central), do sistema visual e do sistema

somatossensorial desencadeia reflexos vestíbulo-oculares e vestíbulo-espinhais

para estabilizar o campo visual e manter a postura ereta. Quando há conflito na

integração das informações vestibulares, visuais e somatossensoriais ocorrem

sintomas e sinais de perturbação do equilíbrio corporal49.

Muitas vezes as vestibulopatias são incapacitantes, tendo grande impacto no

dia-a-dia e na produtividade do paciente49.

Diante disso um estudo buscou investigar a influência da manipulação de

informações sensoriais sob variáveis do equilíbrio corporal em indivíduos com e sem

queixas de tontura. Participaram do estudo 47 indivíduos, sendo 24 com queixas de

tontura e 23 sem queixas de tontura. Com o aumento da dificuldade imposta pelas

quatro diferentes condições, expressas neste estudo, pode-se vislumbrar que diante

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da sensibilização da informação proprioceptiva e com a ausência da visual, os

indivíduos apresentaram maiores oscilações. Porém, a manutenção da postura em

pé foi mantida mesmo sofrendo vários desafios. Com relação à comparação entre os

grupos com e sem queixas de tontura se aceita a hipótese nula, uma vez que não

foram encontradas diferenças estatisticamente significantes no equilíbrio corporal em

diferentes condições sensoriais50.

Pacientes com disfunção vestibular (31 sujeitos) foram acompanhados por

um período aproximado de 260 dias, através de medidas seriadas das oscilações

posturais, usando os parâmetros de deslocamento e área na estabilometria.

Encontraram uma correlação da melhora clínica com a diminuição das oscilações

posturais ao longo do tempo, confirmando para os autores a utilidade do exame no

acompanhamento de pacientes com disfunções vestibulares. Em suma, os achados

demonstram que os parâmetros estabilométricos escolhidos são úteis para avaliação

funcional de pacientes com queixa de tontura. Contudo, eles sugerem, pelos

resultados do presente estudo, que esteja ocorrendo uma compensação deficiente

do RVE em relação à compensação alcançada em nível do RVO, já que os

resultados eletronistagmográficos foram normais51.

Outro estudo se propôs a analisar os resultados da estabilometria de

pacientes com queixa de tontura que apresentaram eletronistagmografia normal e

compará-los aos de um grupo de pessoas saudáveis. No total foram avaliados 22

pacientes sendo 15 mulheres e sete homens com idade média de 47,6±9 anos, já o

grupo controle foi de 25 sujeitos saudáveis sendo 18 mulheres e sete homens com

idade média de 46,8±7 anos. Todos os indivíduos foram submetidos à estabilometria

com os olhos abertos, em seguida por olhos fechados, durante 30 segundos cada.

Como resultado, verificou-se que o grupo de pacientes apresentou resultados

estatisticamente significativos em todos os parâmetros estabilométricos avaliados

quando comparados ao grupo controle. Na comparação dos resultados com os olhos

fechados e abertos, apenas a velocidade média ântero-posterior no grupo controle

foi significativa. Desta forma, conclui-se que o grupo de pacientes apresentou

resultados estatisticamente significativos em relação ao grupo controle em todos os

parâmetros estabilométricos analisados, demonstrando, assim, que o grupo de

pacientes com queixa de tontura apresentou maior instabilidade na posição

ortostática do que o grupo de sujeitos saudáveis52.

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A posturografia estática foi avaliada utilizando-se realizade virtual no

Balance Rehabilitation Unit (BRUTM) em pacientes com diagnóstico de doença de

Ménière definida. A amostra foi composta por 40 indivíduos do grupo controle e 30

pacientes com doença de Ménière definida no período intercrítico da afecção. O

grupo controle foi constituído por nove indivíduos do gênero masculino (22,5%) e 31

do feminino (77,5%). O grupo de pacientes com doença de Ménière foi constituído

por oito indivíduos do gênero masculino (26,7%) e 22 do feminino (73,3%). Houve

diferença significante entre os valores da velocidade de oscilação nas condições de

superfície firme, estimulação optocinética para baixo (p=0,038) e interação vísuo-

vestibular horizontal (p=0,049) e da área de elipse nas condições de superfície firme,

olhos fechados (p=0,001), estimulação optocinética para a esquerda (p=0,007),

estimulação optocinética para baixo (p=0,003), interação vísuo-vestibular horizontal

(p=0,003) e interação vísuo-vestibular vertical (p=0,028) entre os pacientes com

doença de Ménière e o grupo controle. Os resultados indicaram que a posturografia

do Balance Rehabilitation Unit (BRUTM) é um método que pode auxiliar na

identificação das alterações dos sistemas sensoriais relacionados com o equilíbrio

corporal de pacientes com doença de Ménière, pois avalia o equilíbrio corporal

utilizando estímulos que ocorrem na vida diária. As informações sobre as alterações

dos valores da velocidade de oscilação e da área de elipse na posturografia em

situações com ou sem privação visual, somatossensorial ou vestibular podem

contribuir de modo relevante na programação e no acompanhamento do tratamento

dos distúrbios de equilíbrio corporal em pacientes com doença de Ménière.

Concluíram que a avaliação do equilíbrio corporal pela posturografia do Balance

Rehabilitation Unit (BRUTM) possibilita a identificação de anormalidades da

velocidade de oscilação e da área de elipse em pacientes com doença de Ménière,

nas condições em que houve privação da visão e conflito visual por meio de

estímulos optocinéticos e de estímulos que integram o sistema visual e vestibular53.

Os distúrbios do equilíbrio corporal também foram estudados a fim de

caracterizar a prevalência das etiologias que acometem os pacientes idosos do

Setor de Otoneurologia do HCFMUSP. Os dados descritos representam o resultado

de um estudo prospectivo das características da população de idosos (acima dos 65

anos) com queixas de alteração do equilíbrio corporal, definidas como desequilíbrio

e/ou tontura. Dos 55 pacientes avaliados, 45 eram do sexo feminino (81,8%) e 10

eram do sexo masculino (18,2%). A média de idade dos pacientes era de 72,3 anos

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(desvio padrão de ± 6,46 anos) e mediana de 71 anos. Todos os pacientes foram

submetidos à avaliação clínica padronizada por uma ficha de atendimento

otoneurológico, composta de anamnese dirigida para a queixa de equilíbrio,

sintomas correlatos e doenças associadas, exame físico geral e otoneurológico,

avaliação audiométrica, exames laboratoriais para investigação metabólica e

hematológica, exame eletronistagmográfico, quando indicado, para elucidar a

pesquisa diagnóstica, posturografia computadorizada para quantificar o déficit de

equilíbrio e demais exames específicos, dependendo da etiologia em questão. O

paciente idoso com alteração do equilíbrio corporal apresentou mais de uma

etiologia relacionada ao seu problema em 51% dos casos, sendo as patologias mais

frequentes: insuficiência Vértebro-Basilar – IVB (40%), Alteração Metabólica

relacionada a metabolismo de açúcar e colesterol (40%), Síndrome do Desequilíbrio

de Idoso – SDI (30%), Vertigem Posicional Paroxística Benigna – VPPB (14,5%),

Vestibulopatia Cervical (7,2%) e Alterações Hormonais (5,4%), entre outras. As

alterações proprioceptivas são citadas como responsáveis por aproximadamente

17% dos casos de desequilíbrio no idoso, sendo que em 7% dos casos podem ser

causa primária da doença. Acreditamos que, a partir do uso da posturografia

dinâmica computadorizada, possamos aumentar o numero de casos diagnosticados

de disfunção proprioceptiva isolada ou associada a outras etiologias54.

O presente estudo investigou a eficiência da estabilometria e

baropodometria estática na avaliação do equilíbrio em sujeitos normais e

vestibulopatas. Participaram do estudo 52 voluntários (26 homens e 26 mulheres),

com média de idade de 50±10 anos, IMC abaixo de 25 kg/m2, sem distúrbios

osteoarticular, sensório-motor e deficiência visual. Após diagnóstico de

vestibulopatia pela vectoeletronistagmografia (VENG), os sujeitos foram divididos em

dois grupos: 26 voluntários sadios (GS) e 26 voluntários vestibulopatas (GV). O

exame de estabilometria com olhos abertos e fechados e a baropodometria estática

foi realizado durante 1 minuto em repouso e na posição ortoestática. Na

estabilometria, a velocidade média de oscilação em milímetros por segundos (mm/s),

deslocamento Antero/Posterior (A/P) em mm/s e o deslocamento Latero-Lateral (L/L)

em mm/s, com olhos fechados, apresentou diferença estatística significante, p<0,05,

entre os grupos. A descarga de peso e distribuição de carga, na baropodometria

estática, não apresentou diferença estatística com relação à base de apoio. Estes

resultados sugerem que a estabilometria e a baropodometria estática foram

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eficientes na avaliação de pacientes vestibulopatas identificando diferenças no

equilíbrio estático, deslocamento A/P e L/L, com a mesma descarga e distribuição de

peso na base de apoio55.

O objetivo deste estudo foi investigar os parâmetros estabilométricos nas

vestibulopatias periféricas, bem como, os efeitos do tratamento com MRO de Epley,

no equilíbrio de pacientes adultos com VPPB.

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3. Artigo 1 O artigo será sumetido ao peródico: CoDAS - Sociedade Brasileira de

Fonoaudiologia ISSN 2317-1782 (continuação do Jornal da Sociedade Brasileira de

Fonoaudiologia – ISSN 2179-6491).

Estudo da posturografia estática nas vestibulopatias periféricas

Study of static posturography on peripheral vestibulopathies

Estudo da posturografia estática nas VP

Pricila Perini Rigotti Francol, Vanessa Cristina Gorresll, Rubens Alexandre da

Silva Juniorlll, Ricardo BorgeslV, Lucas Uliani LimaV, Ana Maria CiolaVI, Luciana

Lozza de Moraes MarchioriVII.

lFonoaudióloga. Especialização em Audiologia. Professor Assistente do curso de

Fonoaudiologia da Universidade Norte do Paraná (UNOPAR) – Londrina (PR),

Brasil. Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação -

Programa Associado entre Universidade Estadual de Londrina (UEL) e Universidade

Norte do Paraná (UNOPAR) - Londrina (PR), Brasil.

IIGraduanda em Fonoaudiologia pela Universidade Norte do Paraná (UNOPAR) –

Londrina (PR), Brasil.

IIIPós-doutor em Envelhecimento e Desempenho Motor pela University of Ottawa

(Ottawa, ON, Canadá). Mestre e Doutor em Reabilitação pela Université de Montréal

(Montreal, QC, Canadá). Professor Titular da Universidade Norte do Paraná

(UNOPAR, Londrina): Programas de Pós-Graduação de Mestrado e Doutorado em

Ciências da Reabilitação associado UEL/UNOPAR, e Mestrado Profissional em

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Exercício Físico na Promoção da Saúde. Docente do Curso de Fisioterapia

UNOPAR. Coordenador do Laboratório de Avaliação Funcional e Performance

motora humana: LAFUP desde 2009 (UNOPAR). Editor Científico Revista UNOPAR

Científica (área da Ciências da Saúde). Membro Titular do Comitê Assessor da

FUNADESP. Consultor Científico da CAPES. Colaborador dos programas de

Mestrado e Doutorado em Reabilitação da Université de Montréal (Canadá).

Professor Pesquisador UNIC (Cuibá, MS). Expertise de Ensino e Pesquisa:

Disfunções neuro-músculo-esqueléticas, Controle Postural, Desportiva, Exercícios,

Dor Lombar Crônica, Envelhecimento, Biomecânica, Instrumentação e sinais

biológicos (Dinamometria, Cinemática, Ultra-som, Plataformas de força e EMG).

IVMédico. Especialista em otorrinolaringologia pela Associação Médica Brasileira e

Sociedade Brasileira de Otorrinolaringologia. Residência médica em

otorrinolaringologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Mestrado em

medicina, área de concentração em otorrinolaringologia, pela Faculdade de Ciências

Médicas da Santa Casa de São Paulo. Professor assistente no curso de medicina da

Universidade Estadual de Londrina (UEL) – Londrina, Brasil. Supervisor do programa

de residência médica em otorrinolaringologia do Hospital Universitário de Londrina

(UEL).

VMédico. Especialista em otorrinolaringologia pela Universidade Estadual de

Londrina (UEL) – Londrina-PR, Brasil.

VIMédica. Especialista em Otorrinolaringologia pelo Instituto CEMA – São Paulo, SP,

Brasil, especialista em cirurgia geral pela Universidade Estadual de Londrina – PR,

Brasil.

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VIIFonoaudióloga. Doutor em Medicina e Ciencias da Saúde pela Universidade

Estadual de Londrina; Professor Titular na Universidade Norte do Paraná (UNOPAR)

Londrina-PR, Brasil. Programa de Pós-Graduação de Mestrado e Doutorado (Nota 4)

em Ciências da Reabilitação associado UEL/UNOPAR e do Curso de

Fonoaudiologia da UNOPAR. Coordenadora do projeto de extensão de atendimento

multidisciplinar aos pacientes portadores de vertigem na UNOPAR desde 2006

(UNOPAR).

Este estudo foi realizado no Laboratório Laboratório de Avaliação Funcional e

Performance motora humana: LAFUP na Universidade Norte do Paraná (UNOPAR) –

Londrina (PR), Brasil.

Correspondência

Pricila Perini Rigotti Franco

Universidade Norte do Paraná – UNOPAR, Av. Paris, 675, Jardim Piza, Londrina

(PR), Brasil, CEP: 86041-120

e-mail: [email protected]

Tel: (43) 3371-7700

Declara-se inexistência de conflitos de interesse entre todos os autores.

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44

RESUMO

OBJETIVO: Investigar os parâmetros estabilométricos do equilíbrio na posturografia

de indivíduos com VPPB em comparação a indivíduos com outras vestibulopatias.

MÉTODOS: Amostra de 49 pacientes, sendo 29 pacientes adultos com diagnóstico

de VPPB (G1), 09 pacientes com Disfunção Vestibular (G2) e hiperreflexia bilateral

em valor absoluto na vectoeletronistagmografia e o G3 (controle) com 11 indivíduos.

Todos foram submetidos ao teste de equilíbrio por meio de uma Plataforma de Força

nas posições bipodal (P1) e semi tandem (P2) com olhos abertos (situação visual).

RESULTADOS: Não houve diferença estatisticamente significante quando

comparados os grupos com vestibulopatias (G1 e G2), ambos apresentam controle

postural semelhante para os parâmetros estabilométricos e nem quando o G2 foi

comparado ao G3, embora tenha apresentado um desempenho 37,5% pior para a A-

COP. Encontrou-se, no entanto diferença estatisticamente significante para o G1 e

G3. CONCLUSÃO: Embora não tenham sido encontradas diferenças

estatisticamente significantes nos resultados da posturografia entre vestibulopatias

periféricas, houve diferença estatisticamente significante em relação aos parâmetros

estabilométricos do equilíbrio (A-COP, desl.Total, ampl.AP, ampl.ML, vel.ML), entre

os pacientes com disfunção vestibular (VPPB) e melhora geral no G2 quando

comparados aos pacientes sem vestibulopatias. Tais dados mostram a importância

da verificação dos parâmetros estabilométricos no estudo das vestibulopatias

periféricas, pois fornecem dados quantitativos sobre o desequilíbrio. Salienta-se a

necessidade de mais estudos de delineamento longitudinal para verificar as

mudanças no equilíbrio em longo prazo nas vestibulopatias de modo geral.

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Palavras-chaves: Tontura, Vertigem, Equilíbrio Postural, Doenças Vestibulares,

Adultos.

ABSTRACT

OBJECTIVE: To investigate the stabilometric parameters of balance in

posturography in individuals with BPPV in comparison to other vestibulopathies.

METHOD : Sample from 49 patients with 29 adult patients with BPPV (G1), 09

patients with Vestibular Dysfunction (G2) and Hyper-Reflective Bilateral in accurate

value in electro-nistamography and G3 (control) with 11 individuals. All the patients

were submitted to the balance test through a force platform (FP) in bipedal position

(P1) and semi-tandem position P2 with open eyes. RESULTS: There was no

statistically significant difference when compared to groups with vestibulopathies (G1

and G2), both presented similar posture control similar for the stabilometric

parameters and not even when G2 was compared to G3, although it has presented a

performance 37,5% worse for COP. It was found, however statistically significant

difference for G1 and G3. CONCLUSION: Although statistically significant differences

were not found in the results of posturography on peripheral vestibulopathies, there

was statistically significant difference in relation to the stabilometric parameters of

balance (COP, total displacement, Ampl.AP, Ampl.ML, Vel.ML) among the patients

with Vestibular Dysfunction (VPPB), and general improvement in G2 when compared

to the patients with vestibulopathies. Such data show the importance of verification of

stabilometric parameters in studies of peripheral vestibulopathies, because they

provide quantitative data about imbalance. It is reinforced the necessity of more

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studies on longitudinal delineament to verify long term changes in balance in

vestibulopathies in general.

Keywords: Dizziness, Vertigo, Postural Balance, Vestibular Diseases, Adults.

INTRODUÇÃO

A tontura é um sintoma característico de comprometimento do equilíbrio

corporal com origem em alterações labirínticas na maioria dos casos, e geralmente

descritas como atordoamento, sensação de “cabeça leve”, impressão de queda

iminente, instabilidade, sensação de flutuação, desequilíbrio ao andar ou em pé e

desorientação espacial, já a vertigem é a forma mais frequente de tontura,

caracteriza-se por sensação de rotação no meio ambiente ou de giro do ambiente1.

Estima-se que prevalência das alterações do equilíbrio e episódios de

vertigem represente 5 a 10% das visitas médicas ao ano, e atingem 40% das

pessoas com idade acima de 40 anos. No entanto, pode acometer crianças,

adolescentes, adultos e idosos, com caráter agudo ou crônico, ter intensidade leve,

moderada ou severa, ocorrer de modo esporádico, frequente ou permanente. Pode

interferir consideravelmente na qualidade de vida e levar à incapacitação parcial ou

total no desempenho das atividades sociais e profissionais1,2.

As tonturas e vertigens podem fazer parte de quadros de vestibulopatias,

entre as numerosas causas de vestibulopatias estão traumatismos cefálicos,

infecções bacterianas ou virais, uso de medicamentos (anticoncepcionais, sedativos,

tranquilizantes, antiinflamatórios não hormonais, antibióticos, quimioterápicos entre

outros) ou multimedicação, uso ou abuso de fumo, café, álcool ou maconha, erros

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alimentares, alergias, diversas doenças do sistema nervoso central, distúrbios

psiquiátricos e envelhecimento3.

Dentre as diversas vestibulopatias já descritas está a Vertigem Posicional

Paroxística Benigna (VPPB) que é provavelmente a causa mais comum de vertigem

vestibular representando aproximadamente 20-30% dos diagnósticos emtonturas em

clínicas especializadas4.

A avaliação do individuo com tontura é desafiante e complexa, devido à

quantidade de possibilidades diagnósticas. Mais de 60 enfermidades têm sido

relacionadas como causadoras de tontura, que podem representar a queixa principal

do paciente ou um frequente sintoma5,6.

A instabilidade e o desequilíbrio postural em indivíduos com disfunção

vestibular, habitualmente, manifestam-se pelo aumento da oscilação do corpo nas

condições de conflito visual e somatossensorial, redução do limite de estabilidade,

desvio a marcha, quedas e redução de sua capacidade funcional.

Desta forma, para ajudar na avaliação com precisão da oscilação do equilíbrio

postural utiliza-se a posturografia que fornece informações sobre a capacidade de

integrar múltiplas entradas que contribuem para o controle postural7,8,9.

Diante dessas considerações o objetivo deste estudo foi investigar e

comparar os parâmetros estabilométricos do equilíbrio na posturografia em

indivíduos com VPPB e Disfunção Vestibular Periférica.

MÉTODOS

Delineamento de estudo

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Estudo prospectivo transversal submetido à Comissão de Normas Éticas e

Regulamentares da Universidade, que o aprovou no protocolo de número CAAE:

19134613.8.000.0108.

A amostra total foi constituída por 49 sujeitos, sendo 29 sujeitos adultos com

diagnóstico de VPPB denominados grupo 1 (G1), denominados grupo 2 (G2) 09

pacientes apresentando Disfunção Vestibular (DV) com hiperreflexia bilateral em

valor absoluto na vectoeletronistagmografia e grupo 3 (G3) controle com 11

indivíduos saudáveis. Todos os participantes foram encaminhados por um médico

otorrinolaringologista com a avaliação de vectoeletronistagmografia realizada, foram

selecionados pelo método de amostragem não probabilístico e por conveniência do

Projeto de Extensão de Reabilitação Vestibular Centro de Pesquisa em Ciências da

Saúde da Universidade Norte do Paraná (UNOPAR).

Como critérios de exclusão não participaram do estudo indivíduos que

apresentaram limitações físicas e sensoriais que impediam a realização dos testes

de equilíbrio, como incapacidade de compreender e atender aos comandos verbais

simples e/ou a incapacidade de adotar as posições solicitadas; aqueles que

apresentaram acuidades auditivas e/ou visuais gravemente diminuídas e

incapacitantes às atividades de vida diária; pacientes com distúrbios ortopédicos que

resultam em limitação de movimento ou utilização de próteses em membros

inferiores; pacientes com distúrbios neurológicos e/ou psiquiátricos; pacientes com

disfunção vestibular central; pacientes com relato de ingestão alcoólica 24 horas

antes da avaliação; pacientes em uso de medicamentos com ação antivertiginosa,

calmante ou antidepressiva 48 horas antes da avaliação; pacientes que tenham

realizado reabilitação do equilíbrio corporal após a alta médica.

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Foram incluídos os sujeitos com diagnóstico de VPPB de CSC Posterior

direito e/ou esquerdo a partir de sua história, do exame físico, exame

otorrinolaringológicoe que apresentaram a presença de nistagmo de posicionamento

à prova de Dix-Hallpike do tipo vertical para cima anti-horário e rotatório com

duração menor de um minuto (VPPB de CSC Posterior Direito) e vertical para cima

horário e rotatório com duração menor de um minuto (VPPB de CSC Posterior

Esquerdo) acompanhado de sintoma subjetivo de vertigem8. Para o registro do

nistagmo utilizou-se vídeo frenzel da marca Contronic® sistema digital (Registro na

Anvisa nº: 80384070002). Foram incluídos também pacientes previamente

diagnosticados com vestibulopatia periférica (Disfunção Vestibular), pelo médico

otorrinolaringologista e exame vectoeletronistagmografia computadorizada com

estimulação calórica a ar realizada em outro serviço.

Todos os indivíduos participaram voluntariamente após assinarem o termo de

consentimento livre e esclarecido do projeto de pesquisa aprovado pelo Comitê de

Ética em Pesquisa da própria Instituição.

Avaliação clínica

Os dados foram coletados no Laboratório de Avaliação Funcional e

Performance Motora Humana- LAFUP/UNOPAR). Inicialmente foi realizada

anamanese e verificados os exames de vectoeletronistagmografia a fim de verificar a

presença de DV, em seguida, os sujeitos foram avaliados pela Manobra de DH, para

confirmação da VPPB e divididos em grupos G1 (VPPB), G2 (DV) e G3 (controle).

Após, foram submetidos ao teste de equilíbrio estático por meio de uma PF, os

sujeitos foram submetidos a duas posições de colocação dos pés e uma situação

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visual (olhos abertos). Primeiramente foi realizado o registro na PF para a posição

P1 bipodal ereto (em pé com pés descalços distanciados 10 cm e paralelos) onde o

paciente permaneceu por 60 seg. com olhar fixo em um alvo. A segunda posição

adotada foi P2 ereto (Semi Tandem em pé, com os pés descalços separados

lateralmente por 2,5 cm e com o calcanhar do pé que estiver na frente afastado 2,5

cm do hálux do pé que estivesse atrás), Ambas as posições foram testadas com os

olhos abertos em um alvo fixo. Cada posição foi registrada duas vezes com intervalo

para repouso com duração de 60 seg. entre elas10.

Para estatística foi calculada a média dos dois registros para posição P1 e P2.

Os sujeitos da pesquisa foram avaliados por meio de uma PF BIOMEC400

(EMG System do Brasil, SP). Essa plataforma possui quatro células de carga em

posição retangular, mede 500x500x100 mm e pesa 22 kg. O sistema usa um 16-bit

analógico-digital conversor e filtros de rejeição de 50 Hz. A força vertical de reação

do solo é derivada de uma amostragem de 100 Hz para coleta de dados. Para

aquisição e tratamento dos parâmetros de equilíbrio, foi utilizado o próprio software

Bioanalysis da plataforma BIOMEC400, o qual é compilado com rotinas de

computação de análises estabilográficas no MATLAB (The Mathworks, Natick, MA).

Os principais parâmetros de equilíbrio analisados foram: área elipse (95%) do

COP em centímetros quadrados (A-COP em cm2), deslocamento total (Desl.Total

cm), velocidade média em centímetros por segundo (em cm/s) em ambas as

direções do movimento: anteroposterior (Vel.AP) e médio lateral (Vel.ML) e

frequência média em Hertz (FM em Hz) de oscilações do COP anteroposterior

(Freq.AP) e médio lateral (Freq.ML) e amplitude (cm) anteroposterior (Ampl.AP) e

médio lateral (Ampl.ML). O tempo-limite sobre a plataforma durante o teste de

equilíbrio nas duas posições propostas também foram e utilizados nas análises 10.

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Análise estatística

As análises foram realizadas utilizando o programa IBM SPSS (versão 20

para Windows). A distribuição paramétrica dos dados foi verificada pelo teste de

Shapiro Wilk, realizado o calculo da porcentagem de desempenho entre os grupos

para a A-COP e utilizado o teste T para amostras independentes, a fim de comparar

as médias do desempenho entre os grupos e foi adotado como significante o

p≤0,05*.

RESULTADOS

Participaram do estudo 49 indivíduos adultos, o G1 (VPPB) foi composto por

29 sujeitos (08 homens (27%) e 21 mulheres (72%), com média de idade = 58,48

anos, DP = 17,09, o G2 (DV) apresentou 09 sujeitos com média de idade 48,55 anos

sendo 08 mulheres (90%) e 01 homem (10%) com DP = 13,67, e por fim, o G3

(controle) com 11 indivíduos, sendo 02 homens (19%) e 09 mulheres (81%), com

média de idade = 51,8 anos e DP = 10,20.

Na tabela 1 apresentam-se os valores descritivos da A-COP (cm2),

deslocamento total (Desl.Total cm), velocidade média em cm (Vel.AP) e médio

lateral (Vel.ML) e frequência média em Hertz (FM em Hz) de oscilações do COP

anteroposterior (Freq.AP) e médio lateral (Freq.ML) e amplitude (cm) anteroposterior

(Ampl.AP) e médio lateral (Ampl.ML) para os grupos G1, G2 e G3 na P1 bipodal e

P2 semi tandem.

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Na tabela 2 apresentam-se os valores da análise comparativa entre os grupos

com vestibulopatias periféricas (G1 e G2) para cada parâmetro estabilométrico

avaliado na P1 bipodal e P2 semi tandem.

A figura 3 contém a valores expressos em porcentagem com relação a A-COP

para o G1, G2 e G3.

Verificou-se que não há diferença estatisticamente significante quando

comparados os grupos com vestibulopatias (G1 e G2), ambos apresentam controle

postural semelhante para todos os parâmetros estabilométricos, como por exemplo,

a A-COP com o valor de p=0,47 na P1 e p=0,98 na P2. Com relação ao grupo

controle (G3), encontrou-se diferença estatisticamente significante para o G1 e G3,

no entanto, o G2 não apresentou resultado estatisticamente significante quando

comparado ao G3, embora tenha um desempenho 37,5% pior para a A-COP.

DISCUSSÃO

Este estudo demonstrou que a posturografia pode ser um instrumento útil na

avaliação do equilíbrio corporal de pacientes adultos com vestibulopatias periféricas

na crise aguda, ou até mesmo na investigação de padrões compensatórios do

equilíbrio fora dela.

Dos 49 pacientes 29 (64%) apresentaram VPPB de CSC Posterior, segundo a

literatura a vertigem postural paroxística benigna (VPPB) é a causa mais comum de

vestibulopatia periférica. O quadro clínico se caracteriza por crise de vertigem

subjetiva (a pessoa tem a sensação de que está rodando) ou objetiva (a pessoa tem

a sensação de que objetos ou o ambiente estão rodando a seu redor). Mais

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frequente entre os 40 e os 60 anos, havendo predominância do sexo feminino

conforme encontrado neste estudo1.

Os achados da literatura corroboram com os descritos em nosso estudo, já

que quando comparados os parâmetros estabilométricos encontrados na VPPB e

DV para P1 e P2 de olhos abertos se verifica prejuízo da manutenção do equilíbrio

postural para os parâmetros analisados de forma semelhante, o que não evidenciou

diferenças estatisticamente significantes, que pudessem caracterizar uma piora em

quaisquer dessas disfunções vestibulares periféricas. No entanto, constatou-se que

vestibulopatias periféricas durante a crise vertiginosa aguda apresentam alterações

evidentemente claras na avaliação posturográfica como ocorreu com a VPPB.

Estes resultados indicam que as vestibulopatias periféricas apresentam

compensação deficiente no nível vestíbular, que é independente de qualquer

compensação já alcançada no nível vestíbulo-ocular durante a crise vertiginosa ou

fora dela, não sendo possível identificar subclínica em pacientes na maioria das

vestibulopatias9,11-14.

Na literatura há diferentes tipos de posturografias, condições visuais e

posturais, bem como, diferentes vestibulopatias avaliadas e falta de comparação dos

dados nas diferentes vestibulopatias, o que dificulta o delineamento ideal do estudo

neste tipo de população. Acreditamos que o tamanho da amostra, bem como, o uso

de somente duas posições dos pés e uma situação visual, também tenha sido um

fator decisivo para os achados descritos em nosso estudo.

A fixação trata-se de uma informação sensorial imprescíndivel na orientação

espacial e ajuste do RVO para manutenção do controle postural e quando ausente

recruta na maior parte informações vestiloespinhais para auxiliar no ajuste da

postura14.

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A maioria dos testes vestibulares assim como a vectoeletronistagmografia

avaliam o Reflexo Vestíbulo-Ocular (RVO), que tem sua principal origem nos canais

semicirculares. Entretanto, embora o RVO seja fundamental para os deslocamentos

angulares do corpo, o Reflexo Vestíbulo-Espinal (RVE) desempenha papel essencial

na manutenção da postura e, apenas a avaliação do RVO torna-se insuficiente para

observar a função vestibular como um todo. Outro fato importante é que as

informações visuais e somatosensoriais, bem como, a correta integração sensorial

originada no tronco cerebral, participam ativamente da manutenção do equilíbrio

corporal, tornando-se evidente a importância de um método diagnóstico que avalie

individualmente essas informações com um enfoque funcional9.

As lesões do sistema periférico, a simetria normal das informações dos

labirintos torna-se distorcida, resultando em uma taxa reduzida de descarga dos

núcleos vestibulares em um dos lados ou bilateral. Desta forma, tanto nas

disfunções vestibulares, sejam elas periféricas (incluindo a VPPB) ou centrais, o

paciente pode experimentar desequilíbrio, instabilidade e ataxia, principalmente

quando está na crise vertiginosa15.

O sistema vestibular possui uma capacidade natural de se habituar

acarretando a compensação vestibular, fenômeno esse que se verifica nos núcleos

vestibulares do tronco encefálico e permite a recuperação do equilíbrio. Os

mecanismos de compensação procuram eliminar assimetrias perceptuais entre os

labirintos, elaborando respostas vestibuloculomotoras e vestibuloespinhais

destinadas a manter não só a estabilização da visão nos movimentos cefálicos,

como também o adequado controle postural16.

O que pode justificar o melhor desempenho do grupo com DV fora da crise

vertiginosa, por trata-se de pacientes adultos, que ainda possuem boa capacidade

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de reestabelecer e compensar danos ao sistema vestibular, vale ressaltar que

muitos desses pacientes ainda necessitam de intervenção medicamentosa ou

reabilitação vestibular para acelerar o processo que muitas vezes torna-se árduo e

compromete a qualidade de vida.

Assim, posturografia pode fornecer informações valiosas sobre o estado de

compensação para uma disfunção vestibular periférica. Os resultados da

posturografia computadorizada podem discordar com os de outros testes

vestibulares laboratoriais, o que sugere que a posturografia testa um aspecto

diferente da função vestibular do que a avaliada pela vectoeletronistagmografia e a

prova de rotação. Embora, a posturografia não forneça localização ou lateralização

das informações, nem qualquer informação sobre etiologia17.

CONCLUSÃO

A obtenção dos parâmetros estabilométricos é de suma importância no

estudo das vestibulopatias periféricas, pois fornecem dados quantitativos sobre o

desequilíbrio, queixa comum em pacientes com VPPB e outras disfunções

vestibulares, no entanto, não caracterizou diferença entre as mesmas.

Embora não tenham sido encontradas diferenças estatisticamente

significantes nos resultados da posturografia entre vestibulopatias periféricas, houve

diferença estatisticamente significante em relação aos parâmetros estabilométricos

(A-COP, desl.total, ampl.AP, ampl.ML, vel.ML) do equilíbrio, entre os pacientes com

disfunção vestibular (VPPB) e melhora no G2 de um modo geral quando

comparados aos pacientes sem vestibulopatias. Tais dados mostram a importância

da verificação dos parâmetros estabilométricos no estudo das vestibulopatias

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periféricas, pois fornecem dados quantitativos sobre o desequilíbrio. Salienta-se a

necessidade de mais estudos de delineamento longitudinal para verificar as

mudanças no equilíbrio em longo prazo nas vestibulopatias de modo geral.

REFERÊNCIAS

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57

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17. Furman JM, Department of Otolaryngology, University of Pittsburgh School of

Medicine, PA 15213. Bailliere's Clinical Neurology. 1994;3(3):501-513.

Tabela 1. Valores descritivos para o G1, G2 e G3 na P1 e P2 de olhos abertos.

Parâmetros GRUPOS N Média Desvio Padrão Mínimo Máximo

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Estabilometria

Deslocamento total

(cm) P1

G1 29 73,3910 29,13496 32,49 152,01

G2 9 60,4767 17,33427 34,65 89,86

G3 11 49,24682 6,928598 40,41 58,62

Deslocamento Total

(cm) P2

G1 29 135,5388 69,69425 50,59 411,75

G2 9 123,6967 47,00927 34,95 178,65

G3 11 106,5595 18,45389 78,73 132,19

Área do COP (cm2) P1

G1 29 3,2052 3,08324 0,19 13,91

G2 9 2,4011 2,06584 0 5,72

G3 11 1,545 0,597357 0,69 3,01

Área do COP (cm2) P2

G1 29 7,2312 5,35086 0,5 22,7

G2 9 7,2917 7,87263 0 26,62

G3 11 4,877273 1,404079 3,13 7,91

Amplitude-AP (cm) P1

G1 29 2,7783 1,29714 0,84 6,25

G2 9 2,3744 1,13402 0,11 3,54

G3 11 1,960909 0,413164 1,41 2,73

Amplitude-AP (cm) P2

G1 29 3,3740 2,12178 0,94 11,43

G2 9 3,2850 2,37360 0,11 8,58

G3 11 2,580455 0,514526 1,95 3,6

Amplitude-ML (cm) P1

G1 29 1,9343 1,40375 0,39 6,14

G2 9 1,3756 1,11226 0,09 3,79

G3 11 1,408636 0,259375 0,94 1,76

Amplitude-ML (cm) P2

G1 29 3,8828 1,69989 1,16 9,4

G2 9 3,6894 1,68710 0,1 6,01

G3 11 3,222727 0,391876 2,46 3,78

Velocidade-AP (cm/s)

P1

G1 29 0,8857 0,37226 0,37 1,73

G2 9 0,7094 0,19409 0,39 0,99

G3 11 0,632727 0,106709 0,47 0,86

Velocidade-AP (cm/s)

P2

G1 29 1,4817 0,80253 0,57 4,68

G2 9 1,3028 0,52272 0,37 1,93

G3 11 1,106364 0,226662 0,84 1,54

Velocidade-ML (cm/s)

P1

G1 29 0,6466 0,26526 0,32 1,52

G2 9 0,5756 0,16307 0,38 0,87

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59

G3 11 0,505455 0,100659 0,41 0,74

Velocidade-ML (cm/s)

P2

G1 29 1,4324 0,71283 0,53 4,24

G2 9 1,3583 0,50654 0,39 2,08

G3 11 1,192727 0,217133 0,87 1,62

Frequência-AP (Hz)

P1

G1 29 0,2893 0,10613 0,07 0,51

G2 9 0,7978 1,43940 0,16 4,59

G3 11 0,275455 0,076924 0,17 0,39

Frequência-AP (Hz)

P2

G1 29 0,4557 0,17826 0,19 1,08

G2 9 0,9444 1,37990 0,16 4,59

G3 11 0,41 0,171916 0,19 0,71

Frequência-ML (Hz)

P1

G1 29 0,2893 0,10613 0,07 0,51

G2 9 0,9778 1,42435 0,19 4,7

G3 11 0,315 0,09279 0,22 0,56

Frequência-ML (Hz)

P2

G1 29 0,3059 0,11702 0,11 0,62

G3 9 0,8156 1,42756 0,18 4,6

G3 11 0,295 0,087178 0,19 0,45

Teste T para amostras independentes com significância para p≤0,05*. Legendas: cm

– centímetros; P1 – Posição 1 (bipodal); P2 – Posição 2 (semi tandem); COP –

Centro de Pressão; cm2 – centímetro quadrado; AP – Anteroposterior; ML – Médio

Lateral; cm/s – centímetros por segundo; Hz – Hertz; G1 – grupo 1; G2 – Grupo 2;

G3 – Grupo 3; N – Número de sujeitos.

Tabela 2. Análise comparativa dos parâmetros estabilométricos para os grupos G1,

G2 e G3 na P1 e P2 de olhos abertos.

Parâmetros Estabilométricos G1 X G2 (p) G1 X G3 (p) G2 X G3 (p)

Deslocamento total (cm) P1 0,22 0,00* 0,10

Deslocamento Total (cm) P2 0,64 0,04* 0,33

Área do COP (cm2) P1 0,47 0,00* 0,26

Área do COP (cm2) P2 0,98 0,03* 0,39

Amplitude-AP (cm) P1 0,41 0,00* 0,32

Amplitude-AP (cm) P2 0,92 0,06* 0,41

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Amplitude-ML (cm) P1 0,28 0,06* 0,93

Amplitude-ML (cm) P2 0,77 0,05* 0,44

Velocidade-AP (cm/s) P1 0,18 0,00* 0,31

Velocidade-AP (cm/s) P2 0,54 0,13 0,32

Velocidade-ML (cm/s) P1 0,45 0,02* 0,28

Velocidade-ML (cm/s) P2 0,77 0,28 0,38

Frequência-AP (Hz) P1 0,32 0,70 0,31

Frequência-AP (Hz) P2 0,32 0,47 0,28

Frequência-ML (Hz) P1 0,19 0,48 0,20

Frequência-ML (Hz) P2 0,32 0,78 0,31

Teste T para amostras independentes com significância para p≤0,05*. Legendas: cm

– centímetros; P1 – Posição 1 (bipodal); P2 – Posição 2 (semi tandem); COP –

Centro de Pressão; cm2 – centímetro quadrado; AP – Anteroposterior; ML – Médio

Lateral; cm/s – centímetros por segundo; Hz – Hertz; G1 – grupo 1; G2 – Grupo 2;

G3 – Grupo 3.

Figura 1. Posição 1 Bipodal (P1) Figura 2. Posição 2 Semi Tandem

Figura 1 e 2 – plataforma de força (Biomec 400), acervo pessoal.

Figura 3. Desempenho expresso em porcentagem da A-COP em comparação no G1, G2 e G3 na P1 e P2.

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Legendas: COP – Centro de Pressão; cm2 – centímetro quadrado; G1 – grupo 1; G2

– grupo 2; G3 – grupo 3, P1 – posição bipodal; P2 – posição semi tandem.

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3. ARTIGO 2. O artigo será submetido ao periódico: Brazilian Journal of

Otorhinolaryngology – BJORL (ANEXO A) ISSN 1808-8694 versão impressa e ISSN

1808-8686 versão online.

Efeitos da manobra de epley no equilíbrio postural pela posturografia

Effects of Epley’s Maneuver on Postural Balance through Posturography

Pricila Perini Rigotti Franco1, Vanessa Cristina Gorres

2, Rubens Alexandre da Silva

Junior3, Ricardo Borges

4, Lucas Uliani Lima

5, Claudia Regina Sanches Vaz

6, Luciana

Lozza de Moraes Marchiori7

1Fonoaudióloga especialista em Audiologia. Professor Assistente do curso de Fonoaudiologia

da Universidade Norte do Paraná (UNOPAR) – Londrina (PR), Brasil. Mestranda do

Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação - Programa Associado entre

Universidade Estadual de Londrina (UEL) e Universidade Norte do Paraná (UNOPAR) -

Londrina (PR), Brasil.

2Graduanda em Fonoaudiologia pela Universidade Norte do Paraná (UNOPAR) – Londrina

(PR), Brasil.

3Pós-doutor em Envelhecimento e Desempenho Motor pela University of Ottawa (Ottawa,

ON, Canadá). Mestre e Doutor em Reabilitação pela Université de Montréal (Montreal, QC,

Canadá). Professor Titular da Universidade Norte do Paraná (UNOPAR, Londrina):

Programas de Pós-Graduação de Mestrado e Doutorado em Ciências da Reabilitação

associado UEL/UNOPAR, e Mestrado Profissional em Exercício Físico na Promoção da

Saúde. Docente do Curso de Fisioterapia UNOPAR. Coordenador do Laboratório de

Avaliação Funcional e Performance motora humana: LAFUP desde 2009 (UNOPAR). Editor

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Científico Revista UNOPAR Científica (área da Ciências da Saúde). Membro Titular do

Comitê Assessor da FUNADESP. Consultor Científico da CAPES. Colaborador dos

programas de Mestrado e Doutorado em Reabilitação da Université de Montréal (Canadá).

Professor Pesquisador UNIC (Cuibá, MS). Expertise de Ensino e Pesquisa: Disfunções neuro-

músculo-esqueléticas, Controle Postural, Desportiva, Exercícios, Dor Lombar Crônica,

Envelhecimento, Biomecânica, Instrumentação e sinais biológicos (Dinamometria,

Cinemática, Ultra-som, Plataformas de força e EMG).

4Médico especialista em otorrinolaringologia pela Associação Médica Brasileira e Sociedade

Brasileira de Otorrinolaringologia. Residência médica em otorrinolaringologia pela Pontifícia

Universidade Católica de São Paulo. Mestrado em medicina, área de concentração em

otorrinolaringologia, pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.

Professor assistente no curso de medicina da Universidade Estadual de Londrina (UEL) –

Londrina, Brasil. Supervisor do programa de residência médica em otorrinolaringologia do

Hospital Universitário de Londrina (UEL).

5 Médico especialista em otorrinolaringologia pela Universidade Estadual de Londrina (UEL)

– Londrina-PR, Brasil.

6 Médica especiaista em otorrinolaringologista pela Universidade Estadual Paulista Julio de

Mesquita Filho (UNESP) – Botucatu - SP, Brasil.

7Fonoaudióloga Doutor em Medicina e Ciências da Saúde - Universidade Estadual de

Londrina (UEL) - Londrina (PR), Brasil, Fonoaudióloga graduada pela Universidade de

Universidade Tuiuti do Paraná (Curitiba- Paraná), Brasil; Especialista em audiologia clínica

pelo Conselho Federal de Fonoaudiologia e em Educação Especial pela Univerisdade

Estadual de Ponta Grossa Pr; Mestre em Educação - Universidade Estadual de Londrina

(UEL) - Londrina (PR), Docente do curso de Fonoaudiologia da Universidade Norte do

Paraná (UNOPAR) – Londrina (PR), Brasil.

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Este estudo foi realizado no Laboratório Laboratório de Avaliação Funcional e Performance

motora humana: LAFUP na Universidade Norte do Paraná (UNOPAR) – Londrina (PR),

Brasil.

Declara-se inexistência de conflitos de interesse entre todos os autores.

Correspondência

Pricila Perini Rigotti Franco

Universidade Norte do Paraná – UNOPAR, Av. Paris, 675, Jardim Piza, Londrina (PR),

Brasil, CEP: 86041-120 / Tel: (43) 3371-7700 , e-mail: [email protected] ,

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RESUMO

INTRODUÇÃO: A Vertigem Posicional Paroxística Benigna (VPPB) trata-se de uma

disfunção vestibular periférica, que ocasiona episódios de vertigens e alterações do equilíbrio

postural. OBJETIVO: Investigar a eficácia da manobra de Epley e a melhora dos parâmetros

estabilométricos do equilíbrio em adultos com VPPB. MÉTODO: Estudo quase-

experimental, com pacientes de ambos os gêneros com VPPB submetidos ao teste de

equilíbrio por meio de uma Plataforma de força (PF), nas posições bipodal e semi tandem

com os olhos abertos, pré e pós tratamento com manobra de Epley. RESULTADOS: O G1

(VPPB) foi composto por 29 participantes (média de idade = 58,96) e o G2 controle com 11

participantes (média de idade = 51,8 anos). Verificou-se significância para a P1, com relação

ao Desl.Total (p=0,01), A-COP (p=0,04), Ampl.AP (p=0,02), Vel.AP (p=0,03), Vel.ML

(0,04) e Freq.ML (p=0,05), porém o tamanho do efeito da intervenção (d) foi pequeno (d<0,5)

para todas as variáveis avaliadas. Já na P2 houve significância para Desl.Total, A-COP

(p=0,02), Ampl.ML (p=0,05), Vel.AP (p=0,01) e Freq.ML (p=0,05) com tamanho do efeito

médio para A-COP (d=0,52) e Ampl.AP (p=0,63). CONCLUSÃO: A MRO de Epley foi

eficaz para a melhora dos parâmetros estabilométricos do equilíbrio postural em adultos com

VPPB.

Palavras-chaves: Tontura, Vertigem, Equilíbrio Postural, Doenças Vestibulares.

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ABSTRACT

The Benign Paroxysmal Positional Vertigo (BPPV) is a peripheral vestibular

dysfunction, that causes vertigo and postural balance alterations. OBJECTIVE: To

investigate the efficiency of Epley’s Maneuver and the improvement of stabilometric

parameters of balance in adults with BPPV. METHOD: A quasi-experimental study

with both male and female patients with BPPV submitted to the balance test through

a force platform (FP) in bipedal and semi-tandem positions with open eyes, before

and after the treatment with Epley’s Maneuver. RESULTS: G1 group (BPPV) was

composed by 29 participants (age average = 58,96 years old) and G2 group

(control) with 11 participants (age average = 51,8 years old). It was verified

significance for P1 in relation to total displacement (p=0,01), COP (p=0,04), AmplAP

(p=0,02), VelAP (p=0,03), VelML (0,04) and FreqML (p=0,05), however the

intervention of the effect was low ( d<0,5) for all the evaluated variables. In P2 there

was significance for total displacement COP (p 0,02), COPml (p=0,05), COPvel

(p=0,01) and Freq.ML (p=0,05) with medium effect for COP (d=0,52) and COPAP

(p=0,63). CONCLUSION: The Olithic Repositioning Maneuver (ORM) from Epley

was efficient for the stabilometric parameters improvement of postural balance in

adults with BPPV.

Keywords: Dizziness, Vertigo, Postural Balance, Vestibular Diseases.

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INTRODUÇÃO

A Vertigem Posicional Paroxística Benigna (VPPB) trata-se de uma disfunção

vestibular de origem periférica e predominância unilateral, que ocasiona episódios de

vertigens intensas, de breve duração, rotatórias e náuseas1,2

.

Estima-se que entre 17 a 42 % dos pacientes com vertigem são diagnosticados com

VPPB, ou seja, é provavelmente a causa mais comum de vertigem vestibular representando

aproximadamente 20-30% dos diagnósticos em tonturas em clínicas especializadas. A

população adulta jovem também é afetada pela VPPB, com uma prevalência de 9%3-5

.

Os sintomas da VPPB são determinados pela presença indevida no labirinto de

partículas de carbonato de cálcio de estatocônios oriundos da mácula utricular6. Tem-se dois

tipos de VPPB a cupulolitíase e ductolítiase, sendo está última a de maior prevalência7. O

Canal Semicircular Posterior (CSC posterior) é o mais frequentemente acometido (85-95%

dos casos)7-10.

A manobra de Dix-Hallpike (DH) é considerada como critério de teste-padrão para o

diagnóstico da VPPB, cujo teste provocativo culmina em nistagmo após estimulação do CSC

posterior do labirínto11

.

O tratamento da VPPB é multiprofissional, longo e oneroso em muitos casos, à

manobra de reposicionamento otolitico (MRO) de Epley constitui um tratamento com boa

viabilidade, baixo custo e índice de efeitos colaterais insignificantes. A literatura científica

tem demonstrado que, cerca de 80% de pacientes ficam livres dos sintomas com apenas uma

manobra1,11-13

.

Além da queixa de vertigem abrupta na VPPB, incluem-se alterações de equilíbrio que

podem durar horas ou dias após a interrupção do episódio14

. A posturografia permite avaliar

quantitativamente a oscilação do equilíbrio corporal através de uma plataforma de força (PF),

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desta forma, visa fornecer informações complementares indispensáveis para avaliação e

intervenção nesta população, além de analisar as interações sensoriais pós intervenção com

MRO15

.

O objetivo deste estudo foi investigar os efeitos do tratamento com MRO de Epley, no

equilíbrio de pacientes adultos com VPPB utilizando-se a posturografia.

MÉTODO

Delineamento de estudo

Este estudo adotou um delineamento quase-experimental. O projeto incluiu os

resultados das medições antes e após a intervenção com MRO de Epley com a mesma

população. As medidas basais foram obtidas antes da intervenção e o Follow-up foi obtido em

seguida à intervenção. O protocolo do estudo CAAE: 19134613.8.000.0108, foi avaliado pelo

comitê de ética da Instituição.

Participantes

A amostra foi constituída por 29 pacientes com diagnóstico de VPPB e 11 indivíduos

saudáveis (controle), denominados grupo 1 (G1) com VPPB e grupo 2 (G2) controle. Os

participantes foram encaminhados após avaliação médica com otorrinolaringologista e

selecionados pelo método de amostragem não probabilístico e por conveniência do Projeto de

Extensão de Reabilitação Vestibular Centro de Pesquisa em Ciências da Saúde da

Universidade Norte do Paraná (UNOPAR).

Como critérios de exclusão não participaram do estudo indivíduos que apresentaram

limitações físicas e sensoriais que impediam a realização dos testes de equilíbrio, como

incapacidade de compreender e atender aos comandos verbais simples e/ou a incapacidade de

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adotar as posições solicitadas; aqueles que apresentaram acuidades auditivas e/ou visuais

gravemente diminuídas e incapacitantes às atividades de vida diária; pacientes com distúrbios

ortopédicos que resultam em limitação de movimento ou utilização de próteses em membros

inferiores; pacientes com distúrbios neurológicos e/ou psiquiátricos; pacientes com relato de

ingestão alcoólica 24 horas antes da avaliação; pacientes em uso de medicamentos

antivertiginosos, calmantes e antidepressivos; pacientes que tenham realizado reabilitação do

equilíbrio corporal após a alta médica.

Foram incluídos no G2 ambos os genêros com diagnóstico de VPPB de CSC (Canal

Semicircular) posterior direito e/ou esquerdo a partir de sua história clínica, do exame físico,

exame otorrinolaringológico e que apresentaram a presença de nistagmo de posicionamento à

prova de DH com vídeo frenzel do tipo vertical para cima anti-horário e torcional com

duração menor de um minuto (VPPB de CSC Posterior Direito) e vertical para cima horário e

torcional com duração menor de um minuto (VPPB de CSC Posterior Esquerdo)

acompanhado de sintoma subjetivo de vertigem8. O G1 foi composto por pacientes saudáveis

sem queixa de vertigem, desequilíbrio e ausência de nistagmo constatado pela DH com vídeo

frenzel. Para o registro do nistagmo utilizou-se vídeo frenzel da marca Contronic® sistema

digital (Registro na Anvisa nº: 80384070002).

Todos os sujeitos participaram voluntariamente após assinarem o termo de

consentimento livre e esclarecido.

Avaliação clínica

Os sujeitos foram avaliados pelo médico otorrinolaringologista e encaminhados para o

Laboratório de Avaliação Funcional e Performance Motora Humana- LAFUP/UNOPAR)

onde foram coletados os dados. Inicialmente foi realizada a anamanese e em seguida a

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avalição pela Manobra de DH com vídeo frenzel, para confirmação da VPPB, sendo divididos

em grupos G1 (sujeitos com VPPB) e G2 (sujeitos controle). Constatada a VPPB, foram

submetidos ao teste de equilíbrio estático por meio de uma PF, os sujeitos foram submetidos a

duas posições de colocação dos pés e uma situação visual (olhos abertos). Primeiramente foi

realizado o registro na PF para a posição P1 bipodal ereto (em pé com pés descalços

distanciados 10 cm e paralelos) onde o paciente permaneceu por 60 seg. com olhar fixo em

um alvo. A segunda posição adotada foi P2 ereto (Semi Tandem em pé, com os pés descalços

separados lateralmente por 2,5 cm e com o calcanhar do pé que estiver na frente afastado 2,5

cm do hálux do pé que estivesse atrás). Ambas as posições foram testadas com os olhos

abertos em um alvo fixo. Cada posição foi registrada duas vezes com intervalo para repouso

de duração de 60 seg. entre elas, para evitar qualquer tipo de fadiga ou desconforto por

manter-se na mesma posição para a realização de dois registros. Para estatística foi calculada

a média dos dois registros para posição P1 e P2.

Figura 1. Posição 1 Bipodal (P1) Figura 2. Posição 2 Semi Tandem (P2)

Figura 1 e 2 – plataforma de força (Biomec 400), acervo pessoal.

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Todos os indivíduos foram avaliados por meio de uma PF BIOMEC400 (EMG System

do Brasil, SP). Essa plataforma possui quatro células de carga em posição retangular, mede

500x500x100 mm e pesa 22 kg. O sistema usa um 16-bit analógico-digital conversor e filtros

de rejeição de 50 Hz. A força vertical de reação do solo é derivada de uma amostragem de

100 Hz para coleta de dados. Para aquisição e tratamento dos parâmetros de equilíbrio, foi

utilizado o próprio software Bioanalysis da plataforma BIOMEC400, o qual é compilado com

rotinas de computação de análises estabilográficas no MATLAB (The Mathworks, Natick,

MA).

Os principais parâmetros de equilíbrio analisados foram: área elipse (95%) do COP em

centímetros quadrados (A-COP em cm2), deslocamento total (Desl.Total cm), velocidade

média em centímetros por segundo (em cm/s) em ambas as direções do movimento:

anteroposterior (Vel.AP) e médio lateral (Vel.ML) e frequência média em Hertz (FM em Hz)

de oscilações do COP anteroposterior (Freq.AP) e médio lateral (Freq.ML) e amplitude (cm)

anteroposterior (Ampl.AP) e médio lateral (Ampl.ML). O tempo-limite sobre a plataforma

durante o teste de equilíbrio nas duas posições propostas também foram e utilizados nas

análises 17

.

Posteriormente foi aplicado o tratamento com a manobra Epley para o G1 e refeito o

segundo teste de equilíbrio seguindo os mesmos parâmetros do primeiro teste descrito.

Tratamento

Após o teste de equilíbrio com a PF foi aplicada a MRO de Epley como único

procedimento terapêutico para a VPPB. O tempo entre a aplicação da manobra de Epley e o

segundo teste de equilíbrio não ultrapassou o máximo de 5 minutos.

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A MRO de Epley foi realizada apenas uma vez, com cada paciente sentado sobre uma

maca terapêutica, com a cabeça rodada a 45° para o lado comprometido. Em seguida, o

paciente foi rapidamente deitado em decúbito dorsal mantendo a posição da cabeça em

relação ao tronco por 3 minutos, sendo o segmento cefálico rapidamente rodado em duas

etapas de 90º por mais 3 minutos e posteriormente com o paciente sendo então levantado 2.

O G2 apenas permaneceu os 5 minutos em repouso sobre a maca imóvel, foi levantado

e reavaliado na PF.

Análise estatística

As análises estatísticas foram realizadas utilizando o programa IBM SPSS (versão 20

para Windows). A distribuição paramétrica dos dados foi verificada pelo teste de Shapiro

Wilk, para comparação das variáveis pré e pós-intervenção com MRO de Epley foi utilizado o

teste T para amostras pareadas no G1 e G2, por fim, para comparação das médias entre o

desempenho do G1e G2 foi utilizado teste T amostras independentes, foi adotado o p ≤ 0,05.

Para verificação da magnitude da diferença e complemento ao teste da significância estatística

foi calculado Effect Size (d de Cohen), onde d = 0,2-0,5 tem-se um efeito pequeno, d = 0,5-

0,8 efeito médio e d ≥ 0,8 efeito grande.

RESULTADOS

O G1 constituíu 08 homens (27%) e 21 mulheres (72%), com média de idade = 58,48

anos, DP = 17,09, sendo 15 indivíduos com VPPB do CSC Posterior Direito (52%) e 14 com

VPPB do CSC Posterior Esquerdo (48%). O G2 foi formado por 02 homens (19%) e 09

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mulheres (81%), com média de idade = 51,8 anos, DP = 10,20, sendo todos indivíduos

saudáveis.

Na tabela 1 apresentam-se os valores descritivos e análise comparativa dos

parâmetros estabilométricos no G1, pré e após a intervenção com MRO de Epley para a

posição P1.

Tabela 1. Valores descritivos e análise comparativa para P1 no G1 pré e pós MRO de Epley

(N = 29).

Parâmetros P1 N Média DP Mínimo Máximo P d

Pré Desl.Total

Pós Desl.Total

29

29

73.39

64.68

29.13

18.71

32.49

34.14

152.01

108.56

0,01* 0,38

Pré A-COP

Pós A-COP

29

29

3.20

2.25

3.08

1.49

0.19

0.14

13.91

6.54

0,04* 0,40

Pré Ampl.AP

Pós Ampl.AP

29

29

2.77

2.44

1.29

0.85

0.84

0.72

6.25

5.02

0,02* 0,23

Pré Ampl.ML

Pós Ampl.ML

29

29

1.93

1.44

1.40

0.55

0.39

0.37

6.14

2.91

0,06 0,46

Pré Vel.AP

Pós Vel.AP

29

29

0.88

0.79

0.37

0.24

0.37

0.4

1.73

1.47

0,03* 0,28

Pré Vel.ML

Pós Vel.ML

29

29

0.64

0.57

0.26

0.16

0.32

0.33

1.52

1.10

0,04* 0,32

Pre.Freq.AP

Pós Freq.AP

29

29

0.28

0.28

0.10

0.09

0.07

0.13

0.51

0.53

0,61 0

Pré Freq.ML

Pós Freq.ML

29

29

0.47

0.42

0.40

0.24

0.15

0.19

2.29

1.22

0,50* 0,15

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Teste T de Student pareado significante p ≤ 0,05*. Legendas: ACOP – Área de elipse do COP

(cm2); Ampl.AP – Amplitude Anteroposterior (cm); Ampl.ML – Amplitude Médio Lateral

(cm); Freq.AP – Frequência Anteroposterior (Hz); Freq.ML – Frequência Médio Lateral (Hz);

Vel.AP – Velocidade Anteroposterior (cm); Vel. ML – Médio Lateral (cm); P1 – posição

bipodal.

Verificou-se significância para a posição P1, com relação ao Deslocamento total

(p=0,01), A-COP (p=0,04), Ampl.AP (p=0,02), Vel.AP (p=0,03), Vel.ML (0,04) e Freq.ML

(p=0,05), porém o tamanho do efeito da intervenção (d) foi pequeno (d<0,5) para todas as

variáveis avaliadas.

Na tabela 2 apresentam-se os valores descritivos e análise comparativa dos parâmetros

estabilométrico no G1 pré e após a intervenção com MRO de Epley para a posição P2.

Tabela 2. Valores descritivos e análise comparativa para P2 no G1 pré e pós MRO de Epley

(N = 29).

Parâmetros P2 N Média DP Mínimo Máximo P d

Pré Desl.Total

Pós Desl.Total

29

29

135.53

114.44

69.69

5.37

50.59

46.68

411.75

176.70

0,02* 0,38

Pré A-COP

Pós A-COP

29

29

7.23

5.20

5.35

2.92

0.50

0,48

22,70

11,29

0,01* 0.52

Pré Ampl.AP

Pós Ampl.AP

29

29

3.37

2.76

2.12

1.03

0.94

0.96

11.43

4.84

0,01 0.63

Pré Ampl.ML

Pós Ampl.ML

29

29

3.88

3.38

1.69

1.12

1.16

0.99

9.40

5.48

0,05* 0.34

Pré Vel.AP

Pós Vel.AP

29

29

1.48

1.22

0.80

0.45

0.57

0.52

4.68

2.30

0,01* 0.40

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75

Pré Vel.ML

Pós Vel.ML

29

29

1.43

1.28

0.71

0.42

0.53

0.50

4.24

2.21

0,14 0.25

Pre.Freq.AP

Pós Freq.AP

29

29

0.45

0.44

0.17

0.12

0.19

0.18

1.08

0.67

0,58 0.06

Pré Freq.ML

Pós Freq.ML

29

29

0.30

0.21

0.11

0.86

0.11

0.19

0.62

0.47

0,50* 0.10

Teste T de Student pareado significante p ≤ 0,05* e Effect Size (d Cohen). Legendas: ACOP –

Área de elipse do COP (cm2); Ampl.AP – Amplitude Anteroposterior (cm); Ampl.ML –

Amplitude Médio Lateral (cm); Freq.AP – Frequência Anteroposterior (Hz); Freq.ML –

Frequência Médio Lateral (Hz); Vel.AP – Velocidade Anteroposterior (cm); Vel. ML –

Médio Lateral (cm); P2 – Posição semi tandem.

Já na posição P2 houve significância para deslocamento total, A-COP (p=0,02),

Ampl.ML (p=0,05), Vel.AP (p=0,01) e Freq.ML (p=0,05) com tamanho do efeito médio para

A-COP (d=0,52) e Ampl.AP (p=0,63).

Na tabela 3 apresentam-se os valores descritivos e análise comparativa dos parâmetros

estabilométrico antes e após repouso do G2 para a posição P1.

Tabela 3. Valores descritivos e análise comparativa para P1 no G2 pré e pós repouso (N =

11).

Parâmetros P1 N Média DP Mínimo Máximo P d

Pré Desl.Total

Pós Desl.Total

11

11

60.34

58.08

11.28

11.92

41.35

43.46

74.41

80.75

0,22 0,16

Pré A-COP

Pós A-COP

11

11

1.89

2.00

1.01

1.16

0.78

0.74

4.17

3.77

0,63 0,18

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76

Pré Ampl.AP

Pós Ampl.AP

11

11

2.11

2.65

0.47

1.47

1.45

1.30

3.30

6.60

0,24 -0,55

Pré Ampl.ML

Pós Ampl.ML

11

11

1.51

1.28

0.45

0.45

0.80

0.70

2.45

2.09

0,06 0,40

Pré Vel.AP

Pós Vel.AP

11

11

0.71

0.70

0.15

0.16

0.47

0.49

0.96

0.97

0,75 0,06

Pré Vel.ML

Pós Vel.ML

11

11

0.55

0.53

0.11

0.10

0.41

0.43

0.74

0.79

0,49 0,19

Pre.Freq.AP

Pós Freq.AP

11

11

0.31

0.28

0.07

0.08

0.18

0.11

0.42

0.41

0,18 0,03

Pré Freq.ML

Pós Freq.ML

11

11

0.35

0.41

0.13

0.11

0.18

0.29

0.63

0.61

0,06 0,49

Teste T de Student pareado significante p ≤ 0,05* e Effect Size (d Cohen). Legendas: ACOP –

Área de elipse do COP (cm2); Ampl.AP – Amplitude Anteroposterior (cm); Ampl.ML –

Amplitude Médio Lateral (cm); Freq.AP – Frequência Anteroposterior (Hz); Freq.ML –

Frequência Médio Lateral (Hz); Vel.AP – Velocidade Anteroposterior (cm); Vel. ML –

Médio Lateral (cm); P1 – posição bipodal.

Na tabela 4 apresentam-se os valores descritivos e análise comparativa dos parâmetros

estabilométrico antes e após repouso do G2 para a posição P2.

Tabela 4. Valores descritivos e análise comparativa para P2 no G2 pré e pós repouso (N =

11).

Parâmetros P2 N Média DP Mínimo Máximo P d

Pré Desl.Total 11 110.81 20.73 78.73 152.51 0,92 0,01

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77

Pós Desl.Total 11 110.53 20.91 82.32 145.67

Pré A-COP

Pós A-COP

11

11

5.15

4.29

1.33

1.21

2.81

2.21

7.91

5.95

0,06 -0,71

Pré Ampl.AP

Pós Ampl.AP

11

11

2.71

4.45

0.54

6.82

1.98

1.87

3.60

2.50

0,30 0,03

Pré Ampl.ML

Pós Ampl.ML

11

11

3.15

2.97

0.48

0.63

2.20

2.25

3.63

4.05

0,35 0,35

Pré Vel.AP

Pós Vel.AP

11

11

1.15

1.10

0.24

0.22

0.84

0.84

1.74

1.63

0,18 0,21

Pré Vel.ML

Pós Vel.ML

11

11

1.23

1.23

0.24

0.28

0.87

0.83

1.62

1.71

0,99 0

Pre.Freq.AP

Pós Freq.AP

11

11

0.43

0.44

0.15

0.17

0.19

0.20

0.62

0.82

0,71 -0,06

Pré Freq.ML

Pós Freq.ML

11

11

0.32

0.36

0.11

0.12

0.18

0.19

0.52

0.56

0,09 -0,34

Teste T de Student pareado significante p≤0,05* e Effect Size (d Cohen). Legendas: ACOP –

Área de elipse do COP (cm2); Ampl.AP – Amplitude Anteroposterior (cm); Ampl.ML –

Amplitude Médio Lateral (cm); Freq.AP – Frequência Anteroposterior (Hz); Freq.ML –

Frequência Médio Lateral (Hz); Vel.AP – Velocidade Anteroposterior (cm); Vel. ML –

Médio Lateral (cm), P2 – Posição semi tandem.

O G2 não apresentou resultados significantes para nenhuma das variáveis avaliadas,

bem como, apresentou tamanho do efeito pequeno entre a primeira avaliação e a última.

Na figura 1 apresentam-se os valores expressos em porcentagem referentes à diferença

entre o desempenho pré e pós intervenção no G1, bem como, pré e pós repouso para o G2,

referentes a P1 e P2 para a A-COP (cm2).

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Figura1. Desempenho pré x pós intervenção no G1 e pré x pós repouso no G2, nas P1 e P2

para a A-COP expressos em porcentagem.

Legenda: ACOP – Área de elipse do COP; cm2 – centímetro quadrado; P1 (posição bipodal);

P2 (posição semi tandem); G1 – grupo 1; G2 – grupo 2.

Conforme a figura1 o G1 obteve uma melhora de 42,42% para A-COP na P1 e 39,04%

para a P2, após a manobra de reposicionamento otolítico, bem como, apresentou uma melhora

geral para as demais variáveis, mesmo aquelas onde não se verificou significância estatística.

Com relação ao G2 observou-se discreta melhora apenas para deslocamento total, velocidade

AP, velocidade ML e frequência, no entanto, não foram significativas e em algumas variáveis

até observou-se desempenho aquém na avaliação posturográfica pós-repouso como para a P1

A-COP (-5,41%).

DISCUSSÃO

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79

Este estudo demonstrou a importância da utilização da posturografia no auxilio da

comprovação da existência de melhora no equilíbrio corporal subsequente a manobra de repo-

sicionamento de Epley em indivíduos com VPPB e contribuiu, com esta evidência.

A amostra foi composta por adultos e o gênero feminino predominou neste estudo,

contando com 72% de mulheres com VPPB, o que corrobora com a literatura pesquisada,

podendo ocorrer por fatores hormonais18

.

Foram diagnosticados casos com ductolitíase de CSC posterior utilizado como critério

de inclusão no estudo, compatível com estudos realizados pela literatura, cuja VPPB de CSC

posterior é predominante na população. Na literatura há uma grande diversidade de estudos

com utilização de diferentes MRO para os diferentes tipos de VPPB, porém a MRO de Epley

é a mais utilizada no tratamento de VPPB de CSC posterior12,19-21

.

O estudo mostrou que a MRO de Epley apresenta um efeito significativo na melhora

do sintoma vertiginoso e dos parâmetros estabilométricos em adultos em menos de 5 minutos

após sua aplicação.

Os efeitos do tratamento com MRO na VPPB têm sido estudados em sua maioria na

população idosa e em menor proporção na população adulta, no entanto, os resultados

encontrados para os idosos e adultos, de acordo com a literatura revelam diminuição da

vertigem e melhora dos parâmetros estabilométricos em uma hora, três dias, uma semana, um

mês ou até 12 meses após a intervenção podendo manter-se na maior parte dos casos sem

reincidência, com resultados significativos principalmente para A-COP, embora, nestes

estudos sejam utilizados diversos tipos de PF até mesmo com realidade virtual, posturografia

estática ou dinâmica e diferentes situações visuais14,15,21-25

. O que corrobora com os resultados

do nosso estudo com melhora do paramametros estabilométrico em 5 minutos após MRO

Epley em adultos, demontrando um impacto positivo deste tratamento no equilíbrio postural

dos pacientes.

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80

Em geral o G1 apresentou melhores resultados do controle postural da P2 em relação a

P1, já que na P2 houve tamanho do efeito moderado da intervenção. Pode ter ocorrido já que a

P1 oferece melhor estabilidade postural o que não gera resultados discrepantes para A-COP

antes e após tratamento. No entanto, apesar da P2 apresentar menor área da base de

sustentação do corpo comprovando maior desequilíbrio, os pacientes reduziram

consideravelmente a A-COP, o que evidentemente comprova os benefícios pós-tratamento

para o equilíbrio de pacientes com VPPB em situações que exigem maior controle postural26

.

Os resultados do G2 não mostraram melhora do equilíbrio corporal satisfatória, desta

forma, excluísse a hipótese de que haja efeito aprendizado na contribuição da melhora dos

resultados estabilométricos pós MRO Epley no grupo G1 devido à repetição dos registros.

Acredita-se que algumas variáveis como Frequência AP e Amplitude ML na P1, assim

como, Velocidade ML e Frequência AP na P2 não tenham melhorado significantemente já

que o tratamento foi aplicado pouco tempo antes que as medidas fossem registradas

novamente, já que a literatura descreve achados significativos para os parâmetros

estabilométricos em até 12 meses após a intervenção com MRO de Epley. Outro fator seria

devido aos possíveis danos permanentes a mácula utricular devido à duração de tempo

prolongado da doença em alguns sujeitos, quanto mais rapidamente for tratada melhor a ação

da MRO de Epley e menores danos ocorrem ao labirinto, o que pode evitar outras disfunções

vestibulares associadas24, 26

.

As melhoras nestes parâmetros podem ocorrer devido às partículas de carbonato de

cálcio que circulariam livremente pela endolinfa do CSC e golpeariam os terminais nervosos

sensíveis da cúpula e existentes no término de cada canal semicircular e ampolas serem

redirecionadas a mácula utricular e reabsorvidas1,2,10

.

Desta forma, a função otólitítica perturbada com a dinâmica deficiente de um canal

semicircular gera um padrão particular de manutenção postural. O diferente grau de

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81

restauração da estabilidade postural uma semana após o tratamento com manobra de

reposição otlítica em pacientes com VPPB com diferentes durações da doença nos dá razão

para acreditar que após a remoção do otoconia do canal semicircular, algum estímulo de

outros subsistemas sensoriais e mecanismos de adaptação ocorridos levam a um novo padrão

de manutenção postural24

.

Concluiu-se que pacientes com VPPB CP podem ter sua capacidade de equilíbrio

estático prejudicado, devido a um coágulo formado pelo acúmulo de otocônias no canal

afetado e a MRO melhora os déficits estáticos e dinâmicos quando há liberação do fluxo dos

CSC25

.

É preciso que o labirinto esteja em funcionamento pleno e equilibrado com impecável

percorrer de seus fluídos, pois qualquer modificação na constituição eletrolítica da endolinfa

ou obstrução pelo acúmulo de fragmentos otolíticos, pode prejudicar sua dinâmica ou ainda

causar danos permanentes em sua constituição, quando a VPPB permanece por longo tempo

sem tratamento. Isto implica em sua interação com os demais sistemas como o vestíbulo

ocular e espinhal na manutenção do equilíbrio corporal, gerando desajustes e comprometendo

a qualidade de vida8,24-26

.

A eficácia da MRO de Epley em curto período de tempo, tendo efeitos quase

instantâneos que mais uma vez foram verificados neste estudo, bem como, nos descritos

acima. No entanto, a utilização da posturografia pode ser um método quantitativo e concreto,

a ser utilizada para avaliar um mesmo paciente, trazendo dados valiosos a respeito de sua

melhora postural subsequente a manobra de reposicionamento de Epley15

.

CONCLUSÃO

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A MRO de Epley apresentou melhora significativa no equilíbrio corporal e redução do

sintoma de vertigem na população adulta, imediatamente após a sua aplicação, demonstrando

que há eficácia no seu uso para o tratamento da VPPB, principalmente de CSC Posterior. O

risco de quedas tende a diminuir e as atividades de vida podem ser retomadas normalmente. A

posturografia estática é um instrumento útil para auxiliar na quantificação dos efeitos da MRO

quando comparada nos momentos pré e pós tratamento, auxiliando na avaliação e

acompanhamento dessa população.

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85

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86

CONCLUSÃO GERAL

Á comparação dos dados estabilométricos deste estudo entre a VPPB e

outras vestibulopatias periféricas como a DV usando os parâmetros estabilométricos

da posturografia verificou prejuízo da manutenção do equilíbrio postural para os

parâmetros analisados de forma semelhante, o que não evidenciou diferenças

estatisticamente significantes, que pudessem caracterizar uma piora em quaisquer

dessas disfunções vestibulares entre os dois grupos, não caracaterizando a

subclínica destes pacientes.

Quando comparados ao grupo controle, observou-se que a VPPB apresenta

maior desequilíbrio com resultados estatistificamente significantes, enquanto que o

grupo com DV apresenta equilíbrio comprometido, mas não foi estatisficamente

significante. Isto possivelmente se deve ao fato dos sujeitos com VPPB estarem em

pleno momento da crise vertiginosa súbita, enquanto que os com DV apresentaram

melhor desempenho, por tratar-se de pacientes adultos, que ainda possuem boa

capacidade de reestabelecer e compensar danos ao sistema vestibular, vale

ressaltar que muitos desses pacientes ainda necessitam de intervenção

medicamentosa ou reabilitação vestibular para acelerar o processo que muitas vezes

torna-se árduo e compromete a qualidade de vida.

Assim, posturografia pode fornecer informações valiosas sobre o estado de

compensação para uma disfunção vestibular periférica. Os resultados da

posturografia computadorizada podem discordar com os de outros testes

vestibulares laboratoriais, o que sugere que a posturografia testa um aspecto

diferente da função vestibular do que a avaliada pela eletronistagmografia e a prova

de rotação. A posturografia dinâmica não fornece localização ou lateralização das

informações, nem qualquer informação sobre etiologia, ela fornece puramente

informações funcionais15.

É preciso que o labirinto esteja em funcionamento pleno e equilibrado com

impecável percorrer de seus fluídos, pois qualquer modificação na constituição e

funcionalidade pode levar ao surgimento de vestibulopatias periféricas e

consequentemente ao comprometimento do equilíbrio corporal.

A partir dos resultados deste estudo concluiu-se que a VPPB de CSC

Posterior é prevalente nos pacientes avaliados é a causa mais comum de

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87

vestibulopatia periférica, com predominância do sexo feminino conforme encontrado

neste estudo.

O diagnóstico da VPPB com a utilização da manobra de DH e o auxílio da VF,

ainda tem se mostrado padrão ouro na identificação desta vestibulopatia periférica

com precisão da definição do tipo de nistagmo e localização do CSC acometido.

A MRO de Epley tem sido o tratamento mais utilizado, constitui boa

viabilidade, baixo custo e índice de efeitos colaterais praticamente insignificantes.

Seu benefício no desempenho funcional do equilíbrio estático de acordo com os

achados neste estudo durante a posturografia revelou melhora do equilíbrio corporal

para a P1 e P2 com resultados estatisticamente significantes e efeito do tamanho

moderado para P2.

De acordo com a literatura os pacientes com VPPB tendem a restringir suas

movimentações, evitando o aparecimento das crises vertiginosas, levando a

distúrbios posturais, prejuízo no equilíbrio corporal e na capacidade funcional e,

consequentemente, redução em sua qualidade de vida22. Desta forma, os efeitos

positivos da MRO na VPPB mostram ser imediatos agindo beneficamente não só no

equilíbrio postural, mas também em relatos da diminuição da queixa de sensação da

vertigem pelos pacientes.

Por fim, os efeitos da MRO são positivos independentes dos CSC afetados e

da manobra utilizada, o que mostra os benefícios de tal intervenção.

A eficácia da MRO de Epley em curto período de tempo, tendo efeitos quase

instantâneos mais uma vez foram verificados neste estudo. Bem como, a utilização e

avaliação posturográfica e aquisição dos dados estabilométricos, pode ser um

método quantitativo e concreto, a ser utilizada para avaliar um mesmo paciente,

trazendo dados valiosos a respeito de sua melhora postural subsequente a manobra

de reposicionamento de Epley15.

Na literatura há diferentes tipos de posturografias, condições visuais e

posturais, bem como, diferentes vestibulopatias avaliadas e falta de comparação dos

dados nas diferentes vestibulopatias, o que dificulta o delineamento ideal do estudo

neste tipo de população. Acreditamos que o tamanho da amostra, bem como, uso de

somente duas posições dos pés e uma situação visual, também tenha sido um fator

decisivo para os achados descritos em nosso estudo.

Salienta-se a necessidade de mais estudos de delineamento longitudinal para

verificar as mudanças no equilíbrio em longo prazo nas vestibulopatias periféricas de

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modo geral, assim como, verificar os efeitos e monitoramento após tratamento com

MRO de Epley na VPPB.

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ANEXOS

ANEXO A:

Anamese (Conselho Federal de Fonaudiologia)

http://www.sbfa.org.br/portal/pdf/manual_equilibrio_guiapratico.pdf

Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia – SBFa

Departamento de Audição e Equilíbrio - Comitê de Equilíbrio

Gestão 2010/2011

Organizadores_Yara Aparecida Bohlsen, Sthella Zanchetta,

Lucia Kazuko Nishino, Carmen Silvia Marsiglia Natal

Autores_Bianca Simone Zeigelboim, Carlos Kazuko Taguchi,

Carmen Silvia Marsiglia Natal, Cristina de Freitas Ganança, Denise Ventura,

Lucia Kazuko Nishino, Maria Cecília Greco, Rita Mor, Sthella Zanchetta,

Yara Aparecida Bohlsen

Nome:

DN:

Sexo:

Tel:

Tipo de queixa:

( ) vertigem

( )tontura

( )desequilíbrio

Intensidade e duração:

( ) incapacitante

( ) longa duração

( ) curta duração

Frequência:

( ) diária

( ) mais de uma vez ao mês

( )menos de uma vez ao mês

Fatores desencadeantes:

( ) virar a cabeça para a direita

( ) virar a cabeça para a esquerda

( ) girar a cabeça de um lado

para o outro

( ) levantar rápido da posição sentada

( ) estender a cabeça para trás

( ) movimentar apenas os olhos

( ) levantar o tronco rapidamente

Sintomas associados:

( ) visão borrada

escurecimento de visão

( ) náuseas

( ) desvio de marcha para a direita

( ) para a esquerda

( ) inespecífica

( ) desmaios

( ) vômitos

( ) formigamento de extremidades

( ) zumbido

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( ) perda auditiva

( ) plenitude auricular

( ) depressão

( ) ansiedade

( ) sensação de cabeça oca

Interferência em atividades

de vida diária:

( ) dirigir carro

( ) andar de carro

( ) ônibus

( ) metrô

( ) limpar a casa

( ) arrumar a cama

( ) trabalhar

( ) fazer esportes

( ) ler

( ) costurar ou bordar

( ) outras

Manifestações auditivas:

audição:

( ) normal

( ) perda auditiva:

( ) binaural

( ) OD

( ) OE

zumbido:

( ) binaural

( ) OD

( ) OE

( ) cabeça

( ) otorreia:

( ) binaural

( ) OD

( ) OE

cirurgia otológica:

( ) binaural

( ) OD

( ) OE

Condições gerais de saúde:

( ) alteração de coluna:

( ) cervical

( ) lombar

( ) alteração na pressão arterial:

( ) hipotensão

( ) hipertensão

alteração dos níveis sérios de:

( ) colesterol

( ) triglicérides

alteração funcional da

tireóide: ( ) hipotireoidismo

( ) hipertireidismo

( ) diabetes

( ) enxaqueca

( ) outras

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Hábitos:

( ) álcool

( ) fumo

( ) café

( ) açúcar

Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia – SBFa

Departamento de Audição e Equilíbrio - Comitê de Equilíbrio

Gestão 2010/2011

Organizadores_Yara Aparecida Bohlsen, Sthella Zanchetta,

Lucia Kazuko Nishino, Carmen Silvia Marsiglia Natal

Autores_Bianca Simone Zeigelboim, Carlos Kazuko Taguchi,

Carmen Silvia Marsiglia Natal, Cristina de Freitas Ganança, Denise Ventura,

Lucia Kazuko Nishino, Maria Cecília Greco, Rita Mor, Sthella Zanchetta,

Yara Aparecida Bohlsen

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ANEXO B

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ANEXO C

Normas de Formatação do Periódico Brazilian Journal of Otorhinolaryngology

INSTRUÇÕES AUTORES

"O Brazilian Journal of Otorhinolaryngology apóia as políticas para registro de

ensaios clínicos da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do International

Committee of Medical Journal Editors (ICMJE), reconhecendo a importância dessas

iniciativas para o registro e divulgação internacional de informação sobre estudos

clínicos, em acesso aberto. Sendo assim, somente serão aceitos para publicação, a

partir de 2007, os artigos de pesquisas clínicas que tenham recebido um número de

identificação em um dos Registros de Ensaios Clínicos validados pelos critérios

estabelecidos pela OMS e ICMJE, cujos endereços estão disponíveis no site do

ICMJE http://www.icmje.org/. O número de identificação deverá ser registrado ao

final do resumo."

CRITÉRIOS GERAIS PARA ELABORAÇÃO E ACEITAÇÃO DE ARTIGOS

CIENTÍFICOS

O BJORL aceita o envio das seguintes modalidades de artigos: Artigos

Originais - Artigos originais são definidos como relatórios de trabalho original, e

estas contribuições devem ser significativas e válidas. Os leitores devem poder

aprender de um artigo geral o que foi firmemente estabelecido e que perguntas

significantes permanecem não resolvidas. Especulação deve ser mantida ao

mínimo possível. Artigos de Revisão (Revisão de temas) - Normalmente são

publicados artigos de revisão. É esperado que eles cubram literatura existente

interessada com um tópico específico. A revisão deve avaliar as bases e validez

de opiniões publicadas e deve identificar diferenças de interpretação ou opinião.

Relatos de Caso - Serão publicados só relatos incomuns e especialmente

significantes. Será dada prioridade a relatórios e interesse multidisciplinar e/ou

prático. Para uma explicação mais detalhada da expectativa editorial do BJORL

do formato de um artigo e dos critérios utilizados pelo corpo editorial na sua

avaliação, procure o texto "Critérios para elaboração e avaliação de um trabalho

científico" no link: http:// www.rborl.org.br/criterios.asp. Carta ao Editor - Esta

seção tem por objetivo fomentar o debate saudável entre nossos leitores e

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autores. Os textos submetidos pelo leitor nesta seção serão encaminhados aos

autores dos artigos comentados, para que estes respondam às críticas ou

elogios. A publicação na revista das Cartas ao Editor será feita a critério

doCorpo Editorial e somente quando houver uma resposta do autor.

O texto está dividido em duas partes: quanto ao formato e quanto ao conteúdo.

Quanto ao formato Extensão e apresentação

O artigo completo (Original e Revisão) não deve exceder 25 laudas de

papel tamanho A4 (21 cm x 29,7 cm), escritas em letra Times New Roman de

tamanho 12, espaço duplo entre linhas. Se o revisor considerar pertinente

poderá sugerir ao autor a supressão de gráficos e tabelas ou mesmo

condensação de texto.

Título e autores

Um bom título permite aos leitores identificar o tema e ajuda aos centros

de documentação a catalogar e a classificar o material. O título deverá se limitar

ao máximo de dez palavras e seu conteúdo deve descrever de forma concisa e

clara o tema do artigo. O uso de títulos demasiado gerais, assim como de

abreviaturas e siglas, deve ser evitado.

Devem ser citados como autores somente aqueles que participaram

efetivamente do trabalho. Um trabalho com mais de 7 autores só deverá ser

aceito se o tema for de abrangência multidisciplinar ou de ciências básicas.

Inserindo o nome completo de cada autor.

Consideramos salutar que os responsáveis pelo artigo identifiquem a

atuação de cada um dos autores na confecção do trabalho. Lembramos que

podem e devem ser considerados autores aqueles que cumprem as seguintes

tarefas:

1. Concebem e planejam o projeto, assim como analisam e interpretam os

dados,

2. Organizam o texto ou revisam criticamente o conteúdo do manuscrito,

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3. Dão suporte e aprovação final ao artigo a ser submetido.

Todos os três critérios devem ser atingidos para que o indivíduo possa ser

considerado autor ou co-autor. Critérios que não qualificam um indivíduo como

autor são os seguintes:

1. Oferecer financiamento ou suporte de pesquisa,

2. Coletar dados para a pesquisa,

3. Dar supervisão geral a um grupo de pesquisa,

4. Ser chefe de serviço ou Titular de Departamento.

Se o indivíduo não se encaixar na figura de autor, mas tiver sua importância

para o trabalho final, pode ser lembrado nos agradecimentos finais.

` Resumo e palavras-chave (descritores)

Não poderá ser incluída no resumo nenhuma informação não contida no texto.

Deve ser escrito em voz impessoal e NÃO deve conter abreviaturas ou

referências bibliográficas. O resumo deve ter a capacidade de ajudar o leitor a

se decidir se há interesse em ler o artigo inteiro. Será, juntamente com o título,

a única parte do texto que estará disponível na maior parte das bibliotecas e

agências de catalogação e indexação, sendo, portanto, o cartão de visitas da

pesquisa publicada. Artigos Originais e de Revisão DEVEM ser acompanhados

de um resumo em português e outro em inglês de cerca de 200 palavras, com

seus tópicos devidamente salientados (estruturado), e indicando claramente:

1. As premissas teóricas e justificativas do estudo (Introdução);

2. Os objetivos do estudo (Objetivo);

3. Método básico utilizado e descrição do artigo - revisão ou original - (Método);

4. Resultados principais e sua interpretação estatística - opicionais para estudos

de revisão narrativa - (Resultados) e

5. Conclusões alcançadas (Conclusão).

Após o resumo, três a cinco descritores científicos devem ser inseridos

baseados no DeCS (Descritores em Ciências da Saúde) e MeSH (Medical

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Subject Headings), estes podem ser acessado na página eletrônica da BIREME

(Biblioteca Regional de Medicina), www.bireme.org ou no próprio site do

BJORL, no passo 4 da submissão.

Quanto ao conteúdo

Os ARTIGOS ORIGINAIS vem estar no chamado formato IMRDC:

Introdução, Método, Resultados, Discussão e Conclusões. Na Introdução é

onde estão o objetivo e a justificativa do trabalho. Nela devem estar presentes

as razões e pertinência para a confecção do trabalho, sua importância e

abrangência, lacunas, controvérsias e incoerências teóricas e as premissas

teóricas ou experiências pessoais que levaram o autor a investigar o assunto.

O(s) objetivo(s) deve(m) aparecer como último parágrafo da introdução.

No Método espera-se encontrar a descrição da amostra estudada e um

detalhamento suficiente do instrumento de investigação.

Nos estudos envolvendo seres humanos ou animais deve ser informado o

número de protocolo de aprovação do estudo pela Comissão de Ética da

instituição onde o mesmo foi realizado.

A amostra deve ser bem definida e os critérios de inclusão e exclusão

descritos claramente. Também a maneira de seleção e alocação em grupos

deve ser esclarecida (pareamento, sorteio, sequenciamento, estratificação, etc).

O Método deve ter coerência com a questão apresentada e deve ser explicitado

o desenho do estudo. Os Resultados devem ser apresentados de forma

sintética e clara. Tudo que conste deste item tem que ter sido extraído do

método. O uso de gráficos e tabelas deve ser estimulado, assim como análises

estatísticas descritivas e comparativas. Na Discussão esperamos que o autor

apresente sua experiência pessoal no assunto, explore seus referenciais

teóricos e discuta os resultados frente a estas premissas. Também é este o

local para expor possíveis dificuldades metodológicas. As Conclusões devem

ser sucintas e se ater ao objetivo proposto. É fundamental que o método e os

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resultados obtidos por ele sejam suficientes para fundamentar os itens arrolados

na conclusão.

Os RELATOS DE CASO devem conter introdução com revisão pertinente

que justifique sua importância, seja pela raridade ou impacto clínico,

apresentação do caso com riqueza de detalhes visuais e de descrição e

comentários finais, com discussão das nuanças que façam deste caso um artigo

digno de publicação. Não há necessidade de envio de seu resumo.

1. Título - conciso e descritivo com no máximo 100 caracteres.

2. Palavras chave - no máximo 5 e em ordem alfabética.

3. Os textos não poderão ter mais de 5 autores, No caso de mais, uma

justificativa deve ser enviada.

4. Corpo do texto estruturado em: Introdução, Apresentação do Caso, Discussão

e Comentários Finais.

5. O texto completo, excetuando Título e Referência não deverá ultrapassar 600

palavras.

6. Referência - no máximo 6.

7. Aceitaremos 1 tabela ou figura apenas.

A CARTA AO EDITOR é utilizada para que os leitores da revista possam

externar suas opiniões sobre os temas e artigos nela publicados. Sua

submissão será através do sistema da internet, assim como qualquer outro

artigo, devendo adequar-se à seguinte estruturação:

1. A carta será enviada ao autor do artigo, que terá 6 semanas para respondê-la;

2. A carta e a resposta serão publicadas no mesmo número da revista, e não

haverá mais réplicas;

3. As cartas não serão revisadas pelo corpo editorial. Contudo, se apresentarem

caráter pessoal ou agressivo, a critério do Editor, poderão ter sua publicação

negada.

Referências

São essenciais para identificar as fontes originais dos conceitos, métodos e

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técnicas a que se faz referência no texto e que provêm de investigações,

estudos e experiências anteriores; apoiar os atos e opiniões expressados pelo

autor; e proporcionar ao leitor a informação bibliográfica que necessita para

consultar as fontes primárias. As referências devem ser pertinentes e

atualizadas, serão aceitas no máximo 50 referências para artigos originais e de

revisão e 6 referências para artigos de relatos de casos. Todas as referências

devem ser citadas no texto com números consecutivos em forma de

superíndices, segundo a ordem de sua aparição. No final do artigo estas

citações farão parte das referências da seguinte forma:

Artigos de Revistas Científicas

É necessário proporcionar as seguintes informações: autor(es), título do

artigo, título abreviado da revista em que este se publica; ano; volume (em

números arábicos), número e página inicial e final. Toda a informação se

apresenta na língua original do trabalho citado. As abreviaturas dos periódicos

devem ser baseadas no "Uniform Requirements for Manuscripts Submitted to

Biomedical Journals", disponível pelo site http://www.icmje.org. A seguir

mostramos alguns exemplos que ilustram o estilo de Vancouver para a

elaboração e pontuação de citações bibliográficas. Cabe ressaltar que quando

as páginas final e inicial de uma citação estão em uma mesma dezena, centena,

milhar etc. não há necessidade de grafar-se números repetidos. Por exemplo,

uma referência que se inicia na página 1320 e termina na 1329, deverá constar

como 1320-9.

a.De autores individuais: Os sobrenomes e iniciais dos primeiros seis autores e,

se mais de 6, segue a expressão "et al.". Exemplos: Kerschner H, Pegues JAM.

Productive aging: a quality of life agenda. J Am Diet Assoc. 1998; 98(12):1445-

8. Bin D, Zhilhui C, Quichang L, Ting W, Chengyin G, Xingzi W et al. Duracion

de la immunidad lograda con la vacuna antisarampionosa con virus vivos: 15

años de observación em la província de Zhejiang, China. Bol Oficina Sanit

Panam. 1992;112(5):381-94.

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b. Que constam de várias partes: Lessa A. I. Epidemiologia do infarto agudo do

miocárdio na cidade do Salvador: II, Fatores de risco, complicações e causas de

morte. Arq Brás Cardiol. 985;44:225-60.

c. De autor coorporativo: Se constar de vários elementos, mencionar do maior

ao menor. Em revistas publicadas por organismos governamentais ou

internacionais, pode-se atribuir ao organismo responsável os trabalhos sem

autor. Pan American Health Organization, Expanded Program on Immunization.

Strategies for the certification of the eradication of wild poliovirus transmission in

the Americas. Bull Pan Am Health Organ. 1993;27(3):287-95.

Organisation Mondiale de la Santé, Groupe de Travail. Déficit en glucose-6-

phosphatase déshydrogenase. Bull World Health Organ. 1990;68(1):13-24.

d. Quando sem autor: Só utilizar se dão detalhes acerca de informes escritos

que os leitores possam solicitar e obter. É importante indicar o nome exato da

entidade coletiva responsável pelo documento, além de seu título completo,

cidade, ano e número. Se possível, informar a fonte do documento.

Cancer in South Africa [editorial]. S Afr Med J. 1994;84:15.

e. Volume com suplemento: Shen HM, Zhang QF. Risk assessment of nickel

carcinogenicity and occupational lung cancer. Environ Health Perspect.

1994;102 Suppl 1:275-82.

f. Número com suplemento: Payne DK, Sullivan MD, Massie MJ. Womens

psychological reactions to breast cancer. Semin Oncol. 1996;23(1 Suppl 2):89-

97.

g. Volume com parte Ozben T, Nacitarhan S, Tuncer N. Plasma and urine sialic

acid in non-insulin dependent diabetes mellitus. Ann Clin Biochem. 1995;32(Pt

3):303-6.

h. Número com parte Poole GH, Mills SM. One hundred consecutive cases of

flap lacerations of the leg in ageing patients. N Z Med J. 1994;107(986 Pt

1):377-8.

i. Número sem volumeTuran I, Wredmark T, Fellander-Tsai L. Arthroscopic ankle

arthrodesis in rheumatoid arthritis. Clin Orthop. 1995;(320):110-4.

j. Sem número ou volume Browell DA, Lennard TW. Immunologic status of the

cancer patient and the effects of blood transfusion on antitumor responses. Curr

Opin Gen Surg. 1993:325-33. k. Paginação em números romanos

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Fisher GA, Sikic BI. Drug resistance in clinical oncology and hematology.

Introduction. Hematol Oncol Clin North Am. 1995 Apr;9(2):xi-xii.

l. Tipo de artigo indicado caso necessário Enzensberger W, Fischer PA.

Metronome in Parkinsons disease [carta]. Lancet 1996;347:1337. Clement J, De

Bock R. Hematological complications of hantavirus nephropathy (HVN) [resumo].

Kidney Int. 1992;42:1285. m. Artigo contendo retratação Garey CE,

Schwarzman AL, Rise ML, Seyfried TN. Ceruloplasmin gene defect associated

with epilepsy in EL mice [retratação de Garey CE, Schwarzman AL, Rise ML,

Seyfried TN. In: Nat Genet 1994;6:426-31]. Nat Genet. 1995;11:104.

n. Artigo resumido Liou GI, Wang M, Matragoon S. Precocious IRBP gene

expression during mouse development [resumido em Invest Ophthalmol Vis Sci

1994;35:3127]. Invest Ophthalmol Vis Sci. 1994;35:1083-8. o. Artigo com errata

publicada Hamlin JA, Kahn AM. Herniography in symptomatic patients following

inguinal hernia repair [errata publicada aparece em West J Med 1995;162:278].

West J Med. 1995;162:28-31.

Livros ou outras Monografias

a. De autoria pessoal Ringsven MK, Bond D. Gerontology and leadership skills

for nurses. 2nd ed. Albany (NY): Delmar Publishers; 1996.

b. Editor(es), compilador(es) como autor(es)Norman IJ, Redfern SJ, editors.

Mental health care for elderly people. New York: Churchill Livingstone; 1996.

c. Organização como autora e publicadora Institute of Medicine (US). Looking at

the future of the Medicaid program. Washington: The Institute; 1992.

d. Capítulo em livro Phillips SJ, Whisnant JP. Hypertension and stroke. Em:

Laragh JH, Brenner BM, editores. Hypertension: pathophysiology, diagnosis,

and management. 2nd ed. New York: Raven Press; 1995. p. 465-78.

e. Anais de conferência Kimura J, Shibasaki H, editors. Recent advances in

clinical neurophysiology. Proceedings of the 10th International Congress of EMG

and Clinical Neurophysiology; 1995 Oct 15-19; Kyoto, Japan. Amsterdam:

Elsevier; 1996. Quando publicado em português: Costa M, Hemodiluição para

surdez súbita. Anais do 46th Congresso Brasileiro de Otorrinolaringologia; 2008

Out 23-25; Aracaju, Brasil. São Paulo, Roca; 2009. f. Apresentação oral

publicada Bengtsson S, Solheim BG. Enforcement of data protection, privacy

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and security in medical informatics. In: Lun KC, Degoulet P, Piemme TE,

Rienhoff O, editors. MEDINFO 92. Proceedings of the 7th World Congress on

Medical Informatics; 1992 Sep 6-10; Geneva, Switzerland. Amsterdam: North-

Holland; 1992. p. 1561-5.

g. Relatório técnico ou científico Elaborado através de apoio/financiamento da

empresa XXX: Smith P, Golladay K. Payment for durable medical equipment

billed during skilled nursing facility stays. Relatório final. Dallas (TX): Dept. of

Health and Human Services (US), Office of Evaluation and Inspections; 1994

Oct. Report No.: HHSIGOEI69200860. ou Elaborado através de

apoio/financiamento da empresa XXX: Field MJ, Tranquada RE, Feasley JC,

editors. Health services research: work force and educational issues.

Washington: National Academy Press; 1995. Contract No.: AHCPR282942008.

Apoiado pela Agency for Health Care Policy and Research.

h. DissertaçãoKaplan SJ. Post-hospital home health care: the elderlys access

and utilization [dissertação]. St. Louis (MO): Washington Univ.; 1995.

i. Patente Larsen CE, Trip R, Johnson CR, inventors; Novoste Corporation,

assignee. Methods for procedures related to the electrophysiology of the heart.

US patent 5,529,067. 1995 Jun 25.

Material não publicado

Não se considera referência apropriada os resumos (abstracts) de

artigos, os artigos que ainda não tenham sido aceitos para a publicação e os

trabalhos ou documentos inéditos que não sejam facilmente acessáveis ao

público. Excetuam-se os artigos já aceitos, mas pendentes de publicação e

aqueles documentos que, ainda que inéditos, possam encontra-se com

facilidade. Nesta categoria encontram-se as teses, alguns documentos de

trabalho de organismos internacionais, protocolos de trabalhos científico

registrados em comitês de ética e informes apresentados em conferências.

a. No prelo Leshner AI. Molecular mechanisms of cocaine addiction. N Engl J

Med. In press 1996. Se for absolutamente necessário citar fontes inéditas

difíceis de conseguir, pode-se mencionar no texto (entre parênteses) ou como

nota de roda pé. A citação no texto far-se-á da seguinte maneira:

"Foi observado1 que..."e ao pé da mesma página do artigo colocar-se-á a nota

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correspondente:

1 Lanos-Cuentas EA, Campos M. Identification and qualification of the risk

factors associated with New World cutaneous leishmaniasis. In: International

Workshop on control strategies for Leishmaniasis, Ottawa, June 1-4, 1987.

Ou

1 Herrick JB [e outros]. [Carta a Frank R Morton, secretário, Associação Médica

de Chicago]. Documentos de Herrick. [1923]. Documentos incluídos na:

University of Chicago Special collections, Chicago, illinois, EUA.

Material eletrônico

a. Artigo de revista em formato eletrônicoMorse SS. Factors in the emergence of

infectious diseases. Emerg Infect Dis [serial online] 1995 Jan-Mar [citado 1996

Jun 5];1(1):[24 telas]. Encontrado em: URL: http://www.cdc.gov/

ncidod/EID/eid.htm

34. Monografia em formato electrônicoCDI, clinical dermatology illustrated

[monografia em CD-ROM]. Reeves JRT, Maibach H. CMEA Multimedia Group,

producers. 2nd ed. Version 2.0. San Diego: CMEA; 1995.

b. Base de dadosCompact library: AIDS [base de dados em CD-ROM atualizada

cada 3 meses]. Versão 1,55ª. Boston: Massachusetts Medical Society, Medical

Publishing Group; 1980. [1 disco compacto; sistema operacional: IBM PC, OS/2

ou compatível; 640K de memória; MS-DOS 3.0 ou mais recente, extensão Mi-

crosoft CD-ROM]

Tabelas

As Tabelas, devem ser apresentadas em formato .doc (Microsoft Word) ou

.xls (Microsoft Excel), cujo propósito é agrupar valores em linhas e colunas

fáceis de assimilar, devem apresentar-se em uma forma compreensível para o

leitor; devem explicar-se por si mesmas e complementar - não duplicar - o texto.

Não devem conter demasiada informação estatística, pois acabam

incompreensíveis e confusas. Utilize a quantidade exata de linhas e colunas

para a montagem da tabela. Linhas e colunas vazias ou mescladas poderão

desformartar a tabela, tornando-a incompreensível. Devem ter um título breve,

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mas completo, de maneira que o leitor possa determinar, sem dificuldade, o que

se tabulou; indicar, além disso, lugar, data e fonte da informação. O título deve

estar acima da tabela. O cabeçalho de cada coluna deve incluir a unidade de

medida e ser o mais breve possível; deve indicar-se claramente a base das

medidas relativas (porcentagens, taxas, índices) quando estas são utilizadas.

Só se deve deixar em branco as caselas correspondentes a dados que não

forem aplicáveis; deve-se usar três pontos quando faltar informação porque não

se inseriram observações. As chamadas de notas se farão mediante letras

colocadas como expoentes em ordem alfabética: a, b, c etc. Digite ou imprima

cada tabela com espaçamento duplo em uma folha separada de papel. Não

submeta tabelas como fotografias. Numere as tabelas consecutivamente na

ordem da sua citação no texto. Dê a cada coluna um título curto ou abreviado.

Coloque as explicações necessárias em notas de rodapé, não no título.

Explique em notas de rodapé todas as abreviações sem padrão que são usadas

em cada quadro. Identifique medidas estatísticas de variações, como desvio

padrão e erro padrão da média. Não use linhas horizontais e verticais internas.

Esteja seguro que cada tabela esteja citada no texto. Se você usa dados de

outra fonte, publicada ou inédita, obtenha permissão e os reconheça

completamente. O uso de muitas tabelas em relação ao comprimento do texto

pode produzir dificuldades na diagramação de páginas. Lembre-se que o

Brazilian Journal of Otorhinolaryngology aceita artigos com 25 laudas em sua

totalidade. O editor, ao aceitar o artigo, pode recomendar que quadros

adicionais que contenham dados importantes mas muito extensos sejam

depositadas em um serviço de arquivo, como o Serviço de Publicação Auxiliar

Nacional nos Estados Unidos, ou os faça disponíveis para os leitores. Nesta

situação, uma declaração apropriada será acrescentada ao texto.Submeta tais

quadros para consideração com o artigo.

Figuras

As ilustrações (gráficos, diagramas, mapas ou fotografias, entre outros)

devem ser utilizadas para destacar tendências e comparações de forma clara e

exata; serem fáceis de compreender e agregar informação, não duplicá-la. Seus

títulos devem ser tão concisos quanto possível, mas ao mesmo tempo muito

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explícitos, localizado na parte inferior da figura. Não se colocam notas ao pé da

figura, mas se identifica a fonte se tomada de outra publicação. Havendo espaço,

a explicação dos gráficos e mapas deverá ser incluída dentro da própria figura.

Figuras devem ser profissionalmente desenhadas ou fotografadas. Desenhos à

mão livre são inaceitáveis. Títulos e explicações detalhadas devem ficar na

legenda e não na figura. Microfotografias devem ter marcadores de escala

internos. Símbolos, setas ou cartas usados em microfotografias devem

contrastar com o fundo. Se fotografias das pessoas forem usadas, ou os

mesmos não devem ser identificáveis ou suas fotos devem ser acompanhadas

de permissão escrita para seu uso e publicação. As figuras devem ser

numeradas consecutivamente de acordo com a ordem na qual elas foram citadas

no texto. Se uma figura já foi publicada previamente, deve ser reconhecida a

fonte original e submetida a permissão escrita do proprietário protegido por

direitos autorais para reproduzir o material. Permissão é requerida independente

de autoria ou publicador, com exceção de documentos no domínio público.

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Legendas para Ilustrações

Digite em espaçamento duplo, começando em uma página separada, com

numeral árabe que corresponde à ilustração. Quando usados símbolos, setas,

números, ou cartas para identificar partes das ilustrações, identificar e explicar

cada um claramente na legenda. Explique a escala interna e identifique o método

de coloração das microfotografias.

Unidades de Medida

Medidas de comprimento como altura, peso e volume devem ser

informadas em unidades métricas (metro, quilograma, ou litro) ou seus múltiplos

decimais.

As temperaturas devem ser informadas em graus centígrados. As pressões

sanguíneas devem ser em milímetros de mercúrio. Os dados hematológicos e

medidas de análise laboratoriais devem aparecer no sistema métrico em termos

do Sistema Internacional de Unidades (SI).

Abreviaturas e siglas

Utilizar o menos possível. Na primeira vez que uma abreviatura ou sigla

aparece no texto, deve-se escrever o termo completo a que se refere, seguido da

sigla ou abreviatura entre parênteses, como no exemplo, Programa Ampliado de

Imunização (PAI). Devem ser expressas em português, por exemplo, DP (desvio

padrão) e não SD (standard deviation), exceto quando correspondam a

entidades de alcance nacional (FBI) ou conhecidas internacionalmente por suas

siglas não portuguesas (UNICEF), ou a substâncias químicas cujas siglas

inglesas estão estabelecidas como denominação internacional, como GH

(hormônio do crescimento), não HC.

Instruções gerais para submissão on-line de manuscritos usando o SGP -

Sistema de Gestão de Publicações do BJORL

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Os manuscritos deverão ser submetidos em português ou inglês. A submissão on-line deverá ser feita através do endereço do SGP/BJORL na internet: www.bjorl.org.br/sgp. Quando entrar neste link, o sistema irá pedir seu nome de usuário e senha caso já esteja cadastrado. Caso contrário clique no botão "Quero me cadastrar" e faça seu cadastro. Ou ainda, caso tenha esquecido sua senha, use o mecanismo para lembrar sua senha, que gerará um e-mail contendo sua senha. As regras para formatação do artigo encontram-se descritas no link http://www.bjorl.org.br/portugues/criterios.asp. Lembramos ainda que nos estudos que envolvam seres humanos ou animais deverá ser informado o número de protocolo de aprovação do estudo pela Comissão de Ética da instituição onde o mesmo foi realizado. O processo de submissão é composto de oito passos, sendo eles:

1º: Informar Classificação

2º: Enviar imagens para o seu artigo

3º: Cadastrar Co-autores

4º: Informar Título e Palavras-chave

5º: Informar Resumo e Comentários

6º: Montar Manuscrito

7º: Copyright (Cessão de Direitos)

8º: (Último passo) Aprovação do Autor (Finalizar submissão)

Após a submissão, o sistema oferece a opção de salvar uma cópia de

seu manuscrito em formato PDF para seu controle. A Revista encoraja

fortemente que os autores submetam eletronicamente manuscritos preparados

em WordPerfect, Microsoft Word ou Pages, pois no passo "Montar Manuscrito",

será exibida uma tela que simula o Word, onde é possível "copiar e colar" de

qualquer editor de texto, inclusive as tabelas. Imagens e gráficos tem regras

próprias, descritas abaixo. Submissão on-line passo a passo: A formatação do

texto não é necessária, pois será feita automaticamente pelo Sistema SGP, e

posteriormente caso seja aprovado, receberá a formatação padrão do BJORL

durante a diagramação para impressão. O processo de submissão é composto

de 8 passos, sendo eles:

1º Passo: Informar Classificação

Escolhendo entre as opções: Artigo Original, Relato de Caso, Carta ao

Editor, Revisão Sistemática e Revisão.

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2º Passo: Enviar imagens para o seu artigo

As imagens deverão obrigatoriamente estar em formato JPG, ou TIF.

Caso necessite alterar o formato de suas imagens entre na seção

DOWNLOADS no SGP em: http://www.bjorl.org.br/SGP/naveg/ downloads.asp e

faça o download de algum dos programas freeware oferecidos para edição de

imagens (requer senha de acesso). O sistema envia grupos de até cinco

imagens por vez. Para submeter mais de cinco imagens, basta clicar no botão

"Enviar mais imagens". Logo após serão exibidas miniaturas das imagens,

clique no ícone ao lado da imagem, para editar o título e legenda de cada

imagem submetida. Lembre-se sempre de verificar a resolução mínima

requerida para cada tipo de imagem, conforme tabela citada anteriormente.

3º Passo: Cadastrar Co-autores

Cadastre, obrigatoriamente cada co-autor, informando nome completo,

cargo e titulação. O CPF poderá ser informado posteriormente. A ordem dos co-

autores pode ser alterada facilmente usando as "setas" exibidas na tela.

4º Passo: Informar Título e Palavras-chave

Informe o título do trabalho, em português e inglês, e as Palavras-chave

(português) e Keywords (inglês). ESTAS PALAVRAS DEVERÃO ESTAR

CONTIDAS NO DECS E NO MESH que podem ser encontrados no SGP em

todas as telas. Importante: O sistema não aceitará trabalhos duplicados em

nome do mesmo autor principal. Caso o mesmo trabalho seja submetido por

autores diferentes, a BJORL se reserva o direito de excluir tais trabalhos do

sistema.

5º Passo: Informar Resumo e Abstract

O Resumo/Abstract deverá obrigatoriamente conter o máximo de 200

palavras, pois o excedente será cortado automaticamente pelo sistema, e um

aviso será exibido ao autor. Deve obrigatoriamente estar estruturado em:

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Introdução, Objetivo, Método, Resultado e Conclusão. Do contrário o sistema o

bloqueará. O autor deverá preencher os campos: Instituição, Nome e endereço

para correspondência, Suporte financeiro (Deverá ser provida qualquer

informação sobre concessões ou outro apoio financeiro), e a carta ao editor

(opcional). Importante: O limite máximo aceito pelo sistema de submissão on-

line para os resumos em português e inglês é de 200 palavras. Sendo que o

excedente será cortado automaticamente pelo sistema.

6º Passo: Montar Manuscrito

Nesta tela é exibido um simulador do Word, com todas as

funcionalidades de formatação de texto necessárias. Para inserir seu texto

neste campo, simplesmente selecione todo seu trabalho e copie e cole no

campo de montagem do manuscrito (artigo). Somente selecione textos e

tabelas, pois as imagens já deverão ter sido enviadas no 2º passo e serão

inseridas no final do trabalho automaticamente. Importante: Nunca coloque

neste campo os nomes de autores, co-autores, ou qualquer outra informação

que possa identificar onde o trabalho foi realizado (Instituição, Hospital, etc.).

Tal exigência se deve ao fato de o processo de revisão transcorrer em regime

de duplo-cego. A não observância deste detalhe fará com que seu trabalho seja

devolvido como FORA DE PADRÃO, para que seja corrigido pelo autor, e

consequentemente atrasará a publicação final, caso seja aprovado.

7ºPasso: Copyright (Cessão de Direitos)

Neste passo é exibida a tela com o Termo de Copyright, que deve ser

impressa, para que o autor colha as assinaturas, e informe os CPFs de cada co-

autor. Em seguida este documento deverá ser enviado para a sede do BJORL

pelo correio ou para o FAX: +55 (11) 5053-7512. Antes de imprimir, certifique-se

de ter respondido as duas perguntas no final do termo. Importante: O SGP

oferece a opção de impressão deste termo de copyright, clicando no link "Gerar

termo de copyright".

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8º Passo: (Último passo) Aprovação do Autor (Finalizar submissão)

Este é o último passo para completar a submissão do artigo. Nesta tela o

autor terá a opção de visualizar seu trabalho no sistema e também pode salvar

uma versão em PDF de seu trabalho recém submetido. Importante: O autor

deverá clicar no link "APROVAR MANUSCRITO" para que seu trabalho seja

encaminhado a Secretaria do BJORL para conferência e confirmação.

Procedimentos após a submissão (Notificações via e-mail) - Ao terminar a

submissão de seu trabalho, será gerado um e-mail informando se a submissão

foi efetuada corretamente, outro e-mail será gerado após conferir se o mesmo

está dentro dos padrões. Caso o artigo esteja "Fora de padrão", o autor será

avisado por e-mail e poderá corrigi-lo entrando no SGP/BJORL em

www.rborl.org.br/sgp. Os autores poderão acompanhar a tramitação de seu

trabalho a qualquer momento pelo SGP/BJORL, através do código de fluxo ge-

rado automaticamente pelo SGP, ou ainda pelo título de seu trabalho.

Importante: Como o sistema gera e-mails automaticamente conforme seu artigo

estiver tramitando, é imprescindível, que o autor DESABILITE seus filtros de

SPAM em seus respectivos provedores, ou que configurem suas contas de e-

mail para ACEITAR qualquer mensagem do domínio BJORL.ORG.BR. Para

informações sobre como configurar seu filtro de spam entre em contato com seu

provedor de acesso.

Diretrizes para elaboração do manuscrito

Caso tenha alguma planilha transforme-a em tabela no Word (ou

Wordperfect) e copie-a e cole-a na tela do 8º passo da submissão, e no caso

dos gráficos converta-os para o formato de imagem JPG.A BJORL solicita que

os autores arquivem em seu poder as imagens originais, pois caso as

imagens submetidas on-line apresentem algum impedimento para

impressão, entraremos em contato para que nos envie estes originais.

Aviso: Mantenha seu cadastro (e-mail, endereço, etc.) atualizados, pois nossa

comunicação com os autores é exclusivamente por e-mail.

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Normas de Formatação do Periódico CoDAS-Jornal da Sociedade Brasileira de

Fonoaudiologia

ANEXO D

INSTRUÇÕES AOS AUTORES

CoDAS-JORNAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE FONOAUDIOLOGIA – JSBFa –

(J SocBrasFonoaudiol.), ISSN 2179-6491, publicação técnico-científica da

Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, São Paulo, como continuação da revista

Pró-Fono – Revista de Atualização Científica (ISSN 0104-5687), é publicado

trimestralmente com o objetivo de divulgar a produção científica em Fonoaudiologia,

Distúrbios da Comunicação Humana e áreas afins, sobre temas relevantes de

normalidade, avaliação e diagnóstico, e intervenção.

Artigos originais: são trabalhos originais e inéditos destinados à divulgação de

resultados da pesquisa científica. A estrutura deverá conter: Resumo e descritores,

Abstract e keywords, Introdução, Métodos, Resultados, Discussão, Conclusão, e

Referências. Os Resultados devem ser interpretados, indicando a relevância

estatística para os dados encontrados, não devendo, portanto, ser mera

apresentação de tabelas, quadros e figuras. Os dados apresentados no texto não

devem ser duplicados nas tabelas, quadros e figuras e/ou vice-versa. Recomenda-se

que os dados recebam análise estatística inferencial para que sejam mais

conclusivos. Das referências citadas (máximo 30), pelo menos 70% deverão ser

constituídas de artigos publicados em periódicos da literatura nacional e estrangeira.

O número de aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa, bem como a afirmação de

que todos os sujeitos envolvidos (ou seus responsáveis) assinaram o Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido, no caso de pesquisas envolvendo pessoas ou

animais (assim como levantamentos de prontuários ou documentos de uma

instituição), são obrigatórios e devem ser citados no item Métodos.

REQUISITOS TÉCNICOS:

Devem ser incluídos, obrigatoriamente, além do arquivo do artigo, os seguintes

documentos suplementares (digitalizados):

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a) carta assinada por todos os autores, contendo permissão para reprodução do

material e transferência de direitos autorais;

b) cópia da aprovação do Comitê de Ética da instituição onde foi realizado o

trabalho, quando referente a pesquisas com seres humanos ou animais;

c) cópia do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido assinado pelo (s) sujeito(s)

(ou seus responsáveis), autorizando o uso de imagem, quando for o caso;

d) Declaração de conflitos de interesse, quando pertinente.

PREPARO DO MANUSCRITO:

O texto deve ser formatado em Microsoft Word, RTF ou WordPerfect, em

papel tamanho ISO A4 (212x297mm), digitado em espaço duplo, fonte Arial tamanho

12, margem de 2,5cm de cada lado, com páginas numeradas em algarismos

arábicos; cada seção deve ser iniciada em uma nova página, na seguinte sequência:

página de identificação, Resumo e descritores, Abstract e keywords, texto (de

acordo com os itens necessários para o tipo de artigo enviado), Agradecimentos,

Referências, tabelas, quadros, figuras (gráficos, fotografias e ilustrações) e anexos,

com suas respectivas legendas. O número total de páginas do manuscrito (incluindo

tabelas, quadros, figuras, referências e anexos) não deve ultrapassar 30 páginas.

Página de identificação:

Deve conter:

a) título do artigo, em português (ou espanhol) e inglês. O título deve ser conciso,

porém informativo;

b) título do artigo resumido com até 40 caracteres;

c) nome completo de cada autor, seguido do departamento e/ou instituição;

d) departamento e/ou instituição onde o trabalho foi realizado;

e) nome, endereço institucional e e-mail do autor responsável e a 89

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quem deve ser encaminhada a correspondência;

f) fontes de auxilio à pesquisa, se houver;

g) declaração de inexistência de conflitos de interesse.

Resumo e descritores:

A segunda página deve conter o resumo, em português (ou espanhol) e inglês, de

não mais que 250 palavras. Deverá ser estruturado de acordo com a seção em que

o artigo se encaixa, contendo resumidamente as principais partes do trabalho e

ressaltando os dados mais significativos. Assim, para Artigos Originais, a estrutura

deve ser, em português: Objetivo, Métodos, Resultados, Conclusão; em inglês:

Purpose, Methods, Results, Conclusion. Para os artigos da seção Fonoaudiologia

Baseada em Evidências o resumo deve conter a estrutura: Objetivos, Estratégia de

pesquisa, Critérios de seleção, Análise dos dados, Resultados, Conclusão (em

inglês: Purpose, Researchstrategy, Selectioncriteria, Data analysis, Results,

Conclusion). Os resumos das seções Relatos de caso e Comunicação breve não

devem ser estruturados. Abaixo do resumo, especificar no mínimo cinco e no

máximo dez descritores/keywordsque definam o assunto do trabalho. Os descritores

deverão ser baseados no DeCS (Descritores em Ciências da Saúde), publicado pela

Bireme, que é uma tradução do MeSH(Medical SubjectHeadings) da National Library

of Medicine e está disponível no endereço eletrônico: http://decs.bvs.br.

Texto:

Deverá obedecer a estrutura exigida para cada tipo de trabalho. A citação dos

autores no texto deverá ser numérica e sequencial, utilizando algarismos arábicos

entre parênteses e sobrescritos, sem data e sem nenhuma referência ao nome dos

autores, como no exemplo:

“... Qualquer desordem da fala associada tanto a uma lesão do sistema nervoso

quanto a uma disfunção dos processos sensório-motores subjacentes à fala, pode

ser classificada como uma desordem motora(11-13) ...”

Palavras ou expressões em inglês, que não possuam tradução oficial para o

português, devem ser escritas em itálico. Os numerais até dez devem ser escritos

por extenso.

No texto deve estar indicado o local de inserção das tabelas, quadros, figuras e

anexos, da mesma forma que estes estiverem numerados, sequencialmente. Todas

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as tabelas, quadros, figuras (gráficos, fotografias e ilustrações) e anexos devem ser

em preto e branco, dispostas ao final do artigo, após as referências.

Agradecimentos:

Inclui reconhecimento a pessoas ou instituições que colaboraram

efetivamente com a execução da pesquisa. Devem ser incluídos agradecimentos às

instituições de fomento que tiverem fornecido auxílio e/ou financiamentos para a

execução da pesquisa.

Referências:

Devem ser numeradas consecutivamente, na mesma ordem em que foram

citadas no texto e identificadas com números arábicos. A apresentação deverá estar

baseada no formato denominado “Vancouver Style”, conforme exemplos abaixo, e

os títulos de periódicos deverão ser abreviados de acordo com o estilo apresentado

pela ListofJournalIndexed in Index Medicus, da National Library ofMedicine e

disponibilizados no endereço: ftp://nlmpubs.nlm.nih.gov/online/journals/ljiweb.pdf.

Recomenda-se utilizar referências publicadas nos últimos dez anos.

Para todas as referências, citar todos os autores até seis. Acima de seis, citar os

seis primeiros, seguidos da expressão et al.

ARTIGOS DE PERIÓDICOS

Wuyts FL, Heylen L, Mertens F, Du Caju M, Rooman R, Van de Heyning PH, et al.

Effects of age, sex, and disorder on voice range profile characteristics of 230

children. Ann OtolRhinolLaryngol. 2003;112(6):540-8.

Befi-Lopes DM, Puglisi ML, Rodrigues A, Giusti E, Gândara JP, Araujo K. Perfil

comunicativo de crianças com alterações específicas no desenvolvimento da

linguagem: caracterização longitudinal das habilidades pragmáticas. Rev Soc Bras

Fonoaudiol. 2007;12(4):265-73.

LIVROS

Ballantyne J, Martin MC, Martin A. Surdez. 5a ed. Porto Alegre: Artes Médicas; 1995.

CAPÍTULO DE LIVRO

Russo ICP, Almeida K. Considerações sobre a seleção e adaptação de próteses

auditivas para o deficiente auditivo idoso. In: Almeida K, Iorio MCM, organizadores.

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Próteses auditivas: fundamentos teóricos e aplicações clínicas. São Paulo: Lovise,

1996. p. 177-90.

CAPÍTULO DE LIVRO (mesma autoria)

Reed VA. An introduction to children with language disorders. New York: Macmillan

Publishing Company; 1994. Toddlers and preschoolers with specific language

impairment; p.117-52.

TRABALHOS APRESENTADOS EM CONGRESSOS

Minna JD. Recent advances for potential clinical importance in the biology of lung

cancer. In: Annual Meeting of the American Medical Association for Cancer

Research; 1984 Sep 6-10; Toronto. Proceedings. Toronto: AMA; 1984; 25:2293-4.

DISSERTAÇÕES E TESES

Pagan-Neves LO. Descrição acústico-articulatória e perceptiva das líquidas do

português brasileiro produzidas por crianças com e sem transtorno fonológico [tese].

São Paulo: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de

São Paulo; 2008.

DOCUMENTOS ELETRÔNICOS

American Speech-Language-Hearing Association (ASHA) (2005) [Internet]. (Central)

Auditory Processing Disorders [Technical Report]. [cited 2008 Feb 4] Available from:

http://www.asha.org/docs/html/tr2005-00043.html

Tabelas:

Apresentar as tabelas separadamente do texto, cada uma em uma página, ao final

do documento. As tabelas devem ser digitadas com espaço duplo e fonte Arial 8,

numeradas sequencialmente em algarismos arábicos, na ordem em que foram

citadas no texto. Todas as tabelas deverão ter título reduzido, auto-explicativo,

inserido acima da tabela. Todas as colunas da tabela devem ser identificadas com

um cabeçalho. No rodapé da tabela deve constar legenda para abreviaturas e testes

estatísticos utilizados. O número de tabelas deve ser apenas o suficiente para a

descrição dos dados de maneira concisa, e as tabelas não devem repetir

informações apresentadas no corpo do texto. Quanto à forma de apresentação,

devem ter traçados horizontais, separando o cabeçalho, o corpo e a conclusão da

tabela, e abertas lateralmente. Serão aceitas, no máximo, cinco tabelas.

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Quadros:

Devem seguir a mesma orientação da estrutura das tabelas, diferenciando

apenas na forma de apresentação, que podem ter traçado vertical e devem ser

fechados lateralmente. Serão aceitos no máximo dois quadros.

Figuras (gráficos, fotografias e ilustrações):

As figuras deverão ser encaminhadas separadamente do texto, ao final do

documento, numeradas sequencialmente, em algarismos arábicos, conforme a

ordem de aparecimento no texto. Todas as figuras deverão ser em preto e branco,

com qualidade gráfica adequada (usar somente fundo branco), e apresentar título

em legenda, digitado em fonte Arial 8. As figuras poderão ser anexadas como

documentos suplementares em arquivo eletrônico separado do texto (a imagem

aplicada no processador de texto não significa que o original está copiado). Para

evitar problemas que comprometam o padrão do Jornal, o processo de digitalização

de imagens (“scan”) deverá obedecer os seguintes parâmetros: para gráficos ou

esquemas usar 800 dpi/bitmap para traço; para ilustrações e fotos (preto e branco)

usar 300 dpi/RGB ou grayscale. Em todos os casos, os arquivos deverão ter

extensão .tif e/ou .jpg. Também serão aceitos arquivos com extensão .xls (Excel),

.cdr (CorelDraw), .eps, .wmf para ilustrações em curva (gráficos, desenhos,

esquemas). Serão aceitas, no máximo, cinco figuras. Se as figuras já tiverem sido

publicadas em outro local, deverão vir acompanhadas de autorização por escrito do

autor/editor e constando a fonte na legenda da ilustração.

Legendas:

Apresentar as legendas usando espaço duplo, acompanhando as respectivas

tabelas, quadros, figuras (gráficos, fotografias e ilustrações) e anexos.

Abreviaturas e Siglas:

Devem ser precedidas do nome completo quando citadas pela primeira vez

no texto. As legendas das tabelas, quadros, figuras e anexos devem ser

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acompanhadas de seu nome por extenso. As abreviaturas e siglas não devem ser

usadas no título dos artigos e nem no resumo.