Prezado taxista e anunciante - folhadomotorista.com.br · da autorização do alvará, chamada...
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FOLHA DO MOTORISTA/RIO Página 1de 23-7 a 10 de Agosto de 2012
ANO XXIV • N º 669 • Circulação: de 23-7 a 10 de Agosto de 2012 • Tiragem: 45 mil exemplares www.jornaldotaxista.com.br / www.folhadomotorista.com.br
Redação: Rio de Janeiro - Rua Santana, 73 S/loja 206 - CEP 20230-260 - Tel.: (021) 2252-6071 Tel/Fax: 2242-8550 e-mail:[email protected]
O Prefeito do Rio Eduardo Paes sancionou a lei
que regulamenta a profissão do serviço de táxi no
Rio de Janeiro e liberou também as transferências
da autorização do alvará, chamada pelos taxistas de
“Autonomia”. A decisão atende uma antiga reivin-
dicação da classe que gerou inúmeros processos. A
lei foi publicada no D.O do município de 20 de ju-
lho. Pág. 11
Depois de várias reuniões entre dirigentes de cooperati-vas e o presidente da Câmara dos Vereadores, a Prefeiturado Rio aceitou a sugestão dos taxistas cooperativados evoltou a liberar o Táxi Boa Praça no Galeão. Pág. 16
Prefeitura define táxis
autorizados a parar no Galeão
Antes de comprar, trocar ou fazer qualquer serviço em seu táxi, escolha os
anunciantes da Folha do Motorista. Sua preferência nos orgulha.
Uma linha na Folha do Motorista, dá mais resultado do que páginas em outrojornal. À Redação agradece. Para anunciar, ligue (21) 2252-6071.
Prezado taxista e anunciante
Até julho deste ano,foram registrados seis as-sassinatos, em Manaus.A morte de mais um ocor-reu quinta-feira (12/7).Pág. 7
Taxistas de Manaus
com medo da violência
Bolsas de mão ou bagagens
devem ser colocadas no porta-
malas de seu táxi. Evite que o
passageiro use aparelho eletrônico, por exemplo, notebook
ou tablet durante a viagem. Pág. 18
Dicas para evitar assalto
ao passageiro no táxiFoto: Cláudio Rangel
Foto
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de 23-7 a 10 de Agosto de 2012 Página 2 FOLHA DO MOTORISTA/RIO
Gás Imperial cria Centro de Diagnóstico VeicularIdentificar o real problema do
carro é fundamental para todo o
motorista, inclusive para o taxista.
Pensando em modernizar a manu-
tenção do veículo movido a GNV,
a Gás Imperial criou o Centro de
Diagnóstico Veicular e instalou um
equipamento capaz de monitorar
e identificar problemas no veícu-
Novo equipamento aperfeiçoa análise com promoção para taxista
lo, como explica a Coordenadora de
Vendas Silvia Lescault:
“Esse Centro de Diagnóstico veio
para ajudar os taxistas e clientes em
geral que antes chegavam com vári-
os problemas no carro, sem con-
seguir resolver. Para otimizar o
atendimento compramos um
equipamento de alta tecnologia
na Alfatest no qual fazemos o di-
agnóstico do carro e
emitimos o laudo com
problema”, disse.
O Centro de Diagnós-
tico Veicular identifica
problemas de bobina,
fuga de centelha, na in-
jeção eletrônica, entre
outros. O equipamento
detecta o problema e
emite um laudo. Com
isso, é possível intervir
diretamente no defeito.
“O uso desse equi-
pamento diminui as
idas e vindas à oficina.
Com a certeza da real necessida-
de do carro o cliente gasta me-
nos e tem a certeza de um bom
resultado”, disse Silvia.
A recomendação de Silvia é pas-
sar o carro pela revisão do GNV uma
vez a cada ano ou quando o moto-
rista notar algo de errado.
“Se o taxista perceber falhas no
veículo deve procurar o Centro de
Diagnóstico. O cliente pode acom-
panhar o diagnóstico em tempo
real. O carro é posto na platafor-
ma. O equipamento é conectado a
ele. Um televisor mostra o
rastreamento para o cliente”.
Taxista tem vantagens na Gás
Imperial. O serviço de diagnóstico
em táxi custa R$ 80,00. Mas pode
sair de graça, caso o taxista resol-
va fazer a manutenção indicada no
laudo do equipamento na própria
Gás Imperial.
Segundo Silvia, a Gás Impe-
rial é a única oficina com este
equipamento. E ela alerta: “Não
é qualquer um que pode realizar
a manutenção de um veículo a
GNV. A época do ouvido já aca-
bou”, finalizou Silvia.
Foto: Cláudio Rangel
FOLHA DO MOTORISTA/RIO Página 3de 23-7 a 10 de Agosto de 2012
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Editor Responsável: Salomão P. da Silva - MTb 20.802 - Colaboradora: Carla
Guedes Ferreira - MTB 46235 - Paginação Eletrônica: Alexandre da Conceição
Jornalista Rio de Janeiro: Cláudio Rangel - MTb RJ 16.981
Fotografia - Mário Sérgio de Almeida
Impressão:Taiga Gráfica Contato: (3693-8027)-(3658-1370)
EXPEDIENTE
FOLHA DO MOTORISTA/RIO
A abertura da primeira galeria doTúnel da Saúde – mais uma etapa dasobras do Porto Maravilha – foi inciadana tarde desta segunda-feira (25), coma primeira detonação acionada peloprefeito do Rio, Eduardo Paes. O túnelfaz parte da Via Binário do Porto, quefará a distribuição do tráfego no entor-no do Centro e entre os bairros do Por-to Maravilha.
“Aqui começamos a materializar osonho que permitirá que o elevado daPerimetral possa ser demolido. A ViaBinário permitirá um maior fluxo deveículos nessa região. Esse é um pro-jeto que não custa nada para Prefei-tura. É fruto de uma parceria públi-co-privada. Todos os recursos sãoprovenientes da valorização imobi-liária”, disse o prefeito.
Em nove meses de obra, o Túnel daSaúde, que terá três faixas de rolamen-to de ida, três de volta e também servi-rá de passagem para o Veículo Levesobre Trilhos (VLT), chegou a 20% dasescavações. Com previsão de conclu-são em junho de 2013, o túnel, de 70metros, terá 3,5 Km de extensão e seráparalela à Avenida Rodrigues Alves.
Via Binário do PortoCom as obras realizadas pela Con-
cessionária Porto Novo, a Via Bináriodo Porto terá capacidade de transpor-tar 4.500 veículos por hora em horári-os de pico. Quando o novo sistema for
Prefeitura do Rio inicia
abertura da primeira
galeria do túnel da SaúdeProjeto é substituir o elevado da
Perimetral, que será demolido em 2013
concluído, este conjunto de ruas vaielevar a capacidade de tráfego de7.600 para 10.500 veículos por horaem momentos de pico no trânsito. Noconjunto, as vias Binário do Porto eExpressa (ampliação da AvenidaRodrigues Alves e construção deum túnel de 1.540 metros quadra-dos) vão elevar o número de fai-xas de rolamento de oito para 12,o que representa 50% de acrésci-mo em pistas.
Além do Túnel da Saúde, o Túneldo Binário (1.480 metros) tambémintegra o complexo da Via Binário doPorto. Começa na Rua Primeiro deMarço, passa sob o Morro de SãoBento e a Praça Mauá até desembo-car na Rua Antônio Laje, próximo aoMoinho Fluminense. Deste ponto, se-gue em nível pela antiga Via Trilhos.
Responsáveis pela conexão entrea Via Binário do Porto, Ponte Rio-Niterói e Linha Vermelha, as alças quefarão a ligação da Via Binário do Portoao Viaduto do Gasômetro estão emandamento desde o mês de abril. Asintervenções – que ainda preveem 17quilômetros em ciclovias mais 30 qui-lômetros de VLT – têm papel funda-mental na melhora do trânsito na área.Sua conclusão, no início de 2013, tor-na possível iniciar a demolição do Ele-vado da Perimetral em abril.
Fonte: Agência Rio Notícias.
Está prevista para a primeira semana de
agosto o início da aferição de taxímetro do
município do Rio de Janeiro. Segundo fon-
tes do IPEM-RJ, o calendário poderá ser
acessado a partir do dia 24 de julho no site
do Ipem – WWW.ipem.rj.gov.br. A princí-
pio, o serviço começa dia 7 de agosto.
Em Itaperuna, a aferição será nos dias
23, 24 e 25 de julho para os taxistas locais.
Este ano a verificação será realizada no
Mercado Produtor, localizado na Rodovia
BR 356 km 2, Itaperuna. O horário de aten-
dimento será de 9h às 12h e de 13 às 17h.
O taxista deverá retirar a Guia de Re-
colhimento da União (GRU), no valor de
R$ 37,50, através do site
Ipem-RJ prepara aferição de taxímetrosdo Rio de Janeiro para agostoCalendário será publicado na página do Instituto
www.ipem.rj.gov.br, ou comparecer à
regional do IPEM-RJ de Volta Redon-
da, situada à Rua Desembargador
Cezar Salamonde, nº 363, no bairro
Aterrado, de 9h às 17h, para a retira-
da do documento.
O taxista deverá comparecer a verifi-
cação munido dos seguintes documentos:
* Certificado de Registro e Licenciamento
de Veículo (CRLV) 2011 ou 2012;
* certificado do IPEM-RJ exercício de
2011;
* certificado de segurança veicular
para carros movidos a Gás Natural Vei-
cular (GNV) no prazo de validade;
* taxa GRU devidamente quitada.
O Dia do Motorista movimenta vários setores da sociedade para osproblemas relacionados aos transportes, principalmente aquelas modali-dades operadas por autônomos. O dia também é usado para festejar ostaxistas. Este ano, o dia 25 de julho incentiva diversas comemorações nosdias seguintes.
O ano eleitoral é outro fator que direciona as atenções para o táxi. Asnotícias sobre o atendimento no Aeroporto Internacional ganharam outrascores com as decisões políticas. O que já era esperado.
É certo que toda a questão envolvendo pontos de táxi e legalização daprofissão já poderiam ter sido concluídas. As pressões e interesses diver-sos impossibilitaram o desfecho antes. Em ano eleitoral, os taxistas sãoalguns dos profissionais alvos de promessas diversas para a solução deproblemas de décadas.
O fato é que os taxistas ganham uma nova lei no Rio de Janeiro. Certa-mente, a nova norma influenciará o serviço de táxi de outras cidadesfluminenses. Uma tentativa de regularização de uma atividade que cres-ceu sob o efeito da auto-regulamentação.
Mesmo assim, os problemas continuam. No primeiro dia da entradaem vigor da norma que definiu o ponto de táxi no Aeroporto InternacionalTom Jobim, a primeira agressão grave. Mais uma vez, dois taxistas briga-ram fisicamente para atender os passageiros do Galeão. Situação depri-mente que denigre a imagem do setor como um todo.
Muitos dizem que o taxista não sabe a força que tem. São propagadoresde opiniões, recebem visitantes da cidade e contribuem para a sociedadeem geral. De fato, o segmento tem uma importância cultural considerávelno dia a dia de uma cidade. O fato de haver troca de socos e pontapésdiante de dezenas de pessoas só pode ser lamentável. Casos como esseganham repercussões negativas impossíveis de serem medidas.
Apesar da maioria dos taxistas serem contra atos de violência entreeles, os mesmos continuam acontecendo. Parece haver uma orquestraçãopara que mais casos de violência na busca por passageiros ocorram e ga-nhem facilmente páginas e espaços nos meios de comunicação. Uma situ-ação que o taxista deve pensar.
Bom mesmo é a confraternização que o Dia do Taxista e o Dia doMotorista provocam. A festa de 11 de agosto tem como tema a união dacategoria. União esta que deve ser alcançada e procurada todo o dia, emcada curva. Só desse modo o motorista de táxi ganhará o respeito mereci-do por seu trabalho na sociedade.
Hora de união
FOLHA DO MOTORISTA/RIO Página 5de 23-7 a 10 de Agosto de 2012
Taxistas que trabalham em pon-tos de shoppings devem ficar aten-tos. O Ministério Público do Esta-do do Rio de Janeiro (MPRJ) obte-ve na Justiça condenação do Con-domínio Citta América, na Barra daTijuca, Zona Oeste do Rio, que res-ponsabilizava os usuários de seuestacionamento por eventual rou-bo ou furto de objetos pessoais evalores deixados em interior deveículos. Ação Civil Pública ajui-zada pela 4ª Promotoria de Justiçade Tutela Coletiva e Defesa doConsumidor e do Contribuinte doRio de Janeiro contesta cláusulainserida no cupom dos estaciona-mentos administrados pelo réu,considerada abusiva.
A ação foi subscrita pelo Promo-tor de Justiça Pedro Rubim BorgesFortes, titular da 4ª PJTCCDC,
Decisão judicial abrange todos os estabelecimentos semelhantes
após inquérito civil comprovar que,por meio da referida cláusula, o con-domínio se exonerava da responsa-bilidade por eventuais danos a bense valores deixados dentro de veícu-los em seu estacionamento.
Na ACP, distribuída à 6ª VaraEmpresarial da Capital, o Promotoralegou que a cláusula de não indeni-zar é nula e ressaltou suaabusividade, pois o consumidor quenecessitasse adquirir o serviço(usar o estacionamento) deveriaaceitar o contrato de adesão doCittá América. A conduta da révai de encontro ao disposto noArt. 51, incisos I e IV, e §1º,incisos I, II e III do Código deDefesa do Consumidor.
De acordo com a decisão judici-al, foram declaradas nulas as cláu-sulas dos contratos de estacionamen-
to que prevejam inexistência de res-ponsabilidade da ré em casos de fur-to ou roubo de objetos, valores eacessórios móveis em veículos es-tacionados. Dessa forma, o Condo-mínio Cittá América foi condenadoa retirar tais informações de todosos tíquetes de estacionamentos queexplora, sob pena de multa diáriade R$ 10 mil, corrigidos moneta-riamente. Além disso, o réu foicondenado a indenizar da formamais ampla e completa possível osdanos materiais causados a cadaconsumidor que for lesado.
“O consumidor tem que saber queos shoppings, restaurantes e hotéissão responsáveis pelos furtos ocor-ridos no interior dos estacionamen-tos, bastando que demonstre a pro-priedade do bem furtado e a ocor-rência do furto. O Shopping Cittá
América mantinha esta cláusulaabusiva em seus tíquetes de estaci-onamento para inibir o consumidorna luta por seus direitos. Em casode furto, o consumidor deve apre-sentar prova de seu dano individu-al e será indenizado peloshopping”, esclareceu o Promotorde Justiça.
Fonte: Agência Rio de Notícias
Shopping terá que se responsabilizarpor bens no interior de carro estacionado
de 23-7 a 10 de Agosto de 2012 Página 6 FOLHA DO MOTORISTA/RIO
FOLHA DO MOTORISTA/RIO Página 7de 23-7 a 10 de Agosto de 2012
Taxistas em Manaus com medo da violência, seis assassinatos já ocorreram neste ano
De Manaus falamos com o ve-reador Salomão Pereira da Silva,que é presidente da Associação dosCoordenadores e Permissionáriosem Pontos de Táxi de São Paulo(Coopetasp) e também taxista. Se-gundo ele, uma interação entre apolícia, governo e taxistas foi fun-damental para diminuir os casos deassaltos seguidos de morte na ci-dade de São Paulo. Este mesmoexemplo poderia ser seguido emManaus, sugeriu.
“O taxista está exposto a todosos riscos, ele não sabe quem entraem seu táxi, para ele todos são pas-sageiros, mas existem sempreaqueles que tomam o táxi com ou-tras intenções”, alertou Salomão.
Até julho deste ano, foramregistrados seis assassinatos detaxistas, em Manaus. A morte demais um na última quinta-feira (12/7) engrossa os índices dacriminalidade na cidade. A catego-ria se diz vulnerável a violência ecobra soluções. Mas, as alternati-vas para minimizar o número decrimes e mortes de taxistas nãodependem apenas do poder públi-co, ações da polícia ou dos própri-os motoristas. O Portal acritica.comouviu alguns profissionais ligados aotema e aponta algumas medidas paraajudar a minimizar o problema.
Em São Paulo, que é conside-
Taxista aponta soluções para combater a violência contra a categoria em Manaus
O motorista ressalta que a cabine inibe a ação dos bandidos e ajuda a combater e diminuir
o índice de criminalidade contra taxistas.
O valor para implantação da cabine custou R$ 4.200 e Anderson disse que quem ‘arca’
com o pagamento é o dono do veículo.
rada a maior cidade do país e ondeexiste um grande índice decriminalidade, ainda não há registrode nenhum crime neste ano (de rou-bo seguido de morte) contra moto-ristas de táxis. Realidade bem diferen-te da registrada em Manaus. Na capitaldo Amazonas, seis pessoas já morre-ram em 2012 pelo mesmo crime.
Para o vereador de São Paulo epresidente Coopetasp, Salomão Pe-reira da Silva, o canal direto entre asrádios-táxi e o Centro de Operaçõesda Polícia Militar (Copom) tem aju-dado a diminuir o índice de violên-cia contra os taxistas.
“O índice aqui diminuiu bastanteapós essa linha direta com o Copom.Os acontecimentos da categoria sãolevados diretamente para o governa-dor do Estado, Geraldo Alckmin. Eleabriu esse canal direto nos últimosmeses e isso tem facilitado o conta-to entre os motoristas e a polícia deSão Paulo”, ressaltou.
Fiscalização: De acordo comSalomão, o Copom tem feito blitzenas ruas, avenidas, pontes e viadu-tos para abordar os motoristas e ve-rificar o que ocorre dentro dos veí-culos, para coibir a ação dos assal-tantes, que cientes da ação da polí-cia, passam atuar em outros setoresda sociedade e, consequentemente,acabam sendo presos, alegou.
“O último assassinato, do qualtenho conhecimento aconteceu noano passado. Houve até um protesto
no Pacaembu. Na ocasião, marca-mos uma reunião com o governadorpara tomar as providencias”, lem-brou Salomão.
GPS e câmera instalados nos tá-xis podem contribuir para inibir aação dos bandidos. Salomão desta-ca ainda que boa parte dos 4.500veículos que circulam em São Pau-lo, operando no sistema de rádio-táxitem mais segurança. Outros tambémestão fazendo o uso do aparelhoGPS. Todos os equipamentos que di-ficultem a ação dos bandidos nos táxidevem ser usados pelos taxistas.
Para o vereador, câmeras de se-gurança poderiam ser instaladasnos carros, isso ajudaria a polícia aprender com mais rapidez os infra-tores que entram nos veículos paraassaltar.
“Eu particularmente não acho quea cabine resolva o problema 100%,mas ajuda. As câmeras oumicrocâmeras dariam uma força amais e em breve certamente devemser colocadas em todos os carros, istoé uma questão de tempo”, finalizou.
Cabines blindadas
Em Manaus, o presidente do Sindi-cato dos Taxistas, Luis Augusto, dizque as cabines blindadas nãoimpendem a ação dos assaltantes,
mas inibe em grande escala que osmotoristas sejam assaltados e atémesmo mortos.
Luis Augusto ressalta que os tá-xis de Manaus deveriam ter tambéma porta e o vidro do motorista blinda-dos, o que não deixaria escolha paraos assaltantes. “O governador liberouum financiamento através da Afeampara colocação das cabines. Foi ga-rantido para a gente que a cabine é aprova de balas, mas acho que poderiaser feito um teste eficaz de balística”,ressaltou Luis.
O presidente do sindicato deManaus informou ainda que as peçasnecessárias para a fabricação das ca-bines ainda chegaram à cidade.
“Prova Viva”
Anderson Souza é motorista detáxi há quatros anos e tem o pri-meiro táxi em Manaus a possuircabine. O carro, um modelo pálioweekend da empresa Tucuxi RádioTáxi, circula na cidade há três me-ses e o motorista diz que nesse tem-po percebeu apenas duas tentativasde pessoas suspeitas. “Já acontece-ram dois casos em que as pessoasentraram no carro, viram a cabinee eu percebi a reação delas. Acheique eram pessoas suspeitas, maseles não fizeram nada”.
Manaus, 12 de Julho de 2012
EVELYN SOUZA
de 23-7 a 10 de Agosto de 2012 Página 8 FOLHA DO MOTORISTA/RIO
Taxista bem atendido retorna semprePatrocinadora de torneios de futebol
para taxistas, a concessionária SquadraRio, do grupo Euro Barra, se destaca peloatendimento prestado à categoria, comoatesta Osvaldo Teixeira Bastos,permissionário de São João de Meriti e cli-ente que não deixa de aproveitar as vanta-gens de uma revendedora direta da Fiat.Ele não se cansa de elogiar oprofissionalismo de toda a equipe do Gru-po Euro Barra.
Responsável por Vendas Diretas daSquadra Rio, Washington Rodrigues, ex-plica que a concessionária oferece aotaxista outros serviços, como a contrataçãode despachante para a documentação daisenção de IPI e ICMS, além de suporteno atendimento em parceria com oficina,no Táxi Center, e nas oficinas de pintura:“Tudo para deixar mais cômodo possívelao taxista. É só o cliente solicitar”, disse.
Washington explica que na concessio-nária o taxista pode ter a certeza de que agarantia será cumprida. “Temos consulto-res específicos em suas áreas para escla-recer o que o carro tem a mais como osopcionais”.
Segundo Washington, a Fiat tem a ma-nutenção mais barata do mercado. A ga-rantia dos veículos é a mais longa – umano. Outro destaque é para o período dasrevisões, de 15 mil quilômetros:
“Enquanto o taxista faz na Squadra Rioquatro revisões em 60 mil km, na concor-rência ele faz seis revisões no mesmo pe-
Squadra Rio se especializa em atender o profissional da praçaríodo, geralmente a cada 10 mil km”, disse.
Modelos de carro
Os que preferem o Siena podem contarcom o atendimento da Squadra Rio. Wa-shington explica que o prazo de entrega doveículo 1.4 está entre 90 a 120 dias. A linha2012/13 já está na loja. O Gran Siena Tetravoltou a ser muito pedido. Já vem comGNV e motor 1.4 EVO.
Pós venda
Taxista na Squadra sempre tem priori-dade com o consultor João Carlos. Ele co-manda o Táxi Center da concessionária, quefunciona desde 2007:
“Aperfeiçoamos o prazo de entrega dosveículos que chegam à oficina. O serviço éagendado para facilitar a vida do cliente.Mostramos as vantagens da revisão preven-tiva, como troca de óleo a cada 7.500 km”.
João Carlos frisa a importância da revi-são, e cita exemplos:
“De modo geral a primeira troca de óleodeve ser feita quando o carro atinge 7.500Km de rodagem. E toda a vez que baixa-mos o óleo baixamos o filtro de óleo tam-bém. Depois temos a revisão programada acada 15 mil km. Este é o momento da trocado óleo, do filtro de óleo , do filtro de ar, dofiltro de combustível. No Siena Tetra há ain-da a troca do filtro do GNV. Com a manu-tenção preventiva o taxista terá um carro emque rodará tranquilamente”.
Deixar de fazer revisões no carro podedar um grande prejuízo. João Carlos expli-ca que se a troca de óleo não for feita no
tempo correto o instrumento de trabalho dotaxista poderá ter um desgaste prematuro.
“Por exemplo, vejamos a troca do filtrode combustível. Ele entope e pode provo-car conseqüências no bico injetor. Outrofator é o GNV. O dono de um veículo a gásacredita que não precisa substituir o filtrode GNV a cada 15 mil km. Ao invés disso,ele lava o filtro, lima o filtro e o recoloca nolugar. O filtro nada mais é do que um papelpreparado com a frente telada. A lavagemafeta os filtros injetores. Vão entupir e darproblema. E, por não ter substituído um fil-tro que custa R$ 75,00, o proprietário aca-ba trocando uma flauta defeituosa que cus-ta R$ 1.300,00. Pensa que está economizan-do, mas o barato sai caro”, disse João Carlos.
Outra vantagem do atendimento emconcessionárias está no preparo de seusmecânicos.
“Qualquer um pode mexer no carro. Háos curiosos e as oficinas. Só que nas con-cessionárias, a Fiat se preocupa com cursosde treinamento. Temos uma empresa espe-cializada em treinamento da redeassistencial. Todos os vendedores, eu comoconsultor, o executivo, toda a equipe daconcessionária estamos em constantementereciclagem. Hoje usamos aparelhos que fun-cionam online (por meio de internet). To-dos nós somos obrigados a nos reciclar”,explicou.
João Carlos e Washington acrescentamque recomendam o serviço de venda diretae a assistência das concessionárias:
“Às vezes o taxista pensa que terá umcusto maior. Mas, na verdade, é o opostodisso que ocorre. Quando compra na con-cessionária o taxista tem os benefícios. Amanutenção preventiva é outro ponto dedestaque”.
Desde 2005 na praça, o taxista Osval-do Teixeira Bastos se tornou fã do atendi-mento da Squadra Rio:
“Sou mais do que cliente. Sou amigo,parceiro, muito feliz com a qualidade deserviço. a qualidade de atendimento daSquadra é nota 1000. Faço todas as revi-sões aqui na Squadra Rio. Todas as mi-nhas expectativas são atendidas naSquadra. Só tenho a agradecer. Recomen-do e em São João de Meriti indico aSquadra Rio como referência”, disse.
Foto: Cláudio Rangel
FOLHA DO MOTORISTA/RIO Página 9de 23-7 a 10 de Agosto de 2012
de 23-7 a 10 de Agosto de 2012 Página 10 FOLHA DO MOTORISTA/RIO
Festa Literária atrai turistas e beneficia taxistas de Paraty
A pedra do caminho deDrummond não foi problema paraos taxistas de Paraty durante a 10ªFesta Literária da cidade organiza-da entre os dias 4 e 8 de julho emhomenagem ao poeta maior do Bra-sil, Carlos Drummond de Andrade.Muito pelo contrário! As poesias ea Literatura foram responsáveis poratrair vinte e cinco mil visitantes àFLIP – Festa Literária Internacionalde Paraty, o que representou aumen-to de 80% nas corridas de táxi, se-gundo os próprios motoristas locais.
Cidade da Costa Verde recebe mais de 25 mil visitantes durante evento
Taxista há 30 anos, Rogério Pintoexplica que a FLIP é o principal even-to da cidade, que conta com poucomais de 33 mil habitantes. Paraty tem43 táxis credenciados e não é obri-gada a utilizar taxímetros por causade sua população inferior a 50 mil. APrefeitura estabelece uma tabela comdois preços: R$ 15,00 e R$ 20,00 acorrida, dependendo da localidade.
“Durante a Festa a gente roda pracaramba. Tem sido assim nos últimosdez anos de realização. Paraty temoutros eventos. Mas esse é a menina
dos olhos”, disse o taxista ao se refe-rir à Festa Literária.
A cidade é tipicamente rural. Amaioria da população é composta porhomens. Há 103 para cada 100 mu-lheres. O ritmo de vida interioranofaz com que os taxistas passem amaior parte do tempo à espera de pas-sageiros, e com tranquilidade:
“Aqui a gente trabalha à vontade,sem aporrinhação. Não se comparaao Rio de Janeiro. Mas não tem o mo-vimento que tem lá, na capital. Aquifazemos em média três a quatro cor-ridas por dia”, disse.
O taxista Carlos Antônio tambémtem 30 anos de praça. Ele explicaainda que, durante a FLIP, atendeu amuitos passageiros estrangeiros. Abarreira do idioma não foi uma pe-dra no caminho para ele:
“Toda hora tem estrangeiro! Fa-lam muitas línguas diferentes. Mas agente acaba resolvendo. Mostramosa tabela, fazemos gestos, damos umjeito”, disse.
A vida de taxista em Paraty é pa-
cata. A cidade faz divisa com o es-tado de São Paulo e está situada naRegião Costa Verde, que englobaItaguaí, Rio Claro, Angra dos Reise Mangaratiba. É uma cidade turís-tica cuja principal atração é o Cen-tro Histórico, consideradoPatrimônio Nacional e cujas cons-truções foram tombadas peloIPHAN.
“Aqui, o taxista fica a maiorparte do tempo parado, só resol-vendo os problemas do Brasil,falando bobagens... é uma típi-ca cidade do interior. O dinhei-ro não é aquela coisa toda, masdá para a gente tirar o sustentoda família”, disse Rogério.
Apesar do suave ritmo de traba-lho, Rogério e Carlos Antônio pen-sam na aposentadoria. E quandoisso acontecer, prometem passar amaior parte do tempo no ponto detáxi, de conversa em conversa. E,com certeza, em relação à FLIP,nunca se esquecerão deste aconte-cimento.
Taxistas trabalham tranquilamente em Paraty
Fotos: Cláudio Rangel
FOLHA DO MOTORISTA/RIO Página 11de 23-7 a 10 de Agosto de 2012
O prefeito do Rio de Janeiro,Eduardo Paes, sancionou o projetode lei 1500A/2007 que suplementano município a lei federal, que re-gulamenta a profissão de taxista.
A nova lei municipal entrou emvigor no dia 20 de julho, com a suapublicação no Diário Oficial doMunicípio do Rio de Janeiro. Nãoserão concedidas novas permissões.As atuais estão mantidas. Opermissionário poderá transferir suapermissão a outro motorista habili-tado, desde que quem vai receber apermissão preencha requisitos esta-belecidos pela Prefeitura.
Viúvas de taxistas passam a tero direito à permissão de seus mari-dos. O mesmo direito terá o herdei-ro direto do permissionário, na fal-ta do cônjuge.
A partir da nova lei, as autono-mias cassadas podem ser
Prefeito Eduardo Paes sanciona lei municipal do táxi, e regulamenta a profissão de taxista
Norma estabelece direito de auxiliares, viúvas e regulamenta a transferência
Fotos: Cláudio Rangel
direcionadas para motoristas auxili-ares. O critério beneficia os motoris-tas que estão há mais tempo na pra-ça. Estão proibidas novas empresaslocadoras de táxi.
Veja a íntegra da lei:LEI N.º 5.492 DE 19 DE JULHO
DE 2012.O PREFEITO DA CIDADE DO
RIO DE JANEIRO, faço saber que aCâmara Municipal decreta e eu san-ciono a seguinte Lei:
Art. 1º O número máximo de per-missão de veículo de aluguel a taxí-metro – táxi - em atividade no Mu-nicípio, corresponderá a proporçãode um veículo para cada setecentoshabitantes do Município.
Art. 2º Fica proibida a liberaçãode nova permissão até ser alcançadaa proporcionalidade estabelecida noartigo anterior, garantida a permanên-cia da permissão já concedida.
Art. 3º Fica assegurada a cessãodo direito de uso da permissão paraoperação em serviço de transporte depassageiro em veículo de aluguel ataxímetro – táxi – do seu titular parapessoa devidamente habilitada.
Parágrafo único. A cessão do di-reito de uso da permissão será auto-rizada se atendidos os requisitos econdições exigidos pelo órgãocontrolador.
Art. 4º Em caso de falecimento dopermissionário, o direito de uso dapermissão será transmitido para o seucônjuge, que deverá requerê-la noprazo de dezoito meses a partir doóbito do titular.
§ 1º Idêntica faculdade poderá serexercida, no mesmo prazo, pelos her-deiros do permissionário, na falta docônjuge, ou de pessoa expressamen-te autorizada por ele.
§ 2º Se o beneficiado com a trans-missão do direito de uso da permis-são não preencher as exigências im-postas pela legislação, faculta-se-lhe-á , no mesmo prazo previsto no caput,para atendê-las, pena de cassação dapermissão, sendo permitido no decor-rer deste período a condução do veí-culo ter motorista profissional quesatisfaça a legislação em vigor, me-diante autorização como motoristaauxiliar.
Art. 5º Ao titular da permissãopara operação em serviço de trans-
porte de passageiro em veículo dealuguel a taxímetro – táxi – é per-mitido colocar motorista auxiliarque atenderá as condições e exigên-cias impostas pelo Poder Público.
Art. 6º A permissão cassada, seráimediatamente cedida ao profissio-nal que exerça sua atividade comomotorista auxiliar de permissionárioautônomo ou em empresa locadorade veículo táxi.
Parágrafo único. Terá priorida-de ao uso do direito da permissão oprofissional que comprovadamenteexerça por mais tempo o efetivoexercício continuado e ininterruptosalvo motivo superveniente na ati-vidade de motorista auxiliar cadas-trado no órgão competente.
Art. 7º Fica proibida, seja a quetítulo for, a constituição de novasempresas que operem como loca-dora de veículos e taxímetro noMunicípio do Rio de Janeiro.
Art. 8º Estende-se os mesmosdireitos e obrigações desta Lei, aosbeneficiados pela Lei nº 3.123, de14 de novembro de 2000, alteradapela Lei nº 4.000, de 14 de abril de2005.
Art. 9º O Poder Executivo edi-tará os atos necessários para o fielcumprimento desta Lei.
Art. 10. Esta Lei entra em vigorna data de sua publicação.
EDUARDO PAES
Dia 25 de julho é o Dia do Taxista,oficialmente decretado pela Prefeiturae Câmara dos vereadores da capitalfluminense. Mas a festa será no dia 11de agosto, no tradicional Campo de SãoCristóvão, que pelo 36º ano seguidoserá o palco do torneio de futebol doevento, com muito churrasco, brinca-deiras para as crianças, samba e umanovidade – ação social para a catego-ria, com atendimento médico a taxistase seus familiares.
Milhares de pessoas já participaramdas últimas edições do evento. A orga-nização é iniciativa dos própriostaxistas que deram continuidade a fes-
Festa do Dia do Taxista será dia 11 de agosto, no Clube São CristóvãoEvento terá futebol, samba, churrasco e exposição de produtos para a classe
ta realizada há anos no mesmo local. Sãoos integrantes das maiores cooperativasde táxi da cidade. Outro destaque é aajuda de empresários, como Amauri, daAST Veículos, responsável pelas cartasde isenção de boa parte dos taxistas quetrocam de carro. Ele pretendedisponibilizar veículos para test drive nodia do evento. Outra empresa patroci-nadora é a MAS TÁXI, especializada emaplicativos para chamara de corridas viacelular. Eles também estarão presentesentre outros colaboradores.
A ação social será comandada pelodoutor André Triani. Durante o evento,profissionais de saúde estarão orientan-
do e fazendo verificações clíni-cas necessárias à saúde dotaxista.
No ano passado, a festa doDia do Taxista reuniu mais de300 pessoas. Este ano vão parti-cipar as cooperativasAerosdumont, Servmar,Aerotáxi, Coopatáxi, Radiotáxi2000, Libertáxi Táxi Méier eOurotáxi. O taxista Henrique, um dosorganizadores do evento, diz que a festaé para todos os taxistas: auxiliares,permissionários, cooperativados ou não:
“O que o colega pode esperar da fes-ta é a confraternização. Uma integração
entre todas as classes. Não fazemosdistinção de taxista”, disse.
Todos estão convidados a partici-par no dia 11 de agosto da integraçãodos taxistas do Rio de Janeiro, com oapoio da Folha do Motorista.
Festa do ano passado reuniu mais de 300 pessoas.
de 23-7 a 10 de Agosto de 2012 Página 12 FOLHA DO MOTORISTA/RIO
Hospitais públicos registram centenas de taxistas com hipertensão arterial
O estresse do trânsito cada vez
mais complicado no Rio de Janeiro
tem levado aos hospitais públicos do
Estado centenas de taxistas com quei-
xas de dores na nuca e visão turva. O
problema se agrava com a falta de as-
sistência à categoria, carente de
representatividade em todos os níveis
e incapaz de providenciar assistência
médica adequada ao motorista. De
acordo com o doutor André Triani,
cardiologista licenciado do Hospital
Municipal Paulino Werneck, os sin-
tomas relatados pelos taxistas indi-
cam possibilidade de hipertensão ar-
terial e podem levar a problemas mais
graves caso o taxista deixe de lado
as providências necessárias para a
manutenção da saúde.
Para o taxista do Rio de Janeiro,
o jeito é utilizar a rede pública de
saúde com constância. O doutor
André Triani atendeu diretamente
inúmeros taxistas no Hospital Muni-
cipal da Ilha do Governador, por dez
anos. Mestre em cardiologia pela
UFRJ e cardiologista licenciado do
município, ele alerta: “Temos vários
pacientes taxistas com níveis eleva-
dos de pressão arterial. O controle é
de suma importância. O ideal é que o
Médico alerta para os cuidados necessários à manutenção da saúde
taxista consulte o clínico cardiologista
a cada seis meses”.
Dr. Triani explica que os níveis ide-
ais de pressão arterial considerados
pela So c i e d a d e A m e r i c a n a d e
Cardiologia é 14 por 9 para paci-
ente que não seja diabético.
“A gente observa entre os taxistas
que muitos chegam com queixa de dor
na nuca, visão turva, são os primeiros
sintomas de hipertensão sistêmica ou
pressão elevada. O cardiologista mede
a pressão do paciente e inicia o trata-
mento através de dieta, atividade físi-
ca e tratamento com drogas, dependen-
do do estágio da
pressão arterial”, ex-
plicou.
Fatores
Para o médico o
estresse diário já
leva o paciente a
apresentar maior in-
cidência de hiper-
tensão arterial.
“A gente sabe
que o taxista tem
uma vida
estressante. O trân-
sito, o pagamento de
diárias, tudo isso
afeta. Além disso, o
taxista normalmente não tem um local
adequado para se alimentar e ingere
comidas ricas em sal. Isto tudo faz com
que os níveis de pressão estejam eleva-
dos. Trabalhar a dieta é de extrema impor-
tância para o taxista consiga ter os seus
níveis de pressão adequados”, alertou.
Para evitar problemas cardíacos que
culminem com infarto ou angina é
importante avaliar trimestralmente
o nível de colesterol no sangue.
Além disso, é importante que o taxista
esteja atento contra o tabagismo.
“Quem fuma tem probabilidade
maior de ter doença coronariana do
que quem não fuma. Hipertensão, ci-
garro e colesterol alto são três fa-
tores de risco e isso faz com que a
probab i l idade de doenças se ja
muito maior”, explicou Triani.
Outro fator é a história familiar.
“Se o pai ou a mãe do taxista teve
um infarto com menos de 60 anos isto
é um fator que aumenta a probabili-
dade de uma doença coronariana”.
A falta de assistência governamen-
tal, planos de saúde muito caros e a
inexistência de entidades que se pre-
ocupem com a saúde do taxista preo-
cupam a classe. O Dr. André Triani
sugere a implantação de centros
itinerantes de atendimento médico.
Os taxistas poderiam ser atendidos
nos pontos de táxi ou em locais
previamente criados para este fim.
“Todo taxista, por já conviver com
o estresse diário, deve procurar um
cardiologista duas vezes por ano para
fazer a avaliação de saúde. A preven-
ção das doenças cardiovasculares
deve fazer parte da rotina do taxista.
Deste modo a gente não precisará tratar
da doença já estabelecida, conforme te-
mos recebido diariamente nos hospitais pú-
blicos”, finalizou o cardiologista André Triani.
Doutor André Triani faz alerta a taxistas
Foto: Cláudio Rangel
FOLHA DO MOTORISTA/RIO Página 13de 23-7 a 10 de Agosto de 2012
de 23-7 a 10 de Agosto de 2012 Página 14 FOLHA DO MOTORISTA/RIO
O Conselho Nacional de Trân-sito (Contran) regulamentou a jor-nada de trabalho do motorista pro-fissional ao publicar no Diário Ofi-cial no dia 14 de junho no DiárioOficial as resoluções 405 e 406.Com isso, a categoria passa a terdireito a repouso diário de 11 ho-ras, além do descanso de 30 minu-tos, a cada 4 horas ininterruptas dedireção.
Conforme foi aprovada peloCongresso, a lei 12.619 deixou dedeterminar como seria realizado ocontrole sobre o tempo de trabalhodo motorista.
A Resolução nº 405 determinaque o controle do tempo de direçãoe descanso será feito por meio dotacógrafo. Este equipamento é obri-gatório nos veículos de transporteescolar, transporte de passageiroscom mais de dez lugares e de cargacom peso bruto total superior a4.536 quilogramas.
Já a Resolução 406 estabeleceos requisitos mínimos do registra-
Contran regulamenta jornada de
trabalho de motorista profissionalTrabalhador passa a ter direito a 11 horas de descanso
dor, entre eles, a aprovação do Insti-tuto Nacional de Metrologia, Quali-dade e Tecnologia (INMETRO ) e oregistro dos dados referentes ao perío-do de 24 horas em um único disco.
O descumprimento dessas nor-mas caracteriza infração grave e oinfrator estará sujeito a penalidadese medidas administrativas, comomultas e até mesmo a retenção doveículo.
Para o Departamento Nacional deTrânsito, órgão ligado ao Ministériodas Cidades, tanto a aprovação da leiquanto às resoluções representamum avanço importante para os mo-toristas profissionais, que muitasvezes passam por jornadas exausti-vas de direção ininterrupta, colocan-do em risco a vida e a de vários ou-tros cidadãos.
O Denatran acredita que com aentrada em vigor das normas haveráredução significativa no número deacidentes e óbitos, relacionados à fa-diga e ao cansaço de motoristas pro-fissionais nas vias públicas do país.
A ANRAP (Associação Nacionaldos Remanufaturadores deAutopeças) realizou em 18 de julhoo IV Workshop “Remanufaturados,A Vez do Brasil” no dia 18 de julhono Centro Nacional de Convençõesem Ribeirão Preto/SP com o objetivode aproximar, cada vez mais, o fabri-cante de autopeças do usuário final.
Jefferson Germano, Gerente daKnorr-Bremse para o Brasil e Amé-rica Latina, e Presidente do Comitêda ANRAP, ministrou palestra sobreo papel da ANRAP, destacando o tra-balho que a associação realiza paradisseminar e fortalecer o conceito ea importância do remanufaturadojunto ao mercado. Tambémenfatizou o objetivo da associaçãoem busca de uma legislação para re-gularizar o setor.
“Atuamos nas esferas da indús-tria e do governo. Em conjunto comos associados também buscamosimplementar ações de responsabili-dade ambiental por meio do descar-
Peças remanufaturadas sãodestaque em evento empresarial
Fabricantes querem aproximação com consumidor final
te responsável das carcaças”, dizJefferson Germano. Durante suaapresentação, o executivo explo-rou ainda as tendências da indús-tria de remanufaturados no Brasile no mundo.
O evento enfatizou que o uso depeças originais, remanufaturadaspor empresas fornecedoras demontadoras, garante um transportecom qualidade, segurança esustentabilidade.
A comercialização das peçasremanufaturadas é realizada porseus fabricantes através de rede dedistribuidores, rede de centros téc-nicos ou lojas de varejo deautopeças. O produtoremanufaturado possui todas asespecificações exigidas pelasmontadoras e, em média, é maisbarato do que um componentenovo. A remanufatura garante ain-da que a peça usada tenha um des-carte correto, sem contaminar omeio ambiente.
FOLHA DO MOTORISTA/RIO Página 15de 23-7 a 10 de Agosto de 2012
IPEM EM TIRAS
Modo de Preparo:
Deixe a canjica de molho na água de um dia para o outro. Coloque acanjica para cozinhar numa panela de pressão por 30 minutos ou até ficarmacia. Escorra um pouco da água e acrescente o leite comum e os pauzinhosde canela. Deixe ferver por dez minutos, mexendo sempre. Em seguida,acrescente o creme de leite e o leite condensado e deixe cozinhar até ficarbem cremosa. Por último, adicione o amendoim. Polvilhe com canela empó e sirva morna ou fria.
Canjica com amendoimDoce caseiro típico da culinária brasileira, a canjica é consumida
com maior freqüência no período de festas junina. Segundo a lenda, a
guloseima é originada dos escravos.
Ingredientes:
1/2 kg de milho para canjica2 litros de água1 lata de leite condensado1 lata de creme de leite1litro de leite comum3 pauzinhos de canela250 g de amendoim torrado e mo-ído grosseiramenteCanela em pó para polvilhar
Foto: Divulgação
de 23-7 a 10 de Agosto de 2012 Página 16 FOLHA DO MOTORISTA/RIO
Prefeitura define táxisautorizados a parar no Galeão
Depois de várias reuniões entredirigentes de cooperativas e o pre-sidente da Câmara dos Vereadores,a Prefeitura do Rio de Janeiro acei-tou a sugestão dos taxistascooperativados e voltou a liberar osistema Táxi Boa Praça no Aero-porto Internacional em 18 de julho,desta vez, com espaço reservadopara os não-cooperativados.
A proposta aceita teve como ob-jetivo acabar com os desentendi-mentos entre os colegas de traba-lho. Depois que a Prefeitura libe-rou o Galeão para todos os taxistascom o objetivo de atender a deman-da durante o evento Rio + 20 asbrigas no Aeroporto Internacionalenvolvendo motoristas de táxi vol-taram a despertar atenção da Im-prensa. De um lado, os taxistas decooperativas contratadas por licita-ção pela Infraero, de outro, ostaxistas sem vínculo com as coo-perativas.
Os taxistas, liderados pelaFecaperj – a federação das coope-rativas – apresentaram uma propos-ta ao prefeito Eduardo Paes, atra-vés do presidente da Câmara, vere-ador Jorge Felippe. Segundo o par-lamentar, apesar da oposição de al-guns técnicos do governo, o prefei-to resolveu aceitar a sugestão da ca-tegoria.
Em uma das reuniões, o verea-dor Jorge Felippe, interlocutor dostaxistas, disse que os técnicos daPrefeitura defendiam fórmulas deorganização dos pontos completa-mente diferente do que os taxistas
Sistema Boa Praça volta a vigorar no Aeroporto Internacional
desejavam. Por outro lado, ostaxistas tentavam mostrar os incon-venientes da liberação total dos pon-tos. Entre esses inconvenientes, asbrigas por passageiro no AeroportoInternacional.
Atendendo ao prefeito, o secre-tário municipal de Transportes, Ale-xandre Sansão, publicou em 18 dejulho no Diário Oficial a resoluçãoSMTR 2240 com a lista dos taxistasautorizados a operar nos pontos exis-tentes no setor de desembarque doTerminal 2 do Aeroporto Internaci-onal do Rio de Janeiro. Somente ostáxis cadastrados no sistema BoaPraça podem circular nas “faixassegregadas e operar no ponto exis-tente na pista direita no setor de de-sembarque do Terminal 2”.
Os demais taxistas estão autori-zados a operar no ponto existente na
pista da esquerda no setor de desem-barque do Terminal 2 do AeroportoInternacional do Rio de Janeiro.
Quanto ao Terminal 1, o SistemaBoa Praça volta a ser aplicado comono início, ou seja, somente permiti-do a táxis indicados pela Prefeiturae pertencentes às cooperativas. Amedida passou a vigorar com a pu-blicação da resolução 2241, que re-voga a decisão que liberou o pontopara todos os taxistas.
Além das cooperativas especiaise as comuns Aerotaxi e Aerocoop,tradicionais no aeroporto Internaci-onal, as demais cooperativas apoia-ram a medida. O receio era de que apolítica de liberação dos pontos de-fendida por alguns integrantes dogoverno atingisse outros locais,como a Rodoviária e os demais pon-tos da cidade.
Os dirigentes de cooperativasalegam ter que cumprir contratoscom a Infraero, além de outros ór-gãos e empresas, como principalmotivo para a manutenção dos pon-tos administrados por eles. Tambémusaram como argumento a atuaçãoe eficiência de seus conselhos deética, que punem taxistas que lesampassageiros e mantém a disciplina,além dos custos com a manutençãode centenas de empregos no setoroperacional das cooperativas.
Brigas continuam
Durante a suspensão do SistemaBoa Praça, quando todos os taxistaspodiam disputar passageiros doGaleão, a Delegacia do Aeroportoregistrou cinco casos de agressãoentre cooperativados e motoristasdo rolé. Mesmo com a definição dapolítica dos pontos no Aeroporto,casos de violência continuaram aocorrer.
As cooperativas especiais tam-bém estão liberadas para atuaremnos aeroportos do Rio. O proble-ma maior é onde parar para entrarna fila do Aeroporto SantosDumont. As promessas de libera-ção de vagas na região do Museude Arte Moderna não se concreti-zaram. Para complicar, as autori-dades de trânsito reprimiram o es-tacionamento de taxistas no entor-no da Praça Senador Salgado Fi-lho. Os taxistas são obrigados acircular pelas ruas diante do Aero-porto Santos Dumont quando a filade táxis no setor de desembarqueestá ocupada.
Taxistas reunidos com vereador Jorge Felippe, presidente da OCB-RJ Wagner Guerra e
sindicalista José de Castro – Paz no Galeão.
Representantes de empresasde transporte escolar pediram aogoverno federal mais incentivosao setordurante audiência públi-ca da Comissão de Viação eTransportes, em seis de julho.
O presidente da AssociaçãoNacional dos TransportadoresEscolares e de Passageiros(Atep), Renato Augusto Soares,
Empresas de transporte escolar cobram incentivos para o setorProfissionais querem isenção de impostos igual a dos táxis
afirmou que as 45 mil empresasque atuam no País e respondempelo transporte de dois milhões deestudantes precisam de apoio. Elereivindicou que essas companhi-as sejam integradas ao programafederal Caminho da Escola, quehoje ainda está limitado ao trans-porte rural.
“O governo federal encaminha
todos os seus esforços aos veícu-los de transporte escolar da zonarural, que são pagos pelas prefei-turas e pelos estados. Precisamosque a União também incentive ostransportadores privados”, argu-mentou.
Idealizador do debate, o depu-tado Leonardo Quintão (PMDB-MG) defendeu benefícios fiscais
para baratear o transporte esco-lar. Ele ressaltou que se trata deum serviço de utilidade públicaessencial, assim como o táxi,que já conta com isenções tribu-tárias. “Queremos a isenção deIPI, PIS, Cofins e ICMS para otransporte escolar. Isso irábarateá-lo, no mínimo, pela me-tade”, declarou.
FOLHA DO MOTORISTA/RIO Página 17de 23-7 a 10 de Agosto de 2012
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de 23-7 a 10 de Agosto de 2012 Página 18 FOLHA DO MOTORISTA/RIO
FOLHA DO MOTORISTA/RIO Página 19de 23-7 a 10 de Agosto de 2012
“Preliminarmente, gostaria delembrar como iniciou a isenção deIPI (imposto de produto industriali-zado) para carro zero. Foi em 1982,com o presidente João Figueiredo, omesmo junto com as fábricas, nãotinham para quem vender os carros aálcool, pois os pátios estavam chei-os de carro a álcool, pois todos eramtransformados de gasolina para álco-ol, e os motores ficaram de péssimaqualidade, dando sempre váriosproblemas (corrosões, falta de aque-cimento etc.).
O Presidente e os empresárioscombinaram: vamos empurrar es-ses carros a álcool nos Taxistas,dando isenção de IPI só para car-ros a álcool. Os Taxistas com mui-tas dificuldades conseguiram des-cobrir a maioria dos erros das fa-bricas, como usar cobre para evitarcorrosões, melhorias no sistema derefrigeração etc., mostrando com
Via Crucis para o taxista adquirir táxi novoO taxista Mauro alerta para as dificuldades enfrentadas pelos colegas ao
trocar de carro em carta à Folha do Motorista/RJ.
isso o que deveria mudar para assimaperfeiçoar o programa do carroa álcool, e assim a frota de taxi me-lhorou razoavelmente em todo o Brasil.
Naquela época, para o Taxista ad-quirir sua ferramenta de trabalhonova era muito simples, bastava umafolha de papel do antigo SMTU, quecomprovava que o mesmo eraTaxista Permissionário. O Taxista iaà SMTU e no mesmo diaera fornecido este papel, com o qualele se dirigia a concessionáriae comprava o veículo de sua escolha,com financiamento pela CEF. Depois eleia providenciar todo o resto dos docu-mentos, já com o carro.
Vamos falar sobre algumas difi-culdades de hoje para a troca da fer-ramenta de trabalho. De lá para cáas coisas só foram ficando mais di-fíceis, hoje o taxista precisa de umcaminhão de documentos e meses de
procedimentos burocráticos, paraadquirir o taxi.
Basta falar de alguns absurdos,como o tempo que leva para tirar al-guns documentos necessários para ocarro novo, o taxista leva 15 diaspara o papel do SMTR, 90 dias parao papel da Receita Federal, uma se-mana para o papel do ICMS, 15 diaspara o papel do INSS, 30 dias parafazer troca de carro velho para onovo no Detran etc., Esse tempo,será se os documentos estiverem emordem. Hoje existe um ótimo finan-ciamento, com juros baixos para osTaxistas, que é o programa FAT(Fundo de Amparo ao Trabalhador),pelo Banco do Brasil, mas com mui-ta burocracia, entre muitas exigências,tem a do DECORE, criada em 2011, queé uma declaração que um contador emi-te, comprovando o rendimentodo Taxista. Vamos ter bom senso senho-res, nenhum taxista tem contador, sem-pre foi aceita a declaração doSindicado em todos os financiamen-tos dos taxistas, inclusive o da casaprópria pela CEF. O taxista tem quepagar caro por esse documento(DECORE) e com toda a dificuldadedas documentações necessárias, a mai-oria dos Taxistas não conseguem se be-neficiar do financiamento doFAT, tendo que usar outros tipos de fi-nanciamentos com taxas muito maiores.
Vamos falar dos custos para tro-ca da ferramenta de trabalho, alémdo custo para a compra do carro novoé necessário um bom dinheiro, sópara taxas, a do Detran é praticamen-te um roubo sem arma, o taxista temque pagar vários DUDAS, cada como custo de R$ 96,22, no mesmo do-cumento do DPVAT, paga-se umDUDA para sua confecção e outrospara cada linha do documento mo-dificada como: o carro antigo, temque tirar de aluguel para particular,um duda, carro novo 10 licença, mais
um Duda, tem que trocar a cor doveículo novo pois não é fabricadocarro na cor amarelo java, mais umDuda alteração de característica,mais um Duda, para colocar alie-nação do veículo novo, para tiraralienação do carro antigo, mais doisDuda averbação e baixa de aliena-ção, o DETRAN do Rio é o únicono Brasil, que exige registro emcartório do contrato de alienação,custo no cartório R$ 400,00, inclu-são do kit Gás, mais um Duda. Tris-te é ter que pagar para tirar a cororiginal do carro e ter que pagarpara pintar novamente na cor ama-relo java. Agora criaram uma novataxa, para o papel do ICMS, pagam-se varias taxas no INSS, IPEM,SMTR e Detran. Essas taxas e di-ficuldades de papeladas burocráti-cas fazem com que muitos taxistas,desistam de trocar sua ferramentade trabalho e a nossa cidade de terbons carros para servir a população.
Infelizmente não existe um ór-gão público para facilitar e dar umtratamento digno para os Taxistasagilizarem a compra de sua ferramen-ta de trabalho, beneficiando tambémboa parte da população usuária dosTaxi, da cidade do Rio de Janeiro, bemcomo seus turistas.
Quero lembrar aos Administra-dores da nossa cidade, que deveri-am estar empenhados em trocartoda a frota de taxi da cidade, poisestamos as vésperas de grandes even-tos (vinda do Papa em 2013, Rock inRio 2013, Copa do Mundo em 2014,Rock in Rio 2015, Olimpíadas 2016)e o taxi é um dos cartões de visitada nossa cidade Maravilhosa.
Quem sabe se nesse ano eleito-ral, alguém lembre dessa categoriatão sofrida e necessária para a Po-pulação e Turistas.
Rio de janeiro, 23 junho de 2012.Um abraço fraterno em todos.
Taxista Mauro.
de 23-7 a 10 de Agosto de 2012 Página 20 FOLHA DO MOTORISTA/RIO