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Universidades "invadidas" por alunos internacionais PÁGINA 4/5

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Universidades 'invadidas' por alunos

internacionais

Portugal reforça papelde "importador" de alunos.

Brasil, Alemanha, China, Angola, Moçam-bique, Cabo- Verde e São Tbmé. Estes são

apenas alguns dos países de origem dos es-tudantes internacionais que estão a virpara Portugal.Os indicadores revelam que, por exemplo,

no ISCTE o número de estudantes Eras-

mus cresceu cerca de 300% nos últimosdoze anos. Neste momento esta escola tem1.650 alunos vindos dos quatro cantos do

mundo. Um em cada cinco nas salas de

aula já vem de outras paragens.Em termos absolutos se

tivermos em conta apenas

o programa Erasmus, aUniversidade de Coimbra

foi a que recebeu mais es-tudantes europeus (700),seguida da Universidadedo Porto. Mas é a univer-sidade da invicta a quetem um maior número de

estudantes estrangeiros(3.465).

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No ano passado, as uni-versidades e politécnicos

portugueses receberam9.197 estudantes com bol-sas Erasmus, o. que cor-respondeu a uma subida

de 8,7% em relação ao

ano anterior. De acordo

com os indicadores daComissão Europeia, o nú-mero de estudantes por-tugueses que foram parao estrangeiro tambémcresceu em 2011/2012, mas apenas 7,7%

para os 6.484.Mas a vocação de país "importador" de

alunos continua a ganhar peso. Se há dez

anos, Portugal recebia tantos estudantes

como aqueles que enviava, hoje a realida-de inverteu-se e já "importamos" mais.

Feitas as contas ao programa Erasmus, nos

últimos 12 anos, saíram de Portugal 52.912

estudantes e entraram 62.917 alunos. Es-

panha continua a ser o país que mais enviaestudantes para Portugal, seguido da Poló-

nia, Itália, Alemanha e, depois, da Turquia.Também, o principal destino dos estudan-tes portugueses é Espanha, seguido de Itá-lia, Polónia e República Checa. Em

2011/2012, a França deixou o 'top flve' paradeixar entrar a Alemanha. ¦ M.Q.

Aulas mais internacionaisA beleza da cidade de Lisboa e o facto do tempo "ser muito melhor quena Alemanha" foram os factores decisivos que levaram a alemã BrittaZlebell a optar por passar um semestre no curso de Gestão no ISCTE-lUL.

Sempre teve o sonho de estudar no estrangeiro. As referências da

qualidade de ensino dadas por amigos portugueses '

trouxeram-na a Lisboa; Vive perto do Marquês dePombal e diz que o custo de vida em Portugal ésemelhante ao da Alemanha, mas as propinas lá sãomais baixas. Gosta da metodologia de ensino que é

multo parecida com a da sua universidade de origem na

Alemanha, a HS Koblenz. Mas reconhece que as aulas

aqui são mais internacionais porque são dadas em

inglês. Pensa em construir uma carreira internacional.

Portugal está fora das hipóteses porque "a situaçãoeconómica torna difícil conseguir um emprego depois de se licenciar".Estudante de "Marketing", gostava de trabalhar numa multinacional comoa BMW. Mas como reconhece que é difícil chegar á esta empresa, vaitentar um das muitas grandes empresas sediadas na Alemanha. M.Q.

A llbantsa que stapaixonou por Portugal"A situação económica em Portugal é muitomelhor que no Líbano. Quando vejo as pessoasa quelxaram-se penso que no meu país émuito pior". Almêe Aoun velo do Líbano e estáa frequentar o mestrado em Serviço Social

para famílias em risco através do programaErasmus Mundus, coordenado pelo ISCTE, quetem como objectivo atrair alunos de fora daUnião Europeia. Tem uma bolsa europeia demil euros por mês para as despesas do dia-a--dta para além de apoio para as viagens e parao pagamento de propinas.Encontrou umametodologia de ensino completamentediferente e com uma carga horária muitosuperior à que tinha na Lebanese American

University de onde veio. Outranovidade são os estágiosdurante o curso. Já esteve naSanta Casa da Misericórdia e embreve estará noutra instituição.Gostava de ficar a trabalhar um país europeu eadmite escolher Portugal. Encontrou umcusto de vida mais barato, em muitas coisas.E está rendida a Portugal. "É um país tâobonito, com tantas coisas para ver e que é

muito pouco conhecido no Líbano. Adoro

Portugal. Os portugueses são muitodisponíveis". M.Q.

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O fascínio pela históriaOs tesouros arqueológicos no subsolo de Lisboa foram uma dasdescobertas mais surpreendentes da brasileira Jana GonçalvesZappel. Está "fascinada com a antiguidade do país" comparada como Brasil "que é um país muito mais jovem".

Com 35 anos, vai estar seis meses em Portugal aò

abrigo do programa "doutoramento sandwicrTemPsicologia. Um programa apoiado pelaCoordenação de Aperfeiçoamento do Pessoal deNível Superior (CAPES) que financia a sua

formação. Vai passar um semestre a frequentaralgumas disciplinas no programa do ISCTE-lUL, um

programa de investigação conjunto. Sentiu-se"muito bem acolhida". Considera que o custo devida é equivalente ao do Brasil.

Professora na Universidade Federal no Rio Grande do Sul, encontrouna escola portuguesa uma metodologia de ensino muito semelhanteà da sua universidade brasileira. "Comportamentos de risco naadolescência" é o tema da sua pesquisa. Quando compara ossistemas de apoio social dos dois países conclui que "o Brasil estánum processo de chegar ao patamar em que está Portugal". M.Q.

Um americano em LisboaO mais surpreende foi o facto das pessoas não estarem sempre com

pressa, como nos EUA. Têm tempo para estar umas com as outras. É

muito diferente". Este é o retrato de Portugal no olhar do norte--americano Jonathan Bricker. Com 20 anos, está pela primeira vez

num país europeu onde gosta de "mergulhar na -

cultura". Sempre pensou que se iria arrependercaso não estudasse no estrangeiro. Pensou naAlemanha ou Irlanda, mas descobriu que a suaUniversidade de Massachusetts tinha uma acordode intercâmbio com o ISCTE e optou por Portugal.Tem uma bolsa que cobre o valor das propinas. O

resto das despesas estão por sua conta mas diz

que é mais barato viver em Lisboa. A principaldiferença na' metodologia de ensino é o facto de

não haver uma combinação da teoria e da prática nas mesmas aulas.Sente-se um privilegiado, como estudante de Economia, por poderestar a viver num país em austeridade. Não esquece a visão que teveno Terreiro de Paço da chegada dos elementos da 'troika' debaixo decomentários desagradáveis dos portugueses. Para este estudante deEconomia a crise portuguesa ainda está para durar. M.Q.

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O chinês habituadoa 12 horas de aulas por diaMenos tempo de aulas. Foi a grande diferença que o estudantechinês Li Zonqyuan encontrou no ISCTE-lUL. Estava habituado a ter12 horas de aulas por dia, cinco dias por semana e muito poucotempo para dormir. Mas tinha muito menosexames. Cansado do curso de Medicina Legal eForense que terminou na Xian Jiaotong University,uma das melhores no país, optou por vir paraPortugal ao abrigo de um acordo de cooperaçãoque o ISCTE-lUL tem com aquela universidadechinesa onde está a tirar o mestrado em Finanças."A carga horária é muito maior na China" econfessa que gosta de ter menos horas de aulas.Está em Portugal há dois meses e deverá estarmais dois anos. Na China não paga propinas e recebe uma bolsa da

instituição de.ensino superior que frequenta. Gostava de trabalharnuma empresa ou num banco na Europa. "Se a economia melhorartalvez possa ficar em Portugal", diz. Não sabe falar português e achaque é mais difícil de aprender do que o inglês. Veio de um paísgigantesco e gosta de Portugal por ser um país pequeno ecompletamente diferente. M.Q.