Presença de mulheres na política não reflete … • sexta feira – Assembleia Informa ACONTECE...

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28 DE SETEMBRO DE 2018 – SEXTA-FEIRA – ANO 27 – Nº 5.359 Presença de mulheres na políca não reflete proporção no eleitorado Clarissa Barçante / Arquivo ALMG Agora permanente, Comissão das Mulheres busca incentivar a participação feminina na política o pior desempenho entre as nações da América Lana. Primeira colocada do connente e segunda do mundo, a Bolívia tem con- seguido vencer a desigual- dade de gênero nas eleições a parr de uma reforma em sua legislação, levada a cabo pelo presidente Evo Morales, eleito em 2006. A reforma do país vizinho permiu que, nas primeiras eleições sob as novas regras, em 2014, as mulheres con- quistassem 53% das vagas na Câmara dos Deputados e 47% no Senado. piora após as eleições. O número de mulheres eleitas aprofunda ainda mais a baixa representavidade da popu- lação feminina no parlamen- to. No Congresso Nacional, elas ocupam menos de 10% das cadeiras. Na Câmara dos Deputados, são 43 (8,4%), contra 470 homens. O Sena- do tem 13 senadoras (16%) e 68 senadores. Na ALMG, seis mulheres (7,8%) exercem o cargo de deputada estadual. Num ranking de 190 paí ses, o Brasil ocupa a 152ª posição em representação feminina nos parlamentos. É 30%. Denúncias publicadas pela mídia apontam que al- guns pardos usam do ar- cio de “candidaturaslaranja” para cumprir a exigência da legislação. Algumas candi- datas seriam registradas até mesmo sem seu próprio con- senmento. Entre as evidên- cias de irregularidade estão a falta de movimentação finan- ceira de algumas postulantes aos cargos legislavos e a au- sência de votos. Eleitas – Se, na concorrência aos cargos elevos, a cada dez candidatos apenas três são mulheres, a situação Embora representem 52% do eleitorado brasileiro, as mu- lheres ainda não têm par- cipação proporcional na vida políca do País. Nas eleições deste ano, 31,3% das candi- daturas são de mulheres, nú- mero muito semelhante aos 31,1% das eleições de 2014, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em Minas Gerais, a situa ção é mais desproporcional. Dos 2.338 candidatos inscri- tos para todos os cargos no Estado, 30,8% são mulheres. Normalmente, a porcenta- gem de candidatas chega a um terço apenas para cum- prir a lei eleitoral, que exige, desde 1997, a cota mínima de 30% de mulheres nas lis- tas de candidatos à Câmara dos Deputados, às assem- bleias legislavas, à Câmara Legislava (Distrito Federal) e às câmaras municipais. Para a Assembleia de Mi- nas, o número de candidatas às 77 vagas também se limita ao terço exigido. Concorrem para deputado ou deputada estadual 1.351 candidatos, dos quais 31,2% são mulhe- res. Em 2014, entre os 1.196 candidatos, as mulheres re- presentaram 31,9%. De todos os pardos e coligações que vão disputar a eleição à ALMG, nenhum su- perou significavamente os Iniciativas da ALMG estimulam participação formações sobre as eleições de 2018 estão detalhadas no hotsite referente ao assun- to, no Portal da Assembleia (almg.gov.br). Ele traz diver- sos conteúdos especiais da TV Assembleia, da Rádio As- sembleia e da Assessoria de Imprensa da ALMG. três anos foram realizados diversos eventos sobre o te- ma, entre os quais ciclos de debates sobre reforma polí- ca, igualdade de gênero e parcipação, sobre violência contra a mulher e sobre en- frentamento do machismo. Hotsite – Estas e outras in- 2018, promulgada no úlmo dia 7 de agosto. Outra inicia- va que tramita na Casa é a Proposta de Emenda à Cons- tuição (PEC) 16/15, que visa garanr a presença de, pelo menos, uma mulher na Mesa da Assembleia. Além disso, nos úlmos A Assembleia de Minas tem adotado algumas iniciavas com o objevo de valorizar e esmular a parcipação das mulheres na políca. Em 2015, foi criada a Comissão Extraordinária das Mulheres, transformada em permanen- te pela Resolução 5.522, de

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28 DE SETEMBRO DE 2018 – SEXTA-FEIRA – ANO 27 – Nº 5.359

Presença de mulheres na políticanão reflete proporção no eleitorado

Clarissa Barçante / Arquivo ALMG

Agora permanente, Comissão das Mulheres busca incentivar a participação feminina na política

o pior desempenho entre as nações da América Latina.

Primeira colocada do continente e segunda do mundo, a Bolívia tem con-seguido vencer a desigual-dade de gênero nas eleições a partir de uma reforma em sua legislação, levada a cabo pelo presidente Evo Morales, eleito em 2006. A reforma do país vizinho permitiu que, nas primeiras eleições sob as novas regras, em 2014, as mulheres con-quistassem 53% das vagas na Câmara dos Deputados e 47% no Senado.

piora após as eleições. O número de mulheres eleitas aprofunda ainda mais a baixa representatividade da popu-lação feminina no parlamen-to. No Congresso Nacional, elas ocupam menos de 10% das cadeiras. Na Câmara dos Deputados, são 43 (8,4%), contra 470 homens. O Sena-do tem 13 senadoras (16%) e 68 senadores. Na ALMG, seis mulheres (7,8%) exercem o cargo de deputada estadual.

Num ranking de 190 paí­ses, o Brasil ocupa a 152ª posição em representação feminina nos parlamentos. É

30%. Denúncias publicadas pela mídia apontam que al-guns partidos usam do artifí-cio de “candidaturas­laranja” para cumprir a exigência da legislação. Algumas candi-datas seriam registradas até mesmo sem seu próprio con-sentimento. Entre as evidên-cias de irregularidade estão a falta de movimentação finan-ceira de algumas postulantes aos cargos legislativos e a au-sência de votos. Eleitas – Se, na concorrência aos cargos eletivos, a cada dez candidatos apenas três são mulheres, a situação

Embora representem 52% do eleitorado brasileiro, as mu-lheres ainda não têm parti-cipação proporcional na vida política do País. Nas eleições deste ano, 31,3% das candi-daturas são de mulheres, nú-mero muito semelhante aos 31,1% das eleições de 2014, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Em Minas Gerais, a situa­ção é mais desproporcional. Dos 2.338 candidatos inscri-tos para todos os cargos no Estado, 30,8% são mulheres. Normalmente, a porcenta-gem de candidatas chega a um terço apenas para cum-prir a lei eleitoral, que exige, desde 1997, a cota mínima de 30% de mulheres nas lis-tas de candidatos à Câmara dos Deputados, às assem-bleias legislativas, à Câmara Legislativa (Distrito Federal) e às câmaras municipais.

Para a Assembleia de Mi-nas, o número de candidatas às 77 vagas também se limita ao terço exigido. Concorrem para deputado ou deputada estadual 1.351 candidatos, dos quais 31,2% são mulhe-res. Em 2014, entre os 1.196 candidatos, as mulheres re-presentaram 31,9%.

De todos os partidos e coligações que vão disputar a eleição à ALMG, nenhum su-perou significativamente os

Iniciativas da ALMG estimulam participaçãoformações sobre as eleições de 2018 estão detalhadas no hotsite referente ao assun-to, no Portal da Assembleia (almg.gov.br). Ele traz diver-sos conteúdos especiais da TV Assembleia, da Rádio As-sembleia e da Assessoria de Imprensa da ALMG.

três anos foram realizados diversos eventos sobre o te-ma, entre os quais ciclos de debates sobre reforma polí-tica, igualdade de gênero e participação, sobre violência contra a mulher e sobre en-frentamento do machismo.Hotsite – Estas e outras in-

2018, promulgada no último dia 7 de agosto. Outra inicia-tiva que tramita na Casa é a Proposta de Emenda à Cons-tituição (PEC) 16/15, que visa garantir a presença de, pelo menos, uma mulher na Mesa da Assembleia.

Além disso, nos últimos

A Assembleia de Minas tem adotado algumas iniciativas com o objetivo de valorizar e estimular a participação das mulheres na política. Em 2015, foi criada a Comissão Extraordinária das Mulheres, transformada em permanen-te pela Resolução 5.522, de

2 • sexta­feira – Assembleia Informa 28 de setembro de 2018ACONTECE HOJE

Das 8 às 18 horas• Mostra coletiva Contrastes, de Joaribe e André Loyolla (Galeria de Arte)

MESA DA ASSEMBLEIA

Deputado Adalclever LopesPresidente Deputado Lafayette de Andrada1º-vice-presidenteDeputado Dalmo Ribeiro Silva2º-vice-presidente

Deputado Inácio Franco3º-vice-presidenteDeputado Rogério Correia1º-secretárioDeputado Alencar da Silveira Jr.2º-secretárioDeputado Arlen Santiago3º-secretário

SECRETARIACristiano Felix dos SantosDiretor-geralGuilherme Wagner RibeiroSecretário-geral da Mesa

ASSEMBLEIA INFORMAEditado pela Diretoria de Comunicação Institucional da ALMGDiretor: José Geraldo de Oliveira PradoGerente-geral de Imprensa e Divulgação: Fabíola FarageEdição: Ricardo Bandeira (editor­geral)

Revisão: Heloisa Figueiredo (GPCV)Diagramação: Clarice Maia (GPCV)End.: R. Martim de Carvalho, 94 – 8º andar – BH – CEP: 30190­090 Tel.: (31) 2108­7715Impresso pela Gerência­Geral de Suporte Logístico (ramal 7763)www.almg.gov.br

TV ASSEMBLEIA

0h Tribuna Livre – Desafios da educação para o novo governo 1h Panorama (reprise) – Ódio nas eleições 1h30 Assembleia Notícia 2h Comissão de Segurança Pública (10/7) – Debate sobre

reportagens referentes ao suposto aparelhamento da Polícia Civil 5h Memória e Poder – Poeta e escritora Adélia Prado 6h Compactos de Comissões 6h30 Parlamento Brasil 7h Compactos de Comissões 7h30 Assembleia Notícia 8h Mundo Político 8h30 Panorama – Ódio nas eleições 9h Assembleia ao Vivo 9h30 Comissão de Assuntos Municipais (28/8) – Debate sobre as

obras no Córrego Bonsucesso, na região do Barreiro, em BH 11h30 Geração – Eleições 2018: jovens e violência 12h Memória e Poder – Poeta e escritora Adélia Prado 13h Horário Eleitoral Gratuito

13h25 Mundo Político 14h Assembleia ao Vivo 14h30 Comissão de Direitos Humanos (12/9) – Debate sobre a

liberdade de associação e a proteção veicular em Minas Gerais 16h50 Palestra – Novas tecnologias no setor público, com Mateus

Moreira e Daniel Lança 18h30 Compactos de Comissões 19h Resenha da Semana (inédito) 19h30 Compactos de Comissões 20h Segunda Musical (inédito) – Duo de flauta e piano: Alexandre

Braga e Elvira Gomes 20h30 Horário Eleitoral Gratuito 21h Tribuna Livre – Desafios da educação para o novo governo 22h Resenha da Semana 22h30 Mundo Político (inédito) – Retrospectiva da semana 23h Via Justiça (inédito) – Conciliar é legal 23h30 Zás (inédito) – Espetáculo Nosso estranho amor

• programação sujeita a alterações

Confira os destaques do fim de semana

Hoje

SALA DE IMPRENSAGravado em uma transmissão interativa pelo Facebook, o programa discute a cobertura das eleições. A pouco mais de uma semana da votação, ainda é grande o percentual de eleitores que não definiram em quem vão votar para presidente. Assim, a pergunta é: Em que medida a cobertura da mídia tem contribuído para esclarecer ou confundir ainda mais os indecisos? Sábado, às 17h30; domingo, às 18 horas.

GERAÇÃOO bate­papo com os jovens é sobre a capoeira, uma expressão cultural brasileira que mistura luta, dança e música. A prática nasceu com os africanos escravizados no Brasil e foi perseguida pelo governo, que chegou a considerá­la criminosa. Com o tempo, entretanto, passou a ser respeitada e, em 2014, tornou­se patrimônio cultural imaterial da humanidade pela Unesco. Sábado, às 19 horas; domingo, às 12h30.

PANORAMANo estúdio, uma análise dos discursos de ódio e da intolerância nas eleições. O jornalista Fernando Gomes conversa com os professores Rodolfo Viana, da Faculdade de Direito da UFMG, e Marcus Taborda, da Faculdade de Educação da mesma instituição. Na entrevista, os dois convidados fazem um paralelo entre as eleições de 2014 e 2018, que, segundo eles, apresentam níveis de polarização diferentes. Eles analisam também a legislação que envolve o limite entre a liberdade de expressão e a incitação ao crime. Sábado, às 7 horas e às 16h30.

Você terá acesso a informações qualificadas, produzidas pela TV Assembleia, com uma abordagem diferente, que respeita a diversidade e a pluralidade.

Adicione o número (31) 99936-3669 à sua lista de contatos e envie a mensagem “SIM”. Assembleia do

Estado de Minas Gerais

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