Prêmio Silvia Lane Treinamento Em Habilidade s Sociais Vf

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TREINAMENTO EM HABILIDADES SOCIAIS COM UNIVERSITÁRIOS: Relato de uma experiência de estágio Suyanne Cristina de Oliveira Nunes* Sinelle Valle da Costa* Aline de Oliveira Souza* Cintia Teixeira Santos* Orientadora: Adriana Benevides Soares** RESUMO O objetivo deste estágio foi capacitar os jovens alunos no método e no processo de Treinamento em Habilidades Sociais (THS) em um modelo preventivo de atuação no contexto educativo universitário. O estágio se desenvolveu em três etapas: a primeira de revisão bibliográfica, a segunda de planejamento das sessões e a terceira de aplicação e de análise dos resultados. O Treinamento em Habilidades Sociais se desenvolveu em dez sessões semanais de duas horas e contou com a participação de doze estudantes. Também foram aplicados três instrumentos para comparação do antes e depois do THS: o Inventário de Habilidades Sociais (IHS), a versão reduzida do Questionário de Vivência Acadêmica (QVA-r) e o Inventário de Comportamentos Sociais Acadêmicos para Universitários (ICSA). Os temas trabalhados nas sessões foram: Abordar Colegas, Expressar Sentimentos, Fazer e Recusar Pedidos, Expor Opiniões, Resolução de Problemas, Solicitar Mudança de Comportamento, Falar em Público e Lidar com Críticas. A análise dos resultados qualitativos indicou impactos positivos no desenvolvimento dos jovens universitários. Palavras-Chave: Habilidades Sociais, Treinamento em Habilidades Sociais, Universitários. 1. INTRODUÇÃO O presente trabalho objetiva apresentar um relato de experiência de estágio, em que foi ___________________________________________________________________________ *Graduandas em psicologia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro **Doutora em Psicologia Cognitiva pela Universidade de Paris XI, Pós Doutora pela UFSCar, Professora Associada da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

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TREINAMENTO EM HABILIDADES SOCIAIS COM UNIVERSITÁRIOS: Relato de uma experiência de estágio

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  • TREINAMENTO EM HABILIDADES SOCIAIS COM UNIVERSITRIOS:

    Relato de uma experincia de estgio

    Suyanne Cristina de Oliveira Nunes*

    Sinelle Valle da Costa*

    Aline de Oliveira Souza*

    Cintia Teixeira Santos*

    Orientadora: Adriana Benevides Soares**

    RESUMO

    O objetivo deste estgio foi capacitar os jovens alunos no mtodo e no processo de

    Treinamento em Habilidades Sociais (THS) em um modelo preventivo de atuao no contexto

    educativo universitrio. O estgio se desenvolveu em trs etapas: a primeira de reviso

    bibliogrfica, a segunda de planejamento das sesses e a terceira de aplicao e de anlise dos

    resultados. O Treinamento em Habilidades Sociais se desenvolveu em dez sesses semanais

    de duas horas e contou com a participao de doze estudantes. Tambm foram aplicados trs

    instrumentos para comparao do antes e depois do THS: o Inventrio de Habilidades Sociais

    (IHS), a verso reduzida do Questionrio de Vivncia Acadmica (QVA-r) e o Inventrio de

    Comportamentos Sociais Acadmicos para Universitrios (ICSA). Os temas trabalhados nas

    sesses foram: Abordar Colegas, Expressar Sentimentos, Fazer e Recusar Pedidos, Expor

    Opinies, Resoluo de Problemas, Solicitar Mudana de Comportamento, Falar em Pblico e

    Lidar com Crticas. A anlise dos resultados qualitativos indicou impactos positivos no

    desenvolvimento dos jovens universitrios.

    Palavras-Chave: Habilidades Sociais, Treinamento em Habilidades Sociais, Universitrios.

    1. INTRODUO

    O presente trabalho objetiva apresentar um relato de experincia de estgio, em que foi

    ___________________________________________________________________________

    *Graduandas em psicologia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro

    **Doutora em Psicologia Cognitiva pela Universidade de Paris XI, Ps Doutora pela UFSCar, Professora

    Associada da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

  • desenvolvido um Treinamento em Habilidades Sociais com foco em desenvolver

    comportamentos sociais assertivos em universitrios, em situaes consideradas difceis no

    contexto acadmico. Para tanto ser explicitada a fundamentao terica que baseou a prtica

    e detalhada a construo, aplicao e apurao qualitativa do treinamento.

    As habilidades sociais podem ser definidas como classes de comportamentos sociais

    contribuintes para a competncia social, que um atributo avaliativo que se vale de critrios

    de funcionalidade, a saber manuteno ou melhora da qualidade da relao e da auto-estima

    dos envolvidos, consequncias do objetivo da interao, equilbrio de perdas e ganhos dos

    envolvidos e respeito e ampliao dos direitos humanos bsicos - para avaliar o

    comportamento do indivduo (DEL PRETTE; DEL PRETTE, 2011). Segundo Magalhes e

    Murta (2003) em toda relao interpessoal ocorre um desempenho social que demanda

    habilidades sociais e pode ser caracterizado como socialmente competente ou no,

    dependendo se o conjunto de comportamentos do indivduo ao se relacionar expressa seus

    sentimentos, opinies, aes e desejos de forma contextualizada e respeita o direito do outro

    de tambm faz-lo.

    As habilidades sociais so demandadas continuamente nas interaes sociais dos

    indivduos. Em relao aos estudantes universitrios Esta demanda, por vezes, apresenta-se de

    forma mais incisiva no momento do ingresso na universidade, requerendo um aprendizado

    necessrio de convivncia com um grande nmero de pessoas desconhecidas, lidar com as

    exigncias acadmicas constantes (SECO et al, 2005) e a se adaptar ao novo. Soares, Poubel e

    Mello (2009) destacam a fala de alguns estudiosos (ALMEIDA; SOARES; FERREIRA,

    1999; SANTOS, 2000) sobre a importncia das habilidades sociais no meio acadmico

    mostrando que as mudanas sociais trazem novas demandas ao sistema educacional superior,

    que devem ultrapassar o limite de aquisio de conhecimentos e buscar desenvolver formas de

    adaptao ao novo e a competncia social. Os autores salientam ainda que a competncia

    acadmica est fortemente relacionada competncia social.

    Considerando a necessidade das habilidades sociais no contexto universitrio para um

    desempenho competente, muitos autores tm se dedicado a estudar esta relao. Estudos

    empricos no contexto universitrio tm agregado ao tema informaes importantes para a

    expanso da rea de habilidades sociais. Magalhes e Murta (2003) constataram, aps a

    aplicao de um treinamento em habilidades sociais em estudantes de psicologia, que houve

    promoo do desenvolvimento das habilidades sociais, salientando a eficcia do Treinamento

    e Ribeiro e Bolsoni-Silva (2011) explicitaram as situaes em que os universitrios citaram

    como sendo difceis em diferentes contextos, incluindo o universitrio, a saber - exposio em

  • pblico, iniciar, manter e terminar relacionamento amoroso, iniciar, manter e encerrar

    conversao com familiares, amigos e namorado(a), abordar pessoas para amizade, expressar

    opinies e sentimentos e lidar com crticas situaes estas, que envolvem a assertividade.

    A assertividade destaca-se como uma habilidade social fundamental para um

    relacionamento interpessoal saudvel e competente (SOARES; DEL PRETTE, 2013), refere-

    se defesa, por parte do indivduo, de seus direitos, alm da expresso de opinies,

    sentimentos e crenas de forma apropriada, direta e honesta, sem agredir ao direito do outro

    (DEL PRETTE; DEL PRETTE, 2012). Marchezini-Cunha e Tourinho (2010) destacam

    algumas definies de assertividade, a saber - um conjunto de comportamentos pessoais que

    funcionam em contextos sociais prprios; a expresso de sentimentos de forma socialmente

    adequada, preservando tanto os direitos do indivduo que responde assertivamente quanto os

    seus e a habilidade para manter ou aprimorar uma situao interpessoal atravs da expresso

    de sentimentos ou desejos mesmo quando estas manifestaes envolvem riscos ou at mesmo

    punio. Ao longo do tempo muitos conceitos foram elaborados para atender ao conceito de

    assertividade, entretanto, apesar das diversas definies encontradas, grande parte delas

    perpassam pela questo do exerccio do direito, envolvendo caractersticas como recusa e

    discordncia, auto-afirmao, fazer pedidos e exigncias sem constrangimentos e expressar

    sentimentos positivos ou negativos (PASQUALI; GOUVEIA, 1990).

    Marchezini-Cunha e Tourinho (2010) especificam que o comportamento assertivo

    comparado com o passivo e agressivo e sua definio est fundamentada na topografia destes

    comportamentos, como o tom de voz e o contato visual. Salientam que as caractersticas

    funcionais tambm devem ser consideradas, como as consequncias que respostas podem

    gerar, dependendo se foi dada de forma assertiva, passiva ou agressiva, destacando que estas

    consequncias podem ser de aprovao ou de desaprovao e de reforo ou averso. Os

    autores mostram ainda pesquisas indicativas de que em geral, o comportamento passivo

    recebe mais avaliaes positivas (maior aceitao social), o agressivo, mais negativas e o

    assertivo, ambas. Como o comportamento assertivo tende s vezes a ser reprovado pelo

    grupo, o indivduo assertivo deve levar em considerao o contexto em que est inserido, ter

    empatia e autoconhecimento, para poder prever as consequncias de seu comportamento.

    Lopes, Azeredo e Rodrigues (2013) salientam a importncia da assertividade e das

    habilidades sociais para o bem-estar social do indivduo, mostrando que o comportamento

    assertivo contribui positivamente no desempenho laboral, corroborando a relao das

    habilidades sociais com melhor qualidade de vida e sucesso profissional.

  • Considerando a literatura sobre habilidades sociais e especificamente a assertividade,

    percebe-se a importncia da promoo das habilidades sociais assertivas no apenas para

    universitrios, mas para todo o indivduo que busca usufruir de relaes sociais competentes.

    Assim, o Treinamento em Habilidades Sociais ganha destaque no cenrio atual da Psicologia.

    1.1 TREINAMENTO EM HABILIDADES SOCIAIS

    O Treinamento em Habilidades Sociais THS um conjunto de atividades planejadas

    que contribuem para o processo de aprendizagem do comportamento socialmente competente.

    conduzido por um terapeuta e objetiva aperfeioar habilidades sociais aprendidas, mas que

    apresentam dficits, ensinar novas habilidades sociais e diminuir ou eliminar comportamentos

    contrrios s habilidades (DEL PRETTE; DEL PRETTE, 2010).

    O treinamento em habilidades Sociais fundamenta-se em dois conceitos Habilidades

    Sociais e Competncias Social sendo o primeiro referente a classes de comportamentos

    sociais que contribuem para competncia social e o segundo a um atributo avaliativo de

    comportamentos de sucesso no ambiente social (DEL PRETTE; DEL PRETTE, 2001)

    Segundo Hidalgo e Abarca (1992, apud DEL PRETTE; DEL PRETTE, 2012) a rea

    de THS foi formada a partir de cinco modelos tericos assertividade, percepo social,

    aprendizagem social, cognio e teoria dos papis o modelo de assertividade surgiu a partir

    de estudos experimentais de laboratrio e baseia-se em duas linhas de pensamento para

    entender os dficits e dificuldades no desempenho social, a saber, condicionamento

    respondente e condicionamento operante; o modelo de percepo social foi criado por Argyle

    e baseia-se na anlise da capacidade de leitura do contexto social por parte dos indivduos;

    O modelo de aprendizagem social baseia-se na ideia de que a maioria das habilidades sociais

    so aprendidas de forma vicria e de que o desempenho social aprendido, seria mediado pela

    expectativa sobre as possveis consequncias de comportamentos interpessoais e por outros

    processos como crenas, percepes e pensamentos; o modelo cognitivo baseia-se na ideia de

    que o desempenho social mediado por habilidades sociocognitivas que as crianas aprendem

    no processo de interao com seu ambiente social e o modelo da teoria de papis surgiu a

    partir de estudos de psicologia social e da terapia de papel fixo e entende que o

    comportamento social relaciona-se com o entendimento do prprio papel e do papel do outro

    na relao social.

    Por ser originado a partir da juno de diferentes modelos conceituais, Del Prette e Del

    Prette (2012) destacam que a construo de uma teoria mais robusta do THS, depende muito

  • dos resultados prticos e tericos produzido em suas aplicaes. Na ltima dcada muitos

    programas de Treinamento em Habilidades Sociais com universitrios foram desenvolvidos,

    trazendo resultados que salientam a validade de estudos nesta rea e do desenvolvimento e

    crescimento desta prtica. Villas Boas, Silveira e Bolsoni-Silva (2005) realizaram um

    Treinamento em um grupo de quatro universitrios objetivando verificar se aps a aplicao

    do programa, mudanas comportamentais seriam identificadas. Na anlise dos resultados, os

    autores concluram que houve ganhos de repertrios, como iniciar e manter conversao e

    autoconhecimento, entretanto algumas dificuldades se mantiveram mesmo aps a interveno.

    Bolsoni-Silva et al (2009) aplicaram um Treinamento em Habilidades Sociais em quinze

    universitrios e trs recm-formados objetivando avaliar a efetividade desta interveno, os

    resultados mostraram que todos os participantes tiveram aquisies em relao s habilidades

    manter conversa com desconhecidos, cobrar dvida de amigo, apresentar-se a outra pessoa,

    abordar para relao sexual, discordar do grupo, abordar autoridade, manter conversao,

    falar a pblico desconhecido, fazer pergunta a desconhecidos, pedir favores a desconhecidos,

    expressar desagrado e pedir ajuda a amigos e embora alguns itens no apresentarem diferena

    significativa ps-interveno, os resultados indicaram a eficcia do treinamento. Diversos

    outros trabalhos utilizando o THS com estudantes universitrios tambm mostraram a eficcia

    do mtodo e aquisies em habilidades sociais para os participantes (DEL PRETTE; DEL

    PRETTE; BARRETO,1999; A. DEL PRETTE; DEL PRETTE, 2003; LIMA, 2014).

    2. DESCRIO DO TRABALHO

    O treinamento em Habilidades Sociais com Universitrios foi elaborado e posto em

    prtica no contexto do estgio curricular intitulado Treinamento de Habilidades Sociais. O

    estgio iniciou no primeiro semestre de 2013, sendo finalizado no primeiro semestre de 2014.

    Foi estruturado em trs partes: o primeiro semestre foi dedicado instrumentao terica

    sobre as Habilidades Sociais e sobre o Treinamento em Habilidades Sociais, o segundo foi

    voltado para a construo das sesses e aprendizado dos instrumentos e o ltimo foi focado na

    aplicao do Treinamento e na apurao qualitativa dos resultados obtidos.

    Aps a reviso bibliogrfica proposta na primeira fase do estgio, iniciou-se, no

    segundo semestre, a elaborao das sesses do Treinamento em habilidades Sociais.

    Primeiramente foram estudados os instrumentos a serem aplicados durante o Treinamento, a

    saber - o QVA-r, verso reduzida do Questionrio de Vivncia Acadmica (ALMEIDA;

    FERREIRA; SOARES, 1999). Este instrumento de auto-relato objetiva avaliar a forma com

  • que os jovens se adaptam as exigncias da vida acadmica universitria. O QVA-r possui 60

    itens referentes a cinco dimenses - pessoal, interpessoal, carreira, estudo e institucional a

    dimenso pessoal (Alpha de Cronbach = 0,87) possui 13 itens e refere-se a aspectos de

    percepo pessoal sobre bem-estar e auto-estima e da identidade do aluno; a dimenso

    interpessoal (Alpha de Cronbach = 0,86) possui 13 itens e refere-se aos relacionamentos e a

    aspectos relacionados com atividades extracurriculares de carter social e associativo; a

    dimenso carreira (Alpha de Cronbach = 0,91) possui 13 itens e refere-se a adaptao ao

    curso, ao projeto vocacional e as perspectivas de carreira; a dimenso estudo (Alpha de

    Cronbach = 0,82) possui 13 itens e refere-se aos mtodos de estudo e gesto do tempo; a

    ltima dimenso ,institucional (Alpha de Cronbach = 0,71), possui 8 itens e refere-se a

    relao do estudante com a instituio de ensino do qual faz parte.

    O Inventrio de Comportamentos Sociais Acadmicos para Universitrios (SOARES;

    MOURO; MELLO, 2011) objetiva avaliar comportamentos habilidosos e no habilidosos

    no contexto universitrio, possui formato tipo Likert de cinco nveis de resposta, variando de

    nunca sempre. O instrumento possui 34 itens divididos em 6 fatores Comportamento

    Adequado em Sala de Aula, Comportamento Indisciplinado em Sala de Aula, Cordialidade no

    Relacionamento Interpessoal, Desrespeito a Professores e Colegas, Auto-exposio e

    Assertividade e Comportamento de Eficcia Acadmica O fator Comportamento Adequado

    em Sala de Aula (Alpha de Cronbach = 0,73), possui 6 itens que referem-se ao componente

    comportamental positivo das habilidades esperadas em sala de aula; o fator Comportamento

    Indisciplinado em Sala de Aula (Alpha de Cronbach = 0,81), possui 6 itens que referem-se ao

    componente comportamental negativo das habilidades esperadas em sala de aula; o fator

    Cordialidade no Relacionamento Interpessoal (Alpha de Cronbach = 0,77), possui 6 itens que

    referem-se as reaes internalizantes e externalizantes e habilidosas e no habilidosas nas

    relaes sociais; o fator Desrespeito a Professores e Colegas (Alpha de Cronbach = 0,59),

    possui 5 itens que referem-se aos componentes interpessoais diretos que atravessam a relao

    dos universitrios com os colegas e com os professores; o fator Auto-exposio e

    Assertividade (Alpha de Cronbach = 0,66), possui 6 itens que referem-se ao risco de reaes

    indesejadas e o fator Comportamento de Eficcia Acadmica (Alpha de Cronbach = 0,60),

    possui 5 itens que refere-se a adaptao acadmica e a auto-regulao de competncias.

    O IHS (DEL PRETTE; DEL PRETTE, 2001), um inventrio de auto-relato que

    objetiva avaliar as dimenses situacionais e comportamentais das habilidades sociais. O

    instrumento possui duas partes, a primeira composta por instrues e 38 itens, cada um

    deles descreve uma situao de relao interpessoal e uma possvel reao ela e possui

  • formato tipo Likert de cinco nveis de resposta, variando de nunca ou raramente (0 20%)

    sempre ou quase sempre (81% 100%). A frequncia elevada em determinados itens, indica

    dficit na habilidade envolvida na situao descrita e a pontuao destes invertida. A

    segunda parte do inventrio possui um cabealho com caractersticas, um quadro para

    anotao das respostas e instrues e modelo de escala para estimativa de respostas. O

    instrumento avalia 5 fatores Enfrentamento com Risco, Auto-Afirmao na Expresso de

    Afeto Positivo, Conversao e Desenvoltura Social, Auto-Exposio a Desconhecidos ou a

    Situaes Novas e Auto-Controle da Agressividade a Situaes Aversivas o fator

    Enfrentamento com Risco (Alpha de Cronbach = 0,96), possui 11 itens que referem-se as

    situaes interpessoais que envolvem afirmao e defesa de direitos e de auto-estima com

    risco de reao indesejvel por parte do outro (assertividade); o fator Auto-Afirmao na

    expresso de Afeto Positivo (Alpha de Cronbach = 0,86), possui 7 itens que referem-se a

    demandas interpessoais de expresso de afeto positivo e de afirmao de auto-estima; o fator

    Conversao e Desenvoltura Social (Alpha de Cronbach = 0,81), possui 7 itens que referem-

    se a situaes neutras de relacionamento relacionadas ao traquejo social; o fator Auto-

    Exposio a Desconhecidos ou a Situaes Novas (Alpha de Cronbach = 0,75), possui 4 itens

    que referem-se ao ato de abordar pessoas desconhecidas; o ltimo fator, Auto-Controle da

    Agressividade a Situaes Aversivas (Alpha de Cronbach = 0,74), possui 3 itens que referem-

    se ao auto controle da raiva e da agressividade.

    Depois foi realizado um levantamento de dificuldades interpessoais no mbito

    universitrio por meio de entrevistas realizadas com 30 estudantes sobre os temas das sesses

    identificados na literatura (Soares e Del Prette, 2013; Bandeira & Quaglia, 2005). Os dados

    foram coletados atravs de entrevistas abertas, disparadas pela pergunta Quais as

    dificuldades interpessoais encontradas por voc, como aluno, dentro da Universidade?. Os

    indivduos deveriam discorrer sobre cinco situaes em que vivenciaram dificuldades

    interpessoais dentro da universidade. As respostas obtidas nas entrevistas foram transcritas

    e/ou gravadas e categorizadas de acordo com a habilidade social envolvida.

    Das 133 respostas colhidas, 21 foram descartadas por serem consideradas

    inadequadas, sendo vlidas, apenas 112. Das situaes vlidas para a categorizao de

    habilidades sociais, observou-se que 22 (19,64%) referiam-se a categoria Falar em Pblico e

    Exposio a Desconhecidos, sendo 11 (50%) referente subcategoria Apresentao de

    Seminrios; 6 (27,27%) Exposio de Ideias; 2 (9,09%) Falar com Desconhecidos; 2

    (9,09%) Falar em Pblico em Geral e 1 (4,54%) Apresentao de Si Mesmo. 22 (19,64%)

    referiam-se a Categoria Expor Opinio, sendo 13 (59,09%) referente subcategoria Expor

  • Opinies/ Discordar de Professores; 5 (22,72%) Expor Opinio Direo; 3 (13,63%)

    Expor Opinio aos Colegas e 1 (4,54%) Expor Opinio em Geral. 2 (1,78%) referiam-se a

    categoria Fazer Pedidos, sendo 1 (50%) referente subcategoria Fazer Pedido ao Professor e

    1 (50%) Fazer Pedido a Direo. 10 (8,92%) referiam-se a categoria Expressar Sentimento,

    sendo 4 = 40% referente subcategoria Expressar Sentimento para Professores; 3 (30%)

    Expressar Sentimentos para Colegas e 3 (30%) Expressar Sentimentos para Funcionrios da

    Universidade. 29 (25,89) referiam-se a categoria Solicitar Mudana de Comportamento, sendo

    12 (41,37%) referente subcategoria Solicitar Mudana de Comportamento de Professor; 10

    (34,48%) Solicitar Mudana de Comportamento a Colegas (trabalho em grupo); 3 (10,34%)

    Solicitar Mudana de Comportamento Referente ao Uso de Cigarros; 2 (6,89%) Solicitar

    Mudana de Comportamento a Colegas (atrapalhar aula); 1 (3,44%) Solicitar Mudana de

    Comportamento de Funcionrios da Universidade e 1 (3,44%) Solicitar Mudanas de

    Comportamento em Geral. 5 (4,46) referiam-se a Categoria Abordar Colega para

    Relacionamento, sendo 2 (40%) referente subcategoria Abordar Colegas para Iniciar

    Amizade; 2 (40%) Entrar em Grupos de Amizade J Formados e 1 (20%) Trabalho em

    Grupo. 11 (9,82) referiam-se a categoria Resoluo de Problemas, sendo 4 (36,36%) referente

    subcategoria Trabalho em Grupo; 3 (27,27%) Lidar com Situaes Novas; 3 (27,27%)

    Conciliar a Vida Pessoal com a Universitria; 1 (9,09%) Tomada de Decises e 1 (9,09%)

    Resoluo de Problemas em Geral. 5 (4,46%) referiam-se a categoria Recusar Pedidos

    Abusivos sendo 4 (80%) referente subcategoria Recusar Pedidos de Colegas e 1 (20%)

    Recusar Pedidos de Professores. 6 (5,35%) referiam-se a categoria Lidar com Crticas, sendo

    4 (66.66%) referente subcategoria Crticas de Professores; 1 (16,66%) Crticas de Colegas

    e 1 (16,66%) Crticas em Geral.

    Alm dos dados coletados no levantamento, foram consideradas para a estruturao

    das sesses, as situaes consideradas difceis pelo Guia terico-prtico sobre as dificuldades

    interpessoais na Universidade, elaborado por Soares e Del Prette (2013). A pesquisa efetuada

    para fundamentar o Guia objetivou identificar situaes vivenciadas como muito ou pouco

    difceis pelos estudantes universitrios. A amostra foi de 250 estudantes universitrios, sendo

    206 mulheres e 43 homens; 153 solteiros, 77 casados, 13 divorciados e 2 vivos; 23

    pertencentes a classe social A, 136 classe social B e 88 classe social C e D e 45 de

    instituies pblicas e 204, de privadas. O instrumento utilizado para a coleta de dados foi um

    questionrio de 50 itens, sendo cada um correspondente a uma situao de contexto

    universitrio. O estudante deveria qualificar o grau de dificuldade em cada situao e a

    frequncia com que ocorria. As respostas foram tabuladas e foram identificadas as situaes

  • mais difceis e menos difceis no mbito universitrio. Com os resultados obtidos foi possvel

    organizar dois grupos de situaes, sendo o grupo um referente as mais difceis e o segundo

    grupo s mais fceis. O grupo 1 compreendeu as situaes mais difceis: pedir aos colegas que

    desliguem os celulares em aula, apresentar trabalhos em situaes pblicas, pedir a colegas

    que evitem lanchar durante a aula, mobilizar colegas para reivindicar direitos junto

    autoridade pertinente e receber crtica do professor pela apresentao de trabalhos. O grupo 2

    compreendeu as situaes mais fceis: agradecer por servios prestados por funcionrios,

    agradecer por favores que so feitos por funcionrios, agradecer ao professor quando ele tira

    dvidas fora do horrio de aula, elogiar colegas que tm bom desempenho acadmico e

    elogiar a apresentao de um seminrio dos colegas

    Aps a identificao dos temas das sesses, as mesmas comearam a serem

    construdas. A estrutura bsica de cada sesso consistia em instrumentao terica, vivncias

    e tarefa de casa. No decorrer da construo do Treinamento, algumas mudanas foram

    realizadas em funo de imprevistos e as sesses, que inicialmente seriam doze, foram

    sintetizadas em dez, sendo a primeira, uma sesso de abertura e de aplicao dos

    instrumentos; a dcima, uma sesso de encerramento e de reaplicao de instrumentos, a fim

    de ser feito uma comparao entre os resultados quantitativos obtidos antes e depois do

    treinamento; As oito sesses intermedirias, foram destinadas cada uma a uma habilidade

    especfica, a saber - falar em pblico, expor opinies, fazer e recusar pedidos, solicitar

    mudana de comportamento, resoluo de problemas, abordar colegas, expressar sentimentos

    e lidar com crticas. Aps o trmino da construo do Treinamento, foi iniciada a divulgao

    do mesmo via e-mail e panfletagem nas salas de aula da Universidade e aberta s inscries,

    via e-mail. No encerramento das inscries, foi criado um grupo de 21 participantes.

    Na terceira fase do estgio, foi a realizada a aplicao do Treinamento em Habilidades

    Sociais com Universitrios. Antes do seu incio, houve uma reunio geral de planejamento e

    fechamento. O treinamento aconteceu durante o primeiro semestre de 2114, s segundas-

    feiras, das 18:00h s 20:00h, no espao fsico da Universidade do Estado do Rio de Janeiro,

    no laboratrio de Cognio e Contextos Sociais. Cada sesso foi conduzida por uma estagiria

    e tinha as outras trs como auxiliares. Cada estagiria conduziu como principal facilitadora

    duas sesses. As sesses inicial e final foram conduzidas por todas.

    A primeira sesso objetivou promover a ambientao do grupo de participantes,

    explicitar o objetivo do treinamento, explicar sua estrutura e seu funcionamento, realizar a

    assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e fazer a aplicao dos

    instrumentos. A sesso foi iniciada com a apresentao das estagirias seguida de uma

  • explanao sobre o Treinamento em Habilidades Sociais. Foi realizada a Dinmica do

    nome, que objetivou permitir que os participantes se apresentassem e por fim foi feita a

    aplicao dos instrumentos.

    A sesso dois do Treinamento objetivou desenvolver a habilidade social de abordar

    colegas e participaram desta, dezessete universitrios (P3, P4, P5, P6, P7, P8, P9, P10, P11,

    P12, P13, P14, P16, P17, P18, P20, P21). Antes de iniciar a sesso propriamente dita, foi

    necessrio retomar a explanao da primeira sesso, sobre o treinamento e seu

    funcionamento, em virtude do ingresso de novos participantes. A sesso sobre abordar

    colegas foi iniciada com um quebra-gelo intitulado Entrevista, que objetivou proporcionar o

    entrosamento do grupo, em seguida foi feita uma apresentao terica sobre o tema em

    questo e realizada uma vivncia intitulada No zoolgico (SILVA; DEL PRETTE; DEL

    PRETTE, 2013) que pretendeu desenvolver, principalmente, os seguintes comportamentos:

    apresentar-se para os outros, fazer e responder perguntas, iniciar e manter conversas e

    mostrar-se cooperativo com as pessoas. Aps a finalizao da vivncia, foram apresentadas

    algumas situaes dentro do contexto universitrio que envolvia a abordagem de colegas e

    finalizando a sesso foi proposta uma tarefa de casa que consistia em abordar algum que no

    fosse um amigo, dentro da Universidade, e buscar manter uma conversa com esta pessoa.

    A sesso trs do Treinamento objetivou desenvolver a habilidade de expressar

    sentimentos e participaram desta, sete alunos (P1, P5, P11, P12, P19, P20 e P21). A sesso foi

    iniciada pela reviso da tarefa de casa indicada na sesso sobre abordar colegas e dois

    universitrios (P12 e P20) relataram o cumprimento da mesma. Em seguida foi apresentado o

    tema da sesso e a fundamentao terica do mesmo. Depois de finalizada a conceituao, foi

    proposta a atividade Identificando as Expresses Faciais (SILVA; DEL PRETTE; DEL

    PRETTE, 2013) que objetivou levar o grupo a refletir sobre as facilidades/dificuldades de

    identificar expresses de sentimentos e de questionar se eles prprios tinham

    facilidades/dificuldades em express-los; a tarefa foi finalizada com a descrio de cada

    emoo. Aps esta tarefa, foi exibido o vdeo de uma reportagem sobre um mtodo de

    detectar mentiras por meio das expresses faciais, objetivando mostrar ao grupo a importncia

    de tais expresses. Foram apresentadas dicas sobre a expresso de sentimentos e os

    participantes tiveram a oportunidade de pratic-las. Em seguida foi realizada a leitura do texto

    A vara dos porcos espinhos (DEL PRETTE; DEL PRETTE, 2001) levando o grupo a

    refletir sobre proximidade e distanciamento em relao ao outro e realizada a vivncia

    Crculos mgicos (DEL PRETTE; DEL PRETTE, 2001) que objetivou desenvolver a

    percepo de espao interpessoal e a identificar sentimentos associados

  • proximidade/distanciamento. Por fim, foi apresentada a tarefa de casa que solicitava ao

    participante que este apresentasse, na prxima sesso, a descrio de uma situao vivenciada

    no decorre da semana que envolvesse expressar sentimentos dentro do contexto universitrio.

    A sesso quatro do Treinamento teve como finalidade desenvolver as habilidades fazer

    e recusar pedidos e participaram desta, doze universitrios (P1, P2, P3, P7, P8, P9, P11, P13,

    P14, P15, P17 e P21). A sesso foi iniciada com a reviso da tarefa de casa indicada na sesso

    sobre expressar sentimentos e apenas um participante (P1) relatou o cumprimento da tarefa.

    Finalizada a reviso foi apresentado o tema da sesso e iniciado a fundamentao terica

    sobre o tema. Aps a instrumentao terica, foi perguntado para os participantes em qual

    habilidade eles tinham mais dificuldade, fazer ou recusar pedidos, nove participantes (P1, P3,

    P8, P9, P10, P11, P13, P15 e P17) responderam recusar pedidos e dois (P14 e P21)

    responderam fazer pedidos. A pergunta foi feita com a inteno de direcionar os participantes

    a participarem mais ativamente da vivncia relacionada habilidade identificada como

    deficitria. Foi explicado para o grupo que a sesso seria divida em duas partes, sendo a

    primeira com foco na habilidade de recusar pedidos e a segunda com foco na habilidade de

    fazer pedidos. O primeiro momento foi introduzido com o texto Trabalho em Grupo, escrito

    pela facilitadora da sesso, que descreve de forma cmica uma situao comum rotina

    universitria. Findando a leitura do texto, foi perguntado aos participantes quem j havia

    passado por uma situao similar a do texto e qual o sentimento que eles experimentaram

    vivenciando quela experincia. Cada um teve a oportunidade de falar e cinco palavras foram

    mencionadas: chateao, raiva, indignao, frustao e injustia. As palavras foram escritas

    em um cartaz que ficou exposto durante toda a sesso. Em seguida foram apresentadas quatro

    dicas que os participantes poderiam utilizar a fim de serem mais assertivos quanto a recusar

    pedidos. Aps comentar sobre as dicas, o grupo participou de uma adaptao da vivncia

    intitulada Pea o que quiser (DEL PRETTE; DEL PRETTE, 2001), que objetivou treinar o

    comportamento de recusar pedidos por meio de encenaes de situaes rotineiras no

    contexto universitrio e no fim da vivncia foi feita uma reflexo com base no cartaz feito

    anteriormente, questionando-se, se valia a pena aceitar pedidos por no conseguir dizer no

    e por medo de prejudicar o relacionamento com o outro e em troca experimentar os

    sentimentos e sensaes citadas na confeco do cartaz, sendo passivos e desagradando a si

    mesmo. Concluda a parte da sesso sobre recusar pedidos, foi introduzida a segunda parte,

    fazer pedidos, com a leitura de um texto cmico sobre o tema e foram apresentadas dicas para

    auxiliar os participantes quando fossem fazer algum pedido. Depois, foi realizada a adaptao

    da vivncia Entrada no cu (DEL PRETTE; DEL PRETTE, 2001), que objetivou treinar o

  • comportamento de fazer pedidos de forma assertiva. Finalizando a sesso foi apresentado um

    vdeo para fundamentar a tarefa de casa, que solicitava aos participantes que durante a semana

    escrevessem sobre situaes em que tinham mais dificuldades em fazer pedidos e recusas

    dentro do contexto universitrio e que citassem pessoas em relao as quais era mais difcil

    fazer pedidos e recusas. Eles deveriam, ento, buscar fazer pedidos e recusas nessas situaes

    e para essas pessoas.

    A sesso cinco do Treinamento objetivou desenvolver a habilidade de expor opinies e

    participaram desta, dez universitrios (P2, P3, P5, P8, P12, P13, P14, P15, P17 e P20). A

    sesso foi iniciada com a reviso da tarefa de casa da sesso sobre fazer e recusar pedidos e 3

    participantes relataram ter conseguido fazer pedidos durante a semana, entretanto, no houve

    relatos sobre a recusa de pedidos. Finalizada a reviso da tarefa de casa, foi introduzido o

    tema da sesso, por meio de um vdeo que retratava uma situao de expor opinio; aps seu

    termino, houve um momento de discusso sobre a importncia de expor opinies no contexto

    acadmico. Em seguida foram apresentadas dicas sobre como lidar com a exposio de

    opinio, prpria e de outros, e iniciada a vivncia Jogos de papis (CARNEIRO, 2010) que

    objetivou treinar o comportamento de expor opinies, simulando situaes do contexto

    universitrio onde sua opinio deveria ser expressa em discordncia com a opinio da

    maioria. Depois foi lido o texto Verso Lupina da Histria da Chapeuzinho Vermelho

    (CARNEIRO, 2010) que levou o grupo a reflexo de que a maioria das situaes da vida que

    envolvem mais de uma pessoa, h mais de uma verso da histria e que portanto, aprender a

    lidar com a opinio do outro to importante quanto expressar a sua prpria. O texto serviu

    como introduo para a dinmica da Entrevista que proporcionou que o grupo praticasse a

    escuta da opinio do outro sem question-la de imediato caso fosse contrria a sua. Por fim,

    foi apresentada a tarefa de casa que consistiu em solicitar aos participantes que buscasse

    durante a semana conversar com pessoas da faculdade sobre a sua opinio a respeito de algum

    assunto lembrando-se de ouvir tambm a opinio do outro.

    A sesso seis do treinamento objetivou desenvolver a habilidade de resoluo de

    problemas e participaram desta, dez universitrios (P1, P2, P3, P5, P8, P13, P14, P15, P17 e

    P21). A sesso foi iniciada com a reviso da tarefa de casa da sesso sobre expor opinio e

    trs participantes (P5, P12 e P15) relataram terem cumprido a tarefa. Depois da reviso foi

    apresentado o tema da sesso e feita uma conceituao terica sobre o tema somada a o

    ensino de uma tcnica de auxilio para resolver problemas. Em seguida foi realizada uma

    atividade que objetivou treinar a resoluo de problemas com base na tcnica aprendida, em

    uma situao contextualizada na Universidade. Finalizando a sesso foi apresentada a tarefa

  • de casa que consistiu em solicitar aos participantes que buscassem praticar a tcnica de

    resoluo de problemas ao longo da semana dentro do contexto universitrio.

    A sesso sete do Treinamento objetivou desenvolver a habilidade de solicitar mudana

    de comportamento e participaram desta, dez participantes (P1, P2, P3, P8, P11, P13, P14,

    P15, P17 e P21). A sesso foi iniciada com a reviso da tarefa de casa sobre resoluo de

    problemas e um participante (P21) relatou ter cumprido a tarefa. Em seguida o tema da sesso

    foi apresentado seguido de uma fundamentao terico sobre o mesmo. Depois foi

    apresentada uma tcnica para auxiliar na solicitao de mudana de comportamento,

    denominada DESC (DEL PRETTE; DEL PRETTE, 2001), e foram expostas situaes do

    contexto universitrio para o grupo treinar tal tcnica. Aps o treino, foi realizada uma

    vivencia que consistia na dupla encenao, pelo grupo, de uma situao rotineira no contexto

    universitrio, sendo a primeira resolvida sem a tcnica ensinada e a segunda, com a tcnica.

    Finalizando a sesso foi apresentada a tarefa de casa que consistia em solicitar aos

    participantes que descrevessem duas situaes marcantes vivenciadas por eles na

    Universidade e que era necessrio uma interveno, solicitando-se mudana de

    comportamento. Aps descreverem, deveriam pensar em como deveriam ter resolvido a

    situao com base na tcnica DESC.

    A sesso oito do Treinamento objetivou desenvolver a habilidade de falar em pblico

    e participaram da sesso doze universitrios (P1, P2, P3, P5, P8, P11, P12, P13, P14, P15,

    P20, e P2). A sesso foi iniciada com a reviso da tarefa de casa sobre solicitar mudana de

    comportamentos e dois alunos (P1 e P21) relataram terem conseguido realizar a tarefa. Em

    seguida foi realizada a dinmica da Caixinha de Surpresa que objetivou levar o grupo a

    refletir sobre o medo de falar em pblico a partir do medo do desconhecido, que impede que

    as pessoas tenham novas experincias gratificantes e leva-as a imaginar as situaes a serem

    vivenciadas de forma negativa e irreal. Concluindo a reflexo foi apresentado o relato de uma

    aluna que apresentou seu trabalho para uma banca examinadora e ficou extremamente

    nervosa, alm do resultado de um levantamento realizado por um jornal ingls que apontou

    que o medo de falar em pblico apareceu como sendo maior at do que o medo da morte para

    41% das 3.000 pessoas entrevistadas na pesquisa. Depois foi perguntado ao grupo se j

    haviam prestado ateno s reaes do prprio corpo frente necessidade de falar em pblico

    e houve relatos de frio na barriga, tremor, dor na barriga, entre outros. Foi lido o texto Falar

    em pblico com dicas sobre o falar em pblico e depois iniciada a Dinmica da Aulinha

    que objetivou treinar o comportamento de falar em pblico por meio da apresentao de um

    tema escolha do universitrio na frente do grupo. Finalizando a sesso, foi apresentada a

  • tarefa de casa que consistiu em solicitar aos participantes que preparassem um breve discurso

    como se fosse o orador de sua turma de segundo grau/ da faculdade para apresentar na

    prxima sesso.

    A sesso nove do Treinamento objetivou desenvolver a habilidade de lidar com

    crticas e participaram desta, oito participantes (P1, P2, P5, P11, P12, 14, P20 E P21). A

    Sesso foi iniciada com a reviso da tarefa de casa da sesso sobre o falar em publico e

    nenhum universitrio realizou a tarefa. Em seguida foi feita a apresentao do tema por meio

    da dinmica do elogio que objetivou levar o grupo a refletir sobre o lidar com criticas e

    realizada uma explanao sobre o tema. Depois foi apresentada uma tcnica para fazer criticas

    denominada tcnica do sanduiche (SOARES; DEL PRETTE, 2013) que consiste em

    destacar algum ponto positivo do outro, fazer a crtica e encerrar a fala com algum

    apontamento positivo novamente, e propostos trs exerccios que estimularam a pratica da

    tcnica ensinada. Aps o fim dos exerccios foi realizada a vivncia sobre receber crticas, que

    consistia em um ensaio comportamental que objetivou treinar a forma mais assertiva de lidar

    com o recebimento de crticas; os alunos encenaram situaes rotineiras do contexto

    universitrio e aps a apresentao de dicas sobre o recebimento de crticas, reencenaram as

    situaes valendo-se das dicas para modelar seus comportamentos. Por fim, foi apresentada a

    tarefa de casa que consistiu em solicitar aos participantes que buscasse durante a semana, a

    lidar com as crticas que recebessem, valendo-se das dicas dadas na sesso. Eles deveriam

    descrever como foi a sua lida e trazer na prxima sesso.

    A sesso dez do treinamento foi voltada para a reaplicao dos instrumentos,

    fechamento do treinamento e confraternizao do grupo e participaram desta onze

    universitrios (P1, P3, P5, P8, P11, P12, P13, P14, P15, P20 e P21). A sesso foi iniciada com

    a reviso da tarefa de casa sobre lidar com crticas e cinco alunos (P9, P12, P14, P15 e P20)

    relataram terem conseguido realizar a tarefa. Em seguida foram reaplicados os instrumentos.

    Aps a finalizao do preenchimento dos testes, foi realizado um feedback sobre o

    Treinamento e por fim, foi feito uma confraternizao para despedida do grupo.

    3. APRECIAO DO DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES, DAS

    DIFICULDADES ENFRENTADAS E DA APURAO QUALITATIVA DO

    TREINAMENTO.

    O Treinamento em Habilidades Sociais com Universitrios foi realizado

    initerruptamente, conforme o cronograma proposto, apesar dos imprevistos que ocorreram

  • durante seu perodo de durao, como a baixa frequncia relatada na primeira sesso e a

    chuva forte que impossibilitou a presena de muitos participantes na terceira sesso. A

    durao das sesses, embora programadas para duas horas, variou de 01:30h 02:00h, devido

    ao atraso de alguns participantes. Durante as sesses foram utilizados como recursos

    materiais, computador, Datashow, Tela de Projeo, crachs, canetas e papeis. O material

    terico utilizado na sesso e as apresentaes de power point foram disponibilizadas para os

    participantes por meio de e-mail e/ou cpias entregue na sesso.

    Durante o treinamento algumas dificuldades surgiram como os atrasos citados e

    pontuais problemas tcnicos no computador. No decorrer das sesses, a principal dificuldade

    encontrada era a falta de voluntariado imediato para participar das vivncias, pois, embora o

    grupo, em geral, tenha se mostrado engajado durante o Treinamento, na maioria das vezes, era

    necessrio um empurrozinho das facilitadoras para que os universitrios participassem,

    entretanto, isso no comprometeu o Treinamento, visto que quando a vivncia iniciava a

    participao era ativa e feita de forma comprometida. Outra dificuldade enfrentada foi a no

    realizao da tarefa de casa por muitos participantes, o que pode ter evitado um reforamento

    maior do aprendido nas sesses.

    Sobre a anlise dos dados do Treinamento, a anlise quantitativa ainda ser realizada.

    Quanto a anlise qualitativa, foi identificada uma melhora no comportamento dos doze

    participantes (P1, P2, P3, P5, P8, P11, P12, P13, P14, P15, P20 e P21) que finalizaram o

    Treinamento, a partir da observao das modificaes no comportamento no decorrer das

    sesses, alm das falas e compartilhamento de experincias que os participantes vivenciaram

    de um modo mais assertivo devido ao aprendizado adquirido no Treinamento. Segue algumas

    situaes e falas que indicam os ganhos do Treinamento.

    A sesso de abordar colegas, embora tenha sido a primeira sesso com vivncia e o

    grupo ainda no se conhecer, propiciou na dinmica da entrevista uma participao ativa de

    todos os participantes ao propor uma atividade grupal onde a exposio individual era

    minimizada deixando os universitrios vontade para participarem sem se expor muito e

    levando-os a alcanar o objetivo de vivenciar a abordagem de colegas. Em relao reviso

    da tarefa de casa desta sesso, foi relatada por P20 que a mesma foi colocada em prtica

    imediatamente aps o trmino da sesso quando a universitria abordou uma colega de

    treinamento para ir junto com ela at o metr e durante o caminho mantiveram uma conversa,

    P12 tambm comentou que realizou a tarefa ao abordar uma estudante que j havia visto

    antes, dentro do nibus a caminho da universidade, e mantiveram uma conversa at o destino

  • final. Esta duas experincias relatadas mostram que o comportamento pode ser modificado a

    partir de uma deciso por parte do indivduo de modific-lo.

    Na sesso de expressar sentimentos, aps a leitura de um texto sobre a expresso de

    sentimentos e sua relao com proximidade/ distanciamento, quatro participantes (P11, P12,

    P20 e P21) comentaram suas reflexes sobre o tema. P11 disse que necessrio se afastar s

    vezes para entender melhor os fatos e chegar a uma soluo adequada e praticvel e P12

    comentou que H limite de espao entre as pessoas, as reflexes mostraram que o expressar

    sentimentos influenciado pelo tipo de relao que exercido entre duas pessoas e que o

    refletir sobre um tema pode gerar mudanas no comportamento como mostrou P1, que

    embora se destacasse como a participante mais tmida do grupo, a partir do aprendizado desta

    sesso, compartilhou na sesso posterior que conseguiu realizar a tarefa de casa expressando

    sentimento de gratido e alegria diante a uma festa surpresa que ganhou.

    A adaptao da vivncia pea o que quiser feita na sesso sobre fazer e recusar

    pedidos, foi muito proveitosa, todos os participantes do treinamento se empenharam de forma

    ativa em sua realizao e houve dedicao no momento em que fizeram a atuao das

    situaes comuns no contexto universitrio que envolvia a recusa. Os pedidos apresentados

    exemplificaram de forma bastante real o que acontece no dia-a-dia dos universitrios o que foi

    muito vlido para o treinamento do comportamento assertivo em relao ao no. Um dos

    bons exemplos que surgiram foi feito por P8 antes do feriado que antecede a prova. Voc

    pode me emprestar o seu caderno?, P21 respondeu Na verdade eu tambm vou aproveitar o

    feriado para estudar utilizando as minhas notas, se voc quiser eu te empresto agora para voc

    tirar xerox.. Todos os participantes concordaram que a resposta foi assertiva, pois P21 no

    deixou P8 levar seu caderno para casa, negando o pedido, mas conseguiu ajuda-la de outra

    forma.

    Na sesso sobre expor opinio, a dinmica da entrevista mostrou aos participantes a

    importncia de escutar o outro e propiciou que eles vivenciassem esta escuta sem poder

    comenta-la durante a vivncia. Em seus relatos posteriores, foram compartilhados sentimentos

    e contado experincias sobre esta questo. Os participantes explicitaram que se sentiram

    frustrados por no poder discordar da opinio alheia e P12 compartilhou uma experincia em

    que durante uma conversa com um amigo, ele no lhe deu a oportunidade de discordar de sua

    opinio, aumentando o tom de voz e a interrompendo, P12 acabou finalizando a conversa e

    ficando com raiva por no ter podido expressar-se. Esta experincia mostrou como difcil,

    mas necessrio ouvir e respeitar a opinio do outro e a fala de P12 corrobora isso, mostrando

    que quando no temos a oportunidade de nos colocar, ficamos com raiva, ento, assim como

  • queremos respeito dos outros em relao a nossas opinies, a reciproca tambm verdadeira.

    Na tarefa de casa sobre expor opinio, P15 relatou que ao conversar com uma mestranda

    sobre um assunto que discordavam, lembrou-se da tarefa de casa e resolveu arriscar faze-la,

    assim, discordou de uma opinio contraria a sua sentindo-se bem por isso. P15 relata ainda

    que ficou surpreendida com a cordialidade com que sua discordncia foi acolhida. Sua

    experincia mostrou que a deciso mudana de comportamento parte da pessoa e que

    comportamentos assertivos podem gerar um bem-estar pessoal.

    Na sesso de resoluo de problemas, aps a diviso do grupo em dois, foi proposta

    uma atividade em que um problema deveria ser solucionado com base na tcnica de resoluo

    de problemas ensinada. Ambos os grupos conseguiram resolver o problema de forma

    assertiva, mas diferente, aprendendo que a soluo nem sempre a mesma, pois as pessoas

    tm suas subjetividades, mais o importante que a resoluo seja feita de forma assertiva.

    Na sesso de solicitar mudana de comportamento, durante o treino da tcnica DESC,

    P15 treinou solicitar mudana de comportamento para uma colega que no estava fazendo sua

    parte no trabalho em grupo, faltando s reunies. P15 fez a solicitao da seguinte maneira:

    Estou verificando que voc anda faltando muito s reunies e estou ficando preocupada e

    ansiosa com essa situao, gostaria de saber se o horrio est vivel, se no, marcamos outro

    dia, afinal o trabalho do grupo e a apresentao vai ficar melhor se voc vier s reunies

    Embora a solicitao de mudana de comportamento foi tmida, a participante conseguiu

    aplicar a tcnica, que foi descrita no fim da sesso como aplicvel e til, mostrando que as

    tcnicas do Treinamento podem colaborar de forma real para a melhoria dos comportamentos,

    visto que so fceis e funcionais.

    Na sesso de falar em pblico durante a dinmica da aulinha, os participantes puderam

    vivenciar a experincia de falar em publico e avaliar as sensaes que enfrentam neste

    momento. P14 falou sobre os bairros da Zona Norte da cidade do Rio de Janeiro e comentou

    que inicialmente ficou nervoso, mas depois foi tranquilizando. P20 falou sobre um filme,

    assim como todos os outros participantes a partir dela fizeram, e relatou frio na barriga. P8

    comentou que conforme sua vez de falar ia chegando, o nervosismo aumentava porem quando

    comeou a falar o mesmo foi minimizado. P21 relatou que suas pernas tremiam quando

    levantou para falar para o grupo. P1 ficou visivelmente nervosa ao comear seu relato sobre

    um filme, contou o mesmo em um tom de voz baixo e esqueceu parte dele, disse que deu

    branco. Por ltimo, P12 tambm comentou um nervosismo inicial que foi minimizado no

    decorrer de sua narrao, comentou ter sentido falta de anotaes e ter tido dificuldade de

    olhar para a plateia. Esta vivncia, talvez tenha sido a que trouxe de forma mais real a

  • dificuldade em relao habilidade, de forma a deixar os participantes mais cientes do que se

    passa com eles quando precisam falar em pblico e tomando esta cincia, poderem buscar

    modificar o comportamento tendo em vista o trabalho realizado na sesso.

    A tarefa de casa da sesso lidar com crticas mostrou que a tcnica do sanduche

    (SOARES; DEL PRETTE, 2013) ensinada foi de grande serventia para alguns participantes

    que utilizaram a mesma durante a semana tanto em brincadeiras entre amigos, conforme

    contado por P20 e P12, como em situaes reais do contexto acadmico, conforme relatado

    por P5 e P12 e por fim, na vida pessoal, como comentado por P14 e P15.

    Na ltima sesso do Treinamento, durante o feedback, o grupo foi unanime em relao

    ao impacto positivo do mesmo em seus comportamentos. As sesses falar em pblico e lidar

    com crticas foram as mais citadas como quelas que contriburam para a melhoria de seus

    comportamentos, tornando-os mais assertivos, visto que abrangeram habilidades que

    consideravam como sendo mais difceis. As sesses de resoluo de problemas e de expor

    opinies tambm foram mencionadas como uteis. As outras sesses, embora no destacadas

    individualmente foram identificadas como proveitosas, pois, segundo os participantes, durante

    todo o Treinamento houve aprendizado. P15 destacou a cumplicidade do grupo como um

    facilitador do Treinamento e P20, o ambiente acolhedor e sem julgamentos. Os participantes

    que buscaram fazer as tarefas de casa e participar de forma mais ativa no treinamento

    demonstraram uma melhoria mais significativa do que os que ficaram mais passivos.

    4. CONSIDERAES FINAIS

    A experincia de estgio foi de extrema importncia para a vida acadmica das

    estagirias, agregando prtica teoria aprendida e enriquecendo as alunas no s no contexto

    estudantil, mas profissional e pessoal tambm. O Treinamento no alcanou todos os seus

    objetivos com todos os participantes, mas gerou mudanas positivas no comportamento de

    muitos. Alm disso, cumpriu seu papel como ferramenta da psicologia de apresentar para os

    universitrios a possibilidade de refletir sobre seu comportamento e a partir disso decidir o

    que fazer com o produto da reflexo, com maior instrumentao terica e prtica para realizar

    a mudana de seus comportamentos.

    Com o Treinamento em Habilidades Sociais e suas consequncias positivas nos alunos

    participantes, fica a reflexo sobre a atividade do psiclogo e de sua capacidade de influenciar

    a vida de seus pacientes. A responsabilidade do profissional de psicologia deve ser

    fundamentada no possvel impacto causado no outro e na conscincia de que este impacto

  • depende de sua atuao, de seu comprometimento e busca continua por um melhor

    desempenho profissional.

    5. APRESENTAO DO LOCAL E CONDIES NAS QUAIS O ESTGIO

    OCORREU

    O estgio curricular sobre Treinamento em Habilidades Sociais foi realizado no

    Instituto de Psicologia de uma universidade pblica do estado do Rio de Janeiro. Iniciaram o

    estgio seis estagirias e concluram o mesmo, quatro. O estgio teve durao de trs

    semestres, a saber, primeiro e segundo semestre de 2013 e primeiro semestre de 2014. Nos

    dois primeiros semestres houve reunies semanais de superviso em uma sala do SPA

    (Servio se Psicologia Aplicada) da universidade e no terceiro semestre, quando o

    Treinamento foi colocado em prtica, alm da reunio semanal de superviso, mais um dia foi

    disponibilizado para a aplicao das sesses, que aconteceram em um pequeno auditrio

    disponibilizado pela universidade. O auditrio era um ambiente refrigerado, com cadeiras

    confortveis e contava com um computador, um Datashow e uma tela de projeo. As

    supervises aconteciam semanalmente e regularmente para ajustar as sesses a serem

    realizadas e para relatar o ocorrido nas sesses realizadas.

  • REFERNCIAS

    ALMEIDA, Leandro S.; FERREIRA, Joaquim Armando G.; SOARES, Ana Paula

    Questionrio de vivncias acadmicas: construo e validao de uma verso reduzida

    (QVA-r). Revista Portuguesa de Pedagogia, v. 33, n. 3, 1999. Disponvel em:

    http://hdl.handle.net/1822/12080. Acesso em: 29 mai, 2014.

    BANDEIRA, Marina et al. Qualidades psicomtricas do Inventrio de Habilidades

    Sociais (IHS): estudo sobre a estabilidade temporal e a validade concomitante. Estudos de

    Psicologia, v. 5, n. 2, 2000.

    Disponvel em: Acesso em: 15 jun.,

    2014

    BANDEIRA, Marina; QUAGLIA, Maria Amlia Csari. Habilidades sociais de estudantes

    universitrios: identificao de situaes sociais significativas. Interao psicol, v. 9, n. 1,

    2005. Disponvel em:

    Acesso em: 15 abr.,

    2014.

    BOLSONI-SILVA, Alessandra Turini, et al. Avaliao de um treinamento de habilidades

    sociais (THS) com universitrios e recm-formados. Interao Psicologia, Curitiba, v. 13 n

    2, 2009. Disponvel em:

    . Acesso

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