Prêmio Literário Valdeck Ameida de Jesus - rl.art.br · Thais Brasil Coelho Ilusão 36 ... O que...

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Prêmio Literário Valdeck Ameida de Jesus 3RHVLD

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Prêmio Literário

Valdeck Ameida de Jesus

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Adriano Martins Guimarães Conspiração temporal 5 Alana Marques da Silva Sedução 6 Alex Santos Bandeira Barra Mini-saia na faculdade 7 Camila Loureiro Marinho Barbosa

A poeta 8

Carlos Augusto Sousa Borges Eu vi o menino correndo 9 Catarina de Freitas Barbosa Talvez eu queira... entender 10 Elinaldo Pereira Nascimento O medo 11 Fábio Alves Peres Negrão Minha prisão é a solidão 12 Francisco José Sobreira de Matos

Sem título 13

Gilson Pinheiro Pereira O vento 14 Goretti de Freitas Oliveira (Maria)

Liberdade 15

Graziela Moró de Oliveira Sonho 16 Ivanildo Neder Lemos ...se de mim 17 Jeanine Berbel O real 18 Letícia Teixeira Rocha Cores do céu 19 Luciana Marcelino O mundo das caixas 20 Márcia Soares de Souza Alguém 21 Márcia Tatiana Dieter Criança 22 Maria Ângela Manzi da Silva A espera 23 Neide Akie Toma Meu pequeno guerreiro 24 Poeta Rezende Soneto em prol do amor 25 Raquel Luiza da Silva Necrópole 26 Rejane Guimarães Amarante Até breve! 27 Rodrigo César Vulcano dos Santos

Casmurro 28

Rodrigo Rocha Pita Eu recito poesia 29 Ronaldo da Mota Vieira (...) 30 Roseli Princhatti Arruda Nuzzi Anjo 31 Sandro Kretus Almas gêmeas 32 Shirlei Antonia Dias do Nascimento

Reflexão 33

Silemar Medeiros Rosado Quando eu morrer 34 Taiane Caroline Cruz Aquela sepultura 35 Thais Brasil Coelho Ilusão 36 Thiago Mattos de Oliveira A grande esperança 37 Tibor Elias Szabó Iossi O abraço 38 Valmir Luis Saldanha da Silva Lua nova 39 Vanessa Rodrigues Piedade Soneto da saudade eterna 40 Currículo do organizador 41 Regulamento do concurso 51

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Conspiração temporal Não vejo, não sinto, não percebo Tudo não passa de grande ilusão Deixas da sorte, queixas de morte Dores amenizadas pela solidão. Porque a comunhão, A comunhão machuca É pedra sublime que esmaga o peito Aperta o corpo contra a terra torta Tentando a torta ‘enrretar’ o medo. Mastiga o vento, e folhas secas voam Investe a chuva, e a solidão se afoga É a sublime melodia alegre No limiar de sua melancolia Abram alas para o espasmo Vira-volta tomba o tempo Mata o corpo de saudade Joga a idéia contra o vento Num sussurro de saudade Mato o tempo, torno-o lento. Adriano Martins Guimarães é natural de Goiânia. O escritor teve muita dificuldade na escola, mas obtivera dela grande paixão pela escrita, vindo mais tarde, já aos dezenove anos a despertar verdadeiro amor pela literatura. No ano de 2003 formou-se em Filosofia pela Universidade Católica de Goiás. Em 2008 publicou seu primeiro texto sobre Machado de Assis no Concurso promovido pela ABL com a Folha Dirigida.

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Sedução Mas porque você me olha assim, tão triste, Com jeito de quem quer escrever poesias? Porque você, lua, tão serena, Quer entender a minha confusão? Sempre, solitariamente, mas sempre, Age como se vivesse os dias E distribui o brilho alheio aos sedentos Aos carentes, aos tantos como eu. E porque você é doçura aos olhos dos amantes E canção para as almas aflitas. Não tente me hipnotizar, lua, você não precisa de mim. Só precisa do mesmo que eu. Alana Marques da Silva é baiana radicada em Pernambuco, estudante de direito. Gosta de ler, escrever e tocar. Poesias publicadas em “Prosa e Poesia de Verão – Antologia” (3º lugar) e “Prêmio Literário Valdeck Almeida de Jesus 2008”.

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Mini-saia na faculdade Tudo hoje está mudando Com moça andando pelada E os 'homem' se digladiando Na escola que está enrolada A mulher tava mostrando O que Deus presenteou Como foi ela indo andando Por pouco não se ferrou Veio grupo das 'mulher' Com o tal do preconceito Para meter a colher E negar qualquer preceito E cadê regra e moral Se tudo pode mostrar Escancara-se o sexual E isso é maneira normal? Bater e querer linchar Está pra amedrontador Se não se pode expulsar Onde fica então o reitor? Alex Santos Bandeira Barra é cronista e cordelista. Escreve roteiros de cinema e está se dedicando à escrita de músicas e futuramente peças teatrais. É psicólogo, psicanalista. Mestrado em educação, profissionalmente trabalha como psicólogo clínico e escolar e professor universitário. Tem livros no prelo de literatura de cordel. Escreve no site www.recantodasletras.com.br e no jornal O Mercadão, de Inhumas-GO.

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A Poeta A alma corria nua com a viva lucidez de quem livre flutua... Sentia a sonora embriaguez da tenra e branca imensidão, em luminosos devaneios sãos. Eis a luta pela palavra crua, plácido encanto que situa... O corpo sorri para insensatez, a julgar-se feliz... Talvez! O verso volúvel se insinua, ânsia eufórica de criação que minha pena cultua. Pare-se a rima! Uma explosão! A sina exaurida da poeta continua... Camila Loureiro Marinho Barbosa se autodenomina assim: para cada "A", uma mistura explosiva, do arrebatamento de Nastenka, em Noites Brancas, do russo barbudo literata ("e em minha casa livre e altivamente entra como dona"), com a ardência angustiada de vida de Xerazade, nas suas Mil e Uma Noites. Ou, apenas, intuitivamente, conforme Roland Barthes: "nenhum poder, um pouquinho de saber e o máximo possível de sabor". Mas sempre, sempre... Uma alma borboleta, em busca do vôo ideal, seduzindo do alto, admirando de longe...

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Eu vi o menino correndo Menino retado Rian menino travesso Vi seus primeiros passos Ele correndo por toda casa Entrando debaixo da mesa Pra derrubar as garrafas de Pet Não para de traquinar Só quando vai dormir Criança levada da Breca Criança de signo forte Do sol e do vento Rian criança esperança Todo menino é um rei! Todo menino é um rei! Todo menino é um rei! Carlos Augusto Sousa Borges participou da oficina literária de cordel e oficina de xilogravura. Integrou o 9º concurso SESI de poesia 2007, ficando entre os treze finalistas e IV workshop de elaboração de projetos culturais, pela Fundação Cultural do Estado da Bahia.

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Talvez eu queira... Entender Cada dia que passa eu entendo tudo Mas sem querer entendo nada Não custa perceber a verdade por um momento Mas cada dia para mim se torna uma eternidade. Na minha ilusão de não entender o que eu entendo Já sei e não quero perceber O que a muito tempo já entendi sobre a vida, sobre mim, sobre tudo que já vivi. Tudo é tão banal ... Não entendo mas finjo entender cada palavra, cada gesto seu.... Mas no fundo não entendo Talvez eu queira... Mas me desligo no meu infinito mundo sem sentido. E acabo não entendendo o que já entendi a muito tempo. Catarina de Freitas Barbosa é soteropolitana, baiana, estudante de graduação do curso de Biblioteconomia e Documentação da Universidade Federal da Bahia. Começou a versar aos 12 anos de idade através do contato com as poesias de sua mãe Rita, dona de casa, artesã e mãe por inteiro. Apaixonada pela informação sabe que a poesia é uma grande fonte de conhecimento para as futuras gerações.

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O medo: São três espelhos côncavos no norte. Cavalo árabe em fúria escura. A tua imagem entrevada, de trovoada quebrando entre os meus seios. (Do excerto – “Movimentos da Loucura — parte I;”)

Elinaldo Pereira Nascimento é natural de Salvador, onde vive. É músico, ator e escritor. Tem em maioria, suas obras inspiradas no primitivo humano, no mitológico, e na literatura oriental. Atualmente faz o curso de graduação em Licenciatura em Teatro pela Universidade Federal da Bahia.

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Minha prisão é a solidão Eu estou me sentindo imerso nesta solidão Que me invade o peito e me faz doer o coração. A prisão que desola a minh’alma E me afasta dos momentos de calma. A vida de uma pessoa realizadora É cheia de riquezas e duradoura Mas será que há com quem compartilhar? Se houver ninguém, de nada vai adiantar. A vida de alguém solitário É como padecer de dor em um calvário Tudo o que faz não tem sentido Porque não teve ninguém com quem tudo fosse dividido. Preferiria abrir mão de tudo para ter alguém Pois do que me adianta tudo se não tenho ninguém. Livre desta solidão, minha vida seria Muito mais cheia de alegria. Com certeza, eu poderia aproveitar melhor a minha juventude E regozijar os seus desejos em toda a sua plenitude. Quando eu fecho os meus olhos só por um momento Até parece que consigo sentir algum alento. Fábio Alves Peres Negrão é natural de Guarulhos-SP, mas reside na capital. Escreve desde os 16 anos. Tem a poesia como uma realização pessoal para imortalizar os momentos mais importantes. Embora nos últimos anos tenha dedicado quase que todo o tempo para a carreira profissional da área da Tecnologia da Informação, gosta ainda de sentar e escrever.

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Sem título Se quiser atingir o mundo Buscando o sentido do viver Voe rápido como um raio Mas voe para dentro de você O bem e o mal lhe virão Na contramão de algo ficarás Na calma de um pesar Continue sempre na contramão O caminho você escolhe Escolha efetiva a opção Voe rápido como um raio Mas voe em sua direção E no caos terrível de tudo Descubra sua trajetória no mundo E ame sem limites O que realmente tiver que amar. Francisco José Sobreira de Matos é natural Juazeiro do Norte-CE. Poeta e estudante de filosofia na Universidade Federal do Pernambuco-UFPE.

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O vento Suave é o vento O vento que passa Que passa tocando O corpo e se vai. Suave é o vento O vento menino Menino brincando Querendo sorrir. Suave é o vento O vento feliz Feliz por ser livre Por ser livre e viver. Suave é o vento O vento do mar Do mar o caminho Trazendo a paz. Suave é o vento O vento no céu No céu as estrelas Que ouvem o seu cantar. Suave é o vento O vento veloz Veloz porque tem pressa De visitar corações. Gilson Pinheiro Pereira é natural de Serrinha-BA. Estudou no Conservatório de Música de Sergipe o curso de Técnica Vocal; na Escola Municipal de Artes fez oficina de Canto. Amante da música e da poesia, compõe e escreve desde 1990. Como tenor participou do coral da Universidade Federal de Sergipe e do coro do Tribunal de Justiça de Sergipe. Participou do XI Concurso de Poesias Arcádia Literária Estudantil do Colégio Atheneu Sergipense, classificado em 4º lugar. Cursa o 10º período de Pedagogia Licenciatura na Universidade Federal de Sergipe.

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Liberdade Sonhei azul A cor dos sonhos mais lindos. Morri de amor, Mandei flores, Roubei beijos, Usei a cor da flor Enchi de cor a vida. Matizei o vinho Com papoulas vermelhas, Fiz um mundo mais vibrante. Criei asas, Voei vermelho Com pássaros e borboletas, Fotografei em cores Em preto e branco Fotografei tudo. Vi além da montanha. Além mar, Viver é sonhar. Goretti de Freitas, nome literário de Maria Goretti de Freitas Oliveira, autora do livro “Contos Interioranos”, lançado em outubro de 2008, participa do Clube dos e Escritores de Ipatinga - CLESI. Tem alguns poemas publicados em livros da série Poesia de Bolso, do CLESI.

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Sonho Na sala vazia o toque do relógio anunciando a chegada das 11 horas... Durmo e não consigo, sonho, mas não contigo. Minha alma voa, vagueia na escuridão e te busca desesperadamente, pois logo a luz chegará e me levará de novo ao corpo doente de um amor que se perdeu numa viagem sem volta... Meus olhos ofuscam e te vejo chegando... Tua sombra me invade... E no ápice do reencontro a luz chega e te leva... Acordo sozinha no mesmo sofá que me acolheu. No relógio... a música das 7... Graziela Moró de Oliveira é natural de Carazinho-RS, morou em Guassupi (distrito de Júlio de Castilhos), Tupanciretã, Marcelino Ramos, Erechim e Santa Bárbara do Sul, onde reside atualmente. É professora de educação infantil e de séries iniciais do ensino fundamental. Escreve por puro prazer.

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... Se de mim O que se de mim Se de mim nada viesse Se de mim não aquiesce Se de mim apenas fizesse Sede em mim não estivesse Se pensar, se de mim não floresce? O que se de mim Se de mim algo quisesse Se de mim a vontade propuseste Se de mim tudo favorece Se de mim o pensar não empobrece Se de mim a poesia acontece? O que se de mim? Ivanildo Neder Lemos é natural de Caraguatatuba, litoral norte do estado de São Paulo. Reside em Taubaté, região do Vale do Paraíba. Trabalha como auxiliar de enfermagem há 13 anos e tem trajetória acadêmica em filosofia, pela faculdade Dehoniana. Começou a escrever poesias, ou ensaios, como prefere chamar, desde maio de 2009 e está gostando desse novo exercício.

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O real O que é real? Vivemos sonhos ou fazemos realidade? Qual será nossa verdade? A de dormir ou a de acordar? O que é real? O caminho ou o destino? A vivacidade da ilusão Ou a entorpecida vigília? O que parece real talvez seja quimera, utopia. A realidade pode parecer... E ser fantasia. O que é real? A visão particular ou o inconsciente coletivo? Há dias claros com ares de noites escuras. Verdades podem ser duvidosas... Ou mentirosas, obtusas. Quantas vezes desejamos que o vivido seja sonho?! Quantas vezes desejamos que sonhos sejam reais?! Quantas vezes desejamos que tudo seja mentira?! O que é real? A morte atestada ou a vida interrogada? O ser prisioneiro ou a essência livre, O corpo passageiro ou a alma eterna? Quantos vivos estarão mortos, Quantos mortos estarão vivos? O que é real? Quando estamos realmente acordados? Aqui ou do outro lado? Jeanine Berbel é londrinense, 45 anos, médica pela Universidade Estadual de Londrina, atuante nas áreas de nutrologia e psicossomática. Escritora “desde sempre”, já tendo composto a Casa do Poeta de Londrina – associada à Academia de Ciências e Letras. “Alguém realizando seus sonhos”!

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Cores do céu O que eu posso fazer Se este céu acima de mim São tantas coisas que me fazem crer Que não é azul e sim carmim. Se um dia for vermelho Creio eu, realmente, que não Mas será do sangue da guerra Ou do pulsar do meu coração? Todavia amarelo fosse Banhado de grandes riquezas. Preto e branco como o ser humano Afinco em desejos, pecados e fraquezas. Não sozinho, envolto em bravura Poderia, cor de prata, ele ser Cor de flechas, espadas, armaduras Pra qualquer batalha vencer. Mas azul com certeza ele é Cor que reflete dia e noite no mar Esplendoroso calmante, consigno apaixonante Que no escuro envolve o luar. Letícia Teixeira Rocha é amante da literatura, teatro e artes plásticas; Participou de vários recitais de poesia e eventos multiculturais: Uma Noite na Taverna e o Mistureba, no Sesc São Gonçalo; o Mostraí, no Sesc Niterói; e Paiol Cultural, realizado por estudantes da UFF. Liderou oficinas de poesia e literatura no Turbilhão às Avessas e Fórum das Juventudes, no Sesc Niterói e no Sesc São Gonçalo. Ganhou o 1° lugar (categoria estudantil-2007) e o 3° lugar (categoria geral-2008) no concurso de poesia das FAMATH.

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O mundo das caixas Eu tenho uma caixa, que chamam casa Dentro dela, tenho infinitas outras caixas, se saio da minha própria caixa, vejo prédios de outras caixas, próprias ou alugadas não importa, é tudo caixa porque todos precisam se encaixar por isso, os homens vivem a encaixotar não só aquela caixa do supermercado mas todo o mundo de caixas que há E no final da vida, nosso último encaixar agora sim, um grande caixão. Luciana Marcelino é natural do interior de Santa Catarina, mudou-se para a capital com apenas 17 anos para estudar na Universidade Federal de Santa Catarina, no curso de Engenharia Sanitária e Ambiental. Amante da literatura desde os 10 anos, começou a escrever poemas e contos com 20 anos. Está terminando o curso de engenharia e pretende cursar Letras com português, com o objetivo de seguir carreira literária.

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Alguém Alguém chora, canta e ri. Anda pelas ruas a procura de nada e a procura de si. Alguém que não sabe partir, não sabe voltar, que não sabe o caminho porque não sabe andar. Alguém que pensa, nega, decide, morre. Alguém que torce pra tudo dar certo. Alguém enlouquece. Envelhece. Despe sua alma num canto. Às vezes, como neste instante, Alguém cala. Vive. Move. Ama. Márcia Soares de Souza possui graduação em Letras pela UnB (1987). Tem poema publicado na antologia do Concurso Raimundo Correa e na antologia do I Prêmio Canon de Poesia (2008). Seu nome é verbete no "Dicionário de Escritores de Brasília" de Napoleão Valadares (André Quicé editor). Atua como servidora federal no Judiciário.

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Criança Olhos iluminados. Coração puro e agitado. Nunca a vejo parar. Corre para um lado, pula para o outro. Eta, criança faceira! Se pudesse permaneceria assim a vida inteira. Infância... fase saborosa que passa... Aproveita-a agora!! Brinca, corre, dorme... Dorme, brinca e corre... Só você pequena criança, Consegue ser assim, tão artista Nesse mundo Onde há tanta cobiça. Márcia Tatiana Dieter é natural de Santo Ângelo-RS. Professora graduada em letras-literatura pela UNISINOS. Escritora com dois livros infanto-juvenis lançados, contadora de histórias. Desenvolve projetos de incentivo à leitura com crianças, jovens e adultos.

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A espera Alma pungente e dorida Caminha pelas ruas, dispersa, sem rumo, À procura de alguém. Sabe onde quer chegar, Mas não sabe como encontrar. Muitas pêras, poucos ganhos, Tantos sonhos destruídos... Nada espera, senão um aceno, um sorriso, um olhar. Um ombro amigo, uma palavra, um elogio, Alguém para conversar. Não quer vender seu carinho, Nem pagar para ter amor. Segue noite adentro cabisbaixa, já cansada. Percorre as ruas escuras, sem ânimo até para voltar. No anseio da longa espera, em lágrimas sofridas, O pranto frio se esvai. Mas, tem esperança, ainda. Um grande amor há de chegar. E o amará como jamais amou ninguém... Flor-de-lis Maria Angela Manzi da Silva é natural de Americana-SP, e desde 1969 reside em Campinas-SP. É funcionária pública estadual e revisora de vernáculo, sendo ferrenha defensora do idioma português. Sempre gostou de escrever e, aos poucos, tateando ainda, vai se aventurando pelo mundo literário.

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Meu pequeno guerreiro Inicia o inverno Desdobra o cuidado O menino desbrava o destino Quer a vida em todos os sentidos Luta diariamente em cada segundo Os olhos falam de um despertar solidário Criança meiga que nos encanta magneticamente A vontade de acender a chama da pequena fada Aquele sorriso tipicamente nordestino Que magia nos toca Sensível na aparência e forte nas emoções Não derrama uma lágrima sequer Nem chora a presença dos seus entes queridos Que prova de coragem Que ato de bravura Que doce prova de que a vida faz sentido Em sua pequena existência sabe preservar sua capacidade de amar E de tornar a vida menos amarga Viva a vida, meu bom menino Traz dentro de si toda energia de todo povo baiano. Neide Akie Toma é iniciante na escrita de poesias. Formada em Farmácia, mas não atuante, participa de diversos concursos literários e é detentora de dois prêmios, 6º e 3º lugares respectivamente no III e IV Concurso Internacional de Poesia da Biblioteca Adir Gigliotti de Campinas-SP.

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Soneto em prol do amor Que os teus olhos não falem, apenas sintam ... o amor, e hei de ver encanto em teu riso E em face do meu único propósito Apenas ser e existir a ti amor! E em águas nunca velejáveis Seus olhos ao luar me aprisionam Em vão da primeira e absoluta ação Fez se inspiração em teu nome no meu coração. Que os meus pensamentos enfim brilhem ... na selva dos teus olhos castanhos E faça alvorecer o amor continuo De tudo, que os passos não se curvem. E o caminho da esperança floresça E em prol da vida, eu possa te amar! Poeta Rezende, 18 anos, atualmente reside em Frutal-MG. Jovem poeta seguidor de Vinicius de Moraes, atualmente trabalha em prol do sonho de lançar seu primeiro livro chamado Metade.

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Necrópole De longe vejo o cortejo fúnebre, as pessoas que conduzem o esquife não têm rosto, parecem seres abstratos, ilusão de ótica, não se ouve vozes nem sequer passos. Eu continuo aqui parada, vendo-os se aproximarem trazendo o esquife. A luz do sol me cega, porém posso vê-los por entre os raios fulgurantes, o vento não lhes move os cabelos, estão de capuz, as mãos estão cobertas e cobrem lhes também os pés as vestes pretas. Eu continuo aqui parada, vendo-os se aproximarem, trazendo o esquife. Não se olham, não se tocam, seguem instintivamente, parecem fazerem o caminho, parecem serem o caminho. Eu continuo aqui parada, vendo-os se aproximarem trazendo o esquife. Passam, não me olham nos olhos, não têm olhos! Posso ver o esquife, a matéria inorgânica que jaz coberta pelos negros véus, fico perplexa. E eu continuo aqui parada enquanto eles passam. Eram meus sonhos, os quais abortei ao longo da vida, por covardia, vergonha, orgulho, Falta de fé..., agora estavam ali nos ombros dos negros medos naquele esquife. E eles alheios à minha dor, seguem levando os meus sonhos que nem chegaram a nascer para serem sepultados na necrópole do esquecimento. Raquel Luiza da Silva é natural de Gouveia-MG. Trabalha como radialista na rádio local. Vê a literatura como vínculo entre os povos, unindo-os em torno de objetivos, a busca pelo conhecimento e partilha de experiências.

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Até breve! Folheando um livro de manhã Encontrei um envelope amarelado Dentro, havia uma carta Notícias do passado Era de uma amiga do colégio Ela queria saber sobre a formatura Desempregada, comemoro vinte anos de formada A doce amiga mandava Uma receita contra espinhas Problema resolvido: só tenho rugas Ela estava tão preocupada Com nosso futuro Queria marcar um encontro Para dez anos depois Ou seja, se tivesse acontecido, Seria há dez anos atrás Numa caligrafia perfeita Terminava com frases afetuosas E a última delas tocou fundo “Até breve!” Rejane Guimarães Amarante é escritora. Já participou das antologias: “O Sonho”, “Novos Talentos da Literatura”, “ O Amor”, “Pérgula Literária 4” e “Livro de Poesias 2009”.

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Casmurro Oh! flor do céu! oh! flor cândida e pura! Num trabalho artesanal, Mãos, formão e coração, Falham. Sobras, arestas. Faltam espaços. Querias um soneto, Não pude dar-te. Ficas com este miolo, É pouco, porem sincero! Se a forma Não Agrada, Esquece. Não julgue, Deixa ficar assim, Apenas o gosto da primeira impressão. Veja o gotejar em minha testa, O falso movimento de minhas mãos Envergonhadas e aflitas. O silêncio cortante Não basta para minhas eternas interrogações: Perde-se a vida, ganha-se a batalha! Rodrigo César Vulcano dos Santos é autor do livro “A Alma do Pensamento” lançado pela Editora Leitura (MG) em 2005. Representou Araraquara no Mapa Cultural Paulista 2005 na categoria Poesia. Integra a “Associação dos Escritores de Araraquara” e participou da Coletânea “Os Poetas se Encontraram” (2007). Em parceria com o fotógrafo Daniel Barreto, fez os textos da exposição “Dois Olhares Sobre o Mesmo Tema” que esteve no SESC Birigui, FACIRA 2006, Casa da Cultura de Araraquara e Projeto KRUPA.

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Eu Recito Poesia Eu recito poesia Recito porque posso me expressar Recito porque posso protestar Recito porque posso tirar de mim Toda expressão provinda dos meus Profundos sentimentos Choro, alegria, ira Tempestade, ventos, calmaria Recito para declarar meu amor Recito para expulsar minha dor Recito para agradar E até mesmo para incomodar Aqueles que a minha poesia pretende alcançar Recito para dizer ao mundo: Ali estive, aqui estou! Eu recito poesia Para dizer que a vida não é vazia Para quem não goste de ler Ao menos goste de ouvir Para sentir e transmitir O que há nas letras E o que há em mim O que há na terra E o que há no mar O que há nas florestas E o que a no AR Eu recito poesia porque me chamo 100% Calabar Rodrigo Rocha Pita é estudante de Administração. Coordenador da Biblioteca Comunitária do Calabar e Presidente da Associação Ideologia Calabar.

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(...) Hoje compreendo a falta e tudo o que vem com ela, Compreendo o excesso e o tudo que imaginava, Só não compreendo a realidade E sua terna dureza. A incompreensão que prende a todos... Isso é inexplicável! Tanto quanto a insensibilidade geral Degenerativa e cruel – Cruelmente, humanamente... Daria tudo pela fórmula mágica... Aquela que todos desejam, Que acreditam ser a chave de tudo, De todo problema humano, mundano... Sei lá? Realmente os objetivos falhos É que enlevam os ideais aos olhos; E os tolos os abraçam; e vivem por eles, E morrem por eles. Ronaldo da Mota Vieira é escritor e poeta de São Paulo. Já participou de diversas antologias e concursos literários pelo país. É autor de diversos livros em prosa e poesia, tendo publicado em 2002 “Do portal aos sonhos” – Infanto-juvenil – pela Scortecci editora; e em 2009 “Essência de tudo” – Poesia – pela Meireles editorial.

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Anjo Você surgiu, branco como o marfim, me segurou em seus braços, cuidou de mim, me levou às alturas, me deixou mais segura, mas como um passe de mágica, você voou,voou,voou mais alto e só deixou asas em mim. Roseli Princhatti Arruda Nuzzi atua como Professora de Português e Inglês, Psicopedagoga, Pedagoga e Escritora com alguns Contos, Crônicas e Poesias publicadas em Antologias. Escrever é uma arte, e faz parte da magia, fantasia e imaginação.

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Almas gêmeas Amo-te tanto, que para descrever tal sentimento Sou capaz de traduzir a palavra mais bela que existe Só para ficar gravado por um único momento Dentro do teu coração como um pavão que se exibe E qual palavra seria mais bonita que a palavra dos anjos? Pois lhe digo, amada minha, não há palavra mais bonita Veja aqui tudo que restou ao longo desses anos Quando traçamos nossos destinos em um único encontro Somos um do outro, isto é um fato consumado E mesmo se não tivéssemos nos encontrado neste tempo Em um outro mundo, em outra vida, teríamos nosso momento Somos duas almas que se encontram casualmente, eternamente Somos duas estrelas que dançam em volta do sol, infinitamente Difícil é quando não te encontro, e se encontro, não te vejo Sandro Kretus é natural de Porto Alegre. Seu interesse pela literatura começou desde muito cedo, com 10 anos de idade já participava em concursos de poesias e contos. Aos dezoito anos formou-se em desenho publicitário e desenho artístico, trabalhando em agências publicitárias e em algumas galerias de arte da capital gaúcha. No mesmo período especializou-se em analises clinicas.

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Reflexão Nosso girar com o mundo Nunca ganhamos horas, dias ou meses, diante aquilo que queremos. Achamos que a palavra perder não cabe a nós, e sim somente ao nosso vizinho. Mesquinhos somos, até simplesmente perder. E a partir daí sabemos que fomos negligentes o bastante por nos achar superior. Portanto ao olhar do outro lado não subestime aqueles que te rodeiam. Não fique a pensar que os dias não passam, e que o mundo não gira. Com um sorriso nos lábios descobrimos que estamos a rodar neste giro. Que podemos abraçar um respaldo antes de ignorarmos. Descobriremos que o que podia nos trazer a tona; à felicidade, o auge do gozo, a plenitude do sorriso, foi-se. O mundo girou, e não percebemos. Shirlei Antonia Dias do Nascimento, 42 anos, funcionária pública, casada e um casal de filhos. Nasceu e reside em Penápolis, interior de São Paulo. Formada em Técnico em Química e é uma grande amante da poesia.

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Quando eu morrer Quando eu morrer quero uma casinha na praia vou perseguir gaivotas e com elas aprender a voar. Serei grão de areia, rochedo e concha. Serei onda, serei espuma do mar. Quero uma casinha na praia, um coqueiro sozinho, serei nuvem no azul do céu, quero ser luz e amplidão. Quando eu morrer serei borboleta asas coloridas brincando de voar. Serei pássaro livre, violinos a tocar. Não quero lembranças nem sonhos perdidos ou amores sofridos. Quero uma casinha na praia voar com as gaivotas brincar com as ondas do mar. Silemar Medeiros Rosado começou a escrever contos infantis, poesias e crônicas a partir de 2002, após sua aposentadoria. Foi classificada entre os 10 primeiros finalistas em vários concursos da Internet, inclusive o terceiro lugar no Concurso da Livraria Asabeça, tanto na categoria Poesia como na de Contos e crônicas.

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Aquela Sepultura Hoje o tempo aflorou, Dizendo ao meu mundo que passou Passaram-se as dores e os desejos Mas o medo insistiu em fazer morada. Aqui não sei ao certo, Mas bem perto ao lado esquerdo Sinto que cavou a sepultura De forma bem profunda, Enterrando os mórbidos pensamentos, Mas deixando na lápide O nome explícito do medo. Ali não quis chorar nem Depositar flores Mas visitei a eterna morada Daquele que em mim morreu Mas deixou na lembrança As marcas de toda uma andança. Taiane Caroline Cruz é soteropolitana. Escreve desde criança. Esta é sua primeira participação em um concurso de poesias.

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Ilusão É o que me mantêm de pé. Fazendo-me acostumar em acordar cedo. Para quem quer formar em Pedagogia E odeia acordar cedo é um dilema? Mas toda profissão tem seu lado ruim e bom. Sei que minha ilusão que sou capaz, inteligente,... Faz-me ver que acordei não somente fisicamente Mas acordei para a vida, vejo novos pontos de vistas. Não ando mais como um cavalo olhando reto. Sei que aprendi a ser maleável e não olhar Somente meu ponto de vista mas aceitar Que uma mulher que fez moda como eu Não possa ter o direito de ter sucesso Em outras áreas e somente a de modelo Me mostra que fui criada somente para continuar A ser a modelo burra que não pensa. Mas acho que não sou só isso Estou conquistando meu espaço mesmo tendo feito e faço moda sempre porque acredito em mim e na minha capacidade. Thais Brasil Coelho estuda Pedagogia na Universidade Católica de Goiás-UCG, onde deu aulas de informática básica na UNATI. Ganhou as edições XXI, XXIII, XXIV do Concurso Internacional Literário. É estilista de moda e pintora, faz curso técnico em pintura no Basileu França e faz inglês intermediário na ALPS. Participa do livro Coração de Poeta, organizado por Marcelo Puglia.

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A grande esperança Não há nada a fazer. Você coloca o chapéu, apaga a luz do quarto e senta no escuro. Mas isso não resolve. A solução é um homem em pé atrás da porta. Mas a loja de material de construção ainda não entregou a sua porta. Vamos encomendar uns salgados. Tirar o chapéu. Acender a luz e sentar no claro. Não vai fazer diferença, mas você vai enxergar o chapéu e enxergar a sua própria cabeça, mesmo que seus olhos estejam fincados nela. E então vai poder colocar o chapéu e apagar a luz e sentar no escuro. Mais uma vez. Como se fôssemos astros vagando em torno de alguma estrela. Como se fôssemos crianças em véspera de consultas médicas, viagens ou tempestades. Luvas vazias são tristes. Sapatos empoeirados indicam o caminho e renovam a promessa. Quando penso na solidão imagino um saco cheio, furado, esvaziando até se curvar sobre si mesmo - e tombar pra frente. Imagino que a solidão é um homem atrás da porta. E a loja de material de construção entregou sua porta Mesmo que você não tenha pedido nenhuma porta. Thiago Mattos de Oliveira é natural de Petrópolis-RJ. Estudante de letras da Universidade Federal Fluminense - Niterói. Crê no poeta impublicável, crê na fome insaciável, crê na sombra que há atrás do sol.

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O Abraço O vento abana meus cabelos, Soprando para longe meu suor e cansaço. Ainda não sei de onde, Mas sinto teu abraço. Apertado, doce e gentil. Que me traz de volta, Memórias de dias passados. De forma sutil, Lembro-me do verdadeiro abraço, Que carrega em seu íntimo, O amor eterno. Minha fadiga, Finalmente se torna o clamor por teu nome. Do qual desejo não só a palavra, Mas também, o verdadeiro abraço. Para lembrar-me, De que nunca esquecerei. Porque amo, E sempre amarei. Tibor Elias Szabó Iossi é natural de Ribeirão Preto-SP. Estudante do Liceu Albert Sabin e cursor do último ano do ensino fundamental. Descendente de húngaros e italianos, capaz de falar em português e húngaro.

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Lua nova Nunca morrer assim, numa noite assim! Quando é a palavra que se cala, não se morre; quando é a palavra que se cala, quem fala é o coração. E aqui dentro, o silêncio... nós dois: a entrega, a conversa (abafada, destituída): o indecifrável. Valmir Luis Saldanha, radicado em Itatinga-SP, desde a adolescência, na Escola Industrial (Botucatu-SP), esteve às voltas com as artes. Ingressou no curso de Letras na UNESP (Universidade Estadual Paulista) - Araraquara, em 2006. Hoje leciona Literatura no colégio COC e desenvolve o projeto "O anti-herói na narrativa italiana do século XX", sob orientação do Prof. Dr. Sérgio Mauro.

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Soneto da saudade eterna Sob meu semblante atordoado de desejos, Habita tua alma repousada no meu colo, Deixando-me a saudade de um tempo tão remoto, Vivido em meu delírio e teu sóbrio devaneio. Sob os meus gestos de carência e leveza, Habita o teu corpo, que dantes fora minha morada, Tornando-me ao fim uma eterna desabrigada, Que acorda nas lembranças e adormece de tristeza. E bate em meu peito essa ferida interna, Acorrentando minha alma a lembrança tua, Sangrando minha carne que se dilacera. E mais um dia revivo essa infinita espera, Dessa estrada que de incerta tornou-se curta, De viver por tua culpa essa saudade eterna... Vanessa Rodrigues é natural do Rio de Janeiro. Nascida em uma família de escritores e literatos, desenvolveu ainda muito jovem interesse e aptidão para escrever poesias. Frequentadora assídua de saraus poéticos, trancou a faculdade de direito para dedicar-se à produção poética, participando de grupos e sítios eletrônicos voltados para o tema.

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CURRÍCULO DO ORGANIZADOR

VALDECK ALMEIDA DE JESUS é jornalista, escritor, poeta e funcionário

público federal. Nasceu a 15 de fevereiro de 1966 em Jequié/BA, onde

viveu até aos seis anos de idade, quando foi residir na Fazenda Turmalina

(região de Itagibá/BA), onde continuou a estudar em escola pública até os

12 anos de idade. Aluno exemplar retornou a Jequié/Ba para se matricular

na 5ª série do primeiro grau, em escola pública. Ingressou nas Faculdades

de Enfermagem e de Letras, da Universidade Estadual do Sudoeste da

Bahia em 1990; na Faculdade de Turismo, na Faculdade São Salvador,

não concluindo os cursos. Reside em Salvador, desde fevereiro de 1993.

Atualmente faz o curso de Jornalismo na Faculdade Social da Bahia.

Na capital, fez cursos de informática, teatro, relações humanas e fotografia.

Fez, ainda, curso de espanhol durante dois meses em Madri (Espanha),

Santa Elena de Uairen (Venezuela), Puerto Iguazu (Argentina), Ciudad del

Este (Paraguay) e La Habana (Cuba) e de inglês por três anos em

Salvador, complementado por curso intensivo de três meses em Nova

York, Estados Unidos.

Prêmios Literários:

a) Menção Honrosa em 1989 no 1° Concurso Nacional de Poesia,

promovido pelo Instituto Internacional da Poesia, de Porto Alegre/RS

b) Menção Honrosa no Concurso Literário Oswald de Andrade, promovido

pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, em 1990, na cidade de

Jequié/BA

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c) Classificação no concurso literário Bahia de Todas as Letras, promovido

pela Universidade Estadual de Santa Cruz, em Ilhéus/Ba, no ano de 2007,

com o conto “Eu e o Word”, com nota 7 (sete)

d) Classificação no concurso literário realizado pelo Sindicato dos

Trabalhadores no Poder Judiciário Federal da Bahia, com a crônica “Alice”,

no ano de 2007, em Salvador/BA

e) Destaque no XII Concurso de Poesias, Contos e Crônicas realizado em

2007 pela ALPAS XXI, em Cruz Alta/RS com o texto “Minha paixão por

livros”.

f) Prêmio Luiz Mott de Cidadania 2008, pelo conjunto da obra, pela defesa

dos direitos humanos e dos homossexuais, em indicação feita pelo Glich –

Grupo Liberdade, Igualdade e Cidadania Homossexual, de Feira de

Santana/BA.

g) Medalha de agradecimento e homenagem por incentivar a leitura.

Outorgante: Biblioteca Comunitária do Calabar e Avante – Educação e

Mobilização Social. Premiação: agosto de 2009.

H) Medalha Hermano Gouveia Neto, por incentivo a leitura, no projeto

Resgatando a Seliba 2009. Outorgante: Colégio Cecília, de Simões Filho-

Ba.

Participa das antologias:

“Poetas Brasileiros de Hoje –1984”, Shogun Arte, Rio de Janeiro, 1984;

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“Transcendental”, publicado em Salvador em 1996, pela Editora Gráfica da

Bahia;

“II Antologia Cultural: 500 Anos de Língua Portuguesa no Brasil”, Clube de

Letras, Barra Bonita/SP, 2005;

“Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos 14º volume”, Câmara

Brasileira de Jovens Escritores, Rio de Janeiro, 2005;

“Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos 15º volume”, Câmara

Brasileira de Jovens Escritores, Rio de Janeiro, 2005;

“Letras Libertas - Contos, Crônicas e Poesias - Vol 2”, Ilha das Letras,

Santa Catarina, 2005;

“XV Concurso Internacional Literário de Verão”, Agiraldo, São Paulo, 2005;

“Palavras que Falam”, Scortecci, São Paulo, 2005;

“Todas as Formas de Amar”, Casa do Novo Autor, São Paulo, 2005;

“O Amor na Literatura”, São Paulo, Casa do Novo Autor, 2005;

“Livro de Ouro da Poesia Brasileira Contemporânea”, Câmara Brasileira do

Jovem Escritor, Rio de Janeiro, 2005;

“VII Antologia Nau Literária”, Komedi, São Paulo, 2005;

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“Ensaios Poéticos”, Academia Virtual Brasileira de Letras, 2005;

“Poetry Vibes”, Poetry Vibes, Ohio, USA, 2005;

“Ação e Reação. Pequenos Contos”, AVBL, São Paulo, 2005 (livro eletrônico); “Ensaio Poético. Natureza. Vida”, AVBL, São Paulo, 2005 (livro eletrônico); “Meu País é Este”, AVBL, São Paulo, 2005 (livro eletrônico);

“20 Anos de Poesia – Caderno 32”, Oficina, Rio de Janeiro, 2005;

“Pérgula Literária – VII”, EVSA, Rio de Janeiro, 2005;

“Sangue, Suor e Lágrimas”, Arnaldo Giraldo, São Paulo, 2006;

“Palavras Libertas”, Roma, Uberlândia/MG, 2007;

“Amor, Sublime Amor”, Litteris, Rio de Janeiro, 2006;

“XI Coletânea Komedi”, Komedi, Campinas, 2007;

“Letras Intimistas”, aBrace, Montevidéu (Uruguay), 2007;

“Primavera de 2006 – Inverno de 2007”, Via Litterarum e Editus (UESC),

Itabuna/Ilhéus, 2007;

“Retratos Urbanos”, Andross, São Paulo, 2008.

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“Poemas e Outros Encantos: nova coletânea”, Edir Barbosa Editor,

Teixeiras/MG, 2008.

“Elo de Palavras”, Scortecci, São Paulo, 2008.

“Livro de Todos: o mistério do texto roubado”, coordenação Imprensa

Oficial, São Paulo, 2008.

“Salvador: 460 anos de poesia”. Organizador Roberto Leal – Omnira,

Salvador/BA, 2008.

“Poetas Del Mundo em Poesias”, Volume I, Gibim, Campo Grande (MS),

2008.

“Universo Paulistano. Contos, Crônicas e Poemas de Uma Cidade que

Nunca Dorme”, Organizadores Edson Rossato e Carlos Francisco de

Morais, Andross, São Paulo, 2009.

“Contos e Crônicas para Viagem”, Bruno Resende e Edir Barbosa (orgs.),

Viçosa, Edir Editora, Minas Gerais, 2009.

“O que é que a Bahia tem”, Litteris, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2009.

“Comendadores da Ordem do Dragão Dourado – Antologia Poética”, Real

Academia de Letras, Porto Alegre, 2009.

“Ecos Machadianos”, Bureau Gráfica e Editora, Salvador, 2009.

46

“Latinidade poética”, All Print Editora, São Paulo, 2009.

“IV Coletânea – Poesia, Crônica e Conto 2009”, Tecnicópias, Canoas (RS),

2009.

“Vozes de Aço – IV Antologia Poética de Diversos Autores”, Volta Redonda

(RJ), PoeArt Editora, 2009.

“Antologia Alma Brasileira”, Folha da Baixada, Praia Grande-SP, 2009.

“Contos, Crônicas e Artigos”, Fundação Omnira, Salvador-Ba, 2009.

“Antologia Cidade Literária”, L&A Editores, Belém-PA, 2009.

“Projeto Literário Delicata IV – Poesias, Contos, Crônicas”, Scortecci, São

Paulo, 2009.

Livros publicados de forma independente:

“Heartache Poems. A Brazilian Gay Man Coming Out from the Closet”,

iUniverse, New York, USA, 2004; Este livro reúne poesias de desabafo,

muitas delas dedicadas a mulheres, quando na verdade o escritor falava de

seus amores secretos, namorados homens.

“Feitiço Contra o Feiticeiro”, Scortecci, São Paulo, 2005; Livro de poesias.

“Memorial do Inferno. A Saga da Família Almeida no Jardim do Éden”,

Scortecci, São Paulo, 2005; Conta a história da família do escritor Valdeck

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Almeida de Jesus, que enfrentou a fome e a miséria por mais de vinte anos

e venceu. 100% da renda do livro foi doada às Obras Sociais Irmã Dulce.

“Memorial do Inferno. A Saga da Família Almeida no Jardim do Éden”, Giz,

São Paulo, 2007; 20% da renda do livro foi doada às Obras Sociais Irmã

Dulce.

Editor da “1ª Antologia Poética Valdeck Almeida de Jesus”, Casa do Novo

Autor, São Paulo, 2006;

“Jamais Esquecerei do Brother Jean Wyllys”, Casa do Novo Autor, São

Paulo, 2005;

“Poemas Que Falam”, Casa no Novo Autor, São Paulo, 2007.

“Valdeck é Prosa, Vanise é Poesia”, Câmara Brasileira do Jovem Escritor,

Rio de Janeiro, 2007.

Editor da “2ª Antologia Poética Valdeck Almeida de Jesus”, Casa do Novo

Autor, São Paulo, 2007;

“30 Anos de Poesia”, Câmara Brasileira do Jovem Escritor, Rio de Janeiro,

2008;

Editor da “3ª Antologia Poética Valdeck Almeida de Jesus”, Giz Editorial,

São Paulo, 2008.

“Memories from Brazilian Hell: The Saga of Almeida Family in the Garden of

Éden”, iUniverse, Nova York (USA), 2008.

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“Poemas de amor e outros temas”, Blurb, Nova York (USA), 2009.

“Armadilha – a verdadeira poesia brasileira”, Clube de Autores, São Paulo,

2009.

“30 Anos de Poesia”, Virtual Books, Pará de Minas-MG, 2009;

“Minha alma nua” (Série Notáveis Poetas Brasileiros), Real Academia de

Letras, Porto Alegre-RS, 2009.

Editor da “4ª Antologia Poética Valdeck Almeida de Jesus”, Giz Editorial,

São Paulo, 2009.

Trabalhos Diversos

a) Expositor, como escritor independente, na Bienal do Livro da Bahia, em

2005, 2007 e 2009.

b) Expositor no III Corredor Literário da Paulista, de 09 a 14 de outubro de

2007, em São Paulo/SP

c) Participação no V Fórum Social Mundial, em Porto Alegre/RS, de 26 a 31

de janeiro de 2005;

d) Participação, como organizador da Mostra de Arte e Cultura, no II

Congresso Estadual do Sindjufe-BA, de 01 a 03.06.2007, no Hotel Sol

Bahia Atlântico, em Salvador/BA

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e) Tem poemas publicados nos jornais de grande circulação da capital e do

interior do estado da Bahia, além de jornais de Brasília/DF; Colaborador,

desde 1985, do jornal A PROSA, de Brasília/DF.

f) Colaborador da revista cultural Art’Poesia, de Salvador, editada por

Carlos Alberto Barreto, que publica poemas de autores do mundo inteiro.

g) Palestra na ONG Vento em Popa, no bairro Jardim Gaivotas, em São

Paulo, em 2007, com o tema “Motivação através da leitura”.

h) Colunista dos sites www.zonamix.com.br, www.radarmix.com e

www.portalvilas.com.br, desde março de 2006. Nestes e em outros sites, o

escritor colabora sempre com matérias ligadas a cultura, literatura, arte,

preconceito, discriminação e assuntos relacionados aos LGBT’s.

i) Verbete do “Dicionário de Escritores Baianos”, Secretaria de Cultura e

Turismo, Salvador, 2006.

j) Membro da Federação Canadense de Poetas desde 2004.

k) Membro da Associação Artes e Letras (França) desde 2005.

l) Membro da União Brasileira de Escritores – UBE, desde março de 2006.

m) Em 1987 participou da Diretoria Regional do Partido Comunista do

Brasil e da União da Juventude Socialista - UJS, em Jequié/BA. Eleito o

primeiro diretor de imprensa do Grêmio Estudantil Dinaelza Coqueiro, do

Instituto de Educação Régis Pacheco, fundou o jornal Jornada Estudantil.

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n) Fundador do fã-clube do Jean Wyllys (www.jeanwyllys.com). Seu site

profissional é www.galinhapulando.com

O site Galinha Pulando apóia todos os eventos e movimentos de afirmação

da cidadania, contra o racismo e, principalmente, contra a homofobia.

o) Colaborador do Café Literário de Camaçari/BA, evento realizado pela coordenação do PROLER – vários anos. p) Participação na Feira do Livro Internacional de Paraty (FLIP), 2008. q) Lançamento de três livros na Bienal Internacional de São Paulo, 2008. r) Verbete no “Dicionário Biobibliográfico de Escritores Brasileiros”, Casa do Novo Autor, São Paulo, 2009. s) Membro Correspondente da Academia de Letras de Jequié. t) Participante da "Mostra Poética: Cores das Letras no Brasil", realizado como atividade paralela do 4° Encontro Açoriano da Lusofonia, um dos mais expressivos eventos internacionais de fortalecimento da língua portuguesa no mundo, promovido pela Sociedade dos Poetas Advogados de Santa Catarina - SPA/SC, de 31 de março a 04 de abril de 2009, na Biblioteca da Escola Secundária de Lagoa, Açores, Portugal. u) Palestra e oficina de poesias na Biblioteca Comunitária do Calabar, bairro remanescente de quilombo, em Salvador/BA v) Cônsul Honorífico da Real Academia de Letras, Ordem da Confraria dos Poetas. x) Prefaciou os livros “Eu sou todo poema”, de Leandro de Assis; “Sonhos”, de Antonio Fagundes; “O homem que virou cerveja”, de Silas Correa; “Diário de Rafinha: as duas faces de um amor”, de Léo Dragone; apresentou o livro “Brincando de poesia”, de Adalberto Caldas Marques. z) Participa do projeto “Fala Escritor”, idealizado pelo poeta Leandro de Assis, apresentado todo segundo sábado de cada mês no espaço Castro Alves, em um shopping de Salvador.

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V PRÊMIO LITERÁRIO VALDECK ALMEIDA DE JESUS – POESIA

1 - O Prêmio Literário Valdeck Almeida de Jesus visa estimular novas

produções literárias na modalidade Poesia e é dirigido a candidatos de

qualquer nacionalidade, residentes no Brasil ou no exterior, desde que seus

trabalhos sejam escritos em língua portuguesa.

Inscrição.:

2.1 - As inscrições estão abertas até 30 de novembro de cada ano

(acompanhada de CD ou disquete com o material inscrito), através dos

correios, no seguinte endereço:

Prêmio Literário Valdeck Almeida de Jesus

Rua Sargento Camargo, 95-A, São Caetano

CEP 40391-152 - Salvador/BA

Ou via e-mail para: [email protected]

2.2 – As inscrições que não vierem com todos os arquivos (poesia,

minibiografia, endereço completo, com CEP) serão automaticamente

desclassificadas. Serão desclassificadas, também, as inscrições via e-mail,

cujos arquivos anexados não vierem numa versão mais recente do Word.

3 - A inscrição se dá com o envio de 01 (um) poema, inédito ou não, com

até 20 (vinte) linhas, versando sobre qualquer tema, e mais 5 (cinco) linhas

de biografia. O autor pode enviar mais de uma poesia, mas apenas uma

poderá ser selecionada. Cada autor responderá perante a lei por plágio,

cópia indevida ou outro crime relacionado ao direito autoral. Não será

selecionada nenhuma poesia que faça apologia ao uso de drogas, com

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conteúdo racista, preconceituoso, faça propaganda política ou contenha

intolerância religiosa ou de culto.

3.1 - O simples ato de se inscrever implica na concordância do

autor/escritor em ceder os direitos autorais de seu poema, apenas para a

primeira edição do livro. O autor que desejar adquirir exemplares do livro

deverá fazê-lo diretamente com a editora ou com o organizador do prêmio.

A critério da organização do evento, os autores selecionados poderão

receber um exemplar do livro.

3.2 - A comprovação da data de postagem validará a inscrição, que deverá

vir acompanhada dos seguintes dados do autor/escritor: nome completo,

endereço completo com CEP, número de RG e de CPF, telefone de contato

com código DDD, e-mail, nome da obra e pequena biografia.

Seleção.:

4 - Os poemas selecionados serão publicados na antologia.

Premiação.:

5 - A premiação é a publicação do poema selecionado, cujo resultado será

divulgado em até três meses após o encerramento das inscrições.

6 - Os casos omissos serão decididos soberanamente pela equipe

promotora.

PROJETO PUBLICADO NO SITE DO PNLL DO MINISTÉRIO DA

CULTURA

Lançamento Oficial da I Antologia: Bienal do Livro da Bahia, em abril/2007.

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A segunda antologia foi lançada no III Corredor Literário da Paulista, em

outubro/2007. A terceira edição foi lançada durante a 20ª Bienal do Livro de

São Paulo e na 3ª Feira do Livro de Sergipe, em 2008 e será lançada na 9ª

Bienal do Livro da Bahia; a 4ª edição será lançada na Bienal do Livro do

Rio de Janeiro, em setembro de 2009.

MAIS INFORMAÇÕES.:

Valdeck Almeida de Jesus

Tel: (71) 8805-4708

E-mail: [email protected]

Site do organizador: www.galinhapulando.com