PREGAÇÃO SOBRE GRATIDÃO

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Samuel nos dar o exemplo de gratidão, soube ser grato ao reconhecer o cuidado de Deus, fez questão de demonstrar isso quando enfrentou os filisteus e obteve vitória, tributou isso a Deus e como prova ergueu um altar entre Mizpá e Sem, e chamou "ebenézer; porque até aqui nos ajudou o Senhor" ( I Sm. 7:12 ). Ebenézer significa pedra de ajuda. Portanto, não esqueçamos o cuidado de Deus em nosso favor, porque ele trabalha por aqueles que nele esperam. A palavra de Deus mostra-nos que devemos sim, ser gratos pelo favor recebido, isso foi o que Davi fez e orientou o povo também a fazer quando trouxe a arca da aliança de volta a tenda "lembrai-vos das maravilhas que fez, de seus prodígios, e dos juízos da sua boca;" ( I Cr. 16: 12 ). Em outro texto encontramos um povo que retornava do cativeiro babilônico dizendo: "Grandes coisas fez o senhor por nós e por isso estamos alegres" ( Sl. 126: 3 ), em ambos os casos, percebemos a manifestação de gratidão ao reconhecerem os feitos de Deus, e por isso poderam adorar. A cura dos 10 leprozos 11 De caminho para Jerusalém, passava Jesus pelo meio de Samaria e da Galiléia. 12 Ao entrar numa aldeia, saíram-lhe ao encontro dez leprosos, 13 que ficaram de longe e lhe gritaram, dizendo: Jesus, Mestre, compadece-te de nós! 14 Ao vê-los, disse-lhes Jesus: Ide e mostrai-vos aos sacerdotes. Aconteceu que, indo eles, foram purificados. 15 Um dos dez, vendo que fora curado, voltou, dando glória a Deus em alta voz, 16 e prostrou-se com o rosto em terra aos pés de Jesus, agradecendo-lhe; e este era samaritano. 17 Então, Jesus lhe perguntou: Não eram dez os que foram curados? Onde estão os nove? 18 Não houve, porventura, quem voltasse para dar glória a Deus, senão este estrangeiro? 19 E disse-lhe: Levanta-te e vai; a tua fé te salvou. A história dos dez leprosos narrado no evangelho de Lucas cap. 17: 11-19. Onde todos procuraram Jesus buscando a cura da lepra, todos foram curados, no entanto, só um, agora ex-leproso voltou para agradecer "E um deles, vendo que estava são voltou glorificando a Deus em alta voz; e lançou-se aos seus pés" ( vs 15, 16 ). Ele reconheceu e foi grato pelo favor recebido, o resultado desta gratidão gerou adoração, quando ele lançou-se aos pés de Jesus. Creio que só existirá verdadeira adoração quando houver nos corações o sentimento de gratidão a Deus pelos seus feitos em nosso favor mesmo sem merecermos, para que isto aconteça, precisamos tomar alguma atitudes; A Bíblia nos conta a experiência de Davi e Jônatas. Um dia em que todos deveriam estar presentes num banquete na casa do rei, o lugar de Davi ficou vazio. A forma

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Samuel nos dar o exemplo de gratidão, soube ser grato ao reconhecer o cuidado de Deus, fez questão de demonstrar isso quando enfrentou os filisteus e obteve vitória, tributou isso a Deus e como prova ergueu um altar entre Mizpá e Sem, e chamou "ebenézer; porque até aqui nos ajudou o Senhor" ( I Sm. 7:12 ). Ebenézer significa pedra de ajuda. Portanto, não esqueçamos o cuidado de Deus em nosso favor, porque ele trabalha por aqueles que nele esperam.

A palavra de Deus mostra-nos que devemos sim, ser gratos pelo favor recebido, isso foi o que Davi fez e orientou o povo também a fazer quando trouxe a arca da aliança de volta a tenda "lembrai-vos das maravilhas que fez, de seus prodígios, e dos juízos da sua boca;" ( I Cr. 16: 12 ). Em outro texto encontramos um povo que retornava do cativeiro babilônico dizendo: "Grandes coisas fez o senhor por nós e por isso estamos alegres" ( Sl. 126: 3 ), em ambos os casos, percebemos a manifestação de gratidão ao reconhecerem os feitos de Deus, e por isso poderam adorar.

A cura dos 10 leprozos

11   De caminho para Jerusalém, passava Jesus pelo meio de Samaria e da Galiléia.12   Ao entrar numa aldeia, saíram-lhe ao encontro dez leprosos,13   que ficaram de longe e lhe gritaram, dizendo: Jesus, Mestre, compadece-te de nós!14   Ao vê-los, disse-lhes Jesus: Ide e mostrai-vos aos sacerdotes. Aconteceu que, indo eles, foram purificados.15   Um dos dez, vendo que fora curado, voltou, dando glória a Deus em alta voz,16   e prostrou-se com o rosto em terra aos pés de Jesus, agradecendo-lhe; e este era samaritano.17   Então, Jesus lhe perguntou: Não eram dez os que foram curados? Onde estão os nove?18   Não houve, porventura, quem voltasse para dar glória a Deus, senão este estrangeiro?19   E disse-lhe: Levanta-te e vai; a tua fé te salvou.

A história dos dez leprosos narrado no evangelho de Lucas cap. 17: 11-19. Onde todos procuraram Jesus buscando a cura da lepra, todos foram curados, no entanto, só um, agora ex-leproso voltou para agradecer "E um deles, vendo que estava são voltou glorificando a Deus em alta voz; e lançou-se aos seus pés" ( vs 15, 16 ). Ele reconheceu e foi grato pelo favor recebido, o resultado desta gratidão gerou adoração, quando ele lançou-se aos pés de Jesus. Creio que só existirá verdadeira adoração quando houver nos corações o sentimento de gratidão a Deus pelos seus feitos em nosso favor mesmo sem merecermos, para que isto aconteça, precisamos tomar alguma atitudes;

A Bíblia nos conta a experiência de Davi e Jônatas. Um dia em que todos deveriam estar presentes num banquete na casa do rei, o lugar de Davi ficou vazio. A forma como Saul o tratava, fez com que ele se ausentasse daquela comunhão. Não havia no coração do monarca nenhum sentimento de gratidão, de paz, de reconhecimento por tudo o que Davi realizava em favor do reino.

Texto Bíblico: "Disse Davi: Resta ainda alguém da casa de Saul, para que eu use de benevolência para com ele por amor de Jônatas? E havia um servo da casa de Saul, cujo nome era Ziba; e o chamaram à presença de Davi. perguntou-lhe o rei: Tu és Ziba? Respondeu ele: Teu servo! Prosseguiu o rei: Não há ainda alguém da casa de Saul para que eu possa usar com ele da benevolência de Deus? Então disse Ziba ao rei: Ainda há um filho de Jônatas, aleijado dos pés. Perguntou-lhe o rei: Onde está. Respondeu Ziba ao rei: Está em casa de Maquir, filho de Amiel, em Lo-Debar. Então mandou o rei Davi, e o tomou da casa de Maquir, filho de Amiel, em Lo-Debar. E Mefibosete, filho de Jônatas, filho de Saul, veio a Davi e, prostrando-se com o rosto em terra, lhe fez reverência. E disse Davi: Mefibosete! Respondeu ele: Eis aqui teu servo. Então lhe disse Davi: Não temas, porque de

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certo usarei contigo de benevolência por amor de Jônatas, teu pai, e te restituirei todas as terras de Saul, teu pai; e tu sempre comerás à minha mesa." I Sm 9.1-13

Introdução: O livro de Samuel relata uma história de bondade e gratidão do Rei Davi. Davi colocou em seu coração fazer o bem (honrar) a família de Jônatas, filho de Saul. A amizade entre Jônatas e Davi é bem conhecida. Há inclusive uma aliança firmada entre eles (1 Sm 20.42,43). Quando então, Davi estava no apogeu de seu reino procurou saber se havia alguém da descendência de Jônatas. Davi não esqueceu de seu compromisso firmado com seu amigo,e demonstrou assim, ser um homem generoso e bondoso

SALMO 116.12 QUE DAREI AO SENHOR POR TODOS OS BENEFICIOS PARA COMIGO ?

-Nesta declaração de gratidão do Salmista Davi, encontrou diversos motivos pelos quais ele é grato a Deus.

Quais são os motivos que você tem para agradecer a Deus, pelo o que ( Ele) tem feito por você?Quantas vezes você já solicitou a Deus, e Ele disse Não?Quantas vezes você disse sim pra Deus?Quantas vezes você já foi grato a Deus?

Davi era diferente, Davi, tinha algo mais com Deus.

l- Deus ouviu sua oração VS.1,2 2-Deus livrou a sua alma VS.3,43-Deus é guarda fiel. VS. 6,74-Deus o livrou da morte VS,8

TEXTO: 1 CORÍNTIOS 1.4-9

LIÇÕES APRENDIDAS: Vs 5: "Porque, em tudo, fostes enriquecidos nele, em toda a palavra e em todo o conhecimento."

A AFIRMAÇÃO BÍBLICA.

A vida não é fácil para ninguém. Nós vivemos em uma constante luta por nossos ideais, aspirações e planos. É comum que dividamos a nossa vida em várias áreas, tais como: Espiritual, emocional, física, psíquica, econômica, familiar, intelectual, profissional, etc. Para todas elas, temos os nossos anseios. Mas, é também verdade que, para muitos de nós, tais anseios tem se tornado em amargos tormentos, quando os dias passam e não os vemos alcançados.

Na verdade, temos uma visão muito limitada e horizontal do que, na verdade, são os nossos tesouros, bem como o critério com que medimos nosso progresso. O texto acima nos dá a visão divina do que se processa em nossa vida. Ele diz: "Em tudo, já fomos enriquecidos." Que grande afirmação!

No entanto, parece existir um abismo entre o que a Bíblia diz e o que as nossas vidas revelam. Muitos dos nossos sonhos ainda não foram realizados. Ainda continuamos a aspirar por várias coisas que não tem se materializado. Como, então, entender esta idéia de que já estou enriquecido?

O DISCERNIMENTO NECESSÁRIO.

O texto nos responde a pergunta acima, chamando a nossa atenção para a questão do discernimento

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espiritual. Somente aqueles que desenvolvem esta capacidade hermenêutica, conseguem viver em plenitude, de acordo com as riquezas divinas. Que discernimento é este, que nos leva a ver a nossa grande fortuna? É o discernimento que vem pela palavra e pelo conhecimento.

É um grande erro não conhecer a Palavra, pois é ela mesma quem testifica de todas estas cousas. É a palavra quem nos faz ver os tesouros da graça divina. É a Palavra quem nos mostra quem éramos, pecadores perdidos, sem Deus e sem esperança neste mundo; e o que somos hoje, pela graça divina: remidos, reconciliados, herdeiros das riquezas celestiais em Cristo Jesus, pessoas que tem condições espirituais e morais de resistir ao dia mau e permanecer inabaláveis, homens e mulheres que andam de fé em fé, de glória em glória, abatidos, porém não destruídos, sempre crendo contra a esperança, de que o melhor, em Cristo, está sempre por vir; redimidos que entendem que a vitória que vence o mundo e os dardos inflamados do maligno, é esta fé, embazada na Palavra.

O outro ingrediente deste discernimento, é o conhecimento. A maneira como entendo isto, é a de um conhecimento de duas partes: experiencial e doutrinário. Sem uma experiência com Deus, pessoal, constante, profunda, íntima, que envolva nossa mente, sentimentos e vontade, a doutrina e conhecimento intelectual das Escrituras não passa de pura letra - seca e indescernível. Por outro lado, sem um conhecimento doutrinário - a doutrina dos apóstolos - firme, sólido, bíblico, honesto, fruto de muito tempo de estudo, e adornado com a sabedoria de muitos outros santos, a experiência é como uma enxurrada, que vem, molha a terra, enche o rio, mas logo passa, com a aridez retornando, e o rio secando de novo.

São estes dois elementos: a Palavra, que é viva e eficaz, e o conhecimento experiencial e doutrinário dela, que nos capacitam a entender que, estamos melhor hoje, do que estávamos antes de conhecermos a Cristo. Mas, em que sentido estamos mais enriquecidos?

A VERDADEIRA RIQUEZA.

Quem alcança o discernimento mencionado acima, descobre que o segredo da vida abundante e rica, reside em duas coisas: Contentamento e gratidão. O cristão amadurecido sabe que uma das maiores bençãos que pode experimentar é a benção do contentamento. "Alegrai-vos sempre", é a recomendação apostólica. No entanto, o contentamento, no sentido da alegria, só acontece quando estamos contentes, no sentido de satisfeitos com o que Deus nos tem dado. Isto não indica, necessáriamente, um conformismo estagnado diante das possibilidades da vida. O que entendo aqui, é uma satisfação com o que Deus tem me dado hoje, pois isto tem permitido meu crescimento espiritual, minha devoção a Cristo, o serviço caridoso aos outros, etc. Somente o contentamento faz com que os pobres se tornem ricos. A sua ausência, faz com que os ricos se tornem pobres. "Senhor, eu te agradeço pela minha família, amigos, trabalho, bens materiais, e tudo o mais que tem me dado. Se não me deres nada mais, estou contente. A única coisa que ainda me deixa insatisfeito, mas ao mesmo tempo motivado, é o conhecimento de tua pessoa. Quero-te mais. Ajuda-me!"

O outro aspecto resultante do descobrimento do verdadeiro discernimento, é a gratidão. Um coração contente, agradece. A gratidão cristã deve-se refletir em duas perspectives: devoção a Deus e serviço no mundo. Estes dois ingredients formam o cerne do que significa viver para a glória de Deus. Esta é a nossa riqueza verdadeira.

Os nossos grandes tesouros residem em conhecermos e sermos conhecidos por Deus. Eles também residem na vida com propósito: Quer comendo, bebendo, ou fazendo qualquer outra coisas - trabalhando, praticando esporte, se socializando com outras pessoas, no convívio da família, nos ministérios da igreja, nas viagens de negócio, no exercício da cidadania, etc. - temos que ter um propósito no que fazemos. O propósito é: A glória de Deus. Esta é a nossa grande riqueza e razão para existência. É isto que nos motiva a irmos adiante e tentarmos ser bençãos para os outros.

Para o comandante de um navio que não sabe em que porto quer chegar, todos os ventos lhe são contrários. Nós sabemos aonde queremos ir. Nosso objetivo final é a eterna comunhão com o Deus Trino. É para ele que vivemos, nos movemos e existimos. A Boa nova para nós, hoje, é que o apóstolo nos diz: "Fiel é Deus, pelo qual fostes chamados à comunhão de seu Filho Jesus Cristo." Deus levará o barco da nosa vida à um final feliz.

ORAÇÃO FINAL.

Senhor, somos-te agradecidos pelo que somos e temos. Em tudo, temos sido enriquecidos. Nossa alma só tem sede de uma coisa: De Ti, ó Deus vivo. Ensina-nos as virtudes do contentamento e da gratidão

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por tudo que nos tem dado. Dá-nos, também, a motivação e iluminação espiritual para conhecer-Te mais, para melhor te obedecer. No nome de Jesus.

Tem muitos correndo atrás da bênção de Deus, mas fogem do Deus da bênção. Convido você a vir, juntamente conosco, glorificar a Deus e tornar-se um verdadeiro discípulo de Jesus, unindo a sua vida ao Deus da bênção!

A cura para a ingratidão

TEXTO BÁSICO: LUCAS 17.11-19

Se há uma doença comum a toda a raça humana esta é a da ingratidão.

Infelizmente, por causa da natureza pecaminosa, o homem não consegue ser grato. Gostamos de receber e não de dar. O pouco que realizo divulgo demais e o muito que recebo sempre esqueço.

Balzac declara: "A gratidão é como aquele licor do Oriente, que só se conserva em vasilhas de ouro Mantém-se pura nas grandes almas; e azeda nas pequenas".

Sêneca declara: "Só os espíritos bem formados são capazes de cultivar a gratidão".

Um brocardo popular diz: "Há três categorias de homens mal agradecidos: os que calam os favores recebidos; os que cobram os favores recebidos e os que se vingam".

1. O DIAGNÓSTICO DA INGRATIDÃO

A Ingratidão é uma doença espiritual. É a expressão máxima da pecaminosidade humana, refletindo a sua rejeição ao único Deus verdadeiro: Porquanto, tendo conhecimento de Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, se tornaram nulos em seus próprios raciocínios, obscurecendo-se-lhes o coração insensato. (Rm1. 21).

A frase não lhe deram graças é a conseqüência da rejeição consciente do homem a Deus, deixando de reconhecer os Seus atributos principais: eternidade, poder, sabedoria, bondade, verdade, justiça e misericórdia.

No Novo Testamento, a palavra gratidão (eucharistia = ações de graças) se reserva quase exclusivamente para ações de graças dirigidas a Deus (Rm 1.8; 2Co 1.11; Ef 1.15-16; Cl 2.7; 1Tm 2.1). Somente três vezes é usada para agradecimentos dirigidos a homens (Lc 17.16, At 24.3 e Rm 16.4).

A gratidão é um mandamento divino: Sede agradecidos (Cl 3.15). Em tudo, daí graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco. (1 Ts 5.18). Demonstrar gratidão a Deus é um elemento básico e duradouro da vida cristã: Dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo (Ef 5.20). Uma vida cheia de gratidão é o estilo de viver do cristão, um inverso da vida sem Deus: antes, pelo contrário, ações de graças (Ef 5.4).

2. PRINCIPIOS BÍBLICOS SOBRE GRATIDÃO E INGRATIDÃO

Em Lucas 17.11-19, temos um exemplo de como as pessoas reagem após receber os benefícios de Deus. Dez leprosos foram curados por Jesus e apenas um voltou para agradecê-lo.

2.1. MUITOS SÃO ABENÇOADOS, MAS POUCOS SÃO OS AGRADECIDOS.

É importante salientar as atitudes daquele único leproso que voltou para agradecer: Um dos dez, vendo que fora curado, voltou, dando glória a Deus em alta voz, e prostrou-se com o rosto em terra aos pés de Jesus, agradecendo-lhe; e este era samaritano. (Lc 17.15-16). Observe a ênfase: Um dos dez... Significa que poucos são aqueles que agradecem a Deus pelas bênçãos recebidas. Quantitativamente 10% apenas.

2.2. A GRATIDÃO É A MEMÓRIA DO CORAÇÃO

Vendo que fora curado... (Lc 17.15). Ele constatou que o milagre tinha acontecido por intervenção divina. Voltou, dando glória a Deus em alta voz. É interessante observar que aquele ex-leproso concentrou mais no

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autor do milagre do que no milagre em si. Ele glorifica a Deus, fonte de todas as bênçãos. Antes de festejar os resultados do milagre, festejou aquele que fez o milagre, numa atitude efusiva e sincera de gratidão "EM ALTA VOZ ..." (PHONES MEGALES ). Alem de falar em alta voz prostrou-se diante de Jesus, numa atitude de adoração.

Precisamos tomar cuidado para não esquecermos que Deus é a causa do nosso sucesso: Não digas, pois, no teu coração: a minha força e o poder do meu braço me adquiriram estas riquezas. Antes, te lembrarás do Senhor, teu Deus, porque é ele o que te dá força para adquirires riquezas; para confirmar a sua aliança, que, sob juramento, prometeu a teus pais, como hoje se vê (Dt 8.17-18).

2.3. DEUS AVALIA AS NOSSAS ATITUDES DE GRATIDÃO OU INGRATIDÃO

Jesus exclama com surpresa: Não eram dez os que foram curados? Onde estão os nove? Não houve, porventura, quem voltasse para dar glória a Deus, senão este estrangeiro? (Lc 17.17-18). Deus não precisa da nossa gratidão para continuar sendo o que é. Ele não nos abençoa dependendo da nossa retribuição, contudo, como Pai, observa a nossa conduta.

Jesus focalizou três aspectos, na avaliação dos dez leprosos curados: a quantidade de ingratos é maior do que o numero dos agradecidos; o objetivo da cura foi promover a glória de Deus; e o samaritano que era o menos favorecido foi quem expressou maior gratidão.

2.4. A GRATIDÃO POSSIBLITA MAIORES BENÇÃOS.

Os dez leprosos foram curados fisicamente. Apenas um recebeu a benção completa: aquele que voltou para agradecer. E disse-lhe: levanta-te e vai; a tua fé te salvou. (Lc 17.19). Diferentemente dos outros nove, esse homem não foi curado apenas fisicamente, mas também a sua alma foi curada. Ele recebeu a salvação da alma porque voltou para agradecer. Os nove ex-leprosos voltaram para suas casas, curados apenas fisicamente.

Quem não agradece por pequenos favores, possibilita o recebimento de novos e maiores favores.

Observe que há dois tipos de fé: fé para receber bênçãos materiais e fé salvadora para receber a salvação da alma. Há dois tipos de salvação: salvação de doenças físicas e salvação da alma. (Lc 12.15; Jo 3.16, 18; Ef 2.8-9; Hb 11.6).

CONCLUSÃO

Após ser provado de forma angustiante, o rei Davi recebeu a libertação de Deus: Pois livraste da morte a minha alma, das lagrimas, os meus olhos, da queda, os meus pés (Sl 116.8). E a grande questão que inquiria a sua mente e que ardia em seu peito era: Que darei ao Senhor por todos os seus benefícios para comigo?(Sl 116.12).

Eu sugiro três respostas: reconheça que Deus é a fonte de todas as bênçãos que você tem recebido; agradeça e adore a Deus por todos esses benefícios; proclame e testemunhe para os outros o que Deus tem feito em sua vida.

Arival Dias Casimiro.