Prédios públicos - astecpmpa.com.br · Que façamos juntos, no ano novo, ... do serviço prestado...

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Nº 30 - dezembro de 2011 - gestão 2011-2012 I M P R E S S O Pode ser aberto pelos Correios AdmiNistrAdores | AgeNtes FiscAis dA receitA muNicipAl | Arquitetos | ArquivistAs Assessores pArA AssuNtos Jurídicos AssisteNtes sociAis | bibliotecários | biólogos cirurgiões deNtistAs | coNtAdores ecoNomistAs | eNFermeiros eNgeNheiros | exAtores muNicipAis FArmAcêuticos | FisioterApeutAs Físicos | geógrAFos geólogos | médicos médicos veteriNários NutricioNistAs | procurAdores proFessores | psicólogos químicos | relAções públicAs sociólogos | técNicos em educAção terApeutAs ocupAcioNAis técNicos em comuNicAção sociAl técNicos em culturA Prédios públicos: uma radiografia

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Nº 30 - dezembro de 2011 - gestão 2011-2012

I M P R E S S OPode ser aberto pelos Correios

AdmiNistrAdores | AgeNtes FiscAis dA receitA muNicipAl | Arquitetos | ArquivistAsAssessores pArA AssuNtos JurídicosAssisteNtes sociAis | bibliotecários | biólogoscirurgiões deNtistAs | coNtAdoresecoNomistAs | eNFermeiroseNgeNheiros | exAtores muNicipAisFArmAcêuticos | FisioterApeutAsFísicos | geógrAFosgeólogos | médicosmédicos veteriNáriosNutricioNistAs | procurAdoresproFessores | psicólogosquímicos | relAções públicAssociólogos | técNicos em educAçãoterApeutAs ocupAcioNAistécNicos em comuNicAção sociAltécNicos em culturA

Prédios públicos: uma radiografia

Associação dos técnicos de Nível Superior do Município de Porto Alegre2

Novos temposMais um ano finda e outro começa, trazendo esperança de que as coisas sejam melhores. Cumpre-se um ciclo que dei-xa saudades dos colegas que dividiram conosco tantas jor-nadas e já não estão mais aqui. Um ciclo de movimentos empreendidos em busca da valorização profissional, de al-guns avanços importantes e experiências além das frontei-ras nacionais que expandiram o pensamento para nunca mais voltar ao tamanho anterior. Um ciclo de ações para rei-terar a posição em busca do que é justo e correto e, sendo assim, igual para todos em suas especificidades.

E que venham os novos tempos, nos quais as conquistas se consolidem e energias se renovem, fazendo crescer a par-ticipação em prol de todos, como mandam os princípios do associativismo.

Que façamos juntos, no ano novo, com mil sócios e mais, uma Astec grande e forte, capaz de alcançar condições de trabalho sempre mais adequadas, refletindo na qualidade do serviço prestado à população de Porto Alegre.Feliz Natal e próspero

EditoriAl

rua barão do triunfo, 419, conj. 304Fone (51) 3217-2921 – menino deuscep 90130-101 – porto Alegre – [email protected]

diretoriA executivA

PrESidENtE eng. paulo demingos

1ª Vice-Presidente biól. isabel cristina Junqueira

2º Vice-Presidente eng. clóvis breda

1º tESoUrEiro eng. carlos Adolfo bernd

2º tESoUrEiro Jorn. João iudes Nodari

1ª secretária Adm. márcia carcuchinski da silva

2º secretário eng. Adriano roque de Arruda

coNselho deliberAtivoAPoSENtAdoSeng. dante cerqueira michelecont. Ari Krasnereng. João pedro chaves NunesdMAEAdm. margareta baumgartendEMHABeng. carlos ernesto gallichio Friedricheng. marcelo dieterichdEPeng. ênio renato Alves JúniordMlU/SMiCeng. José link barbosaSMAMeng. irineu pedro Foschieraeng. carlos Augusto Nissolabiól. eduardo delgado olabarriagaeng. Agr. Aldenise ceratti lopesSMiC + SMt + SMdHSU + SMC + CMPAArq. denise picklersMoVeng. sérgio luiz brumeng. carlos penha otero JúniorArq. Josane gauervinício lino de FreitasSMSenf. lurdes maria toazza turaenf. márcia cambraia calixtoeng. ricardo z. pulvirentiSPMArq. sônia maria dos santos castroArq. selma rubina thomaz

coNselho FiscAlecon. marisa Ney santos de pinhoAdm. vera lúcia broki brasilecon. valdir belbute

tirAgEM 1.100 exemplaresdistribuição gratuitaJornalista resPonsáVel ruvana de carli - drt 5534

FotoS Arquivo Astecedição Gráfica paica estúdio gráfico | tibaiMPrESSão ideograf

Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores e não refletem necessariamente a opinião da Revista.

dEzEMBro 2011 3

dAtAs proFissioNAisA AStEC cumprimenta os profis-sionais pela passagem de suas da-tas. Parabéns aos colegas técnicos que trabalham para construir uma Porto Alegre sempre melhor.

conheça os novos sócios e apresente o sócio mil

eleições complementaresnúcleos astec dMae, sMaM, sPM e sMoV têm novos conselheiros

itália e suíça na rota do mundo do trabalhoVii congresso Mundial de administração e Xii fia

gestão integrada das águas em porto Alegreartigo das eng. daniela Bemfica e Magda carmona

entrando na maturidade sem certidão de nascimentoPrédio da sMoV e sPM faz 40 anos como retrato das condições dos prédios públicos

Artigo: A perda da visão de planejamento como um todo através dos temposPor Eng. Paulo demingos

A história do boletim epidemiológico de porto Alegreartigo da enf. lisiane Morelia Weide acosta

dialogando com as comunidades de baixa rendaartigo do eng. fernando Biffignandi

Artigo: o programa de monitoramento da qualidade do arPela Equipe de Controle e Combate à Poluição Hídrica e Atmosférica da SMAM

movimentos profissionais

plano de carreira

Notícias: Aniversário Acespa, escalada, essencialidade

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confira os convênios Astec

12/07 dia do Engenheiro florestal

13/07 dia do Engenheiro sanitarista

20/07 dia da Amizade

11/08 dia do Advogado

13/08 dia do Economista

27/08 dia do Psicólogo

31/08 dia do Nutricionista

03/09 dia do Biólogo

09/09 dia do Administrador e do Veterinário

22/09 dia do Contador

03/10 dia do dentista

12/10 dia do Engenheiro Agrônomo

13/10 dia do Fisioterapeuta e do terapeuta ocupacional

15/10 dia do Professor

18/10 dia do Médico

20/10 dia do Arquivista

28/10 dia do Funcionário Público

09/12 dia do Fonoaudiólogo

11/12 dia do Arquiteto e do Engenheiro

CoNFirA NEStA Edição

Associação dos técnicos de Nível Superior do Município de Porto Alegre4

noVos sócios

ArQ. ANA MAriA godiNHo gErMANi APoS. / SMAM

Biól. andrÉ tHiaGo de soUZa lanZer SMAM

adM. celina de oliVeira ParMeGGiani APoS. / Previmpa

enf. circe de oliVeira a. frança SMS

ArQ. ClAUdiA MAriA BAPtiStA gUAldi SPM

CoNt. ClEBEr MAUrÍCio FoNSECA iBiAS SMF

enf. cleBer Volnei silVeira de VarGas SMS

Biól. elinÉa BarBosa cracco SMS

Biól. flaVio Barcelos oliVeira SMAM

enG. aGr. GaBriela de aZeVedo MoUra SMAM

adM. Gladis saraiVa liMa SMgAE

arQ. GláUcia elen riBeiro caZarrÉ SMAM

ENg. gUilHErME FlorES dA CUNHA Fº sMoV

AdM. HENriQUE SAMBrANo SMEd

ArQ. JUliANA BArCEloS MAgAlHãES sMoV

ENF. JUliANA MACiEl PiNto SMS

divulgue nossa Entidade. Faça como os colegas que se tornaram novos sócios:Participe da Campanha Astec em busca do Sócio Mil

AssociAtivismo pArticipAtivo se FAz com uNião e plurAlidAde

parabéns aos novos sóciosA Astec saúda os colegas que passam a integrar o quadro de associados.

adM. leandro cardoso da silVa nUnes gPE

enG. lUciano sandanHa Varela PgM

Cir. dENt. MAriA ArlEtE EloY NASCiMENto APoS. / SMS

ENg.MAriA dA grAçA dA CUNHA sMoV

tÉc. edUc. Maria de fátiMa santos Vieira APoS. / FASC

enG. ciVil MoeMa felsKe leUcK dMAE

ENF. NEliA ElENAr MACHAdo aPos. / sMs-HMiPV

enG. PaUlo GUilHerMe s. B. da silVa dEP

ENg. rodrigo CABErloN CrUz dEP

nUtr. siMone KlUWe scHiaVon SMEd

arQ. sonia Maria da silVa APoS. / dEMHAB

Biól. soraYa riBeiro SMAM

ENg. Agr. tiAgo BErNd SMAM

adM. Vera Maria santos rodriGUes APoS. / SMA

adM. Ênio JosÉ Mariani gPE

Astec em busca do sócio mil

dEzEMBro 2011 5

ElEiçõES CoMPlEMENtArES

Núcleos da Astec têm novos representantesForam realizadas eleições complementares em quatro dos núcleos da Astec nos quais haviam vagas: dMae, sMaM, sMoV e sPM

dmAeEmbora existam duas vagas no núcleo, foi eleita apenas a Adm. Margareta Baumgarten, mas os demais técnicos se propuseram a auxiliar nas mobilizações, como já vem acon-tecendo, por exemplo, na campanha pela gratificação de essencialidade.

smAmForam eleitos um titular e um suplente para a segunda vaga aberta no núcleo da Secretaria do Meio Ambiente, que con-ta hoje com 63 associados. A composição completa passa a contar com Eng. irineu Pedro Foschiera e Eng. Carlos Augus-to Nissola (suplente), Biól. Eduardo delgado olabarriaga e Eng. Agr. Aldenise Ceratti lopes (suplente).

smovna secretaria de obras e Viação foram eleitos mais um titu-lar e dois suplentes, completando o quadro do núcleo. os representantes no Conselho deliberativo são Eng. Sérgio luiz Brum e Eng. Carlos Penha otero Júnior (suplente), Arq. Josa-ne Gauer e Vinício lino de freitas (suplente).

spmNa Secretaria do Planejamento foi preenchida a suplência da vaga de conselheiro, ficando a representação junto ao Cd da Astec a cargo das Arquitetas Sônia Maria dos Santos Castro e Selma rubina thomaz (suplente).

Margareta Baumgarten irineu Pedro Foschiera Carlos Augusto Nissola

Aldenise Ceratti lopesEduardo delgado olabarriaga

Sérgio luiz Brum Carlos Penha otero Júnior

Vinício lino de freitasJosane gauer

Sônia Maria dos Santos Castro Selma rubina thomaz

Associação dos técnicos de Nível Superior do Município de Porto Alegre6

AStEC 17 ANoS

Comemoração e homenagem aos aposentadosalta gastronomia, música dançante e homenagem aos aposentados fizeram o sucesso da Festa de Aniversário, na AABB, na noite do sábado, 2/10

Na abertura, os convidados foram brindados com a música do eng. dante michele, que deu um toque muito especial ao coquetel, com repertório bastante variado. o jantar foi prepa-rado pelo cheff loripaulo, primeiro lugar por dois anos conse-cutivos, 2009 e 2010, no escoffier – Festival gastronômico sa-bores do sul e ofereceu um cardápio que aliou requinte e sabor.

durante o evento, foram homenageados os associados que se aposentaram entre julho de 2010 e junho de 2011: a eng. civil Ana luiza silva carvalho e o Farm. Jair staruck. e houve, ainda, uma homenagem surpresa, em agradecimento ao con-selheiro dante michele, pelo muito que tem se dedicado à As-tec, ajudando a torná-la uma referência entre as associações de servidores da prefeitura de porto Alegre.

Após o jantar, foi aberta a pista de dança, em clima de gran-de descontração e alegria.

dEzEMBro 2011 7

Associação dos técnicos de Nível Superior do Município de Porto Alegre8

AdMiNiStrAção

Vii congresso Mundial e Xii fórum internacionalconferencistas de peso, como o

sociólogo italiano domenico de masi e

o economista brasileiro carlos hilsdorf,

discutiram “o mundo do trabalho: uma

visão prospectiva da Administração”,

tema do vii congresso mundial de

Administração e xii FiA – turim, itália e

genebra, suíça – de 10 a 14 de outubro

de 2011. Assuntos específicos como a

dimensão social do trabalho na

globalização, o combate à pobreza e

geração de emprego no mundo,

assédio moral, ética, renda, entre

outros, desafiaram a capacidade do

Administrador e desacomodaram

todos, independentemente do campo

profissional, dada a abordagem

transdisciplinar. A Administradora

dione borges de carvalho, associada da

Astec e presidente da Acespa, traz um

relato sobre esses grandes eventos

conjugados, dos quais participaram

também outros sócios de nossa

entidade

o mundo é global e nunca se falou tanto em globalização co-mo agora. o Sistema CFA/CrAs (formado pelo Conselho Federal e Conselhos regionais de Administração) preocupado com as questões globais e seus impactos, vem discutindo os temas glo-bais importantes para o Brasil Sustentável e para os profissionais administradores, responsáveis, dentro da empresa, em imprimir políticas de desenvolvimento voltadas à gestão das empresas e das pessoas que as tornam entidades com vida e significado. Es-sas discussões ocorrem através do Fórum internacional, que já está em sua Xii edição.

também o CrA-rS, atento às inovações mundiais, criou o Congresso Mundial de Administração – cuja primeira edição ocor-reu em 2004, na cidade de Gramado/rs/ Brasil; em 2005, em nienburg/alemanha; em 2006, novamente em Gramado; em 2007, em coimbra/Portugal; em 2008, em Porto alegre; em 2010, em Quebec/Canadá e, em 2011, em turim/itália e genebra/Su-íça, além de já ter promovido missões empresariais, como a da China, em 2009.

e foi com este olhar que aconteceram o Vii congresso Mun-dial de administração e Xii fia, realizados pelos conselhos fede-ral (CFA) e regionais (CrA-rS e CrA-rJ), através de convênio com a organização internacional do trabalho (oit) – genebra, e Facul-dade de Economia e Negócios da Universidade de turim. também com apoio da oit-Brasil, organização latinoamericana de Admi-nistração-olA, PUCrS – Pontifícia Universidade Católica do rio grande do Sul e Centro internacional de Formação-Cit/oit-itália. Cerca de duzentos brasileiros, dos quais alguns associados da As-tec, a partir dos Princípios e direitos Fundamentais do trabalho fixados pela oit, estiveram entre os que mergulharam no univer-so do trabalho para refletir sobre suas práticas, em especial, aque-las que devem ser eliminadas, tais como o trabalho escravo, o trabalho infantil e o assédio moral, entre outras. o Pacto global pelo Emprego, defendido pela organização das Nações Unidas – onU, e a Ética no trabalho também estiveram em pauta.

os Princípios e direitos Fundamentais no trabalho, aprova-dos na 86ª Conferência internacional do trabalho, em genebra, em junho de 1998, defendem “a liberdade de associação e o re-conhecimento efetivo do direito de negociação coletiva; a elimi-nação de todas as formas de trabalho forçado ou obrigatório; a abolição efetiva do trabalho infantil; a eliminação da discrimina-ção em matéria de emprego e de profissão”. Já o Pacto global pelo Emprego (g20) visa à comunidade empresarial internacio-nal no sentido de buscar o crescimento equilibrado com respei-to ao meio ambiente, aos direitos humanos e combate à corrup-ção. o trabalho decente e a sustentabilidade não devem ser ex-cludentes. Paradoxo? Não. o equilíbrio é possível!

visitas técnicasdurante o evento, os participantes tiveram oportunidade de par-

Adm. dioNe borges de cArvAlho – corresPondente da astec no conGresso

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Vii congresso Mundial e Xii fórum internacional

em turim, da esq. para a dir., os Adm. associados à Astec: Walter lemos, Ana Amélia garcia, sônia vaz pinto, secretária da Administração de porto Alegre, ieda maria baldi ribeiro, ruy baratz, dione borges de carvalho e Julio Arantes

ticipar de visitas técnicas programadas com o objetivo de novos conhecimentos e troca de experiências.

em turim, na itália, dentre outras, houve visita à fábrica da indústria de automóveis FiAt, com rígido protocolo, sendo proi-bido tirar fotografias. Foi possível observar o processo produtivo de dois modelos de automóveis, onde o uso de robôs é deveras interessante. os robôs fazem o trabalho repetitivo e de precisão, evitando o trabalho humano sem penso, que Charles Chaplin alertava no filme ”tempos Modernos”. Em tempo real, os visitan-tes acompanharam a fabricação de um automóvel, modelo Mito.

em genebra, foi possível visitar a oit e a oNU. organização internacional do trabalho – oit: agência ligada à oNU, é especializada nas questões do trabalho e tem repre-sentação paritária de governos de 182 Estados-membros, de em-pregadores e de trabalhadores, com sede em genebra, e cola-bora com a oNU desenvolvendo políticas e programas para ge-

ração de empregos dignos e no combate à eliminação da pobre-za. Com essa agenda específica, busca fazer reflexões em várias instâncias, tanto públicas como privadas, bem como no legisla-tivo e Judiciário, sobre o tema. Seus representantes afirmam que a prática do trabalho decente potencializa as empresas para maior concorrência internacional e desenvolvimento socioeconômico. Aos empresários (e governos), recomenda programas para pro-moção de salários dignos e proteção social, com o objetivo de assessorar empresas internacionais a adotarem as diretrizes dos direitos humanos fundamentais básicos, assessorando na trans-formação de normas sociais corporativas. A oit visa uma cultu-ra ética na empresa e pode auxiliar em diferentes problemáticas como gênero, exploração do trabalho infantil, capacitando jovens para ingressarem no mercado de trabalho em idade adequada. organização das Nações unidas: rígido protocolo de entrada, semelhante ao de aeroportos. Foi possível conhecer a estrutura

Associação dos técnicos de Nível Superior do Município de Porto Alegre10

AdMiNiStrAção

e as atividades desta organização internacional, cujo objetivo é tratar dos direitos humanos, progresso social, desenvolvimento econômico, direito e segurança internacional e a promoção da Paz Mundial. A riqueza histórica e artística do Palácio das Nações Unidas impressiona. É grandiosa. o palácio é muito imponente, como se exigisse do mundo, um curvar-se. os salões onde se re-únem os líderes mundiais são imensos. A Arquitetura é impo-nente, mas o mundo necessita é que esta imponência seja o sím-bolo da responsabilidade de seus representantes que se utilizam dessa estrutura física para pensar ações que favoreçam a huma-nidade, trazendo dignidade e paz. o somatório das forças reuni-das na oNU, por proposições sociais, que agreguem importantes feitos à humanidade foi o que a minha mente associou com a grandeza da estrutura física. A luta contra a centralização da ri-queza e a manutenção da ignorância deve ser trabalho perma-nente de todos os que ali trabalham e se reúnem e de todos nós.

As obras de arte também me impressionaram. São doações artísticas efetuadas por paises membros. dentre os papéis cum-pridos pela arte, está o de representar e eternizar movimentos sociais, o avanço das eras e o caminhar da humanidade em seus diferentes ciclos e épocas. o congresso mundial de Administração estava a pensar o mundo do trabalho e, à medida que avançáva-mos a cada obra artística, me veio à memória nosso grande Cân-dido Portinari, que retratou muito bem o mundo do trabalho em “café” – 1934, onde a figura humana foi esculpida de forma ro-busta, com mãos e pés gigantes, chamando a atenção para a ter-ra e para o trabalho. ainda em 1941, pintou os painéis para a li-brary of congress – Biblioteca do congresso de Washington d.c., nos Estados Unidos, e, em “ descobrimento”, o artista mostra, novamente, a importância e respeito que tinha pelos trabalhado-res. A arte nos traz beleza e lições imperceptíveis, em cores e tons.

Além das visitas técnicas, o tour pelas cidades do Congresso

possibilitou a integração dos congressistas com turim e genebra, suas histórias, arte e arquitetura. Sentir o pulsar de cada uma das cidades, a dinâmica de seus povos, suas glórias, antepassa-dos, conquistas, desenvolvimento, tecnologia permitiu-nos sen-tir a vida no seu curso! Conhecer o mundo é desmistificar a ten-dência de achar que “lá fora” há coisas melhores. Sim, há mais educação, mais saúde, elevados idHs – indicador de desenvol-vimento Humano, ou seja, mais qualidade de vida! Mas, princi-palmente, é constatar que temos um País maravilhoso e, como diz nosso Hino Nacional, “... povo heroico...”, alegre e com dispo-sição para fazer as transformações necessárias para que “sirvam nossas façanhas, de modelo a toda terra”, de acordo com o Hino rio-grandense!

A presidente do CrA-rS, Adm. Claudia Satadtlober, desafiou os participantes a inquietarem-se para, assim, descobrirem no-vas e melhores práticas para atender à democracia e às questões vivenciais da sociedade moderna no mundo do trabalho. E o adm. Wagner siqueira, Presidente do cra-rJ, instigou olhar os paradoxos e acelerar pois o pensamento que gera as mudanças tem sido muito lento se comparado à velocidade da tecnologia. o ser humano deve se apropriar e dominar as tecnologias para delas extrair um mundo melhor.

o Congresso nos fez refletir sobre o significado da palavra trabalho, ou Tripalium (do latim “tri” – três e “palus” – pau), ou seja, “três paus”, instrumento romano de tortura de escravos. Quando é usada a expressão “solto às seis” para definir o horá-rio de trabalho, isto remete a uma inconsciente referência à es-cravidão – castigo. no século XXi, o trabalho já deveria ser assi-milado e compreendido como oportunidade, além do sustento econômico e de trocas e autoconhecimento à medida que nos defrontamos com diferentes culturas e modos de proceder. opor-tuniza o exercício das competências técnicas e interpessoais.

Alguns Encaminhamentoso Sistema CAF/CrAs, através do Presi-

dente, Adm. Sebastião Mello, prometeu esforços no sentido de promulgar os direi-tos fundamentais do trabalho decente nas organizações e a valorização do Adminis-trador nestas transformações, e Wagner Siqueira do CrA-rJ alertou para a neces-sidade de romper paradigmas, pois o Ad-ministrador tem papel estratégico como agente de transformação social, ambiental e do trabalho a fim de garantir sua efetiva e necessária participação nos processos de transformações sociais e éticas, concla-mando-o, a rever práticas tais como a de gerir o trabalho como mero feitor do ca-pital e do trabalho.

o trabalho do Administrador como ges-tor de pessoas (os trabalhadores), ganhou

destaque e responsabilidade no trabalho decente. o gerenciamento responsável e ético, com foco nas transformações sociais, observando a economia local e o mercado global sem esquecer-se das questões sus-tentáveis num mundo cada vez mais inter-dependente, é seu desafio maior. Cabe-lhe a tarefa de chamar a atenção para que o Princípio Constitucional da Eficiência seja cumprido na sua plenitude!

Para tanto os organizadores efetua-ram importante parceria com a oit no sentido de capacitar os Administradores interessados.

Por fim, ao analisar informações rece-bidas sobre hábitos dos habitantes euro-peus visitados, em uma reflexão pessoal sobre a condição brasileira, compreendi

que uma das nossas maiores caracteristi-cas é nosso maior problema: a fleXiBili-dAdE, pois esta tem gerado falta de disci-plina, necessária em todas as realizações humanas. Precisamos aproveitar melhor nosso potencial, minimizando a indiscipli-na. Portanto, vamos à luta, digo ao traba-lho, já que luta lembra guerra, que lembra eliminação do outro. Entretanto é inclu-são, trabalho em equipe, estudo perma-nente e cooperação, os elementos neces-sários nos diferentes ambientes em que transitamos. Elementos estes que a equi-pe organizadora do Congresso Mundial (tanto do Brasil como do exterior) demons-trou na prática cotidiana e bastidores do evento. E que todos nós, cidadãos, deve-mos buscar equilíbrio entre trabalho, lazer.

JUlHo 2011 11

ideias centrais do Congresso Mundial de Administração e

recomendações

gerAção de emprego – É necessário colocar o em-prego e a proteção social no centro das preocupações. Através das palestras proferidas, observou-se, felizmen-te, que o mundo está preocupado em construir políticas públicas que garantam a geração de emprego e do tra-balho decente, com leis protetivas ao trabalhador, e for-talecimento da ordem jurídica.

FormAs utilizAdAs pArA reAlizAr o trAbAlho também foram palco de discussão. o trabalhador preci-sa ser mais criativo, e o mundo pós-industrial exige no-vas práticas, as quais hoje ainda são as mesmas da era industrial. o ócio criativo foi recomendado como uma das formas de criar o novo mundo, conforme preconiza o palestrante italiano domenico de Masi.

trAbAlho deceNte – eliminação de todas as formas de trabalho forçado ou obrigatório; abolição do trabalho infantil; eliminação da discriminação em matéria de em-prego e de profissão e do assédio moral que humilha e deprecia. Para este último item, recomendou-se a criação de instâncias de mediação interna para ouvir a vítima e o autor do assédio moral de forma segura e estipular san-ções aos autores nas cláusulas de contratos de trabalho. importante destacar neste tema que a AStEC já teve como bandeira a campanha “Não ao Assédio Moral”, onde utili-zou as práticas de mediação recomendadas nesse Vii con-gresso Mundial, quando recebia denúncias de servidores associados e as mediava junto à Administração Municipal.

A crise muNdiAl de 2008 – constatação de que o mundo está mal administrado.

Uma notícia publicada recentemente, pós-Congresso revela que, segundo dados do MEC em 2010, o curso de Administração é o que tem maior número de estudantes no Brasil (705.690) e, segundo o Secretário de Educação Superior do MEC, luiz Claudio Costa, “isso não é bom pa-ra o desenvolvimento do país, nem vantajoso do ponto de vista social e econômico. temos que continuar traba-lhando por meio de mecanismos de oferta que incentivem a criação de novos cursos e permitam ao aluno ter melhor visua lização das vagas disponíveis”.

A conclusão do Congresso Mundial de que a crise mun-dial de 2008 se deve à má administração do mundo, é uma importante reflexão a ser feita. o Brasil forma os pro-fissionais da Administração e tem muito espaço para es-tes profissionais ocuparem. Basta olhar o número total de empresas brasileiras – comércio, indústria, serviços, terceiro setor, empresas públicas! E as áreas reservadas a esse profissional possuem amplitude. de acordo com a lei 4.769/65 são áreas dos profissionais de administra-ção: Planejamento, gestão de Pessoas (rH em todos os subsistemas), finanças, marketing, administração de ma-teriais, patrimoniais e de produção.

o que de fato se precisa é estimular as empresas a co-locarem estes profissionais nas áreas adequadas e dar-lhes a devida importância e remuneração.

domenico de masi carlos hilsdorf

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artiGo tÉcnico

Gestão integrada das águas em Porto alegreA gestão das águas urbanas em Porto

Alegre é de responsabilidade do departa-mento de Esgotos Pluviais – dEP (drena-gem urbana) e do departamento Munici-pal de água e esgotos – dMae (abasteci-mento de água e esgotamento sanitário), ambos órgãos de primeiro escalão do Po-der Executivo Municipal. Entretanto, en-quanto o dEP faz parte da administração direta do município, tendo seu orçamen-to vinculado ao das demais secretarias municipais, o dMAE é uma autarquia, com autonomia jurídica e orçamentária.

Historicamente, o dEP teve origem em uma divisão do dMAE, tornada inde-pendente em 1973. desde então, os dois órgãos têm trabalhado separadamente, apesar da grande afinidade existente en-tre suas atribuições. Ambos desenvolve-ram, ao longo das décadas, o planeja-mento de ações em suas respectivas es-feras de atuação. Porém, os maiores in-vestimentos em obras de infraestrutura sempre foram feitos pelo dMAE, cuja au-tonomia orçamentária lhe permite dispor livremente dos recursos arrecadados por meio da tarifação de seus serviços. o dEP, por depender totalmente da liberação de verbas por parte da administração cen-tralizada e não dispor de arrecadação própria, sempre teve que trabalhar com recursos mais escassos.

Apesar da histórica escassez de ver-bas, a partir de 1999 o dEP iniciou uma nova fase no planejamento da drenagem urbana em Porto Alegre, por meio da ela-boração do Plano diretor de drenagem Urbana (PddrU). Em uma primeira etapa,

foi firmado um convênio com o instituto de Pesquisas Hidráulicas da Universidade Federal do rio grande do Sul (iPH/UFr-gS), para avaliação de seis bacias hidro-gráficas piloto. os sistemas de macrodre-nagem dessas bacias foram simulados, para diferentes cenários de ocupação do solo, permitindo a detecção dos princi-pais pontos críticos de alagamentos e a análise de possíveis soluções para os pro-blemas verificados. Considerando aspec-tos econômicos, técnicos e práticos (co-mo, em alguns casos, a falta de espaço físico para a ampliação de canalizações), as soluções apontadas tiveram como ba-se, principalmente, o uso de dispositivos de controle de escoamento, isto é, o con-ceito de amortecimento das vazões de pico e de não-transferência dos efeitos da urbanização para jusante.

Para dar início à implementação das medidas de controle definidas na primei-ra etapa do PddrU, o dEP priorizou a ba-cia do Arroio da Areia, por ser essa a úni-ca região da cidade na qual ocorrem sis-tematicamente mortes em função de ala-gamentos. A solução proposta para essa área foi a implantação de onze reserva-tórios de amortecimento de cheias, bem como a ampliação de diversos trechos de condutos. o PddrU considerou, inicial-mente, a implantação de estruturas de detenção a céu aberto, com taludes gra-mados, a maioria delas localizada em pra-ças ou outras áreas públicas.

o primeiro grande desafio encontrado pelo dEP foi a não aceitação das medidas

definidas no PddrU por parte da SMAM (Secretaria Municipal do Meio Ambiente), em função da necessidade do uso de pra-ças públicas para implantação das bacias de detenção. Nesse aspecto, a SMAM re-cebeu amplo apoio da população local, bastante contrariada pela sua não parti-cipação na elaboração do PddrU. Foi mui-to questionada pela população local a pre-sença de esgoto cloacal na rede pluvial, o que poderia inviabilizar, em tempo seco, o uso da área para lazer, em função de uma possível contaminação do solo. Já, por parte da SMAM, sequer foi aceito o conceito de usos múltiplos para as praças.

Após amplas discussões entre dEP, SMAM e moradores locais, incluindo a re-alização de audiências públicas na região, houve uma alteração da solução original-mente proposta, sendo previstas agora estruturas de detenção fechadas, em con-creto. Além disso, ocorreram negociações com o dMAE para que a implantação de rede separadora absoluta na região, pre-vista inicialmente para um prazo de dez anos, fosse realizada concomitantemen-te à execução das obras de drenagem.

tais alterações acarretaram uma ele-vação considerável dos custos inicialmen-te previstos. Considerando-se apenas a diferença de valores entre os reservató-rios abertos em grama e fechados em con-creto, tem-se um incremento da ordem de 300%. deve-se somar a isso o custo excedente em função da antecipação da implantação de rede separadora absolu-

dANielA bemFicA – enG. ciVil – Mestre eM recUrsos Hídricos e saneaMento aMBiental – serV. da diV. de oBras e ProJ. do deP. de esGotos PlUViais (doP/deP) mAgdA cArmoNA – enG. ciVil – Mestre eM recUrsos Hídricos e saneaMento aMBiental – serV. da diV. de oBras e ProJ. do deP. de esGotos PlUViais (doP/deP)

JUlHo 2011 13

Gestão integrada das águas em Porto alegredANielA bemFicA – enG. ciVil – Mestre eM recUrsos Hídricos e saneaMento aMBiental – serV. da diV. de oBras e ProJ. do deP. de esGotos PlUViais (doP/deP) mAgdA cArmoNA – enG. ciVil – Mestre eM recUrsos Hídricos e saneaMento aMBiental – serV. da diV. de oBras e ProJ. do deP. de esGotos PlUViais (doP/deP)

ta na sub-bacia hidrográfica, totalmente assumido pelo dMAE.

A disponibilização de verba para im-plantação das ações previstas pelo PddrU é outra dificuldade enfrentada. Até o mo-mento, cerca de dez anos após a conclu-são dos estudos do Arroio da Areia, ape-nas três dos onze reservatórios original-mente previstos foram efetivamente im-plantados, sendo que dois deles foram executados como contra-partida por no-vos loteamentos na região.

o primeiro dos reservatórios previstos para as áreas de praças foi recentemente executado pelo dEP. trata-se de uma es-trutura fechada, em concreto, localizada na Praça Celso luft, cuja operação ainda é questionada pela população local. Ape-sar da estrutura já estar concluída, os con-dutos de macrodrenagem afluentes ain-da não foram conectados, pois a rede se-paradora absoluta dessa bacia hidrográ-fica ainda está sendo implantada pelo dMAE. Atendendo aos condicionantes definidos na etapa de licenciamento am-biental, o reservatório de detenção só po-derá efetivamente entrar em operação quando da conclusão das obras de esgo-tamento sanitário.

Concomitantemente às ações desen-volvidas no nível municipal, em 2007 foi aprovada a lei federal 11.445, conhecida como “lei do Saneamento”, que estabe-

lece as diretrizes para a política federal de saneamento básico. As principais ino-vações introduzidas são a obrigatorieda-de de elaboração de planos diretores de saneamento e o respeito ao princípio do controle social, com ampla participação da sociedade no planejamento do sanea- mento ambiental.

No caso de Porto Alegre, a lei do Sa-neamento está sendo atendida por meio da elaboração de planos setoriais, de res-ponsabilidade do dMAE (abastecimento de água e esgotamento sanitário), dEP (drenagem urbana) e departamento Mu-nicipal de limpeza Urbana – dMlU (resí-duos sólidos). infelizmente, apesar das exigências legais, tais estudos estão sen-do feitos de forma totalmente indepen-dente, não levando em consideração as várias interfaces existentes entre as di-versas áreas do saneamento.

isto se deve, sobretudo, ao fato de que os três departamentos responsáveis pela gestão do saneamento na cidade são to-talmente autônomos, com estruturas or-ganizacionais e disponibilidade financei-ra bastante diversas. Enquanto o dMAE dispõe de um amplo quadro técnico e au-tonomia para aplicar seus recursos finan-ceiros, dEP e dMlU são órgãos menores, totalmente dependentes da liberação de verbas por parte da administração cen-tralizada. Sendo assim, os Planos direto-

res são elaborados separadamente, de acordo com a disponibilidade orçamen-tária de cada órgão, o que dificulta con-sideravelmente a sua interligação.

A falta de um planejamento integrado do saneamento em Porto Alegre é uma barreira que deve ser urgentemente ven-cida, conjugando esforços de dEP, dMAE e dMlU, com vistas não só ao atendimen-to da legislação vigente, mas, sobretudo, a evitar problemas como o verificado na bacia do Arroio da Areia, em que uma obra de drenagem já concluída pelo dEP não pode entrar em operação por falta de re-des de esgotamento sanitário na região.

Cabe ressaltar que essa integração é necessária não apenas no âmbito de pla-nejamento, como também na operação e manutenção do sistema de saneamen-to na cidade. Um dos principais motivos da oposição da população à implantação de reservatórios de amortecimento de cheias na cidade, quer sejam em áreas de praça ou em locais especificamente destinados para essa função, é a excessi-va presença de lixo na macrodrenagem, bem como de efluentes sanitários oriun-dos de ligações clandestinas, até mesmo em regiões onde existem redes coletoras do dMAE. Esse é um sério problema que deverá ser gradualmente solucionado por meio de ações conjuntas entre os três ór-gãos envolvidos.

CoNdiçõES dE trABAlHo

11.11.11 pode parecer aos mais supers-ticiosos uma data carregada de

simbolismo e possibilidades. Mas, crenças à parte, no dia em que completou 40 anos de existência, o prédio que abriga as secretarias de obras e Viação e do Planejamen-to Municipal vê poucas mudanças no horizonte. A mais significativa é a possbilidade de finalmente obter o habi-te-se, dando fim a um paradoxo histórico, já que é a sMoV a responsável pela emissão desse documento para todos os prédios da capital.

Entretanto, seria precipitado abrirem-se as baterias con-tra esse ícone da arquitetura dos anos 70, como se fosse uma exceção. Ao contrário, ele é a mais pura expressão do abandono enfrentado pela maioria dos prédios públicos, sejam municipais, estaduais ou federais. A falta de docu-mentação é apenas um dos aspectos desses locais, desti-nados a atender os contribuintes através do serviço público.

Na edição 27, de junho de 2010, a revista da Astec abordou o tema das condições de trabalho em diversas áreas da PMPA. Agora, voltamos ao assunto, examinando

Associação dos técnicos de Nível Superior do Município de Porto Alegre14

prédios públicos: uma radiografia

o ambiente de trabalho interfere na qualidade dos serviços prestados à população

cássio trogildo – smov

o exemplo emblemático do prédio da avenida Borges de Medeiros, 2244, que acalenta a expectativa de que este-ja próxima uma reforma de porte que, se não devolver a condição dos dias em que foi inaugurado, estabeleça pe-lo menos um ambiente com condições físicas minimamen-te adequadas para convivência e trabalho.

Hoje, andar pelos corredores continua provocando a mesma sensação ruim de descaso: chapas faltando no te-to, persianas estragadas, sanitários interditados, mobília quebrada, divisórias em constante movimento decoradas

por lasca e manchas e pistas dos estragos feitos pelos cupins são alguns dos itens de uma imensa lista de pro-blemas que tornam desagradável e podem comprometer a qualidade do trabalho prestado à população. Mais pre-ocupante é a falta de segurança da rede elétrica, assusta-dora quando se pensa que é neste lugar que se encontra a história das obras de todos os prédios de Porto Alegre – uma memória em montanhas de papel acumulado so-bre prateleiras, ao longo de anos, que vai se perdendo com a deterioração dos documentos.

dEzEMBro 2011 15

CoNdiçõES dE trABAlHo

Mas, há perspectivas de mudanças consideráveis. de acordo com o Secretário de obras, o projeto está em fase de elaboração de edital e as melhorias vão envolver a mo-dernização dos elevadores, que vão subir um andar a mais, atingindo o sétimo pavimento, e devem adequar o edifício ao PCCi – Plano de Prevenção e Proteção Contra incêndio. Cássio trogildo destaca, também, que o programa de in-formática prevê cerca de cem novos computadores, aten-dendo exigência do PdM – Programa de desenvolvimento Municipal de melhoria no gerenciamento do processo de

aprovaçãod e projetos. Ele explica que a tentativa anterior de digitalização não funcionou. Há dois anos, estourou a previsão de espaço para armazenamento dos duzentos e setenta mil processos de arquivos vivos, quando o proce-dimento correto é estancar a produção de arquivos físicos e passar a tramitá-los em meio digital. “A questão não é digitalizar, mas gerenciar o arquivo”, ressalta o Secretário.

A Secretaria do Planejamento tem outra frente que busca “qualificar o ambiente para dar ânimo e empolga-ção aos servidores e aos cidadãos que utilizam o serviço”.

Associação dos técnicos de Nível Superior do Município de Porto Alegre16

Quem explica é o titular da pasta. Marcio Bins Ely lista, com entusiasmo, as medidas que estão sendo implanta-das: terminais informatizados; renovação do mobiliário; processo para reposição funcional; remodelagem da bi-blioteca e da mapoteca, com dois bibliotecários; testagem de um novo sistema de processos através de chip (gratui-to para mil processos); ampliação da sala do plano diretor que, há 25 anos tem as mesmas cadeiras e gavetas sem chaves; novo espaço para a asplan (associação dos fun-cionários do Palnejamento), com o dobro do tamanho,

entre outras modificações.os servidores que já experimentam algumas das alte-

rações comemoram a melhoria das condições de trabalho e esperam que este seja o sinal de que, após 40 anos, acontecerá uma verdadeira adequação do ambiente que o habite-se virá, indicando que o prédio da sMoV e sPM está finalmente a tornar-se um ícone para os demais lo-cais de serviço público. Por enquanto, ainda há muito que necessita ser adequado para que se atinja um mínimo de qualidade naquele espaço.

dEzEMBro 2011 17

marcio bins ely – spm

Artigo

A perda da visão global de planeja mento ao longo do tempoEm 1º de dezembro de 1975, com a

lei nº 4.050, foi criada a secretaria do Planejamento Municipal de Porto Alegre – SPM. A partir de então, a SPM passou a desempenhar o que até esse momento era realizado pelo gAPlAN – gabinete Municipal de Planejamento e Coordena-ção. Portanto, suas atribuições passaram a ser a coordenação dos planos e progra-mas de trabalho elaborados pelas dife-rentes unidades administrativas; promo-ver a integração, num plano global de go-verno, dos serviços atribuídos às autar-quias municipais; opinar sobre alterações na estrutura administrativa municipal (no caso destas afetarem a coordenação do planejamento integrado); proporcionar o entrosamento das atividades munici-pais com os serviços de competência de outras esferas do poder público a fim de evitar ações paralelas; coordenar convê-nios e suas interações com o governo mu-nicipal, tendo o propósito de mensurar seu alcance global e de incorporá-los em ações planejadas governamentais; anali-sar orçamentos do Estado e União suge-rindo providências relativas à sua aplica-ção na área do município; manter conta-tos com entidades ou organismos finan-ceiros nacionais e internacionais; coor-denar estudos ou projetos, obras ou ser-viços enquadrados no plano geral do go-verno, inclusive na área metropolitana.

Entre estas competências, ainda temos que ressaltar as que estavam ligadas di-retamente ao orçamento do município. dentro dos limites da estimativa de recei-ta e de programação financeira de desem-bolso, de competência da Secretaria da Fazenda, a SPM elaborava as propostas anuais de orçamento e planos plurianuais da administração centralizada do municí-pio, e promovia sua consolidação com os das autarquias municipais. Coordenava, ainda, os pedidos de créditos adicionais, condicionando-os ao parecer e aos recur-sos apontados pela Secretaria Municipal da Fazenda, e elaboração dos competen-tes projetos, além de exercer o controle da execução orçamentária no que respei-tava ao cumprimento dos programas de

trabalho, realização de obras e prestação de serviços. reunia, também, e sistema-tizava, dados estatísticos municipais, ela-borava o plano geral do governo munici-pal, compatibilizando-o com as políticas nacional, estadual e metropolitana de de-senvolvimento e coordenava a sua exe-cução. Entre as atribuições, destacava-se, contudo, o desenvolvimento, elaboração (no conceito estratégico), planejamento e controle do uso do solo do município, considerando-se os aspectos sociais, eco-

nômicos, urbanísticos e ecológicos.Na década de 70, o município de Por-

to Alegre vivia tempos de grandes mu-danças urbanísticas e construção de mag-níficas obras. o prédio da Secretaria Mu-nicipal de obras e Viação – sMoV havia sido inaugurado em 11 de novembro de 1971, considerado como um exemplar da arquitetura modernista de Porto Alegre, considerada perfeita para abrigar a sede da então recém-criada Secretaria do Pla-nejamento Municipal.

Associação dos técnicos de Nível Superior do Município de Porto Alegre18

eNg. pAulo demiNgos – secretaria do PlaneJaMento MUniciPal – esPecialista eM adM. PúBlica – Mestre eM enGenHaria e tecnoloGia de Materiais

A perda da visão global de planeja mento ao longo do tempoNo início dos anos 90, iniciou-se um

processo de desmantelamento da SPM, que dura até hoje. A SPM, nos últimos 20 anos, perdeu o planejamento e controle da execução orçamentária e tem sido, gra-dativamente, transformada em mera fis-calizadora do Plano diretor. Além disso, está sendo, pouco a pouco, destituída des-sa atribuição quando os pareceres das “comissões”, criadas pela atual gestão, desconsideram as necessidades urbanís-ticas apontadas pela Secretaria. Esse fato ocorre porque há detrimento das neces-sidades individuais de outras secretarias, assim como as regiões de planejamento focam apenas para si e não para o todo. Perdeu-se, portanto, a visão de conjunto,

visão de um município integrado, não apenas entre suas regiões, mas co-

mo um único organismo em con-sonância, inclusive com a região

metropolitana. A interseto-rialidade não existe. É ca-

da um por si. Cada se-cretaria cuida de seus interesses e necessida-des, deixando o cida-dão muitas vezes abor-recido pela falta de pla-

nejamento. Em um dia pavimentam uma deter-

minada rua e, no outro, abrem valas sobre essa pavimentação para o lançamento de redes de água. Pla-

nejamento esse a que antes se estava acostumado, planejamento que era claro e de fácil entendimento, além do lógico. As diversas atribuições que um dia per-tenceram à SPM hoje compõem os famo-sos “puxadinhos” do gabinete do prefei-to. Para esses gabinetes ligados ao gabi-nete do prefeito foram levados o orça-mento, o planejamento estratégico, ges-tão e acompanhamento, coordenação po-lítica, acessibilidade, mobiliário urbano, Secretaria da Copa, entre outros. Hoje, a SPM praticamente se resume em forne-cer informações sobre o Plano diretor ela-borado quase que praticamente na Câ-mara Municipal, já que os vereadores apresentaram cerca de 400 emendas; aprovar projetos de parcelamento do so-lo, isso quando esses não são encaminha-dos às comissões, que têm parecer supe-rior ao da SPM.

Agora a moda é a implantação do ins-tituto de Planejamento Urbano, para o planejamento de políticas de desenvolvi-mento permanente, ou seja, o dito insti-tuto fará aquilo que um dia a SPM já fez e que, aos poucos, ao longo de anos e de governos, foi-se perdendo. A criação do instituto está estabelecida no Plano dire-tor de desenvolvimento Urbano Ambien-tal – PddUA, aprovado pela lei Comple-mentar 434/99 e alterada pela lei com-plementar 646/10, que em seu artigo 154, no parágrafo XViii estabelece o prazo de 12 meses para sua criação, assim como no artigo 161, parágrafo iii, estabelece o mesmo prazo para a reestruturação da Se-cretaria do Planejamento Municipal. Quan-to a figura jurídica de como ele será (fun-

dação?, autarquia?, empresa pública?) não importa. o que parece ser de suma im-portância é o fato de que tenha um míni-mo de cargos e, se possível, cargos de “con-fiança”. Um “cabidão” de empregos, e quem sabe, mais um puxadinho para o governo ter cada vez mais autonomia de fazer o que bem entender, sonho de todo gestor. Enfim, qual é a necessidade da exis-tência desse novo órgão governamental. Caso necessário, qual o objetivo que esse instituto deveria ter, e qual será sua legi-timidade? Será menos político e mais téc-nico? Conseguirá retomar a visão do todo do município? Coordenará ações entre os demais órgãos da Prefeitura? o instituto não necessariamente tem que elaborar e controlar a execução orçamentária, mas deverá, por ter uma visão única munici-pal, orientar quanto a algumas diretrizes de prioridades de investimentos em infra-estrutura procurando, assim, integrar re-giões em desenvolvimento com as mais desenvolvidas de Porto Alegre, bem como sua região metropolitana.

Mas, nem tudo está perdido. Há es-perança, e o instituto de Planejamento Urbano parece ser uma luz no final do túnel para esse caos urbanístico, onde se reflete de forma desordenada de ocupa-ção e caótica na mobilidade urbana. A criação de um instituto, com a qualifica-ção de seus profissionais, a participação ativa da sociedade e com servidores mu-nicipais comprometidos parece ser, além de provável única saída, inevitável.

o instituto deverá ultrapassar gestões, criar cenários futuros, independente das po líticas públicas no momento de uma ou outra gestão. deve ser indiferente aos inte- resses políticos de qualquer gestão. Aliada à criação do instituto, a reestruturação da SPM, não apenas organizacional, mas tam-bém de toda sua infraestrutura, poderá retomar para a nossa cidade um caminho de desenvolvimento planejado, não de mo-mentos históricos (copa 2014), nem polí-ticos, mas um planejamento de futuro, que considere os aspectos social, econômico, urbanístico e ambiental, um planejamen-to para além de uma gestão, feito por en- genheiros e arquitetos de hoje para as gera- ções de porto-alegrenses de amanhã.

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Associação dos técnicos de Nível Superior do Município de Porto Alegre20

Artigo

lisiANe moreliA Weide AcostA – enferMeira da eVdt

o Boletim Epidemiológico foi reconhe-cido pelo controle social de Porto Alegre, seu Conselho Municipal de Saúde, como Prêmio destaque em Saúde 2011 – Cate-goria: gestão em Saúde. Compartilhando esta informação com os demais servido-res técnicos, lembramos que ele é fruto de uma equipe que, desde a sua forma-ção inicial no ano de 1994, na municipa-lização da Vigilância epidemiológica das doenças transmissíveis (eVdt), teve a vi-são da importância de uma comunicação ativa com a população e profissionais de saúde através da publicação do primeiro Boletim, em abril de 1996.

A publicação do Boletim Epidemioló-gico de Porto Alegre tem como objetivo a retroalimentação das notificações com-pulsórias recebidas pelos diversos profis-sionais de saúde, população e instituições de saúde da cidade. retroalimentação em forma de informação em saúde, com aná-lises das situações em diversos agravos e enfoques, buscando socializar o conhe-cimento e embasar políticas públicas em saúde no município. Por sua importância, a publicação do Boletim se manteve, de forma trimestral, desde 1996, com algu-mas pequenas interrupções, como em 1998, e com menos edições em alguns anos. interrupções estas mais fruto de uma dificuldade de fluxo de licitação do que de um desejo da eVdt.

Ao agradecer este reconhecimento tão gratificante para quem luta em defesa de um sistema único de saúde, em especial de ações de vigilância que atingem toda a população da cidade, independente de ter ou não outros planos de saúde, os profissionais da eVdt, enfermeiras, vete-rinárias, médicos, técnicos e auxiliares de enfermagem, assim como estagiários de diversas formações, sentem-se honrados pelo trabalho que realizam.

Para ilustrar esta trajetória, listamos al-guns fatos históricos registrados nos 15 anos desta publicação: implantação da Vigilância

epidemiológica das Hepatites Virais – no 1º Boletim 1996

Análise da vigilância da leptospirose e vigilância ambiental – no 1º Boletim 1996

divulgação do Novo Calendário de Vacinação no rio Grande do sul – 2º Boletim 1996

Série Histórica da Mortalidade em Porto Alegre dos anos de 1981 a 1995 – 3º Boletim em 1997

Perfil Epidemiológico dos casos de AidS de 1983 a 1996 – 3º Boletim em 1997

Análise da doença Meningococcica em Porto alegre – 4º Boletim em 1997

informação sobre o SiNASC – Sistema de informação sobre nascidos Vivos em Porto alegre – 1995 – 4º Boletim em 1997

implantação do Programa da dengue em Porto Alegre – 5º Boletim em 1999

introdução da vacina contra o Haemoplhilus infuenza – 5º Boletim em 1999

relato da Epidemia de Sarampo em 1997 – 5º Boletim em 1999

Vigilância da Gripe – 6º Boletim em 2000

História da implantação do SiNAN-tUBErCUloSE em Porto Alegre – 7º Boletim em 2000

Análise dos Eventos Adversos de Vacinas de 1998 a 1999 – 7º Boletim em 2000

1ª campanha nacional da Vacinação do idoso para influenza – 8º Boletim em 2000

diagnóstico laboratorial de Meningites Bacterianas – 8º Boletim em 2000

análise Histórica dos casos de Varicela – 1995 a 2000 – 9º Boletim em 2000

Controle epidemiológico da rubéola – 9º Boletim em 2000

Vigilância epidemiológica das Paralisias Flácidas Agudas – 10º Boletim em 2001

diagnóstico Molecular do Vírus da Hepatite c (HcV) – 10º Boletim em 2001

A situação da esquistossomose no município de Porto Alegre – 11º Boletim em 2001

a co-infecção tB-HiV no município de Porto Alegre – 12º Boletim em 2001

relato de Possíveis Casos Agudos de Hepatite C – 13º Boletim em 2001

Vacina contra a Hepatite B para Adolescentes – 13º Boletim em 2001

Vigilância epidemiológica da aids – municipalizada em 2001 – 14º Boletim em 2002

Campanha de vacinação contra rubéola para mulheres em idade fértil – 15º Boletim em 2002

os vetores da dengue em Porto Alegre – 15º Boletim em 2002

Amigo da Epidemiologia – 15º Boletim em 2002

impacto da Vacina do Haemophilus influenza do tipo B nas meningites bacterianas em Porto Alegre – 16º Boletim de 2002

Surtos de doenças de transmissão Alimentar: a importância da notificação – 16º Boletim de 2002

Perfil dos Serviços de terapia renal Substitutiva de Porto Alegre – 16º Boletim de 2002

Alerta sobre transmissão autóctone de leishmaniose Cutâneo Mucosa no município de Porto Alegre. 17º Boletim de 2002

Vigilância epidemiológica da Gestante HiV + e criança exposta em Porto Alegre – 17º Boletim de 2002

Estratificação de risco para transmissão autóctone de dengue em Porto Alegre – 18º Boletim de 2003

Síndrome respiratória Aguda grave – 19º Boletim de 2003

Análise do Programa de Monitorização das doenças diarreicas Agudas – 19º Boletim de 2003

implementando a Vigilância Epidemiológica da raiva Humana e Animal em Porto Alegre – 20º Boletim de 2003

Controle de Acidentes por Animais Peçonhentos – 20º Boletim de 2003

A História do Boletim Epidemiológico de Porto Alegre

A História de dez anos da vigilância epidemiológica das Hepatites Virais do tipo B e C em Porto Alegre – 30º Boletim de 2006

dengue, alerta máximo em Porto Alegre: evitando a transmissão autóctone – 33º Boletim de 2007

Alerta Epidemiológico – surto de rubéola em Porto alegre – 34º Boletim de 2007

Perfil Epidemiológico das agressões animais aos seres humanos em Porto Alegre – rS no segundo semestre em 2006. 34º Boletim de 2007

A vigilância Epidemiológica da tuberculose (tB) em Porto Alegre desde sua implantação – 35º Boletim de 2007

Algumas informações preliminares sobre a ocorrência da epidemia de rubéola em Porto Alegre – 35º Boletim de 2007

AidS – Coeficiente de incidência por área da atuação das Unidades Básicas de Saúde de Porto Alegre no ano de 2006 – 36º Boletim de 2008

tuberculose – Coeficiente de incidência por área da atuação das Unidades Básicas de Saúde de Porto Alegre no ano de 2006 – 36º Boletim de 2008

Alerta Epidemiológico: Síndrome da rubéola Congênita em Porto Alegre – 37º Boletim de 2008

o abandono do tratamento anti-rábico humano pós-exposição em Porto Alegre, rS, Brasil – 38º Boletim de 2008

Alerta Epidemiológico de Febre Amarela – 38º Boletim de 2008

casos de Hepatite Viral do tipo c: uma nova realidade para serviços de saúde – 40º Boletim de 2009

dEzEMBro 2011 21

lisiANe moreliA Weide AcostA – enferMeira da eVdt

leishmaniose tegumentar Americana em Porto Alegre – 21º Boletim de 2003

identificação da fauna de flebotomíneos em função de casos autóctones de leishmaniose – 21º Boletim de 2003

Vigilância epidemiológica da sífilis Congênita em Porto Alegre – 21º Boletim de 2003

curso Básico de Vigilância epidemiológica (cBVe) – 21º Boletim de 2003

Alerta Epidemiológico Coqueluche – 22º Boletim de 2

triatomíneos e grau de infectividade do município de Porto Alegre, rS – 23º Boletim de 2004

Atendimento Anti-rábico humano: acidentes com morcegos – 25º Boletim de 2005

A investigação epidemiológica da Coqueluche em Porto Alegre – 25º Boletim de 2005

repercussões em Porto Alegre do surto da doença de Chagas Aguda ocorrido em Santa Catarina – 26º Boletim de 2005

Hanseníase em Porto Alegre – 26º Boletim de 2005

Supervisão de salas de vacinas: função técnica de cunho pedagógico – 27º Boletim de 2005

Meningites Virais em Porto alegre: comportamento incomum em 2005 – 27º Boletim de 2005

transmissão Vertical da sífilis – 28º Boletim de 2005

intensificação das ações de Vigilância da Febre Maculosa – 28º Boletim de 2005

Vigilância dos eventos adversos pós-vacinação – 29º Boletim de 2006

A floração de algas no lago guaíba – 29º Boletim de 2006

implantação da vacina contra o rotavírus em Porto Alegre, 2006 – 30º Boletim de 2006

Vigilância epidemiológica de influenza Aviária: uma breve atualização de casos e fluxos – 31º Boletim de 2006

A História do Boletim Epidemiológico de Porto Alegre

Avaliação da atividade de vigilância epidemiológica aprimorada da tuberculose através de visita domiciliar em Porto Alegre no ano de 2007 – 40º Boletim de 2009

Edição Especial – influenza AH1N1 – 41º Boletim de 2009

Segunda Edição do Projeto Amigo da epidemiologia – 42º Boletim de 2010

Alerta Epidemiológico – dengue autóctone em Porto alegre – 43º Boletim de 2010

A Situação da Sífilis Congênita em Porto alegre – 43º Boletim de 2010

Edição Especial – População Negra – 44º Boletim de 2010

investigação de leishmaniose visceral canina em Porto alegre – 45º Boletim de 2010

todos os boletins epidemiológicos des-tes 10 anos podem ser visualizados na pá-gina da Secretaria Municipal de Saúde, no link da coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde, no item publicações.

[email protected] de vigilância das doenças transmissíveis-evdt/cgvs/sms/pmpA

dialogando com comunidades de baixa renda, construindo projetos urbanos

A história mostra que o crescimento das grandes cidades foi gerado pelo de-senvolvimento econômico, e com ele, seu processo de urbanização. Aspectos como concentração de renda, desigualdade so-cial e desemprego fizeram com que gran-de parte da população ocupasse as áreas da cidade menos valorizadas, projetando sua vida na informalidade, em assenta-mentos irregulares.

Há mais de meio século, a Prefeitura de Porto Alegre promove sua política de habitação de interesse social, através da significativa contribuição de seu corpo téc-nico, cumprindo o papel de construir não apenas casas, mas devolver a dignidade às famílias de baixa renda.

importante ressaltar que o desenvol-vimento de um projeto urbanístico envol-ve técnicos de diversas áreas. São dezenas de profissionais de arquitetura e engenha-ria, produzindo novas unidades habitacio-nais para famílias que antes viviam à mar-gem da sociedade e que agora terão uma casa, um endereço. A prática profissional evidencia que, para o êxito em cada pro-jeto, deve existir o envolvimento da comu-nidade atendida, um processo definido pelo município como participação popu-lar. A construção da cidadania.

Em recente visita à capital gaúcha, a relatora especial da organização das Na-ções Unidas, Urbanista raquel rolnik1, detectou um grave problema que incide diretamente nos processos de urbaniza-ção social e que, curiosamente, não está sendo enfrentado: a falta de informação aos moradores.

Seguramente, rolnik não estava se re-ferindo à comunicação coorporativa, ins-titucional do órgão com a cidade. A urba-nista estava se posicionando quanto ao contato direto do profissional com seu clien-te, uma comunicação voltada à informa-ção, ao esclarecimento das dúvidas, pró-

prias do morador com o técnico envolvido no projeto, antes, durante e depois da obra.

Esta declaração permite uma reflexão sobre a importância do ‘agir’ de forma conjunta com cada família, fundamental neste processo natural de ‘troca’ voltado à construção e apropriação de novos sa-beres, a partir de uma relação diferencia-da. A escolha da melhor linguagem será a ferramenta adequada para a compre-ensão das características de cada comu-nidade atendida, absorvendo seus conhe-cimentos de vida.

Com referência ao corpo técnico mu-nicipal, é necessário reconhecer sua com-petência, pertinente à sua formação (pla-nejamento urbano), porém, ao analisar a necessária relação existente com os ocu-pantes de assentamentos precários, per-cebe-se que, para muitos, este domínio intelectual carece de um referencial teó-rico que lhes permita dialogar, de forma a transmitir seu conhecimento.

É necessário que os gestores munici-pais invistam na melhoria deste complexo relacionamento, qualificando seus profis-sionais, arquitetos e engenheiros, respon-sáveis pelos projetos de habitação de in-teresse social, capacitando-os para este contato direto com as comunidades. Afi-

nal, do outro lado, existe um grupo de in-divíduos que detém um conhecimento di-ferente, não técnico, mas, particular.

tão importante quanto construir casas, o processo de urbanização deve ser feito em conjunto com os futuros moradores, permitindo a compreensão das informa-ções técnicas contidas nos projetos que serão executados. o desafio de usar a co-municação com o objetivo de orientar, in-tegrar e repassar informações, em todos os níveis, desde o cumprimento da legis-lação vigente até mesmo, a maneira cor-reta de usar um vaso sanitário. Uma nova filosofia de ‘pensar’ e ‘agir’, onde o técni-co abdica da exclusividade do saber, abrin-do espaço também para o aprendizado mútuo, uma conjugação de fatores de al-cance múltiplo, uma flexibilidade encon-trada apenas com o diálogo.

Muito além da tão decantada ‘vontade política’, é preciso investir na qualificação técnica de forma continuada, fortalecen-do a conscientização sobre a importância da comunicação como elo de informação, garantindo às comunidades não apenas o direito a uma casa nova, mas a construção de sua própria identidade.

FerNANdo biFFigNANdi – arQUiteto – cHefe da Unidade de ProJetos UrBanísticos - deMHaB (dePartaMento MUniciPal de HaBitação de Porto aleGre) – Mestrando PPGcoM / Pontifícia UniVersidade católica do rio Grande do sUl

Artigo

1 Entrevista concedida ao jornal zero Hora, dia 19/08/2011, p.27, Porto Alegre.

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artiGo tÉcnico

o Programa de Monitoramento da Qualidade do Ar da Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Porto Alegre – PMQArFAbiANo porto dA FoNtourA, glAuber zettler piNheiro, dANielA dos sANtos seNFF, ANdréA vAN deN mosselAAr NuNNeNKAmp e déri cAlvete dA rochA – enGenHeiros QUíMicos – eQUiPe de controle e coMBate à PolUição Hídrica e atMosfÉrica (eccPHa) da sMaM

Em Porto Alegre, como em toda gran-de cidade, a circulação de veículos se cons-titui em uma importante fonte de poluen-tes atmosféricos e a proximidade das emis-sões geradas com a população faz com que isso se torne um problema de saúde pú-blica. Atualmente, conforme informações de 2011 do dEtrAN, existe um veículo pa-ra cada dois habitantes no município.

diante disto, as políticas públicas de melhoria da qualidade do ar visam, prin-cipalmente, contemplar ações contínuas de monitoramento e a adoção de medi-das que minimizem os efeitos adversos oriundos da poluição veicular. Para aten-der esta demanda, na Secretaria Munici-pal do Meio Ambiente (SMAM) de Porto Alegre, a Equipe de Controle e Combate à Poluição Hídrica e Atmosférica (ECCPHA) coordena o Programa de Monitoramento da Qualidade do Ar (PMQAr), que teve início em junho de 1992 como resultado de um convênio firmado entre a SMAM, a refinaria Alberto Pasqualini (rEFAP), a Universidade Federal do rio grande do Sul, através do Centro de Ecologia (CENE-co), e o departamento Municipal de água e Esgoto (dMAE).

Neste fase inicial, ocorreu a implan-tação de quatro pontos de medição da qualidade do ar, onde eram amostrados dois poluentes: dióxido de enxofre (So2) e dióxido de nitrogênio (No2), conforme metodologias estabelecidas pela ABNt e Petrobrás. Em 1999, foi inaugurada a no-

va rede de monitoramento, com duas es-tações localizadas em pontos de intenso tráfego de veículos na cidade: o Centro e bairro Azenha. Nelas são avaliados os pa-râmetros Monóxido de Carbono (Co) e Partículas totais em Suspensão (PtS), sen-do que, em 2008, iniciou-se a determina-ção do parâmetro Partículas inaláveis (PM10) e foram desativados os equipa-mentos de análise de PtS.

dentro do Programa, as principais ações da SMAM para controle da poluição at-mosférica são a operação Ar Puro e o con-vênio com a Petrobrás através do CoNPEt (Programa Nacional da racionalização do Uso dos derivados do Petróleo e do gás Natural). A operação Ar Puro envolve a EPtC com apoio da ECCPHA/SMAM, atra-vés de uma blitz nos pontos de maior cir-culação de veículos, aferindo-os quanto à emissão de fumaça que provém do ca-no de escapamento, com base nos instru-mentos legais. A avaliação dos limites de emissão de fuligem pelo tubo de escapa-mento dos veículos a diesel segue as Nor-mas da ABtN. A aferição é realizada com um opacímetro e, também, com base no

cartão índice de fumaça tipo ringelmann reduzida, que determinam o grau de ene-grecimento da fuligem emitida. o CoNPEt tem como objetivo principal a economia de combustíveis (eficiência energética) e, por consequência, a redução das emis-sões de poluentes atmosféricos, através de ações realizadas nas empresas, com a análise das emissões dos veículos através de avaliação de opacidade.

Com base no histórico de dados obti-dos ao longo dos anos, bem como conside- rando as condições topográficas e clima-tológicas que caracterizam a cidade, po-demos concluir que a qualidade do ar em Porto Alegre pode ser classificada como sendo entre regular à boa, baseado no iQAr (Índice de Qualidade do Ar utilizado pela FEPAM). No entanto, a continuidade do mo nitoramento e das ações mitigadoras é imprescindível a fim de que o cidadão porto-alegrense possa sempre respirar um ar de boa qualidade. Para tanto, a SMAM tem como próximos objetivos aumentar o número de parâmetros a serem monito- rados em cada Estação e o número de pon-tos da cidade a serem monitorados.estação borges de medeiros

estação princesa isabel

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Quem fecha o ano com grande avanço nas nego-ciações lideradas pelo Senge junto a Prefeitura de Por-to Alegre são os “Capacetes Brancos”, que buscam extensão do acordo para os aposen-tados. Está em fase final de elaboração o Projeto de lei que institui a gMA – gratifica-ção de Alcance de Metas, que pode atingir até 0,32 a um básico.

iniciado em abril de 2010, o movimento se caracteriza pela intensa mobilização e por contar com a participação da maioria dos profissionais de todas as secretarias e órgãos da PMPA. Em 19 de outubro passado, entrou em vigor, com efeitos retroa-

tivos a 1º de junho deste ano, a lei 11.142, que instituiu o abono sala-rial de quinhentos reais para esses profissionais detentores de cargos efetivos. E, em 21 de novembro úl-timo, após avaliação da minuta do Projeto de lei a ser enviado à Câ-mara Municipal, o movimento en-caminhou ofício formalizando pro-posta de alterações no texto do Exe-cutivo, de acordo com as decisões da Assembleia geral da categoria.

Biólogos mobilizados

Engenheiros, Arquitetos, geólogos e geógrafos

Profissionais da Saúde

o movimento dos Biólogos segue em bus ca das tratativas de suas reinvindica-ções junto a PMPA. o processo administra- ti vo 001.053948.10.6, que se iniciou em de zembro de 2010, ainda demanda mui-ta mobilização. Em 06/10, funcionários re pre sentantes do movimento, juntamen-te com o SindiBio (Sindicato dos Biólogos) e o Vereador Prof. Garcia, foram recebi-dos pe la Secretária da Administração, Sra. sonia Vaz e assessora rita eloy. Pos te -rior men te a essa agenda, encaminharam um no vo documento para, então, provo-car a tra mi tação do referido expediente até o Co mi tê de Política Salarial, buscan-do discu tir o as sunto nesse âmbito.

Embora houvessem muitas solicita-ções de encaminhamento por e-mail e por telefone à SMA, sem o retorno es-perado, os profissionais tiveram que constituir um novo expediente adminis-trativo, sob o nº 001.046216.11.1, com-posto de cópias dos documentos exis-tentes no processo anterior, devido ao extravio do mesmo, para que a trami-tação do pleito pudesse prosseguir.

Na continuidade dos trâmites, os Bió-

logos provocaram o seu atendimento através do Secretário do Meio Ambiente, Fernando zachia, resultando no encon-tro do último 30/11, com os Secretários de Coor denação Política e governança, Cezar Busatto, da Administração, Sônia Vaz Pinto, do adjunto do Meio ambien-te, André Carús e com uma breve parti-cipação do diretor geral do dMAE, Flávio Presser. os profissionais consideraram positivos os resultados da reunião, pois os secretários e o Comitê compromete-ram-se a construir conjuntamente a so-lução, formando um grupo de trabalho (gt),que deverá ser composto por repre-sentantes dos Biólogos junto a represen-tação da SMA, dMAE e SMAM, visando a elaboração de Projeto de lei específico da classe e o estudo da repercussão fi-nanceira junto a PMPA, para atender as reinvindicações destes profissionais.

Hoje a categoria segue na expectativa das novas discussões que deverão ser ge-radas pelo gt e o Comitê de Política Sala- rial para, por fim, terem atendida a reivin- dicação da isonomia, como já ocorre com outras profissões e secretarias da PMPA.

Manifestações diante dos locais de trabalho para mos-trar à sociedade as condições precárias de trabalho e a fal-ta de tratamento isonômico com outras categorias da Pre-feitura integram a estratégia dos Profissionais de Saúde. Eles prosseguem no movimen-to que ganhou novo fôlego em julho último, a partir de reunião, na sede da Astec (5/7) e Assembleia geral, na sede do Simpa (7/7). Cresce a preocupação com o aprofunda-mento da fragilidade das estruturas de atendimento à saúde pública, em um proces-so que só não é mais intenso devido ao empenho de Enfermeiros, dentistas, Nutri-cionistas, Psicólogos, Fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, Fonoaudiólogos, As-sistentes sociais e Médicos Veterinários, entre outros funcionários.

Em discussão, um plano de cargos, carreiras e vencimentos, que vem sendo construí- do sob orientação do Simpa e seguindo recomendação do Conselho Municipal de Saúde, de forma democrática, buscando a gestão partilhada da carreira, entendida como a participação de seus integrantes na formulação e gestão do plano. Um dos

principais objetivos é colocar Porto Ale-gre no mapa nacio-nal das 30 horas se-manais para os ser-vidores da área, co-mo recomenda a legislação nacional, sem redução de vencimentos.

MoViMentos

Convênio iPEA Astec acompanha e apoia a intensa mobilização do Simpa

junto a Prefeitura, à Câmara Municipal, ao governo do Estado e ao iPE (instituto de Previdência do Estado) visando a imediata ade-são dos municipários ao Convênio, inicialmente prevista para ou-tubro último. de acordo com o Sindicato dos Municipários, todas as informações solicitadas pelo Conselho do instituto, bem como pela CAgE (Contadoria e Auditoria geral do Estado), já foram en-caminhadas. Além disso, a diretoria e o Conselho do iPE estão fa-voráveis ao Convênio e não há razão para mais protelamentos.

Médicos do dMAESão seis os profissionais do departamento que ainda per-

manecem alijados após a aprovação, em junho último, da lei que criou o cargo de especialista médico, a jornada de 20 ho-ras semanais e concedeu 21% de reajuste salarial para a cate-goria na Prefeitura.

Visando corrigir esta distorção, a astec enviou ofício ao di-retor geral, Flávio Presser, defendendo a necessidade de trata-mento isonômico dos médicos pela PMPA. A Entidade aguarda o retorno do dMAE.

estAmos de olho

engenheiros Adriano Arruda e clóvis breda, a secr. Adj. rita elóy, secr. Adm. sônia vaz pinto, biól. isabel Junqueira e engenheiros carlos bernd e paulo demingos (da esq. para a dir.)

Astec e Plano de Carreiraidentificada com seu histórico, iniciado nos 90, em defesa

da git ( gratificação de incentivo técnico), bem como com sua missão de buscar a valorização profissional dos técnicos de Ní-vel Superior do Município de Porto Alegre (NS), e com seus ob-jetivos, de representar e defender os interesses de seus asso-ciados, a Astec passa a reforçar mais uma frente em defesa de tratamento igualitário aos servidores. É a busca por um assen-to no grupo de trabalho de Plano de Carreira.

Solicitação nesse sentido foi formalizada por representantes da diretoria Executiva ao governo, a partir de reunião com a Se- cre tária da administração, sônia Vaz Pinto, em 1/11. a ideia é mo- bilizar a Entidade com a mesma diligência e eficácia em torno da questão do Plano de Carreira, dedicada por uma década e meia à construção da integralidade da git, dado o entendimento de ser este o único caminho capaz de assegurar um tratamento iso-nômico a todos os servidores. Com este fim, a Astec está elabo-rando um estudo para contribuir com a correção das distorções

salariais entre os técnicos NS, à partir de uma visão sistêmica do conjunto dos servidores, respeitando suas especificidades.

Conforme o Secretário de governança local, Cesar Busatto, a contratação de uma empresa para desenvolver o plano de carreira está em fase de licitação, e o encaminhamento de pro-jeto de lei à câmara de Vereadores deve ocorrer já no início do próximo ano, entrando em vigor a partir de 1° de janeiro de 2013. A preocupação da Astec, no entanto, é assegurar a par-ticipação do técnicos nesse processo.

o encontro, do qual também participou a Secretária Adjun-ta, rita Eloy, tratou, ainda, de condições de trabalho, sendo que a Secretária Sônia compremeteu-se a agendar reunião conjun-ta sobre o tema entre astec, sMa e os titulares da sPM e sMoV. o objetivo é discutir, principalmente, a situação do prédio on-de funcionam estas secretarias (veja na pág. 14) e que guarda toda a história documental das obras de Porto Alegre, em con-dições precárias.

NotÍCiAS

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NotÍCiAS

Astec prestigia aniversário Acespa

o presidente da Astec, Eng. Paulo demingos, prestigiou o Jantar dançante de Confraternização que comemo-rou os 29 anos da acespa. foi em 04/11, na sociedade de Engenharia. o eventou fez homenagem póstuma ao ex-presidente, Adm. João Carlos Bertussi Silva, que ocupava a presidência quando foi comprada a sede da entidade. também foi homenageado o cont. ari Kras-ner, 1º Vice-Presidente da acespa e associado da astec.

o presidente da Astec, eng.paulo demingos, sua esposa vanna badhia Adaime guerra (esq.), e a presidente da Acespa Adm. dione borges de carvalho (dir.)

dMAE – Essencialidade Já!

escalada em árvores

depois da Assembleia geral de 19/10, dia 26/10 foi entregue ao diretor geral do dMAE a Exposição de Motivos para a con-cessão da gratificação por desempenho de Atividade de Abastecimento e trata-mento de água e esgoto. em 14/11, o di-retor apresentou as receitas, despesas e investimentos do departamento e, em 02/12, declarou vontade política em cons-truir alternativas conjuntas para viabilizar a gratificação. A primeira medida prática ficou acertada como a imediata constitui-ção de comissão paritária, sendo quatro servidores indicados pelo Simpa e quatro pela direção geral.

Enquanto isso, diversas mobilizações estão sendo encaminhadas, como as Quin-tas da Essencialidade, com várias mobili-zações, entre elas o apitaço nos locais de trabalho e um abaixo assinado com cerca de 1.500 assinaturas pelos servidores entre- gue ao Prefeito de Porto alegre, em 14/12, marcando a passagem dos 50 anos do dMAE, dentre outras atividades.

o Movimento pela Essencialidade Já!, reivindicação histórica que vem evoluindo

o Eng. Florestal gerson luís Mainardi, da Secretaria Municipal do Meio Ambien-te – sMaM, obteve a segunda colocação no iV campeonato Brasileiro de escalada em árvores, ocorrido nos dias 5 e 6 de novembro, em recife – Pe, promovido pela Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, cujo vice-presidente eleito para o biê-nio 2012/2013 é o também técnico da SMAM tec. Agric. André duarte Puente. o Campeonato ocorre todos os anos, no fim de semana que antecede o Congresso Brasileiro de Arborização Urbana (CBAU), e tem por objetivo a difusão das técnicas de escalada em árvores e a troca de experiências entre os profissionais arboristas.

ao longo dos anos, se intensificou em de-fesa da valorização dos servidores, coor-denado pelo SiMPA e CorES-dMAE com o apoio da AStEC, ACESPA e AEAPooPA, neste momento em que diversas catego-rias e secretarias conquistam seus pleitos.

A Campanha é para todos os servido-res do dMAE, ativos e aposentados, mas

somente a participação e o engajamento dos Servidores e a nossa Unidade possi-bilitarão a conquista do pleito e que o governo encaminhe à Câmara o mais bre-ve possível, o Projeto da Essencialidade Já, considerando que, em função do ano eleitoral, em 2012, precisa estar aprova-do até o dia 03 de abril.

A Astec presta uma singela homenagem a três colegas associados que faleceram neste ano.

luisa casagrande levandowski nasceu em porto Alegre, em 19/08/1967, e faleceu em 16/08 último. Formada em Arquitetura pela uFrgs, em 1991, e lotada no epo/smov (escritório de projetos e obras /secretaria municipal de obras e viação), contribuiu com um grande número de projetos: a remodelação do pavimento térreo do prédio-sede da secretaria, qualificando o espaço de atendimento ao público; a escola especial de surdos, na Av. goethe e creches, entre elas a bsAii, que levará o seu nome, numa homenagem pleiteada pelos colegas de trabalho. Além do grande talento criativo como Arquiteta (atuou durante cerca de nove anos na iniciativa privada e onze anos na prefeitura municipal de porto Alegre), deixou uma grande produção artística, em variadas técnicas de desenho e pintura e textos inspiradores, em que expressou, com incrível simplicidade, sua reflexão sobre a vida. luisa era budista e sua existência foi um ensinamento para todos que tiveram a sorte de conhecê-la. um de seus textos muito especiais pode ser conferido em http://medicinasaudeevida.blogspot.com/2009/10/luisa-levandowski-em-tempos-de-alcool.html

Jair Farias nasceu em porto Alegre, em 20/02/1951. engenheiro e Administrador, trabalhou na smic secretaria municipal da indústria e comércio e, em 1993 foi cedido para a câmara municipal, onde trabalhou até seu falecimento, em 02/12 último, tendo passado a funcionário em 2008. era visto pelos colegas como um excelente profissional, muito eficiente, amigo, um ombro de apoio e competência, destacando-se suas contribuições junto a Astec na organização das duas edições da expotec e outros eventos envolvendo a câmara. Adorava tocar violão com seu filho e assistir futebol (era torcedor do grêmio). exemplo para sua família, contava grande admiração de amigos e colegas pelo seu caráter e amizade.

eliana stela Aguiar de carvalho nasceu em 31/07/1953. Nutricionista da secretaria municipal da saúde, serviu na unidade básica de saúde Assis brasil, ela foi conselheira deliberativa da Astec na gestão 2009-2010, atuando como 1ª tesoureira. também integrou o conselho municipal de saúde, como conselheira. sua trajetória profissional foi marcada por sua personalidade forte e vitalidade, reconhecida como colega participativa, sempre mobilizada em busca de melhores condições de trabalho, em todas as instâncias em que era chamada a colaborar. Faleceu no dia 09/12.

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FAlECiMENtoS

vem Aí

Acompanhe as informações pelo site da Astec

w w w . a s t e c p m p a . c o m . b r

valorize-se!organize suas produções.

mostra de trabalhos e projetos realizados pelos técnicos de Nível superior do município de porto Alegre

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