Prata casa - portal.cps.sp.gov.br · sangue e promover o cadastramento de doadores de medula óssea...

12
1 Ano 3 – Número 10 – Março/Abril de 2009 – www.centropaulasouza.sp.gov.br Prata Prata Prata Prata Prata da da da da da casa casa casa casa casa Conheça as histórias de professores e Conheça as histórias de professores e Conheça as histórias de professores e Conheça as histórias de professores e Conheça as histórias de professores e diretores que estudaram em Etecs e Fatecs diretores que estudaram em Etecs e Fatecs diretores que estudaram em Etecs e Fatecs diretores que estudaram em Etecs e Fatecs diretores que estudaram em Etecs e Fatecs Págs. 6 a 8 Págs. 6 a 8 Págs. 6 a 8 Págs. 6 a 8 Págs. 6 a 8 Prata Prata Prata Prata Prata da da da da da casa casa casa casa casa Conheça as histórias de professores e Conheça as histórias de professores e Conheça as histórias de professores e Conheça as histórias de professores e Conheça as histórias de professores e diretores que estudaram em Etecs e Fatecs diretores que estudaram em Etecs e Fatecs diretores que estudaram em Etecs e Fatecs diretores que estudaram em Etecs e Fatecs diretores que estudaram em Etecs e Fatecs Págs. 6 a 8 Págs. 6 a 8 Págs. 6 a 8 Págs. 6 a 8 Págs. 6 a 8 Diagnóstico Diagnóstico Diagnóstico Diagnóstico Diagnóstico preciso preciso preciso preciso preciso Como se faz a Avaliação do Como se faz a Avaliação do Como se faz a Avaliação do Como se faz a Avaliação do Como se faz a Avaliação do Ensino Técnico e Tecnológico Ensino Técnico e Tecnológico Ensino Técnico e Tecnológico Ensino Técnico e Tecnológico Ensino Técnico e Tecnológico do Estado de São Paulo do Estado de São Paulo do Estado de São Paulo do Estado de São Paulo do Estado de São Paulo Págs. 4 e 5 Págs. 4 e 5 Págs. 4 e 5 Págs. 4 e 5 Págs. 4 e 5 Diagnóstico Diagnóstico Diagnóstico Diagnóstico Diagnóstico preciso preciso preciso preciso preciso Como se faz a Avaliação do Como se faz a Avaliação do Como se faz a Avaliação do Como se faz a Avaliação do Como se faz a Avaliação do Ensino Técnico e Tecnológico Ensino Técnico e Tecnológico Ensino Técnico e Tecnológico Ensino Técnico e Tecnológico Ensino Técnico e Tecnológico do Estado de São Paulo do Estado de São Paulo do Estado de São Paulo do Estado de São Paulo do Estado de São Paulo Págs. 4 e 5 Págs. 4 e 5 Págs. 4 e 5 Págs. 4 e 5 Págs. 4 e 5 Febrace: alunos Febrace: alunos Febrace: alunos Febrace: alunos Febrace: alunos pela ciência pela ciência pela ciência pela ciência pela ciência Dezesseis projetos Dezesseis projetos Dezesseis projetos Dezesseis projetos Dezesseis projetos chegam à final da chegam à final da chegam à final da chegam à final da chegam à final da exposição na USP exposição na USP exposição na USP exposição na USP exposição na USP Pág. 9 Pág. 9 Pág. 9 Pág. 9 Pág. 9 Febrace: alunos Febrace: alunos Febrace: alunos Febrace: alunos Febrace: alunos pela ciência pela ciência pela ciência pela ciência pela ciência Dezesseis projetos Dezesseis projetos Dezesseis projetos Dezesseis projetos Dezesseis projetos chegam à final da chegam à final da chegam à final da chegam à final da chegam à final da exposição na USP exposição na USP exposição na USP exposição na USP exposição na USP Pág. 9 Pág. 9 Pág. 9 Pág. 9 Pág. 9

Transcript of Prata casa - portal.cps.sp.gov.br · sangue e promover o cadastramento de doadores de medula óssea...

1

Ano 3 – Número 10 – Março/Abril de 2009 – www.centropaulasouza.sp.gov.br

PrataPrataPrataPrataPrata da da da da da casacasacasacasacasaConheça as histórias de professores eConheça as histórias de professores eConheça as histórias de professores eConheça as histórias de professores eConheça as histórias de professores ediretores que estudaram em Etecs e Fatecsdiretores que estudaram em Etecs e Fatecsdiretores que estudaram em Etecs e Fatecsdiretores que estudaram em Etecs e Fatecsdiretores que estudaram em Etecs e FatecsPágs. 6 a 8Págs. 6 a 8Págs. 6 a 8Págs. 6 a 8Págs. 6 a 8

PrataPrataPrataPrataPrata da da da da da casacasacasacasacasaConheça as histórias de professores eConheça as histórias de professores eConheça as histórias de professores eConheça as histórias de professores eConheça as histórias de professores ediretores que estudaram em Etecs e Fatecsdiretores que estudaram em Etecs e Fatecsdiretores que estudaram em Etecs e Fatecsdiretores que estudaram em Etecs e Fatecsdiretores que estudaram em Etecs e FatecsPágs. 6 a 8Págs. 6 a 8Págs. 6 a 8Págs. 6 a 8Págs. 6 a 8

DiagnósticoDiagnósticoDiagnósticoDiagnósticoDiagnósticoprecisoprecisoprecisoprecisoprecisoComo se faz a Avaliação doComo se faz a Avaliação doComo se faz a Avaliação doComo se faz a Avaliação doComo se faz a Avaliação doEnsino Técnico e TecnológicoEnsino Técnico e TecnológicoEnsino Técnico e TecnológicoEnsino Técnico e TecnológicoEnsino Técnico e Tecnológicodo Estado de São Paulodo Estado de São Paulodo Estado de São Paulodo Estado de São Paulodo Estado de São PauloPágs. 4 e 5Págs. 4 e 5Págs. 4 e 5Págs. 4 e 5Págs. 4 e 5

DiagnósticoDiagnósticoDiagnósticoDiagnósticoDiagnósticoprecisoprecisoprecisoprecisoprecisoComo se faz a Avaliação doComo se faz a Avaliação doComo se faz a Avaliação doComo se faz a Avaliação doComo se faz a Avaliação doEnsino Técnico e TecnológicoEnsino Técnico e TecnológicoEnsino Técnico e TecnológicoEnsino Técnico e TecnológicoEnsino Técnico e Tecnológicodo Estado de São Paulodo Estado de São Paulodo Estado de São Paulodo Estado de São Paulodo Estado de São PauloPágs. 4 e 5Págs. 4 e 5Págs. 4 e 5Págs. 4 e 5Págs. 4 e 5

Febrace: alunosFebrace: alunosFebrace: alunosFebrace: alunosFebrace: alunospela ciênciapela ciênciapela ciênciapela ciênciapela ciência

Dezesseis projetosDezesseis projetosDezesseis projetosDezesseis projetosDezesseis projetoschegam à final dachegam à final dachegam à final dachegam à final dachegam à final daexposição na USPexposição na USPexposição na USPexposição na USPexposição na USP

Pág. 9Pág. 9Pág. 9Pág. 9Pág. 9

Febrace: alunosFebrace: alunosFebrace: alunosFebrace: alunosFebrace: alunospela ciênciapela ciênciapela ciênciapela ciênciapela ciência

Dezesseis projetosDezesseis projetosDezesseis projetosDezesseis projetosDezesseis projetoschegam à final dachegam à final dachegam à final dachegam à final dachegam à final daexposição na USPexposição na USPexposição na USPexposição na USPexposição na USP

Pág. 9Pág. 9Pág. 9Pág. 9Pág. 9

2

Tecnologiapara a educação

A Revista do Centro Paula Souza é umapublicação do Centro Estadual de Educação Tecnológica

Paula Souza, ligado à Secretaria de Desenvolvimentodo Estado de São Paulo.

Presidente do Conselho Deliberativo: Yolanda SilvestreDiretora Superintendente: Laura Laganá

Vice-Superintendente: César SilvaChefe de Gabinete: Elenice Belmonte R. de Castro

Reportagem e edição: Patrícia PatrícioReportagem: Fabio Berlinga e Luciene SoaresProjeto gráfico e editoração: Marta AlmeidaCapa: Gastão GuedesJornalista responsável: Gleise Santa Clara – MTB 12.464-4

Assessoria de Comunicação – AssComJornalistas: Bárbara Ablas, Dirce Helena Salles,Fabio Berlinga e Gleise Santa ClaraDesigners: Jonathan Toledo e Marta AlmeidaBanco de Informações: Débora Souza e Mariana NogueiraSecretário de Redação: Raul de Albuquerque

Redação: Praça Coronel Fernando Prestes, 74, Bom Retiro,São Paulo, SP , CEP 01124-060, Tel.: (11) 3327-3144imprensa@centropaulasouza.sp.gov.brwww.centropaulasouza.sp.gov.brImpressão: Makrokolor – Tiragem: 9.000 exemplares

Em r

espe

ito a

o am

bien

te, e

sta

publ

icaç

ão fo

i im

pres

sa e

m p

apel

rec

icla

do.

RápidasEditorialEm

resp

eito

ao

mei

o am

bien

te, e

sta

publ

icaç

ão fo

i im

pres

sa e

m p

apel

reci

clad

o.

Raul

de

Alb

uque

rque

Várias unidades do Centro PaulaSouza aderiram a uma tendênciamerecedora de aplausos: uma recepçãoaos calouros que também ajuda aopróximo. Em São José dos Campos,por exemplo, foi iniciativa do própriogrupo de alunos incentivar a doação desangue e promover o cadastramentode doadores de medula óssea aoHemocentro da cidade. Indaiatubamisturou gincana com velhas brinca-deiras, como o bambolê, com uma“prova” para arrecadar alimentos eprodutos de limpeza. No oeste paulista,Catanduva adotou o “Trote Cidadão”:alunos distribuíam material fornecidopela Secretaria Municipal de Saúde

Trote solidário

nos semáforos próximos à Fatec.Presidente Prudente também organizouatividades solidárias.

Aprovados com louvor, calouros de São José dosCampos literalmente dão o sangue pela Fatec

Feras das EtecsCerca de 400 alunos foram aprovados nos vestibulares de 2009 em universidades

públicas, conforme informações enviadas pelas Etecs (veja gráfico). A Etesp conquistoumais de trinta vagas entre USP – Unesp – Unicamp. Francine Arida, por exemplo,passou em primeiro lugar na Poli/USP. Rodrigo Abdalla, da Etec Camargo Aranha,calouro de Engenharia Civil, conseguiu entrar nas três públicas paulistas. Além disso,muitos técnicos entraram em Fatecs, optando por seguir a carreira tecnológica. Nosite você encontra a lista atualizada de aprovações: www.centropaulasouza.sp.gov.br

Fate

c Sã

o Jo

sé d

os C

ampo

s

Am

paro

Ara

raqu

ara

Ass

is

Barr

etos

SP/S

ão P

aulo

Casa

Bra

nca

Fran

ca

Gar

ça

Jaú

/Joa

quim

Fer

reira

Jund

iaí /

B.S

tora

ni

Jund

iaí/V

AV

Lem

e

Lim

eira

Mog

i das

Cru

zes

Mog

i Miri

m

Osv

aldo

Cru

z

São

Joaq

uim

da

Barr

a

SP/A

lber

t Ei

nste

in

SP/A

príg

io G

onza

ga

SP/C

amar

go A

ranh

a

SP/C

arlo

s de

Cam

pos

23

16

103

13

26

4 11

54

23

32

5

4

55

27

34

41

31

1

4

33

612

3

5

5

41

11

2

13

1

7

183

12

22

32

1

Sabemos queo mundo digital está

à disposição para distribuir novas informa-ções e aprimorar o conhecimento. Por meiode parcerias (com empresas, universidadese associações) nossos alunos, docentes eservidores avançam nesse universo. E ainiciativa de todos contribui ainda mais.

A Fatec Carapicuíba, por exemplo,levou à Campus Party, encontro interna-cional de aficionados por tecnologia, umprojeto chamado Multiterminal Linux.Ao custo de R$114, um computador passaa valer por quatro porque apenas umamáquina serve quatro monitores e teclados.

Outra boa notícia é que celebramoscom a IBM a ampliação da oferta dos cursosde Mainframe e Java – em nível de especiali-zação técnica e em extensão universitária.

Em breve prevemos o lançamentode um portal, junto com a Microsoft, parainserir os estudantes das Etecs e Fatecsno mercado de trabalho. Neste momentode crise global, devemos contar com omáximo possível de ferramentas paraseguir garantindo um futuro brilhanteaos nossos jovens.

Como por trás do aprendizado estásempre um professor, a reportagem de caparetrata oito docentes que estudaram emnossas escolas técnicas e faculdades detecnologia, ensinaram às novas geraçõese agora são gestores da educação.

Laura LaganáDiretora Superintendente

32

3

IBM e Centro Paula Souza

Rápidas

Boas notícias para os interessadosem Tecnologia da Informação: umadelas é o curso de Especialização Técnicaem Computadores de Grande Porte(Mainframe). Com duração de um ano

celebram novas parcerias

Clique para ensinar maisImagine diretores e professores

se divertindo em aprender a lidarcom um programa que une sonse imagens para fazer um pequenovídeo. A ferramenta, simples edisponível em ambiente Windows,ajuda a tornar as aulas mais dinâmi-cas. Trata-se de uma prática desen-volvida logo no início da capacita-ção em Gestores de Tecnologia daInformação. O programa é umaparceria do Centro Paula Souza coma Pontifícia Universidade Católica(PUC) e a Microsoft. Neuza Natariani,diretora da Etec João Belarmino, deAmparo, assim resume: “Como diretorade unidade enxergo neste curso umapossibilidade para apoiar e valorizar otrabalho do professor”. Segundo AlmérioMelquíades de Araújo, coordenador de

e meio, as 40 vagas por turma devemser oferecidas nas seguintes Etecs:São Paulo (Etec Prof. Camargo Aranha),Praia Grande e Mogi Mirim. A dobradinhacom a gigante dos computadores tem

A Fatec Itapetininga formou emfevereiro a primeira turma em Tecnolo-gia do Agronegócio no Estado de SãoPaulo. Na colação de grau, alguns dos35 alunos já comemoravam a colocaçãono mercado de trabalho. Foi o caso deWellington de Almeida Santos, contra-tado pela empresa de fertilizantesUtilFértil, e de Luís Antônio Moreira,consultor independente no setor dedefensivos agrícolas. Ele havia feito

Agronegócio

anteriormente curso técnico na área,e o diploma da Fatec acrescentou aindamais pontos ao seu currículo. BrunaRenzano, que tem planos para fazerintercâmbio internacional e mestrado,ainda não está empregada, e mesmoassim se formou uma vencedora: oprojeto “Hambúrguer de Banana” foiterceiro lugar na 2a Feira Tecnológicado Centro Paula Souza e capa daúltima edição desta revista.

ganha tecnólogos

Sancionado pelo governadorJosé Serra em 18 de fevereiro, apósa aprovação na Assembleia Legislativa,projeto de lei complementar instituia bonificação por resultado (BR) paraos cerca de 11 mil docentes e servido-res do Centro Paula Souza. O bônusestava previsto no Plano de Carreiras,matéria da capa da edição 6 da revista,em junho de 2008 (veja na versão online:www.centropaulasouza.sp.gov.br).

O prêmio anual pode chegar a2,4 vezes o salário mensal. Receberãoa recompensa os docentes e servidoresque cumprirem as metas traçadas paracada unidade de ensino. “Mesmo sembônus, todos se esforçam”, comentaLaura Laganá, diretora superintendente.

Bônus por

história: no ano passado, Hortolândia,Americana e Jundiaí contaram comcursos para programação a partirda linguagem Java.

Também os alunos de cursos tecno-lógicos poderão se beneficiar das parce-rias com a IBM. Haverá duas opções deextensão universitária: uma é Mainframe,e outra se volta para desenvolver aplicati-vos a partir da Linguagem Java. O alunoque estuda em uma Fatec na área deinformática poderá frequentar para-lelamente os cursos de extensão.

Os inscritos contarão com ensinode inglês a distância (carga horária de100 horas). Usando um programa queajuda a corrigir a pronúncia em inglês,ninguém mais vai travar a línguaao dizer tantos jargões de TI.

Saiba mais sobre Mainframe no artigode Edson Luiz Pereira, que tem 30 anos deexperiência em TI e coordena as parceriaseducacionais da IBM (pág. 10).

Gas

tão

Gue

des

Ensino Técnico do Centro Paula Souza,“a intenção é que o gestor possaotimizar o uso das tecnologias instaladasna escola e continue intervindo paraque os professores façam o melhoruso dessas ferramentas”.

resultado

4

SAI

Sistema de Avaliação Institu-cional (SAI) do Centro PaulaSouza ajuda a diagnosticar a

situação de cada uma das Etecs e Fatecspaulistas. Notas em um máximo de 100pontos verificam três indicadores: os deprocesso avaliam as ações de formaçãoprofissional dos alunos e as condiçõesde infraestrutura; os de produto mos-tram a relação candidato/vaga nos pro-cessos seletivos, o número de matricu-lados, aprovados, a evasão escolar ea situação de trabalho dos ex-alunos.E os de benefício apontam a satisfaçãode alunos, egressos e comunidade coma escola ou faculdade. “A partir dessesindicadores, o gestor da unidade deensino traça planos com sua equipepara aprimorar o serviço prestado”,afirma o diretor da Fatec Garça, JoséCarlos Gomes de Oliveira. “Usamoso SAI como ferramenta que norteiaações até semestralmente”, informaLuís Fernando Nicolosi Bravin,vice-diretor da Fatec Botucatu.

Nenhuma unidade de ensino tevedesempenho abaixo de 50%. “A médiadas Etecs do Centro Paula Souza é

de 75,5 – subiu dois pontos em relaçãoa 2007”, conta Roberta Froncillo, asses-sora de Avaliação Institucional, quecoordena a pesquisa com as unidades.Em 2008, foram avaliadas 140 Etecs e3 extensões. Melhoraram o desempenho92 escolas (68%). “Isso representa a exce-lência da instituição”, ressalta Roberta.No ensino superior, 62% das 33 Fatecsavaliadas aumentaram suas notas.

EM BUSCA DA EXCELÊNCIA

Roberta Froncillo aponta: “Nas uni-dades menores e em municípios peque-nos as notas tendem a ser melhores,porque a comunidade se sente mais

próxima da escola, e valoriza asmelhorias que a educação profissionaltraz para os jovens e a economia dacidade”. Cita o caso de Mirassol, querecebeu bolsa do Programa ParceirosVitae para incrementar o rebanho devacas leiteiras e a inseminação artificial.“Em Mirassol a percepção é excelente,92% estavam satisfeitos e sentiramsuas expectativas atendidas”.

Por outro lado, quanto maior emais antiga a unidade, maior a exigên-cia – o que é muito saudável. Um exem-plo: quando uma biblioteca amplia oacervo, ganha bibliotecária, os alunosbuscam mais livros, periódicos e obrasde referência. “Por trás da filosofia doSAI está o aperfeiçoamento constante.Chegar a 100% não existe, seria estagna-ção. As avaliações são como uma molapropulsora em busca da melhoriacontínua”, fala Roberta.

Para motivar o processo, a Bonifi-cação por Resultados premia a supera-ção de metas. Assim, grupos de Etecs eFatecs serão reunidos sob critérios comonúmero de alunos e tempo de funciona-mento. Cada unidade terá um objetivopara cumprir em relação à melhor

Um raio-Xdas escolas

Veja como o SAI, Sistema de Avaliação Institucional, contribui paratrazer resultados concretos na melhoria de Etecs e Fatecs

O

Resultado nas Etecscomparado a 2007

Resultado nas Fatecscomparado a 2007

68%

16%

16%

62%

27%

11%

Nas Fatecs, 73% melhoraramou mantiveram seus resultados

Nas Etecs, 84%melhoraram ou

mantiveramseus resultados

Melhoraram o desempenho

Mantiveram o desempenho

Não mantiveram o desempenho

Melhoraram o desempenho

Mantiveram o desempenho

Não mantiveram o desempenho

5

Satisfação com as Etecs

pontuação conquistada em seugrupo específico de escolas.

AÇÕES CONCRETAS

Segundo José Carlos de Oliveira,o SAI suscita propostas à equipe. Umexemplo é o Plantão de Dúvidas emCiências Exatas e Informática: profes-sores recebem hora-aula específica eresolvem essas dificuldades. Para evitarreprovações e evasão, uma docenteacompanha as faltas dos alunos.“Ela descobre motivos da ausência eavalia se é possível ajudar”, diz o diretorda Fatec Garça. Outra iniciativa: equi-par mais os laboratórios do curso deTecnologia em Produção. Cada unidadeencontra seu caminho para elevar apontuação, e às vezes com soluçõessimples. “A maior dificuldade é emmatemática e exatas em geral”, contaNicolosi Bravin. “Reunimos alunos comótimas notas nessas áreas para auxilia-rem os colegas. Esses monitores sãovoluntários, ganham hora-estágioou ajuda de custo”. Em vez de muitasprovas e trabalhos, o aluno tem apenasduas chances de formar a nota nosemestre. Faz substitutiva só se faltarà prova. “Assim ele estuda mais”, garanteo vice-diretor da Fatec Botucatu.

DE OLHO NOS EMPREGOS

A pesquisa com egressos (SAIE)envolve o cadastro dos concluintesde Etecs e Fatecs, que respondem

se trabalham na área de formaçãoou não, quanto ganham, e que tipode empresa os contratou. Depois de umano e meio, as mesmas perguntas sãorefeitas. A partir dessas informações,prepara-se o relatório de egressos paraavaliar a variação da empregabilidade,o desempenho profissional e o aumentode salário, entre outros fatores.

E a crise global? Nesses períodos,o profissional qualificado está maisprotegido. Roberta cita como exemploum episódio de outro momento histó-rico: “Durante os anos de maxidesvalo-rização do real, no início desta década,mais de 78% dos técnicos estavamempregados”.

Para perceber em números aimportância da qualificação, nos últimosanos a média é de 20% de aumento naempregabilidade entre concluintes decursos e egressos um ano após forma-

dos. Em 2008, esse crescimento entreo índice de empregados entre o fimdo curso e o ano seguinte à obtençãodo diploma foi de 25%.

Tantos resultados positivos na taxade emprego entre os formados nas

Alta empregabilidade:93% dos formados pelas Fatecs

77% dos egressos das Etecs

Satisfação com as Fatecs

A satisfação se relaciona ao indicador de benefício.Essa percepção se soma a dados como situação

de trabalho dos ex-alunos e infraestrutura dasescolas e faculdades, entre outros, para chegarà nota final. A maioria das unidades melhorou

em relação a 2007 (veja na página do lado)

87%

81%

73%

62%

75%

80%

Etecs e Fatecs, independentementeda conjuntura econômica, provam quea metodologia de trabalho alcança seuobjetivo maior: formar profissionaiscapacitados para os desafios cada vezmaiores do mercado de trabalho.

79%

Servidores Professores Alunos Pais

Servidores

Professores

Alunos

6

Dos mestres,Educadores dedicam

suas carreiras à instituiçãoque os formou, e oferecem

suas trajetórias comoum agradecimento a tudo

o que aprenderam

Matéria de capa

Foto

s: G

astã

o G

uede

s

com carinhoeste jubileu de 40 anos do Centro Paula Souza, alguns dos professores queaprenderam nas salas de aula de Escolas Técnicas Estaduais e Faculdades deTecnologia contam como suas histórias se entrelaçam com a da instituição.

A seguir, conheça oito delas: cinco diretores de Etecs e Fatecs, formados entre os anos70 e 90, uma docente e doutoranda da nova geração, e dois educadores que traba-lham na Administração Central. Há outras histórias de carreiras ligadas à instituiçãodesde os tempos de estudante. Veja mais depoimentos na versão online da revista:www.centropaulasouza.sp.gov.br

PAULO CÉSAR DE OLIVEIRA (DIRETOR DA FUTURA FATEC IPIRANGA)“Comecei a me interessar por Química na oitava série, em 1978. Pesquisei a

profissão de técnico em Química na atual Etec Conselheiro Antônio Prado (Etecap),e decidi estudar lá. Formado, prestei concurso para auxiliar de instrução, o técnico queacompanha as aulas práticas nos laboratórios. Trabalhei nessa função de 1984 a 1992,quando terminei licenciatura e bacharelado em Química na Unicamp. Após outroconcurso, dei aulas na disciplina corrosão – tema de meu mestrado e doutorado.Sempre soube que seria professor, pois no Ensino Técnico já alfabetizava adultos.

Em 2004 recebi um presente de 40 anos: a direção da Etecap. Passei por todas asposições, de aluno a diretor, e ganhei conhecimento dos processos, sem falar no amorde aluno pela escola. Em 2007 passei a integrar a equipe da atual Cesu (Coordenadoriade Ensino Superior) para implantar a Fatec Itu. Em fevereiro de 2009, retornei a SãoPaulo, para acompanhar o nascimento da Fatec Ipiranga. Ao completar meus 25 anos

N

7

de Paula Souza, ofereço meuagradecimento e testemunhoda seriedade da instituição.”

PAULO SÉRGIO GERMANO(DIRETOR DA ETECFERNANDO PRESTES)

“Entrei na Fatec de Sorocabaem 1983 para o curso de Pro-cesso de Produção, mas meusonho era Informática – que serealizou em 1986, quando fiz novamen-te o Vestibular para a primeira turma deProcessamento de Dados da unidade.Havia 800 candidatos para 40 vagas.Talvez uma das maiores demandasnas Fatecs. Entre os dois cursos foram7 anos de Fatec. Aprendi muito nafaculdade, que escolhi por ser pública.Conheço os professores mais antigos,com quem tenho um forte vínculoafetivo. Nem imaginei que seria profes-sor, mas sempre gostei de ensinar.Quando estudante, apresentava ostrabalhos de grupo. Hoje, tenho umprazer enorme em ver meus alunos

o técnico – a Etec Martin Luther King,no Tatuapé. “Pude devolver o queganhei. Durante um ano dei aulas láe na Etec Aprígio Gonzaga, na Penha,ao mesmo tempo em que fazia o dou-torado. Buscava criatividade para ensi-nar, de uma forma agradável e eficaz,resistência de materiais, um assuntopesado. Essa é uma disciplina que nor-malmente deixa os alunos apreensivos,e eu sempre gostei muito. Há quem digaque sou meio paizão, só que não sosse-go enquanto a dúvida não sai da cabe-ça do aluno, faço isso até na pós-gra-duação”. [Rogério também leciona noprograma de pós-graduação do CentroPaula Souza]. “Um dia após defenderminha tese, em 2002, dava aula na recém-criada Fatec Zona Leste.” Ao longo demestrado e doutorado, o interesse inicialpor resistência de materiais foi migrandopara a área de Logística Empresarial.“Coordenei o curso de Logística em 2003e em 2006 fui eleito diretor do CentroTecnológico da Zona Leste, que reúneEtec e Fatec – caso único na instituição”.

da Fernando Prestes conquistandouma vaga na Fatec Sorocaba.”

ROGÉRIO MONTEIRO (DIRETORDO CENTRO TECNOLÓGICODA ZONA LESTE)

O professor Rogério Monteirotem uma responsabilidade diferenteda maioria dos diretores: gerir demaneira integrada uma Escola TécnicaEstadual e uma Fatec. Tecnólogo pelaFatec São Paulo, mestre (1998) e tam-bém doutor (2002) em EngenhariaMecânica pela Unicamp, lecionouna mesma escola onde cursou

ADHEMAR BATISTA HEMÉRITAS (GERÊNCIA REGIONAL)

Estudou na centenária Escolástica Rosa, em Santos. “Fizum curso de Mestria – o professor de disciplina práti-

ca – e em agosto de 1957 prestei concurso para a GetúlioVargas (Ipiranga). Até 1964 fui assistente, e depois, diretordo Luther King. Naquele tempo as escolas técnicas perten-ciam à Secretaria Estadual da Educação. Comecei no Cen-tro Paula Souza em 1984, na Etec Jorge Street. Fui diretor daGetúlio Vargas entre 1991 e 1992 e me aposentei em 1996.Voltei em 2003, para trabalhar na Coordenadoria de EnsinoTécnico. Tinha 65 anos, e não é fácil uma instituição receberuma pessoa nessa idade. Sou muito grato à Laura [Laganá,diretora superintendente do Centro Paula Souza], ao Almério[Melquíades de Araújo], que além de chefes são meus ami-gos”. Desde 2005 na Gerência Regional, Heméritas coorde-na o Programa Especial de Formação Pedagógica, que li-cenciou 1137 professores para o Ensino Técnico em 2008.Modesto, resume: “Procuro fazer meu trabalho o melhor pos-sível, voltado para o ator principal, o aluno”. Pedagogo, es-creveu Organização e Normas (Atlas, 1998), organizou Par-

Arq

uivo

Pes

soal

Afeto que não se encerracerias em Projetos de Educação: experiências e resultados (Cen-tro Paula Souza/Fapesp/Vitae, com edição Komedi, 2004) e,em co-autoria com Luís Carlos ZaniratoMaia, Reflexos da Reforma da EducaçãoProfissional nas Escolas Técnicas Estaduaisde São Paulo (Komedi, 2005).

“Naquele tempo se usava sineta”, lembra Heméritas sobre o períodoem que trabalhou na Martin Luther King

Raul

de

Alb

uque

rque

8

Matéria de capa

ROSANGELA HELENA DE LIMA (APDE/PLANO DE EXPANSÃO)

Rosangela chegou na Administração Central em julho de 2004, atualmenteintegra a equipe do Plano de Expansão do Ensino Técnico e Tecnológico e as-

sessora o Gabinete da Superintendência. Por isso, conhece profundamente a reali-dade das Escolas Técnicas implantadas ao longo dos últimos anos. A professorasempre acreditou que a educação transforma a sociedade. E sabe a importânciado educador na formação do futuro profissional. “Fiz técnico em Mecânica, por serum curso de qualidade e promissor. Estudei em 1975, na atual Etec Rosa PerroneScavone, em Itatiba [sua cidade natal]. Voltei para lá em 1984 como professora deGeografia. Fui coordenadora e diretora da Unidade, entre 1995 e 2004. Como edu-cadora, a cada semestre, quando instalamos novas escolas, sinto um enorme pra-zer em saber que gerações se transformarão com o resultado do nosso trabalho”.

A expansão que transforma

ANA CLÁUDIA TIESSI GOMESDE OLIVEIRA (FATEC GARÇA)

“Comecei a cursar Processamentode Dados na Fatec Ourinhos em 2000 ejá dava aulas em uma escola de informá-tica . Alguns professores me incentivarama fazer pós-graduação porque percebe-

ram que eu tinha perfil paraser pesquisadora. Fiz o mes-trado entre 2004 e 2007.Em minha dissertação de-senvolvi um método paraauxiliar o treinamento deprofissionais de saúde, apartir da criação de objetosvirtuais que simulam partesdo corpo e instrumentoscirúrgicos. O projeto conti-nua em desenvolvimento.”

Atualmente Ana Cláudia trabalha emRegime de Jornada Integral no CentroPaula Souza: dá aulas na Fatec Garçae faz doutorado na Escola Politécnicada USP. “Estou realizada naminha carreira, faço o quegosto. Sou muito feliz porter escolhido estudare trabalhar na Fatec.”

ANDERSON WILKER SANFINS(DIRETOR DA ETEC ROSAPERRONE SCAVONE, ITATIBA)

Estudou Eletrônica e fezo atual Ensino Médio na Etec

Rosa Perrone (entre os anos de 1988 e1992). Estagiou na Telesp e em 1993 foichamado para trabalhar como auxiliarde laboratórios da escola onde seformara técnico. Começou a dar aulasde eletrônica e, ao mesmo tempo,estudava Análise de Sistemas,numa faculdade em Itatiba.Em 1999, passou a serprofessor na Etec BentoQuirino, de Campinas.Transferiu-se para Itatibaem 2000, e com a criaçãodo curso de Informáticaassumiu a coordenação.“Dava aulas de informáticaà tarde e eletrônica à noite,entre 2002 e 2005. Em 2007prestei concurso e me tor-nei diretor. Queremos a escolaem aprimoramento constante e combons resultados no Enem. Nos últimos20 anos, a Etec virou sonho de muitos

estudantes, que desejamestudar lá.”

a Etecap”. Formada no técnico em 1986,trabalhou no setor de galvanoplastia(revestimento de metais) da empresade máquinas de costura Singer entre1987 e 1990. Dois anos depois, quandoconcluía o curso superior de Química,em Piracicaba, começou a trabalhar

na Etecap, como auxiliarde instrução. Acumulouo cargo com o de profes-sora no curso de Químicaa partir de 2003. Mestre(1998) e doutora (2004)em Engenharia Mecânicapela Unicamp, Rosângeladesenvolveu pesquisaacadêmica na áreaambiental (tratamentode efluentes). Logo após

o doutoramento, passou a coordenaro curso de Meio Ambiente (2005-2008),sempre na Etecap.

“Faz só seis meses que estou nadireção, estou conhecendo as poten-cialidades da escola. Neste ano em quea Etecap completa 45 anos e o CentroPaula Souza, 40 anos, quero projetaro nome da minha escola no Estado,com a excelência que caracteriza ainstituição.” Rosângela está buscandoparcerias com empresas para financiarprojetos e já programou uma semanade atividades em junho para comemoraro aniversário da Etecap.

Rosangela discursa comodiretora em formatura daEtec Rosa Perrone Scavone(Itatiba), em 1997

ROSÂNGELA PELLEGRINO(DIRETORA DA ETECAP)

“Decidi fazer Químicana 7a série, na disciplinade educação para otrabalho, quando vi umlivrinho que descreviaas profissões. Escolhi

Raul

de

Alb

uque

rque

Arq

uivo

Pes

soal

9

Febrace

Inovaçãoem pauta

Dezesseis projetos de oito Etecs foram selecionados para a edição 2009da feira de ciências, que aconteceu na USP e reuniu alunos do Brasil inteiro

m março, alunos das EscolasTécnicas Estaduais (Etecs) partici-param de mais uma Feira Brasileira

de Ciências e Engenharia, Criatividadee Inovação (Febrace). Organizada peloLaboratório de Sistemas Integráveis daEscola Politécnica da Universidade deSão Paulo (USP), a feira reuniu pesquisasde estudantes dos ensinos Fundamental(8a série), Médio e Técnico. “São trabalhosque desenvolvem a inventividade e oempreendedorismo em nossos alunos”,disse a chefe de gabinete do CentroPaula Souza, Elenice Belmonte deCastro, na abertura do evento.

Esta edição exibiu 282 projetos,vindos de escolas dos 26 Estadosbrasileiros e do Distrito Federal, sele-cionados entre cerca de mil inscritos.“Numa era em que as economias maisdesenvolvidas são baseadas no conheci-mento, estimular a cultura investigativae de inovação se tornou imprescindível”,afirmou Roseli de Deus Lopes, coorde-nadora geral da Febrace.

“Água em Americana: a escassezem 2016”, da Etec Polivalente, recebeuprêmios da organização da Febrace eda American Meteorological Society.A pesquisa verificou que em 2016 podefaltar água em Americana se as Estaçõesde Tratamento não forem ampliadas efaltar conscientização aos moradores.

A Etec Jorge Street, de São Caetanodo Sul, participou com “Direção segura”,primeiro colocado na votação popularda Febrace e terceiro na 2a Feira Tecno-lógica do Centro Paula Souza, em 2008.Trata-se de um sistema de testes decoordenação motora e memória,

E

que bloqueia a ignição caso os reflexosdo motorista estejam prejudicados peloconsumo de bebida alcoólica. “São alunosinteressados, que abordam questõespertinentes e desenvolvem as caracte-rísticas mais complexas dos projetos”,elogia o coordenador pedagógico daJorge Street, Salomão Choueri Júnior.

Com sobras de material de cons-trução e lodo produzido no tratamento

de água, alunas da Etec Getúlio Vargas,no Ipiranga, Capital, produziram um tijo-lo ecologicamente correto. Trabalho deconclusão do curso técnico de Químicadesenvolvido pelas alunas RaquelCunskis, Patrícia Tavares e Tânia CristinaHolmo, o bloco cerâmico evita que essesresíduos cheguem ao meio ambiente.

A Etec Trajano Camargo, de Limeira,vencedora em 2008, classificou maiscinco projetos para esta edição daFebrace. Entre eles está o “Varal auto-retrátil”, que promete facilitar a vida

de quem deixaroupa secando noquintal. O equipa-mento possui umsensor: ao detectarchuva, ele se retraiprotegendo asroupas em umlocal coberto,longe da umidade.Os alunos recorre-ram a conhecimen-tos de mecânicae eletroeletrônicapara executaro projeto.

Em conversas com con-sumidores nos supermercados,alunos da Trajano, criaram o“Carrinho de supermercado‘tunado’”. Utilizando a práticaem desenho industrial,os alunos desenvolveramum “veículo” com prateleirasque separam os alimentosmais frágeis, como verduras,dos materiais mais pesados.

Também participaramda Febrace as Etecs CônegoJosé Bento, de Jacareí; GuaracySilveira e Martin Luther King,

da Capital (veja lista completa de projetosem www.centropaulasouza.sp.gov.br).

Os vencedores de cada categoriaviajam aos Estados Unidos para participarda Feira Internacional de Ciências eEngenharia da Intel (Intel ISEF). Alunosde três Etecs já conquistaram a premia-ção em edições anteriores: TrajanoCamargo (2008), Getúlio Vargas (2007)e Polivalente de Americana (2004).

No alto: alunas da Etec Getúlio Vargas fazem tijoloecológico. Acima: o carrinho da Etec Trajano Camargo

Gas

tão

Gue

des

Etec

Tra

jano

Cam

argo

10

qeiopadAtualizaçãoconstante

globalização já é um fato e,com ela, as atividades ligadasà tecnologia da informação

abrem caminhos para o controle ecrescimento das organizações. Nessecontexto, os profissionais de Tecnologiada Informação (TI) são cada vez maisrequisitados, porque se tornaramessenciais para o sucesso dos negócios.

Uma empresa globalizada elege omelhor, ou os dois melhores lugares domundo, em termos de custos, disponi-bilidade de mão-de-obra, qualidade dosserviços oferecidos, bem como procurao menor custo de infraestrutura, e cen-traliza suas operações nessa localidade.Por exemplo: a cobrança e a emissão defaturas da empresa, para todos os seusclientes do continente americano,podem se localizar no México, enquantoa programação e os controles doscomputadores de todos os seus sitesficam no Brasil. Essa atividade é chamadade offshore ou Exportação de Serviços.

Segundo dados do Ministério doDesenvolvimento, Indústria e ComércioExterior, os negócios de exportação deserviços já são responsáveis por 66% docrescimento do PIB e 85% das vagas deempregos formais no Brasil. A perspecti-va dessa área é de continuar crescendo.

Nesse cenário a formação deum bom profissional de TI é vital paragarantir competitividade numa concor-rência por contratos de offshore. O paíscom os melhores recursos e relaçãocusto-benefício é que vai ganharo contrato do cliente.

Para suportar essas operações,o mainframe, computador de grande

porte, capaz de suportar bilhõesde operações por segundo, ganhauma posição destacada, e a formaçãode profissionais capacitados a atuarnesse ambiente é fator decisivona competitividade do país.

Como comparar os trabalhadoresdo Brasil com os do resto do mundo?Um caminho seguro são as certifica-ções – tanto de produtos, como deprofissões. Por isso, o profissional de TIdeve buscar, além de uma formação aca-dêmica específica, uma especializaçãona área de sua escolha, e a certificaçãonos produtos relacionados a essa área.

Artigo – Edson Luiz Pereira

Técnicas Estaduais e nas Faculdadesde Tecnologia do Centro Paula Souza,o aluno está preparado para iniciar naprofissão. Os tempos atuais, entretanto,exigem a educação permanente. Emespecial na área de Tecnologia daInformação, que se renova completa-mente. Em média, a cada dois anos, éimprescindível o constante estado deatualização, conhecendo tecnologiasavançadas e estudando novas disciplinas.

Por isso o Centro Paula Souza,em parceria com a IBM, oferece cursosde Especialização Técnica e ExtensãoUniversitária, com professores treinados

Arq

uivo

Pes

soal

A

Como comparar os trabalhadores do Brasil com os do restodo mundo? Um caminho está nas certificações profissionais

Uma formação técnica é suficien-te para um bom posicionamento nomercado de trabalho? Como já vimos,as melhores vagas estarão nas áreas deexportação de serviços, ou seja, vendade serviços para clientes de outrospaíses que não falam a língua portu-guesa. Portanto, quem não dominaro idioma inglês não tem chances nacarreira, mesmo que acumule umenorme conhecimento.

Além da necessidade das certifica-ções em especialidades e do conheci-mento de inglês, inovação é a palavrade ordem no mercado. Novos produtosou aplicações diferenciadas para osprodutos existentes surgem a toda hora.O processo de aprendizado é contínuo.Com o que se aprende nas Escolas

por especialistas formados pela IBMe laboratórios atualizados que acessamum servidor mainframe de últimageração, e ainda contemplam 100 horasde inglês instrumental. O programacapacita os alunos para o mercadode trabalho e para concorrer em igualvalor com um profissional dequalquer parte do mundo.

EDSON LUIZPEREIRA, mestre

em Administraçãode Empresas pelo

Mackenzie, é oexecutivo respon-sável por Parcerias

Educacionaisna IBM Brasil

em TIpadfop

A competição global e a renovação das Tecnologias da Informação (TI)exigem dos profissionais permanente atenção aos estudos

11

Entrevista – Geraldo Alckmin

Decisão

a última semana de janeiro,Geraldo Alckmin assumiu umapasta essencial no Governo do

Estado, especialmente em fase de crisefinanceira global: a Secretaria do Desen-volvimento (SD). Entre as principais açõesligadas à secretaria está a qualificaçãopara o mercado de trabalho – por meioda formação oferecida nas 157 Etecs e46 Fatecs espalhadas na capital e nointerior de São Paulo. Também são res-ponsabilidades da SD o apoio à pesquisae à inovação e o estímulo às micro,pequenas e médias empresas reunidasnos Arranjos Produtivos Locais (APLs).

Prioridade no governo paulista,o Plano de Expansão do Ensino Profis-sional já é conhecido de Alckmin, desdeo período em que governou o Estado(março de 2001 a março de 2006).

Com sua posse à frente da Secretariade Desenvolvimento, qual será a marcaque o senhor pretende deixarno Centro Paula Souza?

Uma das prioridades da nossagestão é continuar avançando no Planode Expansão do Ensino Profissional.Temos o objetivo de criar condiçõespara 100 mil novas matrículas no EnsinoTécnico e 50 mil no Ensino Médio dasEtecs. Quando fui governador, aumenta-mos o número de Fatecs de nove para26. Agora, no governo Serra, vamos do-brar esse número, passando para 52 uni-dades até 2010. Faltam apenas seis paracumprir o objetivo. Está em estudo asegunda fase do plano, que pretendecriar 46.440 vagas de cursos profissiona-lizantes em escolas estaduais e CEUs.

De que modo a educação profissionalpode fazer a diferença?

O ensino profissionalizante ajudaa gerar novos empregos no setor produ-tivo e promover a atividade econômica,reduzindo os impactos da crise mun-dial. Até o final do Plano de Expansão,o Governo do Estado planeja lançar nomercado de trabalho 60 mil técnicos(formados nas Etecs) e 16 mil tecnólo-gos (saídos das Fatecs) por semestre,o que resulta numa média de 150 milnovos profissionais qualificados por anopara suprir as necessidades do mercadode trabalho. Quatro de cada cincoalunos das Etecs e nove de cada dezformados pelas Fatecs conseguememprego um ano após concluir o curso.

Pretende firmar parcerias comoutros Estados e países nessa área?

São Paulo pode contribuir parao crescimento do Ensino Técnico emoutros Estados. Um exemplo: o convê-nio com o Governo de Goiás para formaralunos pelo Telecurso TEC naqueleEstado [o documento foi assinado em3 de março]. O estudante pode acompa-nhar o curso na Rede Globo, na TVCultura ou no Canal Futura, e fazer oexame na própria cidade para recebero certificado do curso técnico. Esseprograma resulta de parceria entre oGoverno de São Paulo por meio doCentro Paula Souza, o governo goianoe a Fundação Roberto Marinho.

Como está o ritmo do Plano de Expansão?Acelerado. Em fevereiro, fizemos

a cerimônia de inauguração, ao lado

do governador José Serra, nas Etecsde Arthur Alvim, em São Paulo, e nasde Monte Mor e Votorantim, no interior.Em março, foram inauguradas a Etecde Santana de Parnaíba e a Fatec deMogi das Cruzes. Desde 2006 foramcriadas 31 Etecs. Este primeiro semestrede 2009 contou com 58.395 vagas noVestibulinho. O Ensino Médio, com16.843 vagas, cresceu perto de 27%em relação ao primeiro semestre de2008. E o técnico aumentou 16% asvagas, passando para 41.552 agorano início do ano.

Quanto às Fatecs, em 2008 foramimplantadas 12 novas unidades, emAraçatuba, Bauru, Bragança Paulista,Capão Bonito, Catanduva, Franca,Itu, Jaboticabal, Lins, Mogi das Cruzes,Piracicaba e Sertãozinho. Agora temos46 Fatecs em funcionamento. O Vesti-bular das Fatecs para o primeiro semes-tre de 2009 ofereceu 7.715 vagas,aumentando mais de 23% em relaçãoàs 6.255 vagas oferecidas no primeirosemestre de 2008.

Como o senhor vê a oferta do EnsinoMédio nas escolas técnicas?

O Ensino Médio do Estadode São Paulo é considerado o melhordo país no setor público. Tanto é queos alunos das Etecs se destacam noEnem e nos exames vestibulares dasmelhores faculdades públicas. Forma-ção básica de qualidade aliada ao cursotécnico facilita o ingresso no mercadode trabalho. E a melhor resposta paramomentos de crise como o quevivemos é investir na juventude.

estratégica

N

A expansão do ensino profissional é uma política pública quese revela vencedora, especialmente em momentos de crise global D

ivul

gaçã

o

12

Tecendoo amanhã

Arranjos Produtivos

s primeiras fábricas de tecidoschegaram a Americana nadécada de 1940. Eram peque-

nos negócios familiares que cresceram,multiplicaram-se e se juntaram a multi-nacionais. Hoje, a região é a maior pro-dutora têxtil da América Latina, comcerca de 700 empresas que empregammais de 45 mil trabalhadores.

Essa posição no mercado inter-nacional não foi alcançada num passede mágica, e sim por meio da formaçãode profissionais atentos às novidades.A Faculdade de Tecnologia (Fatec) deAmericana nasceu há 21 anos. Desde asua criação oferece o curso de Tecnolo-gia Têxtil para atender às demandasdesse setor e garantir trabalho para apopulação local: a empregabilidade dostecnólogos formados pela unidade é de96%, conforme levantamento de 2008.

O alto índice de inserção no merca-do resulta do contato constante entre ainstituição de ensino e o setor produtivo.“Tal proximidade traz vantagens tantopara nossos alunos, que têm uma par-ticipação ativa em pesquisas aplicadasà indústria, como para as empresas, queobtêm conhecimento científico. E issoajuda a modernizar o ciclo produtivo”,afirma Rafael Alves, diretor da Fatec.

Frederico Faé, proprietário da FaéFabril, empresário têxtil há 45 anos,engrossa o coro de entusiastas daproximidade entre a Fatec e o setor

produtivo. “Precisamos de pessoascapacitadas para incrementar a produ-ção, aproveitando melhor o maquinárioou inovando nos produtos. Por issoconsidero tão importante esse estrei-tamento entre o mundo acadêmicoe a indústria”, diz o empresário.

DO FIO AO BOTÃO

A cadeia produtiva começa nafabricação do fio, feito de algodão oumaterial sintético. Teares modernostramam sarja, malha, lycra, seda...Existem ainda as indústrias de benefi-ciamento, que lavam, dão cor, acaba-mento e estampas, antes de encaminharo tecido à confecção. Outras empresasse encarregam dos últimos detalhes,aqueles que conhecemos no comérciocomo “armarinho” – botões, zíperes eoutros acessórios – necessários parao acabamento perfeito das roupas.

Por isso, para trabalhar nos diversosramos dessa indústria, o profissionaldeve mostrar versatilidade. Quem quiserser um tecnólogo da área têxtil precisase interessar por disciplinas como quí-mica, mecânica, manutenção de equi-pamentos, administração financeira erecursos humanos, entre outros temas.“Nossos alunos acumulam conhecimen-tos básicos em cada uma dessas árease se tornam capazes de trabalhar tantona linha de frente da produção como

Tecnologia Têxtil, curso que existe desde a fundaçãoda Fatec de Americana, garante a formação de

profissionais atualizados e emprega 96% dos tecnólogos

na gestão de pequenas e grandes em-presas”, conta Agnaldo Pezzo, coordena-dor do curso. Segundo ele, os estudantessão incentivados ao empreendedorismo:“Vários de nossos alunos conseguemsucesso em seus próprios negócios”.

COSTURANDO RECURSOS

Americana é a primeira cidade asediar o Programa de Capacitação deAgentes de Inovação para ArranjosProdutivos Locais (APLs), que deve seespalhar pelo Estado. O objetivo doprograma é orientar a elaboração deprojetos para captar, junto a agências defomento, recursos voltados à pesquisa eà modernização dos APLs. A iniciativaacontece em parceria entre a Secretariade Desenvolvimento do Estado de SãoPaulo, a Federação das Indústrias de SãoPaulo (Fiesp), a Universidade de São Paulo(USP) e o Serviço Brasileiro de Apoio àsMicro e Pequenas Empresas (Sebrae – SP).

A capacitação, em Americana, dura40 horas em cinco módulos a partir demarço e reúne representantes de cercade 30 empresas da região, além de quatroprofessores da Fatec (três da área têxtil eum de gestão). Depois de Americana, oprojeto segue para mais de 40 cidadespaulistas, em 24 APLs – como os de calça-dos (Franca, Birigui e Jaú), móveis (Mirassol,Votuporanga e Região Metropolitanade São Paulo) e plásticos (Grande ABC).

A

Tecendoo amanhã

John

ny M

arou

n