Praga do Escaravelho da palmeira

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PRAGA DE ESCARAVELHO VERMELHO Rhynchophorus ferrugineus (Olivier) NAS PALMEIRAS-DAS-CANÁRIAS 2009

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Tratamento de Palmeiras,doença das palmeiras,algarve.

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PRAGA DE ESCARAVELHO VERMELHO Rhynchophorus ferrugineus (Olivier)

NAS PALMEIRAS-DAS-CANÁRIAS

2009

PRAGA NAS PALMEIRAS-DAS-CANÁRIAS

ESCARAVELHO VERMELHO - Rhynchophorus ferrugineus (Olivier)

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1. INTRODUÇÃO E DESCRIÇÃO O escaravelho vermelho (Rhynchophorus ferrugineus (Olivier)) é um insecto que ataca várias espécies de palmeiras.

Escaravelho vermelho No Concelho de Albufeira esta praga tem corrido nas palmeira-das-Canárias podendo vir a ocorrer nas palmeira-tamareira e, nas palmeira-de-leque (raramente).

Palmeira-das-Canárias Palmeira- tamareira Palmeira-de-leque Provoca estragos importantes que podem conduzir à morte das palmeiras. Este insecto vive e alimenta-se no interior das bases das folhas e dentro do tronco, pelo que é difícil detectar por meio de inspecção visual. Numa palmeira o escaravelho pode encontrar-se em quatro formas diferentes: OVO, LARVA, PUPA (casulo) e ADULTO.

As fêmeas põem os ovos escondidos em feridas causadas na palmeira (ex: corte de folhas), não seladas, ou entre as bases das folhas, sendo muito difícil de ver, devido ao tamanho deles, cerca de 1 a 2 mm. Da eclosão dos ovos, surgem as larvas, de cor marfim branco para ocre e sem patas, com a forma de pêra e que podem alcançar os 5 cm. de comprimento. Estas vivem dentro do tronco e nas bases das palmas. Estas larvas quando alcançam a última fase, fabricam um casulo de cor acastanhadas com as fibras da palmeira, no interior da qual se transformam em pupas e, mais tarde, em escaravelhos adultos. Os adultos são de cor vermelha com as asas raiadas de preto, a cabeça termina em bico, o seu comprimento oscila entre 2 a 5 cm. e normalmente encontram-se escondidos atrás das bases das folhas. No nosso clima, o escaravelho necessita de três a quatro meses para completar o ciclo de ovo a adulto, pelo que podem ocorrer, pelo menos, três a quatro gerações por ano. Se tivermos em conta que a fêmea pode pôr entre 300 e 400 ovos, a capacidade de reprodução e colonização deste insecto é enorme.

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Dentro de uma palmeira ocorrem várias gerações de escaravelho vermelho, pelo que em qualquer época do ano, podem-se encontrar todas as metamorfoses do insecto no mesmo ano. Os danos causados por tão elevada população, são tão graves que eles acabam com a vida da palmeira hospedeira. As larvas permanecem sempre dentro da palmeira, alimentando-se dela, enquanto os adultos se multiplicam e reproduzem, colonizando novas palmeiras, pois têm capacidade para manter voos contínuos de vários km. (entre 4-5 km.). 1.1. SINTOMAS E DANOS Uma palmeira pode estar infestada pelo escaravelho e não mostrar qualquer sintoma durante vários meses, pelo que não se pode assegurar que as palmeiras aparentemente saudáveis em áreas de presença do insecto não se encontrem infestadas. Quando a palmeira se encontra infestada de larvas do escaravelho, esta perde a inserção das folhas jovens, as palmas perdem resistência e fixação à palmeira e soltam-se com facilidade, e a palmeira morre em curto espaço de tempo. Este caso é muito frequente na palmeira das Canárias. Quando as larvas se alimentam na zona alta do tronco, as folhas jovens ao crescer apresentam-se como que roídas, caem facilmente, e observando-se com facilidade as galerias.

Uma palmeira sã e uma morta. As larvas alimentam-se no interior do tronco, criando galerias.

Outros possíveis sintomas da presença do escaravelho das palmeiras são: • COLORAÇÃO PALHA OU ASPECTO ANÓMALO DAS FOLHAS CENTRAIS. • QUEDA DE FOLHAS EXTERNAS • BURACOS COM UMA COR AVERMELHADA VISCOSA E CHEIRO FORTE (fétido) • ASPECTO REMEXIDO NAS FOLHAS DA COROA. • GALERIAS DE 1-2 cm. EM AXILAS E CORTES NA PODA. 2. ACÇÕES EXECUTADAS PELA CÂMARA MUNICIPAL DE ALBUFEIRA A Câmara Municipio de Albufeira tomou a iniciativa de informar, a população do concelho de Albufeira, sobre a praga do escaravelho vermelho. A Informação/Sensibilização tem-se realizado, desde o ano de 2008, através dos vários meios de comunicação Social (Jornais, Revistas, Boletins), através de Edital em todas as Juntas de Freguesia do concelho, e através de um anexo ao recibo da água. 2.1. Nos Espaços Exteriores Públicos A C.M.A., no combate ao Rhynchophorus ferrugineus em Phoenix canariensis (Palmeira-das-Canárias), tem levado a cabo uma vigilância constante à procura dos sintomas descritos anteriormente, e tem diligenciado Acções a nível Preventivo e Curativo.

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O método que tem oferecido mais garantias de sucesso no tratamento individual de cada palmeira é o que consiste na combinação de pulverizações foliares (nas folhas) com insecticidas micro encapsulados e a aplicação de injecções insecticidas no tronco. No primeiro caso é conseguida uma dupla função: eliminar as formas do insecto que se encontrem alojados nas zonas da coroa da palmeira (entre bases de folhas, em feridas já cicatrizadas, etc) onde não é possível chegar por via vascular, e evitar nova infestação do exemplar. No caso das injecções, a função principal é eliminar as larvas e os insectos que se alimentam dentro do tronco e das bases das folhas.

Aplicações por injecção Aplicações foliares A C.M.A., sempre que detecta uma palmeira infestada sem recuperação possível, cuidadosamente procede à sua destruição, e efectua tratamentos insecticidas nas palmeiras vizinhas (do espaço público). A palmeira removida é transportada para a Algar, depois de serem acautelados vários procedimentos que evitem a disseminação da praga. 2.2. Nos Espaços Exteriores Privados A C.M.A, relativamente aos espaços exteriores privados, para além de ter divulgado informação sobre a praga do escaravelho vermelho, através dos vários meios de comunicação Social, tem proporcionado apoio técnico. O qual tem sido ministrado directamente aos munícipes, sempre que solicitado, através da entrega de informação escrita, e respondendo/esclarecendo directamente a todas as questões/solicitações. A Autarquia também tem assegurado o transporte, das palmeiras abatidas pelos proprietários privados, a vazadouro.

3. RECOMENDAÇÕES Recomenda-se a consulta do Folheto divulgador -Rhynchophorus ferrugineus (Olivier) – uma nova praga da palmeira em Portugal, elaborado, em colaboração com a DGADR e INRB, disponível no site da DGADR; O Ministério da Agricultura do Desenvolvimento Rural e das Pescas, através da Direcção Regional de Agricultura a Pescas do Algarve, para o combate ao RHYNCHOPHORUS FERRUGINEUS em Phoenix Canariensis (Palmeira das Canárias), apresenta uma Estratégia (em anexo). Em Palmeiras aparentemente sãs ou em fase inicial de ataque: • Diligenciar acções a nível Preventivo e Curativo, através de tratamentos, nomeadamente pulverizações foliares (nas folhas) com insecticidas micro encapsulados e a aplicação de injecções insecticidas no tronco.

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Em Palmeiras afectadas pela praga, sem recuperação, a abater: • Antes do abate (corte da palmeira), deve ser realizado um tratamento fitossanitário (aplicação de um insecticida de contacto, de forma uniforme, em todas as superfícies expostas) para evitar a dispersão dos insectos adultos. Todos os insectos (adultos, pupas e larvas) deverão ser eliminados. O abate deverá ser efectuado no dia seguinte. • O abate deverá ser efectuado em fracções, cada uma delas deverá ser objecto do tratamento fitossanitário referido anteriormente, até à remoção total da palmeira. Pretendendo-se com isso evitar a sobrevivência de qualquer insecto independentemente do estado de desenvolvimento. • Depois do abate deve-se proceder à recolha, no caso dos proprietários privados, deverão entrar em contacto com a Junta de Freguesia da respectiva residência ou com a linha azul (808 202 492) a solicitar este serviço. Salienta-se que: 1. É urgente tratar todas as palmeiras na envolvente de um exemplar infestado. 2. Todos os proprietários privados com palmeiras deverão estar atentos e verificar se apresentam algum sintoma de existência de praga. A Câmara Municipal de Albufeira está inteiramente disponível para prestar qualquer esclarecimento técnico, Todos os interessados poderão entrar em contacto com os Serviços da Divisão de Espaços Verdes. 3. Somente com a colaboração de todos é possível minimizar a praga do escaravelho vermelho.