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 2.1 Projeto Político Pedagógico – PPP APRESENTAÇÃO O planejamento das atividades escolares é uma necessidade imperiosa e, por esta razão, o objetivo deste Projeto Político-Pedagógico é pr opor um encaminhamento para as ões pedagi cas apresentando a org ani zaç ão e ope racionaliz açã o do tra balho ped agó gic o escolar da Escola Estadual Machado de Assis - Ensino Fundamental de 5ª/8ª séries, referentes aos seus princípios e metas para o desenvolvimento da aprendizagem; da melhoria da qualidade de ensino; da pesquisa como processo de construção do conhecimento , do respeito às diferenças e à diversidade, da formação continuada do professor, da contextualização dos procedimentos avaliativos e da valorização do aluno como sujeito do processo ensino aprendizagem. Considerando a importância desses objeti vos, nosso Projeto Político-Pedagógico visa atender as dimensões política e pedagógica de educação resumidos em uma concepção de mundo, sociedade, educação, professor e aluno que desejamos e que estão descritos na operacionalização de nossas ações. Estas operacionaliz ões estão estruturadas obedecendo a seguinte ordem: - Introdução: corresponde ao histórico da Escola, espaço físi co e organização da entidade e recursos humanos; - Objetivos Gerais: o que a escola pretende para atingir uma educação de qualidade; - Marco situacional: caracterização da comunidade escolar; - Marco conceitual: pressupostos e fundamentação teóricos; - Marco operacional: as ações a serem desenvolvidas; - Avaliação institucional do Projeto Político-Pedagógico: para que?, como, o que é?. INTRODUÇÃO Este projeto destina-se a Escola Estadual Machado de Assis - Ensino Fundamental de 5ª/8ª séries, Curso 4.000, Códi go 001-9, situada a Rua Inglaterra, 1010 na cidade de Itauna do Sul, portanto uma escola urbana, e- mail [email protected], fone fax (44) 3436-1370, CEP 87970-000, Paraná, tendo como entidade mantenedora o Governo do Estado do Paraná sob a administração da SEED (Secretaria de Estado da Educação) Código 1140 e  jurisdicionada ao NRE de Loanda nº. 020, que se localiza distante de nossa escola cerca de 45 kilômitros. A Escola Estadual Machado de Assis – Ensino Fundamental de 5ª/8ª séries esautorizada a funcionar desde 1967 pela Resolução nº. 3066/67 de 15/ 02/67 ten do seu reconhecimento renovado pela resolução nº.344/83 de 08/03/ 83 e renovão de reconhecimento estabelecida na Resolução 1681/03 de 30/05/03, sendo que s eu Regimento Escolar foi aprovado pelo Ato Administrativo nº.056/01 e pelo Parecer nº.113/01 de 20/08/01. As atividades escolares deste estabelecimento de ensino iniciaram-se no prédio do atual Colégio Estadual Rui Barbosa – Ensino Médio, situado na Rua Peru, s/nº. e transferindo-se para prédio próprio em 1.969,

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2.1 Projeto Político Pedagógico – PPP

APRESENTAÇÃO

O planejamento das atividades escolares é uma necessidade

imperiosa e, por esta razão, o objetivo deste Projeto Político-Pedagógico épropor um encaminhamento para as ações pedagógicas apresentando aorganização e operacionalização do trabalho pedagógico escolar da EscolaEstadual Machado de Assis - Ensino Fundamental de 5ª/8ª séries, referentesaos seus princípios e metas para o desenvolvimento da aprendizagem; damelhoria da qualidade de ensino; da pesquisa como processo de construção doconhecimento, do respeito às diferenças e à diversidade, da formaçãocontinuada do professor, da contextualização dos procedimentos avaliativos eda valorização do aluno como sujeito do processo ensino aprendizagem.

Considerando a importância desses objetivos, nosso ProjetoPolítico-Pedagógico visa atender as dimensões política e pedagógica deeducação resumidos em uma concepção de mundo, sociedade, educação,professor e aluno que desejamos e que estão descritos na operacionalização denossas ações.

Estas operacionalizações estão estruturadas obedecendo aseguinte ordem:- Introdução: corresponde ao histórico da Escola, espaço físico e organização daentidade e recursos humanos;- Objetivos Gerais: o que a escola pretende para atingir uma educação dequalidade;- Marco situacional: caracterização da comunidade escolar;

- Marco conceitual: pressupostos e fundamentação teóricos;- Marco operacional: as ações a serem desenvolvidas;- Avaliação institucional do Projeto Político-Pedagógico: para que?, como, o queé?.

INTRODUÇÃO

Este projeto destina-se a Escola Estadual Machado de Assis - EnsinoFundamental de 5ª/8ª séries, Curso 4.000, Código 001-9, situada a RuaInglaterra, 1010 na cidade de Itauna do Sul, portanto uma escola urbana, e-

mail [email protected], fone fax (44) 3436-1370, CEP 87970-000,Paraná, tendo como entidade mantenedora o Governo do Estado do Paraná soba administração da SEED (Secretaria de Estado da Educação) Código 1140 e

 jurisdicionada ao NRE de Loanda nº. 020, que se localiza distante de nossaescola cerca de 45 kilômitros.

A Escola Estadual Machado de Assis – Ensino Fundamental de5ª/8ª séries está autorizada a funcionar desde 1967 pela Resolução nº.3066/67 de 15/02/67 tendo seu reconhecimento renovado pela resoluçãonº.344/83 de 08/03/83 e renovação de reconhecimento estabelecida naResolução 1681/03 de 30/05/03, sendo que seu Regimento Escolar foi aprovado

pelo Ato Administrativo nº.056/01 e pelo Parecer nº.113/01 de 20/08/01.As atividades escolares deste estabelecimento de ensinoiniciaram-se no prédio do atual Colégio Estadual Rui Barbosa – Ensino Médio,situado na Rua Peru, s/nº. e transferindo-se para prédio próprio em 1.969,

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localizado na rua Inglaterra nº. 1010 e, passando a funcionar em dois turnos:matutino e vespertino.

Em 04/12/81 pela Resolução nº. 2.570/81 o Estabelecimento deEnsino passou a denominar-se Escola Machado de Assis – ensino de 1º Grau,em homenagem ao ilustre poeta, romancista, crítico, contista e cronistabrasileiro, Joaquim Maria Machado de Assis, mais conhecido como Machado de

Assis. Em 21/06/83 através da Resolução nº.1.718/83 a Escola passou adenominar-se Escola Estadual Machado de Assis – Ensino de 1º Grau. Ainda nomesmo ano, foi autorizado o funcionamento das quatro primeiras séries do 1ºGrau pela resolução nº.344/83 de 08/03/83. Mas, somente em 1.998, atravésda Resolução nº.3.120/98 de 11/09/98, foi autorizada a adequação nanomenclatura do Estabelecimento, para Escola Estadual Machado de Assis-Ensino Fundamental.

Acreditamos, assim, que nosso Projeto Político-Pedagógico atendeao que está proposto na LDB nº.9.394/96, bem como ao que está proposto naDeliberação nº. 14/99 do C.E.E, – 007/99 – 005/98 e 016/99, Lei nº 30981/2005,Resolução nº 208/2004, Lei nº 10.639/2003 bem como o que está previsto noRegimento Escolar vigente neste Estabelecimento de Ensino , no Estatuto daCriança e do Adolescente em seu Art. 53 e conforme o que está determinadopelo CNE/CEE/SEED/ PR.

OBJETIVOS GERAIS

• Considerar o processo pedagógico escolar como sendo intencional;• Predispor o espírito do educando a investigação e a aprendizagem

significativa;• Proporcionar a todos os alunos o desenvolvimento de suas

capacidades para que aprendam os conteúdos necessários para a vidaem sociedade;

• Melhorar a qualidade do ensino através do aprimoramento doprocesso pedagógico;

• Utilizar diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos para aconstrução do conhecimento;

• Valorizar o aluno como sujeito do processo de aprendizagem para queeste possa unir o cotidiano e o científico, numa proposta dialética detrabalho;

• Incentivar a organização e estruturação do grêmio estudantil;• Estabelecer uma relação pedagógica fundamentada em conceitos

científicos que valorize a contextualização como meio para atingir aaprendizagem significativa do aluno, bem como a oferta do Regime deProgressão Parcial;

• Incentivar a participação de professores e alunos nos projetoseducacionais desenvolvidos pela escola;

• Incentivar a participação dos professores nos grupos de estudos ecursos de capacitação, visando seu aperfeiçoamento para a melhoriade sua prática pedagógica;

• Favorecer a participação e o envolvimento da comunidade nosprojetos da escola através da APMF;• Desenvolver a gestão democrática.

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MARCO SITUACIONAL

Se compreendermos a realidade como caracterizada pelaconstante transformação, podemos afirmar que a realidade brasileira ainda é

muito injusta, violenta e com muitas diferenças culturais, sociais e econômicas.As desigualdades são alarmantes, gerando, por conseguinte, um quadro deexclusão social. Esse quadro também se apresenta em nosso contexto,caracterizando nossa sociedade, em sua grande maioria, com baixo poderaquisitivo, ausência de infra-estrutura, presença de subempregos, falta desegurança, precariedade dos serviços públicos oferecidos à população, baixograu de instrução e pouco acesso à cultura, causando um desestímulo napopulação, gerando acentuadas desigualdades sociais.

A análise dessa realidade revelou-nos que a maioria dos alunosapresenta:- nos aspectos cultural, social e econômico: que são filhos de pais com poucaescolaridade e empregos de mão-de-obra não qualificada; renda familiar emmédia de um a três salários mínimos; moram em casas pequenas e de aluguel;como meio de comunicação, utilizam-se do rádio e televisão; 95% utilizam-sedo sistema público de saúde.- no aspecto psicológico: mantêm relações não muito afetivos e dialógicas comos pais; um grande problema na escola é a baixa auto-estima dos alunos emdecorrência da relação que eles têm com os familiares, por isso o medo deerrar e apresentar as idéias é muito grande.- no aspecto cognitivo: apresentam dificuldades em interpretação de texto, oque interfere no processo de aprendizagem das várias disciplinas, pouco

vocabulário, pouca lógica na sustentação de hipóteses e nas técnicasoperatórias, principalmente na divisão; em geral os alunos não têmorganização, não sabem trabalhar em grupo.-no aspecto comportamental: apresentam atitudes agressivas em relação aoscolegas (brigas no recreio e em sala de aula e uso de palavrões), contra osprofessores (saem da sala de aula sem pedir autorização, não fazem as lições,não trazem materiais escolares falam muito durante a aula, não participam dasaulas). Devido a estes fatores a organização e estruturação de um GrêmioEstudantil em nossa escola, ainda representam um objetivo muito difícil de seratingido, porém não impossível.

Quanto aos professores e funcionários que, na maioria moram na

mesma cidade onde a escola se localiza, podemos dizer que sofrem tambémcom as dificuldades de infra-estrutura, baixa renda familiar, falta de segurança,precariedade dos serviços públicos oferecidos à população e difícil acesso àsdiversas formas de lazer e cultura. Assim, temos refletido dentro da escola, pormeio das ações dos alunos, professores e funcionários, toda a situação socialexcludente na qual estão inseridos.

Diante desse contexto, a função da escola é preparar os alunospara exercerem criticamente seu papel de cidadão e, através da aquisição denovos conhecimentos, transformarem a realidade em que vivem. Entretanto, oque se percebe são alunos passivos diante dos problemas e sem motivação

para os estudos, além de alguns professores preocupados apenas em cumprircronogramas e repassar conteúdos, o que acarreta num distanciamento entre ateoria e a prática, com conseqüências muito graves nos resultados daavaliação escolar.

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Assim, os problemas se refletem no currículo fechado,despreocupado com a realidade local, na má formação docente inicial econtinuado, na pouca participação dos pais na vida dos filhos, na resistência enas práticas pedagógicas inadequadas para atender as necessidades dosalunos, resultante da falta de compreensão do que é específico na ação deeducar. Somando-se a tudo isso, a indisciplina dos alunos evidencia-se,

tornando-se mais um problema a ser resolvido pela escola.Quanto a Estrutura e Espaço Físico da Escola, verificou-se que:-organização da estrutura e espaço físico: ainda há falta de espaço físicoe de adaptações para o recebimento e atendimento de pessoas comnecessidades especiais , falta de acesso as tecnologias, falta de materialdidático em disciplinas como: Artes e Língua Inglesa e insuficiência de recursopara manutenção do espaço físico existente .-organização pedagógica: A Escola oferece o ensino de 5ª /8ª séries e estáorganizada conforme as exigências estabelecidas na Constituição Federal, bemcomo na Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional (Lei9.394/96) e noRegimento Escolar vigente no estabelecimento.

O ensino é ministrado com base de igualdade de condições acessopermanência na escola, liberdade de apreender ensinar, pesquisar e divulgar acultura, o pensamento, a arte e o saber, a fim de que nosso aluno sejacapacitado e consciente de seu papel na sociedade.

A escola oferece também Sala de Recursos e Sala de Apoio, ondesão atendidos alunos com defasagem de aprendizagem ( Matemática e LínguaPortuguesa) bem como atendimento especializado para alunos com deficiênciaauditiva (D.A).-a organização administrativa da escola: A escola é administrada de formademocrática. Conta com a participação de instâncias como: Conselho Escolar e

APMF buscando desta forma garantir o envolvimento destes membros nasdecisões que se referem às questões pedagógicas e administrativas. Há umadireção, secretaria, setor administrativo, equipe pedagógica e serviços gerais.Os membros do Conselho Escolar e APMF têm maior participação nas questõesfinanceiras da Escola. 

MARCO CONCEITUAL

O conceito central que Paulo Freire defendeu sobre educação é deque ela é “um ato de conhecimento, uma aproximação crítica da realidade”

(FREIRE, 1980:25). Diante desse fato, é imprescindível tomarmos consciênciado papel que o homem exerce sobre o meio em que vive, para que, através dapráxis, façamos uma reflexão sobre nossa realidade e, refletindo sobre ela,possamos transformá-la. Portanto, é necessário tratar a produção pedagógicacomo prática dos homens, em que o conteúdo pedagógico é determinado peloconteúdo social e vice-versa. Para isso, devemos encontrar métodosadequados para a produção de conhecimento do contexto no qual estamosinseridos, e este conhecimento não pode resultar de uma visão ingênua. Marxacreditava que, para se construir o conhecimento, seria necessário captar asmúltiplas determinações que a realidade estabelece como verdade e

tendência: “A pesquisa tem de captar suas várias formas de evolução erastrear sua conexão íntima. Só depois de concluído esse trabalho é que sepode expor adequadamente o movimento real” (MARX, 1978, p.28).

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Partindo desse pressuposto devemos então, primeiramente,definir o que entendemos por sociedade nos dias atuais. De que forma ela estáconstituída e como podemos estudar suas mudanças, diferenciações eatribuições de papéis.

CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE

De acordo com Durkheim “a sociedade encontra-se, a cada novageração, na presença de uma tábua rasa, sobre a qual é necessário construirnovamente”. Desta forma, entende-se sociedade como um agrupamento deindivíduos que estabelecem entre si relações econômicas, políticas e culturais.Numa sociedade existe unidade de língua e cultura, sendo que seus membrosobedecem as mesmas leis e seguem os mesmos costumes e tradições. Destaforma, as consciências individuais são formadas pela sociedade. Sendo assim,a construção do ser social é feita em boa parte pela educação, ou seja, é aassimilação pelo indivíduo de uma série de normas e princípios, sejam elesmorais, religiosos, éticos ou de comportamento. Esses fatores é que norteiam aconduta do indivíduo num determinado grupo. Portanto, o homem é elementoformador da sociedade, o que o torna produto dela.

De acordo com Durkheim, o papel da ação educativa é formar umcidadão que tomará parte do espaço público, um indivíduo que seja capaz detransformar a realidade e o meio social em que vive, tendo como objetivosuscitar e desenvolver no educando estados físicos e morais que sãorequeridos pela sociedade política no seu conjunto. Assim, o indivíduo só terácondições de agir quando aprender a conhecer o contexto em que está inseridotendo consciência de suas origens e as condições das quais depende.

Concluímos, então, que a sociedade e cada meio social particular determinamo ideal que a educação realiza. Contudo, é preciso termos definido também,nossa concepção de homem e, que homem se quer formar para esta novasociedade.

CONCEPÇÃO DE CULTURA

Segundo Alfredo Bosi, a palavra cultura, pensada como umconjunto de idéias, valores e conhecimentos, traz dentro de si, em primeirolugar, a dimensão do passado. Muitos conhecimentos foram herdados de

outras gerações, não estamos começando do zero, muito pelo contrário, cadaano que passa acumula mais conhecimento.

Sem dúvida nenhuma, a primeira idéia que temos quandofalamos em cultura é a de transmissão de conhecimentos e valores de umageração para outra, de uma instituição para outra, de um país para outro.Subsiste sempre a idéia de algo que já foi estabelecido em um passado quepode ser um passado próximo ou remoto. Evidentemente, nossa culturatecnológica tem proximidade com a Revolução Industrial e com tudo o que veiodepois, ao passo que a cultura humanística deve remontar aos gregos e aosromanos, há 2000 ou 3000 anos atrás. Não importa: seja um passado recente,

séculos XIX e XX, seja um passado remoto ( antes de Cristo, ou épocasarcaicas), sempre a palavra cultura carrega dentro de si a idéia de transmissãode idéias e valores.

Cultura é o conjunto de manifestações humanas que contrastam

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com a natureza ou comportamento natural. Sob a etnologia ( ciência relativaespecificamente do estudo da cultura) a cultura seria “ o complexo que incluiconhecimento, crenças, arte, morais, leis, costumes e outras aptidões e hábitosadquiridos pelos homens como membro da sociedade”.

Portanto correspondem, neste último sentido, às formas deorganização de um povo, seus costumes e tradições transmitidas de geração

para geração que a partir de uma vivencia e tradição comum, se apresentamcomo a identidade desse povo.Cada ser humano traz dentro de si uma cultura seja ela herdada

ou adquirida, a escola deve trabalhar e respeitar essas diferentes culturas.Portanto, o planejamento dos conteúdos deve estar relacionado com odesenvolvimento de uma prática pedagógica que articule esses conteúdos àdinâmica de um processo educativo que empregue recursos didáticospedagógicos promotores da aprendizagem e que respeite a identidade culturaldo aluno, na perspectiva da diversidade cultural.

CONCEPÇAO DE HOMEM

Segundo Aristóteles o homem é um animal racional. Animal é acategoria próxima, na qual se inclui o homem, racional é a diferença específica,por meio da qual se distingue conceitualmente os homens dos outros animais.Para a filosofia grega, o homem é um “ser racional”, ou melhor, dito, umanimal que possui razão. Essa definição implica dizer que o homem é umacoisa cuja natureza consiste em poder dizer o que são as outras coisas. Ouseja, a razão permite ao homem definir-se e definir o conjunto do universo.

Segundo Paulo Freire, o homem é um ser inacabado, ou seja, o

homem não é um ser somente em desenvolvimento psicológico, mas um serconcreto em relação com o real. O conhecimento do homem é continuamentetransformado pelas novas informações que ele recebe e pelas experiênciaspelas quais passa.

Sendo uma espécie social o homem caracteriza-se pelaconstrução de sua individualidade através da relação com o outro. Sabe-seque, diferentemente dos outros animais, que se adaptam à realidade naturaltendo a existência garantida naturalmente, o homem necessita produzircontinuamente sua própria existência. Portanto, o que o diferencia dos outrosanimais é o trabalho.

O mundo se transforma constantemente e o homem é sujeito da

própria educação. Desta forma, através da reflexão sobre a ação, elecontribuirá para as mudanças e melhorias. Para que isso aconteça e, para queo homem possa competir com sucesso no mercado de trabalho globalizadocomo é o atual, os sistemas escolares devem colocar à sua disposiçãoprofissionais capazes de vencer os desafios da aprendizagem. O mundo dotrabalho exige de seus profissionais habilidades que deveriam ter desenvolvidonas escolas.

Uma das maiores expectativas do homem é tornar-se auto-realizado, ou seja, realizar com competência e eficácia sua profissão.A sociedade do século XXI exige uma nova escola, orientada para a qualidade

total. Sendo assim, a participação do homem, como sujeito da sociedade,implica em uma postura crítica que esteja embasada no conhecimentocientífico e que, por conseguinte deve estar explícito no currículo escolar.

Para isso, devemos pensar mais criticamente sobre o papel do

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currículo na formação humana do aluno, para que este não seja usado comoinstrumento ideológico de controle e exclusão social, e sim, contemplar aorganização curricular num coletivo, fazendo ligação entre as disciplinas e asatividades que a escola desenvolve. E, este processo, deve contemplar epromover a ética e cidadania da comunidade escolar, articulando oconhecimento do senso comum com o conhecimento científico.

CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO E EDUCAÇÃO

Quando compreendemos o Currículo escolar como o planejamentodas ações escolares que possibilitarão ao educando uma real compreensão dasnecessidades sociais e das diversas possibilidades de conhecimentos, estamosdirecionando estas atividades para que este educando possa explorar aomáximo os seus poderes de comunicação; as suas aptidões e capacidadespara seguir a vida social e econômica da nossa sociedade, bem como exercitaro seu papel de cidadão. Portanto, cabe a este Currículo direcionar o trabalhoescolar de maneira que as atividades desenvolvidas possam caminhar para odesenvolvimento da pesquisa e do trabalho científico, sem desmerecer osentido das funções clássicas da escola. Ou seja, “valorizar a importância dotrabalho escolar como elemento necessário ao desenvolvimento cultural, queocorre para o desenvolvimento humano em geral”. (SAVIANI,1991, p.105)

Para que isto esteja bem definido, devemos ter claro que, deacordo com a LDB educar é: “preparar o indivíduo para o seu desenvolvimento,para a cidadania e para o trabalho” (art.2º).

A Educação é o meio que permite ao homem formar-se econstruir-se num ser digno e consciente de suas ações. É através da Educação

que, ele constrói a sua cidadania e interage com o meio, com o outro, e poderáou não, transformar a sua vida e sociedade.È o instrumento mediador entre o senso comum e o

conhecimento científico, mais atuante também no sentido de despertar asensibilidade e a criatividade a fim de construir um ser completo, crítico epensante, possibilitando um crescimento individual e coletivo.

Os significados dessas palavras precisam ser compreendidos namaior amplitude possível, para que a ação social transformadora se realizeatravés do trabalho, no desenvolvimento das potencialidades do ser humano,proporcionando-lhes prazer, melhoria da qualidade de vida e da vida de todasociedade.

Essa compreensão deve estar presente na construçãointerdisciplinar do trabalho pedagógico e na maneira como o conhecimento étratado para que o aluno possa ser respeitado como um ser contextualizado.Resumindo, currículo é o conjunto das atividades desenvolvidas pela escola e,portanto tudo o que ela faz para promover o acesso ao saber elaborado. Éapartir desta compreensão que a especificidade da educação ganha umaimportância ainda maior, porque o papel da escola fica definido maisclaramente quanto à formação do cidadão e sua participação na sociedade.Compreender a posição que a escola ocupa no papel de mediadora daconstrução do saber elaborado é compreender, de fato, o significado de educar

para a cidadania.

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CONCEPÇÃO DE ESCOLA

De acordo com Saviani, “o trabalho educativo é o ato de produzir,direta e intencionalmente, em cada indivíduo singular, a humanidade que éproduzida histórica e coletivamente pelo conjunto dos homens” (1991, p.14).Portanto, o objetivo da escola é transmitir conhecimentos como forma de

perpetuar cultura, desenvolver a personalidade e estimular a sociedade.A escola desempenha três funções principais que são: selecionare transmitir conhecimentos; estimular atitudes consideradas úteis paraaprendizagem e, preparar para o convívio social.

É também um órgão socializador que deve proporcionar a noção ea prática da sociabilidade, necessárias à infância e à adolescência e atuar nosentido de ajustar o indivíduo às exigências da sociedade moderna econtemporânea. Assim, a educação escolar deve cumprir seu papel depreparar os indivíduos para a vida em sociedade capacitando-os para ummercado de trabalho bastante competitivo e exigente quanto a sua formaçãotécnico-profissional.

A escola não se limita somente ao espaço físico, mais age etransforma em conjunto com a família e as instituições sociais que colaboramna construção escolar do saber, integrando-os, da origem do próprio saber àsua elaboração.

Uma das maiores preocupações é o ensino de qualidade, comodiferencial na vida dos alunos. Espera-se que o aluno seja capaz de saber maissobre si e consiga refletir sobre a realidade que o cerca, tenha discernimentodo justo e que seja coerente e conseqüente. É fundamental que estesaprendam e se desenvolvam, vencendo seus limites e dificuldades paraaprender.

Para que a escola cumpra com eficácia seu trabalho educativodeve-se pensar no seu papel como mediadora na construção dosconhecimentos científicos através de seu currículo. Desta forma, aaprendizagem deve ocorrer de maneira contextualizada e interdisciplinar.Deve, também, ter claro que é preciso organizar os conteúdos disciplinares demaneira que o método dialético de enxergar a realidade seja tido comoprioridade em todas as disciplinas. Isto é, conhecer conceitos que digamrespeito às relações sociais construídas historicamente pelos homens duranteos séculos de sua existência, para que a educação seja realmente posta aserviço da humanização.

CONCEPÇÃO DE ENSINO-APRENDIZAGEM

Dentro do contexto ensino-aprendizagem, onde o enfoque é ensinarpara o aluno aprender, estão envolvidas umas séries de pontos que devem serobservados, para que se determine uma idéia chave ou linha central a serseguida. Ou seja, devemos levar em conta o que ensinar para quem ensinar, oque vai ser aprendido e de que forma vai ser ensinado. Podemos dizer que essaprática deve proporcionar tanto ao professor quanto ao aluno a possibilidadede buscar o conhecimento teórico numa perspectiva de reflexão sobre o fazer

prático do cotidiano.A linha de pensamento do que ensinar e como ensinar deveseguir um planejamento prévio, primando à experiência de vida do aluno e doprofessor, que se bem aproveitado, contribui para o enriquecimento do

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conhecimento e cria um clima de predisposição favorável à aprendizagem.Para Paulo Freire “o ensino deve sempre respeitar os diferentes

níveis de conhecimento que o aluno traz consigo a escola. Tais conhecimentosexprimem o que poderíamos chamar de a identidade cultural do aluno – ligada,evidentemente, ao conceito sociológico de classe. O educador deve consideraressa “leitura de mundo” inicial que o aluno traz consigo, ou melhor, em si. Ele

forjou-a no contexto do seu lar, de seu bairro, de sua cidade, marcando-afortemente com sua origem” (FREIRE & CAMPOS, 1991, p.51).Seguindo esse raciocínio a aprendizagem do aluno vai além das

regras estabelecidas, mas também de todo o conjunto de idéias e fatos queconstituem a vida do aluno e colaboram para a formação de atitudes e fixaçãode regras que devem guiá-lo para seu aperfeiçoamento durante sua trajetóriade vida na sociedade. A partir desse entendimento um novo pensar e agirpedagógico poderá surgir.

CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO

“Se ignorância é o problema social mais devastador, seuenfrentamento não se dará, sobretudo pelo acesso a benefícios, mas pelacapacidade individual e, sobretudo coletiva de fazer e fazer-se oportunidade,ou de se emancipar” (DEMO, 2000, p.23).

Entretanto, para se adquirir a emancipação é necessário dominardeterminados mecanismos que estão presentes no processo de transmissão-assimilação da aprendizagem que diz respeito ao conhecimento elaborado enão ao conhecimento espontâneo. Ou seja, a aprendizagem escolar trabalhacom a aquisição das bases do conhecimento científico. Assim, o conhecimento

pode ser definido como “o resultado do trabalho humano no processo históricode transformação do mundo e da sociedade, através da reflexão sobre esseprocesso” (GASPARIM, 2003, p.4).

Isso remete à escola uma nova proposta pedagógica deconstrução-reconstrução do conhecimento a partir de uma nova forma doprofessor estudar, e preparar os conteúdos, fazendo a seguinte seqüênciadidática: partir da prática, teorizar sobre ela e voltar à prática para transformá-la. Isso possibilitará passar do senso comum como única explicação darealidade, para os conceitos científicos que possibilitarão uma compreensãomais contextualizada da totalidade social.

Diante deste fato podemos definir, então, o conhecimento como

sendo a apropriação do manejo crítico e inventivo da cultura produzidahistoricamente pelos homens.

CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO

Aprender deixou de ser um ato mecânico e repetitivo, passando aser um processo ativo onde o aluno é sujeito de sua própria aprendizagem.Portanto, é necessária uma reflexão teórica sobre as respostas dos alunos,considerando-se que cada caso é um caso. Nesta perspectiva cada tarefa

significa um estágio da evolução do aluno no seu desenvolvimento, comoelemento essencial e diagnóstico para ações posteriores. O acompanhamentodas tarefas exige registro sério e significativo, que não se reduz a números deacertos ou erros, remetendo a amplos conceitos.

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 Todos os instrumentos de avaliação são eficientes quando usadoscriteriosamente, e de acordo com os objetivos previstos, assim, o uso detécnicas diversas e instrumentos variados, conjuntamente com uma maioramostragem contribuirá para uma perfeita avaliação.

A avaliação inclui, antes de tudo, um julgamento a respeito dosignificado do resultado. Esse julgamento é feito a partir de algum critério,

expectativa ou padrão de desempenho estabelecido. O julgamento deve levara um diagnóstico sobre os problemas apontados pelo resultado e também auma ação corretiva. Para que isso ocorra, os instrumentos devem ser muitobem elaborado, de forma que professores e alunos possam compreender osproblemas de desempenho a partir das respostas dadas nas avaliações. Naprática trata-se de o professor estabelecer objetivo e expectativas dedesempenho a partir do limite superior de possibilidades reais dedesenvolvimento escolar dos alunos.

A avaliação por ser processo contínuo, acompanha todo oprocesso de aprendizagem e não só o momento da ação avaliativa. Éinstrumento didático-pedagógico utilizado para reflexão da prática dosprofessores e alunos, num processo contínuo e dinâmico visando à correçãodas possíveis distorções e ao encaminhamento para a consecução dosobjetivos previstos.

A avaliação que se propõe é mediadora, formativa e somativa,pautada na ação-reflexão-ação dos envolvidos no processo educacional. Mas, aavaliação não deve ser um meio para ser utilizado no final do processo, massim ser executada durante todo o percurso para fomentar a decisão para seatingir os objetivos por parte do aluno e do professor. A avaliação deve ser acelebração da colheita e não um instrumento de exclusão.

Nesta perspectiva, o sistema de avaliação também deve

corresponder aos pressupostos de uma educação que garanta a meta dequalidade do desempenho para todos, no sentido de aquisição dosconhecimentos que implicam consciência crítica da capacidade de ação, poisela adquire sentido à medida que está articulada com a realidade do ProjetoPolítico-Pedagógico e com a Proposta Pedagógica da escola.

CONCEPÇÃO DE CIDADANIA

A cidadania é o conjunto dos direitos políticos de que goza umindivíduo e que lhe permitem intervir na direção dos negócios públicos do

Estado, participando de modo direto ou indireto na formação do governo e nasua administração, seja ao votar, (direto) seja ao concorrer a cargo público(indireto).Cidadania é a participação, econômica e social do cidadão. (Wikipedia).

“Segundo Dallari, a cidadania expressa um conjunto de direitosque da à pessoa a possibilidade de participar ativamente da vida e do governode seu povo. Quem não tem cidadania esta marginalizado ou excluído da vidasocial e da tomada de decisões, ficando numa posição de inferioridade dentrodo grupo social”.

A cidadania não surge do nada como um toque de mágica, nem

tão pouco a simples conquista legal de alguns direitos significa a realizaçãodestes direitos.Construir a cidadania é também construir novas relações e

consciências. A cidadania deve ser perpassada por temáticas como a

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solidariedade, a democracia, os direitos humanos, a ecologia, a ética.Pode-se dizer que cidadania é essencialmente consciência de

direitos e deveres e exercício da democracia. Não há cidadania semdemocracia. Cabe a escola, como instituição, estimular e cultivar os valoreséticos, morais e cívicos para que o educando possa vir a ser um cidadãoconsciente e atuante dentro da sociedade.

 

MARCO OPERACIONAL

Saviani, ao correlacionar a teoria dialética do conhecimento, dizque: “o movimento que vai da síncrese (“ a visão caótica do “todo”) à síntese(“uma rica totalidade de determinações e de relações numerosas”), pelamediação da análise (“as abstrações e determinações mais simples”) constituiuma orientação segura tanto para o processo de descoberta de novosconhecimentos (o método científico) como para o processo de transmissão-assimilação de conhecimentos (o método de ensino) (SAVIANI, 1999, p.83).

A partir dessa concepção devemos reorganizar o trabalhopedagógico priorizando as seguintes ações e metas:- Diminuição dos níveis de evasão escolar realizando um acompanhamento dosalunos faltosos, acionando, quando necessário, o Conselho Tutelar;- Aumento da promoção satisfatória em todas as séries (5ª a 8ª séries) atravésde metodologias que priorizem a construção do conhecimento escolar, tanto noque se refere à nova forma do professor estudar e preparar os conteúdos,como às respectivas ações dos alunos;- Conscientização e implantação da cidadania e da dimensão política atravésde ações e projetos que incentivem o compromisso com a emancipação e a

cidadania organizada;- Envolvimento e interação da comunidade (pais de alunos) com vistas a umaparticipação ativa a fim de que participem mais da vida dos filhos na escola,diminuindo assim o nível de indisciplina;- Adequação da elevação da qualidade de ensino através do método dialéticode construção do conhecimento escolar – prática, teoria, prática;- Unificação de linguagens didáticas, visando à construção interdisciplinar querompa alguns hábitos e acomodações tornando o trabalho educacional maissignificativo e mais produtivo;- Capacitação profissional dos docentes através de palestras, dinâmicas degrupo, grupos de estudo, troca de experiências (hora atividade) além de

estimulá-los a estar sempre em busca de novos conhecimentos;- Conscientização do docente sobre a sua responsabilidade na formação docidadão (aluno) não apenas como repassador de conteúdos;- Promover palestras dirigidas a todos os alunos, duas vezes por semestre, paraque os mesmos possam, através de informações atuais, sentir-se estimulados afreqüentar as aulas, percebendo que os conhecimentos adquiridos na escolaserão necessários para que possam enfrentar um mundo globalizado onde amudança se faz diariamente;- Incentivar a participação dos alunos em projetos que envolvam a preservaçãodo meio ambiente, conservação do patrimônio, utilização da biblioteca

(estímulo à leitura), fanfarra da escola, estudo detalhado dos temastransversais (ética, cidadania, relações sociais e direitos humanos), feira deCiências, Projeto Fera, Projeto Femusa (Festival de Música Sacra), Projeto ComCiência, Projeto Agrinho, Projeto Viva Leitura e Projeto Cinema na Escola

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(Programa Ética e Cidadania: construindo valores na escola – MEC);- Realizar a prática da progressão parcial de acordo com o que está previsto noRegimento Escolar sempre que se verificar a necessidade e as condições doaluno para essa prática;- Elaborar um cronograma de acompanhamento e trabalho na recuperação dealunos com dificuldades de aprendizagem, bem como auxiliar os professores

na organização de conteúdos e atividades que visem a recuperação destesalunos;- Recuperação dos alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem comatendimento nas salas de Apoio (português e matemática) e sala de Recurso(atividades lúdicas, jogos, etc.), ambas funcionando num espaço improvisadoda biblioteca, oferecido em contra turno;- Incentivar a organização, estruturação e reconhecimento do GrêmioEstudantil Escolar;- Avaliar e controlar a qualidade do ensino, bem como administrar, com aparticipação de professores, pais, funcionários e direção, as verbas recebidas,de forma a atingir o objetivo maior que é a construção de uma escola públicade qualidade, numa perspectiva de gestão colegiada, envolvendo a APMF e oConselho Escolar nas decisões e participações nos projetos da escola.

Entretanto, do ponto de vista da organização e gestãoeducacional, o modelo a ser seguido deve estar pautado num exemplo deliderança ativa que não deixe dúvidas sobre os objetivos e sobre o comando,que seja eficiente na utilização dos recursos para a melhoria dodesenvolvimento humano e a qualidade de vida na escola e na sociedade. Deacordo com Tanus (2004, p.126) “a viabilidade de tal administração se constróia partir da experiência real e se apóia numa postura participativa eresponsável de gestão educacional”.

Em fim, toda prática deve estar voltada para uma gestãodemocrática e que consolide a participação, a autonomia, a liberdade e aadministração colegiada, lembrando que a escola nunca é neutra, mas sempreideológica e, deve fazer uma leitura contínua e crítica da realidade em que estáinserida, para que possa tornar possível apontar um novo pensar e agirpedagógicos.

AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO

A construção do Projeto Político-Pedagógico requer uma

avaliação no decorrer de seu percurso e execução, em função dos objetivospropostos para serem alcançados e deverá envolver a participação doConselho Escolar, da APMF e representantes de turmas, bem como levar emconsideração os seguintes pontos:- Acompanhamento do desenvolvimento do trabalho docente em sua práxis;- Análise dos resultados obtidos na realização dos projetos referentes àmelhoria da qualidade de ensino apresentados nas reuniões pedagógicas eConselho de Classe de acordo com o previsto no calendário escolar ecronograma de ações da escola;- Realização de grupos de estudo para a leitura e análise de textos que levem a

reflexão dos resultados e que impliquem numa auto-avaliação;- Reuniões pedagógicas para apresentação e estudo de gráficos queapresentem os resultados obtidos no processo ensino aprendizagem (Conselhode Classe), bem como para avaliação do trabalho dos setores pedagógico e

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administrativo e sua importância na integração e relação coerente com oprojeto político-pedagógico;- Reunião com os pais de alunos e representantes de turmas, para discussão eapresentação dos rumos da escola para que também possam dispor suasalternativas e soluções para a construção de uma escola de qualidade.

Assim sendo, devemos considerar que o Projeto Político-

Pedagógico não pode ser pronto e acabado. A ação de planejar, buscar umrumo, uma direção de forma intencional deve contar com o comprometimentodo coletivo, e acima de tudo, levar em consideração a realidade social.Portanto, esta ação colegiada deve priorizar um tipo de organização quesustente e dê forma aos objetivos deste projeto e sua intencionalidade. Assimsendo, as somas desses pontos servirão para a realização de mudanças reais,valorizando os interesses de todos os envolvidos neste processo de construção,para uma educação emancipatória e de qualidade para todos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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BRASIL, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 10.639, de09 de janeiro de 2003. Brasília: 2003.

BOSI, Alfredo. Entrevista: Revista de Cultura e Extensão, 2005.

DALLARI. Direitos Humanos e Cidadania. São Paulo: Moderna, 1998. p. 14.

DEMO, Pedro. Política Social do Conhecimento. 2ª ed. Rio de Janeiro,Vozes, 2000.

FREIRE, Paulo. Conscientização: teoria e prática da libertação, umaintrodução ao pensamento de Paulo Freire. 3ª ed. São Paulo: Moraes,1980.

GASPARIN, João Luiz. Uma didática para a pedagogia Histórico-Crítica. 2ªed. São Paulo,Autores Associados,2003.

LUCK, Heloísa. Pedagogia interdisciplinar - fundamentos teórico-

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REBELO, Rosana A. Argento. Indisciplina Escolar: causas e sujeitos. 2ª ed.Rio de Janeiro, Vozes, 2003.

SAVIANI, Dermeval, Escola e democracia. 32ª ed. Campinas, AutoresAssociados, 1999.

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SAVIANI, Dermeval, Pedagogia Histórico-crítica primeiras aproximações.2ª ed. São Paulo, Cortez, 1991.

 TANUS, Maria I. J. et al. Gestão educacional: relações entre poder eparticipação. In: BITTAR, Mariluce; OLIVEIRA, João F. Gestão e políticas daeducação. Rio de Janeiro: DP&A, 2004.

 http://pt.wikipedia.org/wiki/cidadania.

http://www.dinmet.org.br/direitos/sos/textos/o que_e-cidadania.html.

http://www.usp.br/prc/revista/entrevista.html.