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1 REGIME ACADÊMICO E INTEGRALIZAÇÃO DO CURSO DENOMINAÇÃO Curso de Medicina REGIME DE MATRÍCULA Seriado Anual VAGAS ANUAIS 24 vagas com um ingresso anual; 50 vagas com ingresso anual a partir de 2016 TURNO DE FUNCIONAMENTO Período Integral DIMENSÕES DAS TURMAS NAS ATIVIDADES TEÓRICAS E PRÁTICAS Turmas de 24 alunos. Grupos de até 9 alunos nas sessões de tutoria. Grupos de até 9 alunos nas atividades práticas realizadas nos módulos horizontais CHA e PIESC. Grupos de até 25 alunos nas atividades de práticas dos Laboratórios Integrados. Relação de 4 alunos por docente nas atividades do estágio supervisionado (internato). DURAÇÃO DO CURSO O curso terá duração de 7.868 horas, com tempo de integralização de, no mínimo, doze semestres e, no máximo, dezoito semestres letivos.

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REGIME ACADÊMICO E INTEGRALIZAÇÃO DO CURSO

DENOMINAÇÃO Curso de Medicina

REGIME DE MATRÍCULA Seriado Anual

VAGAS ANUAIS 24 vagas com um ingresso anual;

50 vagas com ingresso anual a partir de 2016

TURNO DE FUNCIONAMENTO Período Integral

DIMENSÕES DAS TURMAS NAS

ATIVIDADES TEÓRICAS E

PRÁTICAS

Turmas de 24 alunos.

Grupos de até 9 alunos nas sessões de tutoria.

Grupos de até 9 alunos nas atividades práticas

realizadas nos módulos horizontais CHA e PIESC.

Grupos de até 25 alunos nas atividades de

práticas dos Laboratórios Integrados.

Relação de 4 alunos por docente nas atividades do

estágio supervisionado (internato).

DURAÇÃO DO CURSO

O curso terá duração de 7.868 horas, com tempo

de integralização de, no mínimo, doze semestres

e, no máximo, dezoito semestres letivos.

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4. Projeto Pedagógico do Curso de Medicina da UFPE - CARUARU

4.1. Introdução: Concepções que influenciam os Projetos Pedagógico dos cursos de

Medicina

O ensino da medicina, na graduação, está em evolução permanente.

Em especial, três concepções influenciam de forma continua a maneira

como preparamos os programas educacionais na medicina.

A concepção científica, origina-se entre o final do século XIX e o início

do século XX. Surge no limiar dos progressos da ciência e da tecnologia, o

desenvolvimento das especialidades e com o relatório Flexner, um

diagnóstico refinado da situação das escolas e do ensino de medicina,

publicado em 1910 nos Estados Unidos. Neste contexto, na reforma que se

seguiu, a prática educacional essencialmente passa a ser vista como uma

capacitação técnica cientificamente fundamentada.

Uma nova concepção surge durante a década de 50, propõe a

integração de princípios pedagógicos ao ensino de medicina. Destacou-se o

pioneirismo de John Dewey e seus aprendizes da Case Western Reserve

University, com métodos de ensino-aprendizagem que atualmente servem

como base para a estratégia pedagógica inovadora centrada no estudante e

baseada na resolução de problemas, utilizada com sucesso em inúmeras

escolas médicas de todo o mundo, inclusive no Brasil.

A terceira concepção estimula as escolas para a formação de médicos

comprometidos com os fatores sociais que interferem na saúde da

comunidade e não apenas oferecendo o tradicional treinamento para o

atendimento individual. Estas transformações foram adotadas em especial,

de modo integral ou parcial, por instituições de países da América Latina.

Estas concepções surgiram dos contextos sociais predominantes, hoje

as instituições de ensino superior têm sido estimuladas a transformarem-se

em direção a um ensino que valorize a eqüidade.

No processo de formação do médico isto tem sido traduzido como

uma graduação que contribua para a construção das habilidades adequadas

às exigências da carreira profissional, exercidas de forma ética, com foco na

qualidade da assistência e na eficiência e relevância do trabalho em saúde,

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com responsabilidade e curiosidade científica, que lhes permita recuperar a

dimensão essencial do indivíduo cuidado: a relação entre humanos e o

ambiente.

A mudança de paradigma proposta pela UFPE, fundamentado nas

Diretrizes Curriculares Nacionais, promove a aprendizagem direcionada para

a construção do conhecimento, habilidades e atitudes como expressão

síntese da compreensão das quatro dimensões do processo de

ensino/aprendizagem (Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional

sobre Educação para o século XXI, DELORS, 1999):

aprender a conhecer, isto é, adquirir os instrumentos da

compreensão;

aprender a fazer, para poder agir sobre o meio envolvente;

aprender a viver junto, a fim de participar e cooperar com os

outros em todas as atividades humanas;

aprender a ser, via essencial que integra os três precedentes.

4.2. Métodos de aprendizagem

Este projeto está baseado:

na aprendizagem ativa e com significado para o aprendiz: onde os estudantes

em grupos tutoriais (GT), em dinâmica própria, definem os objetivos de

estudo a partir de problemas relevantes nos contextos clínico e social

(aprendizagem baseada em problemas). Na interação com os colegas e

com o tutor, trabalha-se a colaboração, a integração dos saberes.

Durante todo o tempo, os estudantes são estimulados a busca de

informações entre si, na biblioteca, salas de aula e laboratórios, e com

os professores especialistas nos temas abordados.

na diversificação dos cenários de aprendizagem: centrado na prática de

competências e habilidades em ambiente protegido (laboratórios e

simulação) e na exposição do aprendiz às reais necessidades de saúde

da população. Os alunos terão a oportunidade de conhecer a

comunidade e propor intervenções (aprendizagem baseada em tarefas),

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como se dá a manutenção da saúde e os seus agravos, utilizado a rede

assistencial do Sistema Único de Saúde ao longo do curso.

no aprender fazendo: utiliza a inversão da seqüência clássica

teoria/prática, caracterizando que o conhecimento ocorre na ordem

inversa, ou seja, da prática para a teoria. Neste caso, as possibilidades

de estímulo à aprendizagem e a construção do conhecimento são

diversas,: o ponto de partida pode ser a prática profissional e/ou social,

idéias, reflexões e questionamentos. As situaçõe problema pode ser

fruto da observação real ou elaborada por especialistas, com base na

necessidade de incorporação de conceitos, mecanismos e princípios. A

relação prática-teoria-prática deve ser priorizada.

na interdisciplinaridade: uma grande vantagem da aprendizagem

baseada em problemas é a possibilidade de se discutir

concomitantemente os aspectos biológicos, psicológicos, culturais e

socioeconômicos envolvidos, uma vez que as ciências médicas se

situam na interface das ciências biológicas e das ciências humanas. Na

realidade, se pretende conjugar o método pedagógico que melhor

desenvolva os aspectos cognitivos da educação (aprender a aprender)

com o método que permite o melhor desenvolvimento das habilidades

psicomotoras e de atitudes (aprender fazendo).

na utilização de diversas técnicas pedagógicas: o modelo pedagógico

proposto não é exclusivista nem excludente. Seu eixo metodológico

possibilita a oportunidade do exercício de outras técnicas pedagógicas,

como é o caso das conferências e da abordagem teórica ou prática dos

núcleos de conhecimento, momentos estes de natureza expositiva.

Tanto a conferência como a abordagem teórica estão presentes na

distribuição das atividades que serão operacionalizadas na “semana

padrão”.

no permanente aperfeiçoamento curricular: o modelo prevê a avaliação

como elemento que retro alimenta seu aperfeiçoamento e a mudança

curricular, tendo a auto-avaliação como elemento essencial deste

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processo. Esta avaliação constituirá uma unidade curricular, com

participação de professores e alunos. As unidades curriculares em

módulos temáticos favorecem também a flexibilidade, permitindo a

introdução de novos problemas e a atualização permanente por meio

dos módulos transversais.

Em síntese, o modelo pedagógico do curso de medicina da UFPE-

Caruaru está em consonância com as reformas pretendidas para o ensino

médico, objetivando a formação do profissional generalista que esteja

comprometido com a promoção, a prevenção e a recuperação da saúde,

com base em princípios éticos e humanísticos estando voltado para as

necessidades sociais da região, sendo totalmente fundamentado nas

Diretrizes Curriculares para os Cursos de Graduação em Medicina,

(CNE/CES 1,133/2001) aprovadas pelo Conselho Nacional de Educação e

homologadas pela Resolução nº 4 de novembro de 2001.

4.3. Organograma da organização e administração acadêmica

O curso de medicina da UFPE - CARUARU será estruturado em

núcleos, a partir da sua autorização de funcionamento pelo Ministério da

Educação, que substituem o modelo departamental. As áreas de

conhecimento médico, tradicionalmente desmembradas em disciplinas, são

reagrupadas em grandes temas curriculares. Nos temas estão agrupados as

unidades curriculares (módulos) interdisciplinares. Os núcleos são os

responsáveis pela integração dos objetivos do aprendizado durante todo o

curso, e pelo trabalho de investigação (pesquisa). Estes núcleos são abaixo

descriminados em conjunto com os temas que o compõem:

Núcleo Saúde

O ser biológico

Assistência a saúde

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Processo saúde–doença

Necessidades especiais e autonomia

Núcleo Social

O ser social

Busca do conhecimento

Saúde e sociedade

Comunicação

Núcleo de Educação em Saúde

Desenvolvimento curricular

Métodos de ensino e aprendizagem

Avaliação

Desenvolvimento docente

Os Núcleos de Saúde e Social são responsáveis pela formulação dos

conteúdos dos módulos, assegurando a atualidade e pertinência dos temas

curriculares, bem como a modificação e a introdução de novos temas,

fundamentados por meio do trabalho de investigação.

O Núcleo de Educação em Saúde ficará responsável pela comissão de

avaliação docente e discente e pela comissão de avaliação curricular. As

comissões contarão com a participação de um membro discente.

Os professores do curso de medicina da UFPE - CARUARU podem

participar de mais de um núcleo, permitindo-se a integração entre as áreas

clínicas e básicas.

Cada núcleo terá um coordenador, responsável por:

(1) atualizar a temática das áreas afins,

(2) sugerir a incorporação de novas áreas de conhecimento,

(3) implementar ações para criação dos grupos de pesquisa,

(4) promover ações de extensão, e

(5) promover a integração ensino-pesquisa e extensão.

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Os temas dão origem às unidades curriculares, denominadas de

módulos (quadros nas páginas seguintes) quando visualizada a estrutura

curricular, distribuídas ao longo dos primeiros quatro anos do curso. Os

módulos embora apresentados didaticamente individualizados devem ser

desenvolvidos de forma integrada, fortalecendo a interdisciplinaridade.

Núcleo de Saúde

TEM

AS

O Ser Biológico Atenção à saúde Processo saúde-

doença

Necessidades especiais e

autonomia

Módu

los

Concepção e

formação.

Nascimento,

crescimento e

desenvolvimento

Mecanismos de

agressão e

defesa.

Percepção,

consciência e

emoção

Crescimento e

desenvolvimento.

Processo de

envelhecimento

Proliferação

celular.

Locomoção e

apreensão

Proliferação celular. Saúde da mulher do

homem e da família

Saúde da mulher

do homem e da

família

Problemas mentais e

do comportamento

Funções biológicas Dor I. Dor II

Percepção,

consciência e emoção.

Febre, inflamação e

infecção

Febre, inflamação

e infecção.

Processo de

envelhecimento

Locomoção e

apreensão

Locomoção e

apreensão.

Desordens

nutricionais e

metabólicas

Problemas mentais e

do comportamento.

Doenças

resultantes da

agressão do meio

ambiente

Emergências Emergências Emergências

Desordens

nutricionais e

metabólicas

Desordens

nutricionais e

metabólicas.

Distúrbios sensoriais,

motores e da

consciência.

Distúrbios

sensoriais,

motores e da

consciência

Distúrbios sensoriais,

motores e da

consciência

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Núcleo Social

Tem

as

O ser social Busca do

conhecimento

Saúde e Sociedade Comunicação

Mód

ulos

Percepção,

consciência e

emoção.

Introdução ao

estudo da saúde.

Universalidade

das ações de

saúde.

Percepção,

consciência e

emoção.

Teoria Social e

Saúde

Gestão e

planejamento dos

Serviços de

Saúde.

Violência Problemas mentais

e do

comportamento.

A lógica do

individual e do

coletivo

Tecnologia e

gestão da

informação em

saúde

A lógica do

individual e do

coletivo

Comunicação

aplicada à saúde

Iniciação científica

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Os módulos do 5º e do 6º que correspondem aos estágios

profissionais, serão desenvolvidos principalmente nos ambientes

assistenciais da rede pública de saúde e terão coordenador próprio.

O Colegiado de curso será constituído por:

1. Coordenador do Curso de Medicina, seu presidente, nomeado

pelo diretor geral da UFPE - CARUARU;

2. Coordenador do Núcleo de Saúde, indicado pelo coordenador

do curso;

3. Coordenador do Núcleo Social, indicado pelo coordenador do

curso;

4. Coordenador de Estágios Profissionais, indicado pelo

coordenador do curso;

5. Professores do curso de medicina;

6. Um representante discente de cada série, escolhido pelos

pares;

As atribuições do coordenador do curso estão previstas no Regimento

Geral da UFPE - CARUARU; este também ocupará a função de coordenador

do Núcleo de Saúde. O organograma que representa a estrutura

administrativa/acadêmica é apresentado na página seguinte.

4.5. Objetivos do curso de medicina

No curso de medicina da UFPE - CARUARU, o processo de formação

de atitudes e comportamentos é avaliado durante todo o curso pelo sujeito

da aprendizagem (auto-avaliação), seus tutores nos grupos tutoriais,

professores e preceptores, assim como o plano de estudos a que estes

seguem. Não há separação entre os objetivos da aprendizagem e os

objetivos da avaliação. Deste modo, consideramos a avaliação como

indutora e parte essencial do processo ensino-aprendizagem.

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No final de sua formação universitária, o graduado em Medicina pela

UFPE - CARUARU deverá possuir as competências e respectivas habilidades

estabelecidas nos objetivos do aprendizagem em seis áreas:

I. Valores profissionais, atitudes, comportamento e ética.

II. Habilidades de comunicação.

III. Fundamentos médico-científicos.

IV. Habilidades clínicas.

V. Saúde coletiva e sistema de saúde.

VI. Gestão da informação e raciocínio crítico.

Os objetivos específicos de cada uma das áreas, determina uma

competência ou habilidade possível de ser aferida. Distribuem-se da

maneira que se segue:

I. Valores profissionais, atitudes, comportamento e ética

A. Aplicar os princípios morais, éticos, e ter responsabilidades

legais inerentes à profissão.

B. Demonstrar valores profissionais que incluem a busca da

excelência, o altruísmo, a responsabilidade, a compaixão, a

empatia, disponibilidade de prestar contas dos atos cometidos,

a honestidade e integridade, e o compromisso aos métodos

científicos.

C. Promover, proteger, e realçar os elementos acima para o

benefício dos pacientes, da profissão e da sociedade em geral.

D. Reconhecer que a boa prática médica depende da

compreensão e do relacionamento com o paciente e a família

respeitando-se a diversidade cultural, crenças e autonomia.

E. Aplicar para a tomada de decisão os aspectos morais, éticos,

legais e profissionais.

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F. Auto-avaliar-se e reconhecer as limitações pessoais, incluindo

as do conhecimento médico.

G. Demonstrar respeito aos colegas e outros profissionais de

saúde e promover um relacionamento colaborativo

multiprofissional.

H. Reconhecer a obrigação moral de fornecer cuidados no fim da

vida, incluindo o tratamento paliativo.

I. Reconhecer as questões éticas e médicas relativas à

documentação, prontuário, plágio, e propriedade intelectual.

J. Planejar e controlar eficientemente o tempo de trabalho,

contemplando as atividades para lidar com a incerteza e

adaptar-se a mudanças.

K. Responsabilizar-se pessoalmente pelo cuidado individual de

pacientes.

II. Habilidades de comunicação

a. Sintetizar as informações relevantes sobre os problemas

apresentados.

b. Facilitar a compreensão dos pacientes e suas famílias para

permitir decisões compartilhadas.

c. Comunicar-se ética e eficazmente com colegas, instituições,

comunidade, e mídia.

d. Interagir com outros profissionais envolvidos nos cuidados com

o paciente, por meio de trabalho em equipe.

e. Demonstrar habilidades e atitudes para ensinar /aprender

junto aos membros da equipe de saúde.

f. Demonstrar sensibilidade aos fatores sócio-culturais no

relacionamento com os pacientes e na interação com a

comunidade.

g. Comunicar-se eficazmente de forma verbal e não-verbal.

h. Interpretar textos em línguas estrangeiras: espanhol e inglês.

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i. Desenvolver e manter registros médicos adequados.

j. Sintetizar e apresentar a informação apropriada às

necessidades do público.

k. Discutir os possíveis planos de ação considerando as

prioridades do indivíduo e da comunidade.

l. Comunicação de trabalhos científicos em congressos e

encontros técnicos científicos

III. Fundamentos médico científicos

a. Utilizar os fundamentos da estrutura e funções do corpo

humano na avaliação clínica e complementar.

b. Explicar as alterações mais prevalentes do comportamento

humano.

c. Avaliar os determinantes e fatores de risco importantes aos

agravos da saúde e sua interação com o ambiente físico e

social

d. Conhecer os mecanismos moleculares, celulares, bioquímicos e

fisiológicos que mantêm a homeostase.

e. Analisar o ciclo de vida humano e explicar os efeitos do

crescimento, do desenvolvimento e do envelhecimento no

indivíduo, na família e na comunidade.

f. Explicar a etiologia e a história natural das doenças mais

prevalentes no Brasil.

g. Aplicar os conhecimentos da epidemiologia, economia e

gerência da saúde na atenção primária.

h. Aplicar os conhecimentos dos princípios da ação e uso dos

medicamentos.

i. Avaliar os efeitos das intervenções relevantes de caráter social,

psicológica e clínico-cirúrgica na doença, na reabilitação e nos

cuidados no final da vida.

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IV. Habilidades clínicas

a. Fazer anamnese incluindo aspectos do contexto de vida:

econômicos, sociais e ocupacionais.

b. Realizar um exame físico geral e especial, incluindo o do

estado mental.

c. Aplicar os procedimentos diagnósticos clínicos e

complementares necessários para interpretar os achados, e

para definir a natureza do problema.

d. Executar estratégias diagnósticas e terapêuticas apropriadas

para manutenção da vida, utilizando os princípios da medicina

baseada em evidencias.

e. Desenvolver o julgamento clínico para estabelecer diagnósticos

e terapias.

f. Reconhecer as condições mórbidas que podem implicar em

risco de morte.

g. Utilizar apropriadamente recursos humanos, intervenções

diagnósticas, modalidades terapêuticas e infra-estruturas física

de apoio.

V. Saúde coletiva e sistema de saúde

a. Conhecer determinantes do processo saúde-doença da

população relacionada ao estilo de vida, genética, demografia,

ambiente, cultura e condições sociais e econômicas.

b. Reconhecer os diversos papéis que o médico pode exercer na

promoção da saúde dos indivíduos, das famílias e da

comunidade.

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c. Conhecer o perfil epidemiológico de saúde local, regional,

nacional e incluindo as tendências de morbidade e mortalidade,

do impacto da migração, e de fatores ambientais na saúde.

d. Agir de maneira interdisciplinar e multiprofissional para

promover intervenções que requerem parceria com a

população.

e. Compreender os princípios do sistema de saúde, incluindo as

suas políticas, organização, financiamento, medidas de custo-

efetividade e os princípios de gestão.

f. Analisar os mecanismos que determinam o acesso, a equidade,

à eficácia, e à qualidade do cuidado de saúde.

g. Utilizar os dados demográficos e epidemiológicos para tomada

de decisões na saúde.

VI. Gestão da informação e raciocínio crítico

a. Organizar e manter os registros de sua prática medica para

fins de avaliação, melhoria e divulgação.

b. Recuperar a informação sobre pacientes específicos em uma

base dados clínicos.

c. Procurar, coletar, organizar e interpretar informações

relacionadas a saúde, de modo crítico e analítico, utilizando

bases de dados e fontes diferentes.

d. Demonstrar raciocínio crítico, cepticismo, criatividade e atitude

investigadora orientada na pesquisa para embasar as

atividades profissionais.

e. Usar a tecnologia de informação e de comunicação para

auxiliar em medidas diagnósticas, terapêuticas, preventivas, e

para rastreamento e a monitorização do estado de saúde.

f. Compreender o poder e as limitações do pensamento científico

baseado na informação obtida.

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g. Analisar criticamente a complexidade, a incerteza e a

probabilidade nas decisões na prática médica.

h. Produção do conhecimento, sistematização e divulgação

i. Habilidade para escrever trabalhos científicos

4.6. O Perfil do Egresso

O perfil do formando da UFPE - CARUARU atende na íntegra o que

preconiza o Conselho Nacional de Educação por meio da resolução CNE/CES

Nº 4, de 7 de novembro de 2001, que instituiu as Diretrizes Curriculares

Nacionais do curso de Graduação em Medicina:

“Médico, com formação generalista, humanista, crítica e

reflexiva. Capacitado a atuar, pautado em princípios éticos, no

processo de saúde - doença em seus diferentes níveis de

atenção, com ações de promoção, prevenção, recuperação e

reabilitação à saúde, na perspectiva da integralidade da

assistência, com senso de responsabilidade social e

compromisso com a cidadania, como promotor da saúde

integral do ser humano.”

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4.7. Fundamentação da estrutura curricular

A estrutura e conteúdos curriculares contidas neste projeto resultam da

construção coletiva que definiram os seguintes princípios norteadores:

Currículo baseado no aprendizado por competências;

Mudança do modelo hospitalocêntrico para um ensino orientado para

comunidade;

Integração das práticas profissionais;

Utilização de metodologias de ensino centradas no estudante;

Utilização das questões de saúde locais para o preparo dos casos dos

grupos tutoriais;

Promoção da qualificação docente continuada, coerente com o projeto

pedagógico;

Utilização de novas tecnologias para o ensino, como as que utilizam-se

da tecnologia da informação e de mídias interativas;

Criação de grupos de pesquisa nos núcleos do curso.

NÃO SERIA INTERESSANTE DEIXAR MAIS EXPLICITO O COMPROMISSO

COM A PRODUÇÃO, SISTEMATIZAÇÃO E DIVULGAÇÃO DO CONHECIMENTO

DE ACORDO COM AS REAIS NECESSIDADES DE SAÚDE DO POVO

BRASILEIRO?

Nesta proposta curricular, o aluno tem contato com situações reais

desde o inicio. Estas incluem encontros com a comunidade e com pacientes.

Na comunidade as questões de manutenção da saúde individual ou coletiva

são conhecidas, e os pacientes permitem o primeiro encontro com o

processo saúde-doença. Nesta proposta integradora, teoria e prática

avançam lado a lado, um oferecendo suporte ao outro. Desta maneira ao

evoluir em direção a prática clínica obtém-se um aprofundamento teórico.

Convencionou-se denominar como em “Z” a forma deste currículo.

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A utilização de metodologias pedagógicas centradas no aluno, permite

que os problemas apresentados nos grupos tutoriais sejam o ponto de

partida para o aprendizagem. Estes problemas podem ser ofertados de

diversas maneiras, contextualizando situações reais. Para tal, textos,

imagens ou vídeos são utilizados. Do mesmo modo o encontro com a

comunidade e com os pacientes servem a este fim.

O grupo tutorial é o momento principal onde a aprendizagem se inicia por

meio da análise da informação disponível e sua integração. Nestes grupos a

aprendizagem, e a avaliação desta, não está concentrado apenas no

domínio cognitivo (conhecimento) mas em todas as áreas de competência

médica que envolvem os domínios psicomotor e afetivo.

Os componentes do conhecimento morfológico e fisiológico são

trabalhados simultaneamente com os três entendimentos dos processos

essenciais ao profissional médico:

1. Entendimento dos processos bio-psico-sociais

2. Entendimento dos processos diagnósticos

3. Entendimento dos processos de intervenção

Estes entendimentos abrangem as fases tradicionais, teórica e prática, e

sua complexidade aumenta com o progredir no curso. Os conteúdos são

ofertados por meio de módulos de ensino, que apresentam como eixo

central temas aglutinadores. As atividades pedagógicas dos módulos

incluem grupos tutoriais, palestras, práticas em laboratórios que integram

as ciências básicas e em laboratórios de habilidades gerais e clínicas.

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Estes conteúdos e atividades pedagógicas permitem ao estudante

adquirir as competências inerentes ao profissional médico, resumidas no

quadro abaixo.

O que o médico é capaz de fazer

“Fazer a coisa certa”

1. Competência em habilidades clínicas

2. Competência em procedimentos práticos

3. Competência na investigação do paciente

4. Competência ao conduzir o paciente

5. Competência na promoção da saúde e na prevenção das doenças

6. Competência em comunicação

7. Competência no gestão da informação

A prática médica

“Fazer corretamente”

8. Entendimento das ciências básicas e clínicas e seus princípios

9. Ter atitudes éticas

10. Utilizar habilidades de tomada de decisão, raciocínio clínico e

julgamento

O profissional médico

“Ser a pessoa certa”

11. Entendimento do seu papel dentro do sistema de saúde

12. Atitude positiva para o desenvolvimento pessoal

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4.8. Os ciclos do curso, seus módulos e metodologia de ensino

O curso de Medicina da UFPE - CARUARU, adota uma estrutura

curricular representada por dois ciclos. O primeiro ciclo é composto pelos

quatro primeiros anos e o segundo ciclo por um período de estágio, sob a

forma de módulos de práticas, com duração de dois anos.

A estrutura modular, substitui a tradicional estrutura por disciplinas.

Isso não significa o desaparecimento dos conteúdos das disciplinas, mas

sim a prática da integração e interdisciplinaridade. Os módulos são de dois

tipos: verticais e transversais. Os conteúdos dos módulos verticais são

ofertados somente aos alunos das respectivas series. Nos módulos

transversais, os mesmos conteúdos são trabalhados pelos estudantes da 1a

a 4a series.

Nos módulos verticais são ofertados os conteúdos de fundamentação

das ciências básicas integradas entre si e as ciências clínicas. Estes módulos

são denominados de Temáticos Interdisciplinares, com duração de seis

semanas. A inserção na comunidade se faz por meio do módulo vertical

“Práticas Interdisciplinares de Ensino, Serviço e Comunidade” (PIESC), com

duração de 40 semanas por série.

Do primeiro ao quarto ano, cada série é composta por dez módulos:

seis módulos Temáticos Interdisciplinares;

um módulo de Práticas Interdisciplinares de Ensino, Serviço e

Comunidade;

um módulo transversal;

um módulo de iniciação científica;

um módulo de avaliação do curso.

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Os conteúdos cognitivo, psicomotor e afetivo de cada módulo serão

abordados por meio de:

Grupos tutoriais;

Aulas expositivas de integração de conteúdos e de

atualização;

Atividades de entrevista ao especialista (arena);

Atividades no Laboratório Morfofuncional;

Atividades nos Laboratórios de Habilidades Gerais e

Procedimentos Clínicos.

As competências e habilidades serão praticadas e aprendidas em

diversos cenários de aprendizagem:

nos laboratórios Morfofuncional, de Habilidades

Gerais e Procedimentos Clínicos (ambientes

protegidos), podendo ser sob supervisão ou nos

espaços livres;

na comunidade (sob supervisão);

nos centros de saúde e hospitais (sob supervisão).

Page 21: PPC - Medicina UFPE - Caruaru

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4.9. Módulos do curso de Medicina

1o Ciclo

1a – 4a series

Semestre Duração

semanas

1a série 2a série 3a série 4a série

MÓDULOS MÓDULOS MÓDULOS MÓDULOS

1 06 MD 101

Introdução ao

estudo da

saúde

MD 201

Nascimento,

crescimento e

desenvolvimento

MD 301

Febre, inflamação

e infecção

MD 401

Queixas

abdominais

06 MD 102

Concepção e

formação do

ser humano

MD 202

Doenças

resultantes da

agressão do meio

ambiente

MD 302 Dispnéia,

Dor Torácica e

Edemas

MD 402 Fadiga

e Perda de

Peso

06 MD 103

Processo de

Cuidar

MD 203 Processo

de envelhecimento

MD 303 Distúrbios

sensoriais,

motores e da

consciência

MD 304 Projeto

Pesquisa

02 MD 104

Módulo

transversal

MD 204

Módulo transversal

MD 304

Módulo

transversal

MD 404 Módulo

transversal

2 06 MD 105

Mecanismos

de agressão e

defesa

MD 205

Saúde da mulher,

do homem e da

família

MD 305

Dor

MD 405

Quadros

Abdominais

Agudos

06 MD 106

Funções

biológicas

MD 206 Proliferação

celular

MD 306 Desordens

nutricionais e

metabólicas.

MD 406

O Recém

Nascido

01 MD 107

Iniciação

Científica

MD 207 Iniciação

Científica

MD 307 Iniciação

Científica

MD 407

Iniciação

Científica

06 MD 108

Perda de

Sangue

MD 208 Locomoção MD 308 Problemas

mentais e do

comportamento.

MD 408

Gestão dos

Serviços de

Saúde

01 MD 109

Avaliação do

curso

MD 209 Avaliação

do curso

MD 309 Avaliação

do curso

MD 409

Avaliação do

curso

Duração 40 semanas por série

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22

As PIESC integra os conteúdos dos outros módulos com a prática sob

supervisão na comunidade. Os temas de integração interdisciplinar e inter-

profissional servirão de eixo para o aprendizado e para a aquisição de

competências.

Carga Horária do 1o Ciclo

As atividades acadêmicas dos módulos que compõem a estrutura

curricular da 1a a 4a série obedecerão as seguinte cargas horárias:

Series

Tipos de Módulo

Duração de cada módulo em semanas

Número de módulos por ano

Carga

Horária

Anual

Verticais Transversais

Temáticos

Interdisciplinares

PIESC Atualização Iniciação Cientifica Avaliação

06

semanas/módulo

40

semanas/módul

o

02

semanas/módul

o

01

semana/módul

o

01

semana/módul

o

06 módulos/ano 01 módulo/ano 01 módulo/ano 01 módulo/ano 01 módulo/ano

Carga Horária por Módulo e por Série/Carga Horária Anual por Módulo e Série

Primeira 108/648 160/160 44/44 40/40 30/30 922

Segunda 108/648 160/160 44/44 40/40 30/30 922

Terceira 108/648 160/160 44/44 40/40 30/30 922

Quarta 120/720 160/160 44/44 40/40 30/30 994

Totais: 1o

Ciclo

2664 horas 640 horas 176 horas 160 horas 120 horas 3760

2o Ciclo

5a – 6a series

O Internato

Utiliza a prática e os ensinamentos adquiridos durante os anos

anteriores de estudo. Tem por objetivo capacitar os estudantes de

medicina a aprofundar os conhecimentos nas doenças prevalentes na

Page 23: PPC - Medicina UFPE - Caruaru

23

medicina do adulto e da criança, no indivíduo e na comunidade, nas áreas

de pediatria, ginecologia e obstetrícia, cirurgia geral e medicina interna,

sendo capaz de:

saber reconhecer a ausência da normalidade;

saber diagnosticar e realizar procedimentos propedêuticos;

saber tratar e realizar procedimentos terapêuticos em nível

ambulatorial e hospitalar;

saber referenciar;

promover a prevenção a saúde.

O aluno do internato terá direito a ter 25% da carga horária total

estabelecida para o internato sob a forma de estágio eletivo. A realização de

treinamento supervisionado fora da unidade federativa ficará condicionada

preferencialmente aos serviços do Sistema Único de Saúde, bem como em

instituições conveniadas que mantenham programas de Residência

credenciados pela Comissão Nacional de Residência Médica.

Séries Carga horária anual

Quinta série 2.080

Sexta série 2.028

Total 4.108

Temas de Integração das Práticas Interdisciplinares de Ensino, Serviço e Comunidade - PIESC

Semestre Semanas 1º ano

PIESC 01

2º ano

PIESC 02

3º ano

PIESC 03

4º ano

PIESC 04

1 e 2 40 A Comunidade

e o Sistema de

Saúde

A Prevenção Atenção

Primaria

Programas de

Saúde

Page 24: PPC - Medicina UFPE - Caruaru

24

Módulos do 2o Ciclo

Duração em semanas

Inclui plantão de 12 horas no final de

semana

5º ano 6º ano

MÓDULOS MÓDULOS

08 Medicina Ambulatorial do

Adulto

Clinica Cirúrgica

08 Medicina Ambulatorial da

Criança

Ginecologia e

Obstetrícia

08 Urgência e Emergência Clínica Médica

Hospitalar

02 Cirurgia Ambulatorial Cuidados Intensivos

06 Centro de Saúde Pediatria

06 Especialidades Médicas Centro de Saúde

01 Iniciação Científica Apresentação TCC

01 Avaliação do curso Graduação

Total 40 semanas 39 semanas

Page 25: PPC - Medicina UFPE - Caruaru

25

4.10. A semana padrão

A semana padrão contém as atividades acadêmicas e os espaços

livres que compõem a carga horária do curso. Foi planejada para ser a

estrutura na qual o curso irá se basear do primeiro ao quarto ano (o

primeiro ciclo).

A semana padrão possibilita uma utilização racional da estrutura

física do curso médico, além de fornecer ao estudante uma noção específica

de seu tempo, incluindo tempo livre (áreas verdes) para o estudo individual,

consulta a biblioteca, treinamento livre nos laboratórios morfofuncional e de

habilidades e para o lazer. No sábado poderá haver uma sessão de

integração com todos os estudantes do curso.

As atividades descritas como exposição poderão ser ocupadas por

conferências de atualização, entrevistas com especialistas e aulas de

introdução aos conteúdos dos temas. O conteúdo da atividade de exposição

está relacionado com as demais atividades da semana. Do mesmo modo, as

atividades nos laboratórios do Centro de Aprendizado em Saúde serão

planejadas para a completa integração dos conteúdos teóricos e práticos da

semana. Nas próximas páginas visualizamos as semanas padrão planejadas

para os quatro primeiros anos do curso.

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Primeira Série

Período Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado

08 – 10h Grupo Tutorial PIESC PIESC Grupo

Tutorial

Laboratório

de

Habilidades

Integração

10 – 12h

14 – 16h Laboratório

Morfofuncional

Exposição Laboratório

Morfofuncional

Exposição

16 – 18h Laboratório

de

Habilidades

Segunda Série

Período Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado

08 – 10h Integração

10 – 12h Grupo

Tutorial

PIESC PIESC Grupo Tutorial Laboratório de

Habilidades

14 – 16h Laboratório

Morfofuncional

16 – 18h Exposição Laboratório

de

Habilidades

Laboratório

Morfofuncional

Exposição

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27

Terceira Série

Período Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado

08 – 10h Grupo Tutorial PIESC PIESC Grupo

Tutorial

Laboratório

de

Habilidades

Integração

10 – 12h

14 – 16h Laboratório

Morfofuncional

Exposição Laboratório

Morfofuncional

Exposição

16 – 18h Laboratório

de

Habilidades

Quarta Série

Período Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado

08 – 10h Integração

10 – 12h Grupo

Tutorial

PIESC PIESC Grupo Tutorial Laboratório de

Habilidades

14 – 16h Laboratório

Morfofuncional

16 – 18h Exposição Laboratório

de

Habilidades

Laboratório

de

Habilidades

Laboratório

Morfofuncional

Exposição

Estrutura curricular:

Módulos no primeiro e segundo ano, que utilizam diversos

formatos de instrução, predominando nos grupos tutorais a

aprendizagem baseada em problemas (ABP) e a educação pela

melhor evidência médica (EMEM). O aluno atende as atividades

estruturadas dos laboratórios morfofuncionais e das ciências

básicas, de habilidades gerais e clínicas. Práticas interdisciplinares

de interação ensino, serviço e comunidade (PIESC) comporão um

módulo específico com duração equivalente a do ano letivo. Este

Page 28: PPC - Medicina UFPE - Caruaru

28

módulo permitirá o primeiro contato com a comunidade e seus

agravos de saúde. As aulas expositivas, terão caráter de

atualização e de integração entre as ciências básicas e as ciências

clínicas e poderão ter como tema questões específicas.

Módulos no terceiro e quarto anos, os quais além das atividades

expostas acima utilizam mapas conceituais como pontos de

partida para resolução dos problemas propostos e sua avaliação.

Nos módulos do quarto ano, os referidos problemas são

estruturados em conjunto com a prática clínica, e o paciente ou

um caso clínico é o ponto de partida. O tutor, facilitador do grupo

tutorial, disponibiliza a informação existente sobre o caso quando

solicitado.

Módulos de Prática Clínica no quinto ano, dentro dos serviços

clínicos, nas principais áreas de atuação médica.

Internato em prática hospitalar e prática na comunidade no sexto

ano.

Participação em um grupo de pesquisa no inicio do quarto ou do

quinto ano, com duração de 6 meses. Durante este período o

aluno participará ativamente em investigação, escreverá um

trabalho em formato de publicação e o apresentará na reunião

anual de iniciação científica do curso, correspondente ao trabalho

de conclusão do curso.

MUITO TARDIA ESTA PARTICIPAÇÃO

Módulos de integração transversal: aos alunos do 1º ao 4º anos

serão ofertados temas de conteúdo similar e a avaliação será

comum à todos.

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O processo de avaliação será baseado na taxonomia dos objetivos

da aprendizagem, onde o aluno receberá conceitos e graus em

cada uma destas áreas.

Nesta concepção, as metodologias ativas são ferramentas essenciais

para alcançar o que se considera o elemento central, ou seja, o sujeito

ativo, crítico, capaz de transformar e ser transformador de seu contexto.

Assim, as técnicas de ensino, traduzidas pelas formas de condução do

processo devem ser técnicas que permitam trabalhar a representação do

conjunto das questões, que exercitem a comunicação, o trabalho em

equipe, os contatos que se fazem, formas de convivência do e com o

diferente.