Power Point David E FáBio
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• Inês de Castro era filha natural de Pedro Fernandes de Castro, mordomo-mor do rei Afonso XI de Castela, e de uma dama portuguesa, Aldonça Lourenço de Valadares. O seu pai, neto por via ilegítima de Sancho IV de Castela, era um dos fidalgos mais poderosos do reino de Castela.
Romance com D. Pedro
• Em 1339 teve lugar o casamento do príncipe Pedro, herdeiro do
trono português com Constança Manuel, filha de João Manuel de
Castela, príncipe de Vilhena e Escalona, duque de Penafiel, tutor
de Afonso XI de Castela, «poderoso e esforçado magnate de
Castela», e neto do rei Fernando III de Castela. Mas seria uma das
aias de Constança, D. Inês de Castro, por quem D. Pedro viria a
apaixonar-se. Este romance começou a ser comentado e mal aceite
na corte e pelo próprio povo.
D. Pedro I de Portugal, cognominado o Cruel, o Cru, o Vingativo e o
Justiceiro devido à sua actuação contra os assassinos de D. Inês
Sob o pretexto da moralidade, rei D. Afonso IV não aprovava esta
relação, não só por motivos de diplomacia com João Manuel de
Castela, mas também devido à amizade íntima de D. Pedro com os
irmãos de D. Inês - Fernando de Castro e Álvaro Pires de Castro.
Sentindo-se ameaçados pelos irmãos Castro, os fidalgos da corte
portuguesa pressionavam o rei D. Afonso IV para afastar esta
influência do seu herdeiro. Assim, em 1344 o rei mandou exilar Inês
no castelo de Albuquerque, na fronteira castelhana. No entanto, a
distância não teria apagado o amor entre Pedro e Inês que,
segundo a lenda, continuavam a corresponder-se com frequência
Em Outubro do ano seguinte, Constança morreu ao dar à luz o futuro rei Fernando I de Portugal. Viúvo, Pedro mandou Inês
regressar do exílio e os dois foram viver juntos em sua casa, o que
provocou um grande escândalo na corte, para enorme desgosto de El-Rei seu pai. Começou então uma desavença entre o rei e o infante.
D. Afonso IV tentou remediar a situação casando novamente o seu filho com uma dama de sangue real. Mas Pedro rejeitou este projecto, alegando que sentia ainda muito a perda de sua mulher Constança e que não conseguia ainda pensar em novo casamento. No entanto, fruto dos seus amores, Inês foi tendo filhos de D. Pedro: Afonso em 1346 (que morreu pouco depois de nascer), João em 1349, Dinis em 1354 e Beatriz em 1347. O nascimento destes veio agudizar a situação: Durante o reinado de D. Dinis, D. Afonso IV sentira-se em risco de ser preterido na sucessão ao trono devido aos filhos bastardos do seu pai. Agora circulavam boatos de que os Castros conspiravam para assassinar o infante D. Fernando, herdeiro de D. Pedro, para o trono português passar para os filhos de Inês de Castro.
Entretanto, o reino de Castela encontrava-se em grave agitação
com a morte de Afonso XI e a impopularidade do reinado de D.
Pedro I de Castela, cognominado o Cruel. Os irmãos de Inês
sugeriram a Pedro que juntasse os reinos de Leão e Castela a
Portugal, uma vez que o príncipe português era, por sua mãe, neto
de D. Sancho IV de Castela. Em 1354 convenceram-no a pôr-se à
frente da conjuração, na qual Pedro se proclamou pretendente às
coroas castelhana e leonesa. Foi novamente a intervenção
enérgica de Afonso IV de Portugal que evitou que tal sucedesse. O
rei mantinha uma linha de neutralidade, abstendo-se de intervir na
política de outras nações, o que lhe permitia paz e respeito com os
reinos vizinhos.
Assassinato de D. Inês
Depois de alguns anos no norte de Portugal, Pedro e Inês tinham regressado a Coimbra e se instalado no Paço de Santa Clara. Mandado construir pela avó de Pedro, a Rainha Santa Isabel, foi neste paço que esta rainha vivera os últimos anos, deixando expresso o desejo que se tornasse na habitação exclusiva de reis e príncipes seus descendentes, com as suas esposas legítimas.
Haviam boatos de que o príncipe tinha se casado secretamente com
Inês. Na família real, um incidente deste tipo assumia graves
implicações políticas. O rei D. Afonso IV decidiu que a melhor solução
seria matar a dama galega. Na tentativa de saber a verdade, o rei
ordenou dois conselheiros seus dizerem a Pedro que ele podia se
casar livremente com Inês se assim o pretendesse. D. Pedro percebeu
que se tratava de uma cilada e respondeu que não pensava casar-se
com Inês. A 7 de Janeiro de 1355, o rei cedeu às pressões dos seus
conselheiros e do povo e, aproveitando a ausência de Pedro numa
excursão de caça, enviou Pêro Coelho, Álvaro Gonçalves e Diogo
Lopes Pacheco para matarem Inês de Castro em Santa Clara.
Segundo a lenda, as lágrimas derramadas no rio Mondego pela morte
de Inês teriam criado a Fonte dos Amores da Quinta das Lágrimas, e
algumas algas avermelhadas que ali crescem seriam o seu sangue
derramado.
A morte de Inês provocou a revolta de D. Pedro
contra D. Afonso IV. Após meses de conflito, a
rainha D. Beatriz conseguiu intervir para selar
uma paz em Agosto de 1355.
Trabalho feito por:
• David Belchior (nº5)• Fábio Almeida (nº8)
8ºD