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REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE PROVINCIA DE SOFALA GOVERNO DO DISTRITO DO BÚZI Estaquinha Búzi Sede Nova Sofala REUNIÃO DA DIVULGAÇÃO DAS POTENCIALIDADES DO DISTRITO DE BÚZI Setembro de 2016 POTENCIALIDADES E PÓLOS DE DESENVOLVIMENTO I
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REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUEPROVINCIA DE SOFALA
GOVERNO DO DISTRITO DO BÚZI
Estaquinha
Búzi Sede
Nova Sofala
REUNIÃO DA DIVULGAÇÃO DAS
POTENCIALIDADES DO DISTRITO DE BÚZI
Setembro de 2016
POTENCIALIDADES E PÓLOS DE DESENVOLVIMENTO
I
PREFACIO
O novo ciclo de governação saído das quintas Eleições Gerais Presidências e Legislativas inicia
com uma nova visão de governação orientada para o desenvolvimento de Moçambique a partir
dos Postos Administrativos e Localidade.
Respondendo ao apelo da Sua Excelência Filipe Jacinto Nyusi, Presidente da República de
Moçambique no seu discurso proferido aquando da Cerimónia de Abertura da VII Reunião
Nacional dos Governos Locais, cujo lema foi "por uma governação inclusiva e transparente em
prol do desenvolvimento económico, social e cultural", o Governo do Distrito iniciou um
processo de actualização do conhecimento das potencialidades existentes em cada Posto
Administrativo para através de mecanismos tais como: conferências, mesas redondas,
workshops, seminários e debates, partilhar a informação com agentes económicos, parceiros de
cooperação e outras individualidades interessadas em participar no desenvolvimento económico,
social e cultural do distrito do Búzi.
Espera-se que o presente documento seja percebido como o primeiro passo para impulsionar o
desenvolvimento do distrito do Búzi a partir dos Postos Administrativos e Localidades.
… No âmbito da transformação do distrito em pólo de desenvolvimento, deve-se garantir maior dinâmica da governação, dando maior enfoque ao Posto Administrativo e localidade. O Posto Administrativo é o palco essencial para produzir riqueza e promover a justiça social …
Filipe Jacinto Nyusi
II
ÍNDICE
PREFACIO ........................................................................................................................................ II
ÍNDICE ............................................................................................................................................ III
ÍNDICE DE TABELAS ......................................................................................................................... V
ÍNDICE DE FIGURAS ........................................................................................................................ VI
ÍNDICE DE MAPAS ......................................................................................................................... VII
INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 9
CAPITULO – I. DESCRIÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS DO DISTRITO .................................................. 10
RESUMO HISTÓRICO DO DISTRITO ............................................................................................................ 10
CARACTERÍSTICAS DO DISTRITO DE BÚZI E DIVISÃO ADMINISTRATIVA ..................................................... 11
CLIMA ....................................................................................................................................................... 13
SOLOS ....................................................................................................................................................... 14
MEIO AMBIENTE ....................................................................................................................................... 16
GEOLOGIA .................................................................................................................................................. 16
HIDROGRAFIA .......................................................................................................................................... 16
CAPITULO II. POTENCIALIDADES SOCIAIS E ECONÓMICAS DO DISTRITO ...................................... 17
SAÚDE ....................................................................................................................................................... 18
3.1.1. PRINCIPAIS CULTURAS PRODUZIDAS ................................................................................... 22
AGRO-INDÚSTRIA ...................................................................................................................................... 24
DESAFIOS DO SECTOR DA AGRICULTURA E DA AGRO-INDÚSTRIA ............................................................. 24
DESAFIOS DO SECTOR DA PECUÁRIA ......................................................................................................... 25
3.4.1 DESÁFIOS DO SECTOR DAS PESCAS ................................................................................................... 27
RECURSOS NATURAIS E MINERAIS ................................................................................................ 28
III
HIDROCARBONETOS ................................................................................................................................. 28
4.1.1 DESAFIOS DA AREA DE HIDROCARBONETOS .................................................................................... 28
4.2.1 DESAFIOS DA AREA DAS FLORESTAS ................................................................................................. 29
4.3.1 DESAFIOS DA AREA FAUNISTICA ....................................................................................................... 30
................................................................................................................................................................... 31
4.4.1 DESAFIOS PARA AREA DOS RECURSOS HIDRICOS ............................................................................. 31
6.2. ÁGUA E SANEAMENTO ....................................................................................................................... 35
JUVENTUDE, CULTURA E DESPORTO. ............................................................................................ 37
7.1 DESAFIOS DA JUVENTUDE, DESPORTO E DA CULTURA ........................................................................ 38
7.1.1. JUVENTUDE ...................................................................................................................................... 38
7.1.2 DESPORTO ........................................................................................................................................ 38
7.1.3. CULTURA .......................................................................................................................................... 38
ORDEM, SEGURANÇA, TRANQUILIDADE PÚBLICA E LEGALIDADE ................................................. 39
8.1 DESAFIOS DO SECTOR DA SEGURANÇA, TRANQUILIDADE PUBLICA E LEGALIDADE ............................. 39
CAPITULO III. POLOS DE DESENVOLVIMENTO E SUAS POTENCIALIDADES ESTRATEGICAS ............ 40
PRIORIDADES ESTRATÉGICAS DO GOVERNO PARA O DISTRITO COM PARTICIPAÇÃO DE PARCEIROS .................................................................................................................................... 41
PRIORIDADES ESTRATÉGICAS DOS POLOS DE DESENVOLVIMENTO DO DISTRITO COM PARTICIPAÇÃO PRIVADA ............................................................................................................... 42
POSTO ADSMINISTRATIVO DE SOFALA ...................................................................................................... 42
POSTO ADMINISTRATIVO DE ESTAQUINHA ............................................................................................... 42
POSTO ADMINISTRATIVO SEDE ................................................................................................................. 42
CAPÍTULO IV ................................................................................................................................ 43
CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................................ 43
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ..................................................................................................... 44
FICHA TÉCNICA .............................................................................................................................. 45
IV
ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 1 : Divisão administrativa do Distrito.................................................................................12
Tabela 2: Regulados......................................................................................................................13
Tabela 3 : Rede escolar e de Formação Profissional.....................................................................17
Tabela 4 : Efectivo escolar.............................................................................................................17
Tabela 5: Rede Sanitária................................................................................................................19
Tabela 6: Área infraestruturadas com sistemas de rega...............................................................21
Tabela 7: Principais Espécies Florestais ........................................................................................29
Tabela 8: Diagnóstico de Ordem, Segurança e Tranquilidade Pública..........................................39
Tabela 9: Potencialidades estratégicas dos pólos de desenvolvimento........................................40
V
ÍNDICE DE FIGURASFigura 1: Gado bovino...................................................................................................................25
Figura 2: Área de pasto em Inharongue........................................................................................25
Figura 3 : Camarão (Sofala-Danga)................................................................................................26
Figura 4 : peixe corvina de Danga Nova........................................................................................26
Figura 5 : Mercado de venda e processamento do pescado.........................................................27
Figura 6: Furo Búzi 1 de Gás em Cherimonho...............................................................................28
Figura 7: Entrada ao de Existência de Furo do Gaz-Búzi................................................................28
Figura 8: Hipopótamo da Lagoa de Mucarranga .......................................................................29
Figura 9: Búfalo da Zona de Ampara.............................................................................................30
Figura 10: Limpeza da Vila Figura 11:Reservatorio Principal da Vila Sede.................36
Figura 10: Limpeza da Vila Figura 11:Reservatorio Principal da Vila Sede.................36
Figura 12: Mini sistema de ..........................................................................................................36
Abastecimento de Macurungo Figura 13 : Furo equipado com bomba manual. . .36
VI
ÍNDICE DE MAPAS
Mapa 1 : Mapa de localização do Distrito.....................................................................................12
Mapa 2 : Distribuição da precipitação...........................................................................................14
Mapa 3 : Tipos de solo..................................................................................................................15
Mapa 4 : DistLribuição da rede sanitária.......................................................................................19
Mapa 5 : Rede de estradas............................................................................................................34
VII
VIII
INTRODUÇÃO
A quarta sessão do Governo do Distrito do Búzi realizada no dia 26 de Abril de 2016, decidiu a
constituição de uma equipa multissectorial para preparar a Reunião Distrital da Divulgação das
Potencialidades do Distrito.
No dia cinco de Maio a equipa iniciou com a recolha de informação nos três Postos
Administrativos que compõe o Distrito, tendo auscultado cidadãos de diversos extractos sociais,
para além de pesquisa de documentos existentes nos arquivos das várias instituições do Governo
do Distrito. A auscultação tinha como objectivo recolher a informação e identificar as
potencialidades sócio económicas existentes nos Postos Administrativo com o intuito de
apresentar aos potenciais investidores e agentes económicos interessados em investir em várias
áreas.
No mês de Junho foi feito o tratamento da informação que culminou com a elaboração do
presente documento intitulado Potencialidades e Pólos de Desenvolvimento do Distrito do Búzi,
constituídos por quatro capítulos:
No capítulo I, fez-se a descrição das características do distrito com destaque para o resumo
histórico, características do distrito de Búzi e divisão administrativa, o clima, os solos, meio
ambiente, geologia e hidrografia.
Capítulo II, fala das potencialidades económicas, sociais e segurança do distrito, onde se destaca
a rede escolar constituída por vários subsistemas de ensino e o efectivo escolar; A rede
sanitária, recursos humanos e as doenças mais frequentes; Desenvolvimento
Económico, com destaque para agricultura e agro-indústria, principais culturas
produzidas, a pecuária, a pesca, recursos naturais e minerais com destaque para os
hidrocarbonetos, recursos florestais e faunísticos, recursos hídricos, o turismo, infra-
estruturas sócio económicas com destaque para as vias de acesso, rede de energia
eléctrica, água e saneamento, juventude, cultura e desportos, ordem, segurança,
tranquilidade pública e legalidade.
Capítulo III, debruça em torno dos pólos de desenvolvimento e suas potencialidades estratégicas,
onde se retrata as potencialidades com os Postos Administrativos e Localidades, prioridades
9
estratégicas do governo para o distrito com participação de parceiros e prioridades estratégicas
dos pólos de desenvolvimento do distrito com participação privada por Postos Administrativos.
No último capitulo o IV, tecemos as considerações finais abordando a boa governação e a
participação comunitária no processo do desenvolvimento do distrito.
CAPITULO – I. DESCRIÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS DO DISTRITO
RESUMO HISTÓRICO DO DISTRITO
O Distrito do Búzi faz parte do vasto território do antigo império dos Rozwi, integrando também
as terras dos actuais Distritos de Chibabava e Machanga. Admite-se que os primeiros contactos
com os estrangeiros datam do século VIII, altura em que os árabes se estabeleceram na Baía de
Sofala desenvolvendo a actividade comercial de ouro e marfim com o Império dos
Muenemutapas.
No século XV o território do Búzi fazia parte do grande império dos Muenemutapas. A região
foi palco de várias guerras internas, entre os Madanda e Quiteves, entre 1480 e 1826, conflitos
estes alimentados com apoio dos portugueses e outros comerciantes estrangeiros interessados em
se fixarem na Baía de Sofala para o controlo das rotas comerciais.
A partir do século XVI, com a chegada dos portugueses, a região ganha uma importância
passando a ser alvo de disputas entre estes e os árabes. Com a expulsão dos árabes, os
portugueses iniciaram a construção da Feitoria de São Caetano em 1505 no actual Posto
Administrativo de Sofala, anterior Sede Distrital.
No segundo quarto do século XIX regista-se a invasão dos povos Nguni na região. Em 1836 os
guerreiros de Ngaba entram na povoação de Sofala, tendo a partir de 1840 estes guerreiros de
Império de Gaza se declarado senhores da zona compreendida entre os rios Búzi e Save, tendo
estabelecido a sua capital em Mossurize.
Assim, toda a região que compreende os Distritos de Búzi, Chibabava e Mossurize passou à
administração Musapa dos Nguni, impondo um sistema político com chefes locais, os
“Mambos”. Estas chefaturas estavam sob ordens do vassalo-chefe de toda a região, conhecido
por Mulivhane, como um dos últimos vassalos de Ngungunhana.
Como corolário do avanço da ocupação colonial, é criada em 1892 a Companhia de Moçambique
que recebe do Governo Português os direitos de exploração e domínio dos territórios de Manica
10
e Sofala. No mesmo ano, por força do Decreto de 7 de Maio de 1892, é criada a Circunscrição de
Sofala que incluía Búzi, Gorongosa e Mossurize, que passou para a administração da Companhia
de Moçambique. No ano seguinte foi criada a Circunscrição do Búzi com sede em Nova
Lusitânia, actual vila do Búzi, cujas terras do interior ainda estavam sob domínio dos Nguni
dificultando o controlo dos portugueses até 1895, ano da derrota do Ngungunhana.
Com a criação em 1898 da Companhia do Búzi, com sede em Lisboa, esta celebrou um contrato
com a Companhia de Moçambique a 1 de Abril do mesmo ano, na qual esta última cedia numa
primeira fase cerca de 312.500 hectares. Em 30 de Maio de 1901, as duas companhias assinam
novamente um contrato de extensão compreendendo o território da maior parte do regulado do
distrito do Búzi, parte da área ainda se encontrava estabelecida a Companhia “The Guara-Guara
Estates Massanzane, ocupando uma área de 5.000 hectares”.
Segundo a Portaria nº 1162, Boletim Oficial (BO) nº 18/8, a Circunscrição de Búzi, ainda sob
administração da Companhia de Moçambique, integrava as localidades de Goonda e Nova
Sofala. Com a extinção da administração da Companhia de Moçambique pela Portaria nº 4941,
BO nº 49/42, a Circunscrição do Búzi manteve o mesmo nome possuindo apenas um Posto
Administrativo de Chibabava.
Em 1972, Chibabava separa-se da Circunscrição de Búzi. No mesmo ano a Circunscrição de
Sofala e a localidade de Goonda são extintas passando a integrar como Postos Administrativos,
de Goonda e Nova Sofala, da Circunscrição do Búzi.
Com a independência, este território passa a categoria de Distrito comportando os três Postos
Administrativos de Búzi, Estaquinha e Nova Sofala que incluia sete localidades. Actualmente
foram reconhecidas três povoações à categoria de Localidades (Inhamuchindo, Guara-Guara e
Inharongue) passando o Distrito a contar com 10 Localidades.
CARACTERÍSTICAS DO DISTRITO DE BÚZI E DIVISÃO ADMINISTRATIVA
O Distrito localiza-se na região sul da Província de Sofala, dista cerca de 180 km da Cidade da
Beira. Búzi é um dos distritos costeiros da província e constitui parte integrante do banco de
Sofala, conferindo-o a riqueza em recursos pesqueiros de valor comercial. A sede do distrito fica
a cerca de 30 milhas da Cidade da Beira com acesso directo a esta por via marítima.
O Distrito de Búzi tem uma superfície de 7.160Km2, encontra-se localizado na parte sudoeste da
Província de Sofala, entre as coordenadas geográficas de 19° 34’ 08’’ e 20°33’ 09’’ de latitude Sul e
34° 46’ 57’’ e 33°53’ 07’’ de longitude Este e tem os seguintes limites:11
• Norte – Distritos de Dondo e Nhamatanda.
• Sul – Distritos de Machanga e Chibabava.
• Leste – Oceano Índico, junto do estuário do Rio Búzi e Púnguè.
• Oeste – Distrito de Chibabava.
Mapa 1 : Mapa de localização do Distrito
De acordo com as projecções anuais da população que compreende o período de 2007-2040
publicadas pelo Instituto Nacional de Estatística (200), a população do Distrito do Búzi
projectada para 2016 é estimada em 194.968 habitantes (92.098 homens e 102.869 mulheres).
Administrativamente, o Distrito de Búzi é composto por 3 Postos Administrativos (PAs), 10
localidades, 16 regulados e 136 povoações como se apresenta nas tabelas 1 e 2.
Tabela 1 : Divisão administrativa do DistritoPOSTOS ADMINISTRATIVOS LOCALIDADES
12
Búzi
• Búzi Sede• Bândua • Grudja• Guara-Guara• Inharongue• Inhamuchindo
Sofala • Sofala • Ampara
Estaquinha • Estaquinha Sede• Chissinguana
Tabela 2: Regulados
A aptidão potencial para a produção agrária associada à ocorrência de solos aluvionares, bem como o acesso rápido à capital da província através do mar, constituem factores de desenvolvimento, para as áreas de agricultura, pescas, indústria e turismo. O distrito ocupa a segunda posição na província, em termos de produção agro-pecuária contribuindo deste modo com os maiores volumes destes produtos para os mercados preferenciais, principalmente para a Cidade da Beira. Os sectores que mais contribuem na produção são: agricultura do sector familiar, sector empresarial, comércio e pesca com.
CLIMA
13
REGULADOS NÚMERO DE POVOAÇÕESRégulo Jóvo 07 PovoaçõesRégulo Guara-Guara 06 PovoaçõesRégulo Matire 08 PovoaçõesRégulo Inhangoro 12 PovoaçõesRégulo Ampara 12 PovoaçõesRegulo Garawa 07 povoaçoesRégulo Bândua 19 PovoaçõesRégulo Marombe 05 PovoaçõesRégulo Chissinguana 10 PovoaçõesRégulo Boca 10 PovoaçõesRégulo Grudja 06 PovoaçõesRégulo Guendje 12 PovoaçõesRegulo Riconde 04 PovoaçõesRégulo Mamundje 06 PovoaçõesRegulo Mutanda 05 PovoaçõesRegulo Maxemedje 07povoaçoes
TOTAL 136
‘2A localização do Distrito (Zona Costeira), condiciona o clima da região, dada a grande influência do anticiclone do Índico nos fenómenos meteorológicos. Este factor, condiciona a ocorrência de um clima tropical húmido, caracterizado por dois períodos distintos: a estação húmida, quente e chuvosa, que se regista normalmente de Outubro a Março, caracterizado por elevada queda pluviométrica e por vezes pela ocorrência de chuvas ciclónicas e o período seco e frio entre os meses de Abril e Setembro, altura em que a região está sob influência da acção dos anticiclones do hemisfério Sul.
O Distrito é banhado em toda a sua faixa costeira pela corrente quente do Canal de Moçambique, condicionando o registo de temperaturas médias do ar mais elevadas. As amplitudes térmicas em relação às temperaturas do interior são altas, favorecendo o aumento da evaporação e consequente percentagem de humidade do ar, factor que é agravado pela influência dos ventos do sudeste. O valor médio anual de evaporação é de 1.860mm e a humidade vária de 74.1% no litoral e 73.0% no interior enquanto os valores médios anuais de precipitação são inferiores a 1000 mm. Nos últimos tempos os fenómenos El Niño e La Niña estão a contribuir para a alteração do comportamento do clima.
Mapa 2 : Distribuição da precipitação
SOLOS
14
No Distrito de Búzi predominam três tipos de solo: hidromórficos, arenosos e rego solos. Estes
agrupamentos de solos, na sua maioria são de grande potencial agrícola e boa aptidão para culturas
de sequeiro, dado o seu nível de fertilidade natural.
• Solos hidromórficos: Ocupam a extensa zona sub - litoral, nas planícies de Piri-Piri,
Zimbuca e ao longo dos rios e riachos. São solos escuros, devido ao elevado teor de matéria
orgânica, conferindo-lhes boa fertilidade, particularmente na parte oeste do distrito.
• Solos arenosos: Ocorrem a noroeste do distrito, na localidade de Grudja no Posto
Administrativo Sede e a sul em Ampara no Posto Administrativo de Sofala. Estes solos,
caracterizam-se pela fraca capacidade de retenção de água e baixa fertilidade.
• Egossolos: Ocorrem a sudoeste do distrito (na zona de Estaquinha para Chissinguana)
maioritariamente arenosos e franco arenosos, de textura ligeira, com uma camada superficial pouco
espessa e escura devido a forte presença de matéria orgânica.
Mapa 3 : Tipos de solo
15
MEIO AMBIENTE
As condições ecológicas do Distrito favorecem a ocorrência de associações vegetativas
caracterizadas por florestas, savanas e outros substratos característicos do Miombo. No distrito
existem espécies florestais de grande valor comercial, nomeadamente: Messassa, Umbila, Panga-
panga, Pau-rosa, Mefula, Inala, Pau-Preto, Mucarate, Sandalo Africa, Monzo, Metacha,
Mucarate, Pau-ferro, Chanfuta, e Muzimbite.
O regime hídrico na região é por vezes influenciado por caudais irregulares de numerosos
riachos que ocorrem de forma temporário e sazonal no distrito. Estes recursos hídricos são
largamente utilizados para a pesca.
GEOLOGIA
O Distrito do Búzi é constituído por duas unidades geológicas caracterizadas por rochas
metamórficas e sedimentares. As rochas metamórficas constituem a entidade geológica mais antiga
do pré-câmbrico que se encontram mais para o interior e ocupam cerca de dois terços de superfície
da bacia hidrográfica de Búzi, a oeste do distrito. A superfície que resta é dominada por rochas
sedimentares do cretácico e quaternário que encontramos na zona costeira e na regiao central
ocupando deste modo maior proporção do distrito.
Estas duas unidades geológicas são separadas por rochas sedimentares e eruptivas de karoo,
pertencentes a duas épocas distintas, nomeadamente: o karoo inferior constituído por
conglomerados e o karoo superior representado por unidades de grés e lavas.
HIDROGRAFIA
O Distrito é atravessado pelo rio Búzi influenciando assim todos os aspectos hidrológicos e
topográficos da região. Em termos hidrológicos, o Distrito de Búzi é dominado pelas bacias de Búzi
e Pungué.
Nas planícies ocorrem pequenas lagoas e pântanos, nomeadamente Mucaranga na localidade de
Ampara, Vuca na localidade de Bândua, Mararanhe na localidade Chissinguana, Mada no
regulado de Matire, entre outras.
O regime hídrico na região também é influenciado por caudais irregulares de numerosos riachos
que ocorrem de forma temporária e sazonal no distrito, destacando-se Búzimufo (Inharongue), 16
Mafurunge, Buine, Janana, Inchina, Mucicavo, Metacola, Mutarangane, Inhatiquite, Chicumbua,
Maporora, Chireze (Grudja) e Nhamana. Estes recursos hídricos são largamente utilizados para a
pesca.
CAPITULO II. POTENCIALIDADES SOCIAIS E ECONÓMICAS DO DISTRITO1. DESENVOLVIMENTO DE CAPITAL HUMANO
2.1 EDUCAÇÃO
O Distrito possui uma vasta rede escolar que se estende por todas as localidades e maior parte
dos povoados, ministrando todos subsistemas e níveis de ensino, público e particular. Neste
contexto, existem 110 escolas do ensino público e particular, destas três leccionam o 1° e 2°
ciclos de ensino secundário geral, duas do 1° ciclo e duas Escolas Técnicas Agro-pecuárias, as
restantes são escolas primárias. Existem dois centros de ensino superior da Universidade
Pedagógica e Universidade Católica de Moçambique (UP e UCM) que ministram diversos cursos
em regime a distância e um Centro de Formação Profissional do Instituto Nacional de Emprego e
Formação Profissional (INEFP).
Tabela 3 : Rede escolar e de Formação Profissional
Tipo de Ensino Nível Anos2014 2015 2016
Público
EP1 68 58 26EPC 31 44 77ESG1 02 02 02ESG1/2 1 1 1Sub Total 102 105 106
ComunitárioEPC/ESG1/2 2 2 2ETP/BASICO 2 2 2Sub Total 4 4 4
Superior UP, UCM 2 2 2
Técnico ProfissionalINFP 1 1 1Sub Total 3 3 3
Total 109 112 113
Tabela 4 : Efectivo escolar
Nível de Ensino
2014 2015 2016M HM M HM M HM
17
EP1 15066 32411 14989 32389 14853 31543EP2 2486 5755 2654 6379 2881 6727ESG I 1849 4400 1933 4580 1877 4447ESG II 287 901 469 1319 520 1408ETP 41 109 40 116 37 119PESD 61 175 101 263 154 362UP 221UCM 346CEB - INEFP 60 (previsão)Total 19790 43751 20186 45046 20322
Fonte: SDEJT
1.1.1. OS PRINCIPAIS DESAFIOS DO SECTOR DA EDUCAÇÃO
SAÚDE
A rede sanitária no Distrito de Búzi é composta por 1 Hospital Rural, 12 Centros de Saúde tipo II
e 1 Posto de Saúde, a rede sanitária abrange todas as Localidades. Existe um total de 120 camas
distribuídas pelos serviços de internamento de doentes de medicina geral, cirurgia, maternidades
e pediatria. Assistidos por 4 médicos de clínica geral, 1 médico dentista, 10 técnicos superiores
de carreira especifica de saúde, 118 técnicos médios dos quais 43 são enfermeiras materno
infantil (SMI), 55 técnicos básicos, totalizando 188 profissionais de saúde de regime específico.
As principais enfermidades que afectam o distrito são: malaria, diarreias agudas, ITS, HIV-SIDA
e tuberculose.
18
Mapa 4 : DistLribuição da rede sanitária
Tabela 5: Rede Sanitária
Tipo de Infra-Estruturas Unidade Sanitária Nr Raio da unidade
sanitariaHospital Rural HR BÚZI 1
5 – 7 KMCentro de Saúde Tipo II
Ampara
12
BânduaBaradaChissinguanaDangaEstaquinhaGrudjaGuara-GuaraInhamuchindoInhaviningaMarombe
Posto de Saúde Tipo III Posto de Saúde Rio Búzi 1Total 14
2.2.1. OS PRINCIPAIS DESAFIOS DO SECTOR DA SAÚDE19
Construir um Centro de Saúde e casa espera em Marongamisse na localidade de Grudja.
Construir um Centro de Saúde e casa mãe espera em Madgimba no Posto Administrativo
de Estaquinha.
Construir Centro de Saúde e casa mãe espera em de Inharongue.
Ampliar o Posto de Saúde do Rio Búzi integrando os serviços de maternidade.
Construir uma casa para acompanhantes de doentes na Vila Sede do Distrito.
Reabilitar as infra-estruturas do Hospital Rural.
2. AGRICULTURA E AGRO-INDUSTRIA
3.1. AGRICULTURA
A área total do distrito é de 716.000 ha desta, potencialmente apta para a produção agricola é de
322.200 ha, da qual a área disponivel é de 200.000 ha.
O Governo Distrital no âmbito do PROIRRI, beneficiou projectos de construçao de 5 sistemas de
irrigação para uma área de 1024 ha. A área actualmente infraestruturada com sistema de
irrigação é de 1620 ha correspondendo as áreas de Grudja, Bândua, Guara-Guara, Estaquinha e
1000 ha em Inharongue.
A área não infraestruturada disponível para irrigação é de 40.000 ha, localizadas na Vila Sede
15.000 ha, Inharongue 10.000 ha, Guara-Guara 5.000 ha, Estaquinha 3.000 ha, Bândua 4.000 ha
e Grudja 3.000 ha.
20
Área potencialmente agrícola do distrito
Área não infra-estruturada disponível
Tabela 6: Área infraestruturadas com sistemas de rega
Local Área (ha) BeneficiáriosVila Sede 710 Associações de Chicumba 390 ha, Move 90 ha,
21
Cupedza Urombo 150 ha, Samora Machel 80 ha.
Inharongue 1314Lianhe África Agriculture Development 1000 ha e Associação Acaboco 314 há.
Estaquinha 20 ESMABAMA 20 háBândua e Guara-Guara 500 Companhia do Búzi
Grudja 100 NiqelTOTAL 2644
Fonte SDAEB, 2016
3.1.1. PRINCIPAIS CULTURAS PRODUZIDAS
O distrito tem um grande potencial para a produção de culturas alimentares e de rendimento a destacar: milho, arroz, cana-de-açúcar, ananas, castanha de caju, gergelim, algudão e hortícolas diversas.
Área utilizada por grupo de cultura
Representatividade de cereais22
Figura 1: Arroz na Vila Sede Figura 2: Campo de Cana de açúcar em Guara-Guara
Figura 3: Coco de Sofala Figura 4: Ananas de Chissinguana
23
AGRO-INDÚSTRIAO Distrito do Búzi tem grande potencial para a implantação da agro-indústria para o
processamento de várias culturas alimentares, uma vez que, as características geomorfológicas e
hidrológicas proporcionam a prática de várias culturas.
Como forma de impulsionar a actividade agrícola por via do aumento da produtividade e
consequente aumento da renda das comunidades locais que são na sua maioria camponesa, o
Governo do Distrito alocou 24 tractores e as respectivas alfaias, estabelecendo três centros de
prestação de serviços agrários de gestão privada.
Tabela n°8: Parque industrialTIPO DE MEIO Existentes Operacionais
Tractor 67 67
Junta de tração animal 675 675
Moto cultivadoras 10 8
Dos 67 tractores existentes 28 pertencem a 3 centros de prestação de serviço
INDUSTRIAS
Moageiras 244 244
Descascadeiras 64 64
Debulhadoras 5 5
Serrações 5 5
Carpintarias 13 13
Oficinas Mecanicas 9 9
Serralharias 5 5 Fonte: SDAE-Búzi
DESAFIOS DO SECTOR DA AGRICULTURA E DA AGRO-INDÚSTRIA
Aumentar a produção e a produtividade agrícola;
Construir novos sistemas de irrigação, represas, diques e pequenas barragens;
Instalar centro de produção de sementes melhoradas;
Promover agro-indústria instalando fabricas para o processamento de produtos agrícolas
(milho, arroz e ananás);
Construir silos para conservação de cereais e leguminosas;24
Contratar mais extensionistas agro-pecuarios.
2.2. PECUÁRIA
O Distrito tem óptimas condições para criação de gado bovino, caprino, ovinos e suínos.
Entretanto, desenvolve-se no Distrito o sistema de pastagem extensiva numa área de 129.065
hectares sendo as principais areas de pastagem: a planície de Piripiri, Cherimónho, Ampara e
entre o limite de Nhamatanda e Búzi até a zona de Guara-Guara. Contudo existe disponivel para
pastagem 107.215ha.
A capacidade de carga de pastagem é de 4 - 5 hectares por bovino. Por outro lado, o distrito tem
grande potencial na criação de aves (galinha caseira, pato, peru e pombo). Existe no distrito um
efectivo pecuário de 151.915 cabeças de gado, destes 25.813 são de gado bovino.
Figura 1: Gado bovino
Figura 2: Área de pasto em Inharongue
DESAFIOS DO SECTOR DA PECUÁRIA
Construir um matadouro;
Construir um talho;
Construir represas para abeberamento do gado;
Construir tanques carecicidas;
Instalar uma farmácia veterinária para a venda de fármacos pecuários;
Promover a produção do feno para suplementar o gado;
Criação do gado leiteiro e processamento de derivados;
25
Melhorar a espécie de gado bovino através do método de inseminação artificial ou
introdução de novas espécies de gado (braman).
2.3. PESCA
O Distrito de Búzi é banhado a leste pelo Oceano Índico e faz parte do Banco de Sofala, que é a
mais importante reserva de recursos pesqueiros do País. A zona costeira do distrito é constituída
por recursos estuarinos e litorais, com destaque para pequenos peixes dimersais e pelágicos,
caranguejo de mangal e camarão de alta qualidade. É potencialmente rica em recursos pesqueiro
com destaque para o pescado como garopa, corvina, peixe pedra, vermelhão. A título de exemplo
e como forma de impulsionar esta actividade o governo construiu um mercado de peixe no
povoado de Chiconjo que inclui uma fabriqueta de gelo que ira impulsionar o processamento e
conservação do pescado.
Figura 3 : Camarão (Sofala-Danga)
Figura 4 : peixe corvina de Danga Nova
26
Figura 5 : Mercado de venda e processamento do pescado
A piscicultura, é uma actividade que esta na sua fase inicial no distrito, por haver condições
ecológicas para a prática desta actividade. O SDAE, fez um trabalho de divulgação das técnicas
de abertura dos tanques, tendo identificado alguns potenciais interessados na criação de peixe em
cativeiro. Do trabalho realizado culminou com abertura de alguns tanques tendo se destacados
dois tanques, um Martrinot e outro em Guara-Guara.
3.4.1 DESÁFIOS DO SECTOR DAS PESCAS Instalar sistema de frio para a conservação do pescado acoplado a este uma loja de
insumos de pesca em Sofala e Ampara;
Promover a piscicultura, através de abertura de tanques de produção de alevinos e
gaiolas;
Promover a aquacultura para a produção de camarão e outros crustáceos em cativeiro.
Introduzir técnicas convencionais e sustentáveis de pesca;
Melhorar as práticas de processamento e conservação do pescado;
Continuar a promover a adopção de embarcações melhoradas e motorizadas;
Criação de uma equipa de fiscalização costeira;
Aumentar o número de extensionistas pesqueiros;
27
Combater o uso de artes nocivas na pesca.
RECURSOS NATURAIS E MINERAIS
HIDROCARBONETOS
O Distrito possui reservas de gás natural estimadas em 4 biliões de metros cúbicos, localizadas
no povoado de Cherimonho, na localidade de Inharongue no Posto Administrativo Búzi Sede.
No Posto Administrativo de Estaquinha podemos encontrar outros recursos como gesso, guano,
calcário, calcete e indícios de ocorrência de ouro e petróleo.
Figura 6: Furo Búzi 1 de Gás em Cherimonho
Figura 7: Entrada ao de Existência de Furo do Gaz-Búzi
4.1.1 DESAFIOS DA AREA DE HIDROCARBONETOS Explorar o gás de Cherimonho.
Procurar parceiros para pesquisas de hidrocarbonetos e outros recursos minerais em
outras áreas (Grudja e Estaquinha).
4.1. RECURSOS FLORESTAIS
As condições ecológicas do Distrito favorecem a ocorrência de associações vegetativas
caracterizadas por florestas, savanas e outros substratos característicos do Miombo. Parte
considerável da vegetação natural encontra-se profundamente alterada pela influência da
actividade humana, particularmente devido a prática de agricultura, queimadas e exploração
florestal para comercialização da madeira, material de construção e combustível lenhoso.28
No distrito existem espécies florestais de grande valor comercial. Contudo, o abate descontrolado
poderá afectar certas espécies de madeira preciosa. A distribuição das espécies florestais
preciosas no distrito apresenta-se por localidades:
Tabela 7: Principais Espécies Florestais
Posto Administrativo Localidade Espécies florestais predominantes
Búzi SedeBândua e Guara-Guara
Messassa, Umbila, Chanfuta
Grudja Mefula, Inala, Mucarate, Sandalo África.
EstaquinhaEstaquinha Sede Messassa, Monzo.
Chissinguana Umbila, Mucarate, Panga-panga, Pau ferro e Chanfuta.
Nova Sofala Ampara Umbila, Chanfuta e MefulaFonte: Serviços Distritais de Actividades económicas, Búzi – 2016
4.2.1 DESAFIOS DA AREA DAS FLORESTAS
Fortificar a implementação das medidas prevista na lei sobre a proteção do meio
ambiente e recursos naturais;
Promover a instalação de serrações e carpintarias nos locais de corte;
Promover o reflorestamento;
Capacitar os membros dos comités de gestão dos recursos naturais.
4.2.RECURSOS FAUNISTICOS O distrito ainda não tem um inventário actualizado a fauna, mas existe uma diversidade de
especies faunisticas tais como: changos, cabrito cinzento, chengane, oribi, porco-bravo, piva,
inhacodjo, Imbabala, facoceiro, crocodilo, macaco cinzento, hipopótamo e búfalo.
Figura 8: Hipopótamo da Lagoa de Mucarranga
29
Figura 9: Búfalo da Zona de Ampara
4.3.1 DESAFIOS DA AREA FAUNISTICA Fazer cumprir a legislação da fauna bravia;
Inventariar as espécies faunísticas existentes;
Reduzir a população de crocodilos através de recolha de ovos.
4.3. RECURSOS HIDRICOS
A bacia do rio Búzi é partilhada entre Moçambique e Zimbabwe. O rio Búzi nasce no Zimbabwe,
onde a sua bacia hidrográfica cobre uma área de aproximadamente 3900 km2, o que corresponde
a 13% da área total, e se desenvolve maioritariamente em território moçambicano (87% ou seja,
cerca de 25,800 km2), e seu caudal é de carácter permanente. O Rio Búzi desagua no Oceano
Índico através do estuário. O rio tem como principais afluentes Lucite e Revuè, na margem
esquerda e reservas consideráveis de águas subterrâneas.
Figura 14: Rio Búzi
30
4.4.1 DESAFIOS PARA AREA DOS RECURSOS HIDRICOS
Construir pequenas barragens e represas.
Promover o uso sustentável dos recursos hídricos.
Aumentar as estações hidrométricas ao longo do rio Búzi.
5. TURÍSMO
O Distrito possui várias potencialidades turísticas, sendo dois locais históricos (a base de Luta de
Libertação Nacional situada na Localidade de Bândua e a antiga Fortaleza de Sofala), situada no
Posto Administrativo de Sofala.
Existem também dois locais sagrados (o Santuário de Mwenhe Mukuro e Bue Ranhane), lindas
praias para prática de desportos náuticos, vastas áreas para construção de estâncias turísticas e
até existência de edifícios aproveitáveis, todas localizadas no Posto Administrativo de Sofala e
Grutas de Estaquinha e Grudja.
Na localidade de Ampara no povoado de Mucaranga existe uma lagoa que pode ser usada como
atractivo para a construção de infra-estruturas turísticas e pratica de actividades desportortivas
(vela).
Em relação a indústria hoteleira, o distrito possui 78 camas para hospedagem distribuídas em 5
estabelecimentos hoteleiros e 4 estabelecimento de serviços de restauração.
Figura 15: Entrada do Santuário
31
Figura16: Santuário de Mwenhe Mukuru
Figura 17: Centro turístico de praia – Sofala
Figura18: Muralha da Fortaleza de S. Caetano
Figura19: Lagoa de Mucaranga - Ampara
32
As grutas do Regulado Bôca, estão localizadas no distrito do Búzi, mas concretamente no Posto
Administrativo de Estaquinha a sensivelmente 58 km da vila sede. Elas são ricas em calcário e
guano (excrementos de morcego tidos como adubos orgânicos de grande valor produtivo).
Figura 20: Guano das grutas de Bôca Figura 21: Calcário
Figura 21 : Vista interior das Grutas de Boca Figura 22: Uma das entradas da Gruta de Boca
6. INFRAESTRUTURAS SÓCIO-ECONÓMICAS
6.1. VIAS DE ACESSO33
O Distrito de Búzi possui uma rede viária classificada em secundárias e terciárias de 684 km. As
estradas classificadas permitem-nos chegar até as Sedes dos Postos Administrativos e algumas
localidades. As não classificadas permitem-nos o acesso a todas as localidades exceptuando
Grudja e Ampara na época chuvosa.
Mapa 5 : Rede de estradas
A deslocação para a cidade da Beira e outras localidades pode ser feita também por via fluvial e
marítima, a partir da ponte-cais instalado na vila Sede que facilita o escoamento de pessoas e
bens (Beira Búzi 30 milhas).
Existiram no distrito 4 aeródromos, Sofala, Bândua, Estaquinha e Vila Sede (na margem da
companhia) este último ainda em funcionamento.
Rede de Energia Eléctrica - O Distrito possui um sistema permanente de abastecimento de
energia eléctrica da rede nacional, através de uma subestação localizada em Guara-Guara, com
uma capacidade de 33kVAs, que abastece para além da Vila do Búzi, o Posto Administrativo de
Sofala, localidades Bândua, Guara-Guara Sede, Inharongue (Cherimonho), e Estaquinha
incluindo as povoações de Inhajou, Begaja, Riconde e Chironda.
34
Rede de Telecomunicações – Búzi possui redes de telefonia fixa (TDM) e móveis (Mcel,
Vodacom e Movitel) que permite a intercomunicação dos cidadãos. Ainda sente-se dificuldades
de comunicação nas localidades de Grudja e Inhamuchindo.
O sistema bancário ainda não se fez sentir no distrito, visto que existe apenas uma Agencia
Bancária (Millennium Bim).
Figura 23: Sub Estação de Guara guara
6.1.1 DESAFIOS DO SECTOR DE ESTRADAS
Asfaltar a estrada Tica – Nova Sofala;
Asfaltar a estrada Guara-Guara – Casa Nova;
Construir uma ponte sobre o Rio Búzi;
Reabilitar e manter as estradas terciárias com destaque para Guara-Guara – Grudja e
Estaquinha – Chissinguana, Bândua – Ampara;
Adquirir equipamentos para manutenção das estradas (basculantes, niveladora, cilindro,
bulldozer).
6.2. ÁGUA E SANEAMENTO
De um total de 194.967 habitantes, 72.900 tem acesso a água potável o que significa uma taxa de
cobertura de 37.40%, cobertas por 243 fontes dentre bombas manuais e sistemas elevados de
abastecimento de água.
Ao nível de saneamento do meio, o distrito tem promovido campanhas de construção e uso
correcto de latrinas melhoradas. Como contribuição para a melhoria de saúde pública, as
35
comunidades têm participado em campanhas de limpeza ao domicílio bem como limpeza dos
mercados, cemitérios, valas de drenagem e vias de acesso.
Figura 10: Limpeza da Vila Figura 11:Reservatorio Principal da Vila Sede
Figura 12: Mini sistema de
Abastecimento de Macurungo Figura 13 : Furo equipado com bomba manual
36
6.2.1 DESAFIOS DO SECTOR DE AGUAS E SANEAMENTO
Reabilitar e ampliar o sistema de abastecimento de água da vila sede;
Construir sistemas de abastecimento de agua nos Postos Administrativos de Estaquinha e
Sofala e em algumas sedes das localidades;
Construir mais fontes de água e reabilitação e manutenção das existentes;
Adquirir depósitos de resíduos sólidos;
Construir balneários públicos nos mercados e locais de maior concentração populacional.
JUVENTUDE, CULTURA E DESPORTO.Sendo a população do distrito maioritariamente jovem, constituindo deste modo a maior força de
trabalho, o Governo do Distrito, tem vindo a apostar neste grupo alvo, através de acções que
visam a promoção do associativismo juvenil, em várias vertentes de formação e participação em
domínios de desenvolvimento do capital humano, social, económico, cultural e desportivo.
O distrito tem um considerável potencial cultural e desportivo, diversificado e rico, actualmente
não explorado como fonte de interesse turístico e económico, quer em termos de grupos, bem
como pelos locais históricos e espirituais que o distrito detém. Existem em todas as localidades
vários grupos culturais e artísticos, estando registados pela direcção de cultura no distrito cerca
de cinco expressões culturais nativas. A música, dança e gastronomia são algumas formas de
manifestações culturais deste Distrito.
No âmbito do desporto o futebol 11 tem sido uma das modalidades desportivas mais praticadas
ao nível de todo distrito. Na área do atletismo, o distrito possui neste momento alguns atletas que
se evidenciaram com victorias nos jogos desportivos escolares, tendo arrecadado medalhas e
taças para a província e para o distrito. É nesta perspectiva, que se pretende popularizar a
actividade atlética para identificar mais talentos e aumentar a lista de vencedores.
Para que sejam alçandos os objectivos enunciados no parágrafo anterior, o distrito pretende levar
a cabo um vasto programa de pesquisa de talentos naturais nas áreas de saber fazer cultural e
saber fazer desportivo, isto vai implicar a realização de um trabalho de base com o envolvimento
das comunidades pelo facto dos talentos existirem no seio das mesmas, onde elas não se
apercebem que fizeram nascer, vivem e convivem com talentos quando em momentos de festa
aparecem cidadãos a animar com manifestações culturais e desportivas extraordinárias.37
Este trabalho vai exigir a participação das associações organizadas, parceiros, privados, que irão
apoiar a organização, realização de festivais nas comunidades e premiação dos talentos
identificados. Será da responsabilidade do Governo a identificação de parceiros para implantação
de incubadoras para aumentar os rendimentos dos jovens talentosos.
Na área da cultura, incidir as acções na: dança e música tradicional, promoção e divulgação de
grupos corais, agrupamentos musicais folclóricos, artes plásticas e artesanato usando materiais
reciclados, artes cénicas e gastronomia.
7.1 DESAFIOS DA JUVENTUDE, DESPORTO E DA CULTURA
7.1.1. JUVENTUDE
Promover acampamentos juvenis para a realização de actividades cívicas (apoiar as
localidades nos programas de saneamento do meio, reabilitação e manutenção de fontes
de água;
Capacitar de jovens para o auto-emprego.
7.1.2 DESPORTO
Reabilitar o campo de salão e o parque infantil da vila sede;
Construir 3 campo para a prática do futebol 11, incluindo pistas para a prática do
atletismo na vila Sede, Estaquinha e Sofala;
Melhorar os campos de futebol 11 existentes nas localidades;
Construir 2 novos campos de salão, um em Estaquinha e outro em Sofala;
Adquirir equipamento desportivo;
Construir um ginásio para a preparação de atletas acrobáticos.
7.1.3. CULTURA
Reabilitar, ampliar e apetrechar a Casa Distrital da Cultura;
Adquirir um estúdio de gravação e filmagem;
Adquirir de uma aparelhagem completa para espetáculos e cobertura em sonoplastia em
programas oficiais do Governo;
Construir Casas de Cultura nos Postos Administrativos de Sofala e Estaquinha.
38
ORDEM, SEGURANÇA, TRANQUILIDADE PÚBLICA E LEGALIDADE
O Distrito conta com um Comando Distrital da PRM na Vila-Sede e representações a nível das
localidades. O Comando funciona com duas celas, com capacidade para 15 arguidos quer para
cela masculina, quer para cela feminina. Dependendo dos casos, alguns detidos são transferidos
para a cadeia civil da Cidade da Beira, depois de julgados e condenados. Neste comando da PRM
funciona também a Polícia de Trânsito e de Investigação Criminal (PIC).
Tabela 8: Diagnóstico de Ordem, Segurança e Tranquilidade Pública
Sub-Áreas Potencialidades Limitações Problemas
Ordem, Segurança e
Tranquilidade Pública
- Existências de
instituição de
manutenção de ordem
e segurança pública
- Reduzido número
de membros da PRM
- Elevado índice de
criminalidade
- Falta de condições
de trabalho
- Inexistência de rede
de comunicação nos
postos policiais- Existência de
serviços de emissão de
B.I. biométrico
- Fraca cobertura dos
serviços de
Identificação Civíl
- Percurso de longas
distâncias para
obtenção dos serviços
de Identificação Civíl
8.1 DESAFIOS DO SECTOR DA SEGURANÇA, TRANQUILIDADE PUBLICA E
LEGALIDADE
Construir Postos Policiais nos Postos Administrativos de Sofala e Estaquinha;
Construir um edifício Procuradoria Distrital e a residência do Procurador.
Construir um edifício para o funcionamento do Comando Distrital da PRM
Construir um edifício para o funcionamento da Penitenciária Distrital e a residência do
Director.
39
CAPITULO III. POLOS DE DESENVOLVIMENTO E SUAS POTENCIALIDADES
ESTRATEGICAS
Tabela 9: Potencialidades estratégicas dos pólos de desenvolvimento
POSTO
ADMINISTRATIVO
LOCALIDADE POTENCIALIDADES ESTRATEGICAS
SOFALASEDE
Pesca, turismo (Praia, Locais Históricos e
Espaços para construção de Infra-estruturas
Hoteleira) e Coco.
AMPARAPesca, Praia, Salina e Lagoa de Mucaranga
(turismo cinegético e desportivo).
ESTAQUINHA
SEDE
Calcário, Guano, Ecoturismo (Grutas), ouro
e Campos agrícolas para produção de:
gergelim, algodão, girassol, castanha de caju,
cana-de-açúcar, milho, hortícolas.
CHISSINGUANA
Campos agrícolas para produção de: Ananás,
citrinos, amendoim, milho, mandioca, feijão
nhemba, feijão jugo, castanhos de caju e
madeira.
BÚZI
SEDE
Rio e Vale do Búzi, Campos agrícolas para
produção de: arroz, milho, feijão nhemba,
cana-de açúcar, gergelim, hortícolas, terras
para pasto de Gado Bovino.
Hipopótamo e Crocodilos.
INHARONGUE
Gás natural, Campos agrícolas para produção
de: arroz, gergelim, feijão nhemba, milho,
algodão, girassol e pasto para Gado Bovino e
caprino.
GRUDJA
Campos agrícolas para produção de: milho,
mapira, machoeira, amendoim, jatropha,
citrinos, feijão nhemba, feijão jugo, algodão,
girassol. Floresta, ecoturismo, ouro, Rio e
Vale do Búzi e campo de pastagem para
Gado Bovino, caprino. 40
BANDUA
Campos agrícolas para produção de: milho,
mapira, amendoim, algodão, girassóis
citrinos, feijão nhemba, feijão jugo e
castanha de caju. Campos de pastagem para
Gado Bovino, caprino e criação de suínos.
GUARA-GUARA
Campos agrícolas para produção de: milho,
mapira, amendoim e hortícolas.
Campos de pastagem para gado bovino,
caprino e criação de suínos.
Existência de pedra para construção civil.
Hipopótamo e crocodilo, rio e Vale do Búzi
PRIORIDADES ESTRATÉGICAS DO GOVERNO PARA O DISTRITO COM
PARTICIPAÇÃO DE PARCEIROS
I. Asfaltagem da estrada Tica – Sofala passando por Guara Guara incluindo a construção da
ponte sobre o Rio Búzi, Guara Guara – Casa Nova passando por Estaquinha.
II. Construção de sistemas de abastecimento de água nas Sedes dos Postos Administrativos e
localidades onde for possível e assegurar a construção e reabilitação de mais fontes
equipadas com bombas manuais
III. Elaboração do plano de ordenamento do distrito e planos de promenor das sedes dos
Postos Administrativos e de aglomerados populacionais.
IV. Estender a rede eléctrica para os principais centros de produção e pólos de
desenvolvimento do distrito.
V. Adquirir equipamentos para manutenção das estradas.
VI. Construir o Hospital Distrital na localidade de Guara-Guara, e aquisição de 2
ambulâncias.
VII. Ampliar e melhorar os serviços de saúde do HRB, e dos Postos Administrativos de Sofala
e Estaquinha.
VIII. Melhorar as condições das escolas para elevar a qualidade de ensino.
IX. Construir edifícios para Postos Policiais nas Sedes dos Postos Administrativos de Sofala
e Estaquinha.
41
X. Construir procuradoria distrital e residência do procurador.
XI. Construir represas para abeberamento do gado.
XII. Construir residências para os funcionários públicos.
XIII. Construir campos de futebol 11, pistas de atletismo e de jogos de salão nos 3 Postos
Administrativos.
PRIORIDADES ESTRATÉGICAS DOS POLOS DE DESENVOLVIMENTO DO
DISTRITO COM PARTICIPAÇÃO PRIVADA
POSTO ADSMINISTRATIVO DE SOFALA
I. Impulsionar a actividade turística tendo em conta as praias, locais históricos e
sagrados.
II. Incentivar empresários locais a Construir Hotel de 4 estrelas ou Complexo Capulana.
III. Instalar uma unidade de frio para conservação de pescado e acoplado a este, uma loja
ligada a venda de material de pesca.
IV. Renovar e aumentar o palmar de Sofala.
V. Promover a aquisição de pequenas máquinas para processamento do sal em Ampara.
VI. Instalar uma instância turística em Mucaranga.
VII. Construir uma bomba de venda de combustível.
POSTO ADMINISTRATIVO DE ESTAQUINHA
I. Aumentar a produção e produtividade agrícola.
II. Instalar uma indústria para o processamento do ananás em Estaquinha.
III. Instalar gaiolas de produção de peixe.
IV. Reabilitar e construir novos sistemas de irrigação.
V. Instalar uma indústria para extracção e exploração do calcário e guano.
VI. Realizar actividades ecoturisticas nas grutas do Régulo Bôca.
VII. Explorar sustentavelmente dos recursos florestais.
VIII. Construção de uma bomba de venda de combustível.
POSTO ADMINISTRATIVO SEDE
I. Construir um centro infantil para crianças em idade pré-escolar.
II. Aumentar as áreas de produção e produtividade agrícolas (Arroz, Milho, hortícola).42
III. Abrir tanques para aquacultura (reprodução de camarão e outros crustáceos).
IV. Aumentar áreas de produção e produtividade de culturas de rendimento (Gergelim,
Algodão, girassol, castanha de caju, cana-de-açúcar, etc.).
V. Introduzir gado leiteiro.
VI. Promover a produção do feno e outros suplementos para alimentação do gado.
VII. Instalar uma indústria para a produção de ração.
VIII. Promover a produção de sementes melhoradas (arroz e feijão nhemba).
IX. Construir tanques caracicidas.
X. Abrir tanques para a piscicultura.
XI. Instalar uma farmácia veterinária para venda de fármacos pecuários.
XII. Instalar de pequena indústria para processamento de carnes e seus derivados
(matadouro, talho e outros).
XIII. Construir uma bomba de venda de combustível.
CAPÍTULO IV
CONSIDERAÇÕES FINAISNo âmbito da boa governação, o Governo do distrito de Búzi privilegia uma governação aberta
com as populações e possui uma máquina administrativa eficiente que facilita e flexibiliza a
tramitação de expedientes de forma transparente, imparcial e segura.
As comunidades do distrito do Búzi, têm a oportunidade de participar em sessões educativas de
planificação que conduzem a elaboração de propostas de planos distritais de desenvolvimento.
Portanto, a entrada de novos projectos deve contar com o envolvimento activo das comunidades
por forma a que sejam salvaguardados os direitos, os custumes, as tradições e consequente
sucesso destes projectos.
43
Portanto, convidamos a todos a investirem no nosso distrito.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
Plano de Desenvolvimento do Distrito do Búzi 2010 – 2020. Editado em 2010.
Balanço do Plano Económico, Social e Orçamento do Distrito do Búzi 2015.
ROQUE, Carlos e TENGLER, Hemma. Búzi no Phudji: Perspectivas de Desenvolvimento
Distrital Participativo, Beira 2011. Editor Instituto Austriaco Norte Sul.
Discurso de Sua Excelência Filipe Jacinto Nyusi, Presidente da República de Moçambique:
Abertura da VII Reunião Nacional dos Governos Locais. Nampula, Dezembro de 2015.
INE. Projecções Anuais da População Total, Urbana e Rural, dos Distritos da Província de
Sofala 2007 – 2040. Editado em 2010.
44
FICHA TÉCNICA
Proprietário Governo do Distrito do BúziAdministradora do Distrito Maria Bernardete Cipriano RoqueSecretario Permanente Adamo Abdula OsmaneDirector do SDEJT Domingos Vasco GimoAntropólogo Carlos RoqueChefe da Estacão Pesqueira do Búzi Sérgio CostaAntropólogo do SDEJT Dalton DzimbaAssistente Jurídico da Administradora Luís Alberto Tsucane JuniorEngenheiro Informático da Secretaria Distrital
Lifitério dos Santos Fernandes
Tecnico de Planificação do SDEJT Gabriel Baltazar Manhece PereiraEngenheira de Agro-Negocio do SDAE Sidónio AinoqueTecnico Hidráulico do SDPI Alcides TeimosoChefe da Repartição de Planificação do SDAE
Cristóvão Guta
Tecnico de Medicina Preventiva SDSMAS Zacarias Magoma
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