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Investigação e Práticas em Contextos de Educação 10 11 · 2013 escola superior de educação e ciências sociais instituto politécnico de leiria POSTERS PARTE II

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Livro de Posters da Conferência Internacional "Investigação e Práticas em Contextos de Educação — 10 e 11 maio 2013

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1Investigação, Práticas e Contextos em Educação 2013

Investigação e Práticasem Contextos de Educação10 11 · 2013escola superior de educação e ciênci as soci ais instituto politécnico de leiri a

POSTERSP A R T E I I

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3Investigação, Práticas e Contextos em Educação 2013

Índice

Contextualização do Ensino-aprendizagem de programação através da aprendizagem por resolução de problemas e do storytelling usando robots Lego Mindstorms NXT

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Desenvolvimento em contexto de formação contínua de professores em Timor-Leste

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TIC em 3D: 3D Alpha 7

A importância da Expressão Facial do Intérprete de Língua Gestual Portuguesa na educação dos surdos

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As conceções dos alunos do 1.º CEB sobre a Roda dos Alimentos 9

PROJET’AR-TE: Desafios para a mudança no sistema de Acolhimento 10

Práticas no âmbito do presente ano internacional de cooperação pela água, orientadas numa perspetiva de EDS - exemplos da sua integração curricu-lar em Timor-Leste

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Avaliação da Fluência na leitura oral: Um termómetro de evolução 12

Uma proposta de ensino-aprendizagem da disciplina de Aplicações tInformáticas B utilizando robótica educativa e storytelling

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Mariana  Mar'nho,  Be'na  Lopes,  Patrícia  Albergaria-­‐Almeida  Centro  de  Inves'gação  em  Didá'ca  e  Tecnologia  na  Formação  de  Formadores  (CIDTFF),  Departamento  de  Educação,  Universidade  de  Aveiro,  Campus  Universitário  de  San'ago,  3810-­‐193,  Aveiro,  Portugal      marianamar'nho,  blopes,  patriciaalmeida    @ua.pt  

REFERÊNCIAS  Albergaria-­‐Almeida,  P.,  Mar'nho,  M.  &  Lopes,  B.  (2012).  Teacher  Educa'on  in  the  context  of  interna'onal  coopera'on:  the  case  of  East  Timor.  In  N.  Popov,  C.  Wolhuter,  B.  Leutwyler,  G.  Hilton,  J.  Ogunleye  &  P.  Albergaria-­‐Almeida  (Eds.),  Compara've  Educa'on,  Teacher  Training,  Educa'on  Policy,  School  Leadership  and  Social  Inclusion  (pp.  403-­‐409).  Sofia,  Bulgaria:  Bureau  for  Educa'onal  Services.  Governo  de  Timor  Leste  (2010).  A  Path  to  Peace  and  Progress:  August  2007  –  March  2010.  The  Xanana  Gusmao  Government  Mid  Term  Achievement  Report.  Díli,  Timor-­‐Leste:  Governo  de  Timor-­‐Leste.  Niner,  S.  (2011).  Hakat  klot,  Narrow  steps:  nego'a'ng  gender  in  post-­‐conflict  Timor-­‐Leste,  Interna'onal  Feminist  Journal  of  Poli'cs,  13(3),  413-­‐435.  Organização  Mundial  de  Saúde.  (1946).  Preâmbulo  da  Cons'tuição  da  Organização  Mundial  da  Saúde.  Re'rado  de  hgp://www.who.int/about/defini'on/en/print.html  em  10  de  abril  de  2013.  UNDP  (United  Na'ons  Development  Program)  (2002).  Ukun  Rasik  A’an,  The  Way  Ahead  -­‐  East  Timor  Human  Development  Report  2002.  Díli,  Timor-­‐Leste:  UNDP.  Simião,  D.  S.  (2006).  Representando  corpo  e  violência:  A  invenção  da  “violência  domés'ca”  em  Timor-­‐Leste,  Revista  Brasileira  de  Ciências  Sociais,  21(61),  133-­‐145.  

AGRADECIMENTOS  As  autoras  agradecem  aos  professores  'morenses,  pessoas-­‐chave  no  percurso  de  aprendizagem  vivido,  assim  como  a  toda  a  equipa  do  INFORDEPE,  por  ter  proporcionado  as  condições  necessárias  ao  desenvolvimento  da  formação  aqui  descrita.    Uma  palavra  de  agradecimento  também  aos  colegas  de  percurso:  Ana  Torres,  Carla  Cruz,  Carlos  Oliveira,  João  Veloso,  Marina  Cabral  e  Telma  Pinho.  Um   agradecimento   especial   à   Professora   Isabel  Mar'ns,   então   coordenadora   do   Centro   de   Inves'gação   em   Didá'ca   e   Tecnologia   na   Formação   de   Formadores   (CIDTFF),   e   ao   Professor   António  Moreira,   diretor   do   Departamento   de   Educação,   da  Universidade  de  Aveiro,  por  nos  terem  proporcionado  uma  oportunidade  única  de  crescimento  pessoal  e  profissional.  

RESUMO  Timor-Leste constituiu-se como país em 2002, após duas fases de ocupação colonial, primeiro portuguesa e posteriormente indonésia. Atualmente é um dos países menos desenvolvidos do mundo. Entre 1999 e 2002, o país foi praticamente destruído na sua totalidade e perdeu grande parte da mão de obra qualificada em todos os setores, incluindo na educação. Desde então, o Governo tem-se empenhado na criação e/ou remodelação de infraestruturas, na reforma curricular e na formação de professores (Governo de Timor-Leste, 2010).

A 8ª edição do bacharelato em Ensino das Ciências incluiu uma fase de lecionação de módulos de Biologia, Química, Física e Matemática a 301 formandos timorenses, professores do Ensino Pré-secundário (equivalente ao 3º Ciclo do Ensino Básico). Estes módulos foram lecionados em Timor-Leste por um grupo de formadores da Universidade de Aveiro (Albergaria-Almeida, Martinho & Lopes, 2012).

Conscientes de que qualquer tentativa de intervenção num sistema educativo em construção, como o de Timor-Leste, começa pela formação de professores, e acreditando no papel preponderante que a educação tem no desenvolvimento de um país, durante esta formação trabalharam-se da forma aqui ilustrada diversas dimensões do desenvolvimento, nomeadamente, científico-didático, linguístico, saúde individual, identidade de género e consciência ambiental.

Desenvolvimento  em  contexto  de  

formação  conrnua  Desenvolvimento  em  contexto  de  

formação  conrnua  

Desenvolvimento  em  contexto  de  

formação  conBnua

 

Desenvolvimento  cienBfico-­‐didáGco  

 

 

Desenvolvimento  linguísGco  

 

 

Desenvolvimento  da  idenGdade  de  

género    

 

Desenvolvimento  da  saúde  individual  

 

 

Desenvolvimento  da  consciência  

ambiental    

Aprofundaram-­‐se   conteúdos   cienBficos  específicos  de  cada  disciplina,  relevantes  para  o   nível   de   ensino   em   que   os   formandos  trabalhavam.  

Implementaram-­‐se   metodologias   inovadoras  e  diversificadas  passíveis  de  virem  a  ser  usadas  pelos  formandos  nas  suas  aulas.  

Apesar   de   não   dominarem   a   Língua  Portuguesa,  os  professores  'morenses  têm  que  privilegiar  este  idioma  para  ensinar.    

Considerando  a  aceção  mais  lata  de  saúde:      

 (...)  um  estado  de  completo  bem-­‐estar  Xsico,  mental  e  social    (OMS,  1948)  

   O  status  social  da  mulher  em  Timor-­‐Leste  é,  atualmente,  

inferior  ao  do  homem.    (Niner,  2011:  418)  

 

E  muitas  delas  são  alvo  de  violência  domés'ca.    (Simião,  2006)  

 

Abordaram-­‐se   conceitos   como   métodos  contraceGvos,   alimentação   saudável   e  funcionamento   do   organismo   humano,  tentando  contribuir  para  a  adoção  de  hábitos  de  vida  mais  saudáveis.  

Algumas   formandas   eram   proibidas   de  frequentar   as   aulas  da   tarde,   porque  os   seus  maridos   proibiam   a   sua   saída   de   casa   nesse  período.    

Em  Díli  ainda  proliferam  amontoados  de   lixo  e   não   existem   estações   de   tratamento   de  resíduos.  

Sen'u-­‐se   necessidade   de   formar   cidadãos  sensíveis   a   questões   ecológicas   e   de  promover  um  desenvolvimento  sustentável.  

Enfa'zou-­‐se   a   necessidade   de   reciclar   e   a  esgotabilidade   dos   recursos   energéGcos  naturais,  como  o  petróleo,  que  representa  a  maior  fonte  de  receitas  do  país.  

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Figura  1:  Ecopontos  usados  para  uma  a'vidade  sobre  reciclagem  

Figura  2:  Formandos  colaboram  na  construção  de  um  mapa  de  conceitos  

Figura  3:  Pirâmide  Alimentar  Asiá'ca  explorada  no  módulo  de  Biologia  

Insis'u-­‐se   na   leitura   e   interpretação   de  pequenos   textos   e,   quando   oportuno,  foram   feitos   reparos   gerais   quanto   aos  erros  mais   comuns   ao   nível   da   expressão  oral  e  escrita.  

 

Sensibilizaram-­‐se   os   formandos   para   a  importância   da   frequência   das   aulas,  destacando   que   algumas   professoras  

'morenses  mais   arrojadas   as   frequentavam,  sem  que  daí  adviesse  qualquer   falta  perante  as  suas  famílias.    

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Referências bibliográficas Carmo, I. et al. (2006). National Prevalence of Obesity. Prevalence of obesity in Portugal. Obesity Reviews, 7, 233–237. Luquet, G. H. (1974). O desenho infantil (2.ª ed.). Porto: Livraria Civilização. Macedo, S. I. (2011). Os hábitos alimentares das crianças do 1.º CEB: o caso dos lanches escolares. Mestrado em Ciências da Educação - Educação Social e Intervenção Comunitária, Universidade de Aveiro, Aveiro. Retirado de: http://ria.ua.pt/handle/10773/4000 Portaria n.º 1242/2009. Diário da República, 1º série, n.º 197 , de 12 de Outubro de 2009. Rocha, C. A. (2008). Avaliação da ingestão alimentar de uma população e comparação com as recomendações da Roda dos Alimentos Portuguesa: Trabalho de investigação. Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação, Universidade do Porto, Porto. Retirado de: http://repositorio-aberto.up.pt/handle/10216/54709 Rodrigues, M. H. (2007). Análise do desenho infantil segundo as ideias de Luquet . Revista da Unifebe (Online), 1-17. Retirado de: http://www.unifebe.edu.br/revistadaunifebe/2010/artigo012.pdf Santos, L. A. (2005). Hábitos alimentares de criança do 1º Ciclo do Ensino Básico - um estudo de caso. Dissertação de Mestrado, Universidade do Minho, Braga. Retirado de: http://repositorium.sdum.uminho.pt/handle/1822/3150 Sousa, M. J. (2009). Promoção da alimentação saudável em crianças em idade escolar: estudo de uma intervenção. Dissertação de Mestrado, Psicologia (Psicologia Clínica e da Saúde - Núcleo de Psicologia da Saúde e da Doença), Universidade de Lisboa, Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação. Retirado de: http://repositorio.ul.pt/handle/10451/2191

Figura 1. Gráfico do número de grupos representados pelos alunos do 1.º CEB na Roda dos Alimentos.

Figura 2. Gráfico do tipo de grupos representados pelos alunos do 1.º CEB na Roda dos Alimentos.

Figura 3. Gráfico do tipo de frutas representado pelos alunos do 1.º CEB na Roda dos Alimentos.

Figura 4. Desenho da Roda dos Alimentos (aluno com 8 anos).

Figura 5. Desenho da Roda dos Alimentos (aluno com 9 anos).

Figura 6. Desenho das frutas na Roda dos Alimentos (aluno com 9 anos).

Interpretação dos resultados Através da análise do gráfico da figura 1 podemos concluir que tanto

os alunos do 2.º como os do 4.º ano desenharam maioritariamente os oito grupos da Roda dos Alimentos (7 grupos + água e sais minerais; figura 4). Podemos também verificar que os restantes alunos desenharam entre cinco a dez porções.

No gráfico da figura 2, que diz respeito ao tipo de grupos da Roda dos Alimentos, os alunos do 2.º ano (28%) e do 4.º ano (36%) desenharam em maioria o correspondente à fruta. A água e os sais minerais também foram significativamente representados, pois 36% dos alunos do 4.º ano e 33% dos alunos do 2.º ano ilustraram esse elemento da Roda (figuras 4, 5 e 6). A porção menos representada pelos alunos do 4.º ano foi a das gorduras e óleos (27%), enquanto os alunos do 2.º ano ilustraram pouco o grupo dos lactícinios (18%).

No gráfico da figura 3, que quantifica os tipos de frutas ilustrados no grupo respetivo da Roda, podemos constatar que os alunos desenharam 20 tipos de frutas diferentes. Ilustraram em maior número a pêra, a maçã, a banana e a laranja (figura 6). Em menor quantidade, os alunos da turma do 4.º ano desenharam as seguintes frutas: abacaxi, figo, manga e nozes; por seu lado, os da turma do 2.º ano ilustraram com pouca frequência as frutas figo, romã, kiwi e limão, não tendo desenhado uma única vez o pêssego, a manga, a ameixa, o diospiro e o abacaxi. Portanto, estes dados permitem concluir que, globalmente, ambos os grupos de alunos conhecem uma grande variedade de frutas, o que pode indiciar o seu consumo, em linha com os objetivos da Portaria n.º 1242/2009.

Constatou-se, ainda, que possuem algumas dificuldades na designação correta dos grupos da Roda, utilizando termos alternativos para nomear alguns, como «legumes» em vez de «hortícolas» (figuras 5 e 6) e «feijões» em vez de «leguminosas» (figura 5). Em outras situações, embora representassem os grupos, não os designaram (figura 4). Por outro lado, também evidenciam dificuldades na representação da proporção relativa desses grupos.

Conclusões A Roda dos Alimentos tem como objetivo mostrar aos alunos uma

das formas possíveis de representar os diferentes grupos de alimentos e a proporção em que devem ser incluidos na alimentação humana. A nível do ensino a sua utilidade é demonstrar, de uma forma simples, que uma alimentação saudável é i) completa, porque deve incluir todos os alimentos; ii) equilibrada, porque os alimentos devem ser ingeridos na proporção correta; e iii) variada, porque se deve mudar os alimentos consumidos dentro de cada porção da roda.

Em suma, através deste estudo aferiu-se que, em geral, os alunos do 1.º CEB do grupo estudado representaram o número e o tipo de grupos corretos da Roda dos Alimentos: Gorduras e óleos; Lacticínios; Carne, pescado e ovos; Leguminosas; Cereais e derivados, tubérculos; Hortícolas e Fruta, assim como a água e os sais minerais, o que revela bons indícios sobre a sua adequada formação nutricional. Todavia, o facto de terem representado com alguma dificuldade a proporção correta dos grupos da Roda, leva-nos a sugerir que esse assunto deve ser melhor aprofundado em sala de aula porque uma boa alimentação também reside no consumo equilibrado dos diferentes alimentos.

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Cereais eDerivados

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4ºAno

2ºAno

As conceções dos alunos do 1.º CEB sobre a Roda dos Alimentos

Diana Felizardo1, Joana Bento1, Laura Noné1, Micaela Conde1 e Bento Cavadas1,2

[email protected]; 1 Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Santarém;

2 Centro de Estudos e Intervenção em Educação e Formação da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias.

Apresentação do trabalho Este trabalho foi desenvolvido no âmbito da unidade curricular de Investigação em Estudo do

Meio da Licenciatura em Educação Básica e visa dar resposta à questão-problema: Quais são as conceções dos alunos do 1.º Ciclo do Ensino Básico (1.ºCEB ) sobre a Roda dos Alimentos? Nesse sentido, definiu-se como objetivo principal identificar os conhecimentos dos alunos do 1.º CEB sobre a quantidade e o tipo de grupos de alimentos presentes na Roda dos Alimentos.

As investigações realizadas sobre o assunto mostram que as crianças habitualmente não têm hábitos alimentares saudáveis e, em consequência, a taxa de obesidade em Portugal aumenta cada vez mais (Carmo et al., 2006; Macedo, 2011). Quanto às crianças do 1.º CEB, alguns estudos de caso, como os questionários aplicados por Santos (2005) a crianças e respetivos encarregados de educação, evidenciam que em relação ao equilíbrio nutricional das refeições, ambos os grupos de participantes referiram os alimentos recomendados como sendo os mais consumidos nas várias refeições diárias. Porém, foi também indicado o consumo, embora em menor percentagem, de alimentos cuja ingestão as crianças devem evitar, como os bolos ou bebidas açucaradas e a fast-food.

No que diz respeito concretamente ao domínio da Roda dos Alimentos portuguesa, um questionário aplicado por Rocha (2008) a adultos sobre a ingestão habitual de alimentos presentes nessa roda, permitiu constatar a diminuta adequação da ingestão de alimentos às recomendações da Roda. Inevitavelmente, esses hábitos serão transmitidos aos respetivos educandos, mesmo que não intencionalmente. Todavia, há evidências que mostram que a intervenção adequada sobre os hábitos alimentares das crianças do 1.º CEB pode modificá-los e, consequentemente, trazer benefícios para a sua saúde enquanto adultos (Sousa, 2009).

Aspetos metodológicos

Neste estudo de caso participaram 69 alunos do 1.º Ciclo do Ensino Básico, dos 2.º e 4.º anos de escolaridade, dos quais 34 eram do género masculino e 35 do género feminino. O intervalo de idades dos participantes varia entre os 6 e os 10 anos. O estudo foi realizado em duas escolas do concelho de Santarém e de Lisboa, respeitando-se a confidencialidade e o anonimato dos participantes.

Adotou-se o desenho como instrumento de recolha de dados porque permite ter uma melhor perceção dos conhecimentos das crianças sobre a roda dos alimentos. O desenho é um instrumento de recolha de dados adequado para investigações em que participam crianças, sendo validado por investigadores como Luquet (1974) e Rodrigues (2007). Os desenhos da Roda dos Alimentos foram realizados individualmente pelos alunos em sala de aula. Posteriormente, os investigadores contabilizaram o número e o tipo de grupos de alimentos representados na Roda. Os desenhos foram analisados individualmente por cada investigador e depois comparados em coletivo, para evitar distorções das perspetivas individuais sobre a sua análise. Os resultados foram expressos em gráficos.

Como está em vigor nas escolas o Regulamento do Regime de Fruta Escolar (Portaria n.º 1242/2009) que visa sensibilizar as crianças para combater a má nutrição e, consequentemente, a obesidade infantil através do consumo de fruta, na análise dos dados deu-se especial atenção ao estudo do grupo das frutas.

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Investigação, Práticas e Contextos em Educação 201310

 PROJET AR-­‐TE:  DESAFIOS  PARA  A  MUDANÇA  NO  SISTEMA  DE  ACOLHIMENTO    

Casa  do  Canto.  Urbanização  Albermar,  lote  9.  3240-­‐472  Chão  de  Couce,  Ansião.    Tel.  236628432  –  Fax.  236628255  –  Tlm.  962133064/5  e  913036951  E-­‐mail:    [email protected]  [email protected]    www.crescerser.org/    

Santos,  R.;  Velho,  C.;  Lopes  ,  L.;  Fadigas,  P.;  Serrano,  M.F.;  Santos,  A.;  Santos,  L.;  Palaio,  C.;  Santos,  S.  Escola Superior de Educação e Ciências Sociais (ESECS) - Instituto Politécnico de Leiria (IPL)

Associação Portuguesa para o Direito dos Menores e da Família (APDMF) – CrescerSer

A  Casa  do  Canto  é  um  Centro  de  Acolhimento  Temporário   (C.A.T.)   situado  no  distrito  de  Leiria,   foi   criado  pela  Associação  Portuguesa  para  o  Direito  dos  Menores  e  da  Família  (A.P.D.M.F.)  e  desZna-­‐se  a  acolher  vinte  e  três  crianças/jovens,  do  sexo  feminino,  com  idades  compreendidas  entre  os  doze  e  os  dezoito/vinte  e  um  anos,  em  situação  de  perigo,  sujeitos  a  maus-­‐tratos,  negligência  e  abusos.    Grande  parte   das   jovens   acolhidas   em  meio   insZtucional   provém  de   famílias   destruturadas,   as   quais   não  

lhes  proporcionaram  as  necessidades  básicas  de  amor,  segurança,  alimentação  adequada,  cuidados  médicos  e  de  educação.  Apesar  de  não  exisZr  um  perfil  único,  as  jovens  encontram-­‐se  na  fase  da  pré-­‐adolescência  ou  da   adolescência   à   descoberta   da   sua   idenZdade   e   definição   da   sua   personalidade,   num   período   de  reformulação  das  normas  e  valores.  Algumas  vivenciaram  experiências  marcantes  numa  fase  muito  precoce  da  sua  vida,  com  situações  de  abuso/  maus-­‐tratos,  negligencia  e/ou  abandonado.  Nalguns  casos,  verifica-­‐se  a   existência   de   comportamentos   de   risco.   Assim,   observa-­‐se   que   um   grande   número   de   jovens   que  permanecem   em   acolhimento   insZtucional   apresenta   fracas   competências   pessoais   e   sociais   que   se  espelham   em   problemas   ao   nível   social,   emocional   e   comportamental,   comprometendo   o   seu  desenvolvimento  integral,  autonomia  e  projeto  de  vida.  Por   outro   lado,   verificou-­‐se   que   mais   de   metade   das   jovens   que   saíram   do   acolhimento   insZtucional  interrompeu  ou  abandonou  os  seus  projetos  de  vida  inicialmente  previstos,  sendo  que  alguns  destes  casos  acabaram  por  se  tornar  eles  mesmos  em  graves  problemas  sociais.  Assim,  emergiu  a  necessidade  de  criar  

uma   estrutura   capaz   de   acompanhar   estas   jovens   durante   e   após   o   acolhimento   insZtucional,   que  desenvolva  competências  nestas  jovens,  com  vista  à  promoção  da  sua  autonomia,  tentando  quebrar  ciclos  geracionais   de   famílias   destruturadas.   Segundo   a   literatura,   o   acompanhamento   das   jovens   após   a   sua  insZtucionalização   seria   fundamental   para   potenciar   o   sucesso   da   intervenção   realizada   durante   o  acolhimento.  Neste   contexto,   a   Casa   do   Canto   candidatou-­‐se   ao   Programa   Crianças   e   Jovens   em  Risco   da   Fundação  Calouste  Gulbenkian  para  o  triénio  2012/2014  com  uma  proposta  de  intervenção  apelidada  de  Projet Ar-­‐te.  

OBJETIVOS  Este   projeto   apresenta   como  finalidade   a   promoção   e   acompanhamento   do   processo   de  autonomia   de  vida  das   jovens  durante  e  após  o  acolhimento   insZtucional  e  visa   intervir  em  três  áreas  complementares  desse  mesmo  processo.   Pretende  melhorar   e   desenvolver   a   componente   emocional   da   jovem  acolhida;  promover  e  desenvolver  as  deficitárias  competências  pessoais  e  sociais,  com  envolvência  na  construção  do  seu   projeto   de   vida;   e   por   úlZmo,   criar   e   implementar   uma  estrutura   de   apoio   e  acompanhamento   às  

jovens  após  a  saída  do  acolhimento   ins7tucional,   fornecendo-­‐lhes  um  suporte  que  permita  os  alicerces  para  a  vivência  de  uma  cidadania  plena,  aZva  e  responsável  fora  da  insZtuição    

Estas  estratégias  têm  como  finalidade  ser  um  meio  para  uma  melhor  aquisição  da  mensagem  que  se  pretende  transmiZr,  uma  vez  que  para  esta  população  aprender  através  da  arte  e  do   desporto   traz   a   oportunidade   de   criar   relações,   onde   a  emoção   e   a   moZvação   crescem,   aumentando   assim   a  

capacidade   de   reter   o   conteúdo   aprendido,   dado   que   se  torna  significaZvo  para  as  jovens.  As   aZvidades   são   planificadas   tendo   em   conta   métodos  aZvos  de  formação,  cujo  objeZvo  é  a  mudança  nas  aZtudes  sociais   dos   parZcipantes,   isto   é,   ajuda   os   parZcipantes   na  tomada   de   consciência,   reflexão   sobre   o   seu   próprio  comportamento,  confronto  de  aZtudes  e  possível  mudança.  As   aZvidades   poderão   ser   de   cariz   individual   ou   grupal.   As  ações  de  grupo  poderão  ser  dirigidas  a  grupos  de  dimensão  variável  de  acordo  com  os  objeZvos  pretendidos  para  ação  e  de  acordo  com  a  disponibilidade  e  vontade  das  jovens.  

RelaZvamente  à  criação  de  uma  estrutura  de  apoio  e  suporte  das  jovens  após  insZtucionalização,  o  Projet Ar-­‐te  perspeZva   uma   intervenção   que   conceda   apoio   psicossocial   através   de   um   acompanhamento   próximo   e  sistemaZzado,  que  deverá  ser  limitado  no  tempo,  respeitando  a  liberdade,  autonomia  e  privacidade  da  jovem,  de  modo   a   proporcionar   um   reforço   das   suas   capacidades   e   uma   retaguarda   afeZva.   Não   pretende   criar   uma  dependência   excessiva,  mas   um   compromisso   de   acompanhamento   numa   lógica   de   corresponsabilidade   entre  

jovem  e  adulto  de  referência,  no  senZdo  de  dar  suporte  na  resolução  de  problemas  e  dificuldades  encontrados  fora  da  insZtuição  e  evitar  a  rutura  total  com  técnicos  e  colegas.    O   Projet Ar-­‐te   tem   procurado   estabelecer   parcerias   na   comunidade   de   modo   a   intensificar   a   relação   de  proximidade  insZtucional,  desenvolver  iniciaZvas  que  visem  reforçar  o  dinamismo  comunitário,  abrir  o  campo  de  atuação  e  rentabilizar  os  recursos  já  existentes  na  comunidade.    

 

Avaliação  e  instrumentos  de  recolha  de  dados  Em   termos  metodológicos,   será   feita   uma   avaliação   longitudinal   distribuída   por   quatro   períodos,   um   antes   de  iniciar  o  projeto,  e  três  períodos  de  avaliação  no  fim  de  cada  ano  de  projeto.  Para  um  efeZvo  acompanhamento  da  evolução  das   jovens,  a  avaliação  será  de  cariz  quanZtaZvo  e  qualitaZvo,   recorrendo  quer  a   instrumentos  de  avaliação  que  já  eram  uZlizados  pela  equipa  da  Casa  do  Canto  (ex.  Projeto  EducaZvo  Individual  -­‐  modelo  SERAR  e  Programa  Umbrella),  como  a  novos  instrumentos  que  abrangem  áreas  específicas  do  projeto:  Ø   Adaptação  portuguesa  do   Self  PercepZon  Profile  for  Adolescents  de  Susan  Harter  (1996)  (54  itens);  Ø Adaptação  portuguesa  da   Escala  de  AutoesZma  de  Toulouse  por  Tap  e  Vasconcelos  (2004)  (10  itens);  Ø Adaptação  portuguesa  do   QuesZonário  sobre  comportamentos  de  risco  (2003)  Ø 23  QVS  -­‐  QuesZonário  de  Vulnerabilidade  ao  Stress  (QVS)  de  Adriano  Vaz  Serra  (2000)  (23  itens);  Ø Adaptação  portuguesa   Youth  Self  Report  (YSR)  de  Achenbach  (1999)  (113  itens).  Considerou-­‐se   perZnente   obter   a   perspeZva   da   equipa   educaZva   relaZvamente   às   mesmas   componentes   e  competências   avaliadas   nas   jovens.   Neste   senZdo   uZlizaram-­‐se   as   seguintes   escalas   de   hétero-­‐relato  complementares  às  anteriores  mencionadas:    Ø Adaptação  portuguesa   Child  Behavior  Checklist  de  Achenbach  (1999)  (113  itens).  Ø QuesZonário  sobre  as  competências  para  a  vida  -­‐  Programa  UMBRELLA  (versão  para  educadores)  (80  itens).  Para   além   dos   instrumentos  mencionados,   ao   longo   da   realização   das   aZvidades   está   implícita   uma   avaliação  conrnua  do  envolvimento  e  parZcipação  das  jovens  de  modo  a  verificar  se  as  metas  estão  a  ser  alcançadas.  

 

RESULTADOS  ESPERADOS  ü  O  Projet Ar-­‐te  advinha-­‐se  enriquecedor  na  promoção  e  implementação  de  novas  ferramentas  de  trabalho,  

pretende  atuar  em  diversas  áreas,  que  no  seu  conjunto  se  complementarizam  e  servem  de  apoio  à  promoção  e  acompanhamento  da  autonomização  das  jovens  acolhidas,  promovendo  uma  mudança  integral  que  forneça  os  alicerces  para  a  concreZzação  de  um  projeto  de  vida  firme  e  à  criação  de  uma  base  sólida  de  competências  para  o  futuro;  

ü  Prevê-­‐se  que  funcione  como  ponte  de  ligação  entre  as  jovens,  a  família  e  todos  os  restantes  serviços  externos  que  a  acompanham;  

ü  Espera-­‐se  que  este  projeto  estruture  e  implemente  uma  inovadora  metodologia  e  instrumentos  de  trabalho  no  que  toca  ao  apoio  e  acompanhamento  das  jovens  após  a  sua  saída  do  regime  de  acolhimento  insZtucional,  fornecendo-­‐lhes  um  suporte  de  retaguarda,  inexistente  nas  insZtuições  até  ao  momento.  METODOLOGIA  

Par7cipantes  A  amostra  será  consZtuída  por  todas  as  jovens  que  passem  na  Casa  do  Canto  no  triénio  2012/2014,  com  idades   compreendidas   entre   os   12   e   os   21   anos,   desZnando-­‐se   a   todas   as   jovens   acolhidas   na   Casa   do  Canto,  bem  com  às  jovens  cuja  medida  de  acolhimento  em  insZtuição  tenha  cessado,  independentemente  do  resultado  da  concreZzação  do  projeto  de  vida  delineado.  

 

Estratégias  e  procedimentos  Face   a   uma   população   adolescente   com   altos   índices   de   desmoZvação   em   vários   campos,   pretende-­‐se  fomentar   o   processo   de   aprendizagem,   autonomização   e   acompanhamento   através   de   aZvidades  relacionadas  com  a  arte,  desporto  e  novas  tecnologias.    

 

REFERÊNCIAS  BIBLIOGRÁFICAS  Bonino,  S.,  Caselino,  E.  &  Ciairano,  S.  (2003).  Adolescen/  e  rischio.  Comportamen/,  Funzioni  e  Fa;ori  di  Protezione.  GuinZ  Editore.    

Fonseca,  A.C.,  &  Monteiro,   C.M.   (1999).  Um   inventário  de  problemas  do   comportamento  para   crianças   e   adolescentes:  O  Youth   Self-­‐

Report  de  Achenbach.  Psychologica,  21,  79-­‐96.  

Albuquerque,   C.P.,   Fonseca,   A.C.,   Simões,  M.R.,   Pereira,   M.M.,   Rebelo,   J.A.,   &   Temudo,   P.   (1999).   Inventário   de   comportamento   da  

criança  para  pais  (I.C.C.P.).  In  M.R.  Simões,  M.M.  Gonçalves  &  L.S.  Almeida  (Eds.),  Testes  e  provas  psicológicas  em  Portugal  (vol.2,  pp.  21-­‐  

36).  Braga:  APPORT/SHO.  

Peixoto,  F.,  MarZns,  M.A.,  Mata,  L.,  &  Monteiro,  V.  (1996).  Adaptação  da  escala  de  auto-­‐conceito  para  adolescentes  de  Susan  Harter  para  

a  população  portuguesa.  In  L.S.  Almeida,  S.  Araújo,  M.M.  Gonçalves,  C.  Machado  &  M.R.  Simões  (Eds.),  Avaliação  psicológica:  Formas  e  

contextos  (vol.  4,  pp.531-­‐537).  Braga  APPORT.  

TAP,  P.,  &  Vasconcelos,  M.  L.   (2004).  Precariedade  e  vulnerabilidade  psicológica.   Fundação  Bissaya-­‐Barreto  –  CEICI   (Coimbra).  EdiZons  

érès.    

Vaz  Serra,  A.  (2000).  Construção  de  uma  escala  para  avaliar  a  vulnerabilidade  ao  stress:  a  23  QVS.  Psiquiatria  Clínica,  21,  279-­‐308.    

 

Novas  tecnologias  

 

Arte  

 Desporto    

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11Investigação, Práticas e Contextos em Educação 2013

Práticas no âmbito do presente ano internacional de cooperação pela água, orientadas numa perspetiva de EDS - exemplos da sua integração curricular em Timor-Leste

Ana Capelo1,2 & Patricia Albergaria-Almeida2 1 Bolseira da FCT – SFRH/BPD/65032/2009, 2 Centro de investigação em Didática e Tecnologia na Formação de Professores (CIDTFF). Departamento de Educação. Universidade de Aveiro, Portugal [email protected]; [email protected] .

Visa promover eventos que auxiliem a encontrar soluções para combater a falta de acesso à agua potável, falta de rede de esgotos e morte de crianças por ingestão de água contaminada

Manuais do 10º ano do ensino secundário de Biologia e Química de Timor-Leste

QUÍMICA BIOLOGIA Unidade A. Materiais, resíduos e gestão de riscos

Unidade 1 Biodiversidade e dinâmicas de vida

“A água é o recurso mais precioso da Terra, sendo um dever de cada um de nós preservá-la e cuidá-la. Ela serve para beber, tomar banho, (….) e suspensões em medicamentos” (p.55) “Como posso purificar água numa situação de emergência?” (p. 55)

“Em Timor existem mais de 100 rios (…). Muitos destes rios não são permanentes, secando na época de seca. (…) a ilha de Timor é mais seca que as ilhas vizinhas” (p.13) “No documen to Re la tó r i o de Ob je t i vos de Desenvolvimento de Milénio, (…) (Previsão de melhoramento de saneamento e de fornecimento de melhor fonte de água à população em Timor-Leste” (p. 52)

“As p lataformas «off -shore» de exploração de petróleo recorrem a processos de dessalinização para obterem água potável” (p. 70)

“Os detritos sólidos (…). Estes detritos podem ainda libertar metais e iões que vão contaminar a água e o solo” (p.48)

 -

“Reduzir a utilização dos recursos naturais será um primeiro passo a ponderar. Podemos, por exemplo, pensar em reduzir a utilização da água potável ao que é estritamente necessário… “Por exemplo, podemos reutilizar a água de lavar os alimentos para regar” (p. 49)

Propostas de integração: exemplos de sítios da internet que se articulam com propósitos de cooperação pela água numa perspectiva de EDS

RESUMO: Em contexto educativo, articular propósitos de cooperação pela água com conteúdos curriculares constitui um meio de os dar a conhecer, compreender e contribuir para alcança-los. O presente trabalho pretende: 1) expor as ideias principais subjacentes ao ano internacional de cooperação pela água e sua relevância em Timor-Leste; 2) apresentar conteúdos temáticos presentes nos novos manuais do 10º ano de escolaridade de Timor-Leste que se articulam com assuntos relacionados com a cooperação pela água; e 3) partilhar um conjunto de sítios da internet exemplificativos de práticas de EDS que se articulam com propósitos de cooperação pela água.

Em determinados países como Timor-Leste, integra e articula-se com as metas de desenvolvimento nacional, visando promover crescimento económico, desenvolvimento social e ambiental.

CONCLUSÃO: Os novos manuais de Biologia e Química integram assuntos pessoal e socialmente relevantes, como os relacionados com o ano internacional de cooperação pela água nos conteúdos canónicos, permitindo a alunos e professores reconhecerem problemas relacionados com água e tomarem, de uma forma consciente, atitudes e comportamentos relacionados com utilização sustentável dos recursos hídricos. Da análise de exemplos e práticas recolhidas em sítios da internet evidencia-se que, numa perspetivas de EDS, abordar assuntos relacionados com a cooperação pela água, constitui um meio de promover o desenvolvimento de conhecimentos, competências, valores, atitudes e comportamentos adequados e requeridos para se alcançar as MDM.

REFERÊNCIAS: UN (2011). Resolution adopted by the General Assembly. International Year of Water Cooperation 2013. UNESCO (2012). The United Nations World Water Development Report 4: Managing Water under Uncertainty and Risk: Executive Summary.

Integra propósitos de Educação para desenvolvimento sustentável (EDS) ao auxiliar os cidadãos a tomar consciência sobre o acesso, distribuição e consumo de água.

Deve integrar currículos escolares COMO?

´TITULO DO SÍTIO LINK: W A T E R E D U C A T I O N F O R SUSTAINABLE DEVELOPMENT

http://unesdoc.unesco.org/images/0021/002158/215884e.pdf

SANDWATCH http://unesdoc.unesco.org/images/0021/002183/218344por.pdf

WATER FOR LIFE BEST PRACTICES AWARD

http://www.un.org/waterforlifedecade/pdf/water_for_life_award_eng.pdf

SUSTAINABLE SCHOOL BEST PRACTICES

http://www.bced.gov.bc.ca/greenschools/pdfs/sustbestpractices.pdf

EDUCATIONAL PRACTICES ABOUT WATER

http://ec.europa.eu/education/more-information/doc/sustdev_en.pdf

EDUCATION FOR SUSTAINABLE DEVELOPMENT. SECOND COLLECTION OF GOOD PRACTICES

http://unesdoc.unesco.org/images/0018/001812/181270e.pdf

Education for Sustainable Development SOURCEBOOK:

http://unesdoc.unesco.org/images/0021/002163/216383e.pdf

Concurso nacional Escolar no Geopark Naturtejo: “Água que nos Une”

http://geonaturescola.com/noticia.php?id=35

 

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Investigação, Práticas e Contextos em Educação 201312

Ana Lúcia Agostinho1 & Maria Dulce Gonçalves2 Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa

Faculdade de Psicologia UNIVERSIDADE DE LISBOA

O presente estudo teve como objetivo descrever a evolução da fluência na leitura de uma turma do 2º ano (N= 25), entre o 2.º Período e o 3.º Período. Através da utilização de metodologias de avaliação com base no currículo (curriculum-based measurement, CBM), é possível monitorizar a evolução da leitura de cada aluno, de modo a identificar necessidades e intervir atempadamente, bem como adequar as respostas educativas implementadas. À luz do Projeto IDEA, pretende-se, assim, Identificar e Descrever dificuldades para Estimular e Ativar os mecanismos necessários para que todos possam aprender mais e melhor. Os resultados indicam uma evolução positiva na fluência na leitura de todos os participantes. No entanto, o aumento da heterogeneidade da turma sugere a necessidade de implementação de respostas de diferentes níveis de intensidade, tal como propõe o modelo de resposta à intervenção (Response to Intervention, RtI).

Palavras chave: Fluência na leitura oral; Monitorização do progresso; Avaliação com base no currículo; Resposta à Intervenção; Ensino Básico.

Inseridos num contexto de aprendizagem, é expectável que todos os alunos progridam na leitura. Porém, existem diferenças individuais na forma como este progresso decorre. Para que todos os alunos consigam cumprir os objetivos e as metas que a Escolaridade (única e obrigatória) lhes propõe, é necessário adequar a instrução às necessidades de cada um.

O modelo RtI sugere que o primeiro passo para esta adequação pedagógica consiste na avaliação screening de todos os alunos, tendo em vista a identificação de dificuldades

Participantes: 25 alunos de uma turma de 2.º ano de um colégio privado na zona da Grande Lisboa (N= 25). Procedimento:

A fluência na leitura foi observada em dois momentos: no 2.º Período e no 3.º Período. Em ambos os momentos, foi utilizado o procedimento CBM, tendo-se pedido a cada participante para ler 2 textos (formas paralelas) adequados ao seu nível de escolaridade. Todas as leituras foram gravadas (áudio) para posterior análise e cálculo da velocidade e precisão de leitura.

REFERÊNCIAS:

ψ Deno, S.L. (2003). Developments in curriculum-based measurement. The Journal of Special Education, 37, 184-192.

ψ Fletcher, J.M., & Vaughn, S. (2009). Response to intervention: Preventing and remediating academic difficulties. Child Development Perspectives, 3(1), 30–37.

ψ Hasbrouck, J.,& Tindal, G.A. (2006). Oral reading fluency norms: A valuable assessment tool for reading teachers. The Reading Teacher, 59(7), 636-644.

ψ Rasinski, T.V. (2003). The fluent reader: Oral strategies for building word recognition, fluency, and comprehension. New York: Scholastic Professional Books.

PROJETO IDEA – Investigação de Dificuldades para a Evolução na Aprendizagem E-mail: 1- [email protected] | 2- [email protected]

Os resultados da avaliação da leitura permitem observar uma evolução positiva da turma ao nível da velocidade e da precisão (Quadro 1), entre ambos os momentos de avaliação, tal como seria de esperar pela instrução regular da leitura em sala de aula.

Os resultados individuais indicam que esta melhoria se verificou para todos os alunos ao nível da velocidade de leitura (Figura 1), e para todos os alunos à exceção de dois (que apresentaram uma regressão) ao nível da precisão de leitura (Figura 2).

Não obstante todos terem melhorado a sua velocidade de leitura, observa-se uma maior dispersão dos alunos com um desempenho abaixo da mediana, no 3.º Período, o que sugere o acentuar de diferenças interindividuais dentro da turma.

Estes resultados apontam a necessidade de se implementar respostas educativas de diferentes níveis de intensidade, na instrução da leitura, para que todos continuem a evoluir, tal como sugere o modelo RtI.

Ao comparar os resultados obtidos pela turma (oriunda de um colégio privado) com o valor mínimo obrigatório fixado pelas novas Metas

Curriculares de Português (90 PCL/min), é possível verificar que, no final do ano, apenas 5 alunos cumprem este objetivo. Importa assim refletir: O que fazer para ajudar estes 20 alunos a respeitar as

Metas? Ou a questão será antes: O que fazer para ajudar as Metas a respeitar os nossos alunos?

Momento de avaliação

Velocidade de leitura Precisão de leitura (%)

M Dp Med Min Máx M Dp Med Min Máx

Av. Screening 54,00 20,66 51,07 3,22 97,36 87,76 13,10 92,92 46,28 97,81

Pós-teste 72,89 23,71 77,61 15,76 103,40 92,59 9,25 96,05 66,39 99,59

Quadro 1. Dispersão da turma (N= 25) quanto à velocidade e precisão de leitura no 2.º Período e no 3.º Período.

e pontos fortes, bem como a monitorização do seu progresso.

Para o efeito, as metodologias CBM têm-se revelado particularmente relevantes enquanto "termómetros de desempenho“, pois fornecem medidas de fluência na leitura que permitem identificar os alunos cuja evolução não está a decorrer de acordo com o esperado, bem como monitorizar o seu progresso.

Ao identificar precocemente dificuldades, é-nos possível intervir antes de os alunos obterem insucesso pronunciado, quando é mais fácil e menos oneroso fortalecer as competências de leitura.

Figura 1. Resultados da velocidade de leitura da turma (N=25), no 2.º e no 3.º Período.

Figura 2. Resultados da precisão de leitura da turma (N=25), no 2.º e no 3.º Período.

Nota: Tracejado inferior – média da turma no 2.º Período; Tracejado superior – média da turma no 3.º Período; Linha vermelha – valor mí-nimo obrigatório fixado pelas Metas Curriculares de Português (MEC).

Nota: Nível de autonomia – acima da linha verde (>96%); Nível de instrução – entre linha verde e laranja (90%-96%); Nível de frustração – abaixo da linha laranja (<90%).

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