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INtrodução O programa assenta em quatro pilares: avaliação do risco de queda do doente individualizada, realizada pelo enfermeiro com recurso à escala de Morse e plano de intervenções gerais e específicas conforme o nível do risco, assim como avaliação do risco dos fatores ambientais. Registo do incidente de queda na Aplicação da Gestão do Risco on-line, que emite uma notificação para a Equipa da Gestão do Risco, Grupo dos Padrões da Qualidade dos Cuidados de Enfermagem e Grupos de Análise que integram cerca de 400 profissionais, tendo como responsabilidade a analise dos fatores contribuintes para a queda e desenvolvimento de medidas de melhoria. Realização de formação em serviço e contínua para os profissionais e disponibilização de suporte comunicacional para o doente e família. Vários estudos apontam que 80% dos incidentes relatados nos hospitais são quedas e em 5 a 6% destas o doente sofreu uma fratura ou uma lesão grave, com repercussões a nível psicológico, económico e social. Dos múltiplos fatores que podem contribuir para as quedas, destaca-se a idade (acima dos 65 anos), o estado de saúde, a medicação que o doente está a tomar, história de queda anterior e fatores ambientais. OBJECTIVOS Metodologia Resultados e Discussão Conclusão - Medir a dimensão do problema associado ao incidente de queda. - Promover as boas práticas na prevenção de quedas do doente. - Identificar fatores de risco e fatores contribuintes associados aos incidentes de quedas dos doentes. - Introduzir ações de melhoria ao nível das práticas e do ambiente físico. - Alertar os doentes/família e os profissionais para as medidas de prevenção das quedas e redução das suas consequências. Bibliografia Centro Hospitalar de Lisboa Central - Prevenção e Monitorização das Quedas do Doente em Ambiente Hospitalar. Procedimento Multissectorial (2009). International Quality Indicator Project, Indicator 13: Falls, UK QIP Newsletter, Outono 2005, University of Newcastle. Manual Internacional da Qualidade CHKS/HAQU, 2010: Norma 2 – Governação Clínica - Qualidade Clínica (Critério 2.28); Norma 7 – Gestão do Risco-Avaliação do Risco (Critério 7.15) MORSE, Janice M. – Preventing Patient Falls: establishing a fall intervention program. 2nd ed. Springer Publishing Company. 2009. 172 pág. ISBN 978-0-8261-0389-5 STOP QUEDAS Gabinete de Gestão do Risco do Centro Hospitalar de Lisboa Central: Ana Marinho; Ana Timóteo; Catarina Mendes; Fátima Barata; Idalina Bordalo; João Lage; José Fragata; Lurdes Tavares; Lurdes Trindade; Paes Duarte; Susana Ramos [email protected] Programa de Gestão e Controlo das Quedas de Doentes em Ambiente Hospitalar A monitorização do indicador "Queda do Doente" iniciou-se em 2005 no Hospital de Santa Marta impulsionado pelo Programa de Acreditação do CHKS e integrado no Projeto IQIP (International Quality Indicator Project). Em 2008 o Centro Hospitalar de Lisboa Central promoveu o alargamento do projeto de gestão e controlo das quedas de doentes em todos os seus hospitais com vista a aumentar a segurança do doente. Este projeto contribuiu para a mudança da cultura de segurança dos profissionais e para uma maior consciencialização da dimensão do problema e da necessidade de adotar boas práticas na prevenção das quedas. Em 2012 realizaram-se 51902 avaliações de risco individual e registou-se uma incidência de 1,12%. Verificou-se que os fatores que mais contribuíram para a queda do doente foi o “Estado de Saúde” (74,5%), dando relevância à importância de uma abordagem multidisciplinar da Equipa de Saúde na gestão e controlo das quedas do doente. Os fatores ambientais representam 20,4% das causas de queda do doente, sendo avaliados e monitorizados pela Equipa da Gestão do Risco. Do total das quedas, 36,7% originaram lesão e resultaram 3880 atos médicos e de enfermagem. Os cuidados de saúde devem proporcionar o máximo bem-estar e segurança ao doente. O CHLC desenvolve um projeto integrado e contínuo para a prevenção das quedas e a Equipa da Gestão do Risco utiliza estratégias multimodais promovendo momentos formativos e de reflexão entre os profissionais e o envolvimento dos doentes/família. Em Maio de 2013 a iniciativa da “Semana da Segurança do Doente” alusiva ao tema que contribuiu para a promoção das boas práticas e alertou o cidadão para as medidas de prevenção Admissão do doente Colheita de dados de Enfermagem (nas primeiras 24 horas de internamento) Intervenções gerais - Identificar factores de risco - Intervenções gerais e específicas de prevenção - Sinalizar o doente Avaliação de Risco de Queda Utilização da Escala Morse Doente ALTO RISCO Doente MÉDIO RISCO Doente BAIXO RISCO REAVALIAÇÃO DO RISCO DE QUEDA No máximo a cada 7 dias Após queda do doente Alteração importante factores de risco ® HEALTH EVENT & RISK MANAGEMENT Figura 1 – Processo de Avaliação do Risco de Queda do Doente Figura 4 – Gestão do Incidente de Queda do Doente Figura 2 – Avaliação do Risco de Queda do Doente - Escala de Morse Figura 6 – Total de Avaliações de Risco de Queda em 2012. Figura 3 – Avaliação das Condições Fisicas e Ambientais Figura 5 – Formação aos Profissionais: Prevenção e Gestão da Queda Avaliação do estado do doente Prestação de Cuidados Doente estabilizado Monitorizar doente Monitorizar doente Prestação de Cuidados Intervir no factor causal Equipa do Serviço Sim Não Sim Não ® HEALTH EVENT & RISK MANAGEMENT QUEDA Lesão aparente ou queixas? SITUAÇÃO AGRAVADA? Avaliar causa de queda RELATO DE QUEDA ® HEALTH EVENT & RISK MANAGEMENT REAVALIAR O RISCO ® HEALTH EVENT & RISK MANAGEMENT REGISTO DA EVOLUÇÃO Gestão do Risco Grupos de Análise NOTIFICAÇÃO GESTÃO DO RISCO: - Análise do incidente - Ações de Melhoria Boas Práticas de Todos os Profissionais na Prevenção das Quedas Ensino e Envolvimento do Doente e Família Avaliação do Risco de Queda Promoção de Ambiente Seguro Formação dos Profissionais na Prevenção das Quedas PREVENÇÃO DAS QUEDAS Promover a Segurança do Doente é uma Prioridade da Equipa de Saúde! Figura 8 – Inciência do registo de quedas no CHLC (2010-2012) Figura 9 – Distribuição da Queda por Motivo (2012) Figura 10 – Nível de Gravidade da Lesão (2012) Figura 11 – Atos médicos/enfermagem em consequência da queda (2012) Figura 12 – Momentos da Semana da Segurança do Doente: Quedas.  HOSPITAL ANO N.º QUEDAS N.º DIAS INTERNAMENTO % QUEDAS 2010 172 117832 0,15% 2011 205 121046 0,17% 2012 430 128416 0,33% 2010 101 55993 0,18% 2011 140 57742 0,24% 2012 166 60231 0,28% 2010 360 104184 0,35% 2011 350 97715 0,36% 2012 378 83582 0,45% 2010 17 50341 0,03% 2011 7 44173 0,02% 2012 22 39350 0,06% 2011 702 320676 0,22% 2012 996 311579 0,32% HDE CHLC 4 Hospitais HSJ HSM HSAC 13 609 748 343 226 407 485 152 80 635 43 40 26 16 7 0 100 200 300 400 500 600 700 800 Ensino ao Doente Comunicação ao Médico Observação Médica Contenção Física (imobilização) Elevação de Grades de Proteção Monitorização dos Sinais Vitais Aplicação de Gelo Realização de Penso 1Monitorização/Vigilância do Estado de Consciência Rx Restrição Física (medicação) Realização de Sutura Imobilização da Fractura Aplicação de Ligaduras Níveis de Risco N.º de Avaliações Ano 2012 Alto Risco 13455 Baixo Risco 12950 Médio Risco 25497 Total Geral 51902 Figura 7 – Exemplo de Avaliação do Risco relacionado com fator Ambiental Agradecimentos - A todos os profissionais do CHLC que contribuiram para o desenvolvimento deste Projeto. À RISI, em especial Eng. Joaquim Correia e Sofia Coutinho pelo apoio na elaboração gráfica do póster. 630 (63,2%) 308 (84,1%) 56 (15,3%) 2 (0,5%) Nenhum Lesão 366 (36,7%) Ligeiro Severo Moderado 743 (74,5%) 11 (1,1%) 204 (20,4%) 38 (3,8%) Estado Saúde Outros Tratamento Factores Ambientais 3880 ATOS MÉDICO/ENFERMAGEM

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INtrodução

O programa assenta em quatro pilares: avaliação do risco de queda do doente individualizada, realizada pelo enfermeiro com recurso à escala de Morse e plano de intervenções gerais e específicas conforme o nível do risco, assim como avaliação do risco dos fatores ambientais. Registo do incidente de queda na Aplicação da Gestão do Risco on-line, que emite uma notificação para a Equipa da Gestão do Risco, Grupo dos Padrões da Qualidade dos Cuidados de Enfermagem e Grupos de Análise que integram cerca de 400 profissionais, tendo como responsabilidade a analise dos fatores contribuintes para a queda e desenvolvimento de medidas de melhoria. Realização de formação em serviço e contínua para os profissionais e disponibilização de suporte comunicacional para o doente e família.

Vários estudos apontam que 80% dos incidentes relatados nos hospitais são quedas e em 5 a 6% destas o doente sofreu uma fratura ou uma lesão grave, com repercussões a nível psicológico, económico e social. Dos múltiplos fatores que podem contribuir para as quedas, destaca-se a idade (acima dos 65 anos), o estado de saúde, a medicação que o doente está a tomar, história de queda anterior e fatores ambientais.

OBJECTIVOS

Metodologia

Resultados e Discussão

Conclusão

- Medir a dimensão do problema associado ao incidente de queda.- Promover as boas práticas na prevenção de quedas do doente.- Identificar fatores de risco e fatores contribuintes associados aos incidentes de quedas dos doentes.- Introduzir ações de melhoria ao nível das práticas e do ambiente físico.- Alertar os doentes/família e os profissionais para as medidas de prevenção das quedas e redução das suas consequências.

BibliografiaCentro Hospitalar de Lisboa Central - Prevenção e Monitorização das Quedas do Doente em Ambiente Hospitalar. Procedimento Multissectorial (2009).

International Quality Indicator Project, Indicator 13: Falls, UK QIP Newsletter, Outono 2005, University of Newcastle.

Manual Internacional da Qualidade CHKS/HAQU, 2010: Norma 2 – Governação Clínica - Qualidade Clínica (Critério 2.28); Norma 7 – Gestão do Risco-Avaliação do Risco (Critério 7.15)

MORSE, Janice M. – Preventing Patient Falls: establishing a fall intervention program. 2nd ed. Springer Publishing Company. 2009. 172 pág. ISBN 978-0-8261-0389-5

STOP QUEDAS

Gabinete de Gestão do Risco do Centro Hospitalar de Lisboa Central: Ana Marinho; Ana Timóteo; Catarina Mendes; Fátima Barata; Idalina Bordalo; João Lage; José Fragata; Lurdes Tavares; Lurdes Trindade; Paes Duarte; Susana Ramos [email protected]

Programa de Gestão e Controlo das Quedas de Doentes em Ambiente Hospitalar

A monitorização do indicador "Queda do Doente" iniciou-se em 2005 no Hospital de Santa Marta impulsionado pelo Programa de Acreditação do CHKS e integrado no Projeto IQIP (International Quality Indicator Project). Em 2008 o Centro Hospitalar de Lisboa Central promoveu o alargamento do projeto de gestão e controlo das quedas de doentes em todos os seus hospitais com vista a aumentar a segurança do doente.

Este projeto contribuiu para a mudança da cultura de segurança dos profissionais e para uma maior consciencialização da dimensão do problema e da necessidade de adotar boas práticas na prevenção das quedas. Em 2012 realizaram-se 51902 avaliações de risco individual e registou-se uma incidência de 1,12%. Verificou-se que os fatores que mais contribuíram para a queda do doente foi o “Estado de Saúde” (74,5%), dando relevância à importância de uma abordagem multidisciplinar da Equipa de Saúde na gestão e controlo das quedas do doente. Os fatores ambientais representam 20,4% das causas de queda do doente, sendo avaliados e monitorizados pela Equipa da Gestão do Risco. Do total das quedas, 36,7% originaram lesão e resultaram 3880 atos médicos e de enfermagem.

Os cuidados de saúde devem proporcionar o máximo bem-estar e segurança ao doente. O CHLC desenvolve um projeto integrado e contínuo para a prevenção das quedas e a Equipa da Gestão do Risco utiliza estratégias multimodais promovendo momentos formativos e de reflexão entre os profissionais e o envolvimento dos doentes/família. Em Maio de 2013 a iniciativa da “Semana da Segurança do Doente” alusiva ao tema que contribuiu para a promoção das boas práticas e alertou o cidadão para as medidas de prevenção

Admissão do doenteColheita de dados de Enfermagem

(nas primeiras 24 horas de internamento)

Intervenções gerais

- Identificar factores de risco - Intervenções gerais e específicas de prevenção - Sinalizar o doente

Avaliação de Risco de QuedaUtilização da Escala Morse

Doente ALTO RISCO

Doente MÉDIO RISCO

DoenteBAIXO RISCO

REAVALIAÇÃO DO RISCO DE QUEDA

No máximo a cada 7 dias

Após queda do doente

Alteração importante factores de risco

® HEALTH EVENT & RISK MANAGEMENT

Figura 1 – Processo de Avaliação do Risco de Queda do Doente Figura 4 – Gestão do Incidente de Queda do DoenteFigura 2 – Avaliação do Risco de Queda do Doente - Escala de Morse

Figura 6 – Total de Avaliações de Risco de Queda em 2012.

Figura 3 – Avaliação das Condições Fisicas e Ambientais Figura 5 – Formação aos Profissionais: Prevenção e Gestão da Queda

Avaliação do estado do doente

Prestação de Cuidados

Doente estabilizado

Monitorizar doente

Monitorizar doentePrestação de Cuidados

Intervir no factor causal

Equipa do Serviço

Sim Não

Sim Não

® HEALTH EVENT & RISK MANAGEMENT

QUEDA

Lesão aparente ou queixas?

SITUAÇÃOAGRAVADA?

Avaliar causa de queda

RELATO DE QUEDA® HEALTH

EVENT & RISK MANAGEMENT

REAVALIAR O RISCO

® HEALTH EVENT & RISK MANAGEMENT

REGISTO DA EVOLUÇÃOGestão do Risco

Grupos de Análise

NOTIFICAÇÃO

GESTÃO DO RISCO:- Análise do incidente - Ações de Melhoria

Boas Práticas de Todos os Profissionais na Prevenção

das Quedas

Ensino e Envolvimento do Doente e Família

Avaliação do Risco de Queda

Promoção de Ambiente Seguro

Formação dos Profissionais na

Prevenção das Quedas

PREVENÇÃO DAS QUEDAS

Promover a Segurança do Doente é

uma Prioridade da Equipa de Saúde!

Figura 8 – Inciência do registo de quedas no CHLC (2010-2012) Figura 9 – Distribuição da Queda por Motivo (2012) Figura 10 – Nível de Gravidade da Lesão (2012) Figura 11 – Atos médicos/enfermagem em consequência da queda (2012)

Figura 12 – Momentos da Semana da Segurança do Doente: Quedas.

 HOSPITAL ANO N.º QUEDASN.º DIAS

INTERNAMENTO % QUEDAS

2010 172 117832 0,15%2011 205 121046 0,17%2012 430 128416 0,33%

2010 101 55993 0,18%2011 140 57742 0,24%2012 166 60231 0,28%

2010 360 104184 0,35%2011 350 97715 0,36%2012 378 83582 0,45%

2010 17 50341 0,03%2011 7 44173 0,02%2012 22 39350 0,06%

2011 702 320676 0,22%2012 996 311579 0,32%

HDE

CHLC4 Hospitais

HSJ

HSM

HSAC

13

609748

343226

407485

15280

6354340

2616

7

0 100 200 300 400 500 600 700 800

Ensino ao Doente

Comunicação ao Médico

Observação Médica

Contenção Física (imobilização)

Elevação de Grades de Proteção

Monitorização dos Sinais Vitais

Aplicação de Gelo

Realização de Penso

1Monitorização/Vigilância do Estado de Consciência

Rx

Restrição Física (medicação)

Realização de Sutura

Imobilização da Fractura

Aplicação de Ligaduras

Níveis de Risco N.º de Avaliações Ano 2012Alto Risco 13455

Baixo Risco 12950

Médio Risco 25497

Total Geral 51902

Figura 7 – Exemplo de Avaliação do Risco relacionado com fator Ambiental

Agradecimentos - A todos os profissionais do CHLC que contribuiram para o desenvolvimento deste Projeto.

À RISI, em especial Eng. Joaquim Correia e Sofia Coutinho pelo apoio na elaboração gráfica do póster.

630(63,2%)

308 (84,1%)

56 (15,3%)

2 (0,5%)

Nenhum Lesão366

(36,7%)

Ligeiro

Severo

Moderado

743 (74,5%)

11 (1,1%)

204 (20,4%)38 (3,8%)

Estado Saúde

OutrosTratamento

Factores Ambientais

3880 ATOS MÉDICO/ENFERMAGEM