Posições divergentes: A maçonaria e a BíbliaO que é? Pode ser considerada uma religião? Uma seita? Por que é secreta? Por que somente os homens podem participar dos rituais mais elevados e as mulheres são excluídas?

Muitos não a consideram uma religião, principalmente seus adeptos. Mas na estrutura da maçonaria existem os três elementos que caracterizam uma religião que são uma visão de Deus, uma visão do mundo e uma visão do homem.

A maçonaria é uma prática ocultista e sincrética, pois admite pessoas de todas as religiões e tem rituais que refletem conceitos de idealismo, humanidade, caridade e fraternidade. As mulheres e os ateus não são bem-vindos. Elas são excluídas dos rituais mais elevados e ocultos. Em algumas linhas da maçonaria elas podem participar das obras sociais.

Quando se olha para o passado, percebe-se que a história da criação da maçonaria teve aspectos bons. No Brasil, por exemplo, os primeiros missionários exerciam poder, as obras sociais eram fortes e beneficiavam a população, os membros se auto-ajudavam, defendiam-se das catástrofes e das perseguições. Mas depois vieram os problemas de ordem espiritual. Quando as pessoas se aprofundam na prática, surgem os conflitos.

A professora de Religiões Comparadas e Apologética Rutmar Sousa Pontes Silva afirma que, apesar de ser uma estudiosa do assunto, nunca teve acesso amplo à maçonaria por ser mulher. As informações são sempre bloqueadas, existem segredos que os adeptos não contam porque não aceitam mulheres nos pactos. “Eles afirmam que não são uma religião. Quando nos aproximamos, percebemos que isso não é verdade. Os pactos, por exemplo, são um grande problema. A Rosa Cruz, o Espiritismo, a Umbanda têm os mesmos pactos. Mas na maçonaria o nome é outro, chamam-no de grau. Eles ainda são muito abertos, recebendo todas as religiões sem questionamentos. Nos rituais de iniciação é perguntado ao candidato de onde ele vem. A resposta? Ele diz que ‘vem das trevas para a luz’’, diz Rutmar.

Ela pergunta como pode um pessoa evangélica participar e aceitar esses princípios. “Como um crente diz que veio das trevas, se Jesus o salvou? Se Jesus é a luz do mundo? Esse ritual os maçons fazem no momento do batismo”, questiona a professora que ainda acrescenta que um cristão não precisa entrar para a maçonaria, pois tem na base da sua fé todas as garantias de salvação, crescimento espiritual, emocional e social.

Rutmar acredita que as pessoas não devem apenas rechaçar a maçonaria. Devem conhecê-la primeiro, pois senão pode ser consideradas ignorantes. Mas ela acredita que um cristão que entre para a maçonaria não deve fazer os pactos. “O cristão que faz o pacto de alto grau, o 33, está fazendo uma ligação com a Magia Negra. O pacto 33 é da Magia Negra”, comenta a professora. “Vivemos em um tempo aonde as atitudes, as idéias e os comportamentos se misturam. O crente verdadeiro não deve se misturar. O evangélico já tem na Bíblia tudo o que precisa. Ele não precisa da maçonaria para exercera sua fé. Mas os maçons precisam aceitar a Jesus Cristo como Salvador. E quando se convertem, devem renunciar os apegos realizados que têm grande ligação com o inimigo.”

A questão é: Alguém está no foco. Ou Deus ou Satanás. A maçonaria tira Deus do foco. “Quem fica?”, pergunta a professora. A batalha espiritual das pessoas que saem da maçonaria é muito grande. E os evangélicos que estão lá são bloqueados”, diz Rutmar.

Longe de se basear apenas em questionamentos humanos, é necessário fazer uma comparação da maçonaria com a Bíblia. O que cada uma relata?