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09/08/2015 Pós (SaberesPráticos) Neste trabalho são apresentadas reflexões gerais sobre a... http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfhroAC/possaberespraticos 1/3 Cartografias Ribeirinhas: Saberes e Representações Sobre Práticas Sociais Cotidianas de Alfabetizandos Amazônidas André Santos de SOUZA1 Neste trabalho são apresentadas reflexões gerais sobre a educação intercultural, tendo como referência o estudo associado dos saberes culturais e da educação na Amazônia, realizado por pesquisadores do Programa de Pós Graduação em Educação, da Universidade do Estado do Pará (Uepa), com jovens e adultos alfabetizandos de comunidades ruraisribeirinhas de São Domingos do Capim, na Amazônia Paraense. Analisase a construção de aspectos metodológicos como alternativa ao estudo de questões relacionadas à educação intercultural. Adentrase, também, ao debate da diversidade cultural, visando a conhecer as múltiplas e diversas amazônias, a partir dos saberes de alfabetizandos ribeirinhos sobre as suas práticas sociais cotidianas construídas num contexto cultural próprio. PALAVRASCHAVE: Diversidade. Cultura. Saber. Educação. Amazônia. A Diversidade de Saberes na Amazônia Pensar o mundo nos dias atuais requer pensar em diversidade. Diversidade sexual, social, cultural, mítica, religiosa, entre outras. Tudo deve ser observado em todas as escalas e construído no tempo histórico, muito embora tal diversidade ainda seja pouco entendida em suas relações de interdependências, especialmente em processos educativos escolares. É de conhecimento de todos que as culturas brasileira e amazônica são miscigenadas, híbridas e mestiças. Portanto, diversa. De raiz indígena por natureza, trazem consigo a marca branca dos colonizadores portugueses, que impuseram o rei, a língua, a fé; fortalecemse pelos que aferraram com suor a arte inventada pela saudade e o traço do batuque afro, dos escravos africanos. Mais tarde, são acrescidas dos dizeres árabes e de tantos outros traços. Paralelas às questões étnicas, as misturas também advém do processo de mundialização. O reino das tecnologias avança; as parabólicas já são elementos corriqueiros na zona rural amazônica; e antenas de celulares, em locais só alcançados pelos ribeirinhos ao deslocarse a cavalo ou de barco, começam a se configurar em paisagem. A concepção intuitiva de cartografia de saberes, como proposto em “Cartografias Ribeirinhas: Saberes e representações sobre práticas sociais cotidianas de alfabetizandos 1 Jornalista pela Universidade Federal do Pará (UFPA); pósgraduando em Língua Portuguesa (Linguística com ênfase em Produção Textual) pela Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Marabá (Facimab). amazônidas”, é uma abordagem metodológica marcada pelo hibridismo cultural que implica uma nova ética do fazer ciência convergente e consciente. Tal abordagem materializouse entre fronteiras de saberes pluriinter transdisciplinares e se revelou como práxis de pesquisa intercultural, uma espécie de caminho investigativo. É evidente que, no trabalho realizado para dar conta da diversidade cultural ruralribeirinha entre alfabetizandos amazônidas de São Domingos do Capim, destacamse os mapas sobre o lugar (formação histórica e geográfico espacial), o labor e as doenças do trabalho, bem como os saberes da terra, da mata e das águas, os valores do cotidiano, as falas e as poéticas, os usos do ambiente, as identidades e tradições. Assim, foram traçadas rotas da cultura popular e (de) marcadas trilhas de uma pedagogia do cotidiano, que se organiza por meio da educação do cuidar (ancorada na cultura de conversa) e educação como estudo (pautada na cultura escolar)2 . A “pororoca de ideias”, expressão que mistura o regionalismo com a didática, ganha vida, corpo e forma nos hábitos dos personagens e se forma nos encontros e entrecruzamentos dos múltiplos saberes. Nas palavras de Oliveira (2004), Diversidade. Cultura. Saber.... DESCRIÇÃO Neste trabalho são apresentadas reflexões gerais sobre a educação intercultural, tendo como referência o estudo associado dos saberes culturais e da educação na Amazônia, realizado por pesquisadores do Programa de PósGraduação em Educação, da Universidade do Estado do Pará (Uepa), com jovens e adultos alfabetizandos de comunidades ruraisribeirinhas de São Domingos do Capim, na Amazônia Paraense. Analisase a construção de aspectos metodológicos como alternativa ao estudo de questões relacionadas à educação... TAGS ESTATÍSTICAS 999 visitas 10 downloads comentários ARQUIVOS SEMELHANTES Download Tweet Pós (SaberesPráticos) Enviado por: André Santos | comentários Arquivado no curso de Engenharia de Minas na UFPA Material de Estudo Comunidade Acadêmica Perguntas e Respostas Buscar arquivos, pessoas, cursos… Login Cadastro

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Cartografias Ribeirinhas: Saberes e Representações Sobre Práticas Sociais Cotidianas de Alfabetizandos Amazônidas

André Santos de SOUZA1

Neste trabalho são apresentadas reflexões gerais sobre a educação intercultural, tendo como referência o estudoassociado dos saberes culturais e da educação na Amazônia, realizado por pesquisadores do Programa de Pós­Graduação em Educação, da Universidade do Estado do Pará (Uepa), com jovens e adultos alfabetizandos decomunidades rurais­ribeirinhas de São Domingos do Capim, na Amazônia Paraense. Analisa­se a construção deaspectos metodológicos como alternativa ao estudo de questões relacionadas à educação intercultural. Adentra­se,também, ao debate da diversidade cultural, visando a conhecer as múltiplas e diversas amazônias, a partir dos saberesde alfabetizandos ribeirinhos sobre as suas práticas sociais cotidianas construídas num contexto cultural próprio.

PALAVRAS­CHAVE: Diversidade. Cultura. Saber. Educação. Amazônia.

A Diversidade de Saberes na Amazônia

Pensar o mundo nos dias atuais requer pensar em diversidade. Diversidade sexual, social, cultural, mítica, religiosa,entre outras. Tudo deve ser observado em todas as escalas e construído no tempo histórico, muito embora taldiversidade ainda seja pouco entendida em suas relações de interdependências, especialmente em processoseducativos escolares.

É de conhecimento de todos que as culturas brasileira e amazônica são miscigenadas, híbridas e mestiças. Portanto,diversa. De raiz indígena por natureza, trazem consigo a marca branca dos colonizadores portugueses, que impuseramo rei, a língua, a fé; fortalecem­se pelos que aferraram com suor a arte inventada pela saudade e o traço do batuqueafro, dos escravos africanos. Mais tarde, são acrescidas dos dizeres árabes e de tantos outros traços.

Paralelas às questões étnicas, as misturas também advém do processo de mundialização. O reino das tecnologiasavança; as parabólicas já são elementos corriqueiros na zona rural amazônica; e antenas de celulares, em locais sóalcançados pelos ribeirinhos ao deslocar­se a cavalo ou de barco, começam a se configurar em paisagem.

A concepção intuitiva de cartografia de saberes, como proposto em “Cartografias Ribeirinhas: Saberes erepresentações sobre práticas sociais cotidianas de alfabetizandos

1 Jornalista pela Universidade Federal do Pará (UFPA); pós­graduando em Língua Portuguesa (Linguística com ênfaseem Produção Textual) pela Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Marabá (Facimab).

amazônidas”, é uma abordagem metodológica marcada pelo hibridismo cultural que implica uma nova ética do fazerciência convergente e consciente. Tal abordagem materializou­se entre fronteiras de saberes pluri­inter­transdisciplinares e se revelou como práxis de pesquisa intercultural, uma espécie de caminho investigativo.

É evidente que, no trabalho realizado para dar conta da diversidade cultural ruralribeirinha entre alfabetizandosamazônidas de São Domingos do Capim, destacam­se os mapas sobre o lugar (formação histórica e geográfico­espacial), o labor e as doenças do trabalho, bem como os saberes da terra, da mata e das águas, os valores docotidiano, as falas e as poéticas, os usos do ambiente, as identidades e tradições.

Assim, foram traçadas rotas da cultura popular e (de) marcadas trilhas de uma pedagogia do cotidiano, que se organizapor meio da educação do cuidar (ancorada na cultura de conversa) e educação como estudo (pautada na culturaescolar)2 .

A “pororoca de ideias”, expressão que mistura o regionalismo com a didática, ganha vida, corpo e forma nos hábitosdos personagens e se forma nos encontros e entrecruzamentos dos múltiplos saberes. Nas palavras de Oliveira (2004),

Diversidade. Cultura. Saber....

DESCRIÇÃO

Neste trabalho são apresentadas reflexões geraissobre a educação intercultural, tendo comoreferência o estudo associado dos saberesculturais e da educação na Amazônia, realizado porpesquisadores do Programa de Pós­Graduação emEducação, da Universidade do Estado do Pará(Uepa), com jovens e adultos alfabetizandos decomunidades rurais­ribeirinhas de São Domingosdo Capim, na Amazônia Paraense. Analisa­se aconstrução de aspectos metodológicos comoalternativa ao estudo de questões relacionadas àeducação...

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tal como a pororoca se define pelo encontro entre duas diferentes forças – a do mar e a do rio – no plano simbólico,assim também se caracteriza pelo encontro entre diferentes forças de saberes que se transformam numa onda deideias que avança de forma avassaladora no processo de construção do conhecimento. “Esse arrastar as ideias tem nanatureza e na cultura amazônica o eixo de formação de seu movimento” (OLIVEIRA, 2004, p. 17).

Nesse ínterim, a convergência do estudo dos saberes sobre a vida ribeirinha está no sujeito e sua cultura, estaproveniente da relação com o rio, a terra e a mata.

No contexto rural­ribeirinho, o rio é a rua, o meio de transporte, espaço, lazer, fonte de alimentação e local de trabalho.Ele demarca também espaço de desigualdade no desenvolvimento das práticas sociais. A terra e a mata sãocondições do viver de homens e mulheres, espaços de trabalho, de moradia, de convivência.

O rio e a mata são, ainda, ambientes de encantamentos, lendas, mitos e imaginários culturais e simbólicos.Entrelaçam­se múltiplos saberes e múltiplos processos de trabalhos, caracterizando a diversidade e amulticulturalidade amazônicas. A educação do cuidar e a do estudo delimitam espaços territoriais da vida urbana e davida rural, familiar e escolar, comunitária e social, bem como se tornam delimitadoras de diferenças socioculturais.

2 Observação consta de Cartografia de Saberes: Abordagem de pesquisa em educação intercultural (Universidade

A presença de um contexto de sentidos do cotidiano revelados na obra só foi possível porque a abordagem revelou­sesensível ao hibridismo cultural no acolhimento da diferença sem hierarquia; na representação do sujeito que habita umarealidade intervalar; na expressão do ambiente rural­ribeirinho São Domingos do Capim; na produção do mapa doespaço­lugar, em que o eu e o outro, entre, através e por meio, inscrevem­se enquanto alfabetizandos amazônidas.

Além disso, graças à diversidade: na comunicação das variações linguísticas; no desvelamento da resistência, em quea ordem é silenciosamente desautorizada e as práticas tradicionais e místicas são intensamente utilizadas; no anúnciode uma imaginação poética e mestiça, que mantém o rumo do viver cotidiano; na evidência da resistência dapedagogia do cotidiano que se mistura e é atravessada entre a conversa e a escola.

Podem ser notados, por meio da pesquisa, conflitos entre o modo da vida ribeirinha e o da cidade e entre os saberesdas gerações idosas e dos jovens, demarcando áreas de fronteiras culturais, além da importância de se escutar osatores educacionais, conhecer os saberes imaginários, as experiências, as histórias de vida e o contexto social doseducandos.

É evidente, ainda, que, mesmo em comunidades praticamente isoladas, a geração nova vem sendo persuadida pelosideais da vida urbana globalizada. Porém, os ribeirinhos valorizam os seus saberes e práticas socioculturais, resistindoao processo de globalização e homogeneização capitalista, embora apontem os benefícios que a industrialização e osaber científico proporcionam à melhoria de sua produção e de vida social (OLIVEIRA, 2004).

A própria lógica de viver e pensar a população ribeirinha na Amazônia traz à tona o debate sobre a diversidade culturale possibilita trabalhar a educação como cultura.

Viver uma cultura é conviver com e dentro de um tecido de que somos e criamos, ao mesmo tempo, os fios, o pano,as cores o desenho do bordado e o tecelão. Viver uma cultura é estabelecer em mim e com os meus outros apossibilidade do presente. A cultura configura o mapa da própria possibilidade da vida social. Ela não é a economia enem o poder em si mesmos, mas o cenário multifacetado e polissêmico em que uma coisa e a outra são possíveis(Brandão, 2002, p. 24).

Observa­se que o processo cultural nas cidades rurais ocorre mais lentamente, ao passo que a convivência e aoscilação entre o tradicional e o moderno apresentam­se ágeis nas poéticas orais e em outras formas de expressão ecomunicação humana. O meio natural também se altera em contato com as tecnologias contemporâneas, todavia, acultura do “sou do interior” tem suas formas de resistência.

Ritmos como brega, sampagode, bregote e zuque convivem com músicas de raiz tocadas, principalmente, em festaspopulares. Os sons batidos do carimbó, do lundu, das toadas, ou a melodia religiosa, das ladainhas e das músicaslitúrgicas das procissões são acompanhados de instrumentos artesanais, pau e corda, metais, ao lado dos tremes­terra3 . As igrejas evangélicas crescem, porém os rituais de pajelança continuam fortes.

Na culinária regional, o tabu das comidas “reimosa”, as galinhas caipiras e outros animais de quintais, partilham com ascriações à base de ração, verduras e legumes tratados com agrotóxico. As explicações científicas, muitas vezes, sãorelegadas em favor das sobrenaturais: vegetais protegem casas, benzeduras curam olhos gordos e mal olhados.

O encontro de culturas aparece na troca de bens. Dalcídio Jurandir (1942) comenta a estada de estrangeiros na ilha e ocontato com os marítimos gregos, ingleses, norteamericanos e espanhóis com os nativos.

É vinho da Itália, roupas da Inglaterra, champanhe da França e licores são servidos nas mesas rústicas dos barracões,em meio da cuia do açaí, do pirarucu assado, do camarão frito, da carne salgada e da cachaça com limão. Perfumes,capas, peles, conservas raras, cervejas inglesas espantam os caboclos curiosos e os negociantes ávidos (JURANDIR,1942, p. 10).

Por tradição, os modelos de investigação da realidade têm ensinado a separar os episódios, a olhar as partes,proporcionando, quase sempre, uma visão fragmentada do mundo, o que dificulta a compreensão da diversidade como

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necessária à manutenção da vida e das culturas. Ao mesmo tempo, é preciso considerar que essa manutenção dadiversidade não se dá sem conflitos, especialmente num mundo em que a homogeneização da vida e das culturastorna­se objeto de disputa.

Em São Domingos do Capim, uma região entre tantas que representa parte da

Amazônia Paraense e que apresenta extraordinária biossociodiversidade, esse processo de disputa torna­se evidente,quer seja na tentativa de homogeneizar as paisagens naturais, substituindo a rica biodiversidade por monoculturas epastagens, quer seja pelo isolamento das diversas culturas amazônicas à condição de subalternas.

Um dos grandes desafios a se colocar sobre a educação intercultural, especialmente na

Amazônia, é construir referenciais teórico­metodológicos que auxiliem na compreensão do universo amazônico emsuas múltiplas relações, como uma totalidade social, econômica, política e ambiental.

Nesse sentido, para avançar na discussão de tais referencias há necessidade do estabelecimento de uma agenda depesquisas, cujos estudos auxiliem a compreender saberes e práticas diversas que têm possibilitado a sustentabilidadedas diversas formas de vida e

3 Grandes aparelhagens sonoras, com o som grave muito potente, que quando tem o volume aumentado, faz o chão,os vidros, todo o entorno tremer, daí o povo apelidou de treme­terra.

culturas, bem como suas formações, transformações no tempo histórico, dentre outras questões.

Na Amazônia, isso se torna urgente em decorrência dos processos migratórios que têm contribuído para a diversidadecultural. Este parece ser um caminho interessante a ser seguido como possibilidade de subsidiar a educaçãointercultural em diversos ambientes educativos.

JURANDIR, D. Alguns Aspectos da Ilha do Marajó. Revista Cultura Política. Rio de Janeiro, ano 2, n.° 14.

OLIVEIRA, I. A. (Org). Cartografias Ribeirinhas: Saberes e Representações Sobre Práticas Sociais Cotidianas deAlfabetizandos Amazônidas. Belém: CCSE–Uepa, 2004.

SIMÕES, D.; TEXEIRA, E.; OLIVEIRA, I. A.; FARES, J.; FONSECA, M. J.; Cartografia de Saberes: Abordagem dePesquisa em Educação Intercultural. Belém: Uepa, 2007. Disponível em: <w.rizoma3.ufsc.br/textos/>. Acesso em 10de outubro de 2009.

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