PÓS-MODERNIDADE - Instituto Arte na...

22
PÓS-MODERNIDADE

Transcript of PÓS-MODERNIDADE - Instituto Arte na...

PÓS-MODERNIDADE

03_AF_03.indd 1 28/05/10 17:52

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Shirlene Vila Arruda - Bibliotecária)

INSTITUTO ARTE NA ESCOLA

Pós-modernidade / Instituto Arte na Escola ; autoria de Olga Egas ; coorde-nação de Mirian Celeste Martins e Gisa Picosque. – São Paulo : Instituto Arte na Escola, 2010.

(DVDteca Arte na Escola – Material educativo para professor-propositor ; 160)

Foco: CT-B-30/2010 Conexões TransdisciplinaresContém: 1 DVD ; Biografias; Glossário ; BibliografiaISBN 978-85-7762-039-5

1. Artes - Estudo e ensino 2. Arte contemporânea 3. Década de 1980 4. Cultura pós-moderna 5. História do Brasil 6. Arte e história I. Egas, Olga II. Martins, Mirian Celeste III. Picosque, Gisa IV. Título V. Série

CDD-700.7

PÓS-MODERNIDADE Copyright: Instituto Arte na Escola

Autor deste material: Olga Egas

Assessoria em História: Claudio Moreno Domingues

Revisão de textos: Nelson Luis Barbosa

Padronização bibliográfica: Shirlene Vila Arruda

Diagramação e arte final: Jorge Monge

Autorização de imagens: Cesar Millan de Brito

Fotolito, impressão e acabamento: Indusplan Express

Tiragem: 200 exemplares

Créditos

MATERIAIS EDUCATIVOS DVDTECA ARTE NA ESCOLAOrganização: Instituto Arte na Escola

Coordenação: Mirian Celeste Martins Gisa Picosque

Projeto gráfico e direção de arte: Oliva Teles Comunicação

MAPA RIZOMÁTICO

Copyright: Instituto Arte na Escola

Concepção: Mirian Celeste Martins Gisa Picosque

Concepção gráfica: Bia Fioretti

03_AF_03.indd 2 28/05/10 17:52

DVDPÓS-MODERNIDADE

Ficha técnicaGênero: Documentário.

Palavras-chave: Arte contemporânea; linguagens híbridas; vi-deoarte; instalação; ready-made; happening; cinema; música; multimídia; grafite; materialidade; imaterialidade; história do Brasil; artista e sociedade; pluralidade cultural.

Foco: Conexões Transdisciplinares

Tema: Os aspectos estéticos e as tendências culturais na pós-modernidade dos anos 1980 na cidade de São Paulo.

Personalidades abordadas: Cildo Meireles, Frans Krajcberg, Guto Lacaz, Nam June Paik, Otávio Donasci, Paralamas do Sucesso, Tomie Ohtake, entre outros.

Indicação: A partir do 8º ano do Ensino Fundamental.

Nº da categoria: CT-B-30

Direção: Mirella Martinelli.

Realização/Produção: Instituto Itaú Cultural, São Paulo.

Ano de produção: 1989.

Duração: 16’.

Coleção/Série: Panorama histórico brasileiro.

SinopseO documentário faz um retrato urbano da cidade de São Paulo na década de 1980, com sua pluralidade e diversidade de pro-dução cultural. Época marcada pelo ecletismo estilístico e pela pesquisa de novos meios e suportes, une arte e tecnologia. Mostra o grafite como arte que ganha as ruas, comunicando e expressando a linguagem da cidade e a linguagem do cinema em junção com a música, que faz nascer o videoclipe. Pontua os acontecimentos políticos e socioculturais que influenciam a

03_AF_03.indd 1 28/05/10 17:52

2

postura da juventude que questiona as injustiças sociais e as políticas econômicas.

Trama inventivaPonto de contato, conexão, enlaçado em Os olhos da Arte com um outro território provocando novas zonas de contágio e reflexão. Abertura para atravessar e ultrapassar saberes: olhar transdisciplinar. A arte se põe a dialogar, a fazer contato, a contaminar temáticas, fatos e conteúdos. Nessa intersecção, arte e outros saberes se alimentam mutuamente, ora se com-plementando, ora se tensionando, ora acrescentando, uns aos outros, novas significações. A arte, ao abordar e abraçar, com imagens visionárias, questões tão diversas como a ecologia, a política, a ciência, a tecnologia, a geometria, a mídia, o incons-ciente coletivo, a sexualidade, as relações sociais, a ética, entre tantas outras, permite que na cartografia proposta se desloque o documentário para o território das Conexões Transdisciplinares. Que sejam estas então: livres, inúmeras e arriscadas.

O passeio da câmeraEm bloco único e em linguagem de videoclipe, o documentário mostra o espaço/tempo e os homens na São Paulo dos anos 1980. Vê-se a metrópole de São Paulo sob enfoque e ângulos inusitados: a paisagem urbana das vias expressas, túneis, redes elétricas, grafites e pichações; cultura de punks, discotecas, televisão, informática. Os meninos da Praça da Sé. As traduções do “novíssimo cinema paulista”. A poesia concreta, as novas linguagens e mensagens das artes plásticas e arquitetura; a influência da cultura global, a convivência de ruínas e vanguar-das. De modo veloz, a câmera nos transporta por caminhos da metrópole paulistana, desorganizada e deteriorada.

No contexto do inicio dos anos 80 do século XX, as grandes metrópoles mundiais vivenciam o caos urbano e a ruptura dos paradigmas sociais e políticos. Em meio a movimentos de trans-gressão à ordem estabelecida, cai o Muro de Berlim, surgem

03_AF_03.indd 2 28/05/10 17:52

material educativo para o professor-propositor

3

PÓS-MODERNIDADE

os punks, darks, góticos, entre outras manifestações jovens, elementos clássicos se fundem aos modernos. Há a globalização das notícias, informações, consumismo, e também das crises econômicas mundiais, fome, terror e conflitos militares. Como sobreviver no mundo da incerteza? “Há algo de errado no paraíso, é muito mais do que contradição”, canta, em 1984, Herbert Vianna da banda de rock nacional Paralamas do Sucesso.

O Brasil respira a sensação de vazio pós-ditadura, afinal, em termos sociais, para os trabalhadores, como disse Leo Jaime: “Ô, ô, ô, ô, nada mudou” (na música Nada mudou, de 1986).

A abertura política e a anistia decretada em 28 de agosto de 1979, pelo então presidente João Baptista Figueiredo, convocam novos dilemas para a arte. Os artistas pós-modernos inauguram um novo modo de ver o mundo, quando abandonam o raciona-lismo do período anterior, conectando as linguagens artísticas à realidade fragmentada e plural, influenciados por tendências internacionais.

Sugerimos, neste material, abrir conexões com o foco em Mate-rialidade para pesquisar a ruptura do suporte e a imaterialidade. Outras questões apresentadas no vídeo nos impulsionam para proposições pedagógicas ligadas ao território Linguagens Artís-ticas – linguagens híbridas, videoarte, instalação, ready-made, happening, multimídia, grafite e apropriação de imagens; Saberes Estéticos e Culturais – arte contemporânea, artista e sociedade; em Conexões Transdisciplinares e a história do Brasil.

Os olhos da Arte QUIS

MUDAR TUDO

MUDEI TUDO

AGORAPÓSTUDO

EXTUDO

MUDO

(Augusto de Campos, Pós-tudo)

03_AF_03.indd 3 28/05/10 17:52

4

Otávio Donasci - VideoCriaturas (Família), 1984videoperformance

Anos 1980, Brasil. Vinte anos de ditadura tentam afastar a ameaça de socialismo. A economia mantém-se aberta ao capital estrangeiro e às multinacionais, constituindo o “milagre econômico”. Luta-se por melhores condições de vida nas novas megalópoles. O Brasil passa ao pluripartidarismo e exige “Diretas já!”.

Nesse contexto, no início da década de 1980 o debate sobre o pós-moderno se instala no Brasil por meio da Revista 7 e após a polêmica despertada pelo poema Pós-tudo, de Augusto de Campos. O poema é um epigrama que joga com a polissemia das palavras mudo e tudo, remetendo a ideias como mudança, emudecimento, totalidade e pretensão, entre outras, de modo a apontar as “in-certezas” da pós-modernidade. O poema, como se pode ver no documentário, é organizado de forma gráfica, permitindo múltiplas leituras. Apesar da dificuldade de transcrevê-lo em suas formas e tipos originais em letraset, podemos ao menos indicar sua estrutura, inserindo o poema como epígrafe deste texto.

O interessante é que o pós-modernismo se tornou um dos temas centrais da cultura contemporânea, bem como suporte do pensamento para olhar o modo de ser e estar no mundo contemporâneo. Pode-se assim dizer que o pós-modernismo é a

03_AF_03.indd 4 28/05/10 17:52

material educativo para o professor-propositor

5

PÓS-MODERNIDADE

cultura da sociedade pós-industrial. Ou seja, o pós-moderno está para a cultura como o pós-industrial está para a sociedade.

No território da arte, há quem considere que a pop art marcou o início da produção artística do pós-modernismo ao valorizar os ícones da sociedade de consumo, ao mesmo tempo que criticava o subjetivismo e o hermetismo da arte moderna e colocava fim à beleza como valor supremo da arte. Na década de 1970, a chamada arte conceitual que propunha a desmaterialização da arte ao dar sumiço em seu objeto parecia contribuir para uma nova concepção artística, na qual pintura e escultura seriam supérfluas, pois somente haveria interesse pela ideia, pela cria-ção mental do artista, registrada num esquema, num esboço ou mesmo numa frase.

Nos anos 1980, entretanto, a desterritorialização cultural imposta pelo processo de globalização levou jovens artistas à elaboração de novos produtos culturais que resultavam do constante trânsito que eles estabeleciam entre a tradição da história da arte e os fragmentos do mundo atual.

Assim, a pintura e a escultura renasceram da desmaterialização dos anos 1970. Propôs-se tanto uma volta ao passado quanto uma imersão total no presente, com as imagens de TV, a pro-dução audiovisual e a videoarte assumindo o lugar de honra das produções culturais. Essa nova fase artística recebeu várias denominações: Transvanguarda, na Itália; Neoexpressionismo, na Alemanha, Holanda e Bélgica; Pattern ou Bad-Painting, nos Estados Unidos.

No Brasil, fazendo eco com a Transvanguarda italiana e com o Neoexpressionismo alemão, jovens artistas sediados em São Paulo e no Rio de Janeiro, para a perplexidade das gerações anteriores, praticavam a pintura. Jovens artistas que trabalhavam em ateliês coletivos apresentando-se em mostras que marcam a época, como Grandes formatos, do Ateliê da Lapa, no Rio de Janeiro, e Pintura como meio, dos paulistanos da Casa 7, foram responsáveis pela apresentação de nomes como Leonilson, Daniel Senise, Nuno Ramos, Luiz Zerbini, Leda Catunda, Angelo Venosa, entre outros. Além, claro, da exposição Como vai você, Geração

03_AF_03.indd 5 28/05/10 17:52

6

80?, ocorrida em julho de 1984, na Escola de Artes Visuais do Parque Laje (EAV) que teve repercussão inigualável.

Qual o diferencial das pinturas da Geração 80 em relação à de outros tempos? A pintura explode em tendências informais, figurativas e gestuais, explorando materiais baratos e precá-rios, a violência, o grotesco, a sátira e o humor em telas de grandes dimensões.

Entre eles, a exploração do gesto expressionista sobre grandes folhas de papel, em geral papel kraft, sem maiores preocupações com acabamento ou durabilidade. A tinta industrial aplicada sobre o kraft, que não a absorve, produz efeitos singulares: cores brilhantes e variadas, pinceladas encorpadas e linhas de tintas que teimam em escorrer, como em obras de Fábio Miguez, Carlito Carvalhosa, Paulo Monteiro, Rodrigo Andrade e Nuno Ramos.

A materialidade é, portanto, uma procura estética dos artistas da Geração 80 que leva a pesquisa do potencial expressivo de diferentes materiais e suportes. O esmalte sintético sobre o papel kraft, por exemplo, seca relativamente rápido, diferen-temente da tinta a óleo onde o processo fica muito mais lento e, por suas propriedades físicas, propicia uma pintura de áreas de cor chapada. O papel kraft, assim como o esmalte sintético são materiais muito baratos, o que permitia uma produção em grande escala e profusão.

Além disso, os anos 1980 marcam a tomada de consciência dos artistas para a intervenção das novas tecnologias na vida cotidiana, constituindo uma verdadeira ruptura com as pesquisas anteriores a respeito da interação entre arte e tecnologia.

A tomada de consciência desse fenômeno por jovens artistas, mas também por artistas engajados há muito tempo na valoriza-ção de técnicas para fins estéticos, é o ponto essencial nesse desenvolvimento. É a partir desse momento que se pode falar de uma arte da tecnociência, de uma arte em que intenções estéticas e pesquisas tecnológicas fundadas cientificamente parecem ligadas indissoluvelmente e, em todo caso, se influen-ciam reciprocamente.

03_AF_03.indd 6 28/05/10 17:52

material educativo para o professor-propositor

7

PÓS-MODERNIDADE

Nesse período, vários suportes começaram a ser experimen-tados para representação artística: o laser, a holografia, a eletrografia, a scan TV (TV de varredura lenta) etc. Mas foi o vídeo que emergiu como a principal forma de representação, situando a pesquisa artística nas questões do tempo e de espaço modificados pelas novas tecnologias.

Associado ao computador, o vídeo pôde sintetizar imagens sem a utilização de câmeras. Esse fato faz que o vídeo também lide com problemas de imaterialidade, simulação e realidade.

O tempo pós-moderno dos anos 1980 contribuiu para a ela-boração de novos modos de fazer arte, entrelaçando culturas tradicionais e adquiridas, e a criação de uma nova sensibilidade, produzindo uma arte híbrida, produto desses tempos atuais.

Finalizando, o momento pós-moderno não apresenta propostas estéticas definidas, nem coerências, tampouco um estilo. Dife-rentes propostas e estilos convivem ou se antagonizam formando um ecletismo ou o que podemos nomear de pluralismos artístico.

O passeio dos olhos do professorConvidamos você para ser um leitor do documentário, antes do planejamento de sua utilização. Assista ao filme por inteiro, fazendo anotações que podem marcar o início de um diário de bordo como um instrumento para o seu pensar pedagógico durante todo o processo com seus alunos. Oferecemos uma pauta do olhar para apoiar/provocar sua percepção:

O que o documentário desperta em você?

Para você, o documentário apresenta conhecimentos novos?

Como as circunstâncias brasileiras e mundiais na década de 1980 foram alterando a percepção e a leitura de mundo da época? É possível perceber um percurso no documentário?

Como a abertura política e a configuração da Nova República permitiram pensar um novo homem, uma nova expressão e uma nova arte?

03_AF_03.indd 7 28/05/10 17:52

8

Os flashes das filmagens da época, mostrando cenas do cotidiano, em que são instigantes para você?

Sobre o documentário: o que as imagens mostradas provo-cam em você?

Quais surpresas e estranhamentos o documentário apresenta para seus alunos? O que eles gostariam de ver?

Agora reveja suas anotações, o passeio de seus olhos sobre o mapa potencial do documentário e o pensar sobre seus alunos. A partir delas, qual foco você escolheria para ampliar os olhares dos alunos?

Percursos com desafios estéticos

O passeio dos olhos dos alunosAlgumas possibilidades:

Nos anos 1980, a transgressão e a rebeldia são exploradas também na música. Ocupando cada vez mais espaço na mídia, por meio do videoclipe, de shows e de programas de auditório. A televisão inova com a programação relacionada à cultura pop para o publico adolescente e jovem. Um exemplo é a criação da MTV (Music Television), fundada em 1981 em Nova York, que chega ao Brasil em 20 de outubro de 1990. No documentário, há um trecho do videoclipe da canção A novidade, da banda Paralamas do Sucesso, composta por Herbert Vianna, Bi Ribeiro, João Barone e Gilberto Gil. Apresente a letra da música aos alunos:

A novidade veio dar à praia / Na qualidade rara de sereiaMetade, o busto de uma deusa maia / Metade, um grande rabo de baleiaA novidade era o máximo / Um paradoxo estendido na areiaAlguns a desejar seus beijos de deusa / Outros a desejar seu rabo pra ceiaÓ, mundo tão desigual / Tudo é tão desigualO, o, o, o... / Ó, de um lado esse carnaval / De outro a fome total / O, o, o, o...E a novidade que seria um sonho / O milagre risonho da sereiaVirava um pesadelo tão medonho / Ali naquela praia, ali na areia

03_AF_03.indd 8 28/05/10 17:52

material educativo para o professor-propositor

9

PÓS-MODERNIDADE

A novidade era a guerra / Entre o feliz poeta e o esfomeadoEstraçalhando uma sereia bonita / Despedaçando o sonho pra cada ladoÓ, Mundo tão desigual... / A Novidade era o máximo... / Ó, Mundo tão desigual...

O que essa letra provoca nos alunos? O que eles expressam sobre a realidade social dos anos 80 do século XX? Depois da conversa a partir dessas questões, proponha a exibição do documentário. Em continuidade, a conversa, de que modo eles ressignificam a canção, conhecendo o contexto político e cultural da década de 80 do século XX? Que metáforas identificam? Quais outras composições e artistas da época poderiam ser analisados?

Em Crônicas de amor à arte, o crítico de arte Frederico Morais (1995, p.16), em relação aos anos 1980, escreve:

Fora Tristeza, fora dogmatismos e formalismos de qualquer espécie, fora neopositivistas e ideólogos, fora toda rigidez, fora o darwinismo em arte, pois esta vive hoje à deriva, o artista é um barco à procura de um porto temporário. Abaixo a dor, a fossa, a bossa, a roça, que a arte nos anos 80 continua essencialmente urbana, impaciente, mais próxima do que nunca da TV, dos mídia eletrônicos, dos rock, das feiras de arte, do dinheiro, da sociedade, do espetáculo, da civilização do descarte.

Antes da exibição do documentário, proponha aos alunos a leitura desse fragmento e uma conversa com questões como: Qual a interpretação que fazem? O que mais chama a atenção no pensamento do crítico de arte? Depois da conversa, o documentário pode ser exibido. Qual a leitura dos alunos sobre o documentário? Quais relações fazem entre texto do crítico de arte e documentário?

O Muro de Berlim foi construído em 1961 para cercar o setor capitalista da cidade de Berlim, durante a guerra fria entre países capitalistas alinhados aos Estados Unidos e socialis-tas alinhados com a antiga União Soviética (URSS). Divisão estabelecida, após a Segunda Guerra Mundial, pelas forças vencedoras de Adolf Hitler, para processar a desnazificação da Alemanha e da Áustria (que também foi dividida), mas que agora era área de disputa política e ideológica entre capitalistas e socialistas. Com 155 km de extensão, o muro

03_AF_03.indd 9 28/05/10 17:52

sistema simbólico

práticas culturais

estética e filosofia da Arte

teatro

linguagensconvergentes

sociologia da arte

qual FOCO?

qual CONTEÚDO?

o que PESQUISAR?

Zarpando

SaberesEstéticos eCulturais

história da arteConexõesTransdisciplinares

arte e ciênciashumanas

artista e sociedadesuportes

procedimentos

Materialidade

ruptura de suportes, pesquisa de outros meios e suportes, objetos cotidianos

experimentação, subversão de usos, procedimentos técnicos inventivos

Linguagens Artísticas

arte, ciênciae tecnologia

história do Brasil, política, cidades, contexto cultural e político, espaço público urbano, ditadura, sociedade de consumo, tipos humanos

meios eletrônicos, informática, digitalização de imagens

artesvisuais

meiosnovos

linguagens híbridas, videoarte, instalação, ready-made, happening, multimídia, grafite, apropriação de imagens, computação gráfica,videocriatura, videoinstalação

arquitetura, computação gráfica,imagem e palavra, moda, videoclipe

música

rock brasileiro, punk, experimental

cinema cinema brasileiro

arte como ideia

códigos,intertextualidade

pluralidade cultural, estética do cotidiano, cultura visual

arte contemporânea, arte e tecnologia, pop art, arte popular,

natureza da matéria

materiais não convencionais

poéticas da materialidade

materialidade/imaterialidade,imagens videográficas, poética do efêmero, transformação

PÓS-MODERNIDADE

12

se tornou uma imensa tela em branco, separando ideologias, pessoas e culturas. No início dos anos 1980, artistas e jovens alemães do lado ocidental (capitalista), influenciados pela cena urbana norte-americana, intervêm no muro, expres-sando o inconformismo e sua visão do mundo por meio do grafite e da pichação. O que conhecem sobre a origem do grafite? Em que situação é permitido? O que atrai ou causa estranhamento nos alunos? Provocados por essas questões, apresente o documentário. Qual a descoberta sobre o que conversaram, após a exibição?

Desvelando a poética pessoalÉ importante estimular o aluno a ampliar a sua percepção e imaginação e descobrir a sua poética pessoal. Para que isso aconteça, é necessário muito mais do que um trabalho, mas uma sequência de pesquisa e de diversas produções que podem demandar várias aulas ou mesmo atividades paralelas.

Colocando como foco a Materialidade, a compreensão sobre a ruptura do suporte e até mesmo a imaterialidade são questões desafiadoras. A reflexão pessoal pode começar com uma pes-quisa sobre arte contemporânea.

Sugerimos uma visita virtual ao percurso educativo Isto é arte? disponível no site do Itaú Cultural: <http://www.itaucultural.org.br>. Clicando em Enciclopédias, na coluna à direita, selecione Percursos Educativos e escolha a opção Isto é arte? ou use o link direto: <http://www.itaucultural.org.br/istoearte/index.html?cd_pagina=1245>.

A proposta é navegar em todas as 10 perguntas frequentes. Observe a opção artistas que têm a ver e suas poéticas, as imagens ampliadas e assista às animações correspondentes. Experimente os exercícios ali propostos.

A partir das descobertas pessoais em Isto é arte? e as questões propostas no documentário, os alunos podem elaborar um texto visual argumentando sobre as transformações na arte e no uso dos materiais e suportes não tradicionais. Comente a descoberta

03_AF_03.indd 12 28/05/10 17:52

material educativo para o professor-propositor

13

PÓS-MODERNIDADE

das semelhanças e diferenças entre as obras apresentadas no site e no documentário e outras que você conhece; descreva suas surpresas e inquietações com/sobre arte. O acompanhamento do professor e a socialização para o grupo ampliam a leitura e a compreensão sobre a materialidade na arte contemporânea.

Ampliando o olhar Como vai você, Geração 80? é o título da exposição reali-

zada em 1984 na Escola de Artes Visuais do Parque Lage (EAV), no Rio de Janeiro. Com o intuito de apresentar a variada produção do inicio da década, reuniu 123 artistas do eixo Rio-São Paulo, expondo obras de grande formato, explorando elementos da cultura de massa, a mistura entre os elementos, as cultura popular e erudita e citações à história da arte. A exposição destaca, sobretudo, o diálogo que a nova geração estabeleceu com o que fora feito antes dela e, no âmbito internacional, daquilo que estava sendo feito em outros territórios. Alex Vallauri, Ana Maria Tavares, Beatriz Milhazes, Cristina Canale, Daniel Senise, Ester Grinspum, Frida Baranek, Gonçalo Ivo, Jorge Guinle, Karin Lambrecht, Leda Catunda, Leonilson, Luiz Zerbini, Luiz Pizarro, Mônica Nador, Sérgio Romagnolo, Nelson Felix e Elizabeth Jobim são alguns dos participantes. Para ampliação do olhar dos alunos sobre a Geração 80, na DVDteca Arte na Escola, há os seguintes documentários: Tela s/tinta (Geração 80); BR80: pintura Brasil década 80; Nuno Ramos: arte sem limites; Recortes de Leda Catunda; Karin Lambrecht: de corpo e alma; Daniel Senise: a construção da ausência e Leonilson: tantas verdades.

Em relação à imaterialidade, o olhar dos alunos pode ser ampliado com a exibição dos documentários: [art.digital]; Videoarte: experimentos de imagem e Rafael França: obra como testamento, disponíveis na DVDteca Arte na Escola.

Nos anos 1980, a produção de jovens artistas em ateliês coletivos nos mostrou a força da juventude. Sem pretensão

03_AF_03.indd 13 28/05/10 17:52

14

de ser um movimento, mas tentando viver de seu próprio tra-balho, a Geração 80 foi uma forma de comunicação dos jovens artistas que buscavam amadurecer seu pensamento crítico e ampliar as suas formações, por meio do estudo conjunto e da troca de experiências. Houve nesse momento a retomada de um estilo de vida artístico muito comum no período modernista, ou mesmo no passado mais longínquo, quando os artistas se reuniam em grupo para estudar juntos. Você pode perguntar: e a sua geração, como vai? Quais atitudes os alunos têm perce-bido nos jovens de hoje? Há movimentos para melhorar a vida coletiva e a formação? Quais exemplos de atitudes juvenis eles conhecem? Como a geração do século XXI tem lidado com os acontecimentos políticos recentes? Que conhecimento eles têm sobre as manifestações estudantis que protestavam e infernizavam a ordem da ditadura militar? E mais tarde, sobre o movimento dos estudantes “caras pintadas”, que exigiam, no decorrer do ano de 1992, o impeachment do presidente Fernando Collor de Mello (1990-1992)? Quais semelhanças e diferenças podem perceber entre essas duas gerações (de 1980-1990 e do século XXI).

Guto Lacaz transita entre o design gráfico, a criação com objetos do cotidiano e a exploração da ciência e da tecnologia na arte. Constrói suas máquinas absurdas, com dispositivos inúteis, como um engenheiro especialista na desmontagem e na desorganização do sistema produtivo industrial. O clima tecnológico presente em suas produções ironiza o mito do progresso: existe progresso real, social, na era da informá-tica? Vários de seus trabalhos relacionam-se ao universo da mídia e do consumo, performances, grandes instalações e intervenção. Sobre a obra Eletro esfero espaço (1986), apresentada no documentário, o artista comenta que:

Minha primeira instalação consistiu de vinte e seis aspiradores de pó dis-postos em duas linhas de treze unidades cada, de maneira a produzir ar sob pressão fazendo com que 26 esferas flutuem no ar. Na entrada, o visitante recebe um walkman com a trilha sonora Tannhauser de Richard Wagner e atravessa o corredor pelo tapete vermelho. Este trabalho produz grande felicidade para os que o vivenciam, pois cada um se sente homenageado por esta guarda de honra inusitada. (Disponível em: <http://www.cibercul-tura.org.br/tikiwiki/tiki-index.php?page=Eletro+Esfero+Espa%C3%A7o>)

03_AF_03.indd 14 28/05/10 17:52

material educativo para o professor-propositor

15

PÓS-MODERNIDADE

Na DVDteca Arte na Escola, o documentário As máquinas de Guto Lacaz possibilita aos alunos conhecer a produção do artista.

Conhecendo pela pesquisa Frederico Morais (2000), comentando sobre a produção

artística do polonês Frans Krajcberg, que adotou o Brasil como pátria, afirma que:

A obra realizada por Frans Krajcberg, ao longo de meio século, ba-seada no íntimo relacionamento com a natureza, é mais do que um projeto estético. É uma ética. É a invenção de um destino através da reinvenção da natureza. Ao fazer de sua obra uma espécie de memória da natureza, que ele faz irromper no seio da cultura, quer anular uma outra memória: seu próprio passado. Moldou seu destino conforme as exigências de um relacionamento com a natureza que adquire um caráter messiânico. Uma luta titânica que vem travando no interior mesmo da natureza, no coração vulcânico da matéria natural, em nome de uma revolta individual que tinha muito a ver com sua solidão, mas que adquiriu, com o tempo, uma dimensão universal e planetária, quando encarada no plano mais ambicioso de uma política e ética ecológicas.

Proponha aos alunos um levantamento sobre os materiais que poderiam ser pesquisados para expressar texturas e sensações de reinvenção da natureza.

O vídeo e a televisão, associados a outras mídias e linguagens, traduzem a tentativa de aproximação entre a criação artística e a realidade urbana, a natureza e a tecnologia. Dança, pintura, escultura, música, teatro e literatura interagem entre si, para ampliar as possibilidades de pensar a representação. Insta-lações, happenings e performances alteram as relações da obra de arte com o espaço físico. A chegada do vídeo nesse universo sinaliza novos caminhos para a arte, convocando o espectador observador da obra ao movimento e à participação. No Brasil, o desenvolvimento da videoarte remete à expan-são das pesquisas nas artes plásticas e à utilização cada vez mais frequente, a partir dos anos 1960, de recursos audiovisuais por artistas como Antonio Dias, Artur Barrio, Iole de Freitas, Lygia Pape, Arthur Omar, Antonio Manuel,

03_AF_03.indd 15 28/05/10 17:52

16

Hélio Oiticica, Regina Silveira, Julio Plaza, Carmela Gross, entre outros, além do artista sul-coreano Nam June Paik, que é apresentado no documentário. O que os alunos podem descobrir sobre esses artistas e sua produção em video?

Nos anos 1980, Otávio Donasci apresentou sua videocriatura, um híbrido entre gente e máquina. Um monitor de TV colocado sobre um ator escondido sob tecidos pretos apresentava a imagem de um rosto que interagia com o público. A perfor-mance da Cia. Videocriaturas, apresentada no documentário, pretendia ampliar os recursos expressivos do ator, incorporando a linguagem dos meios audiovisuais; enquanto o vídeo ganha a dimensão cênica do teatro, o videoteatro, criando uma linguagem híbrida ao unir as formas mais antigas de expressão com as mais recentes, por meio da multimídia. O que os alunos podem descobrir sobre o artista Otávio Donasci e suas videocriaturas?

Entre 1981 e 1983, as edições da Bienal Internacional de São Paulo apontam a retomada da pintura sob influência da Transvanguarda italiana e do Neoexpressionismo alemão. Em 1985, Sheila Leirner apresenta na 18ª Bienal Internacional de São Paulo uma ousada proposta curatorial – a “grande tela” –, reunindo num extenso corredor a linguagem pictórica nacional e internacional. Quais artistas participaram da “grande tela”? Qual era o teor dessa proposta? Como se comportaram os críticos? Esses podem ser o mote da pesquisa.

Amarrações de sentidos: portfólioDar sentido ao que se estudou é bastante importante para que o aluno se aproprie de suas descobertas. É importante, também, perceber e valorizar o percurso trilhado entre a pesquisa, o fazer artístico, a apreciação, o pensar e discutir arte. Assim, o portfólio é um bom modo de registrar com sua marca pessoal as ideias iniciais e as mudanças do percurso. Para tal, sugerimos um portfólio, montado como um livro de artista, registrando de modo estético e textual os estudos desenvolvidos no projeto a partir do documentário e as novas questões que se abrem para a continuidade do aprender arte.

03_AF_03.indd 16 28/05/10 17:52

material educativo para o professor-propositor

17

PÓS-MODERNIDADE

Valorizando a processualidadeOnde houve transformações? O que os alunos perceberam que conheceram? A discussão a partir dos livros de artista desenvol-vidos pode levar à reflexão sobre todo o processo. Incentive a fala dos alunos sobre o que mais gostaram e o que menos apre-ciaram, o que foi mais importante e o que faltou. A escuta dessas respostas, junto com seu diário de bordo, permite reflexões sobre o seu próprio aprendizado. É o momento de reconhecer e anotar suas descobertas, achados pedagógicos e tomar consciência das novas possibilidades despertadas por essa experiência.

Personalidades abordadasCildo Meireles (Rio de Janeiro/RJ, 1948) – Artista multimídia que encara a arte como uma forma de pensar, transformando objetos mundanos em reflexão. Do desenho passa a uma produção conceitual voltada à crítica aos meios e supor-tes das linguagens artísticas tradicionais. Residiu em Nova York entre 1971 e 1973. No Brasil dos anos 1970-1980, Cildo arquiteta uma série de trabalhos (Inserções ideológicas) propondo uma severa crítica à ditadura militar, ao tocar em questões sociopolíticas de maneira contundente, e ao mesmo tempo, tra-balha engenhosamente e de maneira inédita com alguns materiais, recriando as relações tempo/espaço. Entre suas obras destacam-se as Inserções e Desvio para o vermelho, de 1967, reinstalada na 24ª Bienal de São Paulo. Nessa, a cor vermelha funciona como símbolo das torturas sangrentas e guarda a memória das sensações dos tristes anos de ditadura. Frans Krajcberg (Polônia, 1921) – Escultor, pintor, gravador, fotógrafo. Chega ao Brasil em 1948, procurando reconstruir sua vida, após perder toda a família durante a Segunda Guerra Mundial. Com formação em engenharia e artes, realizada em Leningrado, inicia sua carreira artística no Brasil no Rio de Janeiro, onde divide ateliê com o escultor Franz Weissmann. Vai para Paris entre 1958 e 1964, alternando viagens a Ibiza, na Espanha. Volta ao Brasil em 1964, instala um ateliê em Cata Branca/MG e começa a criar as “sombras recortadas”, nas quais associa a sinuosidade dos cipós e raízes à geometria dos recortes. Em 1972, passa a residir em Nova Viçosa, no litoral sul da Bahia, produzindo intervenções em troncos e raízes, entendendo-os como desenhos no espaço. Desde 1978, atua como ecologista, luta que assume caráter de denúncia em seus trabalhos. Krajcberg viaja constantemente para a Amazônia e o Mato Grosso, e registra por meio da fotografia os desmatamentos e as queimadas da região. Dessas viagens, retorna com troncos e raízes calcinados, que utiliza em suas esculturas. O Instituto Frans Krajcberg, em Curitiba/PR, foi inaugurado em 2003, recebendo a doação de mais de uma centena de obras do artista.Guto Lacaz (Carlos Augusto Martins Lacaz, São Paulo/SP, 1948) – Artista multimídia, ilustrador, designer, desenhista e cenógrafo. Formado em Ele-trônica Industrial e em Arqui tetura, mas logo se dedica às artes visuais e

03_AF_03.indd 17 28/05/10 17:52

18

à sua carreira de professor. Nos anos 1980, atua como editor de arte das revistas Around/AZ e Via Cinturato. Realiza performances, como Eletro-performance, 1984; Estranha descoberta acidental, 1984; O executivo heavy metal, 1987; Máquinas II, 1999, en tre outras. Na década de 1990, ilustra livros e artigos de jornais. O design gráfico, a criação com objetos do cotidiano e a exploração das possibilidades tecnológicas na arte são trata dos em sua obra com humor e ironia. Nam June Paik (Coreia do Sul, 1932 - Estados Unidos, 2006) – Músico e artista multimídia. Pertence à primeira geração de videoartistas que na década de 1960 inventaram a arte do vídeo, distorcendo e modificando a imagem convencional da televisão. Inicia sua carreira como compositor e músico estudando na Universidade de Tóquio. Em 1956, ao estudar na Alemanha e combinando seus interesses pela música, aparelhos eletrônicos e arte, decide criar “algo novo, uma pintura feita com sons”, segundo a sua própria definição. Em 1958, conhece o compositor John Cage. Influenciado por suas ideias, participa do grupo Fluxus, um movimento de artistas que surge no pós-guerra e que conta com a participação de Joseph Beuys. Seus projetos estéticos utilizam os efeitos de aceleração e multiplicidade de imagens associados aos recursos do circuito fechado e da possibilidade de projeção em tela. Otávio Donasci (São Paulo/SP, 1952) – Performer multimídia, diretor de criação, diretor de espetáculos multimídia e mestre em Artes Plásticas. Na década de 1970, trabalha em teatro como ator, diretor e cenógrafo, ganha os prêmios APCA e Mambembe pelo conjunto de sua obra (1984). Na década de 1980, cria videoperformances com suas videocriaturas, apresentadas na maioria dos festivais de vídeo e arte eletrônica do país e do exterior (Nova York, Paris, Berlim, Montreal, Lisboa e no Japão), além de participar de três edições da Bienal Internacional de São Paulo. Na década de 1990, cria e dirige as Expedi-ções Experimentais Multimídia, em parceria com Ricardo Karman. Ao longo da sua carreira é contemplado com os prêmios Colunistas, Clio Awards, Festival de Cannes, International Film Festival of New York, Festival de Sawa e Site.Paralamas do Sucesso – Banda de rock brasileiro, formada no início dos anos 1980, com Herbert Vianna, Bi Ribeiro e João Barone. Reunidos no Rio de Janeiro, se apresentam no circuito alternativo da cidade. Os Paralamas sempre estiveram à frente das inovações de linguagens estéticas, não só musicais, mas também visuais entre capas de seus discos, fotografias e clipes. “Na contramão da tendência do videoclipe nos anos 1980 que abu-sava de efeitos, fumaças, maquiagem e estúdio, fomos pra rua, ver gente real” afirma Roberto Berliner, um dos diretores do documentário Herbert de perto, lançado em 2009.

GlossárioGeração 80 – Designação para classificar um grupo de jovens artistas, quase todos do eixo Rio-São Paulo, que praticaram a arte pictórica utilizando geralmente o papel como suporte, abundância de cores brilhantes e muita liberdade de expressão. Ao contrário das gerações anteriores dos anos 1960 e 1970, não lançaram manifestos nem postularam plataformas sociais, apenas produziram sem preocupar-se com rótulos. Fonte: GERAÇÃO 80.

03_AF_03.indd 18 28/05/10 17:52

material educativo para o professor-propositor

19

PÓS-MODERNIDADE

Disponível em: <http://www.raulmendesilva.pro.br/projetobrasil/pag018.shtml>. Acesso em: jan. 2010.

Transvanguarda – O termo transvanguarda entra no vocabulário artístico com o livro A transvanguarda italiana, 1980, de Achille Bonito Oliva, para designar uma tendência da arte italiana exemplificada por artistas como Francesco Clemente, Mimmo Paladino, Enzo Cucchi, Sandro Chia e Nicola de Maria. Fonte: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de artes visuais. Disponível em: <http://www.itaucultural.org.br/enciclopedia>. Acesso em: jan. 2010.

BibliografiaARBEX JÚNIOR, José; TOGNOLI, Cláudio, Júlio. Mundo pós-moderno. São Paulo: Scipione, 1996.

BRANDÃO, Antonio Carlos; DUARTE, Milton Fernandes. Movimentos culturais de juventude. São Paulo: Moderna, 2004.

COELHO, Teixeira. Moderno pós-moderno. 2.ed. Porto Alegre: L&PM, 1990.

GONÇALVES, Lisbeth Rebollo. Arte brasileira no século XX. São Paulo: ABCA: Imprensa Oficial do Estado, 2007.

HARVEY, David. A condição pós moderna: uma pesquisa sobre as origens da mudança cultural. 6.ed. São Paulo: Loyola, 1996.

LYOTARD, Jean-François. A condição pós-moderna. Rio de Janeiro: J. Olympio, 2000.

MORAIS, Frederico. Crônicas de amor à arte. Rio de Janeiro: Revan, 1995.

MORICONI, Italo. A provocação pós-moderna: razão histórica e política da teoria de hoje. Rio de Janeiro: Diadorim: UERJ, 1994.

RODRIGUES, Marly. A década de 80: Brasil: quando a multidão voltou às praças. São Paulo: Ática, 2001.

SADER, Emir. A transição no Brasil: da ditadura à democracia? São Paulo: Atual, 1991.

SANTOS, Jair Ferreira dos. O que é pós-moderno. São Paulo: Brasiliense, 2004.

SILVEIRA, Marco Antonio. A volta da democracia no Brasil (1984-1992). São Paulo: Saraiva, 1998.

Webgrafiaos sites a seguir foram acessados em jan. 2010.

ARTUR Barrio. Disponível em: <http://arturbarrio-trabalhos.blogspot.com>.

HISTÓRIA. Textos sobre história do Brasil. Historianet, a nossa história. Disponível em: <http://www.historianet.com.br>.

HISTÓRIA contemporânea do Brasil. Centro de Pesquisa e Documentação - Fun-dação Getulio Vargas - FGV/CPDOC. Disponível em: <http://www.cpdoc.fgv.br>.

LEDA Catunda. Disponível em: <http://sergioeleda.sites.uol.com.br/pagina1l.html>.

03_AF_03.indd 19 28/05/10 17:52

20

NAM June Paik. Disponível em: < http://www.paikstudios.com>.NUNO Ramos. Disponível em: <http://www.fortesvilaca.com.br/artista/nuno-ramos>. ONDE está você, Geração 80?. Disponível em: < http://www.revistamuseu.com.br/galeria.asp?id=4413>.PARALAMAS do Sucesso – Clipes – Anos 80. Disponível em: <http://osparalamas.uol.com.br/video-principal/clipes-anos-80/234>.PINTURA. A volta da pintura nos anos 80. Disponível em: <http:// www.macvirtual.usp.br/mac/templates/projetos/seculoxx/modulo6/pintura.htm>.PROJETO Leonilson. Disponível em: <http://www.projetoleonilson.com.br>.VIDEOARTE. Disponível em: <http://www.emvideo.com.br/03_cul/03_prem/prem_00.html>.

FilmografiaADEUS Lenin! Dir. Wolfgang Becker. S.l.: X-Filme Creative Pool: Westdeuts-cher Rundfunk, 2003. 1 DVD (121 min.).

Ficção ambientada no processo de reunificação da Alemanha.

BR80: pintura Brasil década 80. Dir. Roberto Moreira. São Paulo: Instituto Itaú Cultural, 1991. 1 DVD (11 min.). (Aspectos da cultura brasileira). Acom-panha material educativo para professor-propositor. DVDteca Arte na Escola.CIDADE de Deus. Dir. Fernando Meirelles. S.l: Videofilmes: O2 Filmes, 2002. 1 DVD (135 min.). Distribuição: Lumière e Miramax Films.

Narra a trajetória em flashback dos moradores de uma comunidade de tra-balhadores, que sofre com a violência, a delinquência e o tráfico de drogas. Um grupo de jovens tenta sobreviver nesse meio e se torna vítma dele.

MUDA Brasil. Dir. Oswaldo Caldeira. S.l.: Encontro Produções Cinemato-gráficas, 1985. 1 DVD (105 min.).

Documentário político que registra os principais momentos de nosso país no começo das discussões sobre as eleições diretas, durante o governo militar, até a eleição de Tancredo Neves.

O QUINTO elemento. Dir. Luc Besson. S.l.: Société des Etablissements L. Gaumont, 1997. 1 DVD (126 min.).

Ficção no século XXIII, quando a humanidade precisa ser salva de alieníge-nas por uma força sobrenatural. Visual, vestuário e cenários psicodélicos, típicos da pós-modernidade.

TELA s/tinta: Geração 80. Dir. Malu de Martino. São Paulo: Burgos Pro-ductions, 1985. 1 DVD (30 min.). Acompanha material educativo para professor-propositor. DVDteca Arte na Escola.

03_AF_03.indd 20 28/05/10 17:52

Mapa potencial

PÓS-MODERNIDADE

03_AF_03.indd 22 28/05/10 17:52