Pós-Graduação Negócios Internacionais Prof. Luis Carlos Berti 29/Setembro/09 Projetos...
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Pós-Graduação Negócios Internacionais
Prof. Luis Carlos Berti29/Setembro/09
Projetos Financeiros InternacionaisAula 8 - Turma O
AgendaAgenda1. Conjuntura Econômica2. EVA
ConjunturaEconômica
- Um ano e meio depois de suas principais concorrentes, a agência de classificação de risco de crédito Moody’s concedeu ao Brasil o grau de investimento.- Trata-se de um selo de qualidade que indica que a probabilidade de um emissor de dívida dar calote é baixa.- Profissionais do mercado financeiro avaliam que, por vir tarde, o rating (nota) não terá implicações práticas relevantes para o País. Mas destacaram o efeito simbólico da medida, uma vez que o Brasil foi a primeira nação a ganhar esse status no meio da crise global.
1. Brasil é o primeiro país a obter grau deinvestimento durante a crise global
- O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, destacou que a Moody’s classificou o Brasil como vencedor. “Se uma agência como essa, conservadora, considera o País vencedor, é o selo que confirma o que temos dito, que o País entrou forte na crise, tomou medidas e está saindo mais forte e mais rápido da crise.”- A Moody’s vinha sendo cobrada pelo governo e por integrantes do próprio mercado financeiro pelo atraso em relação ao Brasil.- A primeira elevação do rating brasileiro para grau de investimento foi anunciada pela Standard & Poor’s, em abril do ano passado. Exatamente um mês mais tarde, no fim de maio, foi a vez da Fitch.
1. Brasil é o primeiro país a obter grau de investimento durante a crise global
- O analista da Moody’s responsável pela nota brasileira, Mauro Leos, negou que tenha havido “atraso”. Segundo ele, a agência queria avaliar como o Brasil se sairia diante da crise global.- Sobre isso, disse não ter mais dúvidas. “O que vimos é que, com o choque global, o Brasil não só teve desempenho melhor do que as pessoas pensavam, como parece estar mais forte ou equivalente a países que já são grau de investimento.”- Além de promover a nota brasileira (para Baa3), a Moody’s deixou o caminho aberto para mais uma elevação, ao definir a perspectiva para o País como “positiva”.
1. Brasil é o primeiro país a obter grau de investimento durante a crise global.
- “Muitos indicadores econômicos apontam para uma forte recuperação (do Brasil), uma retomada em (formato de) ‘V’. Se você olhar para diferentes países, em desenvolvimento e desenvolvidos, há poucos que não foram tão afetados pela crise e possuem fortes sinais de recuperação”, observou Leos.- Para Leos, “o maior risco para o Brasil é que haja otimismo exagerado”. “Se o governo não continuar agindo ou se houver muita entrada de capital, isso pode trazer problemas.- ”Segundo o analista, a preocupação da agência com a situação fiscal brasileira diminuiu. “O desafio fiscal do Brasil é menor que o de países com a mesma nota.”.”
1. Brasil é o primeiro país a obter grau de investimento durante a crise global.
- O economista-chefe do Banco Fator, José Francisco de Lima Gonçalves, viu uma “ironia” nessa posição da Moody’s.- “Eles promovem o Brasil justamente quando o governo anuncia que o superávit primário (economia para pagar juros da dívida pública) deste ano será inferior à meta.”- Como avaliam a capacidade de solvência de um emissor de dívida, as agências de risco costumam ser bastante rígidas na análise das contas públicas.
1. Brasil é o primeiro país a obter grau de investimento durante a crise global.
- O G-20, grupo dos maiores países desenvolvidos e emdesenvolvimento,vai substituir o G-8 (sete nações maisricas do mundo e a Rússia) como o principal fórum decooperação econômico internacional.- O anúncio deverá ser feito hoje pelos líderes do grupo e tornará oficial o consenso geral de que o G-20 representa melhor a nova economia global.- O G-8 continuará se reunindo, mas com o foco apenas nos países ricos.- Durante todo o dia, o grupo buscava um acordo para monitorar os desequilíbrios globais.
2. G-20 vai substituir G-8 como principal fórum econômico global
- Apesar das divergências entre europeus e americanos, negociava-se uma versão mais diluída da proposta feita dos Estados Unidos.
- Com um déficit comercial alto, os americanos querem mecanismos que inibam economias como China e Alemanha de obter superávits tão gigantescos. Alemãese chineses resistem.
- A chanceler alemã, Angela Merkel, freou a discussão, alegando que essa não era a prioridade da cúpula. Merkel ressaltou que não há problema em falar dos desequilíbrios, mas não se deve desviar do foco.
2. 2. G-20 vai substituir G-8 como principal G-20 vai substituir G-8 como principal fórum econômico globalfórum econômico global
- Os americanos queriam que o Fundo Monetário Internacional(FMI) funcionasse como uma espécie de juiz, monitorando os avanços dos países. - Os ministros da Fazenda do G-20 vão se reunir periodicamente para discutir a evolução na correção dos desequilíbrios, e o FMI atuará apenas como assessor técnico.- O mecanismo incluiria medidas para reduzir o déficit do orçamento dos EUA e aumentar sua taxa de poupança, fazer com que a China dependa menos de suas exportações e mais do mercado interno, e a Europa adotar mudanças estruturais para aumentar a competitividade e os investimentos.
2. G-20 vai substituir G-8 como principal fórum econômico global
- Não estão previstas sanções ou penalidades financeiras para quem não cumprir os objetivos. Pela prévia da declaração final do encontro, haverá poucos avanços. - O texto fala da importância de os bônus pagos aos altos executivos dos bancos estarem vinculados a metas de longo prazo, como defendem os EUA, mas não estabelece um teto específico, como havia sugerido o presidente francês, Nicolas Sarkozy. - Os grupos também vão usar o relatório do Conselho de Estabilidade Financeira sobre regulamentação.- O relatório sugere que os bônus tenham de ser devolvidos, caso o banco passe a ter prejuízos.
2. G-20 vai substituir G-8 como principal fórum econômico global
E V A(Economic Value Added)
2. EVA® - Valor Econômico Agregado2.1. Introdução2.2. Histórico2.3. Definição2.4. Importância2.5. Vantagens e Desvantagens da Utilização
2.5.1. Vantagens 2.5.2. Desvantagens
2.6. O Cálculo do EVA®
2.7. Conclusões
2.1. Introdução O EVA® é um instrumento de avaliação
econômico-financeira e mede a capacidade da empresa de remunerar o acionista acima do custo dos seus investimentos.
O EVA® em linhas gerais, é uma medida da criação ou destruição de riqueza.
Quando positivo, indica que a operação, no período, apresentou retorno superior ao custo de oportunidade do investimento.
Quando negativo, apresentou retorno inferior ao custo de oportunidade do investimento.
2.2. Histórico
O conceito de lucro residual, existente há mais de 75 anos, ficou esquecido até o início dos anos 90, quando foi redescoberto e reformulado no formato de economic value added ou EVA®.
Na década de 20 a GM aplicou esse conceito em seus relatórios e a GE cunhou a expressão lucro residual na década de 50 para avaliar o desempenho de suas divisões descentralizadas.
2.2. Histórico EVA® é um conceito relacionado com a riqueza
econômica da empresa e, simultaneamente, tem sido utilizado como modelo de mensuração em sistemas de gestão empresarial.
Economic value added e EVA® são marcas registradas nos EUA, no Brasil e em outros países, de propriedade da STERN STEWART & Co, empresa de consultoria.
2.3. Definição Num mundo de modificações extremamente
rápidas, em que a busca de resultados é uma constante, o aspecto do Valor Agregado tem-se tornado cada vez mais questionado e discutido nas empresas.
Apesar de inúmeras interpretações sobre a definição de valor, em relação a diversos pontos de vista, o objetivo final da empresa deve ser sempre aumentar o seu próprio valor.
2.3. Definição
Através das firmas de consultoria financeira temos o conceito do lucro residual sendo “rebatizado” com o nome de EVA® (Economic Value Added ).
O EVA® serve como instrumento de avaliação econômico-financeira, alinhando os interesses de acionistas e administradores na mensuração de performance empresarial.
2.3. Definição
O EVA® mede a capacidade da empresa de remunerar o acionista acima do custo dos seus investimentos.
Calcula a geração de valor, que é a diferença do preço atual das ações e o valor total dos recursos que obteve por meio da bolsa e de credores.
Apesar de novidade no Brasil, o EVA® é conhecido dos americanos, e é calculado desde meados da década de 80.
2.3. Definição O EVA® é uma medida da criação ou destruição de
riqueza, centrada num período determinado. Sua base de cálculo é o lucro operacional líquido da empresa menos o custo do capital investido.
O EVA® traduz um resultado que demonstra se a empresa está ganhando, em um exercício, mais do que o custo de capital imputado aos seus recursos utilizados.
Permite à administração da empresa saber exatamente se ela está criando (EVA® positivo) ou destruindo (EVA® negativo) a riqueza dos acionistas.
2.3. Definição
Concluindo:
O EVA® é o lucro operacional líquido após a dedução dos impostos, descontado o custo do capital utilizado para gerar este lucro.
2.4. A Importância do EVA
A concentração de esforços no crescimento do lucro líquido nem sempre atende às condições de criação de valor.
Mediante escolhas de políticas contábeis ou mesmo da manipulação dos números, os lucros e os retornos sobre capital empregado podem ser inflados dentro de cada exercício social sem que haja real aumento de valor para a companhia.
2.4. A Importância do EVA
EVA® seria um instrumento mais completo de administração financeira para as empresas porque é baseado em fundamentos econômico-financeiros ligados à criação de valor.
Permite, através dos ajustes contábeis, a limitação das oportunidades que os administradores têm de alocar os lucros residuais entre os exercícios sociais.
2.5. Vantagens e Desvantagens da Utilização
2.5.1. Vantagens
Linguagem Conceitual: é relativamente simples o conceito de valor agregado, diferente de outros conceitos financeiros, como o Valor Presente Líquido (VPL).
Utilizado como ferramenta de gestão baseada em valor no suporte ao processo decisório do que agrega ou não valor a toda as partes da empresa.
Apuração do resultado líquido reflete o resultado que realmente sobra para a entidade, após remuneração de recursos obtidos e levando em conta o risco envolvido.
2.5. Vantagens e Desvantagens da Utilização
2.5.1. Vantagens
Atende a vários interesses, tais como:
1. Análise do desempenho interno da organização: por englobar as três estratégias financeiras (operacional, de investimento e de financiamento), torna-se instrumento relevante para a gestão de negócios e das políticas internas.
2. Análise de investimentos: suporte às decisões de fusão, aquisição ou de investimentos futuros.
3. Análise de mercado para o analista externo: consegue estabelecer comparações entre empresas, podendo englobar o benchmarking, mediante as estratégias visualizadas pelo EVA®.
2.5. Vantagens e Desvantagens da Utilização
2.5.2. Desvantagens
Subjetividade dos critérios para a sua elaboração, gerando divergências a respeito do que considerar ou não ajustável ao Lucro Operacional, o que pode resultar em valores econômicos agregados diferentes.
Custo de oportunidade: novo elemento que é menos objetivo ao contador, pois necessita de premissas sobre a participação de cada tipo de recurso empregado.
2.5. Vantagens e Desvantagens da Utilização
2.5.2. Desvantagens
O risco embutido no custo de capital próprio não é comparável entre as empresas, por envolver interação de fatores, tais como: risco operacional, risco de setor financeiro. Acaba-se por atribuir riscos diferentes para as empresas.
Simplificação X Entendimento: ao procurar simplificar seu cálculo, sobram dúvidas quanto ao entendimento de seus componentes, devido à subjetividade atribuída.
2.6. O Cálculo do EVA Existem duas maneiras de se calcular o EVA®:
através da “Teoria de Finanças” e através de “Relatórios Contábeis”.
Teoria de Finanças: Baseia-se nos valores de retorno do investimento menos o custo médio ponderado deste investimento. Não necessitando assim dos valores das demonstrações contábeis.
Relatórios Contábeis: O EVA® é calculado a partir do Lucro Líquido Contábil, menos o Custo do Capital Próprio da empresa.
2.6. O Cálculo do EVA®
2.6. O Cálculo do EVA® Cálculo pela Teoria de Finanças:
Primeiramente, devemos verificar o valor do Custo Médio Ponderado de Capital (CMPC) desta empresa.
Se considerarmos a taxa de retorno desejada pelos acionistas sendo de 30%, o custo médio ponderado de Capital da empresa é dado por:
CMPC = (% Capital de 3os x Juros exigidos por 3os - Benefício do IR) + (% Capital Próprio x Retorno desejado pelos acionistas)
2.6. O Cálculo do EVA®
A porcentagem de capital de terceiros e próprio da empresa pode ser dado por informações do Balanço Patrimonial, ou seja, seria de 30% de capital de terceiros e de 70% de capital próprio.
O valor dos juros pagos a terceiros está inserido na demonstração de resultados, ou seja, se na demonstração as despesas financeiras são de $ 3.000, os juros são de 10% (3.000/30.000).
2.6. O Cálculo do EVA® Sendo assim, o valor do custo médio ponderado de
capital é de:
CMPC = {0,30 x [0,10 x (1-0,25)]} + (0,70 x 0,30)CMPC = 0,23225
O retorno do investimento é dado por:
Retorno do Investimento = Lucro Operacional x ( - ) (IR / Investimentos)
Retorno do Investimento = 37.000 x 0,75/100.000Retorno do Investimento = 0,2775
2.6. O Cálculo do EVA®
Logo, o valor do EVA® é dado por:
EVA® = (Investimento x Retorno gerado pelo Investimento) – (Investimento x Custo Médio Ponderado)
EVA® = (100.000 x 0,2775) – (100.000 x 0,23225)EVA® = 4.500
2.6. O Cálculo do EVA®
Calcular o EVA® através do “Spread” econômico. O valor do “Spread” é dado pela diferença entre o Retorno do Investimento e o Custo Ponderado do Capital Próprio:
EVA® = Investimentos x “Spread”EVA® = 100.000 x (0,2775 – 0,23225)EVA® = 4.500
2.6. O Cálculo do EVA®
Cálculo pelos relatórios Contábeis:
O cálculo pelo relatório contábil possui uma fórmula muito mais simplificada, é dada por:
EVA® = Lucro Líquido Contábil – (Patrimônio Líquido x retorno desejado pelos acionistas)
EVA® = 25.500 – (70.000 x 0,30)EVA® = 25.500 – 21.000EVA® = 4.500
2.7. Conclusões
Através do mecanismo do EVA®, criou-se a possibilidade de verificarmos se as operações das organizações estão gerando algum resultado, o chamado valor adicionado, estão apenas cobrindo os seus custos, ou até mesmo sendo incapazes de cobrirem os seus custos.
Contudo, em tempos de globalização e concorrência acirrada entre as empresas, é de suma importância a utilização de novos critérios para a avaliação de projetos e de resultados, e desta forma, corrigir eventuais erros nos processos de produção, melhorando as estimativas para o futuro da organização.
OBRIGADOE
BOA SEMANA