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1 www.nuceconcursos.com.br | Informações: (81) NUCE | Concursos Públicos Português 1. ANÁLISE DE TEXTOS Gêneros e Tipos Textuais 1.1. O QUE É TEXTO? Quando se fala em texto, identifica-se um uso da linguagem (verbal ou não-verbal) que tem significado, unidade (é um conjunto em que as partes se ligam uma às outras) e intenção. 1.2. TEXTO E CONTEXTO Há diferentes tipos de contexto (social, cultural, his-tórico, estético, político, ...) e sua identificação é fun-damental para que se possa compreender bem o tex-to. Van Dijk (1997) define contexto como o conjunto de todas as propriedades da situação social que são sistematicamente relevantes para a produção, a com- preensão ou o funcionamento do discurso e de suas estruturas. 1.3. CONTEXTUALIZADORES Também conhecidos como “pistas de contextuali-zação” (Gumperz, 1982,1992), são sinais verbais e não-verbais utilizados por falantes/ouvintes, na intera-ção faca a face, para relacionar o que é dito em dado tempo e em dado lugar ao conhecimento adquirido através da experiência, com o objetivo de detectar as pressuposições em que se devem basear para manter o envolvimento conversacional e ter acesso ao senti-do pretendido. (KOCH, Ingedore G.V. Desvendando os segredos do texto. São Paulo: Cortez, 2003 – 2 ed.) GÊNEROS TEXTUAIS São práticas sócio-históricas que se constituem co-mo ações para agir sobre o mundo e dizer o mundo, constituindo-o de algum modo. São formas verbais de ação social relativamente estáveis realizadas em tex-tos situados em comunidades de práticas sociais típi- cas e em domínios discursivos específicos. (MARCUSCHI, Luiz A. Gêneros Textuais: configuração, dinami-cidade e circulação. In.: KARWOSKI, Acir M.; GAYDECZKA, Beatriz; BRITO, Karim S. (Orgs.) Gêneros textuais: reflexões e ensino. Rio de Janeiro: Lucerna, 2006 – 2 ed.) Em outras palavras, “Gênero Textual é um concei-to geral que engloba textos com características co-muns em relação à linguagem, ao conteúdo e à estru-tura, utilizados em determinadas situações comunica-cionais, orais ou escritas.” Constituem-se como exem-plos de gêneros: cartas, bulas, e-mails, anúncios, pos- tais, avisos, artigos, requerimentos, editais, crônicas, fábulas, contos, rezas, piadas, receitas, notícias, pro- vérbios, entre muitos outros. Sempre que nos comunicamos por meio de pala-vras, empregamos um gênero. Os textos (orais ou es-critos) constituem gêneros cuja especificidade depen-de da situação de interação verbal, do momento em que ela ocorre e das relações que a envolvem. Os estudos referentes à comunicação agrupam os gêneros textuais por domínio discursivo. Daí encontrarmos vários tipos de domínio discursivo: jor-nalístico, didático, científico, religioso, jurídico etc. As fronteiras entre esses domínios são, em algumas situ-ações comunicativas, meio nebulosas, pois os gene-ros podem ter uma configuração híbrida, circulando por vários domínios. Vejamos agora alguns exemplos de gêneros textu-ais usados no cotidiano e suas respectivas caracterís-ticas gerais: E-mail – É uma mensagem enviada e recebida atra-vés de um sistema de correio eletrônico. Como é utili-zado em diversas situações comunicacionais, formais ou informais, a linguagem pode variar. Tem a estrutu-ra padrão da carta e, em geral, os parágrafos são cur-tos. Poema – É a unidade da poesia, em versos com ou sem rima. Esse gênero textual, em geral, apresenta recursos de sonoridade e ritmo, bem como palavras em Parte integrante da apostila do NUCE. Todos os direitos reservados © Copyright. Proibida a reprodução total ou parcial desta obra.

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1. ANÁLISE DE TEXTOS

Gêneros e Tipos Textuais

1.1. O QUE É TEXTO?

Quando se fala em texto, identifica-se um uso da linguagem (verbal ou não-verbal) que tem significado, unidade (é um conjunto em que as partes se ligam uma às outras) e intenção.

1.2. TEXTO E CONTEXTO

Há diferentes tipos de contexto (social, cultural, his-tórico, estético, político, ...) e sua identificação é fun-damental para que se possa compreender bem o tex-to. Van Dijk (1997) define contexto como o conjunto de todas as propriedades da situação social que são sistematicamente relevantes para a produção, a com-preensão ou o funcionamento do discurso e de suas estruturas.

1.3. CONTEXTUALIZADORES

Também conhecidos como “pistas de contextuali-zação” (Gumperz, 1982,1992), são sinais verbais e não-verbais utilizados por falantes/ouvintes, na intera-ção faca a face, para relacionar o que é dito em dado tempo e em dado lugar ao conhecimento adquirido através da experiência, com o objetivo de detectar as pressuposições em que se devem basear para manter o envolvimento conversacional e ter acesso ao senti-do pretendido. (KOCH, Ingedore G.V. Desvendando os segredos do texto. São Paulo: Cortez, 2003 – 2 ed.)

GÊNEROS TEXTUAIS

São práticas sócio-históricas que se constituem co-mo ações para agir sobre o mundo e dizer o mundo, constituindo-o de algum modo. São formas verbais de ação social relativamente estáveis realizadas em tex-tos situados em comunidades de práticas sociais típi-cas e em domínios discursivos específicos. (MARCUSCHI, Luiz A. Gêneros Textuais: configuração, dinami-cidade e circulação. In.: KARWOSKI, Acir M.; GAYDECZKA, Beatriz; BRITO, Karim S. (Orgs.) Gêneros textuais: reflexões e ensino. Rio de Janeiro: Lucerna, 2006 – 2 ed.)

Em outras palavras, “Gênero Textual é um concei-to geral que engloba textos com características co-muns em relação à linguagem, ao conteúdo e à estru-tura, utilizados em determinadas situações comunica-cionais, orais ou escritas.” Constituem-se como exem-plos de gêneros: cartas, bulas, e-mails, anúncios, pos-tais, avisos, artigos, requerimentos, editais, crônicas, fábulas, contos, rezas, piadas, receitas, notícias, pro-vérbios, entre muitos outros. Sempre que nos comunicamos por meio de pala-vras, empregamos um gênero. Os textos (orais ou es-critos) constituem gêneros cuja especificidade depen-de da situação de interação verbal, do momento em

que ela ocorre e das relações que a envolvem. Os estudos referentes à comunicação agrupam os gêneros textuais por domínio discursivo. Daí encontrarmos vários tipos de domínio discursivo: jor-nalístico, didático, científico, religioso, jurídico etc. As fronteiras entre esses domínios são, em algumas situ-ações comunicativas, meio nebulosas, pois os gene-ros podem ter uma configuração híbrida, circulando por vários domínios. Vejamos agora alguns exemplos de gêneros textu-ais usados no cotidiano e suas respectivas caracterís-ticas gerais:

E-mail – É uma mensagem enviada e recebida atra-vés de um sistema de correio eletrônico. Como é utili-zado em diversas situações comunicacionais, formais ou informais, a linguagem pode variar. Tem a estrutu-ra padrão da carta e, em geral, os parágrafos são cur-tos.

Poema – É a unidade da poesia, em versos com ou sem rima. Esse gênero textual, em geral, apresenta recursos de sonoridade e ritmo, bem como palavras em sentido conotativo e figuras de linguagem. O con-teúdo da composição poética é, em geral, abstrato, expressivo, subjetivo e conotativo.

Fábula – É um gênero textual que transmite um en-sinamento e cujos personagens, em geral, são ani-mais personificados. A linguagem pode ser formal ou informal, tendendo as fábulas modernas ao humor.

Conto – É um gênero textual que apresenta um uni-co conflito, tomado já próximo do seu desfecho. En-cerra uma história com poucos personagens, e tam-bém tempo e espaço reduzidos. A linguagem pode ser formal ou informal.

Charge – É um desenho humorístico, com ou sem legenda ou balão. É a crítica humorística de um fato ou acontecimento específico e aborda temas sociais, econômicos e, sobretudo, políticos.

História em quadrinho – É uma narrativa visual que expressa a língua oral e apresenta um enredo rá-pido, empregando somente imagem ou associando palavra e imagem.

1.4. ALGUNS EXEMPLOS DE TEXTOS EXPOSITIVOS

1.4.1. Instrucional:

Receita Culinária – É um texto instrucional com duas partes: ingredientes e modo de fazer. Pode apresentar título e outras informações (tempo de pré-paro, rendimento, caloria, etc.). A linguagem é clara, objetiva e concisa.

Manual – Sua finalidade é orientar sobre o funcio-namento de um aparelho, regras de um jogo, etc.

1.4.2. Informativo:

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Notícia – É um gênero textual cujo objetivo é infor-mar ao leitor fatos atuais, com simplicidade, concisão e precisão. A linguagem desse texto jornalístico é for-mal, clara e objetiva.

Reportagem – É um gênero textual que enfoca, de forma abrangente, assuntos e não necessariamente fatos novos. A linguagem desse texto jornalístico é formal, objetiva e direta.

Gráfico – É uma representação gráfica de dados fí-sicos, econômicos e sociais.

Entrevista – É um gênero textual cuja finalidade é obter opiniões de uma pessoa a respeito de um as-sunto e divulgar informações sobre a vida pessoal ou profissional dela. Pode ou não aparecer em textos jornalísticos.

1.4.3. Opinativo / Expressivo:

Editorial – É um gênero textual que expressa a opinião de um jornal ou revista, ou de seus editores, a respeito de um fato noticiado.

Resenha Crítica – Gênero em que se fornecem in-formações e uma análise a respeito de uma produção artística ou científica.

Crônica – É um gênero textual em que se apresen-tam fatos do cotidiano com uma linguagem geralmen-te informal, levando o leitor a refletir.

Carta-argumentativa – Apresenta uma reclamação, uma solicitação, ou ambas, a uma autoridade ou pes-soa responsável.

TIPOS TEXTUAIS

As principais bancas examinadoras que elaboram as provas dos grandes concursos públicos no país de-nominam tipologia textual o estudo dos chamados modos de organização discursiva (CARNEIRO, A. D.: 2001). São eles:

Descritivo – Verifica-se um relato detalhado de elementos (seres, objetos, cenas, processos...) em um momento único, identificando-os, localizando-os e qualificando-os.

Narrativo – São narrados fatos reais ou fictícios e apresentados personagens em determinados espaço e tempo.

Dissertativo – Defende uma tese, organizando idéias e opiniões com a intenção de convencer o interlocutor sobre um determinado assunto, através de argumentos.

IDENTIFICANDO OS TIPOS TEXTUAIS ...

Com base nos textos abaixo, todos construídos a partir da sugestão do famoso quadro “O quarto de Vincent em Arles”, de Van Gogh, identifique a que categoria tipológica pertence cada um:

Texto 01

Van Gogh viajou para Paris no final de dezembro e, no início de janeiro, alugou o quarto onde iria morar por um longo tempo. Logo que lhe foi permitido ocu-par o aposento, para lá transportou seus poucos per-tences, especialmente alguns quadros e fotografias. Em seguida, instalou o cavalete de pintura ao pé da janela, por onde entrava a luminosidade necessária e começou imediatamente a pintar, certo do sucesso que, no entanto, iria tardar muito.

Texto 02

O quarto estava localizado na parte velha de Paris. Não era grande nem luxuoso, mas tinha tudo aquilo de que o artista necessitava naquele momento de sua vida: uma cama-beliche, duas cadeiras e uma mesa, sobre a qual ficava uma bacia e uma jarra d’ água. Uma grande janela envidraçada iluminava fartamente o aposento, deixando sobre o assoalho de tábua cor-rida um rastro de luz. Nas paredes ao lado da cama havia dois quadros e algumas fotografias que lembra-vam ao pintor a sua origem.

Texto 03

O fato de viver longe de casa pode ter contribuído para uma maior disposição artística do pintor. De fato, a história pessoal dos grandes artistas parece relaci-onar certa dose de sofrimento à maior capacidade de produção: assim foi com Camões, Cervantes, Dante e muitos outros. A alegria, ao contrário, parece estéril, não leva derivativos. Van Gogh certamente transpor-tou a saudade e a solidão para as telas que pintou em seu quarto de Paris.

Quando produzimos um texto em qualquer gênero discursivo, precisamos decidir se teremos de narrar algum acontecimento, expor idéias, argumentar, des-crever alguma situação ou cena, dar instruções ou or-dens. Em cada um desses casos, devemos recorrer a estruturas específicas, características de cada um desses “tipos de composição” dos textos: a narração, a exposição, a argumentação, a descrição e a injun-ção. Existem textos em que recorremos a mais de um tipo de composição, em função dos objetivos a serem alcançados. Em síntese, os tipos dizem respeito à característica de natureza lingüística. Em contos, por exemplo, é muito comum encon-trarmos trechos descritivos e trechos narrativos. Uma carta pessoal, por exemplo, pode apresentar em sua

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Comentário:

No texto 1 (narrativo), o quarto é visto por um narrador em sucessivos momentos de tempo. No texto 2 (descritivo), o observador apreende o mesmo quarto de Van Gogh num determinado momento de tempo, fornecendo dele alguns elementos (não to-dos), a fim de identificá-lo, localizá-lo e qualificá-lo. Já no texto 3 (dissertativo) ocorre uma discussão atemporalizada sobre a influência da dor na criação artística.

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constituição lingüística um trecho narrativo, um trecho descritivo e até ser finalizada com um parágrafo de profunda reflexão (texto dissertativo); mas, como gê-nero, é, no todo, uma carta, com as características de um texto que dialoga diretamente com um interlocutor para falar questões pessoais. Uma reportagem de um telejornal também é um gênero textual, pois tem natureza funcional e intera-tiva, comprometida com a informação e com o teles-pectador; mas contém elementos próprios da nar-ração e da descrição, utilizados para que o telespec-tador possa compreender bem a situação enfocada.

Vejamos outros exemplos:

TEXTO (Função) EXEMPLOS

1. Normativo (regulamentar) leis, portarias, regulamentos, estatutos...

2. Informativo (informar) notícias, avisos, comunicados, bulas...

3. Didático (ensinar) livros escolares, enciclopédias, conferências...

4. Fático (relacionar-se) correspondência, cumprimentos, diálogos...

5. Divinatório (prever) horóscopos, oráculos...

6. Exortativo (convencer) requerimentos, petições, textos publicitários...

7. Expressivo (expressar-se) diários, confissões...

É IMPORTANTE EXERCITAR...

TEXTO – A FLOR DO GEÓGRAFO Dom Marcos Barbosa O.S.B.

(...) “Voltara Desfontaines a São Paulo, onde havia estado anteriormente e morara algum tempo. Tendo contratado um carro para levá-lo não sei onde, reco-nheceu, ao passar, o sítio da sua antiga casa. Pediu ao chofer que parasse, saltou, foi redescobrir a facha-da que lhe sorriu entre as outras, e em cujas janelas viu aparecerem a mulher e as filhas ausentes, mais moça aquela, menos crescidas estas... Viu-se ai mes-mo como era, como fora, como havia sido. Até que, caindo em si – ou antes caindo de si – deu com o au-tomóvel que largo tempo o esperava. Subiu depressa ao carro, bateu a porta, pediu ao chofer que corresse. Quando chegou, atrasado, ao término da viagem e perguntou o preço, viu com sur-presa que o chofer pedia o mesmo que antes haviam combinado.

– Mas (protestou Desfontaines) o senhor esteve parado muito tempo; não quero causar-lhe prejuízo! E foi então que o chofer disse lentamente a sua frase, a sua flor: “Saudades não se pagam...”

1. (NCE-RJ / ANTT) Os parágrafos do texto acima exemplificam um modo de organização discur-siva caracterizado como:

A) argumentativo;B) informativo;C) expositivo;D) descritivo;E) narrativo.

2. Assinale a alternativa correta quanto à classifi-cação dos modos de organização discursiva predominantes nos textos abaixo.

A) Descritivo Uma vez, dois homens saíram na Semana Santa para caçar tatu. Quando eles es-tavam cavando o buraco, um tatu apareceu e fa-lou pra eles: - Isso tudo é vontade de comer car-ne? (Antônio Henrique Weitzel)

B) Narrativo A aventura pode ser louca, mas o aventureiro tem de ser lúcido! (Chesterton)

C) Dissertativo De repente entrou aquele bruto crioulo. Tinha quase dois metros de altura, era forte como um touro, e caminhava no mais au-têntico estilo de malandragem carioca. Ladeado por duas mulheres imobilizadas por uma chave-de-braço cada uma, caminhou calmamente até o centro da sala, enquanto as duas faziam o maior banzé, sem que ele tomasse o menor conhe-cimento. A que estava presa na canhota era meio puxada para o sarará e chamava-o, com notável regularidade, de “vaga-bundo”, “crioulo ordinário”, “home safado” e outros adjetivos da mesma qua-lidade. A que estava presa pelo lado direito tinha chave de braço apertada pouquinha coisa (devia ser mais presepeira) e, por isso, estava meio tombada para a frente. Dava as suas impressões sobre o crioulo com menos freqüência, mas em compensação, quando abria a boca, berrava mais alto que a sarará. Sua reivindicação era sempre a mesma: “Me larga, seu cachorro!” De tipo, era mulata e gordinha. (Stanislaw Ponte-Preta)

D) Descritivo Um homem estava contando que es-tava indo pescar no rio Paraibuna e matou uma traíra tão grande, que quase não coube dentro do barco. Aí o outro falou: - Na minha fazenda tem um tacho tão grande que, quando alguém está mexendo o tacho e fala, do outro lado nem dá pa-ra escutar. Aí o pesquisador perguntou: - Mas pra que serve um tacho tão grande assim? O homem respondeu: - É pra fritar a traíra que você pescou! (Antônio Henrique Weitzel)

E) Dissertativo Só há dois minutos importantes no destino do homem: o minuto em que nasce e aquele em que morre. O resto são horas perdidas da vida. (Mário da Silva Brito)

TEXTO

Acesso ao Livro e à Inclusão Social Nas maiores economias do mundo, as taxas histó-ricas do nível de emprego e inclusão social têm efeti-

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va congruência com os índices de leitura. Na Alemã-nha, por exemplo, para uma população de 82,2 mi-lhões de habitantes, são produzidos 424 milhões de li-vros, o que dá uma média de 6,3 volumes por habi-tante/ano; na França, são 7 livros por habitante/ano; na Itália, 5; e nos Estados Unidos, a média é de 8,2 li-vros por habitante/ano. Pode-se aludir, por meio de um raciocínio direto, que um povo que ganha mais compra mais livros, as-sim como bens de consumo de um modo geral. Em-bora haja muita verdade nessa análise, não se pode ignorar que o nível de desenvolvimento das nações tem estreita relação de causa-efeito com a cultura, a informação e o conhecimento, cujo grande vetor, dês-de a invenção do tipo móvel por Gutenberg, em meã-dos do século XV, tem sido a comunicação impressa. A facilidade do acesso à informação estimula a sua procura. A comunicação impressa, ou seja, o conjunto de li-vros, jornais e revistas, continua fundamental como mídia da informação, cultura e conhecimento. Segun-do demonstra pesquisa global do maior fabricante mundial de máquinas e equipa-mentos de impressão, a mídia impressa representa 70% da comunicação no mundo. Só em 2010 será superada pela eletrônica. Porém, com o crescimento da demanda, o mercado editorial/ gráfico, em números absolutos, será muito maior do que hoje. Pesquisa do maior grupo gráfico do mundo revela que, embora os mais velhos achem que os jovens preferem mídias eletrônicas, os jovens afirmam não abrirem mão da comunicação gráfica e dos livros. Aqui no Brasil, onde os índices de leitura parecem manter-se, quase que por inércia, em 2,3 exemplares por habitante/ano, não se pode mais aceitar o estigma de país que não lê, resignando-se a essa condição como se fosse ela um desígnio inexorável do destino ou simplesmente uma conseqüência negativa de nossas intermitentes desventuras econômicas. Muito além de tal atitude passiva, é necessário trabalhar no sentido de que o acesso ampliado ao livro e à mídia gráfica seja um dos fatores eficazes de um novo pro-cesso de desenvolvimento econômico e social. Para isso, são fundamentais algumas estratégias e ações, tais como: realizar campanhas permanentes de incentivo ao hábito de leitura; manter, na totalidade dos mais de cinco mil municípios brasileiros, biblio-tecas públicas com acervo mínimo de obras de ficção e não-ficção, didáticas e paradidáticas; estimular a produção das pequenas editoras; viabilizar o mercado das livrarias de pequeno porte, em especial nos bair-ros e cidades mais afastados dos grandes centros de consumo; ampliar o Programa Nacional do Livro Didá-tico (PNLD); e eliminar barreiras legais e/ou burocrá-ticas injustificadas que prejudiquem o mercado edito-rial e dificultem o acesso da população ao livro.Siciliano, O. Gazeta Mercantil, 23 de janeiro de 2003. Adaptado.

3. (COVEST-PE / Secret. Saúde Maceió) O autor do texto estabelece uma relação direta entre os índices de leitura e:

A) a população economicamente ativa de um país de-senvolvido.

B) o total de livros que efetivamente são lidos em um país.

C) o aumento da capacidade de raciocínio direto dos indivíduos.

D) a densidade demográfica dos países econômica-mente ricos.

E) o desenvolvimento socioeconômico e cultural de uma nação.

4. (COVEST-PE/Secret. Saúde Maceió) A respeito da comunicação impressa, o texto afirma que:

1) ela tem sido o principal veículo da cultura, da informação e do conhecimento, desde os meados do século XV.

2) ela configura-se como o conjunto de revistas, livros e jornais que circulam em um determinado país.

3) apesar do avanço da mídia eletrônica, ela permanece como importante meio de informação, cultura e conhecimento.

4) por meio dela se processam 70% da comunicação no mundo, e somente em 2010 há previsão de ser superada pela mídia eletrônica.

Estão corretas: A) 2, 3 e 4, apenas. B) 1 e 2, apenas. C) 3 e 4, apenas. D) 1, 2 e 4, apenas. E) 1, 2, 3 e 4.

5. (COVEST-PE / Secret. Saúde Maceió) Em rela-ção às suas características tipológicas, é cor-reto afirmar que o texto é do tipo:

A) narrativo-descritivo. B) dissertativo-expositivo. C) narrativo-dissertativo. D) descritivo-injuntivo. E) injuntivo-dissertativo.

TEXTO LP- I – Questões de 6 e 7

ACIDENTES EM ALTO-MAR

Acidentes em alto-mar, envolvendo platafor-mas exploradoras das riquezas marinhas, entre elas o petróleo, marcaram a história das empresas petrolífe-ras do mundo, a partir da segunda metade do século XX.

A maior dessas tragédias aconteceu em mar-ço de 1980, no campo petrolífero de Ekofisk, no Mar do Norte: a plataforma Alexander Kielland, da Norue-ga, afundou durante uma tempestade, quando uma das peças metálicas de sua base rachou. Morreram mais de 120 pessoas e cerca de cem foram dadas co-mo desaparecidas.

Dois anos depois, a maior plataforma sub-marina de exploração de petróleo do mundo na épo-ca, a Ocean Ranger, afundou na costa gelada da ilha de Terra Nova, no Canadá. A força das ondas de trin-ta metros de altura e dos ventos de 130 quilômetros — um furacão! — causou o acidente que matou os 84 tripulantes da embarcação.

Em 1988, uma outra plataforma tombou no Atlântico, quando estava sendo rebocada de Halifax, no Canadá, para o Mar do Norte. Novamente o mau tempo foi o provocador do acidente: uma tempestade rompeu o cabo que ligava a plataforma ao rebocador. A tripulação — 25 canadenses — teve de abandonar

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a embarcação.Na década de 70, o mundo assistiu a diversos

acidentes. Em 1976, o petroleiro liberiano Sansinena explodiu no cais de uma companhia de petróleo na baía de Los Angeles. Cinco pessoas morreram, três desapareceram e cinqüenta ficaram feridas. A explo-são foi sentida a 65 quilômetros de distância.

As décadas de 60 e 70 foram palco de gran-des vazamentos de óleo do século. Em 1967, o petro-leiro Torrey Canyon encalhou no Canal da Mancha, lançando cem mil toneladas de óleo cru na água. Mais de cinqüenta mil aves morreram no acidente que foi considerado o maior de todos os tempos. Em 1973, a Baía de Guanabara recebeu um grande despejo de óleo dísel que poluiu toda a extensão da Praia do Fla-mengo. Na época, a Capitania dos Portos aplicou uma pesada multa ao navio liberiano, responsável pelo va-zamento.

Em março de 2001, aconteceu no Brasil a tra-gédia mais recente: a plataforma P-36 afundou, seis dias após terem acontecido três explosões em uma de suas colunas, causando a morte de dez pessoas. A respeito desse episódio, em entrevista coletiva à im-prensa, o presidente da PETROBRAS, Henri Philippe Reichstul, se disse transtornado com as perdas: “Esse é um momento triste e frustrante. Agora nossa maior preocupação é supervisionar os trabalhos ambientais e dar toda assistência às famílias dos mortos”. Jornal do Brasil, 21/3/2001, “Cidade”, p. 20 (com adapta-ções).

6. (Cespe – UnB / PETROBRÁS) A partir da análi-se das idéias presentes no texto LP-I, julgue os itens a seguir.

1 Em relação aos acidentes narrados, os parágrafos iniciais do texto destacam as conseqüências lesivas à espécie humana, enquanto os parágrafos finais referem-se também aos prejuízos ao ambiente natural.

2 As causas dos fatos narrados residem no fato de que o ambiente marinho está mais sujeito a aciden-tes que o espaço terrestre, haja vista que o mar, historicamente, tem despertado no ser humano grande curiosidade e medo, motivando a busca de novas investigações.

3 Em todos os acidentes em alto-mar narrados, os motivos apresentados advêm de reações do ambi-ente marítimo à ação da espécie humana, irrespon-sável quando se trata de extrair riquezas das pro-fundidades do mar.

4 Os fatos narrados dão conta de que o Hemisfério Norte está mais sujeito a acidentes em alto-mar que o Hemisfério Sul, devido ao grande desenvolvimen-to científico e tecnológico daquela região.

5 Quanto ao prejuízo humano, comparando o número de vítimas em acidentes envolvendo plataformas exploradoras de petróleo, a tragédia mais recente foi a menos grave da História.TÃO

7. (Cespe – UnB / PETROBRÁS) Considerando os princípios de tipologia textual, julgue os itens abaixo, relativos ao texto LP-I.

1 O texto estrutura-se em uma seqüência cronoló-gica, em ordem crescente, do passado mais re-moto aos dias atuais.

2 O texto apresentado estrutura-se a partir de dois componentes básicos: uma seqüência de aconte-

cimentos e as implicações de tais ocorrências.3 Mantendo uma estrutura dissertativa, o texto apre-

senta os fatos ocorridos e os argumentos que sustentam o posicionamento do autor acerca dos acontecimentos.

4 O texto descreve, em detalhes, os acidentes em al-to-mar acontecidos na segunda metade do século XX, atribuindo sempre a fatores sobrenaturais as perdas sofridas.

5 O texto apresenta a estrutura de uma reportagem, em que predomina a narração de fatos, suas cau-sas e conseqüências, sem grandes comentários avaliativos por parte do narrador.

TEXTO

O DINHEIRO NÃO TRAZ FELICIDADE.

Só e triste vivia o pobre marceneiro José dos Andrajos. Sem parentes, ele morava na sua loja hu-milde, trabalhando dia e noite para ganhar o que mal e mal lhe bastava para sustentar-se. Mesmo assim, conseguia economizar cinqüenta cruzeiros cada mês. No fim do ano, com seiscentos cruzeiros juntos, lá ia ele ao Fasanelo... e nada mais, e comprava um bilhete inteiro. Os que sabiam de sua mania riam dele, mas ele acreditava que era através da loteria e não do trabalho que ia fazer-se independente. E assim foi. No quinto ano de insistência junto à Loteria, esta lhe deu cem mil contos. Surgiram fotógrafos e repórteres de jornais, surgiram os amigos para participar do jantar que ele deu para comemorar sua sorte. José fechou imediatamente a loja e, daí em diante, sua vida foi uma festa contínua. Saía em passeios de lancha pela manhã, à tarde ia para os bares, à noite para as boates, sempre cercado por amigos entusiasmados e senhoras entusiasmadíssimas. Mas, está visto, no meio de tanta efusão, o dinheiro não durou um ano. E certo dia, vestido de no-vo com suas roupas humildes, o marceneiro voltou a abrir sua humilde loja, para cair outra vez em seu tra-balho estafante e monótono. Tornou a economizar se-us cinqüenta cruzeiros por mês, aparentemente por hábito mais do que pelo desejo de voltar a tirar a sorte grande, o que, aliás, parecia impossível. Os conhe-cidos continuavam zombando dele, agora lhe afirman-do que a felicidade não bate duas vezes. No caso, de nosso marceneiro, porém, ela abriu uma exceção. Pois no terceiro ano em que comprava bilhete, nova-mente foi assaltado por amigos e repórteres que, numa algazarra incrível, festejavam sua estupenda sorte. Mas, dessa vez, o marceneiro não ficou conten-te como quando fora sorteado pela primeira vez. Olhou para os amigos e jornalistas com ar triste e murmurou: “Deus do céu; vou ter que passar por tudo outra vez!?”

MORAL: PARA MUITA GENTE DÁ UM CERTO CAN-SAÇO TER QUE COMPARECER À FESTA DA VIDA.

(Millôr Fernandes. Fábulas Fabulosas. Rio de Janeiro: Nórdica, 1991, pp. 24-25).

8. (COVEST-PE / Secret. Adm. – AL) O Texto, pela forma como está desenvolvido, é:

1) um texto narrativo: uma sucessão de fatos vai sendo apresentada em seqüência.

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2) um texto descritivo: sua composição gira em torno da apresentação de um objeto.

3) um texto dissertativo: está construído à volta de uma idéia central e outras secundárias.

4) um texto explicativo: aparecem conceitos teóricos que vão sendo aos poucos expostos.

Está(tão) corretas: A) 1 e 2 apenas B) 1 apenas C) 2 apenas D) 3 e 4 apenas E) 1, 2, 3 e 4

9. (COVEST-PE / Secret. Adm. – AL) O Texto traz uma crítica, embora implícita e meio velada:

A) ao excesso de trabalho. B) à falta de planejamento. C) à falta de apoio dos amigos. D) à fugacidade dos prazeres. E) à curiosidade dos jornalistas.

10. (COVEST-PE / Secret. Adm. – AL) Observe o trecho: “Os que sabiam de sua mania riam de-le, mas ele acreditava que era através da lote-ria e não do trabalho que ia fazer-se indepen-dente.” A relação expressa pela conjunção su-blinhada seria mantida se a substituíssemos por:

A) portanto. D) por conseguinte.B) para que. E) entretanto.C) como.

TEXTO

11. (COVEST-PE / UFPE-UFRPE) A partir da inter-pretação da charge, pode-se concluir que:

1) historicamente, as pessoas mantiveram os padrões de participação no setor do trabalho e, assim, preservaram a igualdade de condições de dele desfrutarem.

2) na charge, a dimensão de coletividade do trabalho está implicada no primeiro quadro, graças à flexão pronominal realizada e à reiteração do verbo.

3) a variação vocabular expressa no segundo quadro

constitui uma das pistas a favor da idéia principal proposta pelo autor.

4) em ``No princípio era o verbo´´ e em ``mudou o verbo do princípio´´, apesar da inversão ocorrida, a expressão `o verbo´ desempenha nas duas ocorrências a função sintática de sujeito.

5) o autor deixou implícita a circunstância histórica à qual se pode atribuir a causa das mudanças atestadas.

TEXTO

(QUINO. Declaração dos direitos da criança. Toda Mafalfa da primeira à última tira. São Paulo: Martins Fontes, 2000, p. 419)

12. (COVEST-PE / UFPE-UFRPE) Interpretando a tira da Mafalda, não se pode concluir que:

A) para a criança, a tarefa sistemática de estudar e aprender implica trabalho e esforço continuado.

B) uma criança é capaz de estabelecer relações ló-gicas de causa e efeito, como no presente texto.

C) o direito à educação é tão consistente que nem pessoas muito especiais poderiam acabar com ele.

D) um princípio universal pode conflitar com interes-ses particulares, subjetivos e imediatos.

E) o direito à educação é um direito eventual e relativamente aceito até mesmo pelas crianças.

13. (IPAD PE / Sec. de Saúde RO) Leia este po-ema de Carlos Drummond de Andrade:

Construção Um grito pula no ar como um foguete. // Vem da paisagem de barro úmido, caliça e andaimes // hirtos. // O sol cai sobre as coisas como placa fervendo. // O sorveteiro corta a rua. // E o vento brinca nos bigodes do construtor. Qual a temática central desse poema? A) Um dia de trabalho em uma construção B) Um acidente de trabalho em um prédio. C) Um dia de Sol. D) Os diferentes tipos de trabalho. E) n.d.a.

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Português

14. (IPAD PE / Expresso Cidadão) O efeito hu-morístico do Texto se deve, principalmente:

A) à engraçada maneira de falar do Cebolinha, sem-pre trocando o som da letra ‘r’ pelo som da letra ‘l’.

B) ao fato de o quadrinho querer mostrar um rela-cionamento atípico entre meninos e meninas.

C) à interpretação literal da Mônica, em relação à su-gestão do Cebolinha, expressa no terceiro quadrinho.

D) à linguagem bastante formal utilizada pelas crian-ças da tirinha, diferente daquela usualmente em-pregada.

E) à ingenuidade revelada pela Mônica, diante da atitude corajosa do Cebolinha, evidenciada no pri-meiro quadrinho.

2. TÓPICOS GRAMATICAIS

Ortografia Oficial

Trata da correta representação escrita das palavras. As dúvidas quanto à correção devem ser resolvidas por meio de consulta a dicionários e publicações oficiais especializadas.

2.1. REGRAS GERAIS

2.1.1. Uso do K, W e Y

} Abreviaturas e símbolosEx.: K (potássio), kg (quilograma), kW (quilowatt)

} Palavras estrangeiras de uso internacional (não aportuguesadas)Ex.: karaokê, hardware, software

} Derivados portugueses de nomes próprios estrangeiros. Ex.: byroniano (de Lord Byron) darwinismo (de Charles Darwin)

2.1.2. Uso do H

} Final de certas interjeições Ex.: oh!, ah!} Etimologia (ou segundo a tradição oral e escrita do idioma)Ex.: hábito, haver, homem, híbrido

} Dígrafos (CH, LH, NH)Ex.: marcha, malha, ninho

} Alguns nomes compostos com hífen Ex.: pré-história, anti-higiênico

Observação:

Espanha (hispânico...); erva (herbáceo, herbívoro...), inverno (hibernal); palavras derivadas (reaver, reabi-litar, inábil, desonesto, desonra, desumano, etc).

2.1.3. Uso do Ç

} Diante de a, o ou u em palavras de origem indígena ou estrangeiraEx.: araçá, açaí, cupuaçu, muçulmano, Suíça

} Após ditongosEx.: calabouço, beiço, caiçara

2.1.4. Uso do G

} Terminações ágio, égio, ígio, ógio, úgioEx.: pedágio, colégio, prestígio, relógio, refúgio

} Substantivos terminados em -gemEx.: vertigem, vagem

(exceções: pajem, lajem e lambujem)

2.1.5. Uso do J

} Verbos terminados em -jarEx.: arranjar, enferrujar

} Palavras de origem tupi, africana ou árabe Ex.: jibóia, pajé, jerico, canjica

} Palavras derivadas de outras com JEx.: lisonja ® lisonjear, lisonjeio

Observação:viagem (substantivo, = passeio) ¹ viajem (verbo)

2.1.6. Uso do X

} Depois de ditongoEx.: ameixa, caixa (exceção: recauchutar)

} Depois da sílaba inicial enEx.: enxame, enxada (exceções: encher, encharcar, enchova, enchumaçar e todos os derivados; palavras cuja primitiva possui ch: chapéu ® enchapelar)

} Depois da sílaba inicial meEx.: mexilhão, mexer (exceção: mecha e derivados)} Palavras de origem indígena ou africanaEx.: abacaxi, xavante, caxambu

2.1.7. Uso do E / I

} Verbos terminados em oar e uar final “e” Ex.: abençoar ® abençoe; atenuar ® atenue

} Verbos terminados em air, oer e uir final “i”Ex.: sair ® sai; roer ® rói; possuir ® possui

2.1.8. Uso do S

} Adjetivos terminados em oso / osa Ex.: honroso, saboroso, formosa, habilidosa

} Sufixos esa / isa / ês / ense indicadores de Título, Origem ou Profissão (T-O-P)Ex.: duquesa, poetisa, polonês, recifense

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Português

} Após ditongosEx.: coisa, aplauso

} Formas dos verbos pôr e quererEx.: quis, quiséssemos; pusera, pusésseis

} Nas palavras derivadas de primitivas com “s”Ex.: casa ® casarão, casinha, casebre

} Substantivos com os sufixos gregos -ese, -oseEx.: catequese, diocese; overdose, virose

2.1.9. Uso do Z

} Sufixos ez / eza formadores de substantivos abstratosEx.: insensatez, altivez, nobreza, riqueza

} Sufixo izar formador de verbos (primitiva sem “S")Ex.: canal ® canalizar; juiz ® ajuizar

*Obs.: Se a palavra primitiva tiver “S”Ex.: pesquisa ® pesquisar, pesquisador (a) paralisia ® palarisar, paralisação

} Derivados terminados em -zal, -zeiro, -zinho, -zitoEx.: cafezal, cafezeiro, cafezinho, cãozito

} Nas palavras derivadas de outras com “Z”Ex.: juiz ® ajuizar, juízo

2.2. PRINCÍPIO ORTOGRÁFICO DA DERIVAÇÃO

A derivação é a mais simples, mais útil e mais im-portante das orientações ortográficas. Uma palavra derivada deve manter a grafia básica da palavra pri-mitiva.

Ex.: análise ® analisar; charco ® encharcar

2.3. OUTRAS DERIVAÇÕES

primitiva derivada primitiva derivadaimpelir impulsão formar formaçãoimprimir impressão discutir discussãoascender ascensão emitir emissãoagredir agressão

CUIDADO!repetir ® repetição

ceder cessãoater atenção

É IMPORTANTE EXERCITAR...

1. (UPE / PM-PE) Assinale a alternativa em que a ortografia das palavras destacadas está cor-reta.

A) Quando ela apareceu com a mexa desfeita, ele fez um muchocho, provocando uma gargalhada geral.

B) O pedájio foi cobrado, porque a sugidade dos

carros era grande, provocando furor na cidade. C) O projeto é exeqüível, porém a ojeriza do diretor

descarta nosso plano, falou Joaquim Pedro. D) O hereje dirigiu-se ao monje para ofendê-lo, mas

perdeu: o religioso já não estava ali. E) Era prazeiroso estar naquele ambiente, porque se

podia extravazar à vontade.

2. (UPE / PM–PE) Em que alternativa a série de palavras está corretamente escrita?

A) Aspergir, expulsão, consenso, incursão, canje-rê, ultraje. B) Pajem, lambugem, egréjio, prodígio, rabujento, ver-tiginoso. C) Presado, exejese, pesquisar, aluzão, defeza, reali-zado. D) Limpides, rigidez, lojeca, sargeta, berinjela, jerge-lim. E) Coalisão, crizântemo, inexorável, impecilho, irrequi-eto.

3. (COVEST-PE) Quando a situação exige que se escreva seguindo as normas do português pa-drão, o cumprimento das regras de ortografia torna-se relevante. Observe os enunciados abaixo:

1) Para conter a violência no trânsito, DETRANs começam a cassar carteiras do mal motorista.

2) O pessimismo tomou conta dos agentes econô-micos, que crêem que a riqueza do planeta evaporou.

3) Um programa que tem a pretenção de controlar a dieta calcula a composição dos alimentos ingeri-dos, o seu número de calorias e aponta eventuais excessos, de acordo com as informações de peso e faixa etária de cada pessoa.

Há palavras grafadas incorretamente em:A) 1 e 3 apenas. D) 3 apenas.B) 1, 2 e 3. E) 1 apenas.C) 2 e 3 apenas.

4. (NCE-RJ / UFRJ) Entre as palavras abaixo, aquela que apresenta forma correta é:

A) poleiro; D) mágua;B) impecilho; E) cortume.C) lampeão;

5. (NCE-RJ / UFRJ) Entre as palavras abaixo, aquela que apresenta grafia correta é:

A) previlégio; B) desinteria;C) curtiça; D) chícara.E) irrequieto;

6. (NCE-RJ / UFRJ) O item abaixo que apresenta uma palavra ERRADAMENTE grafada é:

A) alteza – duquesa – baroneza;B) riqueza – dureza – fineza;C) princesa – baixeza – burguesa;D) freguesa – beleza – dureza;E) certeza – camponesa – japonesa.

7. (Univ. Alfenas-MG) Assinale a alternativa em que todas as palavras estão grafadas correta-mente.

A) disenteria, páteo, siquer, goelaB) capoeira, empecilho, jabuticaba, destilar

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Português

C) boliçoso, bueiro, possue, crânioD) borburinho, candieiro, bulir, privilégioE) habitue, abutoe, quase, constróe

8. (UM-SP) Aponte, entre as alternativas abaixo, a única em que todas as lacunas devem ser preenchidas com a letra u:

A) c*rtume, escap*lir, man*sear, sin*siteB) esg*elar, reg*rgitar, p*leiro, ent*pirC) emb*lia, c*rtir, emb*tir, c*ringaD) *rticária, s*taque, m*cama, z*arE) m*chila, tab*leta, m*ela, b*eiro

9. (FUVEST-SP) Assinale a alternativa em que to-das as palavras estejam corretamente grafa-das:

A) tecer, vazar, aborígene, tecitura, maisena

B) rigidez, garage, dissenção, rigeza, cafuzo

C) minissaia, paralisar, extravasar, abcissa, co-seno

D) abscesso, rechaçar, hindu, soçobrar, coalizão

E) lambujem, advinhar, atarraxar, bússola,usofruto

10. (FCC) Estavam (*) de que os congressistas chegassem (*) para a (*) de abertura.

A) receosos, atrasados, sessãoB) receosos, atrazados, seçãoC) receiosos, atrazados, seçãoD) receiosos, atrasados, sessãoE) receiosos, atrazados, sessão

11. (F. Londrina-PR) A (*) entre os membros do partido acabou provocando uma (*) interna.

A) discidência, cisão B) dissidência, cizão C) dissidência, cissãoD) discidência, cizãoE) dissidência, cisão

12. (FCC) A (*) das (*) levou à (*) dos trabalhos do departamento.

A) contenção, despezas, paralizaçãoB) contensão, despezas, paralisaçãoC) contenção, despesas, paralisaçãoD) contensão, despesas, paralizaçãoE) contenssão, despesas, paralização

13. (UNIMEP-SP) Assinale a alternativa que con-tém o período cujas palavras estão grafadas cor-retamente:

A) Ele quiz analisar a pesquisa que eu realizei.B) Ele quiz analizar a pesquisa que eu realizei.C) Ele quis analisar a pesquisa que eu realizei.D) Ele quis analizar a pesquiza que eu realisei.E) Ele quis analisar a pesquiza que eu realizei.14. (FCMSCSP) Todos os documentos (*), sem (*),

aparentavam grande (*).A) inidônios, exceção, verossemelhançaB) inidônios, excessão, verossemelhançaC) inidônios, exceção, verossimilhançaD) inidôneos, excessão, verossimilhançaE) inidôneos, exceção, verossimilhança

15. (UM-SP) Aponte a alternativa correta:

A) excessão, excesso, espontâneo, espectadorB) exceção, exceço, expontâneo, expectadorC) excessão, excesso, espontâneo, expectadorD) exeção, exceço, expontâneo, expectadorE) exceção, excesso, espontâneo, espectador

16. (FCC) Estou (*) de que tais (*) devem ser (*). A) cônscio, privilégios, estintosB) cônscio, previlégios, estintosC) côncio, previlégios, estintosD) cônscio, privilégios, extintosE) cônscio, previlégios, extintos

17. UM-SP) Assinale a alternativa que preencha os espaços corretamente. Com o intuito de (*) o trabalho, o aluno recebeu algumas incum-bências: (*) datas, (*) o conteúdo e (*) um es-tilo mais moderno.

A) finalisar, pesquisar, analisar, improvisarB) finalizar, pesquisar, analisar, improvisarC) finalizar, pesquizar, analisar, improvisarD) finalisar, pesquisar, analizar, improvizarE) finalizar, pesquisar, analisar, improvizar

18. (FCC) Em seu olhar não havia(*); havia(*) e (*).A) mágua, escárneo, desprezoB) mágoa, escárneo, despresoC) mágoa, escárnio, desprezoD) mágua, escárnio, desprêzoE) mágoa, escárneo, despreso

19. (FUVEST-SP) Preencha os espaços com as pa-lavras grafadas corretamente: “A (*) de uma guerra nuclear provoca uma grande (*) na hu-manidade e a deixa (*) quanto ao futuro.”

A) espectativa, tensão, exitanteB) espectativa, tenção, hesitanteC) expectativa, tensão, hesitanteD) expectativa, tenção, hezitanteE) espectativa, tenção, exitante

20. (UFV-MG) Observando a grafia das palavras destacadas nas frases abaixo, assinale a alter-nativa que apresenta erro:

A) Uma falsa meiguice encobria-lhe a rigidez e a falta de compreensão.

B) A obsessão é prejudicial ao discernimento.C) A hombridade de caráter eleva o homem.D) Eles quiseram fazer concessão para não ridicu-

arizar o estrangeiro.E) Aquele hereje sempre põe empecilho porque é

muito pretencioso.

21. (F. L - PR) As questões da prova eram (*), (*) de (*).

A) suscintas, apesar, difíceisB) sucintas, apezar, dificeisC) suscintas, apezar, dificeisD) sucintas, apesar, difíceisE) sucintas, apezar, difíceis

22. (ITA-SP) Em qual das alternativas as palavras estão grafadas corretamente?

A) receoso, reveses, discrição, umedecerB) antidiluviano, sanguissedento, aguarraz, atribue C) c)ineludivel, engolimos, sobressaem, explendoro-

soD) encoragem, rijeza, tecitura, turbo-hélice

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Português

E) dissensão, excurcionar, enxugar, asimétrico

23. (FCC) Com (*) não raro (*), ele persegue a fama.

A) tenacidade, obscecadoB) tenacidade, obcecadoC) tenacidade, obsecadoD) tenascidade, obscecadaE) tenascidade, obsecada

24. (FCC) Não creio que este fato constitua (*) para sua (*) na carreira.

A) empecilho, ascensãoB) empecílio, ascençãoC) impecilho, ascensãoD) empecílio, ascensãoE) empecilho, ascenção

25. (ITA-SP) Examinando as palavras:viajens gorgeta maisena chícara

Constatamos que:A) apenas uma está escrita corretamenteB) apenas duas estão escritas corretamenteC) três estão escritas corretamenteD) todas estão escritas corretamenteE) nenhuma está escrita corretamente

2.4. EMPREGO DOS “PORQUÊS”

2.4.1. PORQUE – Conjunção coordenativa expli-cativa (= pois) ou subordinativa causal.

Ex.: Passou, porque estudou muito.(explicação) Porque estava doente, faltou ao trabalho. (causal)

2.4.2. PORQUÊ – Usado como substantivo, sinô-nimo de motivo, razão. Vem sempre prece-dido por uma palavra determinante = artigo, pronome, etc.)

Ex.: Não sei o porquê de tanta complicação. (= o motivo / a razão)

2.4.3. POR QUE } Nas interrogativas diretas vem anteposto.

Ex.: Por que você não estuda com mais empenho?

} Quando equivale a “pelo (a)(s) qual (is)” e flexões. Ex.: São muitas as dificuldades por que passamos.

} Quando depois dele vier subentendida ou ex-pressa a palavra razão (ou motivo) nas frases interrogativas indiretas. Ex.: Não sei por que você se foi tão depressa. (por que motivo / razão)

2.4.4. POR QUÊ – É usado em fim de frase in-terrogativa ou de oração.

Ex.: Você não estuda com mais empenho por quê?

Observação:Em final de frase a palavra que deve ser sempre acentuada, por se tratar de um monossílabo tônico terminado em e. Ex.: Está preocupado com quê?/ Medo de quê?

2.5. OUTRAS EXPRESSÕES

2.5.1. ONDE / AONDE

} AONDE – Dá idéia de movimento ou aproximação. Usado diante de verbos que indicam movimento. (ir, chegar, dirigir-se, etc.)Ex.: Aonde vais com tanta pressa? Chegamos aonde queríamos.

} ONDE – Indica lugar fixo ou onde se passa algo. Ex.: Onde fica aquela loja? Os livros estão onde você queria.

2.5.2. MAU / MAL

} MAU – É adjetivo ( contrário de BOM ). Ex.: Rodrigo nunca está de mau humor. Ele não é mau aluno.

} MAL Advérbio (= “erradamente”; oposto de BEM) Ex.: Nosso time jogou muito mal.

Substantivo (= “doença”, “moléstia”). Ex.: A AIDS é um grande mal.

Conjunção temporal (= “assim que”, “quando”).Ex.: Mal entrou e já foi reclamando de tudo.

2.5.3. CESSÃO / SESSÃO / SECÇÃO / SEÇÃO

} CESSÃO (= ceder, dar ; doação). Ex.: Ele fez a cessão dos seus direitos autorais.

} SESSÃO (= Intervalo de tempo, encontro/ evento).Ex.: O casal viu o filme na sessão das oito.} SECÇÃO ou SEÇÃO (= parte / segmento / subdi-visão) Ex.: Visitamos a seção de esportes daquela loja.

Fizemos uma secção horizontal no plano geomé-trico.

2.5.4. ACERCA DE / HÁ CERCA DE / CERCA DE / A CERCA DE

ACERCA DE – “sobre”, “a respeito de”. Ex.: Houve uma palestra acerca dos problemas locais.

HÁ CERCA DE – “Indica um período aproximado de tempo já transcorrido”. Ex.: Há cerca de um ano nós chegamos aqui. (=fazer)Há cerca de cem pessoas naquela sala. (=existir)

CERCA DE – “durante, aproximadamente”. Ex.: Cerca de trinta pessoas vieram ao encontro.

A CERCA DE – “idéia de distância/tempo aproximado”. Ex.: A casa fica a cerca de cem metros da praia. Estamos a cerca de dez minutos da praia.

2.5.5. HÁ / A – Na indicação de tempo

HÁ – Indica tempo passado (= fazer). Ex.: Há anos que nos encontramos.

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Português

A – Preposição, usada para indicar tempo futuro. Ex.: Viajarei daqui a dois meses.

2.5.6. AFIM / A FIM

AFIM – É adjetivo (igual, semelhante); relaciona-se com a idéia de afinidade. Ex.: Eles possuem comportamentos afins.

A FIM – Surge na locução prepositiva “a fim de”, que significa “para” e indica idéia de finalidade. Ex.: Todos estudam a fim de fazer boas provas.

2.5.7. AO INVÉS DE / EM VEZ DE

AO INVÉS DE – “inverso/contrário de”. Ex.: Ao invés de subir, desceu rapidamente.

EM VEZ DE – “no lugar de”. Ex.: Em vez de jogar tênis, preferimos futebol.

2.5.8. EM PRINCÍPIO / A PRINCÍPIO

EM PRINCÍPIO – “= em geral”. Ex.: Em princípio, concordo com tudo isso.

À PRINCÍPIO – “= no início”. Ex.: A princípio, eu lecionava inglês; agora, leciono espanhol.

2.5.9. AO ENCONTRO DE / DE ENCONTRO A

AO ENCONTRO DE – Favorável, “aproximar-se de”.. Ex.: Quando a viu, foi rápido ao seu encontro. Sua opinião veio ao encontro da minha.

DE ENCONTRO A – Indica oposição, choque, colisão.Ex.: O caminhão foi de encontro ao muro.

2.5.10. SENÃO / SE NÃO

SE NÃO – Usado equivalendo a caso não. Ex.: Se não chover amanhã, iremos à praia. Esperarei um pouco; se não vier, irei embora.

SENÃO – Usado equivalendo a:

* do contrário Ex.: Desça daí, senão vai cair.

* a não ser Ex.: Não faz outra coisa senão reclamar. * mas sim Ex.: Não tive o intuito de exigir, senão de pedir.

É IMPORTANTE EXERCITAR...

26. (UFPR) Assinale a alternativa em que as for-mas completam corretamente as lacunas das frases, pela ordem:

I) Ele foi logo embora e ninguém sabe o ............... .II) Nomearam-no ................ ?III) ................ vos entristeceis?IV) Muita maldade acontece .............. o dinheiro é o grande envenenador da alma.

A) por que, por quê, porquê, porqueB) por quê, por que, porquê, porqueC) porque, porquê, por quê, por queD) porquê, porquê, por que, por quêE) porquê, por quê, por que, porque

27. (IPAD – METROREC) Analise a grafia dos ter-mos sublinhados nos enunciados abaixo.

1. Muitas pessoas não sabem porque usam uma linguagem mais formal ou mais informal. 2. Sempre há um porquê que justifica o grau de for-malidade da linguagem nos relacionamentos huma-nos. 3. Relacionar-se com alguém que sobrecarrega no pa-lavreado técnico é um problema por que muitas pes-soas passam. 4. Poucas pessoas imaginam porque, em uma empre-sa, a linguagem utilizada é fator de vital importância.

Estão corretas:A) 1, 2 e 4, apenas. B) 1 e 4, apenas. C) 2 e 3, apenas. D) 1 e 3, apenas. E) 1, 2, 3 e 4.

28. (COVEST-PE) Observe:1) A mochila ideal: o modelo que seu filho insistiu em ganhar pode não ser o indicado. Veja porquê.2) Saiba porque somos a maior empresa de mu-danças do Brasil. 3) Por que 40% dos passageiros têm pavor de voar?4) A clonagem de árvores faz a produção aumentar, porque as mudas mantêm as características da planta doadora.5) É fácil entender o porquê da estreita relação entre o destino das línguas e o destino das culturas.

As expressões destacadas estão corretamente usadas em:A) 3 e 4 apenas. D) 1, 4 e 5 apenas.B) 1, 2, 3, 4 e 5. E) 2, 3 e 4 apenas.C) 3, 4, e 5 apenas.

29. (UM-SP) Assinale a alternativa que apresenta erro quanto ao emprego do porquê.

A) Não sei por que as coisas ocultam tanto mistério.B) Os poetas vêem o sentido das coisas sem dizer

por quê.C) Eis o motivo porque não fui ao encontro.D) Por que os filósofos pensam que as coisas são

abstratas?E) Os homens indagam o porquê das estranhezas

das coisas.30. Assinale a alternativa que apresenta erro:A) Não sei por que não vieste ontem.

Não vim porque estava doente.B) Por que voltaste cedo?

Não sei por que estou nervosa.C) Eis a razão porque me empenho tanto.

Ela está intranqüila sem saber por quê.D) Não vais por quê? / O teu porquê me aborrece.E) Não é fácil o emprego do porquê.

Desconheço o porquê de semelhante atitude.

31. (UFV-MG) Assinale a única alternativa em que a expressão porque deve vir separada.

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Português

A) Não compareci à reunião porque estava viajando.B) Se o Brasil precisa do trabalho de todos é porque

precisamos de um nacionalismo produtivo.C) Ainda não se descobriu o porquê de tantos

desentendimentos.D) Em breve compreenderás porque tanta luta por

um motivo tão simples.E) Choveu durante a noite, porque as ruas estão

molhadas.

32. Assinale a alternativa que não apresenta erro no emprego de alguma expressão, segundo a norma culta.

A) Eis o motivo porque os meus sentidos aprende-ram sozinhos: as coisas têm existência.

B) Por quê se formam as ilhas de calor com a redução de áreas verdes?

C) A aula mau começou e já existem pessoas conversando.

D) Os filósofos pensam que as coisas sejam o que parecem ser por que?

E) Por que não apontas a vendedora por que foste ludibriado?

33. Observar as orações seguintes.I. Esta é a matéria por que eu sempre passei por média.II. O cobrador não informou por que linha de ônibus chega-se ao campus universitário.III. O governo não sabe o porquê da inflação?

Há erro na grafia:A) em I apenas.B) em duas apenas.C) em II apenas.D) em III apenas.E) em nenhuma.

34. Assinale a alternativa correta, quanto ao em-prego dos porquês:

A) Porque você ainda insiste em cantar?B) Então este é o motivo por quê faltaste à reunião.C) Ainda não entendi o por quê de tantos

problemas..D) É esta a razão por que ainda estamos aqui.E) O time porque torço perdeu a partida.

35. Pense nos ideais.... batalhamos há tanto tem-po e diga-me.... fracassamos. Será..... fomos incapazes ou descuidados em algum ponto?

A) por que, por que, por queB) por que, por que, porqueC) porque, porque, por queD) porque, por que, porqueE) por que, porque, por que

36. Assinale a frase gramaticalmente correta.A) Não sei por que

discutimos.B) Ele não veio por que

estava doente.C) Mas porque não veio

ontem?D) Não respondi porquê não

sabia.E) Eis o porque da minha

viagem.

37. Assinale a frase incorreta:A) Ninguém realmente conhece o porquê da sua

ausência.B) Se era inocente, porque não disse antes?C) Esta é a razão por que não chegamos a tempo.D) Não vieste à hora aprazada por quê?E) Expulsaram-no da assembléia, porque sua

presença era incompatível com aquele ambiente.

38. Assinale a opção que completa corretamente as lacunas das frases a seguir:

I Saíram daqui____ pouco, mas voltarão daqui ____ pouco, pois moram apenas ____ dois quilômetros de distância.II ____ foram suas amigas? ______ estarão agora?

A) há - a - a - Aonde - OndeB) há - há - à - Onde - OndeC) há - a - a - Aonde - AondeD) a - a - à - Para onde - Por ondeE) a - há - há - Por onde – Aonde

39. (NCE-RJ / ANTT) - “Voltara Desfontaines a São Paulo, onde havia estado anteriormente e morara algum tempo. Tendo contratado um carro para levá-lo não sei onde, reconheceu, ao passar, o sítio da sua antiga casa.”; quanto às duas ocorrências da palavra onde nesse segmento do texto, pode-se dizer que:

(A) pertencem à mesma classe gramatical;(B) referem-se ao mesmo antecedente;(C) a segunda ocorrência deveria ser substituída por aonde;(D) a primeira ocorrência tem como antecedente “sua antiga casa”;(E) a primeira é advérbio e a segunda, pronome relativo.

40. (UM-SP) Assinale a alternativa que completa adequadamente as lacunas do seguinte perí-odo.

“Algumas pessoas não determinam .......... provém sua insatisfação, porque não sabem ........ vão os sentimentos, nem ....... mora a consideração pelo próximo”.

A) donde, onde, onde B) donde, aonde, ondeC) aonde, onde, aonde D) aonde, aonde, aondeE) donde, aonde, aonde

41. Das cinco alternativas apresentadas nesta questão, apenas uma completa adequada-mente as sentenças abaixo. Aponte-a.

1 - Afinal, chegou o presente .............. tanto esperávamos.2 - .................. você vai com tanta pressa?3 - ............. o encontrei e tive uma grata surpresa.

A) porque, onde, mau B) por que , onde, mal C) porque, onde, mauD) porque, aonde, mauE) por que, aonde, mal

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Português

42. Complete as lacunas, usando adequadamente mas, mais, mal, mau.

“Mariana e Jéssica ..... entraram em casa, perce-beram que as coisas não estavam bem, pois a amiga delas escolhera um .... momento para comunicar à Cláudia que iriam viajar nas férias; ..... as irmãs dei-xaram os pais ...... sossegados quando desmentiram a história.”

A) mau, mal, mais, masB) mal, mal, mais, maisC) mal, mau, mas, masD) mal, mau, mas, maisE) mau, mau, mas, mais

43. Indique a alternativa que contraria a norma padrão no que se refere ao emprego de pala-vras e expressões.

A) Para muitos leigos no assunto, a seção de planos geométricos é bastante complicada.

B) Não é uma má pessoa, mas é importante que conheçamos aonde ele quer chegar com essa atitude.

C) Aonde vão os pensamentos ninguém sabe, mas é necessário saber aonde se guardam os instintos mais perigosos.

D) Não sei por que as pessoas são tão complicadas.E) Os homens indagam o porquê das estranhezas

das coisas.

44. Assinale a alternativa sem erro no emprego das palavras:

A) Não lembro bem aonde fica aquela loja? B) Ela sabe bem porquê nós não fomos ao baile.C) Os alunos não fizeram nada demais.D) Não estudou para o teste, tampouco para a

prova.E) A cerca de três meses, muitos insistem em não

colaborar.

45. (Puccamp-SP)

Você não quer vir conosco, e não diz o ...... da recusa. Quer mesmo saber ..... ? Simplesmente ..... não tenho um centavo no bolso.

A) porque, por que, por que B) porquê, por quê, porque C) por que, porque, porqueD) por que, porquê, por queE) por quê, porquê, porque

3. ANÁLISE DE TEXTOS

Compreensão e Interpretação

3.1. COMPREENSÃO OU INTELECÇÃO DE TEXTO

Consiste em analisar o que realmente está escrito, ou seja, coletar dados do texto.

Exemplos de enunciados:

“Com base no texto...”, “Pela compreensão global do texto...”, “O autor afirma que...”, entre outros.

3.2. INTERPRETAÇÃO DE TEXTO

Consiste em saber o que se infere (conclui) do que está escrito.

Exemplos de enunciados:

“O texto possibilita o entendimento de que...”, “A idéia central que perpassa o texto...”, “Infere-se do texto que...” , entre outros.

3.3. ERROS CAPITAIS NA ANÁLISE DE TEXTOS

1o. Extrapolação – É o fato de se fugir do texto. Ocorre quando se interpreta o que não está escrito. Muitas vezes são fatos reais, mas que não estão expressos no texto. Deve-se ater somente ao que está relatado.

2o. Redução – É o fato de se valorizar uma parte do contexto, deixando de lado a sua totalidade. Deixa-se de considerar o texto como um todo para se ater apenas à parte dele.

3o. Contradição – É o fato de se entender justamente o contrário do que está escrito. É bom que se tome cuidado com algumas palavras, como: “pode”, “deve”, “não”; verbo “ser”; etc.

Analise o Texto Abaixo...

“O Ministério da Fazenda descobriu uma nova esperteza no Instituto de Resseguros do Brasil. O Instituto alardeou um lucro no primeiro semestre de 3,1 bilhões de cruzeiros, que esconde na verdade um prejuízo de 2 bi. Brasil, Cuba e Costa Rica são os três únicos países cujas empresas de resseguro são estatais.” (Veja, 1/9/93, pág. 31)

Conclui-se do texto que seu autor:A) acredita que a esperteza do Instituto de

Resseguros gerou lucro e não prejuízo.B) dá como certo que o prejuízo do Instituto é maior

do que o lucro alardeado.C) julga que o Instituto de Resseguros agiu de boa

fé.D) dá a entender que é contrário ao fato de o

Instituto de Resseguros ser estatal.E) tem informação de que em Cuba e na Costa Rica

os institutos de resseguros camuflam seus prejuízos.

É IMPORTANTE EXERCITAR...

TEXTO 1

PETRÓLEO Eduardo Frieiro Os fatos desta vez deram razão a Monteiro Lobato. Existe o petróleo. Resta saber, e o grande

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Português

escritor morreu antes que pudesse observá-lo, resta saber se o cobiçado líquido brindará os brasileiros com uma vida decente, ou fará do país outra Venezuela, onde, há um quarto de século, se põe fora, sem proveito para o povo, a maior fartura petrolífera da América Latina. (1948)

TEXTO 2

PETRÓLEO Monteiro Lobato Esse produto é o sangue da terra; é a alma da indústria moderna; é a eficiência do poder militar; é a soberania; é a dominação. Tê-lo é ter o sésamo abridor de todas as portas. Não tê-lo é ser escravo.

1. (NCE-RJ / ANP) O que é explícito num enunci-ado pode gerar informações implícitas; os dois primeiros períodos do texto 1 nos permi-tem deduzir alguns dados implícitos, EXCETO:

(A) Monteiro Lobato defendia a existência de petróleo no país; (B) nem sempre as posições de Monteiro Lobato tinham apoio nos fatos; (C) Monteiro Lobato era figura conhecida na época de elaboração do texto; (D) os fatos não são apoio incontestável de argumentos;(E) os fatos a que alude o texto dizem respeito à descoberta de petróleo no Brasil.

2. (NCE-RJ / ANP) A relação entre o texto 1 e o texto 2 está:

(A) na presença de Monteiro Lobato ligada ao mesmo tema: o petróleo; (B) no fato de as palavras de M. Lobato (texto 2) se realizarem no texto 1; (C) na semelhança de preocupações com a rique-za do petróleo; (D) na exploração dos países mais ricos sobre os mais pobres; (E) no valor do petróleo como instrumento de dominação.

3. (NCE-RJ / ANP) Ao dizer “...se o cobiçado líquido brindará os brasileiros com uma vida decente, ou fará do país outra Venezuela,...”, o autor do texto 1 mostra que:

(A) o Brasil terá uma vida pouco decente se a Venezuela igualar-se a ele; (B) na Venezuela não há tanto petróleo quanto no Brasil; (C) o petróleo é o único responsável pelo progresso de um país; (D) deseja que o Brasil tenha tanto petróleo quanto tem a Venezuela; (E) nem sempre o petróleo é garantia de bem-estar.

4. (NCE-RJ / ANP) “Tê-lo é ter o sésamo abridor de todas as portas. Não tê-lo é ser escravo.” (texto 2); essa afirmação:

(A) é repetida no texto 1; (B) é contrariada integralmente pelas afirmações do texto 1; (C) é formada por termos antitéticos; (D) funciona como explicação das afirmações ante-

riores do texto 2; (E) aparece como resumo do texto 1.

TEXTO

“A globalização financeira se acentuou a partir da década de 70, impulsionada pelo computador e pelas telecomunicações. Ainda mais interligados, os mercados reagem de forma sincronizada.”

5. (COVEST-PE) A partir desse enunciado, pode-mos concluir que:

1) a informática e a comunicação a distância fortaleceram a globalização financeira, desde os anos 70.2) a informática e a comunicação a distância atenuaram a globalização financeira.3) a interligação entre os mercados provoca reações simultâneas.4) os mercados financeiros reagem sincrônica-mente contra a globalização.

Está(ão) correta(s) apenas:A) 3 e 4B) 1 e 3C) 1, 2 e 3D) 3E) 2 e 4

TEXTO - OSSOS DO OFÍCIO DO ÓCIO

Férias e períodos extensos de relaxamento fazem a inteligência diminuir em até um quinto. A afirmação é do pesquisador alemão Siegfried Lehrl, da Universi- dade de Erlangen. Ele mediu a atividade intelectual de turistas e descobriu que a falta de exercício mental faz com que as células do lóbulo frontal do cérebro comecem a se atrofiar. “Em cinco dias, o Q.I. cai 5%. Em três semanas, 20%”, avisa Lehrl. O pesquisador talvez tenha passado muito tempo em férias e sem fazer nada para criar tal teoria.

Isto É, 19 a 25 de abril de 1998.

6. (COVEST-PE) A propósito desse texto, a única alternativa INCORRETA é:

A) a expressão “ossos do ofício” significa “encargos ou dificuldades inerentes ao exercício de uma tarefa, emprego ou profissão.”B) o comentário do jornalista, no final do texto, sugere descrença e até uma certa ironia quanto à informação dada.C) a informação central desse texto poderia ser resumida assim: pesquisador admite que a carência de exercício mental debilita a inteligência.D) a julgar pelo comentário final do jornalista, o resultado da pesquisa merece inteira credibilidade.E) “Em cinco dias, o Q.I. cai 5%. Em três semanas, 20%.” A segunda vírgula desse fragmento indica a supressão de um termo.

TEXTO – A VERDADE E A FANTASIA

Miguel Pachá – Presidente do TJ/RJ

Um espectro ronda a Justiça brasileira neste final de ano: a Reforma do Judiciário. Espectro porque a realidade do Judiciário e a necessidade da sua

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Português

reforma foram, nos últimos meses, deformados pelo “manto diáfano da fantasia”. Comemoramos o nosso dia (8 de dezembro) sob o fogo cruzado da má-vontade e da desinformação. O Judiciário não pode ser culpabilizado pelo que a mídia chama com exagero de impunidade. A polícia não prende, não investiga e nós, presos à aplicação da lei, pagamos o pato. Além disso, há um cipoal de leis, medidas provisórias e atos normativos que acabam por atravancar nossos corredores. Temos oferecido à sociedade idéias e propostas de melhoria da prestação de Justiça. Um exemplo: o julgamento virtual, que acelera a tramitação, elimina papel e dispensa deslocamentos de advogados. Quanto ao apregoado controle do Judiciário, pensamos que deveria antes vir de dentro que de fora, pelo ajuste de normas e práticas processuais, bem como pela supervisão sistemática. A autonomia financeira deu ao nosso Tribunal a possibilidade de ser um dos melhores do país: um dos mais ágeis e seguros, em condições objetivas de enfrentar o descrédito geral da Justiça. A autonomia dos poderes – lembremos ainda uma vez – é a única garantia que temos da estabilidade da República e, em última instância, da continuidade do regime democrático – o pior de todos, com exceção dos outros. Falar em cidadania é falar em Judiciário. Em muitas sociedades tradicionais a norma de estabilidade é a do “poder trava poder”. Ao invés do controle externo, sempre perigoso, talvez se pudesse confiar mais nesse controle sistêmico. De resto, temos à disposição diversos mecanismos endógenos, eficazes, de controle (os tribunais de conta, as corregedorias etc.). A sociedade global, estimulada pelos formadores de opinião, não tem sido capaz de captar a verdade do Judiciário. Sob um cerco total de má-vontade e desinformação, vemos exageradas as nossas deficiências e erros. “Sobre a nudez forte da verdade, o manto diáfano da fantasia” – parodiemos o slogan do velho Eça de Queiroz. E qual é a nossa verdade? Antes de enunciá-la, reconheçamos nossos erros e dificuldades, algumas conjunturais, de mais fácil correção, outras estruturais, mais difíceis. Recente pesquisa da OAB, mostrou que 55% da população mal conhece o Judiciário. E é ela a segunda instituição menos confiável do país. Nosso programa para o ano que se inicia é, pois, estabelecer a verdade da distribuição de Justiça em nosso Estado e vê-la reconhecida, senão por todos, ao menos pela maioria de nossos concidadãos.

Informativo TJ/RJ e EMERJ, n.12

7. (NCE-RJ / CGJ-RJ) “Um espectro ronda a Jus-tiça brasileira neste final de ano:...”. O dicio-nário de língua portuguesa de Aurélio Buarque de Hollanda registra uma série de significados para a palavra espectro; em função do texto, o significado dicionarizado mais adequado dês-se vocábulo no contexto é:

(A) “fantasma”; (B) “figura imaterial, real ou imaginária, que povoa o pensamento”; (C) “aparência vã de uma coisa”; (D) “aquilo que constitui ameaça”; (E) “pessoa esquelética, esquálida”.

8. (NCE-RJ / CGJ-RJ) O texto é claramente argu-mentativo e se estrutura em torno de uma tese, que é explicitada em:

(A) “...a realidade do Judiciário e a necessidade da sua reforma foram, nos últimos meses, deformados pelo ‘ manto diáfano da fantasia’ ”; (B) “...reconheçamos nossos erros e dificuldades, algumas conjunturais, de mais fácil correção, outras estruturais, mais difíceis.”; (C) “Em muitas sociedades tradicionais a norma de estabilidade é a do ‘poder trava poder’ ”; (D) “Nosso programa para o ano que se inicia é, pois, estabelecer a verdade da distribuição de Justiça em nosso Estado...”; (E) “A autonomia dos poderes – lembremos ainda uma vez – é a única garantia que temos da estabilidade da República e, em última instância, da continuidade do regime democrático...”.

9. (NCE-RJ / CGJ-RJ) O texto é elaborado por um membro do Judiciário e dirigido a profis-sionais do mesmo espaço profissional; o item que NÃO o comprova é:

(A) “Comemoramos o nosso dia (8 de dezembro) sob o fogo cruzado da má-vontade e da desinformação.”; (B) “Sob um cerco total de má-vontade e desin-formação, vemos exageradas as nossas deficiências e erros.”; (C) “A sociedade global, estimulada pelos formadores de opinião, não tem sido capaz de captar a verdade do Judiciário.”; (D) “A polícia não prende, não investiga e nós, presos à aplicação da lei, pagamos o pato.”;(E) “Além disso, há um cipoal de leis, medidas provisórias e atos normativos que acabam por atravancar nossos corredores.”

10. (NCE-RJ /CGJ-RJ) A respeito do controle do Poder Judiciário, podemos dizer que a posi-ção do autor do texto é:

(A) favorável, desde que esse controle seja interno; (B) favorável, desde que esse controle não seja feito por tribunais de conta, etc.; (C) favorável, se não for contaminado por má-vontade e desinformação; (D) desfavorável, pois se perderia a estabilidade da República; (E) desfavorável, porque todo controle é perigoso.

11. (NCE-RJ/ CGJ-RJ) “Recente pesquisa da OAB, mostrou que 55% da população mal conhece o Judiciário. E é ela a segunda instituição me-nos confiável do país.”; sobre esse segmento pode-se dizer que:

(A) o termo “mal” equivale semanticamente a “imperfeitamente”; (B) o pronome “ela” substitui o Poder Judiciário, citado anteriormente; (C) “menos confiável” corresponde a uma forma de superlativo; (D) o segundo período do segmento mostra algo que a pesquisa não mostrou; (E) decorre a informação de que há muitas outras

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Português

instituições não confiáveis.

TEXTO Palavra

“Diz quem foi que inventou o analfabeto e ensinou o alfabeto ao professor”, indaga o compositor Chico Buarque, na canção Almanaque, de 1981. Quem, como Chico, nunca se perguntou onde é que nosso bê-á-bá começou? Pelo menos dois campos do conhecimento podem nos desvendar os segredos das palavras: a etimologia, que se encarrega de explicar a origem e evolução delas, e a filologia, que revela a história dos idiomas. Sendo assim, se alguém pode responder à pergunta do compositor são os estudiosos dessas áreas. O que se pode adiantar aos interessados no assunto é que há risco de nunca verem saciada sua curiosidade acerca dos caminhos que levam às origens e aos significados das palavras que compõem nossa língua no decorrer do tempo. É como um efeito dominó: uma dúvida leva a outra que leva a outra... Até meados de 2004, por exemplo, não se havia ouvido falar da palavra descatracalização, que pode ser entendida como facilitação – embora um conhecido personagem do cartunista Laerte, chamado justamente Homem-Catraca, já satirizas-se, há muito tempo, em tiras no jornal Folha de S.Paulo, as inúmeras dificuldades impostas ao indivíduo e à sociedade. No entanto, de repente, o termo estava em artigos de jornais, chegou a ser tema de redação do Vestibular 2005 da Fuvest, e foi incorporado pela publicidade. Em fevereiro, valendo-se do termo usado na pro-va, estudantes que protestavam em frente ao prédio da Fuvest, na Cidade Universitária, em São Paulo, atearam fogo a uma catraca. O grupo pedia a des-catracalização do ensino superior público. Ou seja, pediam o fim do vestibular, o maior “catracalizador” para o ingresso às universidades. Outra invasão recente é a palavra tsunami, que poucas pessoas conheciam até que a onda gigante assolou parte do litoral da Indonésia, da Índia e do Sri Lanka, em dezembro de 2004. Hoje, um sistema de busca da internet, como o Google, encontra cerca de 120 mil ocorrências do termo na rede. No entanto, em boa parte dos contextos em que ele surge, é usado por associação de sentido, em expressões diversas, como a detectada pelo jornalista Eduardo Martins, autor do Manual de Redação e Estilo do jornal O Estado de S.Paulo: “O crítico Ricardo Calil arrasou o filme mais recente de Oliver Stone, Alexandre, refe-rindo-se a ele como um ‘desastre de proporções épicas, um tsunami cinematográfico'”. A dúvida de muitos é: vocábulos que passamos a ouvir há pouco tempo não existiam antes disso? Em muitos casos, existiam, sim, escondidos entre os milhares de verbetes de um dicionário. O Houaiss, por exemplo, acusa a primeira ocorrência de tsunami em 1897. Ao passo que, em São Paulo, já há oito anos circula uma revista de quadrinhos com esse nome. No entanto, há vários meios de enriquecimento do léxico de uma língua. “Esse dinamismo que permite a inovação do vocabulário ocorre de várias maneiras”, explica o lingüista Marcos Bagno, professor da Univer-sidade de Brasília (UnB). “Pode haver um empréstimo de palavras estrangeiras, atribuição de sentido novo a

um termo que já existe, como é o caso do famoso tsunami, ou ainda a criação de um novo termo com base na morfologia da própria língua.” É exatamente nesse último mecanismo descrito pelo lingüista que se encaixa a tal da descatracali-zação, palavra inventada com base em outra que já existe – no caso, catraca. Ou, para usar o nome cor-reto que se dá a essas “invenções”, um neologismo. “O neologismo nasce da necessidade que o falante sente de expressar alguma idéia nova ou nomear algum objeto da realidade para o qual a língua não tem palavra”, esclarece o professor Bagno. “Quando uma dessas inovações é adotada por um número maior de falantes, ela passa a ser de domínio social e ingressa no repertório de recursos verbais da língua.”

Revista E, n.º 95, SESC. Adaptado.

12. (IPAD – Expresso Cidadão) A compreensão do conteúdo global do Texto nos permite afirmar que ele trata, prioritariamente:

A) das conseqüências da entrada, no português, de palavras e expressões estrangeiras. B) do complexo dinamismo que ocorre no conjunto de palavras de uma língua. C) do processo de formação dos neologismos mais comuns da língua portuguesa. D) da complicada origem e do atual sentido das palavras catacralização e tsunami. E) da comparação entre os variados sentidos que têm as palavras do português. 13. (IPAD – Expresso Cidadão) Está de acordo

com o Texto a idéia de que: A) de um modo geral, o uso freqüente de neologismos prejudica a evolução das línguas. B) palavras como descatracalização e tsunami preservam inalterados seus sentidos originais. C) todos os novos vocábulos permaneceram muito tempo escondidos entre os verbetes do dicionário. D) a origem e os vários significados das palavras de uma língua são facilmente recuperáveis. E) os neologismos nascem das necessidades expres-sivas que têm os usuários de uma língua.

14. (IPAD – Expresso Cidadão) Está implícita, no Texto, a idéia de que:

A) o conjunto de palavras de uma língua é estático. B)dicionários são decisivos para a renovação lexical. C) falamos palavras cuja origem muitas vezes nem conhecemos. D) nossa língua é mais complexa do que as outras línguas. E) variações no sentido das palavras é um fenômeno restrito ao português.

15. (IPAD – Expresso Cidadão) A partir do sentido da palavra descatracalização, dado no Texto, identifique a alternativa na qual o uso dessa palavra e de seus derivados prejudica a coe-rência do enunciado.

A) No Brasil, urge uma total descatracalização do sistema de saúde, que parece cada dia mais caótico. B) Embora muitos batalhem pela descatracalização do ensino público brasileiro, parece que ele está cada vez mais complicado. C) O governo prometeu descatracalizar o atual siste-

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Português

ma habitacional, mas não houve avanços signifi-cativos nessa área. D) A votação expressiva do candidato deveu-se ao fato de ele ter conseguido descatracalizar o trânsito em sua cidade. E) A entrada da torcida só foi permitida após a polícia ter realizado a descatracalização de toda as pessoas que desejam entrar no estádio. 16. (IPAD – Expresso Cidadão) A análise do signi-

ficado de alguns trechos do Texto nos permite afirmar que:

1. ‘desvendar o segredo das palavras’ equivale a ‘descobrir o funcionamento das palavras’. 2. ‘nunca verem saciada sua curiosidade’ significa ‘jamais satisfazerem sua curiosidade’. 3. ‘foi incorporado pela publicidade’ corresponde a ‘foi originado no meio publicitário’. 4. ‘o Houaiss acusa a primeira ocorrência’ é o mesmo que ‘o Houaiss registra a primeira vez que ocorreu’.

Estão corretas: A) 1, 2 e 4, apenas. B) 2, 3 e 4, apenas. C) 2 e 3, apenas. D) 1 e 4, apenas. E) 1, 2, 3 e 4.

TEXTO – A CASA VIAJA NO TEMPO Rubem Braga

Volto, como antigamente, a esta grande casa amiga, na noite de domingo. Recuso, com o mesmo sorriso, a batida que a dona da casa me oferece, e tomo a mesma cachacinha de sempre. O dono da casa é o mesmo, a cachaça é a mesma, a casa, eu... E tantas vezes vim aqui que não tomo consciência das coisas que mudaram. Sento-me, por acaso, ao lado de uma jovem senhora, amiga da família, e a conversa é tranqüila e morna. Mas, de repente, a propósito de alguma coisa, ela diz que se lembra de mim há muito tempo. “Você vinha às vezes jantar, sempre assim, de paletó e sem gravata. Sentava calado, com a cara meio triste, um ar sério. Eu me lembro muito bem. Eu tinha seis anos...” Seis anos! Certamente não me recordo dessa menina de seis anos; a casa sempre esteve cheia de meninas e mocinhas, há pessoas que eu conheço de muitos domingos através de muitos anos, e das quais nem sequer sei o nome. Pessoas que para mim fazem parte desta casa e desses domingos, visitando esta casa. (....) Inutilmente procuro reconstituir a menina de seis anos que me olhava na mesa e me achava triste. E não faço a menor idéia do que ela soube ou viu a meu respeito durante esses inumeráveis domingos. Certamente fui sempre, para ela, uma figura constante, mas vaga – um senhor feio e quieto, que ela se acostumou a ver distraidamente de vez em quando – às vezes com um ano ou mais de intervalo, que viaja e reaparece com a mesma cara e o mesmo jeito. Tomo consciência de que é a primeira vez que conversamos os dois, ao fim de tantos anos de vagos “boa-noite” e “como vai?”, mas nossa conversa tranqüila e trivial me emociona de repente quando ela

diz “eu tinha seis anos...” Penso em tudo o que vivi nestes anos – tanta coisa tão intensa que veio e se foi – e penso na casa, no dono da casa, na família, na gente que passou por aqui. A casa não é mais a mesma, a casa não é mais casa, é um grande navio que vai singrando o tempo, que vai embarcando e desembarcando gente no porto de cada domingo: dentro em pouco outra menina de seis anos, filha dessa menina, estará sentada na mesma sala, sob a mesma lâmpada, e com seus dois olhinhos pretos verá o mesmo senhor calado, de cara triste – o mesmo senhor que numa noite de domingo, sem o saber, se despedirá para sempre e irá para o remoto país onde encontrará outras sombras queridas ou indiferentes que aqui viveram também suas noites de domingo – e não voltaram mais.

17. (NCE-RJ / Eletrobrás) Segundo o autor do tex-to, ele não nota as mudanças da casa que fre-qüenta porque:

A) procura preservar na memória como eram as coisas antigamente; B) sempre gostou das coisas como eram; C) mentalmente atua como se o tempo não pas-sasse; D) tais mudanças de fato não ocorreram; E) visita a casa com muita freqüência.

18. (NCE-RJ /Eletrobrás) No final da crônica, o au-tor do texto compara a casa a um navio; essa comparação é feita com base numa seme-lhança entre esses dois elementos, que é:

A) o fato da grandiosidade da casa permitir a presença de muita gente; B) a circunstância de a casa ser freqüentada por pessoas de diversas idades; C) a presença constante do cronista na casa nas noites de domingo; D) a transitoriedade de muitas pessoas que freqüen-tam a casa; E) as mudanças constantes da aparência da casa.

19. (NCE-RJ /Eletrobrás) “a conversa é tranqüila e morna”; ao classificar a conversa como “mor-na”, o cronista quer dar aos leitores a idéia de uma conversa que:

A) lembra fatos antigos; B) aborda temas íntimos; C) não tem grande interesse; D) discute temas sentimentais; E) explora assuntos particulares.TEXTO – A ARTE NA NOSSA VIDA

Jô Oliveira e Lucília Garcez

Você pode pensar que não conhece arte, que não convive com objetos artísticos, mas estamos todos muito próximos da arte. Nossa vida está cercada dela por todos os lados. Ao acordar pela manhã e olhar o relógio para saber a hora, você tem o primeiro contato do dia com a arte. O relógio, qualquer que seja o seu desenho, passou por um processo de produção que exigiu pla-nejamento visual. Especialistas estudaram e apli-caram noções de arte. A forma do seu relógio é re-sultado de uma longa história da imaginação humana e das suas preferências. A cor, a forma, o volume, o

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Português

material que foram escolhidos estão testemunhando o tempo e a transformação do gosto e da técnica. Ao observá-lo, você percebe que é um objeto antigo ou moderno, você reconhece que quem o desenhou pré-feria formas curvas ou retas, ou ainda dourado, e até pedrinhas brilhantes. Quem escolhe um relógio para comprar, decide com base em suas preferências pessoais. Alguns preferem os mais elaborados, outros preferem os mais simples. É o gosto pessoal que predomina, e es-te pode variar infinitamente. Varia porque recebe influências de acordo com a idade, com a época, com o meio social em que a pessoa vive. E, como nos diz a sabedoria popular: “gosto não se discute”. Mas, quem sabe, possamos discutir o gosto? Em outros objetos do seu quarto e de seu cotidiano você pode observar a presença da arte: na estampa de seu lençol, no desenho da sua cama, no formato da sua escova de dentes, no desenho da torneira e da pia do banheiro, na xícara que você toma leite, nos talheres, no modelo do carro, no formato do telefone. Em todos os objetos há um pouco de arte aplicada. Esse esforço para produzir objetos bonitos, agra-dáveis ao olhar, atraentes e harmoniosos, está em todas as culturas, em todas as civilizações. E em nosso dia-a-dia.

20. (NCE-RJ/ INCRA) Infere-se do primeiro pará-grafo do texto que:

A) o texto é dirigido aos que só conhecem arte tradicional;B) a finalidade do texto é mostrar que arte é vida;C) a arte referida no texto é a produzida pelo povo;D) seu objetivo é atrair leitores não-iniciados em arte;E) o público-alvo do livro são estudantes de pouca idade.

21. (NCE-RJ / INCRA) “Você pode pensar que não conhece arte, que não convive com objetos artísticos, mas estamos todos muito próximos da arte”; para que essa afirmação seja consi-derada verdadeira é necessário que:

A) o conceito de arte seja diferente do que se pensa;B) o público em geral seja entendido em arte;C) os objetos de arte chamem mais atenção da população;D) o leitor pertença à classe social privilegiada;E) todos os objetos tenham qualidades artísticas.

22. (NCE-RJ/ INCRA) O segundo parágrafo do tex-to só NÃO tem a função de:

A) explicitar a última afirmação do primeiro parágrafo;B) indicar um exemplo de desconhecimento de arte;C) mostrar a presença da arte em torno de nós;D) exemplificar um caso de proximidade da arte;E) demonstrar que a arte é uma necessidade em nossa vida.

23. (NCE-RJ / INCRA) “E, como nos diz a sabedo-ria popular: ”gosto não se discute”. Mas, quem sabe, possamos discutir o gosto?”; nes-se segmento as autoras do texto:

A) mostram que se apóiam na sabedoria popular;B) propõem uma discussão sobre os ditados populares;C) indicam claramente sua preferência pelas elites;D) destacam uma nova possibilidade de ver as coisas;

E) demonstram que arte não é tema popular.

24. (NCE-RJ / INCRA) Arte aplicada é, segundo o texto, aquela que:

A) presenciamos nos museus;B) observamos em fenômenos da natureza;C) contemplamos nas festas populares;D) descobrimos em realidades desconhecidas;E) notamos nos objetos do dia-a-dia.

25. (NCE-RJ / INCRA) Pela leitura do texto, podemos classificá-lo como:

A) informativo; B) didático;C) publicitário; D) instrucional;E) normativo.

TEXTO

Língua é objeto de investigação científica

A cada dia os estudantes têm demonstrado mais curiosidade pelo campo de estudo da lingüística. O interesse vem revelar tanto o desconhecimento dessa área do saber como o seu crescente prestígio, que já a faz sair de relativa obscuridade. A lingüística lança sobre o idioma, seu objeto de estudo, o olhar da ciência, com seu método invés-tigativo de observação dos fenômenos e total ausên-cia de preconceito, condições preliminares para a bus-ca do conhecimento. Essa isenção, aliada à disposição de descobrir o real funcionamento das línguas e os fatores intralingüísticos e extralingüísticos que o regem, faz que a lingüística não trabalhe com os conceitos de “certo” e “errado”. Elabora uma gramática descritiva em lugar de uma gramática prescritiva. Por ser uma ciência, a lingüística não é sensível às preocupações com o suposto risco de “decadência“ do idioma, visto que, por sua natureza, a língua só assimila as transformações que lhe são úteis e necessárias. Assim, a defesa intransigente da norma culta o padrão dos estratos mais bem-sucedidos na sociedade entendida como o único modelo de correção, pode levar ao reforço de certos preconceitos associados a usos lingüísticos próprios de camadas economicamente desfavorecidas. A linguagem espontânea é igualmente alvo do interesse da lingüística, pois ela representa a língua viva, em ação. Já a norma tida como culta é preser-vada graças a uma atitude disciplinadora que se apóia em certos cânones. Afiança-se na tradição, explicação última para a escolha de uma forma em detrimento de outra. Mas a própria literatura fornecedora dos modelos de reali-zação lingüística incorporou definitiva-mente ele-mentos da linguagem oral. Diante disso, o estudo das possibilidades ofereci-das pela norma culta conserva sua importância em virtude de a expressão, sobretudo, de conteúdos com-plexos e racionais, servir-se das estruturas que a história e a cultura nos põem à disposição. Não se tra-ta de abandonar o passado – como se fosse possível renegar a história tampouco de substituir uma cons-trução por outra como mera afirmação de um saber como valor em si. Trata-se antes de acrescentar à ca-pacidade lingüística alternativas de expressão não-in-

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tuitivas ou menos espontâneas e mais sutis, man-tendo um constante diálogo com a história. A lingüís-tica contribui, assim, para uma compreensão do fenô-meno lingüístico como parte indissociável da cultura.

(Thaís Nicoleti de Camargo. Folha de São Paulo. 22.08.2002).

26. (COVESTPE / UFPE-UFRPE) Conforme o tex-to, “a lingüística elabora uma gramática des-critiva em lugar de uma gramática prescritiva”. Essa idéia é apresentada, com outras pala-vras, em uma das alternativas abaixo. Assina-le-a.

A) A lingüística objetiva investigar os fenômenos lin-güísticos e descobrir o seu funcionamento, não se preocupando com as noções de ‘certo’ e de ‘errado’.

B) A lingüística é uma ciência e, como tal, objetiva orientar a elaboração das gramáticas prescritivas, para que os falantes dominem as normas que regem sua língua.

C) A preocupação precípua da lingüística é a de manter a tradição da língua, para preservação dos modelos fornecidos pelas formas clássicas da Literatura.

D) É interesse da lingüística defender os padrões da norma culta e elaborar as regras que definem a manutenção dos estratos sociais mais aceitos e bem-sucedidos.

E) A lingüística investiga os conteúdos oriundos da história e da cultura, com o objetivo de estabele-cer as normas que regulam o melhor uso da língua.

27. (COVESTPE / UFPE-UFRPE) Pelas considera-ções feitas no texto, podemos afirmar que a lingüística:

1) configura-se como uma ciência, que tem como objeto de investigação a língua.2) observa os fenômenos lingüísticos numa perspectiva desprovida de julgamentos valorativos.3) como objetiva investigar o funcionamento das línguas, interessa-se também pela linguagem espon-tânea.4) tem como uma de suas preocupações básicas a manutenção da língua nos padrões mais bem su-cedidos socialmente.

Estão corretas:A) 1 e 2 apenas B) 2 e 3 apenasC) 3 e 4 apenas D) 1, 2 e 3 apenasE) 1, 2, 3 e 4

28. (COVESTPE / UFPE-UFRPE) A norma culta, segundo afirma o texto:

A) corresponde ao padrão responsável pelo suposto risco de decadência do idioma.

B) em sua defesa, propicia a lenta superação de muitos preconceitos sociais e lingüísticos.

C) deve ser entendida como o único modelo capaz de regular a comunicação lingüística.

D) rejeita definitivamente modelos de realização derivados dos usos da linguagem oral.

E) para sua preservação, assume uma atitude disciplinadora, apoiada em certos padrões.

29. (COVESTPE/ UFPE) Assinale a alternativa em que as palavras sublinhadas são semantica-mente equivalentes.

A) “a faz sair de relativa obscuridade” (§ 1o) = sair de relativa dormência’

B) “a defesa intransigente da norma culta” (§ 3o) = ‘a defesa descabida da norma culta’

C) “se apóia em certos cânones” (§ 4o) = em certas regras’.

D) “afiança-se na tradição” (§ 4o) = desenvolve-se na tradição’

E) “parte indissociável da cultura” (§ 5o) = imprescindível da cultura’.

30. (COVESTPE / UFPE) Sobre as relações se-mânticas presentes em enunciados do texto, assinale a alternativa correta.

A) Em "Por ser uma ciência, a lingüística não é sensível às preocupações com o suposto risco de decadência do idioma", o segmento destacado antecipa uma justificativa.

B) Em "a lingüística não é sensível às preocupações com o suposto risco de “decadência” do idioma, visto que, por sua natureza, a língua só assimila as transformações que lhe são úteis e neces-sárias", se o conectivo destacado for substituído por 'ainda que' o sentido permanece inalterado.

C) Em "A linguagem espontânea é igualmente alvo do interesse da lingüística, pois ela representa a língua viva, em ação", o segmento destacado representa a conseqüência do segmento anterior.

D) Em "Não se trata de abandonar o passado – como se fosse possível renegar a história -, tampouco de substituir uma construção por ou-tra", o elemento destacado tem valor comparativo.

E) Em "A lingüística contribui, assim, para uma compreensão do fenômeno lingüístico como parte indissociável da cultura", o elemento destacado marca uma mudança na direção argumentativa do texto.

31. (COVESTPE / UFPE) Assinale a alternativa em que a mudança na posição do segmento destacado provoca alteração no sentido global do enunciado.

A) 1 - No mínimo, a gente tem que dizer que a língua que nós falamos é o resultado de um trabalho com muitas idas e vindas.2 - A gente tem que dizer, no mínimo, que a língua que nós falamos é o resultado de um trabalho com muitas idas e vindas.

B) 1 - E você vai criando formas de expressão que correspondem a certas necessidades.2 - E você vai criando formas de expressão que correspondem a necessidades certas.

C) 1 - Então, tudo que nós temos em matéria de língua passou, num certo momento, pelo crivo da sociedade.2 - Então, em matéria de língua, tudo que nós te-mos passou, num certo momento, pelo crivo da sociedade.

D) 1 - A meu ver, a língua e a linguagem têm uma relação de ir e vir com a sociedade.2 - A língua e a linguagem têm, a meu ver, uma relação de ir e vir com a sociedade.

E) 1 - Quer dizer, a organização social depende da

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linguagem, e os fatos da língua dependem dessa organização social.2 - Quer dizer, a organização social depende da linguagem, e dependem dessa organização social os fatos da língua.

TEXTO – A FLOR DO GEÓGRAFO

Dom Marcos Barbosa O.S.B.

Creio que é a terceira vez que venho falar de mo-toristas. Até parece que vivo andando de táxi. E tenho sempre a sorte de encontrar no volante, ao contrário dos outros, um verdadeiro gentleman. Para que não me acusem de suspeição e de especial simpatia pela classe, aviso logo que o fato de hoje não se deu comigo, mas com o professor francês Pierre Desfontaines. Jamais esqueci, porém, a frase obscura que o ilustre geógrafo foi colher na trepidante Paulicéia. Pierre Desfontaines, cujo nome nos fala de pedra e de fonte, não podia ser, realmente um geógrafo como os outros... Ah, os geógrafos! Eles eram todos, quase todos, como o geógrafo do Petit Prince, que se contentava em anotar as montanhas, os rios e as cidades que os exploradores houvessem visto; mas não as flores, santo Deus! porque as flores eram efêmeras. Também não lhe interessava se os vulcões estavam extintos ou não. Só queria saber da terra, da mon-tanha. Não do risco corrido pelos homens, tão efême-ros quanto a flor. Anotava tudo a lápis. Só depois cobria à tinta, se o explorador se mostrasse fidedigno e trouxesse provas... Mas felizmente alguns vieram a descobrir a “geo-grafia humana”, a geografia em função do homem; e eu vim a descobrir, por minha vez, a geografia huma-níssima de Desfontaines, que me fez lamentar o árido estudo do meu tempo de ginásio e as áridas geogra-fias que ainda hoje vejo nas mãos de tantos alunos. O professor Desfontaines está longe de desprezar as coisas efêmeras. E por isso me trouxe a frase de quatro pétalas, que guardei como flor ressequida em velho livro, e que o chofer lhe entregara. Voltara Desfontaines a São Paulo, onde havia estado anteriormente e morara algum tempo. Tendo contratado um carro para levá-lo não sei onde, reconheceu, ao passar, o sítio da sua antiga casa. Pediu ao chofer que parasse, saltou, foi redescobrir a fachada que lhe sorriu entre as outras, e em cujas janelas viu aparecerem a mulher e as filhas ausentes, mais moça aquela, menos crescidas estas... Viu-se a si mesmo como era, como fora, como havia sido. Até que, caindo em si – ou antes caindo de si – deu com o automóvel que largo tempo o esperava. Subiu depressa ao carro, bateu a porta, pediu ao chofer que corresse. Quando chegou, atrasado, ao término da viagem e perguntou o preço, viu com surpresa que o chofer pedia o mesmo que antes haviam combinado. – Mas (protestou Desfontaines) o senhor esteve parado muito tempo; não quero causar-lhe prejuízo! E foi então que o chofer disse lentamente a sua frase, a sua flor: “Saudades não se pagam...”

32. (NCE-RJ / ANTT) O segundo período do

primeiro parágrafo: (A) confirma o que é dito no primeiro período;(B) justifica o fato citado no primeiro período;(C) contraria a expectativa criada pelo primeiro período;(D) explica a razão de abordar o mesmo tema anterior;(E) estabelece uma relação de causa/efeito em relação ao período posterior.

33. (NCE-RJ / ANTT) Infere-se da leitura do prime-iro parágrafo que:

(A) os motoristas também eram o tema dos dois tex-tos anteriores do autor;(B) os motoristas são muito criticados por suas gros-serias;(C) o autor do texto não possui automóvel próprio;(D) o autor do texto tem como tema de sua coluna os transportes;(E) alguns textos do autor completam textos ante-riores.

34. (NCE-RJ / ANTT) “Para que não me acusem de suspeição e de especial simpatia pela classe”; com essa afirmação, o autor procura dar uma qualidade a seu texto, que é a:

(A) originalidade; (D) autenticidade;(B) autoridade; (E) organização.(C) isenção;

35. (NCE-RJ / ANTT) “Jamais esqueci, porém, a frase obscura que o ilustre geógrafo foi colher na trepidante Paulicéia”; o emprego da adversativa porém, nesse segmento, mostra que:

(A) se esquecem mais facilmente os fatos ocorridos com outrem;(B) as frases obscuras são facilmente esquecidas;(C) não se esquecem fatos de difícil compreensão;(D) o autor do texto anota os fatos interessantes ocorridos;(E) o fato a ser narrado não é simpático aos moto-ristas.

36. (NCE-RJ / ANTT) “Jamais esqueci, porém, a frase obscura que o ilustre geógrafo foi colher na trepidante Paulicéia”; o comentário INCOR-RETO a respeito desse segmento do texto é:

(A) ocorre aqui uma identificação mais precisa de Pierre Desfontaines;(B) o autor do texto localiza o acontecimento a ser narrado;(C) o uso do verbo colher estabelece relação semân-tica com o título do texto;(D) quando deslocada, a conjunção porém aparece entre vírgulas;(E) Paulicéia é uma designação irônica em relação a São Paulo.

37. (NCE-RJ / ANTT) “Eles eram todos, quase todos...”; o segmento sublinhado mostra:

(A) uma explicação do que é dito anteriormente;(B) um acréscimo de informação;(C) uma justificativa de algo a ser narrado;(D) uma retificação do segmento anterior;(E) uma confirmação do já expresso.

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Português

38. (NCE-RJ / ANTT) O geógrafo do Petit Prince (O Pequeno Príncipe, de Saint-Exupéry) se caracteriza:

(A) pelo desprezo por tudo aquilo que é não-material;(B) por só valorizar o que é cientificamente comprovado;(C) pela valorização do efêmero;(D) por seu interesse exclusivo pelo desconhecido;(E) pela atenção ao que é vivo e atual.

39. (NCE-RJ / ANTT) A inclusão do personagem do Petit Prince tem a utilidade textual de:

(A) opor-se, por seus valores, a Pierre Desfontaines;(B) defender a idéia de uma geografia científica;(C) mostrar uma posição ideal do geógrafo;(D) traçar pontos de semelhança com a geografia atual;(E) dar autoridade ao que é citado no texto.

40. (NCE-RJ / ANTT) “Mas felizmente alguns vieram a descobrir a “geografia humana”, a geografia em função do homem”; a utilização de “felizmente”:

(A) mostra uma opinião do autor sobre o conteúdo veiculado a seguir;(B) indica a posição do autor e do geógrafo Pierre Desfontaines;(C) destaca a posição da geografia antiga em face da moderna;(D) assinala o ponto de vista de Pierre Desfontaines;(E) enfatiza o valor da geografia de caráter científico.

4. TÓPICOS GRAMATICAIS

Acentuação Gráfica

4.1. REGRAS GERAIS

4.1.1. PROPAROXÍTONAS

} Acentuam-se todas. Ex.: mágico, antípoda, cânfora

4.1.2. PAROXÍTONAS

} Acentuam-se as terminadas em: ã (s), ão (s); ei (s), en; i(s); om, ons; us, um, uns; ditongo oral (crescente ou decrescente) seguido ou não de S; ps; RouXiNoLEx.: ímã(s), órgão(s); pônei (s), hífen; júri, lápis; iândom, íons; bônus, álbum (uns); série(s), jóquei(s); bíceps; éter, látex, próton, cônsul.

} Não se acentuam: Vocábulos terminados com em, ens: Ex.: nuvem, homens

Os prefixos paroxítonos terminados em i e r: Ex.: anti, semi, super, inter

4.1.3. OXÍTONAS E MONOSSÍLABOS

} Acentuam-se vocábulos e monossílabos tônicos terminados em A, E, O (S), mesmo seguidos de LO (S), LA (S). Ex.: pá(s), café(s), jiló(s);

cantá-la(s), fazê-la(s), pô-lo(s)} Acentuam-se vocábulos terminados por -em, -ens (com duas ou mais sílabas) Ex.: armazém, parabéns

Observação: Não se acentuam as oxítonas termi-nadas em u(s) ou i(s) Ex.: caju, tupi

4.1.4. DITONGOS ORAIS

} Acentuam-se quando abertos (éi, ói, éu)Ex.: anéis, rói, céu

Observação: Não se acentuam os vocábulos formados pelos ditongos (ei, oi, eu) fechados. Ex.: seis, foi, meu

4.1.5. HIATOS

} Acentuam-se: U / I (tônicos) Quando vierem sozinhos na sílaba ou seguidos de “S”.1

Ex.: car-na-ú-ba, a-ça-í, ba-ús, pa-ís

OO (S) No final das palavras.2

Ex.: abençôo, vôo(s)

EE Verbos “CRÊDÊLÊVÊ” 3 Ex.: crê/crêem, dê/dêem, lê/lêem, vê/vêem

Observações: 1) Não se acentuam, portanto, vocábulos como: ra-i-nha (diante de NH), ra-iz, flu-ir (diante de consoante que não seja o S), xi-i-ta (hiato i seguido de vogal idêntica).

2) Palavras como ál-co-ol, al-co-ó-la-tra são acentuadas por outra regra (ambas são propa-roxítonas), mesmo o acento gráfico tendo aparecido em posições diferentes.

3) Os verbos TER e VIR não dobram a letra nas formas plurais, mas recebem acento diferencial. Ex.: tem (sing.) / têm (pl.); vem (sing.) / vêm (pl.) contém (sing.) / contêm (pl.); convém (sing.) / convêm (pl.)

4.1.6. OS “UU” NAS SEQÜÊNCIAS

que, qui, gue, gui } Se for tônico - acento agudo (ú)Ex.: argúem, argúi(s), averigúe, apazigúe

} Se for átono - trema (ü)Ex.: seqüência, sagüi, tranqüilo

4.1.7. OUTROS SINAIS GRÁFICOS

} Acento grave Indica a crase (aa)Ex.: Fomos a a biblioteca. (Fomos à biblioteca)

} Til Indica nasalidade de a e o.Ex.: cãibra, propõe

} Cedilha Representa o som /se/ (ç)Ex.: caiçara, paçoca

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Português

} Apóstrofo Indica a supressão de um fonema.Ex.: minh’alma, pingo d’ouro

4.2. ACENTO DIFERENCIAL

têm, vêm (e deriv.: detêm, convêm...); pôde / pode; pára (verbo) / para (preposição); pôr (verbo) / por (preposição); péla (verbo) / pela (preposição); pélo (verbo) / pelo (preposição) / pêlo (substantivo), pólo (substantivo) / polo (preposição arcaica ou substan-tivo), etc.

4.3. SÍLABA TÔNICA DE ALGUNS VOCÁBULOS

4.3.1. São Oxítonos cateter, condor, ruim, ureter, Nobel, mister;

4.3.2. São Paroxítonos avaro, austero, aziago, ciclope, filantropo, ibero, pudico, juniores, látex, recorde, rubrica, têxtil, dúplex.

4.3.3. São Proparoxítonos aerólito, ínterim, aríete, lêvedo, bávaro, crisântemo, monólito, trânsfuga.

Observação: Há palavras que admitem dupla pronúncia (prosódia):

Ajax / Ájax; alópata / alopata; anídrido / anidrido; acróbata / acrobata; biópsia / biopsia; crisântemo / crisantemo; Dário / Dario; Gândavo / Gandavo; hieróglifo / hieroglifo ; Madagáscar / Madagascar (mais geral); Oceânia /Oceania; ortoépia / ortoepia; oxímoro / oximoro; projétil / projetil; réptil/reptil; sóror/soror; transístor/transistor; xérox/xerox; etc.

O melhor mesmo é não “chutar”. As dúvidas quanto à prosódia devem ser resolvidas por meio de consulta a um bom dicionário.

É IMPORTANTE EXERCITAR...

TEXTO - DE ONDE VÊM AS PALAVRAS Deonísio da Silva

Os vocábulos latinos petra, pedra, e oleum, óleo, foram juntados para formar petróleo, originalmente óleo de pedra. O sufixo eiro indica ofício, profissão. E os empregados das refinarias passaram a ser chamados assim: petroleiros. A corporação ampliou consideravelmente as profissões que abrigava, a ponto de hoje ser difícil conceber o presidente de uma empresa como a Esso ou a Petrobrás e seus empregados como petroleiros.

1. (NCE-RJ / ANP) No título do texto, o termo vêm aparece com acento porque:

(A) é necessário mostrar a diferença com a forma da terceira pessoa do singular; (B) todo monossílabo tônico terminado em em leva acento gráfico; (C) concorda com seu sujeito as palavras; (D) é necessário destacar que sua pronúncia é nasal; (E) para distinguir o verbo ver do verbo vir.

2. (NCE-RJ / Eletrobrás) A palavra tranqüila é grafada com trema, para mostrar que o U é pronunciado; a palavra em que o emprego do trema é ERRADO é:

(A) agüentar; (D) liqüidação;(B) freqüente; (E) sangüinário.(C) aqüoso;

3. (UFSM-RS) Identifique a alternativa cujas pala-vras não têm a mesma classificação quanto à tonicidade:

A) polícia, controvérsia, indícios, diárioB) nova, aponta, anticomunista, colaborouC) é, já, trás, háD) até, escritor, informações, mancharE) príncipe, década, dúvida, autêntico

4. As palavras "operário", "três", "saíra" são acentuadas, graficamente, pelas mesmas regras das palavras da alternativa.

A) série - pás - aí.B) vários - mês - saia. C) névoa - dás - entrai.D) sorria - vez - saída.E) escorria - sim - vaidade.

5. Marque a alternativa em que todas as palavras devem ser acentuadas:

A) parabens - tambem - idem - poremB) ninguem - holandes - atras - cipoC) Parana - nuvem - vezes - fubaD) armazen - talvez - atraves - inglesE) japonesa - marques - ole - apos

6. (FEI-SP) Identifique a alternativa em que todas as palavras estão acentuadas incorretamente:

A) bênção, díptero, boêmia, projétilB) ítem, gratuíto, interim, púdico C) omega, néctar, harém, crisântemoD) refém, sânscrito, lêvedo, epítetoE) caráter, protótipo, cânone, êxodo

7. (UFJF-MG) As palavras se agrupam pela mesma regra de acentuação em:

A) é, só, até

B) também, através, aíC) involuntária, hermético, substituívelD) arrogância, inconsistência, mistérioE) arbitrária, água, transpô-la

8. (Univ. de Alfenas-MG) Assinale a alternativa em que todas as palavras prescindem de acentuação gráfica, se forem seguidas as regras da gramática normativa atual:

A) até, ôlho-de-boi, êleB) ôlho-de-boi, pôde, jáC) prêto, aquêle, capêtaD) até, já, dôido

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Português

E) êle, só, ninguém

9. (Puccamp-SP) A frase em que o sinal de acentuação está corretamente empregado é:

A) Mesmo com o carro muito avariado, foi capaz de conduzí-lo por mais de 1.000 metros.

B) Rapidamente foi resolvido o impasse criado pelos atendentes.

C) O minissubmarino, cujo pilôto viaja de bruços, pode atingir a profundidade de 1.000 metros.

D) Os japonêses são peritos em fabricar instru-mentos de alta precisão.

E) O momento mais belo foi aquele em que as aves levantaram vôo.

10. (UFV-MG) A função habitual do acento é indicar a sílaba tônica. Entretanto, ele pode ser usado também para marcar a concordância do verbo com o sujeito. Assinale a alternativa em que tal acontece:

A) “Por um lado, dizíamos que nosso reino não era deste mundo...”

B) As coisas vêm de Sodoma e Gomorra.C) “Tratávamos de convencer os pobres de que era

necessário contentarem-se...”D) “...as reformas por que a nossa Igreja está

passando...”E) “Dia virá em que me mandarão cantar noutra

freguesia..."

11. (ITA-SP) Assinale a alternativa em que todas as palavras podem estar corretas quanto à acentuação gráfica:

A) seco, sozinhas, récorde, contens, rebôos, pêlosB) pára, pôr, vêm, côas, provêm, contêmC) pêlo, pélo, pêras, póde, argúem, avarosD) pélo, intervém, têm, ítens, reúnem, corróiE) vem, averigúem, pôde, esfíncter, heroína, pospôr

12. (ITA-SP) Assinale a alternativa cujas palavras devem ser graficamente acentuadas, respec-tivamente, pelas mesmas regras de feiura, apazigue, paranoico, texteis, interim:

A) Adail, enxague, heroico, orfão, homografasB) ruidos, averiguem, caracoizinhos, fosseis,

brâmaneC) juizes, frequente, bachareis, bençãos, pudicoD) substituidas, arguem, escarceu, nevoa, bigamo E) baus, apaziguemos, onomatopeico, alcoois,

biotipo

13. As palavras 'é', 'método', 'só', 'conteúdos' po-dem ter sua acentuação analisadas pelas se-guintes regras:

A) proparoxítona, monossílabo átono, paroxítonaB) monossílabo tônico, proparoxítona, paroxítona

terminada em "os"C) oxítona terminada em "e", "u" tônico em hiato,

oxítona terminada em "o", proparoxítonaD) proparoxítona, oxítona terminada em "o", oxítona

terminada em "a", paroxítona terminada em "os"E) monossílabo tônico, "u" tônico em hiato,

proparoxítona

14. "PÁRA com esse barulho, meu filho..." O acento agudo foi colocado na palavra PÁRA

A) por uma falta de atenção do impressor.B) porque é uma palavra oxítona terminada em "a".C) por ter a sílaba "pa" tônica.D) por ser de mesmo som que PARÁ.E) para distinguir o verbo PARAR da preposição

PARA.

15. Assinale a opção em que se ERRA quanto à explicação do uso do acento gráfico nas pa-lavras destacadas:

A) porém - tambémOs vocábulos terminados em -EM recebem acen-to agudo, que os marca como oxítonos.

B) chapéu - idéiaO acento recai sobre a primeira vogal do hiato para indicar a sílaba tônica.

C) três - chá - sóOs monossílabos tônicos terminados em A, E, O são acentuados. Leva-se em conta nesta regra a tonicidade dos monossílabos na frase.

D) título - hábitosAcentuam-se em português as palavras proparoxítonas.

E) Renânia - dicionáriosAs palavras paroxítonas terminadas em ditongo oral são acentuadas.

16. Considere as seguintes afirmações sobre acentuação gráfica no texto.

I - A palavra "teórica" recebe acento gráfico pela mesma regra que preceitua o uso do acento em "lúgubre".II - Se fosse retirado o acento das palavras "só", "é" e "média", esta alteração provocaria o aparecimento de outras palavras da Língua Portuguesa.III - A palavra "herói" é acentuada pela mesma regra de "autoritários".

Quais estão corretas?A) Apenas IB) Apenas IIC) Apenas I e IIID) Apenas II e III E) I, II e III

5. ANÁLISE DE TEXTOS

Alguns Conceitos Importantes

5.1. TEMA CENTRAL

Proposição essencial que vai ser tratada ou demonstrada. Assunto primordial de que trata o texto.

5.2. IDÉIA GLOBAL

Conceito integral (opinião ou pensamento) baseado nos objetivos discursivos do emissor que permeia todo o texto e o justifica.

5.3. TÓPICO DE UM PARÁGRAFO

Temática central apresentada e discutida no parágrafo considerado, geralmente mediante desen-volvimento da argumentação.

5.4. ARGUMENTO PRINCIPAL DEFENDIDO

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Português

Corresponde à tese (proposição exposta para de-bate). Geralmente é apoiada em argumentos com o intuito de convencer um público-leitor sobre o ponto de vista chave apresentado pelo autor.

5.5. OBJETIVO OU FINALIDADE PRETENDIDA Diz respeito ao que o produtor de um texto pretende (intencionalidade), tem em mente ou quer que o leitor faça, a partir da leitura de seu texto.

5.6. SÍNTESE DO CONTEÚDO GLOBAL

É um texto conciso com a seleção e a apresen-tação, de forma organizada, de pontos fundamentais para a compreensão de um determinado texto. Em geral, a síntese é objetiva, não apresenta uma in-trodução e não tem um caráter opinativo. Indica os pontos principais do texto sem apresentar dados qualitativos ou quantitativos, informa suficientemente o leitor para que este possa ter uma idéia sobre o texto original de forma global, sem expor exemplos, resultados ou conclusões que não estejam nesse texto.

5.7. ESTRATÉGIAS USADAS PELO AUTOR

Todo e qualquer recurso usado pelo autor para de-fender e comprovar a tese (dados oficiais, perguntas retóricas, argumento de autoridade, etc.).

É IMPORTANTE EXERCITAR...

TEXTO O BRASIL NÃO TEM JUÍZO.

Um dos assuntos recorrentes neste país é saber se o Brasil tem jeito. O simples fato de se gastar tempo e energia especulando sobre o tema é uma comprovação da desconfiança que nós, brasileiros, te-mos com relação à nação em que vivemos. Dizemos que não tem jeito o filho do vizinho que se recusa a estudar; o cunhado que troca horas de trabalho pela sinuca. Não tomar jeito é sinônimo de não ama-durecer, de não assumir a idade que se tem e as responsabilidades dela advindas. Na verdade, des-confiamos todos que este nosso país, com milênios de ocupação humana e mais de 500 anos de contato com a civilização ocidental, ainda não tenha atingido sua maturidade. E, o que é pior, parece temermos que nunca venha a atingir. Como não somos responsáveis pelo filho do vi-zinho, nem pelo cunhado folgado, constatar sua ir-responsabilidade é um simples exercício de observar o outro, o de fora. Já com relação ao país em que vi-vemos, a coisa se complica: como não podemos atribuir imaturidade às montanhas, aos rios ou vales, ou falta de juízo às estradas, matas e nascentes, quando nos referimos ao Brasil, estamos falando de seus habitantes, todos eles, incluindo nós mesmos. Mas, não é isso que acontece. Falamos do Brasil, apenas, como se não estivéssemos incluídos nele, como se ele fosse uma entidade externa, uma figura mítica, a respeito da qual, obviamente, não temos a

menor responsabilidade. É como se tivéssemos dois brasis, um nosso, pri-vado, que com galhardia, tentamos sustentar, e o ou-tro, coletivo, aquele que “não tem jeito”, que está sem-do, historicamente, destruído pelo conjunto de brasi-leiros (menos nós). Para os ricos, a culpa é do “povi-nho”; para os pobres, é das “elites”; para os profis-sionais liberais, a culpa é dos “funcionários públicos”. Para esses, de fato, o Brasil nunca conseguirá ter jeito. Doses maciças de cidadania e mobilização talvez possam alertar os brasileiros para a responsabilidade de cada um na busca de um Brasil que pode tomar juízo, ou seja, de um Brasil comprometido com o desenvolvimento integral de seu povo.

(Jaime Pinsky. O Brasil tem futuro? São Paulo: Contexto, 2006, pp. 17-18 adap.).

1. (COVEST-PE / Secret. Adm. – AL) Os argumentos apresentados pelo autor do Texto pretendem sustentar a idéia central de que:

A) em geral, cada um se recusa a conhecer as particularidades que definem as condições das paisagens brasileiras. B) fazer o Brasil “tomar juízo” é uma tarefa difícil, pois se trata de um “mito”, com milênios de ocupação humana. C) gastamos tempo e energia procurando comprovar a desconfiança que temos em relação ao futuro do país. D) a crença de que os problemas brasileiros não são algo de fora, que não nos dizem respeito, poderá ser a alternativa de solução. E) não existe solução para os problemas brasileiros, sobretudo pelo fato histórico de que há “dois brasis”, bem desiguais.

2. (COVEST-PE / Secret. Adm. – AL) A análise do Texto nos faz ver que o título do texto corresponde:

A) a crenças herdadas da civilização ocidental. B) à percepção que os ricos têm sobre o “povo”. C) ao que pensam as figuras míticas nacionais. D) a pontos de vista supostamente consensuais. E) à opinião do autor sobre o tema abordado.

3. (COVEST-PE / Secret. Adm. – AL) A finalidade pretendida pelo Texto é mostrar que o Brasil “tomará jeito” se:

A) o jovem se dedicar com empenho ao estudo. B) as horas de trabalho forem levadas a sério. C) observarmos os outros, ou seja, os “de fora”. D) houver entendimento entre as camadas sociais. E) cada um de nós se sentir a ele pertencendo.

4. (COVEST-PE / Secret. Adm. – AL) No Texto, aparece uma alusão à vinculação do Brasil com a história portuguesa. Isso está presente no trecho:

A) “país, com milênios de ocupação humana”. B) “mais de 500 anos de contato com a civilização ocidental.” C) “quando nos referimos ao Brasil, estamos falando de seus habitantes”. D) “aquele (...) que está sendo, historicamente, destruído pelo conjunto de brasileiros.” E) “Falamos do Brasil (...), como se ele fosse uma

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entidade externa.”

5. (COVEST-PE / Secret. Adm. – AL) Os dois “brasis” de que fala o Texto são:

1) O Brasil privado, que mantemos, e o Brasil coletivo. 2) O Brasil em que cremos e o outro que “não tem jeito”. 3) O Brasil desigual das “elites” e o Brasil do “povinho”. 4) O Brasil de outrora e o outro que está sendo destruído atualmente.

Estão corretas: A) 1 e 2 apenas B) 1, 2 e 4 apenas C) 3 e 4 apenas D) 1 e 3 apenasE) 1, 2, 3 e 4

6. (COVEST-PE / Secret. Adm. – AL) Releia o trecho: “Não tomar jeito é sinônimo de não amadurecer, de não assumir a idade que se tem e as responsabilidades dela advindas.” Nesse trecho, o segmento sublinhado se re-fere às responsabilidades:

A) provenientes da faixa etária de cada um. B) decorrentes do fato de não se ‘amadurecer’. C) próprias de quem ‘não quer tomar jeito’. D) daqueles que se consideram mais jovens. E) das pessoas mais maduras e experientes.

7. (COVEST-PE / Secret. Adm. – AL) “Para os ricos, a culpa é do “povinho”; para os pobres, é das “elites”; para os profissionais liberais, a culpa é dos “funcionários públicos”. Nesse trecho do Texto, fica evidente o propósito do autor de tocar no tema da:

A) diferença de vida das classes sociais. B) falta de religiosidade da maioria do povo. C) carência de trabalho para a maioria. D) injustiça e da desigualdade social. E) transferência de responsabilidades.8. (COVEST-PE / Secret. Adm. – AL) Com a ex-

pressão “doses maciças de cidadania”, o autor quis se referir a intervenções:

A) oportunas, significativas. B) eventuais, esporádicas. C) em grandes quantidades. D) muito bem planejadas. E) com objetivos definidos.

9. (COVEST-PE / Secret. Adm. – AL) O Texto começa falando em “assuntos recorrentes”. Na verdade, “assuntos recorrentes” são as-suntos:

A) submetidos à comprovação de todos. B) especulados com rigor e exatidão. C) sobre os quais se fala freqüentemente. D) que implicam algum tipo de descrença. E) inéditos, que ainda não foram debatidos.

TEXTO

Há ainda uma certa confusão entre "saber português" e "saber gramática". Não são coisas diferentes, mas são saberes distintos. Existem pés-soas que falam e escrevem muito bem, mas sabem quase nada de gramática. Aliás, os escritores, geral-

mente, querem distância dos compêndios gramaticais. Normalmente, pessoas que lêem bastante e freqüentam ambientes nos quais prevalece o uso da língua padrão dominam a gramaticalidade (o princípio organizador) da modalidade culta de nossa língua. Elas sabem bem o português dito ‘culto’, mas não têm memorizada a gramática normativa; aplicam-na intui-tivamente, ou sabem português “por ouvido”. Mas saber as regras gramaticais de cor ajuda a escrever bem? - perguntam as pessoas mais distan-tes da luta com a palavra. As regras pertencem à grã-mática normativa. Como se fosse um código de leis, ela disciplina e policia o uso da modalidade culta da língua. Por ser uma imposição, ela dificulta a cria-tividade, daí a rejeição por ela, principalmente a partir do Modernismo. Respondendo: Se a pessoa for "leiturizada", ou seja, já souber como se estrutura um texto, dominar a estruturação de parágrafos, conhecer a organização e o funcionamento de vários gêneros textuais, saber bem as regras gramaticais seria uma oportunidade de dar um melhor acabamento a seu texto. Mas se a pessoa não for "leiturizada", decorar re-gras será um mero exercício escolar, às vezes exigido bestamente em concursos públicos. Essa pessoa sabe as regras (ou a gramática, como dizem alguns), mas não sabe português, nem tem a habilidade da escrita. Sempre digo a meus alunos: a pessoa só pó-de ser considerada alfabetizada quando conseguir pôr no papel o que pensa, de maneira clara e coerente. Como sempre tive o costume de escrever, às vezes, fico a pensar: como um professor de Português que nunca escreveu nada, a não ser redações es-colares no seu tempo de aluno, consegue ensinar a arte de escrever, já que ele não tem a experiência do trabalho com a palavra? Não seria o mesmo que em-sinar música sem nunca ter tocado um instrumento na vida?

Hélio Consolaro. Disponível in: http://www.portras das letras.com.br. Acesso em 24/05/2006. Adaptado.

10. (IPAD / CPRH) Pela compreensão global do Texto, é correto afirmar que a principal idéia nele defendida é a de que:

A) o conhecimento das regras gramaticais é condição fundamental para que uma pessoa seja “leiturizada”. B) o domínio da língua portuguesa não deve ser confundido com a mera memorização das regras gramaticais. C) a “leiturização” dá às pessoas a habilidade de escrever em vários gêneros, mas não garante o domínio da norma culta da língua. D) a escola devia proporcionar aos alunos um ambiente no qual prevalece o uso da língua padrão e da gramática da língua. E) os concursos públicos devem exigir, além do conhecimento gramatical, a habilidade da escrita da nossa língua.

11. (IPAD / CPRH) À pergunta: “Saber as regras gramaticais ajuda a escrever bem?” o autor do Texto 1 responde que:

A) ajuda se as regras forem memorizadas com o objetivo exclusivo de as pessoas serem aprovadas em concursos públicos. B) ajuda muito pouco, uma vez que o domínio das regras em nada contribui para a elaboração textual.

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C) ajuda para as pessoas que já possuem um certo conhecimento lingüístico prévio, oriundo da prática da leitura. D) a ajuda restringe-se às pessoas de maior capacidade intuitiva, pois as regras só contribuem quando são aprendidas “de ouvido”. E) não ajuda, já que decorar regras é, em todos os casos, um mero exercício escolar sem muita função definida.

12. (IPAD / CPRH) Faz-se, no Texto, uma distinção entre “gramática” e “gramaticalidade”. Em-quanto a primeira diz respeito ao conjunto de regras, a segunda designa:

A) a modalidade culta. B) a leiturização. C)a escrita formal. D)a gramática normativa.E) a organização do sistema.

13. (IPAD / CPRH) Analise as afirmações a seguir, acerca de recursos lingüísticos utilizados no Texto.

1. No trecho: “Se a pessoa for "leiturizada", ou seja, já souber como se estrutura um texto...”, a expressão sublinhada foi empregada para introduzir uma retificação. 2. “exigido bestamente em concursos públicos” equivale semanticamente a “exigido desproposita-damente em concursos públicos”. 3. No trecho: “Como sempre tive o costume de escrever, às vezes, fico a pensar:”, o segmento sublinhado tem valor causal. 4. O pronome sublinhado no trecho: “pessoas que lêem bastante e freqüentam ambientes nos quais prevalece o uso da língua padrão...” poderia ser substituído por “em que”, preservando-se o sentido.

Estão corretas: A) 1, 2, 3 e 4. B) 2, 3 e 4, apenas. C) 1 e 3, apenas. D) 2 e 4, apenas.E) 1, 3 e 4, apenas.TEXTO - Haverá um mapa para este tesouro?

“Diversidade biológica significa a variabilidade de organismos vivos de todas as origens, compreen-dendo, dentre outros, os ecossistemas terrestres, ma-rinhos e outros ecossistemas aquáticos e os comple-xos ecológicos de que fazem parte; compreendendo ainda a diversidade dentro de espécies, entre espé-cies e de ecossistemas.” (Artigo 2 da Convenção so-bre Diversidade Biológica). O Brasil, país de dimen-sões continentais, sabidamente, possui uma enorme biodiversidade, sendo definida como a maior do planeta. Possuir muito, e de diferentes fontes, ecoa aos nossos sentidos como ter à disposição, ao alcance de todos, um grande tesouro. No entanto, todos sabemos que um grande tesouro escondido em locais ina-cessíveis, ou mesmo localizado sob os nossos olhos, sem que tenhamos possibilidade de enxergá-lo, sig-nifica um grande sonho... e sonhos não costumam tornar-se realidade; podem até evoluir para pesa-delos... Assim, fica evidente que o conhecimento científico, embasado em fatos, é essencial para dar suporte a hipóteses que gerem projetos que permitam expandir esses conhecimentos e servir de partida para projetos que permitam a aplicação racional e sustentada dessa

riqueza. Todos sabem que a pior atitude é “matar a galinha dos ovos de ouro”. Portanto, precisamos saber de on-de vêm os ovos, e como cuidar da galinha e fazê-la reproduzir para que possamos transmitir essa riqueza como herança.

(Regina P. Markus e Miguel Rodrigues. Revista Ciência & Cultura. Jul./ago./set., 2003. p. 20).

14. (COVEST-PE / ALGÁS) Acerca das estratégias de composição desse texto, analise os comen-tários que são feitos a seguir.

1) Apesar da natureza expositiva do texto, pode-se ver, do título ao final, o recurso à metáfora. 2) O texto, de uma forma um tanto sutil, pode ser entendido como uma espécie de advertência. 3) O autor se exime da responsabilidade em relação ao que afirma (não há pronomes de 1ª. pessoa). 4) As declarações feitas são, fundamentalmente, alicerçadas na intuição e no bom-senso do autor. 5) A pergunta feita no título funciona, para o leitor, como uma antecipação do conteúdo do texto.

Estão corretas apenas: A) 1, 2 e 5 B) 1, 2 e 4 C) 2, 3 e 4 D) 2, 3 e 5E) 1, 4 e 5

15. (COVEST-PE / ALGÁS) O tema central do Tex-to gira em torno:

A) da preservação das riquezas nacionais recebidas como herança. B) do cuidado com a variabilidade dos organismos vivos. C) das dificuldades inerentes às dimensões conti-nentais do país. D) dos grandes sonhos de tornar acessíveis os tesouros nacionais. E) dos projetos que permitem a aplicação sustentada da riqueza nacional. 16. (COVEST-PE/ALGÁS) Analisando a constru-

ção de cada parágrafo, percebe-se que: 1) no 1º., o autor se ausenta inteiramente: a voz é da instituição competente. 2) no 2º., há uma mudança de rumo na argumentação: a expressão no entanto sinaliza isso. 3) no 3º., o autor desconfia do consenso popular e busca sustentação no conhecimento científico. 4) o 4º. parágrafo é bastante sutil: esconde na superfície marcas de que é uma conclusão.

Estão corretas: A) 1, 3 e 4 apenas B) 1, 2 e 3 apenas C) 2 e 4 apenas D) 1 e 3 apenasE) 1, 2, 3 e 4

17. (COVEST-PE / ALGÁS) Observe no Texto a escolha de certas expressões – que aparecem abaixo destacadas – e as funções que elas desempenham.

1) “O Brasil, país de dimensões continentais, sabidamente”; quer dizer, de dimensões flagrantemente continentais. 2) “ter à disposição, ao alcance de todos”; trata-se de uma paráfrase; uma espécie de reiteração. 3) “mesmo localizado sob os nossos olhos”; quer dizer, de uma forma patente, irrefutável. 4) “a pior atitude é matar a galinha dos ovos de ouro”;

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supõe uma espécie de graduação. 5) “possamos transmitir essa riqueza”; retoma a referência anterior ao conhecimento científico.

Estão corretas: A) 1, 2 e 3 apenas B) 1, 2 e 5 apenas C) 3 e 4 apenas D) 1, 2, 3 e 4 apenasE) 1, 2, 3, 4 e 5

6. TÓPICOS GRAMATICAISMORFOLOGIA 1

Estrutura e Formação das Palavras

6.1. ESTRUTURA DAS PALAVRASMORFEMAS

6.1.1. RADICAL:

Funciona como base do significado. Palavras que possuem o mesmo radical chamam-se cognatas. Ex.: cas (a) (arão) (ebre).

RADICAIS LATINOSPrimeiro elemento da composição

Forma Significado Exemplosagri- campo agriculturaarbori- árvore arborizaravi- ave avícolaapi- abelha apiculturabi- bis- dois; duas vezes bípede, bisavôcalori- calor caloriacruci- cruz crucifixocurvi- curvo curvilíneoequi- igual eqüiláteroloco- lugar locomotiva

Segundo elemento da composição-cida que mata suicida-cola que cultiva/habita agrícola-cultura ato de cultivar apicultura-fero que contém/produz aurífero, sonífero-fico que faz/produz benéfico, frigorífico-forme que tem forma de cuneiforme

RADICAIS GREGOSPrimeiro elemento da composição

Forma Significado Exemplosacro- alto acrópoleaero- ar aerofagiaagro- campo agronomiaanemo- vento anemógrafoantropo- homem antropófagoarqueo- antigo arqueografiaastro- astro astronavebio- vida biografiacromo- cor cromossomo

Segundo elemento da composição-agogo que conduz demagogo-algia dor cefalalgia-arca que comanda monarca-arquia governo monarquia

-astenia debilidade neurastenia-cracia poder democracia

6.1.2. AFIXOS

Agregam-se ao radical para formar novas palavras. Dividem-se em:

Prefixos – Vêm antes do radical. Ex.: Incolor, etc. Sufixos – Vêm após o radical. Ex.: lealdade, etc.

CORRESPONDÊNCIA / EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA ENTRE ALGUNS PREFIXOS

Gregos Latinos Significadosateu, anarquia desleal, infeliz negação, privaçãoantiaéreo contradizer oposição, contrárioapogeu abdicar, abster afastam., separaçãoanfíbio ambidestro duplicidadediâmetro percorrer movimento atravéselipse, enterrar

injeção movimento p/ dentro

endoscopiaintravenosointrovertido posição interior

epiderme supercílio posição superior

eufoniabendito, benefico bem, bom

hemisfério semicírculo metadehipertensão supersensível muito, posição super.hipoderme subsolo deficiência, pos. infer.metamorfose transformar mudança, através de paralelo adjunto próximo, ao lado deperímetro circunferência em torno deprólogo prefácio anterioridadesincrônico contemporâne

osimultaneidade

6.1.3. ALGUNS SUFIXOS

1. Nominais – Usados para formar substantivos ou adjetivos. Indicam: agente, profissão – vendedor, professor, pedreiro, maquinista, estudante, bancário; ação ou resultado de ação – cabeçada, aprendizagem, poupança, casamento, etc; qualidade, estado – lealdade, paciência, pequenez, beleza, patriotismo, doçura, etc; estado doentio, doença, inflamação – cefaléia, anemia, reumatismo, apendicite, tuberculose, etc; lugar – principado, orfanato, livraria, bebedouro, dormitório, cemitério, etc;

2. Verbais – Usados para formar verbos. Indicam: ação que se repete (verbos freqüentativos) – voltear, gotejar, etc; ação que principia (verbo incoativos) – amanhecer, florescer, etc; ação causadora (verbo causativos) – canalizar, humanizar, esquentar, etc;

3. Adverbial – Usado para formar advérbios.

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Português

Há, na língua portuguesa, um único sufixo adverbial, “mente”: lentamente, felizmente, etc.

6.2. PROCESSOS DE FORMAÇÃO DAS PALAVRAS

6.2.1. COMPOSIÇÃO

União de duas ou mais palavras (ou radicais), formando palavras compostas. Pode ocorrer:

por justaposição: “Não ocorre perda de unidade fonética”. Ex.: couve-flor, girassol, passatempo...

por aglutinação: “Ocorre perda de unidade foné-tica”. Ex.: água + ardente = aguardente plano + alto = planalto embora = em + boa + hora

6.2.2. DERIVAÇÃO

É o processo no qual palavras primitivas (já exis-tentes) dão origem a palavras derivadas (novas palavras). Envolve apenas um radical. Pode ser:

Prefixal (ou por prefixação) – “Acréscimo de prefixo”. Ex.: incolor, anormal.

Sufixal (ou por sufixação) – “Acréscimo de sufixo”. Ex.: gostoso, lealdade.

Prefixal-sufixal – “Acréscimo de prefixo e sufixo ao radical. (*Obs.: “Se um deles for retirado da palavra, NÃO fará falta ao significado”) Ex.: infelizmente, deslealdade...

Parassintética (ou parassíntese) – “Acréscimo simultâneo de prefixo e sufixo ao radical”. (*Obs.: “Se um deles for retirado da palavra, fará falta ao significado”) Ex.: entristecer, amanhecer.

Regressiva – “Forma substantivos derivados de verbos, ou vice-versa”. Ex.: combater (verbo) ® combate (substantivo) planta (substantivo) ® plantar (verbo)

Imprópria – “Mudança de categoria gramatical, da palavra, sem alterar a sua forma”. Ex.: O jantar (substantivo), deriv. de jantar (verbo) Mulher aranha (adjetivo) / aranha (substantivo)

6.2.3. OUTROS PROCESSOS DE FORMAÇÃO

Hibridismo – “É a formação de palavras com elementos de línguas diferentes”. Ex.: automóvel (grego + latim), sociologia (latim + grego), alcoômetro (árabe + grego), burocracia (fran-cês + grego), asmático (português e latim), goiabeira (tupi e português), etc.

Onomatopéia – “Palavras que procuram reproduzir sons ou ruídos”.

Ex.: tique-taque, miau, zum, plaft, miar, latir, etc.

Abreviação vocabular (ou redução) – “Redução de uma palavra até o limite que não prejudique a compre-ensão”. Ex.: moto (por motocicleta) / pneu (pneumático) foto (por fotografia) / cinema (cinematográfico) portuga (português) / Zé (por José)

Siglonimização (sigla ou acronímica) – “Abrevia-ção de duas ou mais palavras (redução de um sintagma = expressão formada por vários nomes)”.Ex.: PT (Partido dos trabalhadores) UPE (Universidade de Pernambuco)

Palavra-valise – “Processo em que ocorre a trun-cação de um ou mais vocábulos.” Ex.: portunhol, brasilguaio, FlaFlu, entre outras

6.2.4. ENRIQUECIMENTO DO LÉXICO

Empréstimos lingüísticos (estrangeirismo ou “im-portação vocabular”) – “Uso de palavras estrangeiras (muitas já incorporadas ao vocabulário corrente) em frases de língua portuguesa.”

Ex.: self service, show, home-page, web site stress (estresse), shampoo (xampu) etc.

Neologismo Semântico (criação semântica) – “Criação de palavras. Muitas vezes ocorre pela um-dança de significado de uma palavra já existente”.

Ex.: orelhão, vírus, rede, carreata, presidenciável, valerioduto, mensalão, etc.

É IMPORTANTE EXERCITAR...

TEXTO - DE ONDE VÊM AS PALAVRAS Deonísio da Silva

Os vocábulos latinos petra, pedra, e oleum, óleo, foram juntados para formar petróleo, originalmente óleo de pedra. O sufixo eiro indica ofício, profissão. E os empregados das refinarias passaram a ser chama-dos assim: petroleiros. A corporação ampliou conside-ravelmente as profissões que abrigava, a ponto de ho-je ser difícil conceber o presidente de uma empresa como a Esso ou a Petrobrás e seus empregados como petroleiros.

1. (NCE-RJ / ANP) Assim como petróleo foi for-mado:

(A) jardineiro; (B) planalto; (C) pré-histórico; (D) anti-semita; (E) brasiliense.

2. (NCE-RJ / ANP) O texto mostra como: (A) um vocábulo só pode ser empregado se soubermos a sua origem; (B) uma palavra não pode designar seres que nada têm a ver com a sua origem;

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(C) o uso das palavras pode fazer com que elas desapareçam; (D) o mau emprego de termos caracteriza a lingua-gem da maioria da população; (E) é necessário criar novas palavras a fim de atender à diversificação do mundo.

3. (NCE-RJ / UFRJ) Uma camionete de uma deter-minada empresa trazia escrito em sua car-roceria a seguinte frase: “Este carro é provido de tacômetro”. A finalidade de um veículo ser provido desse aparelho seria:

A) controlar a quantidade de carga;B) medir a refrigeração da cabine;C) avaliar o estado dos pneus;D) conhecer a velocidade do veículo;E) registrar a presença de radares.

4. (NCE-RJ / UFRJ) Numa livraria estava exposto um “Dicionário Etimológico da Língua Portu-guesa”; esse dicionário tem como finalidade informar:

A) todos os significados das palavras;B) a grafia correta de todos os vocábulos portugue-ses;C) os novos vocábulos criados no âmbito da Língua Portuguesa;D) o significado original das palavras de Língua Portu-guesa;E) o valor lógico das palavras portuguesas.

5. (Univ. Alfenas-MG) Assinale a alternativa que contém a correspondência correta entre o composto de origem grega e o seu significa-do.

A) anarquia = falta de cabeçaB) aristocracia = governo dos plebeusC) teocracia = governo dos religiososD) oligarquia = governo de um pequeno grupoE) plutocracia = governo exercido por estrangeiros

6. (NCE-RJ / UFRJ) Ao final de uma carta, o remetente escreveu a abreviatura P.S., se-guida de uma informação para o destinatário. Essa abreviatura significa que:

A) a informação dada é sigilosa e, por isso, não deve ser dita a ninguém;B) o remetente decidiu acrescentar algo ao que já havia sido escrito;C) o destinatário deve comunicar a informação às pessoas interessadas;D) a informação prestada ainda carece de confir-mação;E) a informação dada será o motivo da próxima carta.

7. (NCE-RJ / UFRJ) Todos os latinismos abaixo transcritos fazem parte de nossa vida diária; o item em que o latinismo tem seu significado dado de forma INCORRETA é:

A) quorum – o número dos quais é necessário;B) habitat – ambiente próprio onde viver;C) superávit – diferença entre o que se produziu e o que se consumiu;D) in natura – em estado natural;E) vice versa – em sentido oposto, ao contrário.

8. (NCE-RJ /CGJ-RJ) ETC. é uma expressão

latina. O livro “Não perca o seu latim”, de Paulo Rónai, indica vocábulos e expressões latinas bastante comuns em textos jurídicos; o item cujo latinismo tem seu significado IN-CORRETAMENTE indicado é:

A) alibi – ausência do acusado no lugar do crime, provada pela sua presença noutro lugar; B) habeas corpus – garantia constitucional outorgada em favor de quem sofre ou está na iminência de sofrer coação ou violência; C) quorum – número máximo de pessoas presentes necessário para que um órgão funcione; D) ad hoc – designado para executar determinada tarefa; E) a priori - anteriormente à experiência.

9. (NCE-RJ / CGJ-RJ) ETC. é uma forma abrevia-da de et coetera, que significa “e outras coi-sas”; a afirmação correta a respeito do uso dessa expressão, segundo o Formulário Orto-gráfico, é:

A) a forma é sempre seguida de ponto; B) nunca é precedida de vírgula; C) só é empregada em relação a pessoas; D) quando termina a frase, a abreviatura pode ser seguida de ponto final; E) só é empregada em relação a coisas.

TEXTO – A VERDADE E A FANTASIA Miguel Pachá – Presidente do TJ/RJ

2º Parágrafo - (...) “Comemoramos o nosso dia (8 de dezembro) sob o fogo cruzado da má-vontade e da desinformação. O Judiciário não pode ser culpabili-zado pelo que a mídia chama com exagero de impuni-dade. A polícia não prende, não investiga e nós, pré-sos à aplicação da lei, pagamos o pato. Além disso, há um cipoal de leis, medidas provisórias e atos normativos que acabam por atravancar nossos corredores.

10. (NCE-RJ / CGJ-RJ) Com o emprego do vocá-bulo cipoal, no segundo parágrafo do texto, o autor mistura duas idéias:

A) quantidade e dificuldade; B) complicação e autoridade; C) irresponsabilidade e confusão; D) clareza e precisão; E) legalização e qualidade.

11. (PUC-RJ) Relacione os sinônimos nas duas colunas abaixo e assinale a resposta correta.

1. translúcido ( ) contraveneno 2. antídoto ( ) metamorfose 3. transformação ( ) diáfano 4. adversário ( ) antítese 5. oposição ( ) antagonista

A) 1, 3, 4, 2, 5 B) 2, 3, 4, 5, 1 D) 1, 4, 5, 2, 3 C) 2, 3, 1, 5, 4E) 4, 3, 1, 5, 2

12. (COVEST-PE/UFPE) Quanto à formação de pa-lavras:

A) ‘preconceito’ é formação sufixal.B) ‘pluralismo’ e ‘fragilidade’ são formações sufixais.C) ‘incontroverso’, ‘individual’ e ‘interna’ são formadas

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com o prefixo latino in, com sentido de negação.D) ‘ampliação’, ‘repetência’, ‘preparação’ e ‘cidadania’ são substantivos formados a partir de formas verbaisE) em ‘fragilizar’, ‘modernizar’ e ‘democratizar’ o sufixo izar forma verbos a partir de adjetivos.

13. (ITA-SP) Considere as seguintes significa-ções: “nove ângulos” – “governo de pou-cos” – “som agradável” – “dor de cabeça”Escolha a alternativa cujas palavras traduzem os significados apresentados acima.

A) pentágono, plutocracia, eufonia, miagliaB) eneágono, oligarquia, eufonia, cefalalgiaC) nonangular, democracia, cacofonia, dispnéiaD) eneágono, aristocracia, sinfonia, cefalalgiaE) hendecágono, monarquia, sonoplastia, cefaléia

14. (COVEST-PE / UFPE-UFRPE) Identifique a série em que todas as palavras se iniciam com um prefixo de sentido idêntico ao do prefixo 'in', em 'incrível'.

A) desembarque; B) indiscreta; C) irreparável; D) desconhecido; E) atípico;

incalculável;imemorável;indexada;injetável;inapto;

igniçãoincoativoincoerenteateuignoto

15. (COVEST-PE / UFPE) Assinale a série de pala-vras cujos prefixos indicam negação, como em ‘ilógico'.

A) inaproveitável / irremovível / irromper B) invalidar / inativo / ingerir C) irrestrito / improfícuo / imberbeD) ateu / incoercível / imerso E) incriminar / imiscuir / imanente

16. (COVEST-PE / UFPE-UFRPE) Assinale a alter-nativa em que todas as palavras apresentam prefixo de mesmo sentido.

A) esvaziar / evadir / engarrafarB) amoral / discordância / introverterC) refazer / reversão / retroagirD) contraponto / antítese / anacrônicoE) intermédio / endovenoso / intramuscular

17. (Univ. Alfenas-MG) Assinale a alternativa que contém, pela ordem, o nome do processo de formação das seguintes palavras: ataque, tributária e expatriar

A) prefixação, sufixação, derivação imprópriaB) derivação imprópria, sufixação, parassínteseC) prefixação, derivação imprópria, parassínteseD) derivação regressiva, sufixação, prefixação e sufixaçãoE) derivação regressiva, sufixação, parassíntese

18. (PUC-SP) As palavras azuladas, esbranqui-çadas, bons-dias e lavagem foram formadas, respectivamente, pelos processos de:

A) derivação parassintética, derivação prefixal e sufixal, composição por aglutinação, derivação prefixal e sufixal

B) derivação sufixal, derivação parassintética, com-posição por justaposição, derivação sufixal

C) derivação parassintética, derivação parassin-

tética, composição por aglutinação, derivação sufixal

D) derivação prefixal e sufixal, derivação prefixal, composição por justaposição, derivação paras-sintética

E) derivação sufixal, derivação imprópria, composi-ção por justaposição, derivação sufixal

19. (VUNESP) As palavras perda, corredor e saca-rolhas são formadas, respectivamente, por:

A) derivação regressiva, derivação sufixal, compo-sição por justaposição.

B) derivação regressiva, derivação sufixal, deriva-ção parassintética.

C) composição por aglutinação, derivação paras-sintética, derivação regressiva.

D) derivação parassintética, composição por justa-posição, composição por aglutinação.

E) composição por justaposição, composição por aglutinação, derivação prefixal.

7. ANÁLISE DE TEXTOS

Coesão e Coerência Textuais

7.1. COESÃO TEXTUAL

Estudo dos Processos Coesivos

A coesão é uma das marcas fundamentais da tex-tualidade, viabilizando o mecanismo de seqüenciação textual, e pode ocorrer por meio de mecanismos diversos: a coesão referencial, a coesão recor-rencial e a coesão seqüencial.

7.1.1. PROCESSOS DE COESÃO

I COESÃO REFERENCIAL

Ocorre quando um elemento da seqüência textual se remete a outro elemento do mesmo texto, substituindo-o:

1) Por substituição de um elemento por outro

Ex.: Ele saiu, mas você e sua irmã ficaram.Paulo comprou um jornal, todavia leu o meu.Comprou vários presentes; o primeiro, um livro.

2) Por reiteração de elementos do texto

A) AS REPETIÇÕES DO MESMO TERMO:

Ex.: Comprou a casa, mas a casa não tinha porta.Comprou a casa, mas essa casa trouxe problemas.Luís Inácio da Silva não tem pulso firme, por isso Lula enfrenta problemas no governo.Trabalhar é bom e o trabalho enriquece. B) OS SINÔNIMOS OU QUASE-SINÔNIMOS:

Ex.: Comprou flores e deu as rosas para ela.Vinha um ônibus, porém o pedestre não viu o veículo. Inácio tinha dúvidas se iria para a Igreja, mas o apelo da cruz foi forte.

C) EXPRESSÕES NOMINAIS DEFINIDAS:

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Antonomásia ou perífrase

O inimigo número um dos EUA (Osama Bin Laden)A cidade eterna (Roma) / A cidade luz (Paris)O ouro negro (petróleo) Ouro verde (biocombustível)

II COESÃO RECORRENCIAL

Caracteriza-se pela repetição de algum elemento anterior não como alusão ao mesmo referente, mas como uma “recordação” de um mesmo padrão. a recorrência de termos:Ex.: Ana falava, falava ...

o paralelismo (recorrência da mesma estrutura sintática): Ex.: Tal pai, tal filho. Não só estuda, mas também trabalha muito.

paráfrase: Reescritura de textos, mantendo-se o sentido original. Ex.: Ele faltou à aula, isto é, não veio à escola.

elipse: “O grande objetivo da vida não é o conhecimento, mas [...] a ação”, em que se omite a estrutura “o grande objetivo da vida é”.

III COESÃO SEQÜENCIAL

Esse tipo de mecanismo de coesão se refere ao desenvolvimento textual propriamente dito, mediante o uso dos processos de coordenação ou subordi-nação. Ex.: Se chover,eu não irei.Todos foram de roupa de praia porque fazia sol.Todos chegaram na hora, pois o trânsito estava bom.

7.2. COERÊNCIA TEXTUAL

Trata dos processos lógicos que conferem har-monia entre as idéias contidas em uma seqüência textual. A coerência está relacionada à continuidade de sentidos no texto, realizada implicitamente por uma conexão cognitiva entre elementos do texto.

7.2.1. FATORES DE COERÊNCIA

O conhecimento lingüístico Conhecimento de estruturas gramaticais e do significado das palavras.

O conhecimento do mundo Permite ler o texto, relacionar seus elementos por meio de inferências, dar continuidade de sentido aos segmentos textuais, etc.

O conhecimento partilhado O texto precisa fundamentar-se em uma base sólida de conhecimentos comuns entre os “interlo-cutores”.

As inferências Conclusões/deduções a partir do que se é lido no texto.

Os fatores de contextualização Relacionam o texto a uma situação comunicativa determinada.

Situacionalidade Tudo sobre os participantes do ato comunica-tivo, o momento, o local, etc.

As informatividade Quantidade de informações presentes em um texto e que está intimamente relacionada à presunção do emissor sobre o receptor.

A focalização Refere-se ao modo de ver específico característico de determinado conhecimento (percepção íntima e idiossincrática de cada um).

A intertextualidade Conhecimento prévio de outros textos, tanto no que diz respeito à forma, quanto ao conteúdo.

A intencionalidade Meios usados pelo emissor para atingir seus objetivos.

A aceitabilidade Capacidade do receptor de atribuir coerência ao texto.

A consistência Impossibilidade de contradição entre os dados textuais.

A relevância Os enunciados devem estar ligados ao mesmo tema.

É IMPORTANTE EXERCITAR...

Texto – Decoro é Coisa Séria

Dizem todas as constituições modernas que o poder deriva do povo e em seu nome será exercido e limitado, sempre por um colegiado daqueles que, filosoficamente, deveriam ser os representantes de tal entidade. Para tanto, cabe aos mandatários não só cumprir os deveres inerentes ao seu cargo, mas também manter conduta decorosa tanto no seio do Congresso quanto fora dele, perante a nação, entendido o decoro como guarda da decência, da honestidade, da dignidade moral, tanto nas obras quanto nas falas. Tais padrões — que devem ser ob-servados, de resto, por qualquer pessoa — são indis-pensáveis ao prestígio do mandato, à dignidade do Parlamento. Tanto assim que sua ausência significa grave infração ao Código de Ética Parlamentar, puni-vel com a perda do mandato. Denise Frossard. IstoÉ, n.º 1.649, 9/5/2001, p. 296 (com adapts).

1. (Cespe – UnB / TJPE) Ainda em relação ao texto, assinale a opção em que o pronome na primeira coluna não se refere à expressão da segunda coluna.

A) “seu” (l.2) / “poder” (l.2)B) “daqueles”(l.3)/ “representantes de tal entidade” (l.4)C) “seu” (l.6) / “mandatários” (l.5)

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D) “dele” (l.8) / “Congresso” (l.8)E) “sua” (l.14) / “Tais padrões” (l.11)

TEXTO – PETRÓLEO (por Eduardo Frieiro) Os fatos desta vez deram razão a Monteiro Lobato. Existe o petróleo. Resta saber, e o grande escritor morreu antes que pudesse observá-lo, resta saber se o cobiçado líquido brindará os brasileiros com uma vida decente, ou fará do país outra Venezuela, onde, há um quarto de século, se põe fo-ra, sem proveito para o povo, a maior fartura petro-lífera da América Latina. (1948)

2. (NCE-RJ / ANP) O texto apresenta duas vezes o segmento resta saber; tal fato deve ter ocorrido por:

A) distração do autor do texto; B) querer o autor referir-se a mais de um fato; C) distanciamento dessa forma verbal de seu com-plemento; D) necessidade de enfatizar o valor de M. Lobato; E) impossibilidade de substituí-lo por uma forma sino-nímica. 3. (NCE-RJ / ANP) “...e o grande escritor morreu

antes que pudesse observá-lo,...” (texto 1); neste segmento do texto, o pronome LO:

A) substitui petróleo, referido anteriormente no texto; B) se refere a um termo ainda não expresso no texto; C) se liga a fatos, no primeiro período do texto; D) deveria estar colocado antes do auxiliar: o pudesse observar:E) é expletivo, ou seja, pode ser retirado do texto sem prejuízo da mensagem.

4. (NCE-RJ / ANP) “...resta saber se o cobiçado líquido brindará os brasileiros...”; para evitar a repetição do termo petróleo, o autor do texto se utilizou, no segmento em destaque, de um processo que também aparece em:

A) “... e o grande escritor morreu antes que pudesse observá-lo...”; B) “...se põe fora, sem proveito para o povo, a maior fartura petrolífera da América Latina.”; C) “...brindará os brasileiros com uma vida decente, ou fará do país outra Venezuela,...”; D) “Esse produto é o sangue da terra; é a alma da indústria moderna;”; E) “Não tê-lo é ser escravo.”.

TEXTO – CIDADE PREVISTA

Irmãos, cantai esse mundoque não verei, mas virá um dia, dentro em mil anos, talvez mais... não tenho pressa.Um mundo enfim ordenado, uma pátria sem fronteiras, sem leis e regulamentos, uma terra sem bandeiras, sem igrejas nem quartéis, sem dor, sem febre, sem ouro, um jeito só de viver, mas nesse jeito a variedade, a multiplicidade toda

que há dentro de cada um. Uma cidade sem portas, de casas sem armadilha, um país de riso e glória como nunca houve nenhum. Este país não é meu nem vosso ainda, poetas.Mas ele será um dia o país de todo homem.

(Carlos Drummond de Andrade, Poesia e prosa, Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1992, p. 158-159)

5. (COVEST-PE / UFPE-UFRPE) O texto ressalta, poeticamente:

A) o ritmo sem pressa com que anda o tempo na fantasia dos poetas e daqueles que desejam um mundo sem limites.B) o sonho de um mundo ímpar, sem restrições, sem donos e fronteiras; mas que respeite o jeito diferente de cada um ser.C) o sentimento de desamparo do poeta, por saber que nunca verá o mundo de seus desejos e de sua esperança.D) o desejo da liberdade para os homens dos centros urbanos, onde seja possível viver, afortunada e gloriosamente, sem limites e sem ameaças.E) a esperança de que os poetas ainda terão um mundo ideal, que seja o mundo deles e de todo homem.

6. (COVEST-PE / UFPE-UFRPE) Considerando os recursos de coesão empregados no poema, pode-se afirmar que:

1) o possessivo ‘vosso’ remete para o pronome sujeito da forma verbal ‘cantai’, no primeiro verso. 2) a expressão “nesse jeito” retoma, coesivamente, a outra anterior “um jeito só de viver”.3) o elemento ao qual a palavra ‘nenhum’ remete não está anteriormente explícito no texto.4) em “este país”, o termo ‘este’ especifica, “mostra” o elemento de que se está falando.5) os vocábulos “irmãos” e “poetas” se referem aos mesmos indivíduos, na seqüência do poema.

Estão corretas apenas:A) 1, 2, 4 e 5 B) 1, 2, 3 e 4 C) 1 e 3 D) 2, 4 e 5 E) 3 e 5

TEXTO – A VERDADE E A FANTASIA Miguel Pachá – Presidente do TJ/RJ

Um espectro ronda a Justiça brasileira neste final de ano: a Reforma do Judiciário. Espectro porque a realidade do Judiciário e a necessidade da sua refor-ma foram, nos últimos meses, deformados pelo “man-to diáfano da fantasia”. Comemoramos o nosso dia (8 de dezembro) sob o fogo cruzado da má-vontade e da desinformação. O Judiciário não pode ser culpabilizado pelo que a mídia chama com exagero de impunidade. A polícia não prende, não investiga e nós, presos à aplicação da lei, pagamos o pato. Além disso, há um cipoal de leis, medidas provisórias e atos normativos que acabam por atravancar nossos corredores. Temos oferecido à sociedade idéias e propostas

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de melhoria da prestação de Justiça. Um exemplo: o julgamento virtual, que acelera a tramitação, elimina papel e dispensa deslocamentos de advogados. Quanto ao apregoado controle do Judiciário, pen-samos que deveria antes vir de dentro que de fora, pelo ajuste de normas e práticas processuais, bem como pela supervisão sistemática. A autonomia finan-ceira deu ao nosso Tribunal a possibilidade de ser um dos melhores do país: um dos mais ágeis e seguros, em condições objetivas de enfrentar o descrédito ge-ral da Justiça. A autonomia dos poderes – lembremos ainda uma vez – é a única garantia que temos da estabilidade da República e, em última instância, da continuidade do regime democrático – o pior de todos, com exceção dos outros. Falar em cidadania é falar em Judiciário. Em muitas sociedades tradicionais a norma de estabilidade é a do “poder trava poder”. Ao invés do controle externo, sempre perigoso, talvez se pudesse confiar mais nesse controle sistêmico. De resto, temos à disposição diversos mecanismos endógenos, efica-zes, de controle (os tribunais de conta, as correge-dorias etc.). A sociedade global, estimulada pelos formadores de opinião, não tem sido capaz de captar a verdade do Judiciário. Sob um cerco total de má-vontade e desinformação, vemos exageradas as nossas defici-ências e erros. “Sobre a nudez forte da verdade, o manto diáfano da fantasia” – parodiemos o slogan do velho Eça de Queiroz. E qual é a nossa verdade? Antes de enunciá-la, reconheçamos nossos erros e dificuldades, algumas conjunturais, de mais fácil cor-reção, outras estruturais, mais difíceis. Recente pesquisa da OAB, mostrou que 55% da população mal conhece o Judiciário. E é ela a segunda insti-tuição menos confiável do país. Nosso programa para o ano que se inicia é, pois, estabelecer a verdade da distribuição de Justiça em nosso Estado e vê-la reconhecida, senão por todos, ao menos pela maioria de nossos concidadãos.

Informativo TJ/RJ e EMERJ, n.12

7. (NCE-RJ / CGJ-RJ) A deformação da realidade do Judiciário e da sua reforma, aludida no pri-meiro parágrafo do texto, só NÃO aparece referida ou inferida em:

A) “Comemoramos o nosso dia (8 de dezembro) sob o fogo cruzado da má-vontade e da desinformação.”; B) “A polícia não prende, não investiga e nós, presos à aplicação da lei, pagamos o pato.”; C) “Além disso, há um cipoal de leis, medidas provisórias e atos normativos que acabam por atravancar os nossos corredores.”; D) “Sob um cerco total de má-vontade e desin-formação, vemos exageradas as nossas deficiências e erros.”; E) “A autonomia dos poderes – lembremos ainda uma vez – é a única garantia que temos da estabilidade da República e, em última instância, da continuidade do regime democrático – o pior de todos, com exceção dos outros.”

8. (NCE-RJ)Entre o segundo e o terceiro parágra-fos do texto, em função dos significados por eles veiculados, poderíamos inserir o conec-tivo:

A) apesar de; B) porque; C) ainda que; D) contanto que; E) nem.

9. (NCE-RJ / CGJ-RJ) O item que apresenta uma afirmação coerente com os vocábulos presen-tes no título do texto é:

A) a fantasia representa o ideal de Justiça que todos perseguem; B) a verdade se refere aos exageros da imprensa; C) a fantasia representa os bons serviços prestados pela Justiça; D) a verdade se refere aos bons e maus aspectos do Judiciário; E) a fantasia representa as boas obras não difundi-das.

10. (NCE-RJ /CGJ-RJ) A expressão “lembremos ainda uma vez”, inserida no quarto parágrafo do texto, indica que:

A) essa mesma idéia já foi expressa anteriormente no texto; B) o autor se refere a uma outra publicação de sua autoria; C) os leitores esquecem facilmente de coisas importantes; D) é uma informação importante e de pouco conhecimento dos cidadãos; E) é um conhecimento que é necessário repetir, dada sua importância. 11. (NCE-RJ / CGJ-RJ) Em relação aos “mecanis-

mos endógenos”, referidos no 4º. parágrafo do texto, analise os itens a seguir:

I – “...antes vir de dentro que de fora, pelo ajuste de normas e práticas processuais,...”; II – “Em muitas sociedades a norma de estabilidade é a do ‘poder trava poder’.”; III – “Ao invés do controle externo, sempre perigoso, talvez se pudesse confiar mais nesse controle sistêmico.”.

Os mecanismos referidos no enunciado corres-pondem a: A) I – III; B) I – II – III; C) II – III; D) I – II; E) III.

TEXTO – A ARTE NA NOSSA VIDA Jô Oliveira e Lucília Garcez

Você pode pensar que não conhece arte, que não convive com objetos artísticos, mas estamos todos muito próximos da arte. Nossa vida está cercada dela por todos os lados. Ao acordar pela manhã e olhar o relógio para saber a hora, você tem o primeiro contato do dia com a arte. O relógio, qualquer que seja o seu desenho, passou por um processo de produção que exigiu planejamento visual. Especialistas estudaram e apli-caram noções de arte. A forma do seu relógio é resultado de uma longa história da imaginação hu-mana e das suas preferências. A cor, a forma, o volu-me, o material que foram escolhidos estão testemu-nhando o tempo e a transformação do gosto e da técnica. Ao observá-lo, você percebe que é um objeto antigo ou moderno, você reconhece que quem o desenhou preferia formas curvas ou retas, ou ainda

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dourado, e até pedrinhas brilhantes. Quem escolhe um relógio para comprar, decide com base em suas preferências pessoais. Alguns pré-ferem os mais elaborados, outros preferem os mais simples. É o gosto pessoal que predomina, e este pó-de variar infinitamente. Varia porque recebe influên-cias de acordo com a idade, com a época, com o meio social em que a pessoa vive. E, como nos diz a sabe-doria popular: “gosto não se discute”. Mas, quem sabe, possamos discutir o gosto? Em outros objetos do seu quarto e de seu cotidiano você pode observar a presença da arte: na estampa de seu lençol, no desenho da sua cama, no formato da sua escova de dentes, no desenho da torneira e da pia do banheiro, na xícara que você toma leite, nos talheres, no modelo do carro, no formato do telefone. Em todos os objetos há um pouco de arte aplicada. Esse esforço para produzir objetos bonitos, agra-dáveis ao olhar, atraentes e harmoniosos, está em to-das as culturas, em todas as civilizações. E em nosso dia-a-dia.

12. (NCE-RJ / INCRA) “A forma do seu relógio é resultado de uma longa história da imaginação humana e das suas preferências”; o pronome SUAS tem como referente:

A) imaginação humana; B) o leitor; C) relógio; D) história;E) forma.13. (NCE-RJ / INCRA) “Você pode pensar que não

conhece arte”; a palavra “arte” reaparece em vários termos seguintes, o que traz coesão e coerência ao texto. A alternativa que mostra esses termos na ordem de aparecimento é:

A) arte / ela; B) objetos artísticos / arte / ela;C) arte / vida; D) artísticos / arte;E) arte / vida / ela.

14. (NCE-RJ / INCRA) Ao dizer que “nossa vida está cercada dela por todos os lados” a autora do texto faz alusão à definição de “ilha”, presente em nossos livros didáticos de geo-grafia. Nesse caso, a equivalência correta para “arte” é:

A) a ilha; B) a água; C) a terra; D) o céu;E) o vento.

TEXTO O dinheiro não traz felicidade.

Só e triste vivia o pobre marceneiro José dos Andrajos. Sem parentes, ele morava na sua loja humilde, trabalhando dia e noite para ganhar o que mal e mal lhe bastava para sustentar-se. Mesmo assim, conseguia economizar cinqüenta cruzeiros ca-da mês. No fim do ano, com seiscentos cruzeiros jun-tos, lá ia ele ao Fasanelo... e nada mais, e comprava um bilhete inteiro. Os que sabiam de sua mania riam dele, mas ele acreditava que era através da loteria e não do trabalho que ia fazer-se independente. E assim foi. No quinto ano de insistência junto à Loteria, esta lhe deu cem mil contos. Surgiram fotógrafos e repórteres de jornais, surgiram os amigos para participar do jantar que ele deu para comemorar sua sorte. José fechou imediatamente a loja e, daí em diante, sua vida foi uma festa contínua. Saía em passeios de lancha pela manhã, à tarde ia para os

bares, à noite para as boates, sempre cercado por amigos entusiasmados e senhoras entusiasmadís-simas. Mas, está visto, no meio de tanta efusão, o dinheiro não durou um ano. E certo dia, vestido de novo com suas roupas humildes, o marceneiro voltou a abrir sua humilde loja, para cair outra vez em seu trabalho estafante e monótono. Tornou a economizar seus cinqüenta cruzeiros por mês, aparentemente por hábito mais do que pelo desejo de voltar a tirar a sorte grande, o que, aliás parecia impossível. Os conhe-cidos continuavam zombando dele, agora lhe afir-mando que a felicidade não bate duas vezes. No ca-so, de nosso marceneiro, porém, ela abriu uma exceção. Pois no terceiro ano em que comprava bilhe-te, novamente foi assaltado por amigos e repórteres que, numa algazarra incrível, festejavam sua estu-penda sorte. Mas, dessa vez, o marceneiro não ficou contente como quando fora sorteado pela primeira vez. Olhou para os amigos e jornalistas com ar triste e murmurou: “Deus do céu; vou ter que passar por tudo outra vez!?”

} MORAL: PARA MUITA GENTE DÁ UM CERTO CANSAÇO TER QUE COMPARECER À FESTA DA VIDA.

(Millôr Fernandes. Fábulas Fabulosas. Rio de Janeiro: Nórdica, 1991, pp. 24-25).

15. (COVEST-PE/Secret. Adm.–AL) A continuidade do texto é sinalizada também pelo uso dos pronomes. Analisando, no Texto, o uso dos pronomes, podemos dizer que:

A) Em: “trabalhando dia e noite para ganhar o que mal e mal lhe bastava para sustentar-se”: o pronome sublinhado refere-se a ‘loja humilde’. B) Em: “Os que sabiam de sua mania riam dele”: o pronome sublinhado refere-se a ‘Fasanelo’. C) Em: “Os conhecidos continuavam zombando (...) lhe afirmando que a felicidade não bate duas vezes”: o pronome sublinhado refere-se a ‘marceneiro’. D) “No caso, de nosso marceneiro, porém, ela abriu uma exceção”: o pronome sublinhado refere-se a ‘loteria’. E) Em: “amigos e repórteres (...) festejavam sua estupenda sorte”: o pronome sublinhado refere-se a ‘amigos e repórteres’.

8. TÓPICOS GRAMATICAIS MORFOLOGIA 2

Estudo das Classes de Palavras

8.1. CLASSES INVARIÁVEIS

8.1.1. PREPOSIÇÃO Une dois termos

O primeiro termo (antecedente) é explicado ou completado pelo sentido do segundo (conseqüente). Assim:

Antecedente(regente/

subordinante)Preposição

Conseqüente(regido/subordinado)

Foi a Roma.

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FugiuMora

decom

casa.a família

PRINCIPAIS RELAÇÕES SEMÂNTICAS

Autoria – Música de Djavan. / Tela de Renoir.Lugar – Ver de perto. / Estar sob a mesa. Destino – Ir a Brasília. / Ir à Bahia.Instrumento – Escrever a lápis. / Ferir-se com a faca. Finalidade – Vir para ficar. / Vir em socorro.Conteúdo – Copo de (com) água.Preço – Livro de dez reais.Origem – Descender de família humilde. Limite – Estudar até não poder mais. / Ir até a praia. Oposição – O Brasil jogará contra a Argentina hoje.Assunto – Falamos sobre cultura. Posse – Camisa de Fernanda. Causa – Tremer de frio. / Ser preso por vadiagem.

} LOCUÇÃO PREPOSITIVA:

Dois ou mais vocábulos com valor de preposição. Ex.: a fim de, de acordo com, de encontro a, etc.

} FORMAS COMBINADAS E CONTRAÍDAS:

Combinação ao (preposição a + artigo definido “o”) aonde (preposição a + advérbio onde)

Contração do (preposição de + artigo definido “o”)no (preposição em + artigo definido “o”) daqui (preposição de + advérbio aqui)

} Na linguagem culta não se deve contrair a prepo-sição “de se o termo seguinte estiver exercendo a função sintática de sujeito de um verbo.

Ex.: Está na hora da onça beber água. (errado!) Está na hora de a onça beber água. (certo!)

8.1.2. CONJUNÇÃO

Une orações ou termos semelhantes

Para se ter um bom domínio sobre o estudo das conjunções é preciso também estar bastante atento às relações lógico-discursivas por elas estabelecidas, através dos processos de coordenação e subordina-ção:

} CONJUNÇÕES COORDENATIVAS:

A) CONCLUSIVAS

Valores semânticos: conclusão, fechamento, finalização ...

logo, portanto, por isso, por conseguinte, pois (posposto ao verbo), etc.Ex.: Estudamos muito, portanto passaremos no concurso.

B) ADITIVAS

Valores semânticos: adição, soma, acréscimo ...

e, nem (e não), não só... mas também, mas ainda, como também, etc.Ex.: Estudaram muito e passaram no concurso.

C) ADVERSATIVAS

Valores semânticos: oposição, contraste, adversidade, ressalva ...

mas, porém, entretanto, todavia, contudo, no entanto, etc.Ex.: Não estudou muito, mas passou nas provas.

D) ALTERNATIVAS

Valores semânticos: alternância, escolha ou exclusão

ou...ou; ora...ora; já...já; seja... seja; quer... quer, não ... nem , etc.Ex.: Ora estudava, ora trabalhava.

E) EXPLICATIVAS

Valores semânticos: explicação, justificativa, motivo, razão ...

porque, pois (antes do verbo), que, porquanto, etc.Ex.: Vamos indo, que já é tarde.} CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS:

A) TEMPORAIS

Valores semânticos: tempo(ralidade), relação cronológica ... logo que, quando, enquanto, até que, antes que, depois que, desde que, assim que, sempre que, etc.Ex.: Enquanto todos dormiam, eu estudava.

B) CONDICIONAIS

Valores semânticos: condição(condicionalidade), pré-requisito, algo supostamente esperado ...

Se, caso, desde que, contanto que, exceto se, salvo se, etc.Ex.: Se você estudar muito, passará nas provas.

C) PROPORCIONAIS

Valores semânticos: proporção, proporcionalidade, simultaneidade, concomitância ...

à medida que, à proporção que, ao passo que, quanto mais (ou menos)... mais/menos, tanto mais (ou menos)... mais/menos , etc.Ex.: À medida que estudava, aprendia o assunto.D) FINAIS

Valores semânticos: finalidade, objetivo, intenção, intuito ...

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a fim de que, para que, que e porque (= para que), etc.Ex.: Fez tudo a fim de que passasse nas provas.

E) CAUSAIS

Valores semânticos: causa(lidade), motivo, razão ...

porque, como, uma vez que, visto que, já que, posto que, etc.Ex.: Já que tu não vais à loja, eu também não irei.

F) CONSECUTIVAS

Valores semânticos: conseqüência, resultado, produto ...

que (precedido de tal, tão, tanto, tamanho), etc.Ex.: Falou tanto que ficou rouco.

G) CONCESSIVAS

Valores semânticos: concessão, contraste, consentimento, licença, quebra de expectativa ... embora, ainda que, se bem que, mesmo que, mesmo quando, posto que, apesar de que, conquanto, não obstante, etc.Ex.: Embora discordasse, aceitei suas condições.

H) CONFORMATIVAS

Valores semânticos: conformidade, consonância, igualdade / seme-lhança, concordância ... conforme, como, segundo, consoante [todas com o mesmo valor de “conforme”], etc.Ex.: Tudo saiu conforme combinamos.

H) COMPARATIVAS

Valores semânticos: comparação, analogia, paralelo, ...

como, mais...do que, menos...do que, tão... como, tanto... quanto ... , etc.Ex.: Ele dorme como um urso. (dorme)

} LOCUÇÕES CONJUNTIVAS:

Duas ou mais palavras empregadas com valor de conjunção. Ex.: se bem que, a fim de que, ainda que, etc.

Observações:

1) A conjunção e (aditiva) pode aparecer com valor adversativo. Ex.: “É ferida que dói e não se sente”. (= mas) (Camões) 2) A conjunção mas (adversativa) pode aparecer com valor aditivo. Ex.: Era um homem trabalhador, mas principal-mente honesto.

3) A relação de causa-conseqüência é de natureza

sintático-semântica e independe da classificação sintática do período.Ex.: Falou tanto | que ficou muito rouco. causa conseqüência

4) Conjunção Integrante x pronome relativo Conjunção Integrante: QUE “isso / esse (a)” Ex.: Necessito de que me ajudem. (=Necessito disso)

Pronome Relativo: QUE “o (a) (s) qual (is)” Ex.: O livro que eu li é ótimo. ( que = o qual)

8.1.3. ADVÉRBIO Indica circunstância (circunstante) Modifica: verbo, adjetivo ou advérbio

} CIRCUNSTÂNCIAS:

Ex.: Saiu com os amigos (companhia).Conversaremos outro dia. (tempo)Falava-se sobre a guerra ao terrorismo. (assunto)

} LOCUÇÃO ADVERBIAL:

Duas ou mais palavras com valor de advérbio. Ex.: às vezes, às pressas, à direita, à noite, etc.} FLEXÃO DO ADVÉRBIO:

O advérbio é uma classe invariável em gênero e número, mas flexiona-se em grau. À semelhança do adjetivo, admite dois graus: comparativo e superlativo.

Ex.1: Bianca fala tão alto quanto Mariana. (comparativo de igualdade)

Ele agiu mais / menos rápido (do)que eu. (comparativo de superioridade / inferioridade)

Ex.2: Jéssica dança muito rápido / rapidíssimo. (superlativo analítico / sintético)

} OUTRAS CONSIDERAÇÕES:

1) Certos advérbios podem apresentar-se no diminuti-vo ou repetidos, mas ambos com valor de superlativo. Ex.: Hoje cheguei cedinho. (=muito cedo) Todos chegaram cedo, cedo.

2) Quando se coordenam vários advérbios ter-minados em mente, pode-se usar esse sufixo apenas no último advérbio. Ex.: Ela estudava calma, tranqüila e sossega-damente.

3) Antes de particípios usam-se as formas analíticas: mais bem, mais mal. Ex.: Aqueles candidatos estão mais bem (mais mal) preparados que os outros.

} OPERADORES ARGUMENTATIVOS:

A argumentação faz parte da linguagem na medida em que desejamos, quando falamos ou escrevemos, persuadir nosso interlocutor. Existem palavras que são responsáveis pela sinalização da argumentação, são os operadores ou marcadores argumentativos. O usuário da língua deve se conscientizar do valor

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Português

argumentativo dessas marcas para que as perceba no discurso do outro e as utilize com eficácia no seu próprio discurso.

Os mais empregados são os seguintes:

Inclusive, até mesmo, até mesmo

ao menos pelo menos no mínimo

Estabelecem a hierarquia nu-ma escala, assinalando o elemento mais forte.

Estabelecem a hierarquia nu-ma escala, assinalando o elemento o mais fraco.

e, também, nem, tanto …….. como, não só ........ mas também, além de,

além disso

Ligam elementos de duas ou mais escalas orientadas no mesmo sentido.

aliásalém do mais

Introduzem um argumento decisi-vo.

ainda

Marca excesso ou introduz um ar-gumento a favor.

Indica mudança de estado.

mas, porém, contudo, embora,

ainda que, posto que, apesar de

que

Marcam oposição.

isto é, quer dizer, ou

seja,em outraspalavras

Ajustam, esclarecem a afirmação anterior.

quase pouco

apenas um pouco

Orientam no sentido da afirmação.

Orientam no sentido da negação.

É IMPORTANTE EXERCITAR...

1. Indique a alternativa correta quanto ao valor semântico das preposições nas frases abaixo.

A) Morreu de pneumonia. (doença)B) Falava de política. (modo)C) Morava numa casa de madeira. (matéria)D) Veio de ônibus. (companhia)E) Ele chegou de Lisboa. (nacionalidade)

2. (Ufac) “O que desejava... Ah! Esquecia-se. Agora se descordava da viagem que tinha fei-to pelo sertão, a cair de fome”.(Graciliano Ra-mos) A alternativa em que a preposição de ex-pressa a mesma idéia que possui em “...a cair de fome” é:

A) De tanto gritar, sua voz ficou rouca.B) De grão em grão, a galinha enche o papo.C) De noite todos os gatos são pardos.D) Chegaram cedo de Cruzeiro do Sul.E) Trazia no bolso uma caneta de prata.

3. (Fameca-SP) As relações expressas pelas preposições estão corretas na seqüência:

I. Saí com ela.II. Ficaram sem um tostão.III. Esconderam o lápis de Maria.IV. Ela prefere viajar de navio.V. Estudou para passar.

A) falta; companhia; posse; meio; fimB) companhia; falta; posse; fim; meioC) companhia; posse; falta; meio; fimD) companhia; falta; meio; pose; fimE) companhia; falta; posse; meio; fim

4. (NCE-RJ / Eletrobrás) “Recuso, COM o mesmo sorriso...”; a frase em que a preposição des-tacada tem o mesmo sentido que possui nes-se segmento do texto é:

A) O cronista visita a casa com amigos; B) Com a chegada das férias, o cronista visita a casa antiga; C) O cronista encontra com as mesmas pessoas de sempre; D) O cronista fala com educação sobre as novidades; E) A crônica é produzida com a ajuda do computador.

5. (COVEST-PE / ALGÁS) No trecho: “Ainda que existam multinacionais proprietárias de terra, o percentual rural, na verdade, é o reduto final da livre iniciativa brasileira.“, a expressão sublinhada expressa um sentido de:

A) causa. D) finalidade.B) condição. E) conclusão.C) concessão 6. (NCE-RJ / CGJ-RJ) O item cujo conector su-

blinhado tem valor semântico de causa é: A) “...deformados pelo manto diáfano da fantasia.”; B) “O Judiciário não pode ser culpabilizado pelo que a mídia chama com exagero de impunidade.” C) “...deveria vir antes de dentro que de fora, pelo ajuste de normas e práticas processuais,...” D) “A sociedade global, estimulada pelos formadores de opinião,...”; E) “...vê-la reconhecida, senão por todos, ao menos pela maioria dos nossos concidadãos.”

7. (COVEST-PE / UFPE) “Embora no início do século XIX muito se tenha falado da língua brasileira, como a Constituição não foi votada, mas outorgada por D. Pedro, em 1823, decidiu-se que a língua que falamos é a língua portuguesa.” Nesse trecho, os termos des-tacados indicam, respectivamente, as relações lógico-semânticas de:

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Português

A) concessão e comparação. B) oposição e condição. C) concessão e causa. D) causa e conformidade. E) oposição e comparação.

8. (NCE-RJ / Eletrobrás) “Volto, como antiga-mente...”; neste segmento do texto há uma idéia de comparação entre dois momentos; a alternativa em que NÃO está presente uma idéia de comparação é:

A) Qual a antiga dona, o novo proprietário também me oferece batida; B) A casa que visito é que nem as de antigamente; C) A dona oferece ao turista a mesma cachacinha de sempre; D) O freguês é agradado feito turista americano; E) O dono da casa é tal qual o antigo proprietário.

9. (IPAD / CPRH) “Existem vários porquês que só podem ser respondidos no tempo, dado que a maternidade e a paternidade não são a ca-pacidade de tudo explicar, mas, antes, a arte de tudo entender.”Nesse trecho, os termos sublinhados explici-tam, respectivamente, as seguintes relações semânticas:

A) conclusão e concessão. B) oposição e conseqüência. C) causa e oposição. D) condição e conclusão. E) condição e oposição.

10. (Faap-SP)“Um, dois, três lampiões, acende e continua Outros mais a acender imperturbavelmente,À medida que a noite aos poucos se acentuaE a palidez da lua apenas se pressente.”

A oração que se inicia com o conectivo à medida que oferece à anterior uma idéia de:A) tempo D) condiçãoB) concessão E) consecução C) proporção

11. (COVEST–PE / UFPE-UFRPE) O valor semân-tico do trecho: “já que o sistema produtivo passou a ser internacional” seria alterado, se fosse iniciado por:

A) porque D) uma vez queB) porquanto E) visto queC) ainda que

12. (NCE-RJ / INCRA) Em “acordar pela manhã e olhar o relógio”, entre os dois termos ligados pela conjunção E há implícita uma passagem de tempo e, por isso mesmo, não se pode tro-car a posição dos dois termos. O mesmo ocorre em:

A) estudaram e aplicaram noções de arte;B) a transformação do gosto e da técnica;C) estão testemunhando o tempo e a transformação;D) objetos do seu quarto e do seu cotidiano;E) história da imaginação humana e das suas prefe-rências.

13. (Fuvest-SP) “Bem cuidado como é, o livro apresenta alguns defeitos”. Começando com o “livro apresenta alguns defeitos”, o sentido da frase não será alterado se se continuar com:

A) desde que bem cuidado.B) contanto que bem cuidado.C) à medida que bem cuidado.D) tanto que é bem cuidado.E) Mesmo que bem cuidado.

14. (Fuvest-SP) “Foi um técnico de sucesso, mas nunca conseguiu uma reputação no campo à altura da sua reputação de vestiário.” Come-çando a frase por: “Nunca conseguiu uma reputação no campo à altura da sua reputação de vestiário”, para manter a mesma relação ló-gica expressa na frase dada inicialmente, de-ve-se continuar com:

A) enquanto foi. B) na medida em que era. C) ainda que tenha sido. D) desde que fosse E) porquanto era.

15. (NCE-RJ / ANTT) “Pierre Desfontaines, cujo nome nos fala de pedra e de fonte, / não podia ser, realmente um geógrafo como os ou-tros...”; nesse segmento o autor fala do nome do geógrafo Pierre (“pedra”, em francês) e fontaines (“fonte” em francês) e estabelece entre os dois segmentos separados por uma barra:

A) uma relação de causa / conseqüência;B) uma comparação inadequada;C) uma diferença entre teoria / prática;D) uma falsa relação de causa / efeito;E) uma relação de comparação por semelhança.

16. (COVEST – PE / UFPE) “Embora diferentes, os dois poemas apontam para o grande tema da ética, desde que esta se tornou questão filosófica”. Nesse trecho, as relações sintático-semân-ticas expressas pelos conectivos sublinhados repetem-se em:

A) Ainda que este pareça um país rico e livre, não o podemos assim considerar, pois a maior parte de seu povo é pobre.B) Mesmo que me neguem o direito de expressão, perguntarei muitas vezes pela liberdade, como nunca ninguém o fez. C) As mulheres, apesar de conseguirem conquistas libertadoras, assim que se viram presas à dupla jornada, se sentiram frustradas.D) Se bem que tenhamos perdido de vista a liberdade, não desistimos de nossos ideais, já que eles fazem parte de nós.E) Quando estudante, ele se dizia anarquista, desde que não lhe oferecessem emprego e estabilidade.

17. (IPAD / GOV. PE) Analise as afirmações a se-guir, acerca de recursos lingüísticos utiliza-dos.

1. No trecho: “Se a pessoa for "leiturizada", ou seja, já souber como se estrutura um texto...”, a expressão sublinhada foi empregada para introduzir uma retifica-ção.

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Português

2. “exigido bestamente em concursos públicos” equivale semanticamente a “exigido despropositada-mente em concursos públicos”. 3. No trecho: “Como sempre tive o costume de escrever, às vezes, fico a pensar:”, o segmento subli-nhado tem valor causal. 4. O pronome sublinhado no trecho: “pessoas que lêem bastante e freqüentam ambientes nos quais prevalece o uso da língua padrão...” poderia ser subs-tituído por “em que”, preservando-se o sentido.

Estão corretas: A) 1, 2, 3 e 4. B) 2, 3 e 4, apenas. C) 1 e 3, apenas. D) 2 e 4, apenas. E) 1, 3 e 4, apenas

18. Nas orações abaixo, indique alternativa que contém a correta relação estabelecida pela conjunção.

A) Bianca preferia estar sozinha, embora tivesse muitos amigos. (simultaneidade)B) Matheus correu tanto que conseguiu chegar entre os cinco primeiros. (causa)C) Matheus conseguiu chegar entre os cinco primeiros, porque correu muito. (conseqüência)D) Bianca tinha muitos amigos, no entanto preferia estar sozinha. (contraste)E) Não só estudava, mas também trabalhava muito. (adversidade)

19. (COVEST – PE / UFPE) Indique a alternativa em que não se estabelece uma relação de causa-conseqüência.

A) A diferença de salários para o homem e para a mulher, no exercício da mesma função, é devida a discriminações na aplicação da lei.B) A Constituição, por ter afirmado a proteção ao mercado de trabalho da mulher, provocou muita polêmica em alguns setores.C) A vivência em um meio familiar em que se pratica o respeito pelo outro motiva a formação da criança para a solidariedade.D) A educação, processo de aprendizagem e aperfeiçoamento, defende a integração do homem em seu meio social.E) Com o apoio à educação e à saúde, os governos de alguns países têm conseguido diminuir a desi-gualdade social da população.

20. Marque a alternativa em que a palavra QUE não é conjunção integrante.

A) “O importante é que nossa emoção sobreviva.” B) Convém que ele volte logo.C) É preciso que eles se esforcem ainda mais.D) Parece que tudo acabará bem.E) Falei o que eu queria para eles.

TEXTO O Trabalhador Injustiçado

Papai Noel foi contratado para distribuir brinquedos na festa do Natal dos trabalhadores. Ao ver o Ministro do Trabalho, expôs-lhe a situação: Ministro, nossa profissão ainda não foi regulamentada. Assim, faça alguma coisa por nós. Como, se você e seus colegas só trabalham alguns dias por ano? Perdão, mas,

ainda que fosse um dia apenas, é trabalho regular, e em condições desfavoráveis. Ser Papai Noel na Europa é fácil, aqui o senhor não faz idéia. Além disso, passamos o ano inteiro à espera do Natal, com capacidade ociosa. O Ministro prometeu estudar o caso, mas acabou indeferindo a petição, com fundamento em parecer da assessoria, segundo o qual Papai Noel não existe.

(DRUMMOND, C. A. (org.). Carlos Drummond de Andrade, poesia e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1992, p. 1305.)

21. (COVEST–PE / UFPE-UFRPE) As informações entre parênteses indicam as relações sin-tático-semânticas estabelecidas nos enunci-ados abaixo. Analise as proposições (V ou F).

1) “Papai Noel foi contratado para distribuir brinquedos na festa de Natal dos trabalhadores. Ao ver o Ministro do Trabalho, expôs-lhe a situação” (finalidade / temporalidade)2) “– Ministro, nossa profissão ainda não foi regula-mentada. Assim, faça alguma coisa por nós.” (tem-poralidade / adição)3) “Como, se você e seus colegas só trabalham alguns dias por ano?” (causalidade / condiciona-lidade)4) “– Perdão, mas, ainda que fosse um dia apenas, é trabalho regular, e em condições desfavoráveis.” (oposição / temporalidade) 5) “Mas acabou indeferindo a petição com fundamento em parecer, segundo o qual Papai Noel não existe.” (oposição / conformidade)

22. Assinale a alternativa correta.A) Este jogador está melhor posicionado que aquele.B) Esta questão está pior elaborada que aquela.C) Está na hora do menino sair.D) Chegou a hora deste pintor ser reconhecido.E) Aquela casa é mais grande do que confortável.

23. (ITA-SP) Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas da sentença: “... meus conselhos, ele pediu demissão”.

A) entrementes B) máxime C) mormente D) destarte E) malgrado

24. (FCC-SP) assinale a alternativa em que o termo destacado tem valor de advérbio.

A) Ela caiu bem no meio do jardim.B) Não há meio mais fácil de estudar.C) Só preciso de meio metro dessa renda.D) Achei-o meio triste, com o ar abatido.E) Encarou-nos, esboçando um meio sorriso.

25. (Fei-SP) Assinale a alternativa em a expressão destacada não possui o significado equiva-lente à que está entre parênteses, segundo a norma padrão.

A) Entrou sem que ninguém notasse. (sorrateiramente) B) Aceitou tudo sem se revoltar. (calmamente)C) Trataram-me como irmão. (fraternalmente)D) Fazia as atividades sem vaidade pessoal. (humildemente)E) Recebeu a medicação pouco a pouco.

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Português

(concomitantemente)

26. (UEPG-PR) A frase em que o advérbio expres-sa simultaneamente idéias de tempo e nega-ção é:

A) falei ontem com os embaixadores.B) Não me pergunte as razões da minha atitude.C) Jamais acreditei que você viesse.D) Eles sempre chegam atrasados.E) Agora seremos felizes.

8.2. CLASSES VARIÁVEIS

8.2.1. ARTIGO Determina o substantivo

} EMPREGO DO ARTIGO – CASOS GERAIS

1) USA-SE O ARTIGO DEFINIDO:

Depois do pronome indefinido todos (as) e do nume-ral ambos, com o substantivo expresso.Ex.: Todos os homens devem lutar pela paz.

Ambos os alunos se saíram bem nos exames.

2) NÃO SE USA O ARTIGO DEFINIDO:

Antes de substantivos usados indeterminada-mente. Ex.: Faz anos que não vou a teatro.

(=qualquer teatro)

Obedeço a leis que respeitam os direitos humanos. (=quaisquer leis, desde que respeitem os DH )

Depois do pronome relativo cujo (e variações). Ex.: Este é o carro cuja porta está com defeito.

Antes dos pronomes de tratamento, excetuando-se “senhor(a)”, “senhorita”, “dona” e “madame”. Ex.: Vossa Excelência resolveu o problema?

Não vi o senhor ontem.

Antes de certos nomes de lugar, desde que não estejam especificados. Ex.: Fui a Lisboa. / Fomos a Roma.

Fui à bela Lisboa. / Fomos à Roma antiga.

} CONTRAÇÃO: artigo x preposiçãoEx.: Publicou o anúncio em O Globo.

(e não, “no” Globo)

} SEMÂNTICA:

1) Todo carro tem seus defeitos. (sem artigo = “todos os carros, qualquer carro...) Todo o carro tem seus defeitos. (com artigo = “este carro, único, inteiro...)

2) Ele não é um amigo, mas o amigo! (determinação específica, nível de importância)

8.2.2. NUMERAL Dá idéia de número ao substantivo

} EMPREGO DO NUMERAL – CASOS GERAIS

1) Numerais Ordinais

“gésimo” dezenasEx.: 30º (trigésimo), 40º (quadragésimo) “centésimo” ou “ingentésimo” centenasEx.: 200º (ducentésimo), 400º (quadringentésimo)

2) Alguns Numerais Coletivos(conjunto de seres, com número delimitado)

Ex.: bíduo (período de dois dias), tríduo (per. de três dias), década / decênio (per. de dez anos),grosa (doze dúzias ou cento e quarenta e quatro), lustro (per. de cinco anos), novena (per. de nove dias), quarentena (per. de quarenta dias),qüinqüênio (per. de cinco anos), século / centúria (per. de cem anos), hectare (dez mil m2).

3) Na enumeração de leis, artigos, decretos, portarias, parágrafos, circulares, avisos e outros textos oficiais, usa-se o ordinal até nove, e o cardinal de dez em diante. Ex.: artigo 9º (nono), parágrafo 21 (vinte e um)

4) DIANTE DE ALGARISMOS ROMANOS:

Quando vem DEPOIS do substantivo:

A) Lê-se como ordinal até dez:Ex.: D. João VI (sexto), Carlos X (décimo), etc

B) Lê-se como cardinal quando acima de dez:Ex.: Papa Pio XII (doze), Século XX (vinte), etc

Quando vem ANTES do substantivo, a leitura será sempre como ordinal: Ex.: VII Caminhada pela Paz (sétima)

} SEMÂNTICA:

1) Sentido indefinido

Ex.: Já falei mais de mil vezes! (referência hiperbólica)

Deveria haver umas quinhentas pessoas lá. (referência indeterminada)2) Alguns numerais podem sofrer derivação de grau, por meio de adjetivos ou substantivos com sufixos. Nesse caso, o numeral acresce-se de coloquialidade, ênfase, ironia, humor, conforme o contexto.Ex.: Chegou em primeiríssimo lugar.Há times que não conseguem sair da segundona.Apesar de ser cinqüentão, conserva sua elegância.

8.2.3. SUBSTANTIVO Dá nome aos seres

8.2.3.1. CLASSIFICAÇÃO DO SUBSTANTIVO

Simples: possui um só radical. Ex.: tempo, sol, terreiro...

Composto: são formados de mais de um radical.

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Português

Ex.: passatempo, girassol, pé-de-moleque...

Comum: indica um nome comum a todos os seres de uma espécie. Ex.: colégio, homem, vegetal...

Próprio: particulariza um único ser da mesma espécie. Ex.: Pernambuco, Cláudia, Brasil...

Concreto: nomeia seres de existência real ou imaginária. (de natureza independente) Ex.: Deus, fada, caneta, Cebolinha...

Abstrato: designa estados, qualidades, ações e sensações/sentimentos dos seres. (de natureza dependente)Ex.: amor, fome, beleza, viagem, igualdade...

Primitivo: não tem origem em outra palavra portuguesa. Ex.: mar, terra, céu, pedra...

Derivado: tem origem em outra palavra portuguesa. Ex.: marujo, terremoto, pedreiro...

} COLETIVOS: nomeiam agrupamentos de seres da mesma espécie. Ex.: biblioteca (de livros), antologia (de trechos de leitura), banca (de examinadores)...

(Obs.: o coletivo é um substantivo singular, mas com idéia de plural.)

8.2.3.2. FLEXÃO DO SUBSTANTIVO

} FLEXÃO DE GÊNERO:

1) Uniforme (grafia única para mascul. e feminino) Epiceno: cobra macho / fêmea Comum-de-dois: o / a estudante Sobrecomum: a criança, o indivíduo

2) Biforme (duas grafias: masculino e feminino) Desinenciais: aluno / aluna Heterônimos: homem / mulher

Observações :

1) Substantivo tido como de gênero duvidoso ou livre: o / a personagem.

2) Gênero aparente: Existem certos substantivos que, variando de gênero, variam em seu significado. Por exemplo, o rádio (aparelho receptor) e a rádio (estação emissora), o capital (dinheiro) e a capital (cidade), etc.

3) Substantivos de origem grega terminados em EMA ou OMA são masculinos. Por exemplo: o axioma, o fonema, o poema, o sistema, o sintoma, o teorema, etc.

} FLEXÃO DE NÚMERO:

1) Substantivos Simples

A) os terminados em vogal, ditongo oral e N fazem o plural pelo acréscimo de S. Ex.: troféu troféus; ímã ímãs, elétron elétrons

} Casos particulares: cânon e cânones

espécimen (espécimens ou especímenes) hífen (hifens ou hífenes) pólen (pollens ou pólenes)

B) os terminados em IL fazem o plural de duas maneiras: Quando oxítonos, em IS. Ex.: canil canis...

Quando paroxítonos, em EIS. Ex.: míssil mísseis.

} Atenção:

réptil (répteis) ou reptil (reptis) projétil (projéteis) ou projetil (projetis)

mal (males), mel (méis ou meles) cônsul (cônsules)

C) os terminados em S fazem o plural de duas maneiras:

Quando monossilábicos ou oxítonos, mediante o acréscimo de ES.Ex.: ás ases, retrós retroses...

Quando paroxítonos ou proparoxítonos, ficam invariáveis.

Ex.: o lápis os lápis, o ônibus os ônibus...

} Observação: Cais e cós são invariáveis.

D) os terminados em ÃO fazem o plural de três maneiras. Ex.: avião aviões (a maioria e muitos aumentativos) alemão alemães cidadão cidadãos

E) os terminados em X: Monossílabo – Ex.: fax os fax ou faxes Dissílabo – Ex.: tórax os tórax (invariáveis)

2) Substantivos Compostos

} NÃO SEPARADOS POR HÍFEN:

Acrescenta-se o -s.Ex.: pernalongas, pontapés, passatempos

} SEPARADOS POR HÍFEN:

A) Flexionam-se os dois elementos, quando for:

substantivo + substantivo couves-flores substantivo + adjetivo amores-perfeitos adjetivo + substantivo gentis-homens numeral + substantivo quintas-feiras

B) Flexiona-se somente o 2º elemento, quando for:

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Português

verbo + substantivo

guarda-roupas , tira-dúvidas

palavra invariável + palavra variável

contra-ataques

grão, grã e bel seguidos de substantivos

grão-duques, grã-cruzes, bel-prazeres

palavras repetidas ou imitativas

reco-recos

Observações:

1) Se os elementos repetidos forem verbos:Ex.: corre(s)-corres, pisca(s)-piscas

2) Só devem ir para o plural os elementos repre-sentados por substantivos, adjetivos e numerais. Verbos, advérbios e prefixos (co-, ex-, vice-, etc) ficam invariáveis.

C) Flexiona-se somente o primeiro elemento, quando formados de:

substantivo + preposição clara + substantivo

pés-de-moleque

substantivo + preposição oculta + substantivo

cavalos-vapor

um segundo elemento limitando (ou determinan-do) a idéia do primeiro, indicando tipo, espécie ou finalidade.

bananas-maçã, tatus-bola, canetas-tinteiro ...

Observações:No padrão culto, também é lícita a pluralização de ambos os elementos “bananas-maçãs”, “canetas-tinteiros”... Fonte: HOUAISS.

D) permanecem invariáveis, quando formados de:

verbo + advérbio

os bota-fora, os pisa-mansinho

verbo + substantivo no plural

os porta-lápis

verbos opostos

os leva-e-traz, os ganha-perde

Observações:1) Substantivos estrangeiros aportuguesados: o chope – os chopes; o drope – os dropes; o clipe – os clipes); para os não aportuguesados, acrescenta-se o -s: o show – os shows.

2) Mudança de número com mudança de sentido: bem (felicidade, virtude, benefício) / bens (propriedades), costa (litoral) / costas (dorso)... 3) Outros plurais: pores-do-sol, os sem-terra, capitães-mores; os arco-íris, os louva-a-deus,os diz-

que-diz, os maria-vai-com-as-outras; bem-te-vis, bem-me-queres;

4) Duas formas de plural: guardas-marinha(s), padre(s)-nossos, salvo(s)-condutos, terra(s)-novas, salários-família(s), máquinas-caixão(ões);

8.2.3.3. FLEXÃO DE GRAU DO SUBSTANTIVO

} Aumentativos e diminutivos formaisEx.: cartão, portão, caldeirão, etc.

} O grau com valor afetivo ou pejorativoEx.: paizinho, mãezinha (afetivo); gentinha (pejorativo).

} Formação do diminutivo plural:Ex.: bar bares (plural) bare + s barezinhos

8.2.4. ADJETIVO Caracteriza o substantivo

8.2.4.1. CLASSIFICAÇÃO DO ADJETIVO

Simples: possui um só radical. Ex.: bonito, inteligente ...

Composto: são formados de mais de um radical. Ex.: afro-brasileiro, cívico-religiosa...

Primitivo: não tem origem em outra palavra portuguesa. Ex.: azul, fiel ...

Derivado: tem origem em outra palavra portuguesa. Ex.: azulado, recifense...

} ADJETIVOS PÁTRIOS (OU GENTÍLICOS):

Ex.: pernambucano, soteropolitano (simples) franco-italiano (composto)

ALGUMAS LOCUÇÕES ADJETIVAS} de aluno (discente) } de professor (docente)} de chuva (pluvial) } de rio (fluvial)} de cabeça (capital) } de morte (mortal, letal)

} de paixão (passional)} de velho (senil)} de criança (pueril) } de filho (filial)} de guerra (bélico)} de garganta (gutural)

8.2.4.2. FLEXÃO DO ADJETIVO

} FLEXÃO DE GÊNERO

1) UNIFORME (grafia única para masculino e feminino)

Ex.: rapaz inteligente / moça inteligente

2) BIFORME (duas grafias: masculino e feminino)

Ex.: rapaz bonit o / moça bonit a

} FLEXÃO DE NÚMERO

1) ADJETIVOS SIMPLES:

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Português

Seguem a mesma forma dos substantivos simples.Ex.: pessoas amigas, cães ferozes,

crianças amáveis... Substantivo usado como adjetivo fica invariávelEx.: calças vinho, cursos relâmpago...

2) ADJETIVOS COMPOSTOS:

REGRA GERAL: Somente o último elemento varia em gênero e número.Ex.: pastas verde-claras

acordos luso-brasileiros...

Casos Específicos:

A) Se o último elemento for substantivo, o adjetivo composto mantém no plural a mesma forma do singular.Ex.: pastas verde-abacate, blusas vermelho-vinho...

B) Azul-marinho e azul-celeste são invariáveis, assim como os compostos formados por locuções adjetivas (na cor de, da cor de, cor de, de cor) e a expressão rosa-choque.Ex.: camisas azul-marinho, calças azul-celeste, sapatos cor de azul (da cor da terra), pulseiras cor de rosa .

C) Os componentes sendo palavra (ou elemento) invariável + adjetivo, somente esse último se flexionará.Ex.: garotos mal-educados, povos semi-selvagens, esforços sobre-humanos, crianças recém-nascidas.

D) surdos-mudos; surdas-mudas.

} FLEXÃO DE GRAU

Comparativo – Pode ser:

A) de igualdade: tão + adjetivo + quanto (ou como) Ex.: Ela é tão inteligente quanto eu.

B) de superioridade: mais + adjetivo + (do) queEx.: Ela é mais inteligente (do) que eu.

C) de inferioridade: menos + adjetivo + (do) queEx.: Ela é menos inteligente (do) que eu.

Observações:1) Duas qualidades do mesmo ser. (f. analítica)Ex.: Ele é mais bom que inteligente.

2) Dois seres com a mesma qualidade. (f. sintética)Ex.: Ela é melhor que você.

Superlativo – Pode ser:

A) ABSOLUTO: a qualidade expressa não é posta em relação a outros elementos.

Analítico (duas ou mais palavras)Ex.: Este assunto é muito fácil.

Sintético (uma palavra)Ex.: Este assunto é facílimo.

B) RELATIVO: a qualidade expressa é posta em relação a outros elementos. de superioridade

Ex.: Cláudia é a mais inteligente.

de inferioridadeEx.: Eles são os menos inteligentes.

} SEMÂNTICA:

1) Alguns adjetivos podem assumir significação variada de acordo com a posição em que aparecem:Ex.: grande homem (bom, correto...) homem grande (proporções físicas destacadas)

o cético Marx (adjunto adnominal)Marx, o cético (aposto, título)

2) O contexto é determinante para se determinar o valor semântico de algumas locuções adjetivas.Ex.: água de chuva (pluvial) dia de chuva (chuvoso) problema de coração(cardíaco) atendimento de coração(cordial)

8.2.5. PRONOME Representa ou acompanha o substantivo

8.2.5.1. CLASSIFICAÇÃO DO PRONOME

A) Pessoais Substituem os substantivos, indicando as pessoas do discurso.

QUADRO DOS PRONOMES PESSOAIS

Núm. Pes. Retos Oblíquos

Singular1a EU me, mim, comigo2a TU te, ti, contigo3a ELE (A) se, si, consigo, o, a, lhe

Plural 1a NÓS nos, conosco2a VÓS vos, convosco3a ELES

(AS)se, si, consigo, os, as, lhes

ALGUNS PRONOMES DE TRATAMENTO

Pronome Abrev. s/ pl.

Uso

Você v. / vv. pessoas próximas

SenhorSenhora

Sr. (s) Sra.(s)

tratamento de respeito

Senhorita Srta. (s) moças solteiras

Vossa Senhoria V.Sa. (s)pessoas decerimônia: ofícios, cartas comerciais...

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Português

Vossa ExcelênciaV. Exa.(s)

altas autoridades: presidente da república, senador, deputado, etc.

Vossa Reverendíssima V. Revma.(s)

sacerdotes e religiosos em geral

Vossa Eminência V. Ema.(s) cardeais e bispos

Vossa Santidade V.S. o Papa

Vossa PaternidadeV.P. (VV.PP.)

superiores de ordens religiosas

Vossa Alteza V.A. (VV.AA.)

príncipes e duques

Vossa Majestade V.M. (VV.MM.)

reis/rainhas

Vossa Majestade Imperial

V.M.I. imperadores

Vossa Magnificência

V. Maga.(s)reitores de universidades

Vossa Onipotência V. O. Deus

B) Possessivos - São palavras que, ao indicarem a pessoa gramatical (possuidor), acrescentam a ela a idéia de posse de algo (coisa possuída). O pronome possessivo concorda em pessoa com o possuidor e em gênero e número com a coisa possuída.

PRONOMES POSSESSIVOS

Singular1a pessoa meu(s), minha(s)2a pessoa teu(s), tua(s)3a pessoa seu(s), sua(s)

Plural1a pessoa nosso(a)(s)2a pessoa vosso(a)(s)3a pessoa seu(s), sua(s)

C) Demonstrativos - Indicam, no espaço ou no tempo, a posição de um ser em relação às pessoas do discurso.

PRONOMES DEMONSTRATIVOSVARIÁVEIS INVARIÁVEISeste (a) (s) Istoesse (a) (s) Issoaquele(a)(s) AquiloOutros Demonstrativos

semelhante(s) “Nunca vi semelhante injustiça!” tal (tais) ”Tal fato é um grande avanço social.” o(s), a(s) = aquele(a)(s), aquilo Ex.: “Comprei o que querias.” (=aquilo) mesmo(a)(s) “As regras são as mesmas.” próprio(a)(s) “Os próprios alunos leram o livro.”

D) Indefinidos – Referem-se à terceira pessoa do discurso, dando-lhe sentido vago ou expressando

quantidade indeterminada.

PRONOMES INDEFINIDOSVARIÁVEIS

algum (a) (s) (ns) qual (is)certo (a)(s) qualquer, quaisquermuito (a) (s) quanto (a)(s)nenhum (a) (s) (ns) tanto (a)(s)outro (a) (s) quanto (a)(s)todo (a) (s) um (a) (s) (ns) = proximad.pouco (a)(s)

INVARIÁVEISalgo, nada, tudo(usados p/ coisas)

alguém, ninguém, outrem, cada (usados p/ pessoas)

} LOCUÇÕES PRONOMINAIS INDEFINIDAS:cada qual, quem quer que, qualquer um, todo aquele que

E) Interrogativos – Usados na formulação de pergun-tas diretas ou indiretas. Assemelham-se aos indefi-nidos, pois se referem a um ser sobre o qual não te-mos informações sempre na terceira pessoa do dis-curso.

PRONOMES INTERROGATIVOSque, quem, qual e quanto

F) Relativos – Retomam um nome da oração anterior (o antecedente) com o qual se relaciona, projetando-o em outra oração.

PRONOMES RELATIVOSVARIÁVEIS INVARIÁVEISo(a) qual, os(as) quais quecujo (a) (s) quemquanto (a)(s) onde

} PRONOME: SUBSTANTIVO X ADJETIVO

A) Pronome substantivo: quando substitui o nome. Ex.: Todos chegaram.

B) Pronome Adjetivo: quando o acompanha. Ex.: Minha esposa é muito fiel.

} EMPREGO DOS PRONOMES:

1) Pessoais Retos

A) As formas eu e tu não podem vir precedidas de preposição. Usam-se as formas oblíquas correspondentes “mim” e “ti” como complementos.Ex.: Não há segredos entre mim e ti. Chegaram duas encomendas para mim.

B) Os pronomes eu e tu funcionam sempre como sujeito. Quando precedidos de preposição, eles representam o sujeito de um verbo no infinitivo.Ex.: Recomendaram para eu não sair hoje. Há novas mensagens para tu leres.

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Português

Observações:1) Depois da palavra até, indicando direção, usa-se mim ou ti; indicando inclusão, eu ou tu.Ex.: Os condôminos dirigiram-se até mim e solicitaram que até eu pressionasse o síndico.2) Ordem direta x ordem inversaEx.: Não é fácil para mim agüentar seu estresse. (Agüentar seu estresse não é fácil para mim.)

C) Plural de modéstia – O pronome “nós” é empregado no lugar do “eu” quando se pretende evitar o tom arrogante ou impositivo da linguagem.Ex.: Nós, presidente desta fundação de assistência social, realizamos todo o trabalho na comunidade.

D) Quando exercer a função de sujeito, o pronome não sofrerá contração.Ex.: Apesar de ela não querer, nós viajaremos hoje.

2) Pessoais Oblíquos

A) Átonos (usados sem preposição)Ex.: Ela não me engana mais. (OD)

Tônicos (usados com preposição)Ex.: Entregaram a encomenda a mim. (OI)

B) Os pronomes o, a, os, as são complementos de verbos que não exigem preposição (VTD):Ex.: O trovão abalou a cidade. (...abalou-a)

Adquirem as seguintes formas:

lo(s), la(s), quando associados a verbos terminados em R, S ou Z. Ex.: Encontrar o amigo. (Encontrá-lo) Fez as tarefas. (Fê-las)

no(s), na(s), quando associados a verbos terminados em som nasal. (ão, õe, am, em) Ex.: Encontraram o livro. (Encontraram-no) Fazem as referências. (Fazem-nas)

Observações:1) Depois da palavra eis e das formas nos e vos, usamos lo(s), la(s) também com terminações suprimidas. Ex.: Ei-lo aqui, meu amigo. Este presente quem no-lo deu?2) Nos – Se o verbo estiver na 1a pessoa do plural, a forma verbal perderá o “s” final.Ex.: Sentimo-nos honrados com sua presença.3) Lhe(s), vos – Não alteram a forma verbal.Ex.: Confiamos-lhes nossos segredos. Apresentamos-vos todas as metas da empresa.4) Os pronomes oblíquos me, te, se, nos, vos, o (e variações) podem aparecer exercendo a dupla função de objeto direto de um verbo e sujeito de outro em orações como: Deixei-me filmar. / Faça-os sair daqui.

C) Os pronomes si e consigo referem-se ao próprio sujeito (reflexivos).Ex.: Rodrigo falou de si aos professores. Ela levava consigo todos os seus pertences.

D) Conosco e convoscoEx.: O patrão falará conosco. (ou com nós mesmos, todos, próprios,...)

} COLOCAÇÃO PRONOMINAL:

1. PRÓCLISE

Pronome oblíquo antes do verbo (proclítico)

É obrigatória quando houver palavra que atraia o pronome para antes do verbo. As palavras que atraem o pronome são:

A) Palavras de Sentido Negativo Ex.: Nunca me deram uma justificativa.

B) Advérbios Ex.: Sempre me deram uma justificativa.

Observações: Se houver vírgula depois do advérbio, ele deixa de atrair o pronome. Ex.: Aqui se trabalha. / Aqui, trabalha-se.

C) Pronomes Indefinidos e Demonstrativos Neutros Ex.: Alguém o informou os verdadeiros problemas. Isto te pertence.

D) Conjunções Subordinativas Ex.: Embora me dissessem os motivos, não entendi a razão para tamanha confusão.

E) Pronomes Relativos Ex.: A pessoa que me informou os motivos chegou.

Observações:1) Estão corretas as frases:

Ex.: É difícil entender quando se não ama. É difícil entender quando não se ama.

2) A palavra que sempre atrai o pronome.Ex.: Desejo (que) me compreendam. 3) Deus te abençoe! (orações optativas / exprimem desejo).

2. MESÓCLISE Pronome oblíquo no meio do verbo (mesoclítico)

É obrigatória com o verbo no futuro do presente ou no futuro do pretérito, desde que não haja antes palavra atrativa.

Ex.: Convidar-me-ão para a festa. Convidar-me-iam para a festa.

Se houver palavra atrativa, a próclise será obrigatória. Ex.: Não me convidarão para a festa.

3. ÊNCLISE Pronome oblíquo após o verbo (enclítico)

É obrigatória com:

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Português

A) Verbo no início da frase. Ex.: Enviaram-me a correspondência.

B) Verbo no imperativo afirmativo. Ex.: Alunos, comportem-se.

C) Verbo no gerúndio. Ex.: Saiu, deixando-nos por instantes.

Observações:Se o gerúndio vier precedido de preposição ou de palavra atrativa, ocorrerá próclise. Ex.: Em se tratando de cinema, prefiro as comédias. Saiu da sala, não nos revelando os motivos.

D) Verbo no infinitivo impessoal . Ex.: Era necessário ajudar-te.

Infinitivo impessoal precedido de palavra negativa ou de preposição: Ex.: Era necessário não (te) ajudar (-te).

Estou apto a (te) ajudar (-te).

Infinitivo pessoal precedido de preposição.Ex.: Foram censuradas por se comportarem mal. (próclise)

} Diante de locuções verbais e tempos compostos:A) Verbo principal no infinitivo ou no gerúndioEx.: Desejo-lhe mostrar tudo. (ou Desejo mostrar-lhe...) Ia-lhe dizendo a verdade. (ou Ia dizendo-lhe...)

B) Com palavra atrativa antes da locuçãoEx.: Não lhe desejo mostrar tudo. Não desejo mostrar-lhe tudo.

C) Com verbo principal no particípio, faz-se a colocação segundo o tempo do verbo auxiliarEx.: Havia-lhe avisado dos perigos. Não a tinha visto por aqui antes. Tê-lo-ia percebido, se me avisassem.

D) Com pronome oblíquo átono depois do auxiliarEx.: Vou-te mandar ajuda. (ou Vou te enviar...)

3) Pronomes Possessivos

A) Há casos em que o possessivo seu (e variações) pode gerar ambigüidade. Ex.: O pai repreendeu a filha porque ela bateu o seu carro. (“O pai repreendeu a filha porque ela bateu o carro dele”).

B) A idéia de posse é, muitas vezes, representada pelos pronomes oblíquos me, te, se, nos, vos, lhe(s). Ex.: Roubaram-me o relógio. (... o meu relógio) Bateram-lhe na cabeça. (... na cabeça dele)

C) Idéia de aproximação, ironia, afetividade, cortesia:Ex.: Ele deve ter seus noventa anos. Obedeça-me, seu imprestável!

Minha querida, que horas são? Meu caro amigo, que bom vê-lo!

D) Uniformidade de tratamentoEx.: Você reouve teus objetos perdidos? (errado!) Você reouve seus... (certo!) Tu reouveste teus....(certo!)

4) Pronomes Demonstrativos

A) Comprei o que me pediste.(= aquilo)

B) POSIÇÃO NO ESPAÇO:

Este(a)(s), isto – perto de quem fala.

Esse(a)(s), isso – perto de com quem se fala

Aquele(a)(s), aquilo – longe dos falantes

C) POSIÇÃO NO TEMPO:

Este(a)(s), isto – indicam o tempo presente a ato da fala. Ex.: Nestes últimos meses, estudei muito.

Esse(a)(s), isso – indicam o passado ou o futuro próximos ao ato da fala. Ex.: Em 2002, o Brasil sagrou-se pentacampeão do mundo. Nessa época, ninguém acreditava que fosse possível.

Aquele(a)(s), aquilo – indicam um passado vago ou remoto. Ex.: A Ditadura Vargas marcou a história política do Brasil. Aquela foi uma época que ofuscou a democracia no país.

D) EM UM TEXTO:

Este(a)(s), isto – indicam algo que vai ser dito posteriormente. Ex.: O maior mandamento é este: “Amai-vos uns aos outros”.

Esse(a)(s), isso – indicam algo que já foi dito anteriormente. Ex.: “Amai-vos uns aos outros”, esse é o maior mandamento.

E) ESTE X AQUELE:

Em um discurso, a oposição este x aquele é usada para retomar elementos citados anteriormente. “Aque-le” retoma o primeiro e “este” o último elemento da citação.Ex.: A realidade social evidencia um abismo entre ricos e pobres: aqueles repletos de oportunidades que são negadas a estes.

5) Pronomes Indefinidos

A) Valor semântico e posição na frase.Ex.: Alguma lembrança restou daquele amor. (anteposto valor afirmativo)

Lembrança alguma restou daquele amor.

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Português

(posposto valor negativo = nenhum)

Certas pessoas.... (anteposto = algumas) Pessoas certas... (posposto = exatas, corretas)

Qualquer pessoa.... (valor indefinido) Pessoa qualquer... (valor pejorativo)

B) Todo (a) (s) + artigo:Ex.: Todo carro tem seus defeitos. (qualquer) Todo o carro tem seus defeitos. (este, inteiro)

6) Pronomes Relativos

A) QUE relativo universal (pessoas ou coisas).Ex.: O livro que nós lemos é excelente. A pessoa que eu amo é maravilhosa.

B) O QUAL pessoas ou coisas (maior clareza). Depois de preposições com mais de uma sílaba ou “sem” e “sob”, usa-se preferencialmente o relativo qual (flexões).Ex.: Esta é Márcia namorada de Fernando, a qual simultaneamente namora Jairo. Aquela é a árvore sob a qual sentávamos. Este é o homem perante o qual me humilhei.

C) CUJO liga algo possuído ao possuidor. Ex.: Este é o autor a cuja obra me refiro. Observações:Apresentaram argumentos. Eu discordei da legitimidade deles. Apresentaram argumentos de cuja legitimidade discordei.

8.2.6. VERBO Indica ação, estado, mudança de estado ou fenômeno da natureza

MODO INDICATIVO Ação real, certa

PRESENTEFUTURO DO PRESENTE

FUTURO DO PRETÉRITO

eu estudo eu estudaREI eu estudaRIAtu estudas tu estudaRÁs tu estudariasele estuda ele estudará ele estudarianós estudamos

nós estudaremos

nós estudaríamos

vós estudais vós estudareis vós estudaríeiseles estudam eles estudarão eles estudariam

PRETÉRITO PERFEITO

PRETÉRITO IMPERFEITO

PRETÉR. MAIS-QUE-PERFEITO

eu estudei eu estudaVA eu estudaRATu estudaSTE tu estudavas tu estudarasele estudoU ele estudava ele estudaranós estudaMOS

nós estudávamos

nós estudáramos

vós estudaSTES

vós estudáveis vós estudáreis

eles estudaRAM

eles estudavam eles estudaram

Observações:

. Pretérito imperf. do indicativo: AR = “VA”

(cantava); ER / IR = “-IA” (fazia, partia); Exc.: tinha, vinha, punha.

MODO SUBJUNTIVO Ação possível, hipótese

PRESENTE (QUE)

IMPERFEITO (SE)

FUTURO(QUANDO)

eu estude eu estudaSSE eu estudaRtu estudes tu estudasses tu estudaRESele estude ele estudasse ele estudaRnós estudemos

nós estudássemos

nós estudaRMOS

vós estudeis vós estudásseis vós estudaRDES

eles estudem eles estudassem

eles estudaREM

MODO IMPERATIVO – Indica ordem, sugestão AFIRMATIVO NEGATIVO

--------------------------- ---------------------------estuda tu não estudes tuestude você não estude vocêestudemos nós não estudemos nósestudai vós não estudeis vósestudem vocês não estudem vocêsFORMAS NOMINAIS DO VERBO INFINITIVO PESSOAL INFINITIVO IMPESSOALestudar eu estudarestudares tu GERÚNDIOestudar ele estudandoestudarmos nós PARTICÍPIOestudardes vós estudadoestudarem eles

DESTAQUES VERBAIS ITER entreter, manter, abster...VER “quando” ou “se”: ver ® vir; vir ® vierVIR intervir, desavir, ...PÔR propor, dispor, compor, pressupor...

DESTAQUES VERBAIS II * Haver (V)

REAVER*pres. indic.: reavemos, reaveis* reouve (e não, “reaveu”)* reouvesse (e não, “reavesse”)

PRECAVER (-SE)

*pres. indic.: precavemos, precaveis

DESTAQUES VERBAIS III

PRECAVER (-SE)

*PRET. PERF.:precavi, precaveSTE, precaveU, precaveMOS, precaveSTES, precaveRAM

*PRET. MQP.: precaveRA, ...

*IMPERF. SUBJ.: precaveSSE, ...

*FUT. SUBJ.: precaveR, ...

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Português

PROVER

*PRET.PERF.:provi, proveSTE, proveU, proveMOS, proveSTES, proveRAM

*PRET. MQP.:proveRA, proveRAS...

*IMPERF. SUBJ.: proveSSE, ... *FUT. SUBJ.: proveR, proveRES...

REQUERER

*PRES. INDIC..:requeiro, requeres...

*PRET. PERF.:requeri, requereSTE, requereU, requereMOS, requereSTES, requereRAM

*PRET. MQP.: requereRA, ...

*IMPERF. SUBJ.: requereSSE, ...

*FUT. SUBJ.: requereR, ...DESTAQUES VERBAIS IV

- EAR

NORTEAR* norteio, norteias, norteia, norteamos, norteais, norteiam

- IAR

“M-A-R-I-O” (mediar, ansiar, remediar, incendiar, odiar)* medeio, medeias, medeia, mediamos, mediais, medeiam

VOZES DO VERBO

ATIVA } sujeito pratica a ação (1 verbo / 1 locução verbal)

Ex.: Cláudia pintou um quadro. (sujeito agente/ativo = Cláudia)

PASSIVA } sujeito sofre a ação

Analítica } 2 ou mais verbos (auxiliar + principal no particípio)Ex.: Um quadro foi pintado por Cláudia. * sujeito paciente/passivo = Um quadro * agente da passiva = por Cláudia Sintética ou pronominal } verbo + SE (partíc. apassiv.)Ex.: Pintou-se um quadro.

REFLEXIVA } sujeito pratica e sofre a ação

Ex1.: Daniela cortou-se com a faca.

(SE } pronome reflexivo / reflexividade = “a si mesma”)

Ex2.: Os convidados cumprimentaram-se. (SE } pron. reflexivo / reciprocidade = “uns aos outros”)

Observações:

1) Na mudança de voz, o tempo e o modo do(s) verbo(s) sempre permanecerão inalterados.

2) As frases que aceitam conversão de voz verbal apresentam verbos transitivos diretos (VTD).

É IMPORTANTE EXERCITAR...

27. Em qual alternativa o artigo está substanti-vando uma palavra?

A) A Luciana não pôde comparecer à reunião.B) A viagem foi programada com três meses de antecedência.C) Jamais entendemos o porquê da saída do ministro.D) A casa estava sendo vendida por um preço relativamente baixo.E) Ele convidou as colegas porque as estimava.

28. Assinale a alternativa em que há erro no emprego do artigo.

A) Eles estavam na casa dos pais.B) Ambos os casos merecem consideração.C) Eles não conheciam a velha Roma.D) São pessoas cujas as aspirações não merecem consideração.E) Convidei a Cláudia para um jantar.

29. (FMU-SP) Procure e assinale a única alterna-tiva em que há erro no emprego do artigo.

A) Nem todas opiniões são valiosas.B) Disse-me que conhece todo o Brasil.C) Leu todos os dez romances do escritor.D) Andou por todo Portugal.E) Todas cinco, menos uma, estão corretas.

30. Levando em conta que alguns nomes de lugar admitem a anteposição dos artigos, assinale a alternativa em que a crase foi empregada corretamente.

A) Ele nunca foi à Berlim.B) Ele nunca foi à Paris.C) Ele nunca foi à Portugal.D) Ele nunca foi à Roma.E) Ele nunca foi à China.

31. Assinale a frase em que o uso do artigo é facultativo.

A) Ele não conhece a casa dos irmãos.B) Nunca se referiu à Roma dos césares.C) Cinema é o meu assunto preferido.D) Todos os convidados se retiraram.E) Todas as pessoas presentes à reunião falaram.

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Português

32. (Fatec-SP) Indique o erro quanto ao emprego do artigo.

A) Em certos momentos, as pessoas as mais corajosas se acovardam.B) Em certos momentos, as pessoas mais corajosas se acovardam.C) Em certos momentos, pessoas as mais corajosas se acovardam.D) Em certos momentos, pessoas mais corajosas se acovardam.E) Em certos momentos, pessoas mais corajosas acovardam-se.

33. (ITA-SP) Determine o caso em que o artigo tem valor de qualificativo.

A) Estes são os candidatos de que lhe falei.B) Procure-o, ele é o médico! Ninguém o supera.C) Certeza e exatidão, estas qualidades não as tenho.D) Os problemas que o afligem não me deixam descuidado.E) Muita é a procura; pouca, a oferta.

34. (Esan-SP) Assinale a alternativa correta. A) Mostraram-me cinco livros. Comprei todos cinco livros.B) Mostraram-me cinco livros. Comprei todos os cin-co.C) Mostraram-me cinco livros. Comprei todos cinco.D) Mostraram-me cinco livros. Comprei a todos cinco livros.E) n.d.a.

35. (UM-SP) Assinale a alternativa em que há erro, quanto ao emprego do artigo.

A) É em O Estado de S. Paulo que li a notícia.B) Li a notícia em O Estado de S. Paulo.C) Essa notícia, eu vi em A Gazeta.D) Vi essa notícia em A Gazeta.E) Li a notícia no Estado de S. Paulo.

36. (Esan-SP) Em qual dos casos o artigo denota familiaridade?

A) O Amazonas é um rio imenso.B) D. Manuel, o Venturoso, era bastante esperto.C) O Antônio comunicou-se com o João.D) O professor João Ribeiro está doente.E) Os Lusíadas são um poema épico.

37. (FMU-SP) Observe as frases seguintes e depois escolha a única alternativa incorreta.

I. Com a Cláudia ele não mais vai brigar.II. Com Marcelo ela não mais vai discutir.

A) A frase I contém um artigo definido, no feminino e no singular, que semanticamente torna Cláudia mais próxima do emissor.B) A frase I contém um artigo definido, no feminino e no singular, pois antecede um nome próprio de mesmas características morfológicas.C) No confronto entre a frase I e a frase II pode-se notar a importância do uso estilístico do artigo.D) A frase II, dispensando o artigo diante do nome próprio, marca o distanciamento entre o referente e o emissor.E) A frase II, não contendo artigo definido diante do nome próprio, está errada.

38. (NCE-RJ / UFRJ) Há poucos dias uma cidade de MG comemorou o seu sesquicentenário, ou seja, a idade de:

A) 100 anos; D) 25 anos;B) 600 anos; E) 500 anos.C) 150 anos;

39. (NCE-RJ /UFRJ) Uma revista carioca escreve em sua capa: revista bimensal. Isso significa que essa revista aparece nas bancas:

A) duas vezes a cada mês;B) uma vez a cada bimestre;C) duas vezes a cada bimestre;D) uma vez a cada mês;E) duas vezes por semestre.

40. Assinale a alternativa que completa conve-nientemente a lacuna da frase “Maria José foi a (284ª) colocada”.

A) duzentésima octagésima quartaB) ducentésima octagésima quarta C) dois centésima octagésima quarta D) ducentésima octogésima quarta E) ducentésima octagésima quarta

41. (Fupe-SP) Indique o item em que os numerais estão corretamente empregados.

A) Ao papa Paulo Seis sucedeu João Paulo Primeiro.B) Após o parágrafo nono, virá o parágrafo décimo.C) Depois do capítulo sexto, li o capítulo décimo primeiro.D) Antes do artigo dez vem o artigo nono.E) O artigo vigésimo segundo foi revogado.

42. (Unesp-SP) Assinale o caso em que não haja expressão numérica de sentido indefinido.

A) Ele foi o duodécimo colocado.B) Quer que veja este filme pela milésima vez?C) “Na guerra os meus dedos disparam mil mortes” D) “A vida tem uma só entrada; a saída é por cem portas.”E) n.d.a

43. (Cefet-MG) A alternativa em que o numeral está impropriamente empregado é:

A) O conteúdo do artigo onze não está claro.B) Já lhe disseram, pela noningentésima vez, o que fazer.C) Esses animais viveram, aproximadamente, na Era Terciária.D) Consulte a Encíclica de Pio Décimo.E) Esse dado encontra-se na página décima quinta.

44. (UFPR) Se a cinco vem a corresponder quinto, a onze, quarenta, cinqüenta, sessenta e setenta, respectivamente, correspondem:

A) undécimo, quadragésimo, cinqüentésimo, sexa-gésimo, septuagésimo.B) décimo primeiro, quaresma, qüinquagésimo, se-xagésimo, septuagésimo.C) undécimo, quadragésimo, qüinquagésimo, sexa-genário, septuagésimo.D) décimo primeiro, quadragésimo, qüinquagésimo, sexagésimo, septuagerário.E) undécimo, quadragésimo, qüinquagésimo, se-xagésimo, septuagésimo.

45. (Faap-SP) Verifique em qual alternativa há um

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Português

uso impróprio de numerais.A) No artigo sétimo lia-se era proibido reclamar; já no artigo dezenove, falava-se em direito de reclamação.B) No tomo treze da coleção há uma referência importante ao canto oitavo da Odisséia. C) Uma resma equivale a quatrocentas folhas de papel.D) Prepare-se para gerir a escola por um período de cinco anos. Não se preocupe: o lustro passa depressa.E) n.d.a.

46. (ITA-SP) Assinale o que estiver correto.A) Seiscentismo se refere ao século XVI.B) O algarismo romano da frase anterior se lê: décimo sexto.C) Duodécuplo significa duas vezes; dodécuplo, doze vezes.D) Ambos os dois caracteriza um pleonasmo.E) Quadragésimo, quarentena, quadragésima, qua-resma só aparentemente se referem a quarenta.

47. (UFJF-MG) Assinale a alternativa em que aparecem substantivos simples, respectiva-mente, concreto e abstrato.

A) água, vinhoB) Pedro, JesusC) Pilatos, verdadeD) Jesus, abaixo-assinadoE) Nova Iorque, Deus

48. (FMU-FIAM-SP) Indique a alternativa em que só aparecem substantivos abstratos.

A) tempo, angústia, saudade, ausência, esperança, imagem.B) angústia, sorriso, luz, esperança, ausência, inimizade C) inimigo, luto, luz, esperança, espaço, tempoD) angústia, saudade, ausência, esperança, inimizadeE) espaço, olhos, luz, lábios, ausência, esperança, angústia

49. (ITA-SP) Dadas as sentenças:1. Ele não chegou a falar com a presidenta.2. Ele sofreu um entorse grave.3. A tracoma é uma doença contagiosa.

Deduzimos que:A) apenas a 1 está corretaB) apenas a 2 está corretaC) apenas a 3 está corretaD) todas estão corretasE) n.d.a.

50. (UM-SP) Numere a segunda coluna de acordo com o significado das expressões da primeira coluna e assinale a alternativa que contém os algarismos na seqüência correta.

(1) o óleo santo ( ) a moral(2) a relva ( ) a crisma(3) um sacramento ( ) o moral(4) a ética ( ) o crisma(5) a unidade de massa ( ) a grama(6) o ânimo ( ) o grama

A) 6, 1, 4, 3, 5, 2B) 6, 3, 4, 1, 2, 5C) 4, 1, 6, 3, 5, 2

D) 4, 3, 6, 1, 2, 5E) 6, 1, 4, 3, 2, 5

51. (UM-SP) Assinale a alternativa em que há um substantivo cuja mudança de gênero não altera o significado.

A) cabeça, cisma, capitalB) águia, rádio, crismaC) cura, grama, cismaD) lama, coral, moralE) agente, praça, lama

52. (F. Santo André-SP) Dentre as frases abaixo, escolha aquela em que há, de fato, flexão de grau para o substantivo.

A) O advogado deu-me seu cartão.B) Deparei-me com um portão, imenso e suntuoso.C) Moravam num casebre, à beira do rio.D) A abelha, ao picar a vítima, perde seu ferrão.E) A professora distribuiu as cartilhas a todos os alunos.

53. (UNIMEP-SP) O plural de fogãozinho e cidadão é:

A) fogãozinhos, cidadãosB) fogãosinhos, cidadãosC) fogõezinhos, cidadãosD) fogõezinhos, cidadõesE) fogõeszinhos, cidadões

54. (UEL-PR) Viam-se (*) junto aos (*) do jardim. A) papelsinhos, meios-fioB) papeizinhos, meios-fiosC) papeisinhos, meio-fiosD) papelzinhos, meio-fiosE) papeizinhos, meio-fios

55. (PUC-SP) Indique a alternativa correta no que se refere ao plural dos substantivos compostos casa-grande, flor-de-cuba, arco-íris e beija-flor.

A) casa-grandes, flor-de-cubas, os arco-íris, beijas-florB) casas-grandes, flores-de-cuba, os arcos-íris, beijas-floresC) casas-grande, as flor-de-cubas, arcos-íris, os beija-florD) casas-grande, flores-de-cubas, arcos-íris, beijas-floresE) casas-grandes, flores-de-cuba, os arco-íris, beija-flores

56. (UM-SP) Indique o período que não contém um substantivo no grau diminutivo.

A) Todas as moléculas foram conservadas com as propriedades particulares, independentemente da atuação do cientista.B) O ar senhoril daquele homúnculo transformou-o no centro de atenções na tumultuada assembléia.C) Através da vitrine da loja, a pequena observava curiosamente os objetos decorados expostos à venda, por preço bem baratinho. D) De momento a momento, surgiam curiosas sombras e vultos apressados na silenciosa viela.E) Enquanto distraía as crianças, a professora tocava flautim, improvisando cantigas alegres e suaves.

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Português

57. (UM-SP) Assinale a alternativa em que a flexão do substantivo composto está errada.

A) pés-de-chumbo D) públicas-formasB) os pisca-pisca E) os vaivénsC) cavalos-vapor

58. (UFF-RJ) Numa das frases seguintes, há uma flexão de plural totalmente errada. Assinale-a.

A) Os escrivães serão beneficiados pela lei. B) A história mais legal é a dos anõezinhos.C) Faltam os hífens nesta relação de palavras.D) Fulano e Beltrano são dois grandes caráteres.E) Os répteis são animais ovíparos.

59. (UFU-MG) Dentre os plurais de nomes compostos aqui relacionados, há um que está errado. Qual?

A) escolas-modelo B) quebra-nozesC) chefes-de-sessões D) guardas-noturnosE) redatores-chefes

60. (UM-SP) Numa das opções, uma das palavras apresenta erro de flexão. Indique-a

A) mãos-de-obra, obras-primasB) guardas-civis, afro-brasileirosC) salvos-condutos, papéis-moedaD) portas-bandeira, mapas-múndiE) salários-família, vice-diretores

61. (ACAFE-SC) A alternativa em que o plural dos nomes compostos está empregado corretamente é:

A) pé-de-moleques, beija-flores, obras-primas, navios-escolasB) pés-de-moleque, beija-flores, obras-primas, navios-escolasC) pé-de-moleque, beija-flores, obras-primas, navios-escolaD) pé-de-moleques, beija-flores, obras-primas, navios-escolaE) pés-de-moleques, beija-flores, obras-prima, navios-escolas

62. (UFV-MG) Assinale a alternativa em que há erro na flexão de número.

A) as águas-marinhas, as públicas-formas, os acórdãosB) abajures, caracteres, os ônusC) auto-serviços, alto-falantes, lilasesD) capitães-mor, sabiás-pirangas, autos-de-féE) guardas-floretais, malmequeres, Ave-marias

63. (PUC-SP) No trecho “... o homem não fala simplesmente uma língua, não a usa, como mero instrumento de comunicação...”, o termo sublinhado é um:

A) substantivo e significa “simples”B) advérbio e significa “genuíno”C) adjetivo e significa “quase”D) advérbio e significa “estreme”E) adjetivo e significa “puro”

64. (PUCC-SP) O desagradável da questão era vê-lo de mau humor depois da troca de turno. Na frase acima, as palavras destacadas comportam-se, respectivamente, como:

A) substantivo, adjetivo, substantivo

B) adjetivo, advérbio, verboC) substantivo, adjetivo, verboD) substantivo, advérbio, substantivoE) adjetivo, adjetivo, verbo

65. (UNIMEP-SP) Em algumas gramáticas, o adjetivo vem definindo como sendo “a palavra que modifica o substantivo”. Assinale a alternativa em que o adjetivo destacado contraria a definição.

A) Li um livro lindo.B) Beber água é saudável.C) Cerveja gelada é saudável.D) Gente fina é outra coisa.E) Ele parece uma pessoa simpática.

66. (UM-SP) Assinale a alternativa em que ambos os adjetivos não se flexionam em gênero.

A) elemento motor, tratamento médico-dentárioB) esforço vão, passeio matinalC) juiz arrogante, sentimento fraternoD) cientista hindu, homem célebreE) costume andaluz, manual lúdico-instrutivo 67. Assinale a alternativa incorreta quanto ao

campo referencial das locuções adjetivas. A) exageros da paixão (passionais)B) atitudes de criança (pueris)C) soro contra veneno de serpente (antiofídico) D) água da chuva (fluvial)E) alma de fora (exterior)

68. Marque a alternativa correta quanto ao significado das locuções adjetivas destacadas.

A) imagem do espelho (óptica)B) parede de vidro (vitral)C) imposição da lei (legislativa)D) programa da tarde (tardino)E) representante dos alunos (discente)

69. (ITA-SP) O plural de terno azul-claro, terno verde-mar é, respectivamente:

A) ternos azuis-claros, ternos verdes-maresB) ternos azuis-claros, ternos verde-maresC) ternos azul-claro, ternos verde-marD) ternos azul-claros, ternos verde-marE) ternos azuis-claro, ternos verde-mar

70. (UFJF-MG) Marque: A) se I e II forem verdadeirasB) se I e III forem verdadeirasC) se II e III forem verdadeirasD) se todas forem verdadeirasE) se todas forem falsas

“... eu não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor...”I. No primeiro caso, autor é substantivo; defunto é adjetivo.II. No segundo caso, defunto é substantivo; autor é adjetivoIII. Em ambos os casos, tem-se um substantivo composto.

71. (CESGRANRIO-RJ) Assinale a alternativa em que o termo cego(s) é um adjetivo.

A) “Os cegos, habitantes de um mundo esquemático,

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Português

sabem aonde ir...”B) “O cego de Ipanema representava naquele momento todas as alegorias da noite escura da alma...”C) “Todos os cálculos do cego se desfaziam na turbulência do álcool.”D) “Naquele instante era só um pobre cego.”E) “... da terra que é um globo cego girando no caos.”

72. (Uni-Rio-RJ) Assinale o item em que houve erro na flexão do nome composto.

A) As touceiras verde-amarelas enfeitavam a campina.B) Os guarda-roupas são de boa madeira.C) Na fazenda, havia muitos tatus-bola.D) No jogo de contra-ataques, vence a melhor equipe.E) Os livros iberos-italiano são de fácil importação.

73. Assinale a alternativa incorreta quanto ao plural dos adjetivos.

A) conflitos sino-russo-americanosB) operações médico-cirúrgicasC) camisas laranjasD) gravatas verde-olivaE) blusas gelo

74. Assinale a alternativa correta no que concerne à flexão de número dos adjetivos.

A) caracóis marítimos-fluviaisB) obras-prima política-literáriasC) calças azuis-marinhasD) blusas amarelo-douradasE) coronéis luso-turcos-brasileiros

75. (ITA-SP) Os superlativos absolutos sintéticos de comum, soberbo, fiel, miúdo são, respectivamente,:

A) comuníssimo, super, fielíssimo, minúsculoB) comuníssimo, sobérrimo, fidelíssimo, minúsculoC) comuníssimo, superbíssimo, fidelíssimo, minutíssimoD) comunérrimo, sobérrimo, fidelíssimo, miudérrimoE) comunérrimo, sobérrimo, fielíssimo, minutíssimo

76. (FSJT-SP) Leia as orações abaixo: I. Ele é grande e inteligente: mais grande do que inteligente.II. Ele é bom e trabalhador: mais bom do que trabalhador. III. As minhas lembranças são mais boas do que as suas.

Quanto ao grau dos adjetivos, percebe-se que:A) nenhuma oração está correta.B) apenas a oração I está correta.C) apenas a oração II está correta.D) apenas a oração III está correta.E) as orações I e II estão corretas.

77. (FATEC-SP) Indique a alternativa em que não é atribuída a idéia de superlativo ao adjetivo.

A) É uma idéia agradabilíssima.B) Era um rapaz alto, alto, alto.C) Saí de lá hipersatisfeito.D) Almocei tremendamente bem.E) É uma moça assustadoramente alta.

78. (FEBA-SP) “Os homens são os melhores

fregueses” – os melhores encontram-se no grau:

A) comparativo de superioridadeB) superlativo relativo de superioridadeC) superlativo absolutoD) superlativo absoluto analítico de superioridade.E) comparativo de inferioridade

79. (NCE-RJ /CGJ-RJ) Relação EQUIVOCADA entre adjetivo/substantivo é:

A) normativos / norma; B) eficazes – eficácia; C) conjunturais – conjectura; D) tradicionais – tradição; E) sistêmico – sistema.

80. (NCE-RJ /UFRJ) 15 - No vocábulo “luso-brasileiro”, o primeiro adjetivo, forma abreviada de “lusitano”, só NÃO pode ser correspondentemente substituído por:

A) anglo;B) franco;C) ítalo;D) ibero;E) espanhol.

81. (UPE – BOMBEIRO MILITAR) Na narrativa a seguir, observe os termos destacados e depois assinale a alternativa correta em relação à sua flexão de número.

A) “Parte do destacamento foi designada, de última hora, para fazer a segurança de algumas manifestação-relâmpagos na cidade.” B) “Antes de iniciar uma das manifestações, mulheres vestindo blusas vinho se concentraram diante do palanque. E começaram a protestar. Mostravam uma faixa onde se lia: ‘Fora! As medidas sócio-econômico-culturais do administra-dor Ataliba’.” C) “E gritavam. As pessoas se aglomeravam em torno delas. A desordem tomou conta da praça. Soldados, vestindo fardas verde-abacates, começaram a agir.” D) “No meio da confusão, estavam alguns surdos-mudo que procuravam entender o que estava acontecendo. Eles acenavam bandeirolas azuis-piscina.” E) ”Para completar o quadro, as mulheres distribuíram fitas amarelas-ouro onde se podiam ver pequenas charges sobre o administrador.”

82. (NCE-RJ / UFRJ) A frase cuja forma está INADEQUADA é:

A) O presente, eu o comprei;B) Os doentes, nós os visitamos;C) Aos doentes, nós lhes presenteamos;D) O menino, eu lhe conheço;E) As meninas, eles as admiram.

83. (UPE – BOMBEIRO MILITAR) Assinale a única alternativa em que o pronome de tratamento e sua respectiva abreviatura estão adequada-mente usados.

A) Vossas Majestades (V.MM.) devem olhar com mais atenção seus súditos. Vossa Excelência (V. Ex.) está convocado para a reunião. B) Vossa Eminência (V. Em.) está cotado para substituir o papa. Vossa Majestade (V. Maj.) amanheceu feliz.

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Português

C) Vossa Meritíssima (V.M.) deve ser muito feliz. Vossa Alteza (V.Alt.) teve um pensamento feliz. D) Sua Santidade (S.Sant.) João Paulo II está muito debilitado. Sua Magnificência (S. Mag.) deverá viajar amanhã. E) Sua Eminência (S. Emª) foi chamado a Roma. Sua Alteza (S. A.) nomeou seus secretários.

84. (ACAFE-SC) Assinale a alternativa em que a palavra destacada exerce a função de pronome adjetivo.

A) Partiu sem ao menos dizer-me adeus.B) Poderíamos reconhecê-lo com um dos nossos mártires.C) Aquela não foi uma obra de arte, mas esta será?D) Leio muito, porém não o que me desagrada.E) Sempre serei assim, mesmo que não me aceites.

85. (UNIMEP – SP) “Este é um assunto entre ... . Não tem nada a ver ... . “ Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas.

A) eu e ele, contigoB) eu e ele, consigoC) mim e ele, com vocêD) mim e ele, consigoE) mim e ti, consigo

86. (UEL-PR) Foram divididos ... próprios os trabalhos que ... em equipe.

A) conosco, se devem realizarB) com nós, devem-se realizarC) conosco, devem realizar-seD) com nós, se devem realizarE) conosco, devem-se realizar

87. (UEL-PR) Para ... poder terminar a arrumação da sala, guardem ... material em outro lugar até que eu volte a falar ..., dizendo que já podem entrar.

A) eu, seu, com vocêsB) eu, vosso, convoscoC) eu, vosso, consigoD) mim, seu, com vocêsE) mim, vosso, consigo

88. (UFV – MG) Das alternativas abaixo, apenas uma preenche de modo correto as lacunas das frases. Assinale-a.

Quando saíres, avisa-nos que iremos... . Meu pai deu um livro para ... ler.Não se ponha entre ... e ela.Mandou um recado para você e ... .

A) contigo, eu, eu, euB) com você, mim, mim, mimC) consigo, mim, mim, euD) consigo, eu, mim, mimE) contigo, eu, mim, mim

89. (UNIMEP-SP) “Eu não... vi na festa do clube ontem. Os diretores não ... convidaram? Não ... disseram que era ontem? Eu ... avisei de que não podia confiar neles!”

A) o, o, o, oB) o, lhe, lhe, oC) o, o, lhe, oD) lhe, lhe, lhe, lheE) lhe, lhe, o, o

90. (UNIMEP-SP) “Os dados que … enviei são confidenciais. Chame seu secretário e instrua- ... a não falar nada. Peça- ... que destrua as folhas o mais rápido possível. Vejo- ... amanhã no escritório.” A alternativa que preenche corretamente as lacunas é:

A) o, o, lhe, lheB) o, o, lhe, oC) lhe, lhe, lhe, oD) lhe, o, lhe, lheE) lhe, o, lhe, o

91. I. Demos a ele todas as oportunidades. II. Fizemos o trabalho como você orientou. III. Acharam os livros muito interessantes.

Substituindo as palavras destacadas por um pronome oblíquo, temos: A) I. Demos-lhe; II. Fizemo-lo; III. Acharam-losB) I. Demos-lhe; II. Fizemos-lo; III. Acharam-osC) I. Demos-lhe; II. Fizemo-lo; III. Acharam-nosD) I. Demo-lhe; II. Fizemos-o; III. Acharam-nos E) I. Demo-lhe; II. Fizemo-lhe; III. Acharam-nos

92. (UNIMEP-SP) I. Coloquem os móveis no lugar.II. Enviamos cartas a vocês.III. Refez a lição que estava errada? Substituindo as palavras destacadas por prono-mes, teremos:A) I. Coloquem-nos; II. Enviamos-lhes; III. Refê-laB) I. Coloquem-nos; II. Enviamo-lhes; III. Refê-laC) I. Coloquem-os; II. Enviamo-las; III. Refez-lheD) I. Coloquem-os; II. Enviamos-lhes; III. Refi-laE) I. Coloque-os; II. Enviamo-los; III. Refez-lhe

93. (PUC – SP) Nos trechos:“... aquelas cores todas não existem na pena do pavão...”“ ...este é o luxo do grande artista,...” e“Ele me cobre de glórias...”

Sob o ponto de vista morfológico, as palavras destacadas são, respectivamente:A) pronome demonstrativo, pronome demonstrativo, pronome pessoalB) pronome indefinido, pronome indefinido e pronome pessoalC) pronome demonstrativo, pronome demonstrativo e pronome relativoD) pronome indefinido, pronome demonstrativo, pronome relativoE) pronome relativo, pronome demonstrativo e pronome possessivo

94. (UFRRJ) “Há quem pense que as empresas jornalísticas, ao promover o uso de jornais na educação, o fazem unicamente com o objetivo de criar o leitor do futuro.”

Em relação ao termo destacado, a classificação e a justificativa de seu uso são as seguintes:

A) artigo definido, pois determina um substantivo subentendido na oração.B) pronome demonstrativo, pois substitui a idéia expressa pela oração anterior.

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Português

C) pronome pessoal, pois substitui um substantivo subentendido na oração anterior.D) pronome demonstrativo, pois situa cronolo-gicamente a ação do verbo fazer.E) artigo definido, pois substantiva o verbo fazer, determinando-o.

95. (PUC-SP) No trecho: “O presidente não recebeu ninguém, não havia nenhuma fotografia sorridente dele, nenhuma frase imortal, nada que fosse supimpa”, tem-se:

A) quatro pronomes adjetivos indefinidosB) dois pronomes adjetivos indefinidos e dois pronomes substantivos indefinidosC) um pronome substantivo indefinido e três pronomes adjetivos indefinidos D) quatro pronomes substantivos indefinidosE) um pronome adjetivo indefinido e três pronomes substantivos indefinidos96. (FUVEST - SP) Conheci que (1) Madalena era

boa em demasia... A culpa foi desta vida agreste que (2) me deu uma alma agreste. Procuro recordar o que (3) dizíamos. Terá realmente piado a coruja? Será a mesma que (4) piava há dois anos? Esqueço que (5) eles me deixaram e que (6) esta casa está quase deserta.

Nas frases acima, o que aparece seis vezes; em três delas é pronome relativo. Quais?

A) 1-2-4 B) 2-4-6C) 3-4-5 D) 2-3-4E) 2-3-5

97. (UNIMEP-SP) I. Esta é Cláudia. II.Eu posso contar com a compreensão de Cláudia.

Se juntarmos as duas orações num só período, usando um pronome relativo, teremos:A) Esta é Cláudia, com quem eu posso contar com a compreensão dela.B) Esta é Cláudia, que eu posso contar com a compreensão dela.C) Esta é Cláudia, a qual eu posso contar com sua compreensão.D) Esta é Cláudia, com cuja compreensão eu posso contar.E) Esta é Cláudia, cuja compreensão eu posso contar.

98. (UNIMEP-SP) “A exposição ... inauguração assisti mostrou os lindos quadros ... me referi na nossa conversa outro dia. Amanhã, haverá um leilão na mesma sala ... estão expostos.” A alternativa que preenche corretamente as lacunas é:

A) a cuja, aos quais, em queB) a cuja, os quais, na qualC) cuja, a que, em queD) a qual, aos quais, na qualE) à qual, que, que

99. (FUVEST/GV-SP) Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas. Tomo a liberdade de levar ao conhecimento de V. Exa. que os ... que ... foram encaminhados defendem causa justa e ficam a depender tão-somente de ... decisão para que sejam

atendidos. A) abaixos-assinados, lhe, suaB) abaixos-assinados, vos, vossaC) abaixo-assinados, lhe, suaD) abaixo-assinados, vos, vossaE) abaixo-assinados, lhe, vossa

100. (FUVEST-SP) “Quanto a mim, se vos disser que li o bilhete três ou quatro vezes, naquele dia, acreditai-o, que é verdade; se vos disser mais que o reli no dia seguinte, antes e depois do almoço, podeis crê-lo, é a realidade pura. Mas se vos disser a comoção que tive, duvidai um pouco da asserção, e não a aceiteis sem provas.” Mudando o tratamento para a terceira pessoa do plural, as expressões destacadas passam a ser:

A) lhes disserem; acreditem-lo; podem crê-lo; duvidam; não a aceitem.B) lhe disser; acreditem-no; podem crer-lhe; duvidam; não a aceitam.C) lhes disser; acreditem-no; podem crê-lo; duvidem; não a aceitem. D) lhe disserem; acreditam-no; possam crê-lo; duvidassem; não a aceiteis.E) lhes disser; acreditem-o; podem crê-lo; duvidem; não lhe aceitem.

101. (UEL-PR) O suspeito do seqüestro falava de forma evasiva, sem encarar os policiais, negando o seu envolvimento com o caso e dizendo desconhecer o local onde se acha-riam a vítima e o dinheiro do resgate.

As palavras destacadas na frase são, respectivamente:

A) pronome substantivo, advérbio de lugar, pronome reflexivoB) pronome adjetivo, pronome relativo, pronome apassivadorC) pronome substantivo, advérbio de lugar, pronome apassivadorD) pronome adjetivo, pronome relativo, pronome reflexivoE) pronome adjetivo, advérbio de lugar, pronome apassivador

102. (UFMG) Em todas as alternativas, a expressão destacada pode ser substituída pelo pronome lhe, exceto em:

A) Tu dirás a Cecília que Peri partiu. B) Cecília viu perto a Isabel.C) O tiro fora destinado a Peri pelos selvagens.D) Cecília recomendou a Peri que estivesse quieto.E) Peri prometeu a D. Antônio levar-te à irmã.

103. (ITA-SP) Dadas as sentenças:

1. Ela comprou um livro para mim ler.2. Nada há entre mim e ti.3. Alvimar, gostaria de falar consigo.

Verificamos que está (ão) correta(s):A) apenas a sentença 1B) apenas a sentença 2C) apenas a sentença 3D) apenas as sentenças 1 e 2E) todas as sentenças

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Português

104. (FCMSCSP) A carta vinha endereçada para ... e para ... ; ... é que a abri.

A) mim, tu, por isso B) mim, ti, porissoC) mim, ti, por isso D) eu, ti, porissoE) eu, tu, por isso

105. (FCMSC-SP) São excelentes técnicos, ... colaboração não podemos prescindir.

A) cuja B) de cujaC) que a D) de que aE) dos quais a

106. (FCMSC-SP) Por favor, passe … a caneta que está aí perto de você; ... aqui não serve para ... desenhar.

A) aquela, esta, mim B) esta, esta, mimC) essa, esta, eu D) essa, essa, mimE) aquela, essa, eu107. (FUVEST-SP)Eu ... desconheço.Roubaram-... o carro.Os carros? Roubaram-... . Não ... era permitido ficar na sala.Obrigaram- ... a sair daqui.

A) o, lhe, nos, lhe, nosB) lhe, o, o, o, noC) o, os, lhe, lhe, lheD) lhe, lhe, lhe, se, osE) o, o, os, lhe, no

108. (FUVEST-SP) Destaque a frase em que o pronome relativo está empregado corretamente.

A) É um cidadão em cuja honestidade se pode confiar.B) Feliz o pai cuja as filhas são ajuizadas.C) Comprou uma casa maravilhosa, cuja casa lhe custou uma fortuna.D) Preciso de um pincel delicado, sem o cujo não poderei terminar meu quadro.E) Os jovens, cujos pais conversam com eles, prometeram mudar de atitude.

109. (ITA-SP) Dadas as sentenças: 1. Confesso que fiquei fora de si quando recebi o telefonema.2. O nome do sinal em forma de estrela (*) é asterisco. 3. Ela é uma pessoa bastante arvoada.

Deduzimos que:A) Apenas a sentença 1 está correta B) Apenas a sentença 2 está corretaC) Apenas a sentença 3 está corretaD) todas estão corretasE) n.d.a

110. (FUVEST-SP) Considere a validade das afirmações sobre o enunciado “cartas que não se escrevem”.

I. O termo que retoma o seu antecedente, introduzindo uma oração que tem o valor de um modificador desse mesmo antecedente.II. O termo que é agente e paciente do processo expresso pelo verbo escrever.III. O enunciado não determina qual é o agente do

processo expresso pelo verbo escrever.

A) Apenas a afirmação I está correta.B) Apenas a afirmação II está correta.C) Apenas a afirmação II e III estão corretas.D) Apenas a afirmação I e III estão corretas.E) Todas as três afirmações estão corretas.

111. (UPE – Policial Militar) A colocação pronominal é o modo de dispor o pronome pessoal oblíquo em relação ao verbo existente na oração. Sobre isso, indique a alternativa que contém o pronome pessoal oblíquo enclítico ao verbo.

A) “E a vida se despedia daquele corpo...” B) “Os policiais espancaram-lhe o rosto.” C) “Aos curiosos, caber-lhes-iam poucos comentá-rios.” D) “Me perdoe, por favor. Juro que sou inocente – suplicava o réu durante todo o julgamento.” E) “Todo o júri se manteve silencioso e atento às palavras do réu”.

112. (NCE-RJ / CGJ-RJ) “Temos oferecido...”; esse tempo verbal apresenta, no início do terceiro parágrafo, o seguinte valor:

A) um fato posterior ao momento em que se fala; B) um fato futuro em relação a um fato passado; C) um fato passado, visto como concluído; D) dá atualidade a fatos passados; E) fatos passados, repetidos no presente.

113. (NCE-RJ / UFRJ) Uma faixa, colocada na entrada do Hospital do Fundão, traz a frase: “Doe sangue”; a frase deve ser vista como um(a):

A) ordem; B) conselho;C) aviso; D) informação;E) pedido.

114. (NCE-RJ / UFRJ) A manchete principal do jornal O Dia, de 12 de agosto de 2004, era a seguinte: UNIÃO PAGA AMANHÃ ATRASADOS DE SERVIDOR. Se esta mesma notícia fosse dada pelo jornal no dia 15 de agosto, sua forma adequada seria:

A) União pagou anteontem atrasados de servidor;B) União pagou ontem atrasados de servidor;C) União pagará depois de amanhã atrasados de servidor;D) União paga ontem atrasados de servidor;E) União pagou na véspera atrasados de servidor.

115. (NCE-RJ / Eletrobrás) A forma verbal “sento-me”, se colocada no plural, conservando-se a mesma pessoa e tempo verbal, tem como forma adequada:

A) sentamo-nos; B) sentemos-nos; C) sentemo-nos; D) sentamos-nos; E) sentimo-nos.

116. (NCE-RJ / INCRA) “Ao acordar pela manhã e olhar o relógio”; em frases semelhantes, se substituirmos a preposição A, do início do período pela conjunção QUANDO, a forma verbal ERRADA que está entre as frases abaixo é:

A) Quando despertar pela manhã e observar o relógio;

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Português

B) Quando levantar pela manhã e contemplar o relógio;C) Quando acordar pela manhã e ver o relógio;D) Quando despertar pela manhã e mirar o relógio;E) Quando levantar pela manhã e fitar o relógio.

117. (NCE-RJ / ANTT) “onde havia estado anteriormente e morara algum tempo”; se quiséssemos substituir a primeira forma verbal sublinhada a fim de que tivesse a mesma forma simples da segunda, deveríamos escrever:

A) estava;B) estaria;C) esteve;D) estivera;E) tinha estado.118. (ESALq-SP) Considerando os verbos dês-

tacados nas frases abaixo, relacione a coluna da esquerda com a da direita. Depois marque a seqüência numérica que corresponde ‘a resposta certa.

( ) Ser livre – como diria o famoso conselheiro – é não ser escravo.( ) Somos, pois, criaturas nutridas de liberdade.( ) Diz-se que o homem nasceu livre.( ) Diz-se que renunciar à liberdade é renunciar à própria condição humana.( ) Os papagaios vão pelos ares até onde os meninos de outrora não acreditavam que se pudesse chegar com um fio de linha.( ) Os loucos que sonharam sair de seus pavilhões usando a fórmula do incêndio para chegarem à liberdade, morreram.

(1) infinitivo impessoal(2) presente do indicativo(3) infinito pessoal(4) futuro do pretérito do indicativo(5) imperfeito do subjuntivo(6) pretérito perfeito do indicativo

A) 5-6-2-4-1-3B) 4-5-2-6-3-1C) 6-2-4-1-3-5D) 4-2-6-1-5-3E) 3-6-5-2-1-4

119. Em qual das alternativas todos os verbos estão em tempos do pretérito?

A) Chamei-lhe a atenção porque teria observado de perto seu progresso.B) Lembra-me de o ver erguer-se assustado e tonto.C) Meu pai respondia a todos os presentes que eu seria o que Deus quisesse.D) Concordei que assim era, mas aleguei que a velhice estava agora no domínio da compensação.E) Se advertirmos constantemente esta moça, perderemos uma excelente profissional.

120. (PUCSP) Em relação aos trechos:A questão era conseguir o Engenho Vertente...e Ele tinha os seus planos na cabeça. Via as usinas de Pernambuco crescendo de capacidade...

Se substituirmos os verbos destacados pelo

futuro do pretérito do indicativo, teremos:A) fora, tivera, vira. B) seria, teria, veria.C) seria, teria, viria. D) fora, teria, veria.E) será, terá, verá.

121. (UNIMEP-SP) “Assim eu quereria a minha última crônica: que fosse pura como esse sorriso.” (Fernando Sabino)

Assinale a série em que estão devidamente classificadas as formas verbais em destaque.

A) futuro do pretérito, imperfeito do subjuntivoB) futuro do pretérito, presente do subjuntivoC) pretérito mais-que-perfeito, pretérito imperfeito do subjuntivoD) pretérito mais-que-perfeito, presente do subjuntivoE) pretérito perfeito, futuro do pretérito122. (Univ. Alfenas-MG) Assinale a alternativa

que contém a forma correta dos verbos medir, valer, caber e datilografar, na primeira pessoa do singular do presente do indicativo, pela ordem.

A) meço, valo, cabo, datilógrafoB) merço, valho, caibo, datilógrafoC) mido, valo, caibo, datilógrafoD) mido, valho, caibo, datilografoE) meço, valho, caibo, datilografo

123. (PUCSP) Nos trechos:Vejam, continuou ele, como não dá.e Cante esta, convidou o major.

Alterando-se o sujeito dos verbos destacados para tu e depois para vós, teremos, respectivamente:A) vê – canta vede – cantai B) vejas – cantes vejais – cantais C) vês – cantas vedes – cantais D) veja – cante vejai – cantei E) vês – cantas vede – cantai

124. (FUVEST-SP) “ (*) em ti, mas nem sempre (*) dos outros.”

A) creias, duvidesB) crê, duvidasC) creias, duvidasD) creia, duvideE) crê, duvides

125. (UCS-RJ) “Não (*) os dons que recebeste; (*) sempre que a felicidade se (*) aos poucos.”

A) esquece, lembre, constrói B) esqueça, lembra, constróiC) esqueça, lembre, constróiD) esqueças, lembra, constróiE) esqueças, lembre, constrói

126. (Fac. Santo André-SP) Dentre as frases abaixo, assinale a que apresentar erro na flexão dos verbos.

A) Ele não creu em nenhuma das histórias contadas por nós.

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Português

B) Quando eu vir seu pai, avisá-lo-ei sobre a dívida.C) Será muito melhor para todos, se você manter a calma.D) Eles intervieram em nossa disputa, depois de um tempo.E) Assim que puserdes a roupa no armário, poderemos sair.

127. (Univ. Alfenas-MG) Assinale a alternativa em que o verbo está conjugado de forma correta na norma culta.

A) O juiz não interviu no resultado do jogo.B) Só um jogador manteu a calma na confusão.C) Quando seu pai ver seu boletim, vai ficar alegre.D) Eu requeri transferência para outra escola. E) Quando ela vir de São Paulo e ver você, vai gostar.

128. (NCE-RJ /Eletrobrás) “E tantas vezes vim aqui...”; a frase abaixo que apresenta uma forma INADEQUADA do verbo VIR é:

A) Hoje vimos aqui para visitar a velha casa; B) Amanhã virão outros a visitar a mesma casa antiga; C) Quando virem outros, a casa não será a mesma; D) Antigamente vinha muito a esta casa; E) Eles não têm vindo a esta casa.

129. (FUVEST-SP) Preencha os claros da frase transformada com as formas adequadas dos verbos assinalados na frase original.

Original:Para você vir à cidade Universitária é preciso virar à direita ao ver a ponte da Alvarenga.Transformada:Para tu * à Cidade Universitária é preciso que * à direita quando * a ponte da Alvarenga.

A) vir – vire – ver B) vires – vires – viresC) vires – vires – veresD) venhas – vires – vejasE) vir – virar – ver

130. (Univ. Alfenas-MG) Mesmo que nós (*), não conseguiríamos que eles (*) os papéis que os chefes (*) em segredo.

A) interviéssemos, requeressem, mantêmB) intervíssemos, requeressem, mantémC) interviéssemos, requisessem, mantêmD) intervíssemos, requisessem, mantémE) interviéssemos, requeressem, mantêem

131. (PUCC-SP) Assinale a alternativa em que os verbos estejam correta e adequadamente empregados.

A) Quando você o vir, dize-lhe que já demos nossa contribuição, para que sirvamos de exemplo a todos.B) Quando você o ver, diz-lhe que já demos nossa contribuição, para que sirvamos de exemplo a todos.C) Quando você o ver, diga-lhe que já demos nossa contribuição, para que sirvamos de exemplo a todos.D) Quando você o vir, diga-lhe que já demos nossa contribuição, para que sirvamos de exemplo a todos. E) Quando você o vir, diz-lhe que já demos nossa contribuição, para que sirvamos de exemplo a todos.

132. (PUCC-SP) Assinale a alternativa em que

os verbos estão correta e adequadamente empregados.

A) Quero que vocês tentam novamente e progridam nesses estudos, para que comprovamos a validade dessa nova teoria.B) Se supormos que eles desistem do empre-endimento na hora da decisão final, talvez devemos providenciar outros profissionais que estejam realmente interessados.C) Será que existem cientistas que retêm o segredo que fará com que, numa bela manhã, acordamos sem a ameaça da guerra atômica?D) Quando ele proporem o acordo que tanto aguardamos, é necessário que nos comprometemos a cumprir nossa parte.E) Para que possamos discutir tudo com calma, pretendo vir às cinco horas, a não ser que não dê para sair em tempo e tenha de deixar nosso encontro para mais tarde.

133. (PUC-SP) Conjugue os verbos conforme se pede nos parênteses e assinale a alternativa que preencha, pela ordem, corretamente as lacunas abaixo.

1. Todos (*) sangue no ar. (verbo ver – presente do indicativo)2. Quando você (*) um desastre como este, ficará aterrorizado. (verbo ver – futuro do subjuntivo)3. As moças, adormecidas na cabine, (*) dormindo. (verbo vir – presente do indicativo)4. Quando você (*) aqui, ainda encontrará marcas do desastre. (verbo vir – futuro do subjuntivo)

A) vêem, ver, vêm, vierB) vêem, vir, vêm, vierC) vêm, ver, vem, virD) vêem, vir, vêm, virE) vêm, ver, virão, vir

134. (UNIMEP-SP) Alguns verbos apresentam irregularidades no radical da 1ª pessoa do singular do indicativo do presente. A alternativa que contém as formas verbais corretas é:

A) requeiro (requerer), ouço (ouvir), valho (valer)B) digo (dizer), medo (medir), trago (trazer)C) meço (medir), digo (dizer), perdo (perder) D) caibo (caber), perco (perder), requero (requerer) E) posso (poder), cabo (caber), valo (valer)

135. (UNIMEP-SP) Quando você o (*), (*)-lhe que eu já (*) os livros que haviam me roubado.

A alternativa que preenche corretamente as lacunas é:

A) vir, diga, reouveB) vir, diz, reouveC) ver, diga, reaviD) ver, diz, reouveE) ver, dize, reavi

136. (UEL-PR) Requeiro a dispensa de taxa concedida aos que (*), como eu, os bens que (*).

A) reouveram, pleiteiaramB) reaveram, pleiteiaramC) rehouveram, pleiteiaramD) reouveram, pleitearam

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Português

E) rehaveram, pleitearam

137. (UEL-PR) Ainda que vários fatores (*) a seu favor, estava claro que ele não (*) as conseqüências que (*) de seu impensado gesto.

A) intervissem, previra, adveriamB) interviessem, prevera, adviriamC) intervissem, prevera, adviriamD) intervissem, prevera, adveriamE) interviessem, previra, adviriam

138. (UEL-PR) Os ouvintes (*)-se de opinar, temendo que se (*) as criticas e os ânimos não se (*).

A) absteram, mantivessem, refazessemB) absteram, mantessem, refizessemC) abstiveram, mantivessem, refizessemD) absteram, mantessem, refazessemE) abstiveram, mantivessem, refazessem

139. (FUVEST-SP) Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas:

Não (*) cerimônia, (*) que a casa é (*), e (*) à vontade.

A) faças, entre, tua, fique B) faça, entre, sua, fiqueC) faças, entra, sua, fica D) faz, entra, tua, ficaE) faça, entra, tua, fique

140. (FATEC-SP) Aponte o emprego errado do verbo destacado.

A) Se a resposta condissesse com a pergunta...B) Poucos reaveram o que arriscaram em jogos.C) Não que não antepuséssemos alguém a você.D) Não tenha dúvida, refaremos tantas vezes quantas forem necessárias.E) Se não nos virmos mais... tenha boas férias.

141. (CESGRANRIO-RJ) Assinale o período em que aparece uma forma verbal incorretamente empregada com relação à norma culta da língua.

A) Se o compadre trouxesse a rabeca, a gente do oficio ficaria exultante.B) Quando verem o Leonardo, ficarão surpresos com os trajes que usava.C) Leonardo propusera que se dançasse o minueto da corte.D) Se o Leonardo quiser, a festa terá ares aristocráticos.E) O Leonardo não interveio na decisão da escolha do padrinho do filho.

142. (COVEST – PE / UFPE-UFRPE) Indique a alternativa em que os verbos estão flexionados corretamente.

A) Que todos os povos se precavenham contra as possíveis ameaças aos ideais da democracia.B) Quem dispor de tempo, requera anulação das medidas que ferem seus direitos.C) Os ideais democráticos provêem a sociedade da força com que convém resistir às arbitrariedades. D) Se nós podéssemos, intervíamos nos destinos das políticas educacionais do país.E) As leis que contém vários incisos podem vim a sofrer algumas restrições.

143. (FCC) Não te (*) com essas mentiras que

(*) da ignorância. A) aborreces, provêem B) aborreça, provémC) aborreças, provêm D) aborreça, provêemE) aborreças, provém

144. (FUVEST-SP) Assinale a alternativa em que uma forma verbal foi empregada incorretamente.

A) O superior interveio na discussão serenamente. B) Se a testemunha depor favoravelmente, o réu será absolvido. C) Quando eu reouver o dinheiro, pagarei a dívida.D) Quando você vir Campinas, ficará extasiado.E) Ele trará o filho, se vier a São Paulo.145. (FCC / TRE–BA) Está correta a flexão de

todos os verbos da seguinte frase: A) Tudo o que advir de uma experiência esotérica sempre obterá, da parte dos cientistas, a atenção e o cuidado de uma verificação objetiva.B) Os profissionais da quiromancia ou da numero-logia não apreciam os consulentes que regateam na hora do pagar o que lhes é pedido.C)) Quando diz que um cientista se "inspira", o autor sugere que ele intui um caminho, que ele se provê de confiança para considerar uma hipótese objetiva.D) O esoterismo obstrue o caminho da ciência; a cada vez que manter os incautos distantes das práticas científicas, estará propagando o irracionalismo.E) É explicável que creamos em práticas esotéricas, pois elas nos fornecem imediatamente explicações mirabolantes para todos os mistérios.

146. (CESESP-PE) Assinale a alternativa que estiver incorreta quanto à flexão dos verbos.

A) Ele teria pena de mim se aqui viesse e visse o meu estado.B) Paulo não intervém em casos que requeiram profunda atenção.C) O que nós propomos a ti, sinceramente, convém-te.D) Se eles reouverem suas forças, obterão boas vitórias.E) Não se premiam os fracos que só obteram derrotas.

147. (COVEST – PE / UFPE-UFRPE) Os verbos que aparecem nos enunciados abaixo estão corretamente flexionados em:

A) As influências africanas manteram-se, principal-mente, em relação às palavras. Quem se propor a estudar as línguas faladas na América pode constatar isso.B) A ama negra interviu junto ao filho do senhor branco, abrandando-lhe a linguagem. Não pôde ser diferente, creiamos.C) Muitas palavras do português provieram do contacto com línguas estrangeiras. Os brasileiros nem sempre se precavêm diante de influências lingüísticas estrangeiras.D) Propusemo-nos a analisar a língua sem preconceitos e vimos que as influências estrangeiras são inevitáveis. Passeemos pelo seu vocabulário e creiamos nisso.E) Influências estrangeiras também norteam o destino das línguas. Assim crêem os estudiosos dos fatos que intervêem na história das línguas.

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Português

148. (FCC) Ele (*) que lhe (*) muitas dificul-dades, mas enfim (*) a verba para a pesquisa.

A) receara, opusessem, obteraB) receara, opusessem, obtiveraC) receiara, opossem, obtiveraD) receiara, opossem, obteraE) receara, opossem, obterá

149. (Fundação Lusíada) Assinale a alternativa que se encaixe no período seguinte: “Se você (*) e o seu irmão (*), quem sabe você (*) o dinheiro.”

A) requeresse, interviesse, reouvesse B) requisesse, intervisse, reavesseC) requeresse, intervisse, reavesseD) requeresse, interviesse, reavesseE) requisesse, intervisse, reouvesse

150. (UFMG) Em qual dos períodos abaixo há incorreção no uso de formas verbais, de acordo com as regras da gramática normativa?

A) Sugira o que lhe aprouver; só nos absteremos de lutar quando virmos que todos os recursos foram esgotados.B) Todos aqueles que vêem o espetáculo voltam novamente; só não vem quem não tem dinheiro.C) Detive-me à frente deles e intervi na discussão que já se estava tornando séria. D) Se dispuserem de algum tempo, entretenham-se a caminhar por aqueles bosques e satisfarão toda a sua nostalgia de infância.E) Se nos desfizéssemos de nossos poucos pertences, não teríamos como enfrentar os rigores do inverno.

151. (FUVEST-SP) “Ao trazer a discussão para o campo jurídico, o antigo magistrado tentou amenizar o que dissera; a rigor, no entanto, suscitou dúvidas cruéis: que quer dizer ‘por sua própria força’? Será a força física do posseiro, ou essa mais aquela que a ela se soma pelo emprego de armas?”

Observando no texto as formas verbais destacadas, é correto concluir que:A) tentou denota evento contemporâneo de dissera.B) dissera situa o evento em ponto do tempo anterior a tentou.C) será indica evento imediatamente posterior a tentou.D) soma situa o evento referido no mesmo ponto do tempo indicado em será.E) dissera descreve o quadro em que ocorrem os eventos denotados pelas demais formas.

152. (FUVEST-SP) “Por onde passava, ficava um fermento de desassossego, os homens não reconheciam as mulheres, que subitamente se punham a olhar para eles, com pena de que não tivessem desaparecido, para enfim poderem procurá-los. Mas esses mesmos homens perguntavam, já se foi, com uma inexplicável tristeza no coração, e se lhes respondiam, ainda anda por aí, tornavam a sair com a esperança de a encontrar naquele bosque, na seara alta, banhando os pés no rio ou despindo-se atrás dum canavial, tanto fazia, que do vulto só os olhos

gozavam, entre a mão e o fruto há um espigão de ferro, felizmente ninguém mais teve de morrer.”

(José Saramago, Memorial do convento)

Nesta narrativa, o emprego predominante do imperfeito do indicativo visa a:

A) destacar os elementos descritivos inseridos, trazendo-os para o primeiro plano.B) apresentar a peregrinação de Blimunda como um fenômeno dinâmico e contínuo.C) desenhar como pano de fundo os traços de cenário em que decorre a ação.D) marcar o tom dissertativo, em contraposição ao tom descritivo dos trechos em que ocorre o perfeito.E) levar a entender Blimunda como personagem consciente do decorrer do tempo.

153. (NCE-RJ / INCRA) “Você pode pensar que não conhece arte”; a alternativa em que a correspondência dos tempos verbais NÃO está adequada é:

A) Você pode pensar que não conheceu arte;B) Você poderá pensar que não conheça arte;C) Você poderia pensar que não conhecesse arte;D) Você podia pensar que não conhece arte;E) Você vai poder pensar que não conhece arte.

154. (FUVEST-SP) Considerando a necessidade de correlação entre tempos e modos verbais, assinale a alternativa em que ela foge às normas da língua escrita padrão.

A) A redação de um documento exige que a pessoa conheça uma fraseologia complexa e arcaizante.B) Para alguns professores, o ensino de língua portuguesa será sempre melhor, se houver domínio das regras de sintaxe.C) O ensino de Português já se tornou mais dinâmico depois que textos de autores modernos foram introduzidos no currículo.D) O ensino de Português já sofrera profundas modificações, quando se organizou um Simpósio Nacional para discutir o assunto.E) Não fora a coerção exercida pelos defensores do purismo lingüístico, todos teremos liberdade de expressão.

155. (FCC/MP-RS) Está adequada a correlação entre tempos e modos verbais na frase:

A) Uma vez disseminada a idéia de que o saber traz a felicidade aos povos, as elites não haviam hesitado em manipular o poder. B) Os ideais que prosperaram na Ilustração haveriam de ser utilizados para que os povos da América Latina tivessem alcançado sua independência.C) Alguns princípios da Ilustração foram assumidos no processo político que tornou independentes países que viviam diferentes experiências culturais.D) Cultivando promessas que não tencionavam cumprir, as elites passariam a deter o poder do qual o povo será afastado.E) Embora fossem altruístas os ideais ilustrados, as elites manipularam-nos para que o povo não tenha tido acesso ao saber e ao poder.

156. (FCC/TRE-CE) Transpondo-se para a voz passiva a frase As pessoas nem sempre enxergam o seu bem, a forma verbal

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Português

decorrente será A) tem sido enxergado. D) será enxergado.B) foi enxergado. E) são enxergadas.C)) é enxergado.

157. (Unifor-CE) Transpondo para a voz passiva a frase “O capataz havia surpreendido os escravos”, a forma verbal resultante será:

A) surpreenderam-se.B) havia sido surpreendido.C) haveriam de ser surpreendido.D) haviam sido surpreendidos.E) foram surpreendidos.

158. (Unifor-CE) Transpondo para a voz passiva a frase “A comissão já tinha preparado os convites de formatura”, obtém-se a forma verbal:

A) prepararam. B) tinham preparado. C) foram preparados.D) tinham sido preparados.E) fora preparada.

159. (Unimep-SP) “Acredito que Cláudia tenha feito meu jantar.” Passando-se a oração destacada para a voz passiva, o verbo ficará assim:

A) foi feito. B) tenha sido feito. C) esteja sendo feito.D) tenha estado feito.E) seja feito.

160. (FCC) Transpondo para a voz ativa a frase: “O filme ia ser dirigido por um cineasta ainda desconhecido”, obtém-se a forma verbal:

A) dirigirá. D) será dirigido.B) dirigir-se-á. E) ia dirigir.C) vai dirigir.

161. (Fiube-MG) Transpondo para a voz ativa a oração: “Os documentos estão sendo destruídos pela umidade e pelos ratos...”, obtém-se a seguinte forma verbal:

A) destroem. B) destruíram. C) vão sendo destruídos.D) iam destruindo.E) estão destruindo.

162. (FCC / TRE – BA) A única frase que NÃO admite transposição para a voz passiva é:

A) Podemos repetir uma experiência científica inúmeras vezes.B) Os bons cientistas consideram o caminho traçado por seus antecessores.C)) Os melhores charlatões não resistem a um inquérito verdadeiramente científico.D) Qualquer um de nós deseja compreender nosso vasto e misterioso Universo.E) Que bom se conhecêssemos todas as forças responsáveis pela nossa existência...

9. ANÁLISE DE TEXTOS

Síntese ou Resumo

Selecionando pontos fundamentais

Resumo é um texto conciso com a seleção e a apresentação, de forma organizada, de pontos fundamentais para a compreensão de um determinado texto. Em geral, a síntese é objetiva, não apresenta uma introdução e não tem um caráter opinativo. Indica os pontos principais do texto sem apresentar dados qualitativos ou quantitativos, informa suficientemente o leitor para que este possa ter uma idéia sobre o texto original de forma global, sem expor exemplos, resultados ou conclusões que não estejam nesse texto.

É IMPORTANTE EXERCITAR...

TEXTO - O FUTURO JÁ COMEÇOU

De acordo com dados fornecidos pelo MEC, ingressam a cada ano no Brasil, em instituições de ensino superior, cerca de 470 mil pessoas. Elas se matriculam em um dos 5.600 cursos de graduação existentes, sendo que se formam, anualmente, cerca de 54% do total daqueles que ingressaram, isto é, algo em torno de 250 mil alunos. A população brasileira é de aproximadamente 160 milhões de habitantes e, deste total, 30% (ou seja, perto de 50 milhões) têm até 15 anos de idade – quer dizer, no início do ano 2000, uma grande parcela deles estará começando seus estudos universitários. Assim, devemos estar preparados, enquanto país e, especificamente, enquanto sistema de ensino supe-rior, para tentar equacionar, como formulação de poli-tica para este nível de ensino, as seguintes indaga-ções: O que ensinar aos jovens? Que espécie de insti-tuições eles irão encontrar? A universidade vai conse-guir prepará-los para o mundo do trabalho? Acredito que, em primeiro lugar, é preciso ensinar aos jovens aquele binômio que o economista Cláudio Salm denomina como sendo dado pela ciência e pelo poder. Isso porque o ingressante no mercado de trabalho irá se dirigir, provavelmente, para grandes unidades produtivas ou burocráticas, cuja tônica são as complexas hierarquias, em que “as relações de poder são difíceis de captar” e em que se nota a “incorporação crescente da ciência no processo produtivo”. E as leis da ciência e do poder não se aprendem olhando, se aprendem estudando. “Julgo ser esta”, acrescenta Cláudio Salm, “a melhor profissionalização que podemos dar a nossos jovens: transmitir a eles as bases da ciência e das articulações e formação do poder em nossa sociedade”. (CATANI, A.M. O ensino superior no Brasil: perspectivas. In: Educação em debate. São Paulo: Moderna, 1998, p.138-139.)

01. (COVEST-PE / UFPE-UFRPE) As sínteses abaixo são fiéis às idéias apresentadas pelo autor

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Português

do Texto.1) É necessário capacitar-nos para encontrar uma política de atuação que oriente o ensino superior oferecido à população brasileira. 2) A parcela dos alunos que ingressa na universidade corresponde à outra que conclui os estudos universitários; isto é, o fluxo entre a admissão e a saída de alunos mantém-se estável.3) O ensino superior deve eleger parâmetros de equilíbrio entre teorias que otimizem a produtividade e teorias que otimizem o exercício das relações hierárquicas.4) Chega-se às leis da ciência e às leis do poder pela observação empírica.5) O processo produtivo está associado ao desenvolvimento científico assim como a prática administrativa está associada às relações de poder.

02. (COVEST-PE / UFPE-UFRPE) Considerando a forma como o Texto está organizado, é aceitável afirmar que:1) o autor encontrou apoio em dados de instituições oficiais para introduzir o núcleo temático de seu texto, que se inicia a partir do terceiro parágrafo.2) corroborando sua pretensão de apenas basear-se em dados empíricos, o autor se esquiva de emitir suas próprias opiniões.3) em nenhum segmento do texto, o autor se expressa quanto à obrigatoriedade de alguma recomendação. Pelo menos, não há pista lingüística que indique esse caráter de obrigação.4) para uma tríplice indagação, o autor oferece uma resposta que implica uma duplicidade de elementos. 5) a resposta às indagações do autor especifica cada uma das questões, numa enumeração clara, cujos limites estão indicados no último parágrafo.

TEXTO – O TRABALHO INFANTO-JUVENIL

A participação da população infanto-juvenil – 10 a 17 anos de idade (PNAD)1 – no mercado de trabalho é conseqüência de um conjunto de fatores. Dentre eles devem ser destacados, como mais relevantes, a necessidade de contribuir para a sobrevivência fami-liar, dado o alto nível de pobreza existente, e a inca-pacidade da escola para satisfazer as expectativas e, portanto, reter as crianças das populações mais carentes. Durante a década de 80, os elementos contextuais que determinaram o trabalho infanto-juvenil foram a crise econômica que se abateu sobre o país, a continuidade do processo de urbanização e a variação observada na dinâmica de crescimento da população, com a queda nas taxas de fecundidade. É importante ressaltar que os dados oficiais ainda são subestimados, considerando que não estão aí registradas as informações referentes às crianças com menos de 10 anos de idade. No entanto, é visí-vel, de uma parte, o crescente contingente de crian-ças nesta faixa etária que desenvolve diferentes ativi-dades nos centros das grandes e médias cidades brasileiras. (...) As crianças de 10 a 14 anos de idade na área urbana eram as que apresentavam menor partici-pação no mercado de trabalho, ao redor de 12% em 1989. Na área rural é onde a incorporação dos filhos

ao trabalho, como estratégia de sobrevivência familiar, prevalecia com maior intensidade, afetando mais de um terço das crianças. Com relação à taxa de atividade dos jovens de 15 a 17 anos, verificou-se uma estabilidade no contexto rural durante a década – aproximadamente 60% – , o que não aconteceu no caso da zona urbana, uma vez que, entre 1981 e 1989, a taxa passou de um patamar de 35% para outro de 40%. É razoável supor que essa diferença reflita a transferência de parte dos adolescentes da zona rural para a zona urbana, devido ao uso da tecnologia no campo, com liberação da mão-de-obra, inclusive a jovem, e à maior atividade na área urbana.

(Crianças e adolescentes em Pernambuco – saúde, educação e trabalho. Governo de Pernambuco/ UNICEF,

agosto 1992, p. 82.)1A PNAD – Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio – levanta informações sobre trabalho a partir dos 10 anos de idade. Portanto, na análise do trabalho desenvolvido subseqüentemente, considera-se infanto-juvenil apenas a população de 10 a 17 anos de idade.

03. (Covest – PE) Os enunciados abaixo sinte-izam os parágrafos do Texto.

1) 1°§ – Informação sobre trabalhos desenvolvidos por menores.

2) 2°§ – Situação do menor na década de 80.

3) 3°§ – Participação de menores de 10 anos no mercado de trabalho.

4) 4°§ – Influência familiar sobre o trabalho de crianças.5) 5°§ – Efeitos da tecnologia e da maior atividade na área urbana sobre o trabalho dos jovens de 15 a 17 anos.

DIREITO À LIBERDADE REAL

1. A Declaração Universal dos Direitos Humanos diz que todas as pessoas nascem livres. A mesma coisa foi dita por muitos filósofos e estudiosos da natureza e do comportamento dos seres humanos. Essa é uma afirmação muito importante, pois quer dizer que a liberdade faz parte da natureza humana. Por esse motivo, o direito à liberdade não pode ser tirado dos seres humanos, porque sem liberdade a pessoa humana não está completa

2. Para que se diga que uma pessoa tem o direito de ser livre, é indispensável que essa pessoa possa tomar suas próprias decisões sobre o que pensar e fazer e que seus sentimentos sejam respeitados pelas outras

3. Ninguém é livre se não pode fazer sua própria esco-lha em matéria de religião, de política ou sobre aqui-lo em que vai ou não acreditar. Assim sendo, a líber-dade de pensamento, de opinião e de sentimento faz parte do direito à liberdade, que deve ser asse-gurado a todos os seres humanos.

4. É lição da História que, mesmo nas sociedades mais injustas e tirânicas, sempre houve os que continua-ram livres. Esses foram o núcleo de resistência, o ponto de partida para mudanças profundas, que mais cedo ou mais tarde acabaram ocorrendo. A liberdade tem sido e poderá ser ofuscada muitas vezes, mas nunca morreu e nunca poderá morrer, porque é inerente à condição humana.

(DALLARI, Dalmo de Abreu. Direitos humanos e cidadania.

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Português

São Paulo : Moderna, p. 29-31. Adaptado)

04. (COVEST-PE / UFPE-UFRPE) Quanto às estratégias utilizadas para construir sua argumentação, o autor:

1) procura, no 1o§, explicitamente o apoio de fontes abalizadas, histórica e cientificamente.2) dirige-se, no 2o§, diretamente a seu leitor, envolvendo-o no desenvolvimento de sua argumentação.3) inicia, no 3o§, fazendo uma afirmação, da qual deriva uma conclusão, sinalizada pela expressão ‘assim sendo’.4) defende, no 4o§, que circunstâncias históricas podem anular um bem que é inerente à condição humana.5) conclui, ainda no 4o§, taxativamente, pela irrefutável consistência de sua tese, pondo-a acima de delimitações temporais.

Estão corretas:A) 1 e 2 apenasB) 1, 3 e 5 apenasC) 1, 2, 3, 4 e 5D) 2 e 4 apenasE) 3, 4 e 5 apenas

10. TÓPICOS GRAMATICAIS

SINTAXE – Termos da Oração

10.1. TERMOS ESSENCIAIS Sujeito e Predicado

10.1.1. SUJEITO

“É o termo sobre o qual o restante da oração diz alguma coisa”.

} DETERMINADO

A) Simples: “Possui um só núcleo”. (núcleo = substantivo ou palavra substantivada)

Ex.: As pessoas saíram.

B) Composto: “Possui dois ou mais núcleos”.

Ex.: Brasil e Chile são países latino-americanos.

C) Desinencial, Elíptico , Oculto ou Implícito:

“Expresso pela desinência verbal”.

Ex.: Fizeste um bolo. (TU) Chegamos cedo.(NÓS)

} INDETERMINADO

A) Verbo na 3 a pessoa do plural (ELES), sem referência:

Ex.: Estiveram aqui. / Quebraram a vidraça. B) Verbo na 3a pessoa do singular + SE

Ex.: Simpatiza-se com bons alunos. VTI IIS OI Vive-se bem aqui. VI IIS adj. adverbiais

Observações:

1) Vendem-se casas. VTD PA suj. simplesAdmite voz passiva analítica: “Casas são vendidas”

2) O pronome SE que acompanha VTI ou VI (sempre na 3a pessoa do singular) é denominado índice de indeterminação do sujeito (IIS); já o que acompanha VTD ou VTDI, será pronome apassivador (ou partícula apassivadora – PA), admitindo, pois, voz passiva analítica.

} INEXISTENTE (ou Oração sem Sujeito):

A) Haver (singular) = “O F-E-RA” (ocorrer, fazer, existir, realizar-se e acontecer)

Ex.: Há alunos que estudam muito. (existem) Houve uma grande festa. (realizou-se) Há muitos anos não nos vemos. (faz)

B) FA-S-E (fazer, ser e estar - singular) = tempo decorrido, hora, data ou fenômeno da natureza.

Ex.: Faz meses que te espero. / Ainda é cedoEstava um dia chuvoso. / Hoje é/são 20 de maio.

C) Verbos = Fenômenos da natureza (Chover, nevar, ventar, gear, trovejar, relampejar, anoitecer, etc.).Ex.: Choveu ontem. / Anoiteceu lentamente.

D) Nas expressões basta de, chega de, passa de etc.Ex.: Chega de preguiça! Já passa de uma hora.

Observações:1) O verbo ser (impessoal) concorda com o predicativo, podendo, assim, aparecer também na 3a pessoa do plural. Ex.: É uma hora da tardeSão três horas da manhã.2) Os verbos que exprimem fenômenos da natureza, quando usados em sentido figurado, deixam de ser impessoais. Ex.: Já amanheci disposto hoje. “Eu” (sujeito) Choveram denúncias de fraude no INSS “Denúncias de fraude” (sujeito)3) Os verbos (ou locuções) utilizados nas orações sem sujeito denominam-se impessoais. São usados na 3a pessoa do singular. Ex.: Fará cinco anos que te vi. Vai fazer cinco anos que te vi.

10.1.2. PREDICADO “Termo da oração que contém o verbo.”

} Conceitos Iniciais:

Predicativo - “Adjetivo após o verbo.”

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Português

Ex.: Os alunos são inteligentes. (PDS) Fernanda comprou livros novos. (PDO)

Verbo de Ligação - “Liga o sujeito ao predicativo do sujeito”. Os mais freqüentes: ser, estar, ficar, parecer, permanecer, continuar, andar, virar, tornar-se etc. Ex.: Jéssica está feliz. VL PDS

} Tipos de Predicado:

1) NOMINAL: “Verbo de ligação + PDS”.

Ex.: Ana Cláudia é muito feliz. Amar é maravilhoso.

2) VERBAL: “Não tem predicativo”.

Ex.: Mariana comprou frutas. As árvores florescem na primavera. 3) VERBO-NOMINAL: “Predicativo SEM V. de lig.”

Ex.: Os alunos chegaram dispostos. VI PDS

Ocorre a fusão de dois predicados: (1) - Os alunos chegaram + (2) - Os alunos estavam dispostos.

10.2. TERMOS INTEGRANTES Complementos (nominal e verbal) e

Agente da passiva

10.2.1. COMPLEMENTOS VERBAIS

Ex.: Os alunos compraram dois livros. (sem preposição - OD) Candidatos precisam de motivação . (com preposição - OI)

} PRON. OBLÍQUOS NA FUNÇÃO DE OBJETO:

o (a) (s); lo (a) (s); no (a) (s) OD

Ex.: Convidei a amiga / Convidei-a. Amar o próximo. / Amá-lo. Fazem a prova. / Fazem-na

lhe(s) OI

Ex.: Obedeço ao amigo / Obedeço-lhe.

Os pronomes pessoais me, te, se, nos e vos variam de função conforme a transitividade do verbo:

Ex.: Eles nos amam (OD) Eles nos obedecem (OI)

} OBJETO DIRETO PREPOSICIONADO:

Ex.: Amar ao próximo como a si mesmo. Bebi do seu vinho. Não ouvíamos a ti nem a ele

} OBJETOS PLEONÁSTICOS:

Ex.: Este livro, eu o li semana passada. OD OD. Pleonástico

Ao réu, o juiz lhe perdoou. OI OI. Pleonástico

10.2.2. COMPLEMENTO NOMINAL

Termo preposicionado que completa o sentido de Advérbio, Substantivo ou Adjetivo.

Ex.: A lembrança do passado o incomodava. subst. CN O porão da casa estava cheio de ratos. adjet. CN Eles agiram favoravelmente ao povo.

advérbio CN

10.2.3. AGENTE DA PASSIVA

É o termo que indica quem ou o que pratica a ação verbal sofrida pelo sujeito, numa oração com verbo na voz passiva, em que o sujeito é paciente.

Ex.: O deputado era respeitado por todos. sujeito paciente agente da passiva

10.3. TERMOS ACESSÓRIOS Adjuntos (adnominal e adverbial) e Aposto

10.3.1. ADJUNTO ADNOMINAL

“A-N-P-A-L” (artigo, numeral, pronome, adjetivo e locução adjetiva). Função determinante – ANP Função modificadora – AL

Ex.: As cinco belas modelos chegaram. Aquelas esposas fiéis trabalham muito.

10.3.2. ADJUNTO ADVERBIAL

É sempre um advérbio ou uma locução adverbial!

Ex.: Estudamos muito bem, ontem. Feriu-se com a faca. (de instrumento) Marcos saiu com os amigos. (de companhia)

10.3.3. APOSTO

“Informação adicional, extra, complementar.”

Ex.: Brasília, capital do Brasil, é bela. (explicativo) Tenho dois filhos: Pedro e Fábio . (enumerativo)

A cidade do Recife está muito violenta. (especificativo = pessoa, lugar, obra literária)

Dinheiro, fama, poder, nada o iludia. (recapitulativo ou resumitivo= pron. indefinido)

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Português

10.4. TERMO INDEPENDENTE DA ORAÇÃO

} VOCATIVO: “Pessoa com quem se fala.”

Ex.: Menino, venha cá! Meu tio, Maria, é muito legal.

É IMPORTANTE EXERCITAR...

1. “Em 1949 reuniram-se em Perúgia, Itália, a convite da quase totalidade dos cineastas italianos, seus colegas de diversas partes do mundo.” O núcleo do sujeito de “reuniram-se” é:

A) cineastas D) totalidadeB) convite E) colegasC) se

2. Aponte a alternativa em que ocorre sujeito indeterminado:

A) Na prova, havia, pelo menos, quatro questões boas.B) Revelou-se a necessidade de auxílio aos pobres.C) Aconteceram, naquela casa, fenômenos estra-nhos.D) Come-se bem naquele restaurante.E) Resolvemos não apoiar o candidato.

3. Aponte a alternativa em que ocorre sujeito inexistente:

A) Alguém chegou atrasado à reunião.B) Telefonaram para você.C) Existiam, pelo menos, cinqüenta candidatos.D) Deve fazer dez anos que ele desapareceuE) Consertou-se o relógio.

4. Em todas as alternativas, o termo sublinhado exerce a função de sujeito, exceto em:

A) Quem sabe de que será capaz a mulher de teu sobrinho?B) Raramente se entrevê o céu nesse aglomerado de edifícios.C) Amanheceu um dia lindo, e por isso todos correram à piscina.D) Era somente uma velha, jogada num catre preto de solteiro.E) É preciso que haja muita compreensão para com os amigos.

5. Há crianças sem carinho. Disseram-me a verdade. Construíram-se represas. Os sujeitos das orações acima são, respectiva- mente:A) inexistente, indeterminado, simplesB) indeterminado, implícito, indeterminadoC) simples, indeterminado, indeterminadoD) inexistente, inexistente, simplesE) indeterminado, simples, inexistente

6. Aponte a alternativa em que a palavra se é índice de indeterminação do sujeito:

A) Resolver-se-ão os exercícios.B) Não se reprovarão estes alunos.C) Trabalha-se com afinco naquela empresa.

D) Vendem-se relógios.E) Plastificam-se documentos.

7. Aponte a alternativa em que a palavra se é partícula apassivadora:

A) Vive-se bem no campo.B) Revogar-se-á este dispositivo.C) Obedeceu-se ao pedido do diretorD) Estuda-se muito naquela escola.E) n.d.a.

8. 08. Preencha a segunda coluna conforme o código estabelecido na primeira e assinale a alternativa correta de acordo com essa relação.

(1) sujeito determinado simples(2) sujeito indeterminado(3) sujeito desinencial (implícito)(4) sujeito paciente.(5) sujeito inexistente.

( ) Era um mistério curioso aquela vida.( ) No auge da rebelião, houve um tiroteio de quinze minutos entre policiais e bandidos.( ) Quando se dispõe de força interna, vive-se melhor.( ) Corrigiram-se os artigos após a última emenda do jornalista.( ) Nem quererá despejá-lo imediatamente.

A) 5 - 3 - 2 - 1 - 4 D) 1 - 3 - 5 - 2 - 4B) 5 - 3 - 2 - 4 - 1 E) 1 - 5 - 3 - 2 - 4C) 1 - 5 - 2 - 4 - 3

9. O professor entrou apressado. O destaque indica:

A) predicado nominal B) predicado verbalC) adjunto adverbial.D) predicado verbo-nominalE) n.d.a.

10. Nas orações: “A pesquisa da MacCan reserva ainda uma surpresa” e “... os jovens estão mais ágeis”, temos respectivamente:

A) predicado verbo nominal e predicado verbalB) predicado verbal e predicado verbo nominalC) predicado verbal e predicado nominalD) predicado nominal e predicado verbalE) predicado verbal e predicado verbal

11. Na oração: “A inspiração é fugaz, violenta”, podemos afirmar que o predicado é:

A) verbo nominal, porque o verbo é de ligação e vem seguido de dois predicativos.B) nominal, porque o verbo é de ligação.C) verbal, porque o verbo é de ligação e são atribuídas duas caracterizações ao sujeito.D) verbo nominal, porque o verbo é de ligação e vem seguido de dois advérbios de modo.E) nominal, porque o verbo tem sua significação completada por dois nomes que funcionam como adjuntos adnominais.

12. “Na manhã seguinte, desci um pouco amargurado, outro pouco satisfeito.” Indique a alternativa que contém o predicado do mesmo tipo do período acima:

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Português

A) Esta injúria merecia ser lavada com o sangue dos inimigos.B) Na tarde de uma segunda-feira, anunciei-lhe um pouco de minha tristeza, outro pouco de minha satisfação.C) Recebeu um pouco convicto e com certa afeição as verdades do filósofoD) Mas eu era moço à semelhança de meu tio Neves.E) Naquele dia, eram tantos os castelos e tantos os sonhos esboroados...

13. Em: “O médico ausculta o paciente”, dizemos corretamente que a oração:

A) está na voz passiva porque o sujeito é o executor da ação verbal.B) está na voz passiva porque o objeto direto é o receptor da ação verbal.C) está na voz ativa porque o objeto direto é o executor da ação verbal.D) está na voz ativa porque o sujeito é o receptor da ação verbal.E) não foi definida como deve por nenhuma das alternativas.

14. Tinha grande amor à humanidade. As ruas foram lavadas pela chuva. Ele é rico em virtudes. Os termos destacados são, respectivamente,:CN – complemento nominalAP – agente da passivaOI – objeto indireto OD – objeto direto

A) CN, AP, OD B) OI, AP, OIC) CN, AP, CN D) OI, CN, AP E) n.d.a.

15. Assinale o item em que a função não corres-ponde ao termo em destaque:

A) O fumo é prejudicial à saúde. – CNB) Jamais me esquecerei de ti. – OIC) Ele foi cercado de amigos sinceros. – APD) Não tens interesse pelos estudos. – CNE) Teve confiança em Deus. – OI

16. Em qual alternativa verificamos um caso de objeto direto preposicionado?

A) Duvido dessas coisas.B) Conheço estas coisas.C) Ouvíamos a ti naquele momento.D) A multidão elogiou o artista.E) Tenho gosto por aventuras.

17. Identifique a alternativa que não apresenta objeto direto preposicionado.

A) Bebeu do vinho que lhe ofereceram.B) Devemos amar a eles como a nós próprios.C) Ninguém temia ao tirano ditador.D) Gostou do vinho que lhe ofereceram.E) O policial sacou do revólver para se defender.

18. Marque a alternativa que contém objeto pleonástico.

A) Emprestei-lhe o dinheiro.

B) Espero-o na estação, Sr. Matheus.C) Aquela professora, eu a conheci no curso.D) Isto nos pertence.E) Plastificaram-se os seus documentos.19. Observe os termos destacados: “Alugam-se

vagas”, “Precisa-se de faxineiros”, “Paraibana expansiva machucou-se”.

Eles exercem, respectivamente, a função sintática de:

A) objeto direto - objeto indireto - objeto diretoB) sujeito - sujeito - sujeitoC) sujeito - objeto indireto - objeto diretoD) sujeito - objeto indireto - sujeitoE) sujeito - sujeito - objeto direto

20. No período “Falsos conceitos, meia ciência por parte de professores, complicação e pedantismo de nomenclatura vazia, tudo isso produziu e produz nos alunos uma sadia aversão pela análise lógica” a expressão pela análise lógica é:

A) complemento nominalB) adjunto adnominalC) agente da passivaD) objeto indireto pleonásticoE) objeto indireto

21. Na oração seguinte:

“Você ficará tuberculoso, de tuberculose morrerá”, as palavras destacadas são, respectivamente:

A) adj. adverbial de modo, adj. adverbial de causaB) predicativo do sujeito, adjunto adverbialC) objeto direto, objeto indiretoD) ambas predicativosE) n.d.a.

22. I. “De resto não é bem uma greve, é um lock-out, greve dos patrões, que suspenderam o trabalho noturno”. II. “Muitas vezes lhe acontecera bater à campainha de uma casa e ser atendido por uma empregada ou por outra pessoa qualquer.”III. “E, às vezes, me julgava importante.”

Assinalar a alternativa em que os termos em destaque aparecem corretamente analisados quanto à função sintática:A) predicativo, sujeito, objeto diretoB) aposto, agente da passiva, predicativoC) objeto direto, objeto indireto, adjunto adverbialD) aposto, adjunto adverbial, apostoE) vocativo, adjunto adnominal, predicativo

23. Apesar de vistosa, a construção acelerada daquele edifício deixou-nos insatisfeitos nova-mente.

Os termos em destaque no período são, res-pectivamente:A) adj. adnominal – objeto indireto – adj. adverbialB) CN – OD – adjunto adverbialC) adj. adnominal – OD – predicativo do objetoD) CN – OD – predicativo do objetoE) adjunto adnominal – OI – adjunto adnominal

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Português

24. O ar campestre é saudável. Ele andava abatido. Já chegou o carnaval.Os termos destacados são, respectivamente:A) sujeito, adjunto adverbial, objeto diretoB) predicativo do sujeito, objeto direto, sujeitoC) adjunto adnominal, objeto direto, sujeitoD) adjunto adnominal, predicativo do sujeito, sujeitoE) n.d.a.

25. Observe as duas frases seguintes:I - O proprietário da farmácia saiu.II - O proprietário saiu da farmácia.

Sobre elas são feitas as seguintes considerações:Na I, “da farmácia é adjunto adnominal.Na II, “da farmácia” é adjunto adverbial.Ambas as frases têm exatamente o mesmo significado.Tanto em I como em II, “da farmácia” tem a mesma função sintática.

Dessas quatro considerações:A) apenas uma é verdadeiraB) apenas duas são verdadeirasD) apenas três são verdadeirasD) as quatro são verdadeirasE) nenhuma é verdadeira

26. (NCE-RJ /CGJ-RJ) No segmento “Reforma do Judiciário”, o termo “do Judiciário” indica um paciente do termo anterior. O item em que o termo sublinhado possui valor diferente é:

A) “aplicação da lei”; B) “distribuição de Justiça”; C) “formadores de opinião”; D) “verdade do Judiciário”; E) “deslocamentos de advogados”.

27. (NCE-RJ / INCRA) O termo sublinhado que tem função diferente da dos demais é:

A) objetos do seu cotidiano;B) modelo do carro;C) objetos do seu quarto;D) estampa do seu lençol;E) transformação do gosto.

28. Na oração: “Cláudia, uma mulher simplesmente notável, é a melhor mãe que uma criança poderia ter”, o termo destacado exerce a função sintática de:

A) aposto D) complemento nominalB) vocativo E) n.d.a.C) predicativo do objeto

29. Dê a função sintática do termo destacado em: “Não digo nada de minha tia materna, Dona Emerenciana”.

A) sujeito D) vocativoB) adjunto adverbial E) objeto indiretoC) objeto direto

30. Em: “Dona Glória, a senhora persiste na idéia de meter o nosso Bentinho no seminário?”, os termos em destaque são, respectivamente:

A) vocativo, adjunto adnominal, adjunto adverbialB) sujeito, adjunto adnominal, objeto indiretoC) aposto, predicativo do objeto, adjunto adnominal

D) sujeito, objeto direto, adjunto adverbialE) vocativo, núcleo do sujeito, predicativo

11. ANÁLISE DE TEXTOS

Reescritura Textual / Paráfrase Intertextualidade

11.1 REESCRITURA TEXTUAL - PARÁFRASE Paráfrase é a reescritura de um texto, dizendo-se a mesma coisa com outras palavras, isto é, mantendo-se o sentido do enunciado original. Refere-se à recorrência de conteúdos semânticos, que pode vir marcada por expressões introdutórias como isto é, ou seja, quer dizer, digo, ou melhor, em outras palavras. Ex.: Ele não compareceu, ou seja, sumiu.“Pedro Álvares Cabral descobriu o Brasil em 1500.” “O navegador português da Escola de Sagres chegou pela primeira vez às terras tupiniquins em 1500.”

11.2 INTERTEXTUALIDADE

Intertextualidade é a relação que se estabelece entre dois textos, quando um deles faz referência a elementos existentes no outro. Esses elementos podem dizer respeito ao conteúdo, à forma, ou mês-mo à forma e ao conteúdo. Segundo Ingedore Koch, e seu livro O texto e a construção dos sentidos, a intertextualidade em sentido restrito ocorre quando há “relação de um texto com outros textos previamente existentes, isto é, efetivamente produzidos”. Na intertextualidade em sentido restrito, o conhe-cimento das relações entre os textos é um poderoso recurso de produção escrita e apreensão de signifi-cados.

É IMPORTANTE EXERCITAR...

TEXTO 1 – PETRÓLEO

Eduardo Frieiro Os fatos desta vez deram razão a Monteiro Lobato. Existe o petróleo. Resta saber, e o grande escritor morreu antes que pudesse observá-lo, resta saber se o cobiçado líquido brindará os brasileiros com uma vida decente, ou fará do país outra Venezuela, onde, há um quarto de século, se põe fora, sem proveito para o povo, a maior fartura petrolífera da América Latina. (1948)

1. (NCE-RJ / ANP) “Os fatos desta vez deram razão a Monteiro Lobato.”; a(s) forma(s) INADE-QUADA(s) de reescrever-se esse mesmo perí-odo, mantendo-se o sentido original, é(são):

I - A Monteiro Lobato foi dada razão pelos fatos, desta vez; II - A Monteiro Lobato deram razão, desta vez, os fatos; III - A Monteiro Lobato, foi-lhe dada razão pelos fatos, desta vez.

(A) nenhuma; (B) III;

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Português

(C) I - III; (D) II; (E) II - III. TEXTO 2 – PETRÓLEO

Monteiro Lobato Esse produto é o sangue da terra; é a alma da indústria moderna; é a eficiência do poder militar; é a soberania; é a dominação. Tê-lo é ter o sésamo abridor de todas as portas. Não tê-lo é ser escravo. 2. (NCE-RJ / ANP) A idéia de o petróleo ser uma

panacéia universal aparece no texto de Monteiro Lobato (texto 2), e de forma mais específica no segmento:

A) “Esse produto é o sangue da terra”; B) “é a alma da indústria moderna”; C) “é a eficiência do poder militar”; D) “é a soberania; é a dominação”; E) “tê-lo é ter o sésamo abridor de todas as portas”.

3. (NCE-RJ / UFRJ) Uma manchete do jornal O Dia, de 7 de agosto de 2004, dizia:

PADRASTO ENGRAVIDA E MATA ENTEADAUma melhor redação para essa mesma frase é:A) Padrasto engravida enteada e a mata;B) Padrasto mata e engravida enteada;C) Padrasto mata enteada e a engravida;D) Padrasto engravida enteada e mata a enteada;E) Padrasto mata enteada e engravida enteada.

TEXTO – A VERDADE E A FANTASIA Miguel Pachá – Presidente do TJ/RJ

Um espectro ronda a Justiça brasileira neste final de ano: a Reforma do Judiciário. Espectro porque a realidade do Judiciário e a necessidade da sua reforma foram, nos últimos meses, deformados pelo “manto diáfano da fantasia”. Comemoramos o nosso dia (8 de dezembro) sob o fogo cruzado da má-vontade e da desinformação. O Judiciário não pode ser culpabilizado pelo que a mídia chama com exagero de impunidade. A polícia não prende, não investiga e nós, presos à aplicação da lei, pagamos o pato. Além disso, há um cipoal de leis, medidas provisórias e atos normativos que acabam por atravancar nossos corredores. Temos oferecido à sociedade idéias e propostas de melhoria da prestação de Justiça. Um exemplo: o julgamento virtual, que acelera a tramitação, elimina papel e dispensa deslocamentos de advogados. Quanto ao apregoado controle do Judiciário, pensamos que deveria antes vir de dentro que de fora, pelo ajuste de normas e práticas processuais, bem como pela supervisão sistemática. A autonomia financeira deu ao nosso Tribunal a possibilidade de ser um dos melhores do país: um dos mais ágeis e seguros, em condições objetivas de enfrentar o descrédito geral da Justiça. A autonomia dos poderes – lembremos ainda uma vez – é a única garantia que temos da estabilidade da República e, em última instância, da continuidade do regime democrático – o pior de todos, com exceção dos outros. Falar em cidadania é falar em Judiciário. Em muitas sociedades tradicionais a norma de estabilidade é a do “poder trava poder”. Ao invés do controle externo, sempre perigoso, talvez se pudesse

confiar mais nesse controle sistêmico. De resto, temos à disposição diversos mecanismos endógenos, eficazes, de controle (os tribunais de conta, as corregedorias etc.). A sociedade global, estimulada pelos formadores de opinião, não tem sido capaz de captar a verdade do Judiciário. Sob um cerco total de má-vontade e desinformação, vemos exageradas as nossas deficiências e erros. “Sobre a nudez forte da verdade, o manto diáfano da fantasia” – parodiemos o slogan do velho Eça de Queiroz. E qual é a nossa verdade? Antes de enunciá-la, reconheçamos nossos erros e dificuldades, algumas conjunturais, de mais fácil correção, outras estruturais, mais difíceis. Recente pesquisa da OAB, mostrou que 55% da população mal conhece o Judiciário. E é ela a segunda instituição menos confiável do país. Nosso programa para o ano que se inicia é, pois, estabelecer a verdade da distribuição de Justiça em nosso Estado e vê-la reconhecida, senão por todos, ao menos pela maioria de nossos concidadãos.

Informativo TJ/RJ e EMERJ, n.12

4. (NCE-RJ / CGJ-RJ) Ao dizer que o regime democrático é “o pior de todos, com exceção dos outros”, o autor do texto quer dizer que esse regime:

A) é o pior de todos, em seus modelos atuais; B) é o pior de todos, historicamente falando; C) é o pior de todos, comparado aos demais; D) é o melhor de todos, comparado aos demais; E) é tão bom quanto os demais.

5. (NCE-RJ / CGJ-RJ) “De resto, temos à disposição diversos mecanismos endógenos, eficazes, de controle...”; a idéia aqui presente se repete aproximadamente em:

A) “Quanto ao apregoado controle do Judiciário, pensamos que antes deveria vir de dentro que de fora...”; B) “A sociedade global, estimulada pelos formadores de opinião, não tem sido capaz de captar a verdade do Judiciário.”; C) “Sobre a nudez forte da verdade, o manto diáfano da fantasia”; D) “A autonomia dos poderes[....] é a única garantia que temos da estabilidade da República...”; E) “Falar em cidadania é falar em Judiciário.”

6. (NCE-RJ / CGJ-RJ) “A polícia não prende, não investiga e nós, presos à aplicação da lei, pagamos o pato.”; esse trecho de nosso texto mostra que:

A) o Judiciário é o único poder que respeita a lei; B) o Poder Judiciário recebe a culpa de erros alheios; C) a polícia não está presa à lei;D) o Poder Judiciário causa inúmeros problemas à polícia; E) o respeito às leis prejudica a imagem do Poder Judiciário.

7. (COVEST-PE) Os enunciados abaixo são paráfrases do Texto. Analise-os e assinale verdadeiro ou falso.

1) Omita o fato de que não acertamos. Diga-lhes que optamos por protelar nosso sucesso por um certo

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tempo.2) Decidimos prorrogar nosso prazo para o sucesso, temporariamente, embora não houvesse erro nenhum de nossa parte; comunique-lhes isso.3) Diga-lhes assim: a decisão foi de adiar o nosso êxito para mais tarde, visto que falhamos.4) A postergação de nosso sucesso foi em função de termos optado por não falhar; isso é o que deve ser dito a eles.5) Fomos ineficientes. Mas é preferível dizer-lhes que nosso êxito foi apenas protelado por algum tempo.

8. (NCE-RJ / UFRJ) Numa receita médica, após o nome de um remédio indicado, aparece a seguinte recomendação: “tomar dois comprimidos após almoço e jantar”. Essa frase recomenda que:

A) se tome um comprimido após o almoço e outro após o jantar;B) se tomem dois comprimidos após o almoço e outros dois após o jantar;C) se tomem dois comprimidos somente após o jantar;D) se tomem dois comprimidos somente após o almoço;E) os dois comprimidos sejam engolidos de uma só vez.

9. (NCE-RJ / UFRJ) O Presidente dos Estados Unidos da América, George W. Bush, declarou no dia 6 de agosto de 2004, comparando-se a seus inimigos, o seguinte: “Eles (os inimigos) nunca deixam de pensar em novas formas de prejudicar nosso país e nosso povo; e nós também não.”

Se tomada ao pé da letra, diríamos que o presidente Bush:

a) vai proteger o povo americano dos seus inimigos;b) pensa diariamente na proteção do povo e do país;c) não deixa de pensar em formas de prejudicar o povo e o país;d) não deixa de pensar em formas de proteger o povo e o país;e) não pára de pensar no que pensam seus inimigos.

10. (NCE-RJ / Eletrobrás) “Volto, como antiga-mente, a esta grande casa amiga, na noite de domingo”; a forma de reescritura dessa frase que ALTERA o seu sentido original é:

A) Como antigamente, volto a esta grande casa amiga, na noite de domingo; B) Na noite de domingo, volto, como antigamente, a esta grande casa amiga; C) Na noite de domingo, como antigamente, volto a esta grande casa amiga; D) Como antigamente, na noite de domingo, volto a esta grande casa amiga; E) Volto a esta grande casa, como antigamente, amiga, na noite de domingo.

11. (NCE-RJ/INCRA)“Você pode pensar que(...) não convive com objetos artísticos, mas estamos todos muito próximos da arte”; a alternativa que mostra uma forma de reescritura dessa frase com alteração de seu sentido original é:

A) Apesar de estarmos todos muito próximos da arte, você pode pensar que não convive com objetos artísticos;

B) Você pode pensar que não convive com objetos artísticos; estamos todos, porém, muito próximos da arte;C) Embora estejamos todos muito próximos da arte, você pode pensar que não convive com objetos artísticos;D) Você pode pensar que não convive com objetos artísticos, no entanto todos estamos muito próximos da arte;E) Apesar de você poder pensar que estamos todos muito próximos da arte, não convivemos com objetos artísticos.

As questões a seguir se baseiam em fragmentos extraídos do texto “A FLOR DO GEÓGRAFO”, de Dom Marcos Barbosa O.S.B.

“Creio que é a terceira vez que venho falar de motoristas. Até parece que vivo andando de táxi. E tenho sempre a sorte de encontrar no volante, ao contrário dos outros, um verdadeiro gentleman. Para que não me acusem de suspeição e de especial simpatia pela classe, aviso logo que o fato de hoje não se deu comigo,mas com o professor francês Pierre Desfontaines. Jamais esqueci, porém, a frase obscura que o ilustre geógrafo foi colher na trepidante Paulicéia.” (...)

12. (NCE-RJ / ANTT) “tenho sempre a sorte de encontrar no volante, ao contrário dos outros, um verdadeiro gentleman”; a forma INADEQUADA da reescritura desse segmento do texto é:

A) Ao contrário dos outros, tenho sempre a sorte de encontrar no volante, um verdadeiro gentleman;B) Tenho sempre a sorte de encontrar no volante um verdadeiro gentleman, o contrário dos outros;C) Tenho sempre a sorte de encontrar um verdadeiro gentleman no volante, ao contrário dos outros;D) Tenho, ao contrário dos outros, sempre a sorte de encontrar no volante um verdadeiro gentleman;E) Um verdadeiro gentleman é o que tenho sempre a sorte de encontrar no volante, ao contrário dos outros.

(...) “O professor Desfontaines está longe de desprezar as coisas efêmeras. E por isso me trouxe a frase de quatro pétalas, que guardei como flor ressequida em velho livro, e que o chofer lhe entregara. (...)

13. (NCE-RJ / ANTT) “e que o chofer lhe entregara”; esse segmento do sexto parágrafo do texto mostra uma ambigüidade que é sanada pela reescritura abaixo desse mesmo segmento:

(A) e que lhe fora entregue pelo chofer;(B) e que lhe entregara o chofer;(C) frase essa que o chofer lhe entregara;(D) livro esse que o chofer lhe entregara;(E) cujo chofer lhe entregara.

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11. TÓPICOS GRAMATICAIS

Sintaxe do Período

SINTAXE DO PERÍODO Coordenação e Subordinação

Para a obtenção de um texto perfeitamente articulado e claro, é preciso que o autor do texto domine todos os recursos textuais necessários para estabelecer as relações semânticas e lógico-discursivas entre as idéias que pretende expor. No campo do aspecto formal dessa abordagem trata da escolha de palavras cuja função é justamente a de estabelecer referências e relações, articulando entre si as várias partes do texto. A essa ligação textual obtida através de elementos lingüísticos específicos vamos chamar de coesão textual. A coesão, portanto, precisa ser alcançada por meio de palavras e expressões que, na nossa língua, têm como função justamente o estabelecimento de referências e relações entre grupos de palavras e expressões. Já no campo da significação, a articulação textual ocorre no plano das idéias e dos conceitos – coerência textual. Somente sendo capazes de reunir idéias, informações e argumentos compatíveis entre si, obteremos, como resultado, um texto claro. Uma vez que já estudamos os operadores argumentativos, vejamos agora as principais relações lógico-discursivas estabelecidas através de processos de coordenação (orações coordenadas) e de subordinação (orações subordinadas).

} CONCEITOS INICIAIS

1) FRASE – Sentido completo. Pode ser nominal ou verbal.Ex.: Que dia maravilhoso! (nominal) O patrão chegou cedo ao trabalho. (verbal)

2) ORAÇÃO – Sua base é o verbo. Ex.: Cláudia é uma mulher maravilhosa.

3) PERÍODO – Conjunto de orações.

A) Período Simples – “Uma só oração”. (Oração Absoluta)Ex.: As estrelas pareciam cardumes prateados. Romero estava estudando muito.

B) Período Composto – “Duas ou mais orações”. Pode ser composto por coordenação ou por subor-dinação.

12.1. ORAÇÕES COORDENADAS

São sintaticamente independentes.Dividem-se em:

1.1 Coordenadas A ssindéticas

Não possuem conjunção.Ex.: Vi, vim, venci. Chegou, gostou, ficou para sempre.

1.2 Coordenadas SIN déticas

Possuem conjunção.

A idéia expressa nas orações coordenadas sindéticas depende da conjunção coordenativa que as une. Podem ser:

Estudei muito, portanto passarei no concurso. (oração coordenada sindética conclusiva)

Estudou e passou no concurso que almejava.(oração coordenada sindética aditiva)

Não estudou muito, mas passou nas provas.(oração coordenada sindética adversativa)

Ora estudava, ora trabalhava.(oração coordenada sindética alternativa)

Vou indo, que já é tarde.(oração coordenada sindética explicativa)

12.2. ORAÇÕES SUBORDINADAS

São sintaticamente dependentes. Contêm ora-ção principal, com uma ou mais orações subordinadas associadas a ela, que funcionam como termo de outra oração. Podem ser:

12.2.1. ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS

Têm o valor e a função próprios do adjetivo. São iniciadas por pronomes relativos: que, o qual (e variações), onde, quem, cujo (e variações). Em relação ao termo que modificam, as orações subordinadas adjetivas podem ser:

A) Explicativas “Isoladas por pontuação”. To-mam o termo a que se referem no seu sentido amplo. Ex.: Os micros, que são modernos, custam caro.

B) Restritivas “Não são isoladas por pontuação”. Restringem o sentido do termo a que se referem. Ex.: Os micros que são modernos custam caro. A cidade onde Mariana mora é maravilhosa.

12.2.2. ORAÇÕES SUBORDINADAS

SUBSTANTIVAS

Têm as funções sintáticas próprias do substantivo e, geralmente, são introduzidas pelas conjunções integrantes QUE e SE. Podem ser:A) Subjetivas (sujeito oracional)

verbo de ligação + predicativo + QUE (É preciso..., É bom..., É melhor..., Está comprovado..., Parece certo..., Fica evidente..., etc.).Ex.: É importante que você estude muito.

verbo na voz passiva sintética ou analítica + QUE / SE (Sabe-se..., Comenta-se..., Dir-se-ia.., Foi anunciado..., Foi dito..., etc.)Ex.: Sabe-se que a impunidade existe.

verbos unipessoais / conjugados na 3a pessoa (convir, parecer, constar, acontecer, cumprir, importar, ocorrer, suceder, urgir).

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Ex.: Convém que você estude sempre mais.

B) Objetivas Diretas Ex.: Todos querem que você passe nas provas. Perguntou se todos entenderam o assunto.

C) Objetivas Indiretas Ex.: Duvido de que o pior ocorra. Necessito de que todos me compreendam.

D) Completivas Nominais Ex.: Tenho necessidade de que Cláudia me apóie. Ele está certo de que será aprovado.

E) Predicativas Ex.: Minha esperança era que ele voltasse.

F) Apositivas Ex: Tenho um desejo: que todos estudem. Só me resta uma saída: que tudo dê certo.

12.3. ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS

Funcionam como adjuntos adverbiais da oração principal. São introduzidas por conjunções subordi-nativas adverbiais. Classificam-se segundo a circuns-tância adverbial que expressam. Podem ser:

Enquanto todos dormiam, eu estudava.(or. sub. adv. temporal)

Quanto mais estudo, mais aprendo.(or. sub. adv. proporcional)

Fez tudo a fim de que fosse o escolhido na turma.(or. sub. adv. final)

Já que você não vai, eu não vou. (or. sub. adv. causal)

Falou tanto que ficou rouco.(or. sub. adv. consecutiva)

Se você for, eu vou.(or. sub. adv. condicional)

Embora discordasse, aceitei as condições dela.(or. sub. adv. concessiva)

Tudo saiu conforme combinamos.(or. sub. adv. conformativa)

Ele dorme como um urso. (or. sub. adv. comparativa)

} ORAÇÕES REDUZIDAS

Características:

1) Apresenta verbo na forma nominal: Infinitivo (r, res, r, rmos, rdes, rem) Gerúndio (ndo) Particípio (regular ou irregular)2) Não contém conjunção ou pronome relativo

3) É sempre uma oração subordinada

(substantiva, adjetiva ou adverbial) Exemplos:

Chovendo amanhã, começaremos a plantação. (sem conjunção / com verbo no gerúndio)

* DESENVOLVIDA: Se chover amanhã, começaremos a plantação. (or. sub. adv. condicional) (or. Principal)

Via um rapaz entregar folhetos na rua.(“que entregava folhetos” – or. reduz. de infinitivo)

É IMPORTANTE EXERCITAR...

1. Há oração coordenada em:A) A paisagem perdeu o encanto da frescura.B) O autor sobre quem falávamos fez boa palestra.C) Não vejo flores nesta primavera.D) Estudamos toda a matéria para o vestibular.E) Vesti-me rapidamente, tomei um táxi, mas ainda cheguei atrasado.

2. Por definição, oração coordenada que seja desprovida de conectivo é denominada assindética. Observando os períodos seguintes:

I - Não caía um galho, não balançava uma folha.II - O filho chegou, a filha saiu, mas a mãe nem notou.III- O fiscal deu o sinal, os candidatos entregaram a prova. Acabara o exame.

Nota-se que existe coordenação assindética em:A) I apenas D) nenhum delesB) I, II e III E) III apenasC) II apenas

3. Por definição, “oração coordenada que se prende à anterior por conectivo é denominada sindética e é classificada pelo nome da conjunção que a encabeça”. Assinale a alternativa onde aparece uma coordenada sindética explicativa, conforme a definição:

A) A casaca dele estava velha, mas estava limpa.B) Ambos se amavam, contudo não se falavam.C) Todo mundo trabalhando: ou varrendo o chão ou lavando as vidraças.D) Chora, que lágrimas lavam a dor.E) O time ora atacava, ora defendia e no placar aparecia o resultado favorável.

4. Aponte a alternativa em que ocorra oração coordenada sindética adversativa:

A) Ou você faz o trabalho, ou fica sem nota.B) Ele não fez o trabalho, logo ficou sem nota.C) Faça o trabalho, porque você ficará sem nota.D) Ele preferia ficar sem nota a fazer o trabalho.E) Ele ficou sem nota, mas não fez o trabalho.

5. Assinale a alternativa que apresenta um período composto onde uma das orações é subordinada adjetiva:

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A) “... a nenhuma pedi ainda que me desse fé: pelo contrário, digo a todos o como sou.”B) “Todavia, eu a ninguém escondo os sentimentos que ainda há pouco mostrei.”C) “... em toda a parte confesso que sou volúvel, inconstante e incapaz de amar três dias um mesmo objeto.”D) “Mas entre nós há sempre uma grande diferença; vós enganais e eu desengano.”E) “_ Está romântico! ... está romântico... exclamaram os três...”

6. No período: “Falei o que querias”, a oração em destaque classifica-se como:

A) adjetiva restritivaB) adjetiva explicativaC) substantiva completiva nominalD) substantiva objetiva diretaE) coordenada assindética

7. A segunda oração do período “Não sei no que pensa” é classificada como:

A) substantiva objetiva diretaB) substantiva completiva nominalC) adjetiva restritiva D) coordenada explicativaE) substantiva objetiva indireta

8. No período: “Ele, que era velho, sentou-se no sofá”, a oração destacada classifica-se como:

A) adjetiva restritivab) adjetiva explicativaC) substantiva apositivaD) substantiva predicativaE) coordenada sindética explicativa

9. Na frase: “Carmem tinha a certeza de que estava para ser mãe”, a oração em destaque é:

A) subord. substantiva objetiva indiretaB) subord. substantiva completiva nominalC) subordinada substantiva predicativaD) coordenada sindética conclusivaE) coordenada sindética explicativa

10. “As cunhãs tinham ensinado pra ele que o sagüi-açu não era sagüim não, chamava elevador e era uma máquina.”

Em relação à oração não destacada, as orações em destaque são, respectivamente:A) subordinada substantiva objetiva direta - coordenada assindética - coordenada sindética aditivaB) subordinada adjetiva restritiva - coordenada assindética - coordenada sindética aditivaC) subordinada substantiva objetiva direta - subordinada substantiva objetiva direta - coordenada sindética aditivaD) subordinada substantiva objetiva direta - subordinada substantiva objetiva direta - subordinada substantiva objetiva diretaE) subordinada substantiva subjetiva - coordenada assindética - coordenada sindética aditiva

11. No período “Todos estavam convictos de que seriam aprovados”, a oração destacada é:

A) substantiva objetiva indiretaB) substantiva completiva nominal

C) substantiva apositivaD) substantiva subjetivaE) n.d.a.

12. No período: “É necessário que todos se esforcem”, a oração destacada é:

A) substantiva objetiva diretaB) substantiva objetiva indiretaC) substantiva completiva nominalD) substantiva subjetivaE) substantiva predicativa

13. “Enquanto a universidade não se refizer da reforma universitária, que deixou de lado a formação humanística, haverá espaço para esse tipo de curso que vê na completa diversidade do público uma prova de que não só a falência universitária empurra multidões para as novas salas de aula.”O período acima, composto por subordinação, constitui-se de:

A) cinco orações: duas adjetivas, duas substantivas e uma principal.B) quatro orações: duas substantivas, uma adjetiva e uma principal.C) cinco orações: uma adverbial, duas substantivas, uma adjetiva e uma principal.D) quatro orações: uma adverbial, uma substantiva, uma adjetiva e uma principal.E) cinco orações: uma adverbial, duas adjetivas, uma substantiva e uma principal.

14. (NCE-RJ / INCRA) “Você pode pensar // que não conhece arte, // que não convive com objetos artísticos, // mas estamos todos muito próximos da arte”. Sobre as quatro orações que compõem esse primeiro período do texto, pode-se afirmar que:

A) a segunda e a terceira expressam o mesmo pensamento;B) a quarta se opõe somente à oração anterior;C) a primeira é completada somente pela segunda;D) a segunda é completada pela terceira;E) a quarta é uma explicação das duas anteriores.

15. Assinale a alternativa que, embora tenha valor de causa-conseqüência, não contém oração adverbial causal:

A) Cheguei tarde, porque choveu muito.B) Como estava doente, não fui à escola.C) Estava com tanto frio, que não saí de casa.D) Fiquei chateado, pois fui despedido.E) Devo ir mal na prova, já que não estudei.

16. “Outrora viajei países imaginários, fáceis de habitar. Ilhas sem problemas, não obstante exaustivas e convidando ao suicídio.” A locução destacada exprime idéia de:

A) condição B) dúvida C) causaD) concessão E) modo17. Considere as frases a seguir.I. Eles estavam preocupados com o problema que causaram.I. Eles apresentaram suas explicações.

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III. As explicações não eram convincentes.

Reunidas em um só período, elas estarão em correta relação lógica e sintática na frase:A) Apresentaram suas explicações porque estavam preocupados com o problema causado por eles, pois não eram convincentes.B) As explicações não eram convincentes, mas eles as apresentaram, contudo estavam preocupados com o problema que haviam causado.C) Preocupados com o problema que haviam causado, eles apresentaram suas explicações, ainda que não convincentes.D) Quando apresentaram suas explicações, elas não eram convincentes, portanto estavam preocupados com os problemas que causaram.E) Quanto mais eles apresentavam suas explicações, mais elas não eram convincentes, à medida que eles estavam preocupados com o problema que causaram.

18. Na frase: “Sem estudar, você não será aprovado”, a oração destacada indica idéia de:

A) concessãoB) condição C) modoD) tempoE) causa

19. Na frase: “Sabendo que seria preso, ainda assim saiu à rua”, a idéia contida na oração em destaque é de:

A) conformidadeB) tempo C) modoD) concessãoE) condição

20. Na frase: “Não vendo o poste, colidiu com ele”, a oração destacada encerra idéia de:

A) concessãoB) modo C) causaD) finalidadeE) condição

21. A - Sua palavra foi a primeira a perder o significado naquele agitado contexto.

B - Tenho necessidade de me apoiares nesta complicada situação.

C - Antes de repelir seus mestres, procure compreendê-los.

Analisando os períodos A, B e C, concluímos que as frases neles destacadas são três orações reduzidas. Desdobrando-as, obteremos, respecti-vamente:A) uma adjetiva - uma substantiva - uma adverbialB) uma adjetiva - uma adverbial - uma substantivaC) três adverbiais D) uma adjetiva - duas adverbiaisE) uma adverbial - duas adjetivas

12. TÓPICOS GRAMATICAIS

Pontuação

Os sinais de pontuação são recursos típicos da língua escrita porque esta não dispõe do ritmo e da melodia da língua falada. É, pois, a pontuação um meio de representar, na escrita, as pausas e entonações da fala. Desse modo, não há critérios extremamente rígidos quanto ao uso dos sinais de pontuação. Mesmo assim, faremos um breve estudo acerca das principais regras para o emprego dos sinais de pontuação exigidas pelas principais bancas examinadoras.

1) Ponto Final } Utilizado para encerrar qualquer tipo de frase declarativa ou imperativa. Representa a pausa máxima da voz.Ex.: É preciso estudar tudo.

Observação: Também é usado para indicar abreviação de palavras (Sr. / Sra. / Obs.).

2) Ponto de Interrogação } Usado em frases interrogativas diretas, ainda que a pergunta não exija resposta. Ex.: Por que você faltou ontem?

3) Ponto de Exclamação } Usado ao final de frases exclamativas e imperativas. Também é comum após interjeições ou orações que indiquem surpresa, entusiasmo.Ex.: Saia daqui! / Que bom!

4) Ponto e Vírgula } Pausa superior à vírgula.

A) Separar os diversos itens de uma enumeração.Ex.: Os manifestantes entregaram uma pauta de reivindicação constando os seguintes itens: redução da jornada de trabalho; direito a descanso remunerado; fim das demissões e garantia dos direitos adquiridos na última assembléia.

B) Separa orações que em seu interior já tenham vírgula. Ex.: Antes, você dirigia tudo; agora, dirijo eu.

5) Dois Pontos } Usados para “anunciar” algo.

A) Citação.Ex.: Recordando um verso de Manuel Bandeira: “A vida inteira que poderia ter sido e que não foi”.

B) Enumeração.Ex.: Ganhei muitos presentes: roupas, sapatos etc.

C) Na invocação das correspondências. Ex.: Prezado Senhor: Penso que não poderei comparecer à sua festa, na próxima semana. (...)

6) Reticências } Indicam interrupção do pensa-mento. Ex.: E eu que trabalhei tanto pensando que...

7) Aspas } A) Para isolar citação textual colhida a outrem. Ex.: Como afirma McLuhan: “O meio é a mensagem”.

B) Para isolar palavras ou expressões estranhas à língua culta (expressões populares, gírias, estran-

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geirismos, neologismos, arcaísmos, etc). Ex.: Ele era um “gentleman”. Pedro estava “numa nice”.

C) Indicar sentido diverso do usual (ironia). Ex.: Ficou “lindo” (= feio).

8) Parênteses } Servem para isolar explicações, indicações ou comentários acessórios. Ex.: Marcos leva uma vida mansa (dinheirinho, casa, comida, roupa lavada, etc) e ainda reclama da vida.

9) Travessão } Pode ser usado:

A) nos diálogos, indicando que alguém está falando de viva voz (discurso direto), marcando a mudança de interlocutor. Ex.: – Olá! Como vai? – Vou bem. E você? (...)

B) o duplo travessão para substituir a dupla vírgula. Ex.: Castro Alves – poeta romântico – foi abolicionista.

C) diante de enumeração, substituindo os dois pontos. Ex.: Apesar da imensa crise financeira por que passou, decidiu comprar tudo – roupas, sapatos, toalhas, etc.

10) Vírgula

A) Indicar a omissão de um termo (geralmente verbo).Ex.: Na sala, muitos alunos interessados. (há) Muitos preferem cinema; eu, teatro. (prefiro)

B) Separar termos de mesma função sintática.Ex.: Alunos, professores e funcionários viajaram. Mauro comprou balas, pirulitos e pipocas.

C) Para separar aposto e vocativo.Ex.: Brasília, capital do Brasil, é belíssima. Senhor, livrai-nos de todo o mal!D) Para separar palavras e expressões explicativas ou retificadoras como: por exemplo, ou melhor, isto é, aliás, além disso, então etc.Ex.: Os atletas chegaram ontem, aliás, anteontem.

E) Para separar os termos e orações deslocados de sua posição normal na frase ou intercalados.Ex.: De lasanha, eu gosto. / Os livros, você trouxe? Pela manhã, os alunos foram à escola. Enquanto todos dormiam, eu estudava. Terminada a sessão, iremos para casa. O importante, afirmou o atleta, é competir.

F) Para separar orações coordenadas.Ex.: Chegou, entrou rápido, depois saiu. (assindética) Falam muito, mas nada fazem. (sindética)

Observações:1) As conjunções e, ou e nem, quando repetidas ou empregadas enfaticamente, admitem vírgula antes. Ex.: Todos cantavam, e pulavam, e sorriam.2) Ele agiu de má fé, e o policial o prendeu. (sujeitos diferentes) 3) Para separar orações adjetivas explicativas.Ex.: O candidato, que é inteligente, estuda muito.

13.1. ALTERAÇÃO DE VALOR SEMÂNTICO:

A alteração do valor semântico, mediante o uso das vírgulas, está diretamente relacionada ao contexto lingüístico situacional em que ocorre o enunciado, bem como à intencionalidade do falante. Vejamos alguns casos:

Ex1.: Os micros, que são modernos, custam caro. (Explicação – sentido amplo) Os micros que são modernos custam caro. (Restrição – sentido restrito)

Ex2.: As monarquias, despóticas e sórdidas, prejudicaram a democracia. (Explicação – sentido amplo)As monarquias despóticas e sórdidas prejudicaram a democracia. (Restrição – sentido restrito)

Ex3.: Mate, não perdoe! (ordem de execução) Mate não, perdoe! (pedido de clemência)

É IMPORTANTE EXERCITAR...

1. (UEPG-PR) A opção em que está correto o emprego do ponto-e-vírgula é:

A) Solteiro; foi um menino; turbulento, casado; era um moço alegre viúvo, tornara-se um macambúzio.B) Solteiro foi um menino turbulento, casado; era um moço alegre viúvo, tornara-se um macambúzio.C) Solteiro foi um menino turbulento, casado era um moço alegre, viúvo; tornara-se um macambúzio.D) Solteiro, foi um menino turbulento; casado, era um moço alegre; viúvo, tornara-se um macambúzio.E) Solteiro, foi um menino turbulento, casado; era um moço alegre, viúvo; tornara-se um macambúzio.

2. (UEMT) Os períodos abaixo apresentam diferença de pontuação. Assinale a letra que corresponde ao período de pontuação correta.

A) O sinal estava fechado; os carros, porém não paravam.B) O sinal, estava fechado: os carros porém, não paravam.C) O sinal estava fechado; os carros porém, não paravam.D) O sinal, estava fechado: os carros, porém não paravam.E) O sinal estava fechado; os carros, porém, não paravam.

3. (UFRJ) Marco Túlio Cícero, tão famoso quanto Demóstenes na área da retórica, sempre dizia: Prefiro a virtude do medíocre ao talento do velhaco.

Neste período está faltando um sinal de pontuação.A) vírgula D) aspasB) ponto-e-vírgula E) reticênciasC) ponto de exclamação

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Português

4. (Cefet-PR) Assinale a única alternativa que apresenta pontuação não justificável.

A) Eu, sou valente, disse o fanfarrão.B) Todos, os meus amigos, sabem disso, meu velho!C) Todos os meus amigos sabem, disso estou certo!D) A caridade, que é virtude cristã, agrada mais aos pobres que aos ricos.E) Fui lá, ainda ontem, e procurei-o.

5. (Fuvest-SP) “Podem acusar-me: estou com a consciência tranqüila.”Os dois pontos (:) do período acima poderiam ser substituídos por vírgula, explicitando-se o nexo entre as orações pela conjunção:

A) portanto. D) embora.B) pois. E) como.C) e.

6. (Fuvest-SP) “Maria das Dores entra e vai abrir o computador. Detenho-a: não quero luz”.Os dois pontos (:) usados acima estabelecem uma relação de subordinação entre as orações. Que tipo de subordinação?

A) temporal D) conclusivaB) concessiva E) causalC) final

7. (FMABC-SP) Assinale a alternativa cuja frase está corretamente pontuada.

A) O Sol que é uma estrela, é o centro do nosso sistema planetário.B) Ele, modestamente se retirou.C) Você pretende cursar Medicina; ela, Odontologia.D) Confessou-lhe tudo; ciúme, ódio, inveja.E) Estas cidades se constituem, na maior parte de imigrantes alemães.

Texto LP- I

A revolução da informação, o fim da guerra fria — com a decorrente hegemonia de uma superpotência única — e a internacionalização da economia impuseram um novo equilíbrio de forças nas relações humanas e sociais que parece jogar por terra as antigas aspirações de solidariedade e justiça distributiva entre os homens, tão presentes nos sonhos, utopias e projetos políticos nos últimos dois séculos. Ao contrário: o novo modelo — cuja arrogância chegou ao extremo de considerar-se o ponto final, senão culminante, da História — promove uma brutal reconcentração de renda em âmbito mundial, multiplicando a desigualdade e banalizando de maneira assustadora a perversão social.

Ari Roitman. In: O desafio ético. Rio de Janeiro: Garamond, 2000, p. 10 (com adaptações).

STÃ8. (Cespe - UnB / INMETRO) Julgue os itens a

seguir, a respeito do emprego dos sinais de pontuação no texto LP-I.

I Os travessões nas linhas 1 e 2 marcam a inserção de uma observação adicional e, por isso, podem ser substituídos por sinais de parênteses.II Os dois-pontos depois de “contrário” (l.8) introduzem uma enumeração; por isso, os sentidos textuais permitem a sua supressão.III Embora os travessões correspondam ao emprego

de vírgulas, é recomendável o uso dos travessões nas linhas 8 e 10 porque a inserção que aí ocorre já inclui vírgulas.IV A vírgula depois de “mundial” (l.11) marca o fim de um raciocínio; por isso, admite ser substituída por ponto final.

A quantidade de itens certos é igual aA) 0. B) 1. C) 2. D) 3. E) 4.

9. (FCC / TRE – BA) A pontuação está inteiramente adequada na seguinte frase:

A))Essa possibilidade – a de repetirmos certos experimentos tantas vezes quantas desejarmos – é uma das grandes armas da ciência contra o charlatanismo.B) Não cabe a mim, como físico explicar tamanha atração: por explicações de tudo o que está além do que chamamos fenômenos naturais.C) Para mim, mais fascinante que as suposições astrológicas, é conduzir-me, do mesmo modo com que se conduziram, os cientistas que me precederam.D) "Acreditar" nos resultados; eis uma coisa que não passa pela cabeça dos cientistas, cuja obstinação, está na comprovação dos fatos.E) Pergunte-se a cada um, dos que crêem na astrologia, se não o seduz a idéia que sua personalidade deriva, efetivamente, de um certo arranjo cósmico?

10. (FGV-SP) Leia atentamente: “A maior parte dos funcionários classificados no último concurso, optou pelo regime de tempo integral”. Na frase há um erro de pontuação, pois a vírgula está separando de modo incorreto:

A) o sujeito e o predicado.B) o aposto e o objeto direto.C) o adjunto adnominal e o predicativo do sujeito.D) o sujeito e o predicativo do objeto direto.E) O objeto direto e o complemento agente da passiva.

11. (UM-SP) “- Muito bom dia, senhora,Que nessa janela está;sabe dizer se é possívelalgum trabalho encontrar? “

(João Cabral de Melo Neto)

No primeiro verso, senhora vem entre vírgulas porque o termo é: A) um aposto. B) um sujeito deslocado.C) um vocativo. D) um predicativoE) um sujeito simples.

12. (Uni-Rio-RJ) Assinale o item em que há erro no tocante à pontuação.

A) – D. Sara, a senhora é nossa benfeitora.B) Mulheres pobres, lavando roupa nas tinas, representavam o outro lado do mundo.C) Peixadas, galinha de cabidela, camarão, tudo me recordava D. Cláudia.D) Bandeira, só, enfrentava a orfandade.E) Couto meu melhor amigo antecedeu-me na Academia.

13. (COVEST – PE) Analise os pares de enuncia-

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Português

dos abaixo. Indique a alternativa em que, apesar da alteração no uso da vírgula, o sentido se mantém.

A) As sociedades, tirânicas e injustas, ofuscaram o direito à liberdade. As sociedades tirânicas e injustas ofuscaram o direito à liberdade.B) Se os homens avaliassem o sentido que têm os acontecimentos, seriam outros. Se os homens avaliassem o sentido que têm, os acontecimentos seriam outros. C) Ninguém é livre se não pode fazer suas próprias escolhas. Ninguém é livre, se não pode fazer suas próprias escolhas.D) Brasileiros, podem unir-se a favor da liberdade! Brasileiros podem unir-se a favor da liberdade!E) Os homens não aspiram à liberdade. Os homens, não, aspiram à liberdade.

14. (COVEST – PE) Analise os pares de enuncia-dos abaixo. Assinale a alternativa em que, apesar da alteração no uso da pontuação e de outros sinais, o sentido se mantém.

A) Embora a violência ainda impere, as comunidades, que são desassistidas pelo poder público, continuam buscando a paz. Embora a violência ainda impere, as comunidades que são desassistidas pelo poder público continuam buscando a paz.B) O Diretor informou que, com o resultado do último concurso, a contratação de novos funcionários definirá a realização de um outro programa. O Diretor informou que - com o resultado do último concurso - a contratação de novos funcionários definirá a realização de um outro programa.C) Crianças da periferia, em Recife, podem já buscar a garantia de atendimento aos direitos, que lhes são básicos. Crianças da periferia - em Recife - podem já buscar a garantia de atendimento aos direitos que lhes são básicos.D) Para assegurar o desenvolvimento, das comuni-dades menos assistidas espera-se a máxima partici-pação. Para assegurar o desenvolvimento das comunida-des menos assistidas, espera-se a máxima participa-ção.E) Não teria sido bom se tivessem falado de ações repressivas, pois a garantia de atendimento aos direitos básicos é prioritária. Não; teria sido bom se tivessem falado de ações repressivas, pois a garantia de atendimento aos direitos básicos é prioritária.

15. (NCE-RJ / UFRJ) O item em que todas as vírgulas da frase de Caetano Veloso estão colocadas de forma mais adequada é:

A) Eu dizia, sobre os arranha-céus de Nova York, que, olhando para eles, tinha a impressão de que eles já haviam sido destruídos há muito tempo;B) Eu dizia sobre os arranha-céus de Nova York que, olhando para eles, tinha a impressão de que eles já haviam sido destruídos há muito tempo;C) Eu dizia sobre os arranha-céus de Nova York, que, olhando para eles, tinha a impressão de que eles já

haviam sido destruídos há muito tempo; D) Eu dizia sobre os arranha-céus de Nova York que, olhando para eles, tinha a impressão, de que eles já haviam sido destruídos há muito tempo;E) Eu dizia sobre os arranha-céus de Nova York que, olhando para eles, tinha a impressão de que eles já haviam sido destruídos, há muito tempo.

16. (NCE-RJ /CGJ-RJ) “Um espectro ronda a Justiça brasileira neste final de ano: a Reforma do Judiciário.”; o “Guia de uso de Português”, de Maria Helena de Moura Neves, p. 269, aponta alguns casos de emprego de dois pontos. O item que indica o caso adequado ao fragmento destacado do texto é:

A) enumeração; B) explicitação; C) explicação; D) exemplificação; E) fala de personagem.

17. (NCE-RJ /CGJ-RJ) O segmento do texto que mostra um equívoco do editor do texto no emprego da vírgula é:

(A) “...a realidade do Judiciário e a necessidade de sua reforma foram, nos últimos meses, deformados...”; (B) “...distribuição de Justiça em nosso Estado e vê-la reconhecida, senão por todos, ao menos pela maioria...”; (C) “Recente pesquisa da OAB, mostrou que 55% da população mal conhece o Judiciário.”; (D) “De resto, temos à disposição diversos mecanismos endógenos, eficazes, de controle...”; (E) “...o pior de todos, com exceção dos outros...”.

18. (FCC/ TRE-CE) Está inteiramente adequada a pontuação do seguinte período:

A) Se de fato, a vontade geral predominasse, sobre as vontades particulares, as decisões políticas, refletiriam mais do que interesses, pessoais ou corporativos.B) A distinção entre as duas vontades feita por Rousseau, pode parecer estranha à primeira vista, mas logo, revela-se cheia de sabedoria.C)) Ao se referir à infância dos povos, o pensador francês alude ao homem no estado da pura natureza, longe dos artifícios da civilização.D) Os bons leitores, de um grande filósofo, devem evitar que, um pensamento complexo, se torne sim-plório, para assim não falsificar sua tese central.E) O pessimismo de Rousseau ao qual o autor do texto alude, prende-se ao fato de que, o filósofo genebrino, lamentava os rumos da civilização.

19. (NCE-RJ /Eletrobrás) “O uso das reticências após “eu”, no primeiro parágrafo do texto, indica que:

A) um segmento do texto original foi suprimido; B) havia palavras que não deveriam ser publica-das; C) alguns dados foram esquecidos pelo cronista; D)havia outras coisas que também eram idênticas; E) as lembranças do cronista são confusas.

20. (IPAD – METROREC) Assinale a alternativa em que o uso das vírgulas está adequado.

A) Na linguagem, formalidade e informalidade podem expressar, de fato, respeito entre as pessoas. B) Segundo o autor, a habilidade de falar bem, é requisito fundamental para as pessoas de negócios.

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Português

C) É importante, economizar no palavreado técnico porque, este não tem a preocupação de comunicar. D) O autor defende, que a simplificação da linguagem pode favorecer os negócios, e aumentar o número de clientes. E) Aquelas pessoas, que prezam a bagagem de palavreado técnico não devem, ser indicadas para falar com os clientes.

21. (PUCC-SP) Assinale a letra que corresponde ao período de pontuação correta.

A) Não, não esgotemos, tudo hoje, inclusive porque este assunto, deve ser discutido bem devagar.B) Naquele dia – uma Sexta-feira como outra qualquer – receberia a todos em sua casa: não era festa, apenas um jantarzinho íntimo.C) Calçados os sapatos, buscou a bolsa e falando muito; saiu correndo, não sem dizer, um adeus apressado.D) Nem as meninas, nem os rapazes ninguém conseguia – com bons modos, convencê-lo, a sair sem briga.E) Ela, em pé esperava atenta; ele, na cadeira de balanço olhava para o retrato, de Mozart em cima do piano.

22. (UPE – Policial Militar) Numere a 2ª coluna de acordo com a 1ª .

COLUNA 1 1. Vírgula 2. Ponto de exclamação 3. Ponto 4. Reticências 5. Travessão COLUNA 2( ) Marca uma interrupção da seqüência lógica da frase( ) Indica uma pausa de curta duração, sem marcar o fim do enunciado( ) Indica alegria, dor, surpresa, espanto, entre outras coisas( ) Marca a mudança de interlocutor nos diálogos( ) Emprega-se no final de frases declarativas

A seqüência correta é A) 4, 1, 3, 2, 5. B) 4, 1, 2, 5, 3. C) 3, 1, 2, 5, 4. D) 4, 2, 1, 3, 5. E) 3, 2, 1, 4. 5.

23. (UFSM-RS) Assinale a alternativa em que a pontuação está correta.

A) Embora esteja ameaçada pela poluição, aquela praia recebe durante o veraneio, muitos turistas.B) Por muitos séculos, o homem usou, imprudente-mente seu ambiente natural, ocasionando desequi-líbrio ecológico.C) A guerra flagelo terrível, tem sido uma cons-tante, em todos os tempos da humanidade.D) As recentes conquistas nucleares, alteram de modo profundo, as relações internacionais.E) Jovem, para entender a vida, comece por estudar o homem.

24. (Unisinos-RS) Ocorre pontuação inaceitável em:

A) Doutor, ainda que mal pergunte, o que é isso?B) Se queres distrair-te, ouve cantores italianos.C) Cláudia era entre todas as esposas, a mais amada.D) Perdôo-te; espero, porém, que não reincidas.E) Não creias naqueles que não acreditam em nada.

25. (FGV-SP) “Considerando as razões apresen-tadas, penso, que a solicitação será deferida.” No texto, uma das vírgulas separa errada-mente:

A) a oração principal e a oração subordinada substantiva objetiva direta.B) o sujeito e o objeto indireto.C) o predicativo do sujeito e o gerúndio.D) a oração subord. adv. causal e a or. principal.E) o sujeito e o verbo

14. ANÁLISE DE TEXTOS

Variações LingüísticasFunções da Linguagem

14.1. NÍVEIS DE LINGUAGEM

Formal e Informal

O homem é essencialmente um ser social, por isso a necessidade de comunicação surge com a formação dos primeiros grupos sociais. Ao contrário do que muitos possam pensar, a língua não é um sistema intangível, imutável. Como toda criação humana, está sujeita a ação do tempo e do espaço geográfico, sofre constantes alterações e reflete forçosamente as diferenças individuais dos falantes – região geográfica, o sexo, a idade, a classe social dos falantes e o grau de formalidade do contexto. A linguagem pode ser mais ou menos formal, dependendo da situação comunicacional entre os interlocutores, por isso é preciso distinguir o nível de formalidade que será usado a fim de que a emissão da mensagem seja eficiente. A linguagem formal segue a norma culta. É usada em situações formais (correspondências entre empresas, artigos de alguns jornais e revistas, textos científicos, livros didáticos, etc.), na língua oral e na escrita. Geralmente é empregada ao se dirigir a um interlocutor com quem não se tem proximidade: solicitação a uma autoridade, entrevista de emprego, por exemplo. A polidez e a seleção cuidadosa de palavras e expressões são características marcantes. Em síntese, a línguagem formal é usada em situações formais, e sua estrutura obedece a regras da norma culta. Já a linguagem informal é empregada em situações não formais como correspondência entre amigos e familiares, pressupondo um certo grau de intimidade com o interlocutor. Apresenta uma estrutura mais solta, com construções mais simples, e podem-se empregar abreviações, diminutivos, gírias e, às vezes, construções sintáticas que não seguem a norma culta. É importante lembrar que usar essa linguagem não significa que o emissor não saiba (ou não possa) se comunicar de outra forma quando necessário. A linguagem informal é mais comumente

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Português

utilizada na fala do que na escrita (um bilhete para uma situação do dia-a-dia, por exemplo). É comum também verificar-se essa modalidade de linguagem em textos de conversas informais das salas de bate-papo virtuais na internet (chats – mirc, msn, etc). Em síntese, é usada em situações informais, e sua estrutura permite o uso de gírias, diminutivos e expressões que não fazem parte da norma culta.

14.2. MARCAS LINGÜÍSTICAS

Nível de linguagem, características

Por registros lingüísticos ou variações de estilo entendem-se variações nos enunciados lingüísticos que estão relacionadas aos diferentes graus de formalidade do contexto de uso da língua, bem como a outras características como nível cultural, de instrução, regionalismos, etc. O maior ou menor conhecimento e proximidade entre os falantes determina o uso do registro mais ou menos formal.

14.3. FUNÇÕES DA LINGUAGEM

} Dependem do objetivo do emissor na comunicação (verbal ou não-verbal);} Nunca é exclusiva; em uma mensagem é comum haver mais de uma função, mas alguma prevalece.

A) Emotiva ou Expressiva } Centrada no emissor; opinião, sentimento / emo-ção; texto subjetivo (em 1a pessoa = verbos, pronomes, interjeições). Ex.: textos opinativos, cartas de amor etc.

B) Conativa ou Apelativa} Centrada no receptor; influencia e envolve; verbos no imperativo, pronomes na 2a pessoa e uso de vocativos. Ex.: discurso político e anúncios publicitários (Visite nossa loja! Aproveite nossas ofertas!)

C) Metalingüística} Centrada no código; definições / explicações (dicionários e gramáticas); “palavras para explicar palavras” = metalinguagem); após “isto é” e “ou seja” ; um texto que faz referência a outro texto. Ex.: Célula - s.f. Unidade morfofisiológica dos seres vivos. (...)

D) Poética ou Conotativa} Centrada na mensagem; não é exclusiva da poesia; Foco: busca o ritmo, a sonoridade, as imagens, os valores conotativos e as figuras de palavras). Ex.: poesias, letras de música, poemas em prosa etc. O romance Iracema, de José de Alencar, é um poema em prosa. Alencar explorou a expressividade da função poética da linguagem. Ex.: “Além, muito além daquela serra, que ainda azula no horizonte, nasceu Iracema. Iracema a virgem dos lábios de mel (...) O favo da jati não era tão doce quanto o seu sorriso; nem a baunilha recendia no bosque como seu hálito perfumado“...

E) Referencial ou Denotativa} Centra-se na informação; dados da realidade; linguagem direta e objetiva (informação sem opinião); palavras no sentido denotativo; prevalece o texto

escrito em 3a pessoa. Ex.: Predomina em textos dissertativos, jornalísticos e científicos: “Apostador da Linha do Tiro acerta sozinho na Mega Sena”./ “O movimento uniformemente variado possui aceleração constante e diferente de zero”.

F) Fática} Centrada no canal; Objetivo: prolongar/encurtar o contato com o receptor, ou testar a eficiência do canal;Ex.: A linguagem das falas telefônicas e dos prefixos radiofônicos, carregada de expressões (“alô, então, entende?!, aí então, tá me ouvindo?, então tchau, certo?, né?, aqui é a Rádio”...).

É IMPORTANTE EXERCITAR...

Chico Bento: por Maurício de Souza

Publicada no site http:/ /www.monica.com.br

1. Sobre a linguagem de Chico Bento e seu pai, pode-se afirmar que a mesma

A) contém erros que evidenciam a deterioração da língua.B) demonstra ignorância acerca da gramática do português.C) representa a variedade rural do português brasileiro falado.D) é reflexo do péssimo ensino do português nas escolas.E) é um modo de falar engraçado e estranho.

2. (NCE-RJ /CGJ-RJ) Segmento do texto que mostra uma expressão de nível de linguagem bem diferente da formal em um texto é:

A) “...o pior de todos, com exceção dos outros...”; B) “E é ela a segunda instituição menos confiável do país.”; C) “...presos à aplicação da lei, pagamos o pato.”; D) “E qual é a nossa verdade?”;

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Português

E) “Sob um cerco total de má-vontade e desinformação...”

TEXTO

Observe os quadrinhos abaixo e responda à questão 3.

3. (COVEST-PE) Assinale a alternativa em que se faz um comentário inaceitável aos quadrinhos de Ziraldo.

A) O menino tinha idéia clara acerca da finalidade apelativa do seu texto.B) Os termos do cartaz reproduzem a sintaxe típica desse gênero de texto.C) O menino demonstra inabilidade para ajustar-se às exigências de textos publicitários.D) As incorreções gramaticais do segundo quadro vão da ortografia à sintaxe.E) Os erros do cartaz constituíram uma estratégia para atrair possíveis consumidores.

TEXTO [A] para a questão 4.

TEXTO [B] para a questão 4.

4. (UPE) Observe, analise e conclua.I. Nos Textos [A] e [B], percebe-se uma transgres-são da norma culta, que se justifica graças à faixa etária e ao nível de escolaridade dos falantes.

II.O desvio da norma culta de que trata o item anterior baseia-se, respectivamente, na fala da personagem no segundo quadrinho do Texto [A] e na da personagem no primeiro quadrinho do Texto [B].III. No Texto [B], a mãe utiliza inadequadamente a norma culta, o que torna a coesão gramatical referencial pouco precisa.IV. Todas as falas, nos dois textos, estão adequadas às situações vividas pelas personagens e, também, de acordo com a norma culta.

A afirmação é corretaA) apenas no item I.B) apenas nos itens II e III.C) apenas nos itens II e IV.D) apenas no item III.E) apenas no item IV.5. (Fafeod-MG) Identifique a opção que apresenta

expressão de linguagem popular de

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Português

característica potencialmente diatópica:A) “Eu sou um deus automáticoque tudo faz e desfaz.”B) “Ora são onças pintadasque saltam no seu caminho.”C) “Na igreja de Sabaráum cristo nu chora ouro...”D) “A onça preta da Noite tá bebendo água no rio...”E) “Um caçador, mais a oeste,caçou veado a chumbo de ouro.”

Texto para a questão 6

Nos nossos dias, no entanto, já percebemos mudanças culturais, e a linguagem passa a ser mais maleável. A publicidade aproveita-se desta evolução e constrói mensagens mais dinâmicas, sem muitos laços com a retórica antiga, sem muitas orações subordinadas. Usa períodos curtos! Já não se preocupa tanto com vírgulas e pontos-e-vírgulas, com aquele linguajar formal de tanta reverência, mas começa a usar gíria (dentro de certos limites!), e o coloquialismo vai tomando conta do mercado. (...)

MEDEIROS, João Bosco. Técnicas de redação, São Paulo: Atlas, 1991. p. 65.

Fragmentos selecionados de anúncios publicitá-rios para a questão 06.

Fragmento A Peugeot 206. Quem põe as mãos, não tira da cabeça. (VEJA, São Paulo: Editora Abril, v. 34, n. 42, out. 2001.)Fragmento B Neste Natal, nossos pneus já vêm cantando de fábrica. (VEJA, São Paulo: Editora Abril, v. 34, n. 48, dez. 2001.)Fragmento C Notícias tão frescas que dá até para sentir o cheiro da tinta. (VEJA, São Paulo: Editora Abril, v. 43, n. 45, nov. 2001.)Fragmento D Basf: a química da vida é mais do que alta qualidade em tintas. (VEJA, São Paulo: Editora Abril, v. 34, n. 45, nov. 2001.)

6. (UPE / CFO-PM) Considere a relação do texto com os fragmentos de anúncios publicitários. Assinale a alternativa correta.

A) A maleabilidade da linguagem publicitária não está presente nos fragmentos, exceto no fragmento D.B) A dinamicidade da mensagem publicitária encontra-se nos fragmentos B e C.C) A sintaxe da linguagem publicitária, representada pelas orações subordinadas, está presente em todos os fragmentos.D) O coloquialismo, elemento dominante na mensa-gem publicitária, comparece nos fragmentos A, B, D.E) O convencimento imediato do consumidor está explícito em todos os anúncios aqui apresentados.

7. (Mack-SP) Considere as seguintes afirmações sobre as formas Gooool! Gooool!.

I – A repetição de uma letra sugere o modo como apalavra é pronunciada.II – O alongamento da vogal constitui uma tentativa de representar a entoação descendente do grito.III – A repetição das palavras e da pontuação busca representar a intensificação do grito.

Assinale:

A) se todas estiverem corretas.B) se apenas I e III estiverem corretas.C) se apenas II e III estiverem corretas.D) se apenas I e II estiverem corretas.E) se nenhuma estiver correta.

8. Analise as proposições abaixo ( V / F ):

I II

V F“Não concordo com essa postura desonesta de muitos políticos”... – função poética (conotativa)

V F

Define as relações entre a mensagem e o receptor, objetivando influir no seu comportamento por meio de um apelo ou ordem. Ex.: “Compre batom!” – função conativa ou apelativa

V FDefine as relações entre a mensagem e o canal, com o objetivo de iniciar, manter ou interromper o contato. – função fática

V FDefine as relações da mensagem consigo mesma, visando criar um universo próprio. – função metalingüística

V FDefine as relações entre a mensagem e o código, para explicar o signo lingüístico. – função referencial ou denotativa

TEXTO

Liteira s. f. (ant.) Cadeirinha portátil, coberta, sus-pensa por dois varais e carregada por dois homens ou dois animais.

Celso Pedro Luft. Mini Dicionário Luft.

TEXTO

A maioria da tripulação do KursK estava no local do choque", diz ministro russo. (...) "A maioria da tripulação deveria estar na parte do navio que sofreu um choque brutal", disse Klebanov à imprensa. "Mas, segundo os construtores do submarino, os tripulantes devem ter tido tempo suficiente para se abrigarem em compartimentos seguros", segundo o ministro. O Kursk está encalhado desde sábado (12) no mar de Barents, com 118 tripulantes a bordo. A tripulação não dá sinais de vida desde quarta-feira (16) pela manhã.

Folha de São Paulo [17/08/2000]

9. Assinale a alternativa correta quanto às funções da linguagem que predominam nos textos acima:

A) fática e poéticaB) denotativa e conativaC) expressiva e conotativaD) metalingüística e referencialE) apelativa e emotiva

15. TÓPICOS GRAMATICAIS

Sintaxe de Concordância

15.1. CONCORDÂNCIA NOMINAL

Principais casos

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Português

Ocupa-se da relação entre as classes de palavras que compõem o chamado grupo nominal: substantivo , artigo, numeral, pronome e adjetivo.1) Concordância do adjetivo (adjunto adno-minal) com o substantivo

} O adjetivo concorda em gênero e número com o substantivo a que se refere.Ex.: A casa amarela ficava no fim da rua.

} Um só adjetivo referindo-se a mais de um substantivo de gênero ou número diferentes:

Quando vem após os substantivos, concorda com o mais próximo ou com os dois (substantivos).

Ex.: O rapaz e a moça apaixonada / apaixonados saíram.

Observação: É importante lembrar o seguinte critério, quando o adjetivo concordar com os dois substantivos: masc. + masc., masc. + femin. ou femin. + masc. = masculino plural; femin. + femin. = feminino plural.

Quando vem antes dos substantivos, concorda com o mais próximo. Ex.: Os antigos postes e luminárias eram requintados.

} Dois adjetivos referindo-se ao mesmo subs-tantivo:Ex.: Os líderes japonês e italiano se reuniram hoje. O líder japonês e o italiano se reuniram hoje.

2) Concordância do Particípio com o Substantivo

} O particípio concorda em gênero e número com o substantivo a que se refere:

nas orações reduzidasEx.: Dado o sinal, todos se retiraram. Concluídas as pesquisas, detalharemos os dados.

na voz passivaEx.: Foram anotadas todas as reclamações. Haviam sido anotados os detalhes.

Quando o particípio se refere a dois ou mais substantivos de gêneros diferentes: Ex.: O empenho e a confiança foram ampliados.

O particípio não varia quando forma tempo composto Ex.: Ninguém havia anotado as reclamações. Todos haviam anotado as reclamações.3) Casos Gerais

} É preciso / É necessário / É proibido ... Sem elemento determinante ficam invariáveis. Caso contrário, concordam em gênero com ele. Ex.: É proibido entrada. (sem elemento determinante) É proibid a a entrada. (com determinante)

É preciso álcool para limpar a mesa. Seriam precis os vários conferencistas.} Mesmo/próprio/incluso/anexo/obrigado/quite Concordam em gênero e número com o substantivo a que se referem.Ex.: Seguem anexos (ou inclusos) os documentos. Muito obrigadas – responderam elas. Elas mesmas (ou próprias) fizeram o trabalho. Nós estamos quites com a receita federal.

Observação: “Em anexo” = invariável

} Bastante / Bastantes Bastante = muito (a), suficiente. (função adverbial)Ex.: Conheceu bastante coisa durante a visita. Estudei bastante hoje.

Bastantes = muitos (as), suficientes. (função adjetiva)Ex.: Fiz bastantes coisas em casa. Estudei bastantes assuntos para o concurso.

} Caro / barato / alto / baixo Ex.: Elas são altas.(adjetivo) Elas falaram alto. (advérbio) A roupa é cara.(adjetivo) A roupa custou caro. (advérbio)} Meio = “um pouco”. (invariável - função adverbial)Ex.: Amanda está meio pensativa. = “metade”. (variável - função adjetiva)Ex.: Tomamos meia garrafa de vinho. Estava a meio metro de distância. = “veículo, caminho”. (variável - substantivo)Ex.: O(s) meio(s) de comunicação de massa...

} Só / a Sós = “somente, apenas”. (invariável - função adverbial)Ex.: Só eles não concordaram com a proposta.

= “sozinho”. (variável - função adjetiva)Ex.: Ele (a)(s) estava(m) só(s). (ou “a sós” = invar.)

} Menos / alerta / pseudo / a olhos vistos São invariáveisEx.: Havia menos pessoas na reunião de hoje.Os policiais estavam alerta. (ou “em alerta” = invariável)

Trata-se de pseudo-sábias. O dinheiro inflacionado desaparece a olhos vistos.

Observação: Alerta = “aviso, sirene” é substantivo e sofre flexão. Ex.: Já dei vários alertas ao gerente.

} Possível / Possíveis Usadas em expressões superlativasEx.: O político obteve o maior elogio possível.As portas estavam o mais bem fechadas possível.As noticias que trouxe são as melhores possíveis.Ela fazia trabalhos os mais completos possíveis.

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Português

} Adjetivos adverbializados Ficam invariáveis.Ex.: Márcio foi direto à secretaria. (=diretamente) Saiu rápido para o trabalho (=rapidamente)

} Tal qual “Tal” concorda com o antecedente e “qual” com o conseqüente.Ex.: Raphael é tal quais os pais. As meninas eram tais qual a mãe.

15.2. CONCORDÂNCIA VERBAL

Principais casos

1) Com o Sujeito Simples

} O verbo concorda com o sujeito em número e pessoa, estando o sujeito antes ou depois do verbo.Ex.: Os presidiários faziam misérias. Vós conseguistes um bom dinheiro.

2) Com sujeito composto anteposto ao verbo

} O verbo concorda com os dois elementos do sujeito.Ex.: Ouro Preto e Mariana são cidades históricas. A secretária e o diretor chegaram ontem. Se os núcleos forem sinônimos ou formados de palavras de um mesmo conjunto significativo. (singular ou plural)Ex.: A sinceridade e a franqueza é / são uma virtude.

Núcleos em seqüência gradativa (singular ou plural)Ex.: Uma brisa, um vento, um furacão não o abalava / abalavam .

Núcleos resumidos por pronome indefinido (tudo, nada, todos, ..)Ex.: Papel, lápis, borracha, tudo era caro na loja. Tios, irmãos, primos, todos chegaram cedo.

3) Com sujeito composto posposto ao verbo

} O verbo concorda com o termo mais próximo ou com os dois elementos do sujeito.Ex.: Vende-se (ou vendem-se) casa e apartamentos.Chegou (ou chegaram) a carta e o bilhete.

4) Outros Casos Gerais

} Quando o sujeito é formado de um coletivo:Ex.: O cardume escapou. Os cardumes escaparam.

} Quando o sujeito é formado de um coletivo singular: Ex.: Um grupo chegou. (não especificado) Um grupo de mães chegou / chegaram. (especificado)

} Com nomes próprios só plural:

Ex.: Minas Gerais não possui mar.

(sem determinante)

As Minas Gerais não possuem mar. (com determinante)

Observação: Quando se trata de títulos de obras, admite-se o plural ou o singular. Ex.: Os lusíadas é / são uma obra de Camões

} Pronomes de tratamento: sempre usar 3ª pessoa.Ex.: Vossa Excelência conhece seu problema.Vossas Excelências conhecem seus problemas.

} Pronomes relativos QUE e QUEMEx.: Fui eu que paguei a conta. Fomos nós quem pagou / pagamos a conta.

} Núcleos ligados por OUEx.: Ana ou Júnior vencerá o jogo. (exclusão = verbo no singular) Recife ou Natal possuem belas praias. (adição = verbo no plural)

} Com a palavra “SE” Partícula apassivadora

Analisou-se o plano de reforma agrária. Analisaram-se os planos de reforma agrária.

Índice de Indeterminação do Sujeito

Precisa-se de homens e mulheres corajosos.Descansa-se muito em Aldeia.

} COM SUJEITO FORMADO POR EXPRESSÕES

a) Um ou outro – o verbo fica no singular.Ex.: Hoje, um ou outro viaja a Brasília.

b) Um e outro, nem um nem outro, nem... nem... – o verbo vai, de preferência, para o plural.Ex.: Um e outro esculpiam a madeira da porta.

c) Um dos que, uma das que – o verbo vai, de preferência, para o plural. (singular = ênfase)Ex.: Eu era uma das que mais estudavam.O aluno é um dos que menos aparecem no curso.

d) Mais de, menos de – o verbo concorda com o numeral que segue a expressão.Ex.: Mais de um tenista representou o Brasil. Mais de cem pessoas morreram no incêndio.

*Casos especiais:

Mais de um aluno, mais de um professor faltaram.(expressões repetidas na mesma frase)

Mais de um veículo chocaram-se. (“se” = indicando reciprocidade)e) A maior parte de (ou uma porção de, grande número de, a maioria de, metade de...) – o verbo fica, de preferência, no singular.Ex.: A maior parte precisa ler mais. (não especificado)

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Português

A maior parte dos alunos precisa / precisam ler.

f) Locuções pronominais [Qual(is) de nós...; muito(s) de vocês, ... ] – O verbo concorda com o pronome indefinido (ou interrogativo) ou com o pronome pessoal.Ex.: Qual de vós é humilde? Quais de vós são / sois humildes?

} Com número percentualEx.: 1% (da produção) foi vendido. 5% (das pessoas) discordam da imposição. 1% das pessoas discorda (m) da imposição. Os 87% da produção de soja foram negociados.

} Expressão HAJA VISTA: “Vista” é invariável.Ex.: Haja(m) vista os ladrões de colarinho branco.

} CONCORDÂNCIA DOS VERBOS IMPESSOAIS

Por não possuírem sujeito, os verbos impes-soais ficam na 3ª pessoa do singular.

Haver (singular) usado no sentido de: “O F-E-RA” (ocorrer, fazer, existir, realizar-se e acontecer) Ex.: Há alunos que estudam muito. (=existem) Houve uma grande festa. (=realizou-se) Há muitos anos que não nos vemos. (=faz)

FA-S-E (verbos fazer, ser e estar) indicando: tempo decorrido, hora, data ou fenômeno da natureza. “Fazer ” e “estar” sempre no singular; o verbo “ser”, singular ou plural de acordo com o contexto. Ex.: Faz meses que te espero. (e não “fazem”) Era cedo quando cheguei. Estava um dia chuvoso. / Hoje é/são 20 de maio.

Verbos = Fenômenos da natureza (Chover, nevar, ventar, gear, trovejar, relampejar, anoitecer, etc.)Ex.: Choveu ontem. / Anoiteceu lentamente.

Expressões “basta de”, “chega de”, “passa de” etc.Ex.: Chega de preguiça! Já passa de uma hora.

Observações:1 - Os verbos que exprimem fenômenos da natureza, quando usados em sentido figurado, deixam de ser impessoais.Ex.: Já amanheci disposto. Eu Choveram denúncias no INSS. denúncias.2 - Quando acompanhado de verbo auxiliar, o verbo impessoal transmite a ele a sua impessoalidade.Ex.: Deverá haver feiras de artesanato na praça. Vai fazer cinco anos que te vi.3 - Na língua popular é comum o uso do verbo ter, impessoal, no lugar de haver ou existir. Ex.: Tem gente nova no pedaço. Tem dias em que a gente estuda demais.

} Concordância dos verbos dar, soar e bater Na indicação de horas, esses verbos concordam com o número de horas que, normalmente, é o sujeito. A não ser que sejam usadas outras palavras

como sujeito.Ex.: Deu dez horas o relógio da matriz. Bateram cinco horas no relógio da matriz.

} Faltar, sobrar e bastarEsses verbos concordam com o sujeito.Ex.: Basta uma semana para terminar a promoção. Faltam quinze minutos para as duas horas.

} Concordância do verbo SER O verbo ser ora concorda com o sujeito, ora concorda com o predicativo. Ex.: Esses sorrisos são a minha alegria. Minha vaidade são minhas filhas. O parlamentar sempre ausente sois vós. Se o sujeito indicar peso, medida, quantidade e for seguido de palavras ou expressões como pouco, muito, menos de, mais de etc., o verbo ser fica no singular.Ex.: Cinco quilos de arroz é mais do que necessário.Trezentos reais pela passagem é muito.

} Concordância do verbo PARECERAntes do infinitivo admite duas concordâncias:Ex.: As brincadeiras pareciam alegrar a criançada. As brincadeiras parecia alegrarem a criançada.

É IMPORTANTE EXERCITAR...

1. (NCE-RJ / UFRJ) Na beira de uma estrada havia uma placa com as seguintes palavras:

VENDE-SE OVOS FRESCOS DE GALINHAS

Dessa placa pode-se dizer que:A) há necessidade absoluta de especificar-se que os ovos são de galinhas;B) apresenta um erro de concordância, segundo a norma culta;C) o adjetivo “frescos” se refere à temperatura dos ovos;D) não revela o essencial: o preço; E) o verbo “vender” afasta os fregueses, em lugar de atraí-los.

2. (NCE-RJ / UFRJ) As frases abaixo foram retira-das de uma reportagem de um jornal paulista; indique aquela que apresenta problemas de concordância, segundo a norma culta:

A) os assaltantes preferem carros e motos modernas;B) os motoristas passam por estreitos becos e vielas;C) os automóveis com moderno farol e pára-brisa;D) os transeuntes passam por iluminados praça e largo;E) os muros do bairro são cinza e marrons.

3. (NCE-RJ / UFRJ) A frase de construção EQUIVOCADA é:

A) era perto de três horas da tarde;B) eram 25 de agosto;C) Neuzinha era as preocupações do pai;

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Português

D) da cidade à ilha são dez quilômetros;E) era dez horas quando ela chegou.

4. (NCE-RJ / UFRJ) A frase abaixo que admite outra flexão do verbo é:

A) V. Exa. é inteligente;B) O quadro ou os quadros foram vendidos;C) A maior parte dos operários decidiu sair;D) Precisa-se de mais empregos;E) Era uma vez dois irmãos bastante amigos.

5. (NCE-RJ / UFRJ) A frase que apresenta ERRO no emprego do verbo fazer é:

A) Faz três anos que elas se casaram;B) Fazem-se muitos trabalhos apressadamente;C) Já deve fazer dois anos que chegamos;D) Vão fazer duas semanas que lá estive;E) Aqui faz invernos terríveis.

6. (NCE-RJ / CGJ-RJ) “...55% da população brasileira mal conhece o Judiciário.”; uma gramática de língua portuguesa afirma que “quando o sujeito for expresso por número percentual ou fracionário, o verbo concordará com o numeral, mas que é comum, entretanto, encontrarem-se exemplos de frases com o verbo concordando com a expressão que acompanha o numeral”. Nesse caso, podemos dizer que, segundo a orientação gramatical:

A) o autor do texto errou na concordância verbal; B) o termo “população brasileira” deveria ser colocado no plural; C) a única forma possível do verbo seria “conhecem”; D) havia outra possibilidade de concordância verbal; E) a concordância empregada na frase pertence à linguagem popular.

7. (NCE-RJ / UFRJ) As frases abaixo foram retiradas de uma reportagem de um jornal carioca; a frase que apresenta um ERRO de concordância é:

A) Nas inundações, as crianças não devem andar descalças;B) Anexas seguem as fotos da reportagem;C) As viagens pelo interior não ficam baratas;D) O divórcio é um mal, qualquer que sejam seus motivos;E) Não o vejo há bastantes anos.

8. (NCE-RJ /UFRJ) O item que NÃO admite a variante entre parênteses é:

A) Tomei as medidas que julguei convenientes (que julguei conveniente);B) O grupo de alunos chegou (chegaram);C) É proibido entrar na sala (entrada na sala);D) Não fiz os consertos por desnecessários (por desnecessário);E) Os Estados Unidos são um país grande (é um país grande).

9. (NCE-RJ / UFRJ) Entre os itens abaixo, aquele em que há ERRO no que se refere à concordância de “possível” é:

A) cenas as mais interessantes possíveis;B) cenas as mais interessantes possível;C) cenas o mais possível interessantes;

D) cenas o mais interessantes possível;E) cenas quanto possível interessantes.

10. (NCE-RJ / UFRJ) A frase com ERRO de concordância é:

A) Fica assegurada ao candidato a garantia de sigilo;B) Vocês sabem que esse direito não lhes são devidos;C) Foi dada baixa no estoque de livros;D) Chegaram os milhões de doses da vacina;E) Dadas as circunstâncias, nada mais temos a declarar.

11. (NCE-RJ / INCRA) “A cor, a forma, o volume, o material que foram escolhidos”; a forma verbal “escolhidos” mostra que o verbo se refere a todos os antecedentes (cor, forma, volume, material). A frase abaixo em que a forma verbal NÃO deveria estar no plural, nesse mesmo caso, por não referir-se a todos esses antecedentes é:

A) que foram selecionados;B) que foram utilizados;C) que foram preferidos;D) que foram eleitos;E) que foram priorizados.

12. Qual a frase com erro de concordância?A) Para o grego antigo a origem de tudo se deu com o caos.B) Do caos, massa informe, nasceu a terra, ordenadora e mãe de todos os seres.C) Com a terra tem-se assim o chão, a firmeza de que o homem precisava para seu equilíbrio.D) Ela mesma cria um ser semelhante que a protege: o céu.E) Do céu estrelado, em amplexo com a terra, é que nascerá todos os seres viventes.

13. Assinalar a alternativa em que a concordância verbal está incorreta:

A) Crianças, jovens, adultos, ninguém ficou imune aos seus encantos.B) Mais de mil pessoas compareceram ao comício.C) Não só a educação mas também a saúde precisa de muita atenção do governo.D) Bastam dois toques para sabermos que você chegou.E) Boa parte das pessoas está preocupada com o futuro.

14. A única frase em que NÃO há erro de concordância verbal é:

A) Será que não foi suficiente, neste tempo todo, as provas de fidelidade que lhes demos?B) Acredito que faltará, ao que tudo indica, acomodações para mais de um terço dos convidados.C) Se tiver de ser decidido, no último instante, as questões ainda não discutidas, não me responsabilizo mais pelo projeto.D) Houvessem sido mais explícitos com relação às normas gerais, os coordenadores de programa teriam evitado alguns abusos.E) É da maioria dos estudantes que depende, pelo que nos falaram os professores, as alterações do calendário escolar.

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Português

15. Como uma terceira opção, pode-se olhar a questão considerando diversos ângulos.

A concordância do verbo com o sujeito na frase anterior justifica-se pela mesma razão que determina a concordância verbal em:

A) A sociedade parece ser pouco sensível, por exemplo, aos problemas do alcoolismo.B) Vários aspectos relacionados ao problema não merecem a devida atenção.C) Por outro lado, a comunidade mostra-se extremamente sensível ao uso e abuso de drogas ilícitas, como maconha, cocaína, heroína, etc.D) Discute-se muito sobre a questão da descriminalização das drogas.E) Em recente estudo epidemiológico realizado em São Paulo, apontou-se esse alto índice de dependentes de álcool.

16. O período está expresso correto em:A) Não se pensam em miséria com dinheiro no bolso.B) Estudaram-se esta matéria.C) Esclareceram-se as dúvidas.D) Comentaram-se muito durante a estréia da peça.E) Convocou-se os candidatos à prefeitura.

17. Ela estava ... irritada e, à ....... voz, porém com ......... razões, dizia ....... desaforos.

A) meio - meia - bastantes - bastantesB) meia - meia - bastante - bastanteC) meia - meia - bastantes - bastantesD) meio - meia - bastante - bastanteE) n.d.a.

18. Em muito pouco tempo .......... vários erros, e ........ muitas horas para corrigi-los.

A) foram cometidos - serão necessáriasB) foi cometido - será necessárioC) foram cometidos - será necessáriasD) foi cometido - serão necessáriasE) foram cometidos - será necessária

19. Elas ......... providenciaram os atestados, que enviaram ......... às procurações, como instrumentos ......... para os fins colimados.

A) mesmas - anexos - bastantesB) mesmo - anexo - bastanteC) mesmas - anexo - bastantesD) mesmo - anexos - bastanteE) mesmas - anexos - bastante20. Pode a presença destes dois grandes nomes

do esporte ............ como ........ .A) serem tidos - certos B) ser tido - certo C) ser tida - certaD) serem tidas - certasE) ser tida - certo

21. A frase em que a concordância está correta é:A) O Grupo Ornitorrinco, em sua última montagem - aliás, excepcionalmente bem cuidada -, ilustram a tendência à mistura de linguagens, sobre a qual a crítica especializada tanto tem chamado a atenção.B) O pessoal do "Fora do Sério", grupo teatral de Ribeirão Preto, promove seu último espetáculo, e está

dando de presente dez ingressos aos leitores de um jornal paulistano que primeiro entrarem em contato com a redação.C) O último censo mostrou que a classe social menos privilegiada economicamente tiveram significativa piora na qualidade de vida nos dois últimos anos.D) A criançada veio para conhecer a exposição de animais recém-chegados ao zoológico, mas acabaram por visitar todas as instalações.E) A família urbana parece ter mudado, nos últimos tempos, seus hábitos de lazer, pois são vistos constantemente participando de passeios ciclísticos pela cidade ou de caminhadas por parques e regiões especialmente arborizadas.

22. Assinale a alternativa que preenche correta-mente as lacunas da frase apresentada.

Peço a V. Exa que ...... o atraso do encaminhamento de ...... pedido, o que só ontem ...... foi apresentado.A) desculpeis - vosso - vos B) desculpe - seu - lheC) desculpe - vosso - lheD) desculpe - vosso - vosE) desculpeis - seu - vos

23. Assinale a alternativa que preenche correta-mente as lacunas da frase apresentada.

...... sendo ...... ao diretor os documentos ...... à inscrição para o concurso.

A) Estão - entregues - relativoB) Está - entregues - relativosC) Está - entregue - relativoD) Estão - entregues - relativosE) Estão - entregue - relativos

24. (COVEST-PE) A concordância verbal e a nominal estão de acordo com a norma padrão em:

A) Houveram implicações boas e más naquelas atitudes dos empresários de Pernambuco.B) Propostas, o mais adequadas possíveis, em termos de qualidade, foi apresentada aos trabalhadores.C) Quaisquer deslizes perante o consumidor, nessa área, provoca problemas para a empresa.D) É necessário paciência para poderem os trabalhadores conseguirem seus plenos direitos. E) A ação social, um dos temas mais discutidos atualmente, faz os interessados repensarem a política fiscal.25. "Não tem namorado quem transa sem carinho,

quem se deixa acariciar sem vontade de virar sorvete ou lagartixa e quem ama sem alegria."

O primeiro verbo no singular se justifica porque:A) é oração sem sujeito.B) o sujeito está oculto.C) "ter" está empregado no sentido de "haver".D) o sujeito, ainda que composto, é oracional.E) o sujeito é "quem".

26. Vossa Senhoria me ..... a submissão ou a demissão; fico com ....., para servir à minha dignidade, e não ao ..... autoritarismo.

A) propusestes - aquela - seuB) propusestes - esta - vosso

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Português

C) propôs - aquela - vossoD) propôs - esta - seuE) propusestes - aquela - vosso

27. (COVEST – PE) Assinale a alternativa em que a concordância está inteiramente de acordo com a norma padrão.

A) Foi proposto, graças à atuação de ativistas, novos estudos acerca da legitimidade de certas medidas.B) Deveriam haver condições adequadas de saneamento básico para todas as camadas da população urbana e rural. C) O número de incidentes que comprometem o exercício dos direitos humanos fizeram com que novas medidas fossem propostas.D) A divulgação de muitas pesquisas revelou que dois terços da população acreditam na melhoria da situação do país.E) Quem de vocês defendem que os direitos conseguidos pelas minorias, muitas vezes, custam-lhes caro?

28. (FCC / TRE-BA) Quanto à concordância, está inteiramente correta a frase:

A) Não ocorrem aos cientistas imaginar que as explicações dos fenômenos naturais possam ser dadas pelas práticas esotéricas.B) Se conviessem aos charlatões demonstrar suas crenças em experimentos de laboratório, eles seriam os primeiros a fazê-lo.C) A todo cientista, seguindo os passos de seus antecessores e submetendo-se aos procedimentos próprios da ciência, cumprem desmascarar as malícias dos charlatões.D) É desejável que se oponham às "provas" oferecidas pelos charlatões a prática das experiências controladas nos laboratórios.E)) Não se recorra às práticas esotéricas para que se "provem", sem nenhum rigor, "fatos" que não passam de construções da fantasia e da especulação.

29. Sempre ........ pessoas revoltadas com pequenas coisas a que não se ........ dar maior importância.

A) há de haver - devem B) há de haver - deveC) há de haverem - deve D) hão de haver - deveE) hão de haver - devem30. "Paquera, gabiru, flerte, caso, transa, envolvi-

mento, até paixão é fácil." As gramáticas diriam que esta flexão verbal está correta porque o sujeito é composto:

A) de diferentes pessoas gramaticais.B) constituído de palavras mais ou menos sinôni-mas.C) posposto ao verbo.D) ligado por preposição.E) oracional.

31. Tomar medidas tão violentas me .....; creio que melhor ..... com toda a diplomacia.

A) parecem imprudentes - seria negociarmosB) parece imprudente - seríamos negociarC) parece imprudente - seria negociarmosD) parecem imprudentes - seríamos negociarE) parece imprudente - seríamos negociarmos

32. ...... fazer cinco meses que não a vemos; ........ existir motivos imperiosos para a sua ausência, pois, se não ......., ela já nos teria procurado.

A) Vai - deve - houvessemB) Vai - devem - houvesseC) Vão - deve - houvessemD) Vão - devem - houvesseE) Vão - devem - houvessem

33. Num dos provérbios abaixo não se observa a concordância prescrita pela gramática. Indique-o:

A) Não se apanham moscas com vinagre.B) Casamento e mortalha no céu se talha.C) Quem ama o feio, bonito lhe parece.D) De boas ceias, as sepulturas estão cheias.E) Quem cabras não tem e cabritos vende, de algum lugar lhe vêm.

34. A essa altura, não ........ mais ingressos, pois já ...... dias que a casa tem estado com a lotação esgotada.

A) deve haver - faz B) devem haver - fazemC) deve haver - fazem D) devem haver - fazE) deve haverem - faz

35. ...... existir discos voadores, mas muitos testemunhos já ...... que ...... considerar-se absurdos.

A) pode - houve – podemB) podem - houveram - podeC) pode - houve - podeD) podem - houveram - podemE) podem - houve - podem

16. TÓPICOS GRAMATICAIS

Estilística: Figuras de Linguagem

Ocorre quando o falante desvia-se da norma com a finalidade de reforçar a mensagem, tornando-a nova, original.

16.1. FIGURAS DE PENSAMENTO

1) Antítese: consiste na aproximação de termos contrários, de palavras que se opõem pelo sentido. Ex.: “A vida é um sopro no tempo A morte é uma transformação”...

*Obs.: Quando os termos contrários que se aproximam formam um conjunto, a figura recebe o nome de paradoxo. “É um contentamento descontente...”(Camões)

2) Ironia: consiste em utilizar um termo em sentido oposto ao original, obtendo-se, com isso, valor irônico. Ex.: Você está linda... parece uma perua! “A excelente Dona Inácia era mestra na arte de judiar de crianças”. (Monteiro Lobato)

3) Eufemismo: consiste em substituir uma expressão por outra menos brusca; em síntese, consiste em “suavizar” alguma idéia desagradável. Ex.: Ele enriqueceu por meios ilícitos.

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Português

(em vez de “ele roubou”) Você não foi feliz nos exames. (em vez de “foi reprovado”)

4) Hipérbole: consiste em exagerar uma idéia com finalidade expressiva.Ex.: Estou morrendo de sede. (em vez de “estou com muita sede”) Chorou rios de lágrimas. (em vez de “chorou muito”)

5) Prosopopéia ou personificação: consiste em atribuir a seres inanimados predicados que são próprios de seres animados. Ex.: “O jardim olhava as crianças sem dizer nada”.

6) Gradação ou clímax: consiste na apresentação de idéias em progressão ascendente (clímax), ou descendente (anticlímax). Ex: “Um coração chegado de desejos; Latejando, batendo, restrungindo...” (Vicente de Carvalho)

7) Apóstrofe: consiste na invocação de alguém (ou alguma coisa personificada) com função emotiva.Ex.: “Senhor Deus dos desgraçados! Dizei-me vós, Senhor Deus!” (Castro Alves)

16.2. FIGURAS DE SINTAXE

1) Elipse: consiste na omissão de um termo facilmente subentendido. Ex.: “Na sala, apenas quatro ou cinco convidados”. (Machado de Assis) * omissão de “havia”

*Obs.: Zeugma: consiste na omissão (elipse) de um termo que já apareceu antes. Ex.: Ele prefere cinema; eu, teatro. * omissão de “prefiro”

2) Polissíndeto: consiste na repetição de conectivos na ligação entre elementos da frase ou do período.Ex.: “E sob as ondas ritmadase sob as nuvens e os ventos e sob as pontes e sob o sarcasmoe sob a gosma e sob o vômito (...)” (Carlos Drummond de Andrade)

*Obs.: A ausência de conectivos na ligação dos elementos da frase ou do período chama-se assíndeto.Ex.:“Clara passeava no jardim com as crianças.O céu era verde sobre o gramado, a água era dourada sob as pontes,outros elementos eram azuis,róseos, alaranjados, o guarda-civil sorria,passavam bicicletas,a menina pisou a relva para pegar um pássaro,o mundo inteiro, a Alemanha, a China, tudo era tranqüilo em redor de Clara”.

(Carlos Drummond de Andrade)

3) Anástrofe, Hipérbato e Sínquise É comum agrupar essas três figuras de sintaxe, pois todas decorrem de uma alteração na ordem típica

dos elementos nas orações: sujeito (adjuntos adnominais) + verbo + complemento (adjuntos adnominais) (adjuntos adverbiais).

Anástrofe Quando, para a obtenção de efeitos estilísticos, o autor de um texto inverte a ordem canônica de alguns dos termos da oração.Ex.: Por noite velha, no castelo, Vasto solar dos meus avós, Foi que eu ouvi, num ritornelo, Do pajem loiro a doce voz (Filinto de Almeida, balada medieval)

Hipérbato Quando a inversão é mais radical, chegando a provocar alguma dificuldade de compreensão.Ex.: “Ouviram do Ipiranga as margens plácidas de um povo heróico o brado retumbante”. (Hino Nacional Brasileiro)

Sínquise Quando a inversão feita provoca ambigüidade (dupla interpretação).Ex.: Henrique, que a duras penas convenceu (verbo) Paulo (sujeito) a emprestar-lhe o dinheiro. (“Foi Paulo que convenceu Henrique”)

4) Silepse: consiste na concordância não com o que vem expresso, mas com o que se entende ou está implícito. A silepse pode ser:

A) de gênero: Ex.: Vossa Excelência está preocupado. Vossa Excelência é pouco conhecido.

B) de número: Ex.: Os Sertões conta a Guerra de Canudos. Os Lusíadas glorificou nossa literatura.

C) de pessoa:Ex.: “O que me parece inexplicável é que os brasileiros persistamos em comer essa coisinha verde e mole que se derrete na boca...” (Manuel Bandeira)

5) Anacoluto: consiste em deixar um termo solto na frase. Normalmente, ocorre o seguinte: inicia-se uma determinada construção sintática e depois se opta por outra. Ex.: A vida, não sei mesmo se ela vale alguma coisa. “O homem, chamar-lhe mito não passa de anacoluto”. (Carlos Drummond de Andrade)

6) Pleonasmo: consiste na repetição com o fim de enfatizar. Trata-se, pois, de uma redundância cuja finalidade é reforçar a mensagem. Ex.: Este rapaz, eu o conheço. Ao réu, o juiz lhe perdoou.

7) Anáfora: consiste na repetição de uma mesma palavra no inicio de versos, ou frases. Ex.: “O Amor é um fogo que arde sem se ver; É ferida que dói e não se sente; É um contentamento descontente É dor que desatina sem doer”. (Camões)

16.3. FIGURAS DE PALAVRA

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1) Metáfora: Comparação sem uso de conjunção.Ex.: “O amor é um grande laço...”

2) Comparação ou símile: Trata-se da aproximação de elementos de universos diferentes, associados por meio de um conectivo (como, feito, tal qual, assim como, tal, etc.)Ex.: “Um militar sem guerra é como um jardim sem flores!” (Laerte)

3) Metonímia: Relação de proximidade ou contigüidade entre dois elementos.Ex.: Nas horas de folga ouvia Mozart.(autor x obra) Comprei dois pacotes de bombril. (“esponja de aço” = produto pela marca)

4) Catacrese: é o emprego de palavras fora do seu significado real; devido ao uso contínuo, não mais se percebe que estão sendo empregadas em sentido figurado. Ex.: Quando embarquei no avião, morri de medo. O pé da mesa estava quebrado. O pé de laranja foi serrado. 5) Antonomásia ou perífrase: consiste em substituir um nome por uma expressão que o identifique com facilidade. Ex.: O maior estádio do mundo(em vez de Maracanã) A Cidade Eterna (em vez de Roma) Ouro negro (em vez de petróleo)

6) Sinestesia: consiste em se mesclar numa mesma expressão sensações percebidas por diferentes órgãos do sentido. Ex.: A luz crua da madrugada invadia meu quarto. Um áspero sabor de indiferença a atormentava.

É IMPORTANTE EXERCITAR...

1. Identifique a alternativa que identifica o pleonasmo:

A) “Estabelece uma comparação implícita sem a presença do elemento conectivo”.B) “Repetição enfática viabilizando o mecanismo de redundância semântica”.C) “Atenua o sentido áspero de uma mensagem”.D) “Atribui características animadas a seres inani-mados”.E) “Transposição de significado feita com base não apenas nos traços de semelhança, mas também pela existência de um relacionamento entre os elementos”.

2. Na frase “Naquela terrível luta, muitos adorme-ceram para sempre” ocorre a seguinte figura de linguagem:

A) aliteração B) personificação C) hipérboleD) catacrese E) eufemismo

3. As figuras de linguagem que correspondem às expressões “Discreto como um elefante”,

“Construímos muitas coisas” e “A Veneza brasileira” são:

A) metáfora, metonímia, paráfraseB) ironia, apóstrofe, hipérbatoC) comparação, elipse, perífraseD) eufemismo, zeugma, antonomásiaE) ironia, elipse, perífrase

4. (COVEST-PE) Relacione a coluna I com a coluna II.

COLUNA I COLUNA II(A) Pleonasmo ( ) Sua voz era som e silêncio(B) Prosopopéia ( ) “Tão dura, tão áspera, tão injuriosa palavra é um Não”.(C) Gradação ( ) “A mata verde do Brasil terá fim um dia?”(D) Sinestesia ( ) Oh! Que doce harmonia traz-me a brisa!”(E) Paradoxo ( ) “Ó mar, por que não apagas / Com a esponja de tuas vagas/ Do teu manto este borrão?”

A seqüência correta, de cima para baixo, é:A) E C A D B; D) E A D B C;B) A C B E D; E) B C A D E.C) E B C A D;

5. (UFSCar-SP) Identifique a alternativa incorreta quanto à classificação das figuras de linguagem.

A) A metáfora está presente em: “Deixem em paz meu coração / Que ele é um pote até aqui de mágoa”. (Chico Buarque)B) Existe uma metonímia em: “Gostaria de tocar Chopin”.C) A antítese está presente em: “Até quando Catilina, abusarás de nossa paciência?”.D) Temos a figura da hipérbole em: “Abram mais janelas do que todas as janelas que há no mundo”. (Fernando Pessoa)E) Temos uma prosopopéia em: “O livro é um mundo que fala, um surdo que ouve, um cego que guia”. 6. (NCE-RJ /CGJ-RJ) Segmento do texto que

mostra uma expressão de nível de linguagem bem diferente da formalidade do texto é:

A) “...o pior de todos, com exceção dos outros...”; B) “E é ela a segunda instituição menos confiável do país.”; C) “...presos à aplicação da lei, pagamos o pato.”; D) “E qual é a nossa verdade?”; E) “Sob um cerco total de má-vontade e desin-formação...”

7. (PUC-PR) Marque a opção em que há metáfora.A) “Minha vida é uma colcha de retalhos, todas da mesma cor”. (Mário Quintana)B) Trata-se de uma pessoa que sempre falta com a verdade.C) Cada qual procurava cuidar de si mesmo.D) Caminhar para a morte, pensando em vencer na vida.E) “Olhe, meu filho, os homens são como formigas”. (Érico Veríssimo)

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8. (Unitau-SP) No sintagma: “Uma palavra branca e fria”, encontramos a figura denominada:

A) sinestesiaB) eufemismoC) onomatopéiaD) antonomásiaE) aliteração

9. (Unesp-SP) Emprega-se o termo solecismo para indicar o uso errado da concordância, regência ou colocação. Aponte a única alternativa em que não ocorre tal erro.

A) Devem haver explicações satisfatórias para isso.B) Haviam vários objetos sobre a mesa.C) Se lhe amas, deves declarar-te depressa.D) Faz cinco anos completos que não visito o Rio.E) Fazem já vinte minutos que começas-te a prova.

10. (UM-SP) “Fitei-a longamente, fixando meu olhar na menina dos olhos dela.” Nesse período, ocorre uma figura de palavra conhecida como:

A) metáfora. B) catacrese. C) antonomásia D) metonímia. E) sinédoque.

11. (FMU-Fiam-SP) Na expressão: “... a natureza parece estar chorando...”, do ponto de vista estilístico, temos:

A) antítese B) polissíndeto C) ironia D) personificação E) eufemismo

12. (FMU-SP) Quando você afirma que enterrou “no dedo um alfinete”, que embarcou “no trem” e que serrou “os pés da mesa”, recorre a uma figura de linguagem denominada:

A) metonímia. B) antítese.C) paródia. D) alegoria.E) catacrese.

17. TÓPICOS GRAMATICAIS

Sintaxe de Regência / Crase

Trata do mecanismo que regula as ligações entre um verbo ou nome e os seus complementos.

17.1. REGÊNCIA NOMINAL O termo regente é um nome

REGÊNCIA DE ALGUNS NOMES(Advérbio, Substantivo ou Adjetivo)

acessível (a)acostumado a, comafável com, para com aflito com, porantipatia a, contra, porapto a, paraatencioso com, para comcompaixão de/para com/por

compatível comcompreensível acomum a, deconforme a, com cruel com, para com, paracuidadoso comdescontente comdevoção a, para com, pordúvida acerca de , de, em, sobrefácil a, de, parafalho de, emfirme emgeneroso comgrato ahábil emhorror ahostil a, para comidêntico aincompatível comindiferente aliberal comnatural denecessário anocivo aparalelo aparecido a, compermissivo apertinaz empreferível aprejudicial apropício arespeito a / com / de / para com / porsemelhante asensível asituado (sito, residente, morador) ® em, entresuspeito a, de último a, de, em vereador, deputado, senador ® por, pelo(a)(s)versado em

PREDICAÇÃO VERBAL

Trata da “transitividade” do verbo. Este pode ser:} TRANSITIVO Precisa de um complemento chamado objeto. O objeto é a resposta ao verbo (O que? com/a/de quem?)

A) Direto (VTD) – Precisa de complemento sem preposição (objeto direto). Ex.: Martha comprou flores. VTD OD (o quê?)Hugo bebeu um refrigerante. VTD OD (o quê?)

B) Indireto (VTI) – Precisa de complemento com preposição (objeto indireto). Ex.: Paula gosta de estudar . VTI OI (de quê?)

Ela obedece a o chefe . VTI OI (a quem?)

Todos simpatizam com o diretor . VTI OI (com quem?)

C) Direto e Indireto (VTDI) – Precisa de dois

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Português

complementos: um objeto direto e outro indiretoEx.: Ele entregou a encomenda ao rapaz. VTDI OD OI (o quê?) (a quem?)

} INTRANSITIVO Não precisa de complemento.Ex.: Poucos saíram ontem. VI adj. adverbial de tempo (quando?)

Juliana mora em Paris. VI adj. adverbial de lugar (onde?)

17.2. REGÊNCIA VERBAL O termo regente é um verbo

1. ASSISTIR } No sentido de socorrer, dar assistência é VTD Ex.: A enfermeira assistiu o doente.

} No sentido de ver, observar, presenciar é VTI (A) Ex.: Paulo assistiu ao (a um) filme na TV.

} No sentido de caber, pertencer é VTI (A) Ex.: Liberdade é um direito que assiste ao homem.

Observação: Admite a forma oblíqua LHE. Ex.: É um direito que lhe assiste.

} No sentido de morar, residir é VI (EM) Ex.: Jéssica assiste em Recife.

2. ASPIRAR } No sentido de respirar, sorver, inspirar é VTDEx.: Nós aspiramos o/um perfume.} No sentido de almejar, pretender é VTI (A) Ex.: Pedro aspira ao/a um cargo de chefia.

Observação: Mesmo com a preposição A , este verbo não admite a forma oblíqua LHE (Esse posto? Aspiro-lhe). Usa-se a forma convencional: Aspiro a ele.3. VISAR } No sentido de mirar ou dar o visto é VTD Ex.: O atirador visou o alvo, mas errou o tiro. O professor visou os exercícios.

} No sentido de almejar, ter em vista é VTI (A)Ex.: Marcos ajudava sem visar a lucros.

Observação: Nesse sentido, visar não pode ser usado na forma oblíqua LHE (“Esse posto? Viso-lhe”), mas sim “Esse posto? Viso a ele”.

4. CHAMAR } No sentido de reunir, convocar é VTDEx.: O presidente chamou a (ou pela) imprensa.O técnico chamou mais (ou por mais) dois jogadores.

} No sentido de apelidar, cognominar Ex.: Chamei (a) Ricardo (de) preguiçoso.

5. PROCEDER }É VI no sentido de: originar-se (DE) e ter fundamento

Ex.: A carta procede do Japão. Sua acusação não procede.

} É VTI para: executar (A) Ex.: Vossa Excelência irá proceder a um inquérito.

6. ESQUECER / LEMBRAR } Ambos são VTD (quando não pronominais)Ex.: Mariana esqueceu (ou lembrou) tudo.

} São VTI (DE) quando pronominais Ex.: Mariana se esqueceu (se lembrou) de tudo.

7. AGRADAR} No sentido de fazer carinho é VTDEx.: A mãe agradava o seu filho.

} No sentido de contentar, satisfazer é VTI (A)Ex.: As notas não agradaram aos professores. (ou não lhes agradaram)

8. INFORMAR, AVISAR, PREVENIR , ADVERTIR, NOTIFICAR, CIENTIFICAR e CERTIFICAR } Apresentam OD (coisa) e OI (pessoa) ou vice-versa:

Ex.: Informe os novos prazos aos interessados. Informe os interessados dos novos prazos. (ou sobre os novos prazos)

Caso se utilize pronomes como complementos: Ex.: Informe-os aos interessados. (Informe-lhes os novos prazos) Informe-os dos novos prazos. (Informe-se deles ou sobre eles)

9. PAGAR / PERDOAR / AGRADECER Ex.: Paguei o livro. (VTD OD = coisa) Paguei ao livreiro. (VTI OI = pessoa) Paguei o livro ao livreiro. (VTDI)

10. QUERER} No sentido desejar é VTD Ex.: “Eu quero uma casa no campo.” (Zé Rodrix)

} No sentido de estimar, ter afeto - VTI (A) Ex.: Quero a meus amigos. 11. IMPLICAR} No sentido de Acarretar, provocar é VTD Ex.: Sua postura implicará demissões.

} No sentido de Incomodar, embirrar é VTI (COM) Ex.: Ana implica com minhas amizades.} No sentido de Envolver-se é VTDI (EM/COM) Ex.: Implicaram o tio em atividades criminosas.

12. CUSTAR } No sentido de Ter o valor / preço de é VIEx.: A calça custou vinte reais.

} No sentido de Ser penoso/difícil é VTI Ex.: Custa a um cidadão acreditar nos políticos. Custou-nos (ou custou-lhes) ter que agir.

Observação: São erradas as construções: “Custamos a / para entender o assunto.”

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*Usa-se: Custou-nos entender o assunto.

13. PREFERIR (VTDI) Ex.: Prefiro doces a salgados.

14. RESPONDER} É VTD para dar o conteúdo da resposta diretamente.Ex.: Ele respondeu que não estava bem hoje.

} É VTI (A) quando se refere a “quem” ou o “que” produziu a pergunta. Ex.: Ele respondeu ao questionário / ao seu tio.

} OUTRAS REGÊNCIAS1. São Transitivos Diretos: abandonar, abençoar, aborrecer, abraçar, conservar, convidar, proteger, respeitar, prejudicar, visitar, socorrer, suportar, conhecer, eleger, etc.

2. São Transitivos Indiretos: simpatizar/ antipatizar (com), consistir (em), obedecer/ desobedecer (a)...

3. São Indiferentemente Transitivos Diretos ou Transitivos Indiretos: abdicar (de), almejar (por), ansiar (por), anteceder (a), atender (a), atentar (em, para), cogitar (de, em), consentir (em), deparar-se (com), desdenhar (de), gozar (de), necessitar (de), preceder (a), presidir (a), renunciar (a), satisfazer (a), versar (sobre).

OBSERVAÇÕES FINAIS

1) VTI NÃO admitem voz passivaExceção: (des) obedecer

Ex1.: “O filme foi assistido pelos alunos.” (errado) Os alunos assistiram ao filme. (certo)Ex2.: “O cargo era visado pelos gerentes.” (errado) Os gerentes visavam ao cargo. (certo)

2) Não se deve dar um único complemento a verbos de regências diferentes. Ex1.: “Entrou e saiu da sala.” (errado) Entrou na sala e saiu dela. (certo)Ex2.: “Assisti e gostei do filme.” (errado) Assisti ao filme e gostei dele. (certo)

3) Havendo pronome relativo, a preposição desloca-se para antes dele. Ex.: Esta é a faculdade a que aspiro. Este é o autor a cuja obra me refiro. Este é o autor de cuja obra gosto. Este é o autor por cuja obra tenho simpatia

É IMPORTANTE EXERCITAR...

1. (NCE-RJ / UFRJ) A frase cuja estrutura NÃO está correta é:

A) São lembranças de que jamais esqueci;B) São estes os documentos que tanto se discutia;

C) Eis os quadros cujos pintores aprecio;D) São argumentos de que não se pode abrir mão;E) Eis os ideais a que aspiramos.

2. (NCE-RJ /UFRJ) Indique o item que completa corretamente a frase: “Prefiro...”:

A) mais o teatro que o cinema;B) teatro do que cinema;C) o teatro mais do que o cinema;D) teatro ao cinema;E) mais o teatro ao cinema.

3. (UPE – BOMBEIRO MILITAR) Nas frases abaixo, apenas em uma alternativa os verbos destacados são TRANSITIVO INDIRETO e DIRETO, respectivamente. Assinale-a.

A) Esqueceram-me os convites. Lembrei-me do acontecimento de ontem. B) Se você visse televisão todos os dias, informaria as pessoas do que ocorre no mundo. A ociosidade implica perda de raciocínio. C) José Pedro foi obrigado a pagar os erros que cometeu na juventude. Queria escolher e acabou preferindo a bolsa preta. D) O estudo custou-lhe sacrifícios, mas não desistiu um minuto. José pediu ao chefe que lhe permitisse a saída. E) Quero a meus amigos. O atirador visou a onça, calmamente.

4. (COVEST-PE) Considerando a norma padrão, a regência dos verbos nos enunciados abaixo está correta em:

1) Quem sabe aonde quer chegar, supera desafios, conquista seu próprio espaço.2) Parece incrível, mas empresas de seguro-saúde estão colocando a disposição de diabéticos e hiper-tensos convênios com desconto de até 10%.3) Um grupo de cientistas analisa com enorme otimismo à evolução humana neste século.4) A lei nacional não obriga os fabricantes de insetici-das a fornecerem os resultados de testes toxicológi-cos.5) No Brasil, muitos hotéis procuram participar de associações internacionais, cuja reputação depende a imagem de seus associados.

Estão corretas apenas:A) 2, 3 e 4. D)1 e 2.B)1 e 4. E)3 e 5.C)1, 4 e 5.

5. A regência verbal e a nominal estão conforme a norma padrão em:

A) O povo parece desejoso de que se encontre uma saída para a crise que o Brasil está submetido no momento. B) O texto permite o leitor a verificação, por meio de números, da situação do turismo no Brasil.C) Custamos perceber que o Brasil tem progredido, pois a imprensa, em geral, parece ter aversão com notícias boas.D) Quanto aos brasileiros, anima-lhes o ânimo ler textos tão otimistas como esse, ao alcance de qualquer leitor.E) Sabemos que nem sempre é possível aliar à

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vontade de progredir à ação efetiva.

6. Aponte a alternativa em que haja erro de regência:

A) Aquele rapaz com quem eu me simpatizo prefere mais aventuras desastrosas do que empreendimentos sérios.B) Nunca perdoarei ao homem a quem eu paguei a dívida.C) Eu sempre obedeço a mulheres.D) O homem visou o alvo depois de ter visado o cheque, porque visava a uma posição destacada.E) Antes de assistir o doente, o médico que assiste em Curitiba assistiu a um programa de televisão porque aspirava a um descanso.

7. Assinale a alternativa em que a regência verbal está correta:

A) Prefiro mais a cidade de que o campo.B) Chegamos finalmente em Santo André.C) Esta é a cidade que mais gosto.D) Assisti ao concerto de que você tanto gostou.E) Ainda não paguei o médico.

8. (IPAD – Expresso Cidadão) Assinale a alternativa na qual as regras normativas de regência nominal foram obedecidas.

A) Os falantes de uma língua sentem a necessidade que as palavras sejam constantemente renovadas. B) Há pessoas que não são favoráveis por mudanças de sentido das palavras, mas esse é um fenômeno que não se pode evitar. C) As palavras mudam de sentido com bastante freqüência, e não devem obediência às regras gramaticais impostas na língua. D) É comum encontrar pessoas que têm dúvidas pelos sentidos das palavras, e por isso evitam usar algumas delas. E) De fato, a mudança de sentidos é tão rápida que muitas palavras ficam inacessíveis de uma parcela da população.

9. Indique a regência que está de acordo com a norma culta:

A) Estes são os recursos que dispomos.B) Perdôo aos teus erros.C) Assiste ao trabalhador o direito de férias.D) Paguei a uma dívida atrasada.E) Perdoei o amigo que me ofendeu.

10. Assinale a letra correspondente à alternativa que preenche corretamente as lacunas da frase apresentada:

O projeto, ............... realização sempre duvidara, exigiria toda a dedicação ......... fosse capaz.A) do qual a - que B) cuja a - da qualC) de cuja - de que D) que sua - de cujaE) cuja - a qual

11. Assinale a alternativa que preenche correta-mente as lacunas correspondentes.

A arma ........ se feriu desapareceu.Aqui está a foto ............ me referi.Encontrei um amigo de infância .......... nome não me

lembrava.Passamos por uma fazenda ............ se criam búfalos.

A) que - de que - cujo - queB) com que - que - cujo qual - ondeC) com que - a que - de cujo - ondeD) com a qual - de que - do qual - ondeE) que - cujas - do cujo - na cuja

12. Em:1. ........ filme você assistirá à noite?2. .... doentes aquela enfermeira assistiu?3. ........ o candidato pretende chegar?4. ........ o esportista mais gosta?5. ........ você aspira na vida?

Qual a alternativa que melhor preencheria as lacunas?A) que, a que, a que, que, a queB) a que, a que, a que, de que, a queC) que, que, a que, que, queD) a que, que, a que, de que, a queE) que, a que, a que, de que, a que 13. I - Certifiquei-o ........... que uma pessoa muito

querida aniversariava neste mês. II - Lembre-se ...... que, baseada em caprichos,

não obterá bons resultados. III - Cientificaram-lhe ........ que aquela imagem

refletia a alvura de seu mundo interno.

De acordo com a regência verbal, a preposição de cabe:A) apenas no período IIB) nos períodos I e IIIC) em nenhum dos três períodosD) nos três períodosE) nos períodos I e II

14. (IPAD – Expresso Cidadão) Observe a regên-cia do verbo ‘responder’ no trecho: “Se al-guém pode responder à pergunta do com-positor são os estudiosos dessas áreas”. Assinale a alternativa em que a regência verbal está incorreta.

A) Se alguém pode aprofundar a pergunta do compositor são os estudiosos dessas áreas. B) Se alguém pode considerar a pergunta do compositor são os estudiosos dessas áreas. C) Se alguém pode manipular a pergunta do compositor são os estudiosos dessas áreas. D) Se alguém pode aludir a pergunta do compositor são os estudiosos dessas áreas. E) Se alguém pode rejeitar a pergunta do compositor são os estudiosos dessas áreas.

15. Assinale a alternativa que preencha correta-mente os pontilhados:

Os ideais ......... aspiramos são muitos, mas os recursos ............ dispomos não são muitos.A) que, dos quais B) aos quais, com que C) a que, queD) que, queE) a que, de que

16. Não é este o livro ......... lhe falei e .......... leitura

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me deliciei.A) que - de cuja B) de que - com cujaC) de que - a qual D) que - a qualE) a que - a cuja

17. Assinale a alternativa correta quanto à regência:a) A peça que assistimos foi muito boa.b) Estes são os livros que precisamos.c) Esse foi um ponto que todos se esqueceram.d) Guimarães Rosa é o escritor que mais aprecio.e) O ideal que aspiramos é conhecido por todos.

18. Em qual das alternativas ocorre um erro de regência verbal?

A) Esqueceu-me o desejo discreto de conhecer as coisas do coração.B) Lembrou-me a inusitada transformação por que passa a universidade brasileira.C) Prefiro os casos que a inteligência discute a formas tecnocráticas da resolução dos problemas.D) Aqui se jogam as sementes para informar-lhes de que a cultura não deve ser acadêmica.E) Procede-se com brandura quando querem detectar falhas no relacionamento humano.

19. Assinale a alternativa em que o uso do verbo custar não está de acordo com a norma culta:

A) Custou-me entender o fato.B) Custou ao aluno entender o fato.C) Custa-me resolver este problema.D) O trabalho custou muito esforço ao aluno.E) O aluno custou para entender o exercício.

20. (FCC/TRE – BA) Está correto o emprego de ambas as expressões sublinhadas na frase:

A) A popularidade de que goza a astronomia é muito maior do que aquela em que desfruta a astronomia.B)) O charlatanismo esotérico – uma prática à qual se deve dar incessante combate – arregimenta os indivíduos em cuja consciência há espaço para a credulidade.C) Muitos crêem que há um arranjo cósmico de cujo cada um participa individualmente, mantendo com os astros uma relação na qual atribui sua própria personalidade.D) A experimentação científica – para o qual controle existem rígidos paradigmas – não está sujeita à irracionalidade com a qual se submetem as "teorias" esotéricas.E) Desde tempos antigos – de lá aonde vêm as crendices mais populares – charlatões insistem em disseminar "teorias" com que a maioria da população se apega.

21. (FCC/TRE–CE) Está correto o emprego da expressão sublinhada na frase:

A) Seus seguidores não supõem de que o pensamento dele seja tão complexo.B) Não pode ser absoluta a soberania política de cuja o povo deve ser o titular.C) Era grande a preocupação em cuja Rousseau manifestava em relação à reforma dos costumes.D) Rousseau não achava de que os males da humanidade poderiam ser sanados por medidas jurídicas.

E)) Está na admissão de que o povo pode ser enganado, mas não corrompido, uma das contribuições do pensamento de Rousseau.

22. (FCC/TRE – RN) Está correto o emprego de ambos os elementos sublinhados em:

A) O autor se pergunta por que haveriam de ser cruéis os animais que aspiram à propagação da espécie.B) Quando investigamos o porquê da suposta crueldade animal, parece de que nos esquecemos da nossa efetiva crueldade.C) À lagarta, de cujo ventre abriga os ovos da vespa, só caberá assistir ao martírio de sua própria devoração.D) Se a idéia de compaixão é puramente humana, não há porque imputarmos nos animais qualquer traço de crueldade.E) Os bichos a cujos atribuímos atos cruéis, não fazem senão lançar-se na luta pela sobrevivência.

17.3. ESTUDO DA CRASE Regras gerais

Em sentido restrito, o termo crase designa a contração da preposição a (do termo regente) com o artigo a (pl. as) ou com os pronomes demonstrativos a, as, aquele (a) (s), aquilo (do termo regido). Indica-se pelo acento grave ( ` ).

REGRAS GERAIS

01. NUNCA OCORRE CRASE:

1} Diante de palavras masculinas Ex.: Assisto a filme de comédia.

2} Diante de verbosEx.: Estou apto a desenvolver as tarefas.

3} Nas expressões formadas por palavras repetidas1

Ex.: Dosava a medicação gota a gota. O atendimento dar-se-á de segunda a quinta-feira.4} Diante de pronomes que repelem o artigo2 Ex.: Dirijo-me a Vossa Majestade. Fiz referência a ele. Isto não interessa a ninguém. O autor a cuja obra me refiro.

5} Quando um a (singular) estiver diante de palavra plural (referência indeterminada= ausência do artigo)Ex.: Obedeço a leis que se configuram como justas. Somos favoráveis a decisões mais ponderadas.

Observações: 1) Indicando um período determinado, ainda se discutem as formas: de 9h as 11h (não determinado pelo artigo)das 9h às 11h (determinado pelo artigo)Cheguei desde as sete horas. (desde o meio-dia)

Vale ressaltar que essa regra se estende às palavras de mesmo valor sintático. Na indicação do número de horas, ocorrerá crase: Saí às quatro da tarde./ Chegou à uma hora.

2) A crase diante dos pronomes ocorre apenas em casos bastante isolados.

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Pronomes de tratamento femininos (senhora, senhorita, dona e madame – os dois últimos quando especificados)Ex.: Fiz alusão à Dona Plácida.

Pronomes demonstrativos aquele(a)(s), aquiloEx.: Visamos àquele bom emprego.

Observação final:

Segundo Ernani Terra (2007), o a das expressões adverbiais de instrumento não deve receber acento grave.Ex.: Cláudia escreveu uma carta a máquina. Feriu-se a faca. / Viajaram num barco a vela.

02. OCORRE CRASE:

1} Nas expressões formadas com palavras femini-nas, sejam elas adverbiais (às vezes, às pressas, à noite...), prepositivas (à procura de, à moda de1...) ou conjuntivas (à medida que, à proporção que...) Ex.: Chegaram à noite. | Estava à espera de todos. Caminhavam às pressas. | Comprou tudo à vista.

Nessas expressões, ocorre o acento grave mesmo que não haja ocorrido a crase, isto é, a fusão de duas vogais idênticas.

2} Diante de nomes de lugar que admitem artigo a2: Ex.: Vou à Itália. (Voltei da Itália) Vou à Argentina. (Voltei da Argentina) Vou a Roma. (Voltei de Roma) Vou a Curitiba. (Voltei de Curitiba)

3} Diante das palavras Casa, Terra e Distância, quando devidamente especificadas3: Ex.: Retornamos rápido à casa de seu amigo. Os aventureiros chegaram à terra do petróleo. O posto fica à distância de 200m. Observações:

1) A locução prepositiva feminina “à moda de” receberá o acento grave mesmo quando o termo “moda de“ vier subentendido.Ex.: Era uma tela à Portinari. / Fez um gol à Pelé.

2) Se o lugar vier especificado, ocorrerá crase.Ex.: Foi a Lisboa. (Não especificado = não ocorre crase)

Foi à Lisboa de D. João VI. (Especificado = ocorre crase)

3 - Atenção para os casos:

Retornamos imediatamente a casa. (no sentido de lar, moradia – não especificada)

Os aventureiros chegaram a terra. (no sentido de chão firme, lugar não especificado)

O posto fica a 200 metros./ A casa fica a distância. (distância não especificada)

03. CRASE FACULTATIVA:

1} Diante de nomes de pessoas do sexo feminino1

Ex.: Ele fez referência a (à) Mariana.

2} Diante de pronomes possessivos femininos2:Ex.: Obedeço a (à) sua coordenadora.

3} Depois da preposição até: Ex.: Após a aula, Jéssica foi até a (à) biblioteca estudar.

Observações: 1) Alguns gramáticos afirmam que, se o nome feminino representar uma pessoa pública (famosa), o artigo não poderá ser usado e, conseqüentemente, não ocorrerá crase.Ex.: Fez alusão a Madona. Referiu-se a Evita Perón.

2) É facultativo o emprego do artigo definido diante dos pronomes possessivos

É IMPORTANTE EXERCITAR...

23. (NCE-RJ /UFRJ) Frase correta quanto ao emprego do acento grave indicativo da crase é:

A) Dei livros à ela;B) Fizeram alusões à você;C) À ele, nada lhe devo;D) Esta casa é igual à minha;E) Iremos à Ipanema amanhã.

24. (UPE – Policial Militar) Assinale a alternativa que contém, apenas, a presença da preposi-ção a, justificando, assim, a inexistência do acento grave indicador da crase.

A) “Nem a morte lhe emprestara”. B) “Vinha gente a espiar-lhe a cara.” C) “A sua maldita sina:”. D) “A sua grave beleza...” E) “Com a sua trança comprida”.

25. (ESAF – AFRF) Marque a opção que preenche corretamente as lacunas.

”Completamente excluídos das engrenagens de desenvolvimento da sociedade, os miseráveis são reduzidos _____ uma condição subumana. Seu único horizonte passa ____ ser ____ luta feroz pela sobrevivência. No lixão do Valparaíso, ____ poucos quilômetros de Brasília, ____ gente disputando os restos com os animais. (Fonte: Revista VEJA, edição 1735)A) à, a, a, há, há B) a, à, à há, a C) a, a, a, a, háD) à, a, a, à, háE) a, à, à, há, a

26. A infeliz anda ... toa ... percorrer ... ruas. Todas ... vezes que ... vejo, cumprimento-a, mas ... vezes, ela não responde.

A) à, à, as, as, a, a B) à, à, as, as, a, às

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C) à, a, as, as, a, àsD) a, à, as, as, à, asE) a, a, às, as, a, às

27. Assinalar a alternativa que preenche corretamente as lacunas das frases adiante:

I. Enviei dois ofícios ______ Vossa Senhoria.II. Dirigiam-se ______ casa das máquinas.III. A entrada é vedada ___ toda pessoa estranha.IV. A carreira __ qual aspiro é almejada por muitos.V. Esta tapeçaria é semelhante ______ nossa.

A) a - a - à - a - a B) à - à - a - à - àC) a - à - a - à - àD) a - a - à - à - aE) à - a - à - a – a

28. Escolha a alternativa que completa correta-mente o período:

"Bianca acaba de receber ____ visita do professor de artes cênicas, que ____ convidou para assistirem ____ peça teatral, em exibição ____ uma semana, ____ poucos metros de sua casa".

a) a, à, à, a, há; b) a, a, à, há, a;c) a, a, à, à, à; d) à, a, a, há, à;e) a, a, à, a, a.

29. Não se dirigia...ninguém em particular, mas punha-se...gesticular, rindo muito...vontade.

a) à, a, à d) a, a, ab) a, a, à e) à, a, ac) a, à, à

30. (UPE – BOMBEIRO MILITAR) Sobre crase, analise os itens abaixo.

I. “O encanto do Recife não aparece à primeira vista.” – ocorreu a crase, por estar diante de substantivo feminino. II. “Mas às vezes, digo eu, esses errinhos que tanto mortificam o escritor.” – justifica-se a crase, por estar diante de locução adverbial de modo, constituída de palavra feminina. III. “...que passava a ler com o entusiasmo mais vibrante e comunicativo.” (...) – não ocorreu a crase, por estar diante de verbo no infinitivo. IV. “Quero associar-me às celebrações do cente-nário” (...) – a crase se justifica por estar diante de palavra feminina precedida da preposição a e do artigo as.

BANDEIRA, Manuel. Obra completa, Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1985. p.p. 454-458-475-488-504.

Estão corretos os itens A) somente I e III. B) somente I, II e III. C) somente III e IV. D) somente I e IV.E) I, II, III e IV.

31. Escolha a alternativa que preencha correta-mente as lacunas a seguir.

1. Nunca vi um acidente igual ________.2. Sempre vou ________ loja para comprar roupas.3. ________ hora, eu estava viajando para o Rio de Janeiro.4. Na audiência, diga a verdade, mas limite-se _______ que lhe perguntarem.

5. Quero uma moto igual ________ que estava ______ venda na exposição.

A) àquele, àquela, àquela, àquilo, à, àB) aquele, aquela, aquela, aquilo, a, aC) àquele, aquela, àquela, àquilo, a, àD) aquele, àquela, aquela, àquilo, à, aE) aquele, àquela, àquela, aquilo, a, à

32. (FCC) Assinale a letra correspondente à alternativa que preenche corretamente as lacunas da frase apresentada.

Não compreendo, ...... vezes, esse seu comportamento; ...... mim mesma você prometeu não voltar ...... falar nesse assunto.

A) às - a - a B) às - a - à C) as - a - a D) as - à - àE) às - à - a

33. Aponte a alternativa em que não ocorre erro no uso do acento indicativo da crase.

A) Caminhava passo à passo a procura de um lugar onde pudesse estar à vontade.B) Sempre me dirigia aquele lugar, pontualmente às dez horas.C) Aquela hora ninguém estaria disposto à fazer mais nada.D) A vontade daquele homem era ir a Roma.E) Não conte aquilo à ninguém.

34. (FASP-SP) Assinale a alternativa com erro de crase:

A) Você já esteve em Roma? Eu irei a Roma logo.B) Refiro-me à Roma antiga, na qual viveu César.C) Fui a Lisboa de meus avós, pois gosto da Lisboa de meus avós.D) Já não agrada ir a Brasília. E) Este carro é movido à gasolina, e não a álcool.

35. Assinale a alternativa que preenche com exatidão as lacunas.

Estou aqui desde ______ 8 h, mas só poderei ficar até ______ 9h 30min, porque ______ 10h 30min assistirei ______ sessão solene de abertura de uma importante exposição de arte moderna, precisando, para isso, dirigir-me ______ Rua 7 de abril e ir _____ Galeria "Sanson Flexor".

A) às - às - às - a - a - aB) as - as - às - à - à - àC) às - as - às - à - à - à D) às - as - as - à - à - àE) as - as - às - a - à - à

36. Assinalar a alternativa que preenche corretamente as lacunas das seguintes orações:

I. Precisa falar____cerca de três mil operários.II. Daqui____alguns anos tudo estará mudado.III. ____dias está desaparecido.IV. Vindos de locais distantes, todos chegaram____tempo____reunião.

A) a - a - há - a - à B) há - a - à - a - aC) à - a - a - há – a D) a - há - a - à - a

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E) a - à - a - a - há

37. (FCLBP/SP) Não me refiro ..... essa peça, mas ...... a que assistimos sábado ....... noite.

A) a, àquela, à D) à, àquela, àB) à, àquela, a E) à, aquela, àC) a, aquela, a

38. Daqui... vinte quilômetros, o viajante encon-trará, logo... entrada do grande bosque, uma estátua que ... séculos foi erigida em homenagem ... deusa da floresta.

A) a, à, há, à D) a, à, à, àB) há, a à, a E) há, a, há, aC) à, há, à, à

18. TÓPICOS GRAMATICAIS

Semântica

Parte da gramática que trata do estudo do significado das palavras, seja esse literal ou mesmo contextual.

DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO Sentidos Real e Figurado

} CONOTAÇÃO E DENOTAÇÃO Conotação – Sentido figurado, metafórico. Ex.: Ana é uma gata. Denotação – Sentido real, dicionarizado. Ex.: Répteis são animais vertebrados.

} SINONÍMIA E ANTONÍMIA

Sinônimos - Palavras de significados semelhantes. Ex.: Cláudia é muito generosa / bondosa.

Antônimos - Palavras de significados opostos. Ex.: Muitos alunos foram bem / mal nas provas.

} HIPERONÍMIA

Hiperônima é a palavra que possui um sentido mais geral, com relação a outras de sentido mais específico. (contrário = hipônima)Ex: peixe é hiperônimo de sardinha, atum, cação;

} PARONÍMIA

Palavras que possuem significados diferentes, mas são muito parecidas no som e na escrita.

ALGUNS PARÔNIMOS

1. Absolver (perdoar) Absorver (sorver)2. Descrição(ato de relatar) Discrição (ser discreto)3. Acostumar(contrair hábito) Costumar (ter por hábito)4. Descriminar (inocentar) Discriminar (distinguir)5. Despensa (p/ mantimentos) Dispensa (licença)6. Aprender (instruir-se) Apreender (assimilar)7. Eminente (célebre) Iminente (próximo) 8. Cavaleiro (h. a cavalo) Cavalheiro (h. educado) 9. Flagrante (evidente) Fragrante (perfumado)10.Deferir(atender) Diferir (ser diferente)11.Infligir (aplicar castigo) Infringir (violar)

12.Ratificar (confirmar) Retificar (corrigir)

} HOMONÍMIA

} Homógrafos - Mesma grafia, mas sons diferentes. Ex.: O começo da aula foi tranqüilo. (ê - substantivo) Eu começo a entender esse tema. (é - verbo).

} Homófonos - Possuem o mesmo som, mas grafias diferentes. Ex.: Fomos ao concerto, ontem à noite (música) Mariana fez um conserto em sua sala. (reparo)

} Homônimos Perfeitos - Têm a mesma grafia e o mesmo som.Ex.: Eu cedo os livros para os alunos. (verbo) Bianca levantou cedo hoje. (adv. de tempo)

ALGUNS HOMÔNIMOS1. Acender (pôr fogo) Ascender (subir)2. Acento(sinal gráfico) Assento(lugar de sentar-se)3. Aço (metal) Asso (verbo)4. Banco (assento) Banco (relac. a finanças)5. Caçar (pegar animais) Cassar (anular)6. Cela (pequeno quarto) Sela (arreio) Sela (verbo)7. Censo (recenseamento) Senso (juízo)8. Concerto (musical) Conserto (reparo/verbo)9. Coser (costurar) Cozer (cozinhar)10. Ruço (desbotado) Russo (da Rússia)11. Espiar (observar) Expiar (sofrer castigo)12. Sexta (numeral ordinal / redução de sexta- feira)Cesta (recipiente) Sesta (descanso, após o almoço)13. Cerrar (fechar) Serrar (cortar)

} CAMPO LEXICAL E CAMPO SEMÂNTICO

1) Campo lexical – é constituído por palavras que se relacionam entre si, designando referentes que cabem numa área particular da realidade. São palavras que poderiam “conviver”, “coexistir” num mesmo contexto.Ex: cão, galinha, vaca, peru, porco, pato.

2) Campo semântico – diz respeito às diferentes acepções que uma mesma palavra pode assumir em contextos diferentes.

Ex: A palavra são indicando:

um estado de saúde (Rodrigo está são hoje);

verbo ser (Vocês são demais!)

Indicando santo(São Jorge)

É IMPORTANTE EXERCITAR...

1. (ESAF/TJ-CE) “No homem, os venenos quími-

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Português

cos modificam o DNA – a essência da vida –, atacam o sistema imunológico e geram muta-ções, provocando câncer ou feto defeituoso em mulheres grávidas.”(...) Assinale a opção que pode substituir a ex-pressão “geram mutações”, sem tornar o texto incoerente.

A) provocam alterações negativasB) bloqueiam novas transformaçõesC) aceleram aperfeiçoamentosD) apressam o crescimentoE) curam atrofias malignas

02. (ESAF/TJ-CE) “Alguns recursos naturais, reno-váveis ou não, são explorados de forma inescrupulosa e consumidos em ritmo superior à capacidade de renovação da natureza.” (...)No texto acima, a expressão “inescrupulosa” pode ser interpretada com o significado de

A) ampla e extensivaB) veloz e tecnológicaC) arcaica e atrasadaD) científica e programadaE) desonesta e irresponsável

03. (UCDB-MT) Identifique a alternativa incorreta.A) absolver = perdoar / absorver = sorverB) coser = costurar / cozer = cozinharC) cerrar = fechar / serrar = cortarD) cela = arreio / sela = pequeno quartoE) comprimento = extensão / cumprimento = saudação

04. (CEFET-PR) Indique as opções que preen-chem corretamente as lacunas.

1) Se a inflação continuar a crescer, a recessão estará na .... de eclodir. 2) Mesmo com toda a vigilância, houve ..... rombos no orçamento.3) A pergunta do aluno foi tão confusa, que acabou ..... por todos.

A) iminência, vultosos, despercebida B) eminência, vultosos, despercebida C) iminência, vultuosos, despercebida D) iminência, vultosos, desapercebida E) eminência, vultuosos, desapercebida

05. (MACK-SP) I. Por falta de ....., pôs tudo a perder, tornando-se participante do .... de drogas, até fugir depois de ter recebido um .... de prisão.II. O .... do prefeito, que foi .... de louco, ..... dois meses.III. O advogado cometeu um erro ...., impedindo a divulgação do ..... da conta bancária do criminoso.IV. A classe dirigente manifestou-se contrária .... ..... de terras ..... imigrantes.V. Após o .... de violino, o guarda ...., em .... , o músico, que passou a ..... as leis do trânsito.

Aponte a alternativa correta:A) I. Censo, tráfico, mandatoB) II. Mandato, tachado, espirou, aC) III. Flagrante, extratoD) IV. À, cessão, à

E) V. Concerto, atuou, flagrante, infringir

06. (NCE-RJ /UFRJ) Num pacote de manteiga aparece a frase “manteiga de qualidade”, em que a palavra “qualidade” não aparece adjetivada, ou seja, não se diz se é uma manteiga de boa ou má qualidade, ainda que todos entendam o sentido positivo. Esse mesmo caso só NÃO ocorre em:

A) moça de família;B) cachorro de raça;C) café de classe;D) roupa de categoria;E) trabalho de grupo.

TEXTO LP- I – questão 7

Direitos humanos

Imaginemos um mundo que respeitasse plena e integralmente a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Um mundo onde os seis bilhões de seres humanos que vivem hoje no planeta tivessem consciência desses direitos. Um mundo onde os direitos, sempre atualizados, sempre em progressiva reelaboração, norteassem o cotidiano de pessoas, povos e governos. No limiar do novo século, cabe acrescentar à antiga Declaração uma nova afirmação de propósitos, que poderia ser a seguinte: Queremos construir, desde já, uma sociedade onde as relações sociais sejam de cooperação e não de competição; onde a cultura seja a da solidariedade e não a do indivi-dualismo; onde a política, graças à informação demo-crática, esteja capilarizada e a cidadania seja horizon-tal; onde, enfim, o processo de socialização progres-siva faça recuar a atual hegemonia do privado e do individualismo. Mas não basta essa generosa manifestação. É preciso agir, assumir a palavra, que é vã se não se traduz em obras. O desafio é, no dia-a-dia do traba-lho, da escola, da família e da vizinhança, praticar os novos e antigos Direitos Humanos, redescobrindo a dimensão política da nossa existência.

Chico Alencar. Direitos mais humanos. Rio de Janeiro: Garamond, 1998, p. 42-3 (com adaptações).

07. (Cespe–UnB / TJ-PE) Haverá alteração de sentido do texto LP-I caso se substitua

a) “limiar” (l.9) por começo.b) “propósitos” (l.10) por intenções.c) “progressiva” (l.17) por moderna.d) “hegemonia” (l.18) por supremacia.e) “a dimensão política” (l.23-4) por o aspecto político.

TEXTO

A Internet é um dos assuntos que afetam o raciocínio de pessoas normalmente sensatas. Prova disso é a questão da incidência de impostos sobre o comércio eletrônico. Alguns dizem ser melhor não taxar a Internet, com a alegação de que ela representa o futuro e não deveria ser estrangulada com impostos. Esse argumento não toca na questão fundamental: por que a Internet não deveria ser taxada, como tudo o mais? A resposta é que ela

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deveria, sim. Não faz sentido isentar o comércio na Internet de imposto sobre vendas. Trata-se de um subsídio disfarçado, que beneficia um tipo de negócio em detrimento de outro. (R. J. Samuelson, Exame, 22/03/2000, com adapts)

08. (ESAF / Tec.Rec.Fed.) Assinale a opção que apresenta o sentido em que os vocábulos grifados estão sendo utilizados, respectiva-mente, no texto.

A) diminuição - sustentação - estimulada - informa-ção - favorecimento

B) queda - alusão - neutralizada - apoio - competição

C) ocorrência - argumentação - reprimida - auxílio - prejuízo

D) crescimento - articulação - oprimida - dado - com-paração

E) atribuição - ligação - sufocada - suporte – opo-sição

09. (ESAF / Tec.Rec.Fed.) Escolha o conjunto de palavras que pode substituir, na ordem apresentada, as palavras sublinhadas, sem alteração do sentido dos enunciados.

“Ao encetar desta campanha pelos oprimidos, pelos aflitos, ele estava entre vós; no meio dela, à véspera de conjuntura decisiva, uma intervenção imprevista arrebata-o ao areópago da justiça.”

(Rui Barbosa, com adaptações) 

A) princípio; ocorrência; tribunal

B) início; ocasião; ardil

C) desenrolar; situação; jazigo

D) final; negociação; refúgio

E) ensejo; concorrência; arbítrio

10. (COVEST-PE) Nos enunciados abaixo, a pala-vra destacada NÃO tem sentido conotativo em:

A) A comissão técnica está dissolvida. Do goleiro ao ponta-esquerda.B) Indispensável à boa forma, o exercício físico detona músculos e ossos, se mal praticado.C) O melhor tenista brasileiro perde o jogo, a cabeça e o prestígio em Roland Garros.D) Sob a mira da Justiça, os sorteios via 0900 engordam o caixa das principais emissoras.E) Alta nos juros atropela sonhos da classe média.

11. (COVEST-PE) Observando as figuras de línguagem empregadas nos enunciados abaixo, podemos afirmar que a metáfora só NÃO apareceu em:

A) Delegacia se afoga num mar de inquéritos.B) Fantasma do desemprego tecnológico assom-bra trabalhadores que vivem das atividades de calcinadoras a lenha.C) Dirigir falando no telefone celular aumenta quatro vezes o risco de colisões.D) De volta à moda e aos pés femininos, o elegante e

famigerado salto alto reacende a fogueira da inquisição ortopédica.E) É grande o nó burocrático de museus e orquestras para liberar obras e instrumentos na alfândega.

12. (IPAD – Expresso Cidadão)

“A comida do novo restaurante do aeroporto é excelente, mas cada prato é um tsunami de calorias.” No enunciado acima, o sentido mais aproximado da palavra tsunami é o de: A) privilégio. B) exagero.C) desequilíbrio. D) banquete.E) coquetel

13. (COVEST-PE) Leia os fragmentos abaixo:1) Missa sem tambor: afastamento de bispo negro em Salvador acirra a polêmica sobre o sincretismo na Bahia.2) Na televisão, há um abismo entre ficção e realidade: o tabagismo no folhetim das 8 é um hábito quase erradicado.

Nesses fragmentos, os vocábulos grifados, quanto ao significado, correspondem, respectiva-mente a:A) remata, controvérsia, ecletismo, ignorado.B) incita, discussão, ecletismo, generalizado.C) estimula, controvérsia, mistura de doutrinas ou concepções heterogêneas, extirpado.D) harmoniza, questão, ecletismo, destruído.E) fortalece, discussão, ecletismo, inusitado.

19. ANÁLISE DE TEXTOS

Qualidades e Defeitos de um Texto

19.1. QUALIDADES DE UM TEXTO

} CORREÇÃO

É a obediência à gramática. Leve-se em conta que a excessiva preocupação com o que é errado prejudica a espontaneidade, mas há necessidade de um padrão de linguagem que sirva de instrumento geral de comunicação entre todos os membros da mesma sociedade. Tome cuidado com alguns desvios de linguagem que comumente aparecem em redações (forma correta entre parênteses):

Grafia: tome cuidado com a grafia de palavras que não conheça. Em caso de dúvidas, consulte o dicionário. Se não for possível, substitua a palavra por outra cuja grafia você conheça. São exemplos clássicos: pesquiza, pretencioso, previlégio, impecilho, etc.

Concordância: é um defeito grave que se deve evitar a todo custo. Segue algumas informações (seguem). / Os espíritos científicos nem sempre gosta de se dedicar ao labor literário (gostam). / Aqui conserta-se sapatos a preços módicos (se consertam) / Desfez-se os equívocos (desfizeram-se).

Impessoalidade verbal: o verbo haver no sentido de

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existir e o verbo fazer no sentido de tempo são impessoais: Haviam muitas pessoas na sala (havia). / Fazem dez dias que não o vejo (faz).

Regência verbal e nominal: somente a leitura assídua pode favorecer-nos no uso adequado de preposições: Não quero assistir este filme (a este). / Procedi a leitura do seguinte modo (à leitura). / O trabalho escolar consiste de várias disciplinas (em). / Fulano obedece o pai (ao pai). / A casa fica situada sobre às margens do Rio São Francisco (às margens). / Ficou aflito sob a guerra das Malvinas (com, por). / Foi morar à Rua do Seminário (na).

Colocação de pronomes oblíquos: Não diga-me isto (me diga). / Por que falava-se tão alto naquela ocasião? (se falava). / Quando os jovens apresentaram-se dispostos para o trabalho... (se apresentaram). / Qual de nós suceder-lhe-á nos seus trabalhos? (lhe sucederá). / Não há quem aplique-se a esta grande obra (se aplique).

Flexão das palavras: cuidado com a formação do plural de algumas palavras, sobretudo as compostas. primeiro-ministros (primeiros-ministros) , abaixos-assinado (abaixo-assinados), etc..

} CLAREZA É essencial a todo escritor, pois facilita para quem lê a percepção rápida do pensamento. A sua importância vem da finalidade da linguagem: propiciar ao homem a comunicação de seus pensamentos. Lembremo-nos que toda língua exige certo esforço para se comunicar com clareza, em virtude da ambigüidade de algumas de suas formas. São inimigos da clareza: a desobediência às normas da língua, os períodos longos, o vocabulário rebuscado ou impreciso. Vejamos alguns exemplos de falta de clareza:Diante do ocorrido entre você e seu filho, fiquei sem saber se o que eu lhe disse concorreu para agravar a situação. / Pois é, Maria, eu vi Sônia com seu namorado à porta do cinema./ O pai ficou chateado porque a filha bateu o seu carro.

} CONCISÃO

Consiste em dizer muito com poucas palavras, evitando digressões inúteis, as palavras supérfluas, a adjetivação desmedida e os períodos extensos e emaranhados. Essa qualidade do estilo nos ensina a cultivar a economia verbal. A concisão contribui muito para a clareza, mas, lembremo-nos, a preocupação exagerada com o sintético pode levar ao laconismo, que, por sua vez, conduz à obscuridade e à imprecisão. Devem-se evitar: Repetições supérfluas, Circunlóquios inexpressivos, Digressões impertinen-tes, Redundâncias e pleonasmos viciosos. Como proceder para atingir a concisão?

Ex.: Rubem Braga, que foi, sem dúvida alguma, um dos maiores cronistas brasileiros em todos os tempos e, por outro lado, autor de vários livros, entre eles: Ai de ti, Copacabana, é capixaba do Espírito Santo.

Sugestão: Rubem Braga, grande cronista brasileiro e autor de Ai de ti, Copacabana, é capixaba.

} ORIGINALIDADE

É a visão particular do mundo e das coisas. Cada escritor tem sua cosmovisão e deve procu-rar fugir da imitação e da recorrência aos lugares comuns.

} PRECISÃO

É resultado da escolha da palavra certa para a idéia que se quer exprimir. A impropriedade dos termos torna a linguagem ambígua e obscura.

} HARMONIA / ELEGÂNCIA

A boa disposição das palavras numa frase tem como resultado a harmonia/elegância. A ela opõem-se a cacofonia, o eco, o hiato e a colisão que deixam a frase áspera e malsonante.

CRITÉRIOS DE ADEQUAÇÃO VOCABULAR

A seleção das palavras de que fazemos uso não é absolutamente aleatória, pois obedece a uma série de fatores presentes na situação de comunicação em que estamos inseridos. Não utilizamos os mesmos vocábulos se estamos falando com amigos íntimos ou com nosso superior hierárquico, se nos dirigimos a um adulto ou a uma criança, etc. De qualquer modo, porém, o conjunto de elementos de cada situação comunicativa leva, por assim dizer, ao emprego preferencial de um determinado termo entre todos aqueles possíveis. Esse casamento entre situação e vocábulo selecionado é o que chamamos de adequação vocabular.

Adequação ao referente

Em muitas situações de comunicação necessitamos designar da forma mais precisa possível os referentes do mundo. Imaginemos, por exemplo, a necessidade de prestar um depoimento sobre um acidente de trânsito que presenciamos. É evidente que, em casos assim, a seleção vocabular deve ser procurada em função da precisão. Quando consideramos os vocábulos por sua precisão, dividimo-los em vocábulos gerais e vocábulos específicos.

São vocábulos gerais aqueles que abrangem maior número de referentes e vocábulos específicos aqueles que, ao contrário, reduzem o alcance de sua aplicação, podendo chegar ao ponto de designarem um só referente. Vejamos, por exemplo, as palavras quadro e Mona Lisa: ora, quadro é um vocábulo aplicável a uma quantidade imensa de pinturas, ao passo que Mona Lisa restringe seu emprego a uma obra determinada de Leonardo da Vinci. Do mesmo modo, tem emprego muito mais amplo o verbo ver que os verbos observar, contemplar, distinguir, espiar, fitar etc., todos eles indicadores de modos específicos de ver. Como se pode observar, do vocábulo mais geral ao mais específico de uma cadeia, há uma gradação. A cadeia que inclui quadro e Mona Lisa poderia ser assim especificada: obra — pintura — quadro — quadro a óleo — Mona Lisa.

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Adequação ao ponto de vista

A seleção vocabular pode estar contaminada com o ponto de vista do emissor sobre o conteúdo expresso. Assim, não é a mesma coisa dizer lábios ou beiços, cara ou focinho, folheto ou panfleto etc., ainda que possuam os mesmos referentes.Trata-se de vocábulos positivos, neutros e negativos. É claro que nos referimos ao uso textual dos termos, ou seja, nenhum vocábulo é a priori classificado como deste ou daquele tipo: o vocábulo gelado assume um ponto de vista negativo em O café que tomei estava gelado, e um ponto de vista positivo em Após o banho de mar, tomei uma cerveja gelada. Os processos mais comuns de tornar negativos os vocábulos referentes aos seres humanos são o da animalização e o da reificação, ou seja, a consideração do ser humano como animal ou coisa: Quem esfregou as patas sujas no tapete? Quem limpou o focinho na cortina? As pessoas vêm empilhadas dentro dos ônibus. Para que tal efeito negativo seja obtido, é indispensável que o animal ou coisa selecionada apresentem um valor cultural negativo, pois em frases como Eles parecem dois pombinhos e Aquela menina é um bibelô, os vocábulos pombinhos e bibelô possuem valor positivo.

Adequação aos interlocutores

a) A seleção vocabular pode ser adequada à atividade profissional dos interlocutores, empregando-se um tipo especial de vocábulos denominado jargão. De fato, cada profissão desenvolve uma terminologia própria, fruto de uma maneira particular de ver velhas realidades, e que acaba por caracterizar os interlo-cutores: digitar, deletar, printar, arquivar, programa estão ligados à informática, assim como sublimação, complexo, escapismo, catarse se prendem à psicologia. Como o jargão é uma conspiração contra o leigo, é inadequado o seu uso quando o receptor é incapaz de entendê-lo. Quantas e quantas vezes somos obrigados a solicitar explicações sobre um laudo médico ou sobre o parecer de um advogado?

b) A seleção vocabular pode ser adequada à imagem social de um dos interlocutores: um ministro de Estado deve expressar-se como a imagem que possuímos de um ministro, assim como um presidente deve exprimir-se segundo a imagem que temos de um presidente. Quando isso não ocorre, o espanto pela inadequação é flagrante. Destacamos que não se trata da pessoa real, mas da imagem socialmente considerada. Observe, por exemplo, o choque que ocorre quando, numa dessas gravações ilegais de conversas telefônicas, vê-se o ministro expressar-se como um homem do povo. Do mesmo modo, sería-mos surpreendidos pelo vocabulário formal de alguém cuja imagem social fosse a de pouco conhecimento.

c) A seleção vocabular pode estar ligada à idade de um dos interlocutores, com uso de vocábulos moder-nos ou antigos: vitrola virou toca-discos, abajur virou luminária, broto virou gata etc. Empregar cada um desses vocábulos é denunciar há quanto tempo estamos no mundo. Por outro lado, a idade dos interlocutores pode aparecer na seleção de vocábulos infantis ou adultos: a linguagem infantil

apresenta um vocabulário reduzido e característico: bibi em vez de carro, dindinha em vez de madrinha, titio em vez de tio etc. Sua caracterização essencial, no entanto, provém de deformações nos vocábulos e do emprego predominante de vocábulos gerais.

d) A seleção vocabular pode também estar ligada à origem dos interlocutores, representada pelo emprego do vocabulário regional: jerimum / abóbora, piá / criança, bergamota / tangerina, macaxeira / aipim etc.

Adequação à situação de comunicação

a) As variadas situações sociais de que participamos, que incluem a presença ou não de intimidade entre os interlocutores, relações de autoridade, diferenças de classes sociais ou de nível cultural etc., fazem com que nos exprimamos utilizando vocábulos formais ou vocábulos informais. Dentro de cada um desses conjuntos há variações de grau. Entre os vocábulos formais estão os eruditos e os simplesmente bem cuidados, enquanto entre os vocábulos informais estão os familiares, a gíria e o baixo calão.

b) Considerando de forma mais ampla a situação de comunicação, que inclui os valores culturais de uma comunidade, podem ocorrer também os chamados estrangeirismos, ora pela carência de vocábulos adequados na língua nacional, ora por representarem uma valorização social do referente.

Adequação ao código

A adequação ao código inclui os valores de correção, não só ortográfica, mas também a do conteúdo semântico, respeitando-se os significados dicionarizados. Devem-se evitar, assim, os empregos “de moda”, que em nada contribuem para o real enriquecimento de um idioma, a exemplo de colocar em lugar de apresentar — Vou colocar aqui um problema. —, assumir em lugar de responsa-bilizar-se — Se der errado, eu assumo. Nesse particular, deve-se prestar atenção especial aos parônimos, vocábulos de forma semelhante, mas de significados bastante diferentes, tais como emigrar / imigrar; amoral / imoral, tráfego / tráfico, infligir/infringir, e aos homônimos (homógrafos ou homófonos): apressar / apreçar, etc.

Adequação ao contexto

A adequação ao contexto (situação textual) se refere a uma multiplicidade de relações desenvolvidas entre as próprias palavras do texto. Por exemplo:a) relações de antonímia: quente / frio, rico / pobre; b) relações de sinonímia: aroma / perfume, pular / saltar; c) relações de causa/efeito: correr / cansar, alimentar/ fortalecer; d) relações de parte/todo: cobra / réptil, ponteiro / relógio; e) relações de objeto/ação: água / beber, cama / deitar; f) relações de finalidade: anzol / pescar, lápis / escrever; g) relações de unidade / coletivo: peixe / cardume, abelha / enxame;

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Português

h) relações simbólicas: pomba / paz, espada / justiça

(Fonte: Carneiro, Agostinho Dias. Redação em Construção – A escrita do texto. 2.ed. rev. E ampl. – São Paulo: Moderna,

2001.)

19.2. DEFEITOS DE UM TEXTO Problemas na escritura de frases

} AMBIGÜIDADE / ANFIBOLOGIA

Ocorre quando a frase apresenta mais de um sentido, geralmente por má pontuação ou mau empre-go de palavras ou expressões. É considerada um defeito da prosa, porque atenta contra a clareza.Ex.: Corto cabelo e pinto. A moça queria meia de mulher preta.

} PLEONASMO / REDUNDÂNCIA

Quando caracterizado como “vicioso”, consiste na repetição desnecessária de um termo. Ex.: O balão subiu para cima. A brisa matinal de manhã.

} OBSCURIDADE

Significa falta de clareza. Vários motivos podem determinar a obscuridade de um texto: períodos excessivamente longos, linguagem rebuscada ou mesmo má pontuação.Ex.: Encontrar a mesma idéia vertida em expressões antigas mais claras, expressiva e elegantemente tem-me ocorrido inúmeras vezes na minha prática longa, aturada e contínua do escrever depois de considerar necessária e insuprível uma locução nova por muito tempo.

} PROLIXIDADE

Consiste na utilização de mais palavras do que o necessário para exprimir uma idéia; é, portanto, o oposto da concisão. Ser prolixo é ficar “enrolando”, “enchendo lingüiça”, não ir direto ao assunto.Ex.: A respeito da linguagem legal: por que precisa o advogado (ao qual se fará referência de ora por diante como “autor do contrato”) usar uma terminologia e fraseologia que é tão confusa, ao passo que os partidos de todas as partes (as quais se fará referên-cia de ora por diante como “signatários do contrato”) falam e lêem somente um simples...

} BARBARISMO

É um vício de linguagem que consiste o erro de pronúncia, grafia, gênero, etc. de uma palavra.

Ex.: A pesquiza foi concluída. (em vez de pesquisa) Coloque uma rúbrica aqui. (em vez de rubrica)

} SOLECISMO

É o erro de sintaxe (concordância, regência ou colocação).

Ex.: Falta cinco mulheres. / Houveram muitos atritos. / Fazem hoje cinco anos. / Alimento para mim comer.

} PRECIOSISMO

Requinte ou sutileza excessiva, mediante o uso de palavras rebuscadas. É uma empolação desnecessária que, em vez de melhorar a comunicação, só prejudica a boa compreensão da mensagem.

Ex.: Ela protraiu o exórdio não obstante quisesse consigná-lo concomitantemente ao ágape.

(Fonte: Mesquita, Roberto M. Gramática da língua Portuguesa. 8.ed. reform. e atualiz. – São Paulo: Saraiva, 1999.)

É IMPORTANTE EXERCITAR...

(NCE-RJ / ANP) As questões de 01 a 17 mostram uma mesma idéia escrita de cinco formas distintas; você deve assinalar a forma mais adequada, levando em consideração sua correção, precisão, clareza e elegância.

01 (A) Mais de 1,4 milhões de pessoas dirigiram-se à Meca neste final de semana. (B) Mais de 1,4 milhão de pessoas dirigiram-se à Meca neste final-de-semana. (C) Mais de 1,4 milhão de pessoas dirigiu-se a Meca neste final-de-semana. (D) Mais de 1,4 milhão de pessoas dirigiram-se a Meca neste final de semana. (E) Mais de 1,4 milhões de pessoas dirigiu-se à Meca neste final de semana.

02 (A) Os guardas-civis intervieram na discussão dos espectadores. (B) Os guarda-civis interviram na discursão dos expectadores. (C) Os guardas-civis interviram na discussão dos expectadores. (D) Os guarda-civis intervieram na discursão dos espectadores. (E) Os guarda-civil interviram na discussão dos expectadores.

03(A) Os policiais averíguam onde querem trabalhar os escrivãos. (B) Os policiais averíguam aonde querem trabalhar os escrivãos. (C) Os policiais averiguam onde querem trabalhar os escrivães. (D) Os policiais averiguam aonde querem trabalhar os escrivães.(E) Os policiais averiguam onde querem trabalhar os escrivões.

04

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Português

(A) O navio ainda não tinha atracado e já era meio dia e meia. (B) O navio ainda não havia atracado e já era meio-dia e meia. (C) O navio ainda não tinha atracado e já era meio-dia e meio. (D) O navio ainda não havia atracado e já era meio-dia e meio. (E) O navio ainda não havia atracado e já eram meio dia e meia.

05(A) Quando nos vermos de novo, eu te cumpri-mentarei. (B) Quando nos vermos de novo, eu cumprimentar-te-ei. (C) Quando virmo-nos de novo, eu te compri-mentarei. (D) Quando nos virmos de novo, eu te cumpri-mentarei. (E) Eu te cumprimentarei quando nos vermos de novo.

06(A) Vossa Excelência, o Presidente, vem com os ministros a reunião? (B) Sua Excelência, o Presidente, vem com os ministros à reunião? (C) Vossa Excelência, o Presidente, vêm com os ministros para a reunião? (D) Vossa Excelência, o Presidente, vem com os ministros na reunião? (E) Sua Excelência, o Presidente, vêm com os ministros para a reunião?

07 (A) A ascenção do candidato nas pesquizas suprendeu a todos. (B) A ascenção do candidato nas pesquisas surpre-endeu a todos. (C) A ascensão do candidato nas pesquisas surpreendeu a todos. (D) A ascenção do candidato nas pesquisas surprendeu a todos. (E) A assenção do candidato nas pesquizas surprendeu a todos.

08(A) A morte do paciente nada tem a ver com a paralisia dos órgãos.(B) A morte do paciente nada tem a haver com a paralizia dos órgãos. (C) A morte do pasciente nada tem haver com a paralizia dos órgãos. (D) A morte do pasciente nada tem a haver com a paralisia dos órgãos. (E) A morte do paciente nada tem a ver com a paralizia dos órgãos.

09(A) O motorista foi um dos que não quis aderir à greve. (B) O motorista foi um dos que não quiseram aderir a greve. (C) O motorista foi um dos que não quiz aderir à greve. (D) O motorista foi um dos que não quizeram aderir à greve.

(E) O motorista foi um dos que não quis aderir a greve.

10(A) Se liga aos teus amigos para sobreviveres. (B) Ligue-se aos teus amigos para sobreviver. (C) Liga-te aos teus amigos para sobreviver. (D) Liga-se aos seus amigos para sobreviveres. (E) Se ligue a teus amigos para sobreviver.

11(A) No passado, não haviam tantos cheques sem fundo apreendidos. (B) No passado, não havia tantos cheques sem fundo aprendidos. (C) No passado não havia tantos cheques sem fundo apreendidos. (D) No passado não havia tantos cheques sem fundos apreendidos. (E) No passado, não havia tantos cheques sem fundos aprendidos.

12(A) Não existe impecilhos em conceder-lhe previlé-gios. (B) Não existe impecilhos em conceder-lhe privilégios. (C) Não existe empecilho em conceder-lhe previlé-gios. (D) Não existem empecilhos em conceder-lhe previlégios. (E) Não existem empecilhos em conceder-lhe privilégios.

13(A) A Prefeitura premia os cidadãos mais bem comportados. (B) A Prefeitura premeia os cidadãos mais bem comportados. (C) A Prefeitura premia os cidadões melhor comportados. (D) A Prefeitura premeia os cidadões melhor comportados. (E) A Prefeitura premeia os cidadões mais bem comportados.

14(A) Prefiro isso que fazer aquilo. (B) Prefiro isso a fazer aquilo. (C) Prefiro isso do que fazer aquilo. (D) Prefiro isso do que a fazer aquilo. (E) Prefiro isso a que fazer aquilo. 15(A) Estão sobre suspeita as quatro milhões de caixas dos remédios anglo-franceses. (B) Estão sob suspeita os quatro milhões de caixas dos remédios anglos-franceses. (C) Estão sobre suspeita os quatro milhões de caixas dos remédios anglo-francês. (D) Estão sob suspeita as quatro milhões de caixas dos remédios anglo-franceses. (E) Estão sob suspeita os quatro milhões de caixas dos remédios anglo-franceses. 16(A) O carro entrou à direita em vez da esquerda. (B) O carro entrou à direita ao invés da esquerda.

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Português

(C) O carro entrou a direita em vez de a esquerda. (D) O carro entrou à direita ao invés de à es-querda. (E) O carro entrou às direita envez da esquerda.

17(A) Acho que não vê-la-ei com bastantes amigos. (B) Acho que não a verei com amigos bastante. (C) Acho que não a verei com bastantes amigos. (D) Acho que não verei-a com amigos bastantes. (E) Acho que não vê-la-ei com bastantes amigos.

18. (NCE-RJ/UFRJ) Uma famosa manchete de jornal dizia: “Cachorro fez mal a moça”, onde há uma cômica ambigüidade. A frase abaixo que NÃO apresenta ambigüidade é:

A) o funcionário encontrou o chefe no dia de seu aniversário;B) joão e maria casaram-se neste fim de semana;C) pedro viu josé correndo pela rua;D) o chefe deixou de importar-se com seu funcionário;E) o grupo entrou na casa com os turistas.

19. (NCE-RJ / UFRJ) “PF prende 20 por desvio de R$500 milhões em Manaus”; esta foi a manchete do jornal O Globo do dia 11 de agosto de 2004. A afirmação ERRADA sobre os elementos dessa manchete é:

A) a palavra desvio é um eufemismo de roubo;B) a abreviatura pf corresponde a “polícia federal”;C) a frase informa a razão da prisão feita pela pf;D) o segmento em manaus tem duplo sentido;E) por clareza se deveria escrever em reais após

“r$500 milhões”.

(NCE-RJ / CGJ-RJ) Da questão 20 à questão 34, você terá cinco formas da mesma frase; você deve indicar a de forma mais adequada e correta, se-gundo a norma culta.

20(A) Os advogados, inquietos, esperavam o resultado do processo; (B) Inquietos, os advogados esperavam, o resultado do processo; (C) Os advogados, esperavam inquietos o resultado do processo; (D) Os advogados, esperavam, inquietos, o resultado do processo; (E) Os advogados inquietos o resultado do processo esperavam.

21(A) O Tribunal funciona, aos sábados, das 7 as 12 horas; (B) O Tribunal funciona aos sábados de 7 à 12 horas; (C) O Tribunal funciona, aos sábados, de 7 às 12 horas; (D) O Tribunal funciona, aos sábados, das 7 às 12 horas; (E) O Tribunal, aos sábados, funciona, de 7 à 12 horas.

22(A) Em princípio, nenhuma foto pode estar anexo à mensagem; (B) A princípio, nenhuma foto pode estar em anexo à mensagem;

(C) Em princípio, nenhuma foto pode estar anexa à mensagem; (D) A princípio, nenhuma foto pode estar anexa a mensagem; (E) Em princípio nenhuma foto pode estar em anexo a mensagem.

23(A) Com exceção da referência às leis, Vossa Excelência, o deputado, falou bem; (B) Com excessão da referência às leis, Sua Excelência, o deputado, falou bem; (C) Com excessão da referência as leis, Sua Excelência, o deputado, falou bem; (D) Com exceção da referência as leis, Vossa Excelência, o deputado, falou bem; (E) Com exceção da referência às leis, Sua Excelência, o deputado, falou bem.

24(A) Se alguém vir o processo, retire-o do pacote em que está; (B) Se alguém ver o processo, retira-o do pacote em que está; (C) Se alguém ver o processo, retire ele do pacote em que está; (D) Se alguém vir o processo, retira-o do pacote em que está; (E) Se alguém ver o processo, retire-o do pacote em que está. 25(A) A ascensão ao novo cargo, encheu o juiz de orgulho; (B) A ascenção ao novo cargo encheu de orgulho o juiz; (C) A ascensão ao novo cargo encheu o juiz de orgulho; (D) A ascenção ao novo cargo, encheu, de orgulho, o juiz; (E) A ascenção ao novo cargo encheu de orgulho, o juiz.

26(A) O promotor esqueceu vários papeizinhos na gaveta; (B) O promotor se esqueceu de vários papeiszinhos na gaveta; (C) O promotor esqueceu-se de vários papeiszinhos na gaveta; (D) O promotor esqueceu vários papeiszinhos na gaveta; (E) O promotor se esqueceu vários papeizinhos na gaveta.

27(A) Parecem ter havido bastantes erros no processo; (B) Parece ter havido bastante erros no processo; (C) Parecem ter havido bastante erros no processo; (D) Parece ter havido bastantes erros no processo; (E) Parece terem havido bastante erros no processo.

28(A) A palestra estava meia chata, mas haviam bastantes razões para ficar lá; (B) A palestra estava meio chata, mas havia bastantes razões para ficar lá; (C) A palestra estava meio chata mas havia bastantes

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Português

razões para ficar lá;(D) A palestra estava meia chata mas havia bastantes razões para ficar lá; (E) A palestra estava meia chata, mas haviam bastante razões para ficar lá.

29(A) As decisões dos juízes nada tem a ver com os réus; (B) As decisões dos juízes nada tem haver com os réus; (C) As decisões dos juízes nada têm a ver com os réus; (D) As decisões dos juízes nada têem a haver com os réis; (E) As decisões dos juízes nada têem a ver com os réis.

30(A) Os juízes interviram quando viram os réus frente a frente; (B) Os juízes intervieram quando viram os réus frente à frente; (C) Os juízes intervieram, quando viram os réus frente a frente; (D) Os juízes interviram, quando viram os réus frente à frente; (E) Os juízes intervieram quando viram os réus frente a frente.

31(A) Espero que lhes tenha prevenido de que quero apartes durante a sessão; (B) Espero que os tenha prevenido que quero apartes durante a seção; (C) Espero que os tenha prevenido de que quero apartes durante a sessão; (D) Espero que lhes tenha prevenido que quero apartes durante a seção; (E) Espero que os tenha prevenido de que quero apartes durante a seção.

32 - (A) A vítima estava obcecada pelo som dos alto-falantes; (B) A vítima estava obsecada pelo som dos alto-falantes; (C) A vítima estava obcecada pelo som dos altos-falantes; (D) A vítima estava obsecada pelo som dos altos-falantes; (E) A vítima estava obcecada pelo som dos altos-falante.

33 (A) Há cerca de dez metros ficava a sede da OAB; (B) A cerca de dez metros ficava a sede da OAB; (C) Acerca de dez metros ficava a séde da OAB; (D) Acerca de dez metros ficava a sede da OAB; (E) A cerca de dez metros ficava a séde da OAB.

34(A) Nunca mais existiu problemas entre mim e o promotor; (B) Nunca mais existiram problemas entre mim e o promotor; (C) Nunca mais existiu problemas entre eu e o

promotor; (D) Entre eu e o promotor, nunca mais existiram problemas; (E) Entre mim e o promotor, nunca mais existiu problemas.

(NCE-RJ / ANTT) Instruções gerais para as questões de número 35 a: Cada uma dessas questões apresenta cinco pro-postas diferentes de redação. Assinale a letra que corresponde à melhor redação, considerando cor-reção, clareza e concisão.

35(A) As ruas uma a uma o geógrafo às reviu;(B) As casas o geógrafo reviu-as, uma à uma;(C) O geógrafo, às casas, as reviu uma a uma;(D) As casas, o geógrafo reviu-as uma a uma;(E) As casas, as reviu o geógrafo, uma à uma.

36(A) Alguns sabem que certas coisas não têm preço;(B) Sabem alguns, que certas coisas não tem preço;(C) Certas coisas não têem preço, é o que sabem alguns;(D) Sabem alguns que certas coisas não têem preço;(E) Alguns sabem que, certas coisas não têm preço.

37(A) Jamais se poderão pagar algumas saudades;(B) Jamais poderão se pagar algumas saudades;(C) Algumas saudades, jamais se poderão pagar;(D) Jamais poderá pagar-se algumas saudades;(E) Jamais se poderá pagar algumas saudades.

38 (A) A parada o autorizava à cobrar um novo preço;(B) A parada lhe autorizava de cobrar um novo preço;(C) A parada o autorizava de cobrar um novo preço;(D) A parada o autorizava a cobrar um novo preço;(E) A parada lhe autorizava a cobrar um novo preço.

} LINGÜÍSTICA X LÓGICA

Todas as questões desta prova são baseadas em ocorrências cotidianas de uso da linguagem e tentam avaliar sua competência de entendimento e de desempenho em língua escrita.

01. (NCE-RJ / UFRJ) Numa notícia trágica, um jornal carioca mostrava uma cabeça carbo-nizada deixada numa das estações do metrô e abaixo da foto os seguintes dizeres: uma cabeça decapitada era alvo da curiosidade dos passageiros do metrô. Nessa frase há uma inadequação lógica, pois:

a) ninguém tem curiosidade por coisas mórbidas;b) a expressão “alvo da curiosidade” só se aplica a coisas boas;c) o metrô não tem “passageiros”, mas “freqüenta-dores”;d) o adjetivo “decapitado” não se aplica à cabeça, mas ao corpo;e) o adjetivo “decapitada” deveria ser substituído por “degolada”.

02. (NCE-RJ / UFRJ) Num teste de um programa de rádio, o locutor pergunta: “Quanto é a metade

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Português

de dois mais dois?” O ouvinte responde “dois” e o locutor diz que a resposta certa é “três”. A causa da confusão está:

a) na possibilidade de dupla leitura da pergunta;b) na ambigüidade da palavra “metade”;c) na ignorância do locutor;d) na ignorância do ouvinte;e) no desconhecimento do significado de “metade”.

03. (NCE-RJ / UFRJ) Para quem vem do centro da cidade do Rio de Janeiro para a Ilha do Fundão, há dois caminhos possíveis: um, pela Linha Vermelha; outro, pela Avenida Brasil. Nesse caso só NÃO podemos dizer que, a partir do centro:

a) um dos acessos à Ilha do Fundão é a Linha Vermelha;b) a Avenida Brasil e a Linha Vermelha nos levam à Ilha do Fundão;c) tão só a Avenida Brasil nos leva à Ilha do Fundão;d) não só a Avenida Brasil, mas também a Linha Vermelha nos levam à Ilha do Fundão;e) a Avenida Brasil assim como a Linha Vermelha nos levam à Ilha do Fundão.

04. (NCE-RJ / UFRJ) Numa caixa de disquetes de computador aparece uma pequena etiqueta colada sobre a embalagem que diz: 10+1 GRÁTIS. Isso significa que:

a) se você comprar dez caixas, você leva uma grátis;b) a caixa contém 10 disquetes, mas o freguês só paga nove;c) a caixa contém 11 disquetes, mas o freguês só paga dez;d) a caixa contém 9 disquetes e o décimo é grátis;e) se você comprar nove caixas, a décima é grátis.

20. ELEMENTO BÁSICOS DA CORRESPONDÊNCIA OFICIAL

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICACONSIDERAÇÕES GERAIS

Correspondência Oficial é a comunicação que se estabelece oficialmente entre expedidor e receptor que representem, ou pelo menos um deles, algum órgão da Administração Pública.

A correspondência oficial obedece a normas regedoras das comunicações escritas, internas ou externas, das repartições públicas; sua redação é portanto, padronizada, alterando-se apenas, natural-mente, o conteúdo específico de cada comunicação.

Quanto ao seu trânsito, a correspondência oficial pode ser interna - a que mantêm, entre si, diversas autoridades, bem como seus respectivos subordinados no âmbito de determinado órgão administrativo, sobre qualquer assunto de serviço – e externa, ou seja, a correspondência que se efetua entre a autoridade geral e outra autoridade da administração local e as demais autoridades, fora do âmbito de sua atuação, bem como a particular.

Enquanto a correspondência interna faz-se por meio de ofício, carta oficial, memorando, indica-ção, consulta, requerimento, relatório, circular, ordem

de serviço, etc., a correspondência externa é feita por meio de ofício, carta oficial, telegrama, radiograma, requerimento, relatório, proposta e outras.

20.1. CARACTERÍSTICAS DA CORRESPONDÊNCIA OFICIAL

Na correspondência oficial não se leva em consideração o estilo, isto é, a maneira própria, indivi-dual de expressar e pensar do redator, mas se obe-dece a regras que , norteando a comunicação oficial, a tornam correta, coerente, clara, concisa, simples, objetiva.

CORREÇÃO

“Em primeiro lugar, o redator deve conhecer bem a língua para usá-la com asseio gramatical, sem barbarismos, sem solecismos”. (José Marques da Cruz).

A correção, portanto, consiste em falar e escrever bem uma língua. Os vícios de linguagem contrariam a índole da correção. Para evitá-los torna-se necessário o uso de formas adequadas quanto à gramática normativa. Deve-se observar, principal-mente, a sintaxe de concordância, de regência e de colocação. É necessário, pois que se evite, além dos vícios de linguagem, o emprego de palavras que, ao se encontrarem, dêem lugar a uma dupla interpre-tação, deselegância ou ridículo. Vícios de linguagem são palavras ou construções que desvirtuam ou dificultam a manifestação do pensamento.

COERÊNCIA

As idéias apresentadas devem ser pertinen-tes ao tema proposto. Sua elaboração deve seguir critérios que possibilitem um perfeito entendimento entre remetente e destinatário. Logo, não se pode fugir ao tema e, muito menos, incluir o que não esteja de acordo com o desenvolvimento do assunto que está em pauta.

CLAREZA

É resultante da coerência. Qualidade impres-cindível na redação oficial, consiste em apresentar-se o texto de modo facilmente inteligível, refletindo bem o que se pretende e o que se quer dizer. Frases ambíguas, mal construídas, distorcem o sentido e afetam a clareza.

A clareza de um texto depende, principal-mente, de:

Ter simplicidade. Quanto mais simples se escrever, melhor. Evite-se, pois temos rebuscados ou arcaicos como:

“... e de acordo os autos, Luís Sá é o heréu do avô” (heréu = herdeiro)“...vê-se que os argumentos são de uma nugacidade extrema” (nugacidade = futilidade)“...disputar corrida por espírito de emulação (emulação = competição, rivalidade) Evitar palavras de sentido vago, viciosas ou

valorativas:“...e, pelo exposto, os advogados são cabíveis de erros”

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Português

“a reunião plenária realizou-se com esplendor e orgia.” Evitar o pleonasmo vicioso (tautologia):“É um parasita que vive ás custas dos outros. “ (todo parasita vive ás custas dos outros“Este é o ponto culminante do clímax.” (clímax já é o ponto culminante) Evitar o duplo sentido (anfibologia):“matou-se por causa do ciúme da mulher...” 9do ciúme que ele tinha da mulher ou do ciúme que a mulher tinha dela?)“Pegou o processo esgotado” (quem estava esgotado: ele ou o processo?)

A correção oficial dispensa as figuras as figu-ras literárias ou tropos que são recursos de embele-zamento da expressão em busca da originalidade, mas exige a simplicidade, ou seja, a forma esponta-nea, sem ornatos, a maneira natural de dizer e de escrever.

CONCISÃO

Consiste em expor-se um assunto de maneira breve, precisa e exata. É dizer o máximo com o mínimo de palavras, utilizando apenas o necessário, para o que se deve eliminar:

O uso excessivo dos indefinidos um e uma: “É uma cópia de um despacho adjucatório da licitações realizadas ou de uma justificativa para uma dispensa ou uma inexigibilidade com um respectivo embasamento legal.”

O redundante, o supérfluo: “Ao contrário disso, pensamos diferente.”“Venho por estas mal traçadas linhas...”“Ao ensejo, quero apresentar-lhe os votos de consideração, estima e apreço...”

A pormenorização de dados e elementos em excesso num único período:

“O processo que agora se encontra nesta Seção para ser relatado e que trata da demissão do servidor que entrou no Serviço Público há 16 anos, tendo servido no setor de Contrato, depois no Almoxarifado, onde foi um comprador excelente e, por último, na Seção de Custas, que fica em nosso edifício anexo, ao seguir seus trâmites deve ser encaminhado à Diretoria de Recursos Humanos.” (sublinhamos o essencial, o restante é excesso).

A concisão não admite, também, a abun-dância de adjetivação e as repetições desproporcio-nais (circunlóquios e sobrecarga de palavras cuja condensação será o aconselhável).

20.2. NORMAS DA CORRESPONDÊNCIA OFICIAL FORMAS DE CORTESIA

São expressões utilizadas para o encerramento de uma correspondência dirigida a uma autoridade. Sua finalidade é a de saudar o destinatário e marcar o fim do texto. As formas de cortesia atualmente em vigor foram reguladas pela Instrução Normativa nº. 4, de 6 de março de 1992, da Secretaria da Administração Federal.

FORMAS DE CORTESIA UTILIZADAS NO FECHO

DA CORRESPONDÊNCIA OFICIAL

De acordo com a Instrução Normativa nº. 4/92 da Secretaria de Administração Federal, atualmente em vigor, há dois tipos de fecho para todas as modalidades de comunicação oficial:“Respeitosamente”, para autoridades superiores, inclusive o Presidente da República.“Atenciosamente”, para autoridades da mesma hierarquia ou hierarquia inferior.

Observação importante:Conforme o Manual de Redação da Presidência da República de 1991 e de acordo com o decreto nº 468/92 e com a Instrução Normativa nº 4/92 da Secretaria de Administração Federal:

Fica abolido o uso dos tratamentos:

Digníssimo (DD.), Mui Digno (MD.) e Ilustríssimo (ILMO.), sendo desnecessária a sua evocação.“Doutor” e “Professor” não são formas de tratamento e sim títulos acadêmicos, não devendo ser utilizados indiscriminadamente. Assim, não se poderá dizer ou escrever:“Doutor Superintendente Fulano de Tal” ou Magnífico Professor Reitor Beltrano”.O correto é:“Senhor Superintendente Fulano de Tal” ou Magnífico Reitor Professor Beltrano”.

OBS.: A Lei Orgânica da Magistratura adota para o cargo de Juiz o título “Doutor”. Deste modo, deve-se dizer: Doutor Juiz.

EXPRESSÕES DE TRATAMENTO

ORIGEM–EVOLUÇÃO E CONCEITOExpressão de tratamento é o pronome ou a

locução de que se serve uma pessoa para falar ou escrever a outra.

As expressões de tratamento são, teoricamente, da segunda pessoa gramatical – a pessoa com quem se fala – desde que uma tradição milenar estabeleceu que às autoridades supremas não se poderia falar diretamente, senão por meio de seus elevados atributos. Daí terem surgido expressões como Vossa Majestade, Vossa Excelência, Vossa Santidade e outras, nas quais ao possessivo “vosso” juntou-se um substantivo abstrato ( Majestade, Excelência, Santidade, Senhoria, Alteza).

Com o correr do tempo, no entanto, a concordância do verbo deixou de ser feita com o pronome “vossa”, passando a acompanhar o substantivo abstrato (Majestade, Excelência, Senhoria) e, deste modo ficando na terceira pessoa, o que aparentemente, veio a configurar uma anomalia, ou seja, uma segunda pessoa gramatical em concordância formal com a terceira.

Daí que as expressões de tratamento são, teoricamente, da Segunda pessoa gramatical - a pessoa com quem se fala – porém a concordância do verbo será sempre feita na terceira pessoa:

“Vossa Excelência conhece o processo...”“Vossa Senhoria pertence ao grupo dos bons

advogados...”“Vossa Santidade é bem-vinda ao Brasil...”

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Pronome de tratamento é, pois, a palavra ou expressão usada para se referir à segunda pessoa, em lugar dos pronomes pessoais tu e vós, como você, vocês, o senhor, os senhores, a senhora, as senhoras, Vossa Excelência, Vossa Senhoria, etc. Pode-se usar, também para a terceira pessoa, em lugar de ele, ela, eles, elas como Sua Excelência, Suas Excelências, Sua Senhoria, Suas Senhorias, Sua Majestade, etc. Em ambos os casos, o verbo fica na terceira pessoa.

FORMAS DE TRATAMENTO

As formas de tratamento mais usuais são:Você (v.) – Vocês (vv.) usa-se para pessoas familiares ou com quem se tem intimidade.Senhor (Sr.) – Senhora (Srª. Ou Sra.) - Senhores (Srs.) – Senhoras (Sr.ªS ou Sras.) – para pessoas com quem se tem um certo distanciamento respeitoso.Vossa Senhoria (V. S.ª ou V. Sa.)– Vossas Senhorias (V. S.ªs ou V. Sas.) – para pessoas de cerimônia, em correspondências comerciais e oficiais.Vossa Excelência (V. ou V. Exa.)– Vossas Excelências (V. Ex.ªs ou V. Exas.) – para altas autoridades.Vossa Eminência (V. Em.ª ou V. Ema.) – Vossas Eminências (V. Em.ªs ou V. Emas.) – para cardeais.Vossa Alteza (V. A..) – Vossas Altezas (VV. AA.) – para príncipes e duques.Vossa Santidade ( V. S.) – para o Papa.Vossa Excelência Reverendíssima (V. Ex.ª Rev. ma ou V. Exa. Revma.) – para arcebispos e bispos .Vossa Reverendíssima (V. Rev. ma ou V. Revma.) – Vossas Reverendíssimas (V. Rev. mas ou V. Revma.) – para monsenhores, cônegos e superiores religiosos.Vossa Reverência (V. Rev.ª ou V. Rev.) – para sacerdotes, pastores e religiosos em geral.Vossa Paternidade (V. P.) – Vossas Paternidades (VV.PP.) - para superiores de ordens religiosas.Vossa Magnificência (V. Mag.ª ou V. Maga.) – Vossas Magnificências (V. Mag. ªs ou V. Magas.) – para reitores de universidades.Vossa Majestade (V.M.) ou Vossas Majestade (VV.MM.) – para reis e rainhas.

Vossa Excelência - Sua Excelência – é a forma de tratamento mais elevada. Aplica-se aos três Chefes de Poder (Presidente da República, Presidente do Congresso Nacional e Presidente do Supremo Tribunal Federal) para os quais não se deve usar as correspondentes abreviaturas (V. Exª e S. Exa.ª).OBS.: Alguns redatores estendem esta deferência a altos dignitários e aos membros do clero. Dizem: “Sua Excelência, o Senhor Governador...”, “Senhor Embaixador, tenho a honra de submeter a vossa Excelência...”, “Sua Excelência o Senhor Bispo de...”

O tratamento “Excelência” se aplica, ainda, e normalmente abreviado, aos altos representantes dos poderes Públicos: ministros, senadores, deputados, oficiais-generais, governadores, desembargadores, juízes, prefeitos e, também, a presidentes de associações.

Postos que não seja imposição gramatical, não se devem empregar,, relativamente às formas altamente cerimoniosas de Excelência e de

Eminência, os possessivos seu, sua nem as variações pronominais o e lhe . Assim, dir-se-á:“Remetemos, em anexo, para exame de V. Ex.ª ...” (e não: para seu exame).“Aproveitamos o ensejo para informar a V. Ex.ª...” (e não: para informá-lo).

Vossa Senhoria – na troca de correspondência entre chefes de idêntica hierarquia, é comum esse tratamento cujo emprego, na maioria das vezes, se faz abreviadamente (V. S.ª).Vós – é um tratamento comum no serviço público dado, em geral, a servidor ou servidores de categoria não inferior à de quem assina o ato administrativo. Os vocativos constituídos por expressões indicadoras de cargos não alteram o tratamento vós. Assim, é correto dizer:

“Passo às vossas mãos, senhor Diretor..." É bom não esquecer que os possessivos

vosso(s) e vossa (s) podem ser usados com o tratamento vós, mas são incompatíveis com as outras formas de tratamento. Redigir-se-á, pois, corretamente:

“Fica a critério de Vossa Excelência...” e nunca: “Vossa Excelência tem a vosso critério...”

CONCORDÂNCIA

Embora de 3ª pessoa, as formas de tratamento, chamadas formas de reverência, como possessivo Vossa se aplicam à pessoa a quem falamos e a quem nos dirigimos. A concordância, no entanto, é feita com a forma verbal e com as formas pronominais da 3ª pessoa: “Vossa Excelência deve apresentar o Relatório...”“Vossa Senhoria já pode divulgar a sua Ordem de Serviço...”.

Nas leis, decretos, resoluções e portarias, a autoridade é indicada na 3ª pessoa:

“O Presidente da República decreta...”.“O Diretor resolve...”.

OBSERVAÇÕES1 – Não se usa artigos diante de pronomes de tratamento, à exceção de senhor, senhora e senhorita:“Esperei Sua Excelência por mais de duas horas”.“Esperei a senhora por mais de duas horas...”.2 – Os pronomes de tratamento são formas rigorosamente femininas. Quando se tratar de homem, é aceitável a concordância com o masculino (concordância ideológica).“Sua Excelência estava preocupada ou preocupado com o processo”.Se houver aposto faz-se a concordância obrigatória com o aposto:“Sua Excelência, o presidente, parece preocupado”.“Sua Excelência, a desembargadora, parece preocupada”.3 – Usa-se Vossa Excelência quando nos dirigimos à pessoa:“Convido Vossa Excelência a participar da sessão...”.Usa-se Sua Excelência quando falamos a respeito da pessoa:“Aguardamos a assinatura de Sua Excelência para dar andamento ao processo”.

VOCATIVO OU INVOCAÇÃO

É a expressão pela qual se chama a atenção da pessoa a quem se escreve ou qualificativo que indica a expressão de tratamento a ser empregada no

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texto do expediente.Os vocativos mais usuais são:

Para Excelência: Excelentíssimo SenhorPara Eminência: Eminentíssimo SenhorPara Senhoria: SenhorPara juiz: MeritíssimoPara os Tribunais: Colendo, Egrégio, VeneradoPara Reitor: Magnífico

Na correspondência oficial, o título de representante diplomático ou consular não deve preceder o nome pessoal. Assim, dir-se-á:

Exmo. Sr. Fulano de Tal, Embaixador do Brasil em ...”.

“Senhor Sicrano de Tal, Cônsul do Brasil em ...”.

Não se abrevia o vocativo na correspondência dirigida aos três Chefes de Poder, grafando-se:

“Excelentíssimo Senhor Presidente da República”.

“Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal Federal”.

“Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional”.

OBS.: Alguns redatores também não abreviam o vocativo em correspondência para Ministros, Governadores de Estado, Desembargadores, Prefeitos Municipais e autoridades eclesiásticas de maior nível hierárquico.

Usa-se o vocativo ”Senhor” seguido do cargo respectivo para as seguintes autoridades:Vice-Presidente da República; Ministro de Estado; Secretário-Geral da Presidência da República; Consultor-Geral da República; Chefe do Gabinete Militar; Chefe do Gabinete Pessoal do Presidente da República; Secretário da Presidência da República; Advogado-Geral da União; Procurador Geral da República; Comandante das Três Armas; Chefe do Estado-Maior das Três Armas; Oficiais Gerais das Forças Armadas; Embaixadores; Secretários Executivos de Ministérios; Secretário-Nacional de Ministérios; Presidente, Vice-Presidente e Membros do Senado Federal, da Câmara dos Deputados, das Assembléias Legislativas dos Estados, da Câmara Distrital do Distrito Federal e dos Tribunais; Governadores e Vice-Governadores de Estados e do Distrito Federal; Secretários de Estado de Governos Estaduais; Presidentes das Câmaras Municipais; Juízes; Desembargadores; Auditores da Justiça Militar.

Para essas autoridades, o vocativo na correspondência será:“Senhor Vice-Presidente”.“Senhor Ministro”.“Senhor Chefe de Gabinete”.“Senhor Advogado-Geral da União”.“Senhor General”.“Senhor Presidente do Senado Federal”.“Senhor Senador”.“Senhor Governador”.

Para as demais autoridades e particulares que recebem o tratamento de Vossa Senhoria, o vocativo será “Senhor” seguido do cargo respectivo. Grafar-se-á, pois:

“Senhor Superintendente”.“Senhor Diretor-Presidente”.“Senhor Chefe”.

Para Reitores de universidades o vocativo será:“Magnífico Reitor”.

Para o Papa:“Santíssimo Padre”.

Para Cardeais:“Eminentíssimo Senhor Cardeal” ou Eminentíssimo e Reverendíssimo Senhor Cardeal”.

Para Arcebispos e Bispos:“Excelência Reverendíssima”.

Para Monsenhores, cônegos, superiores religiosos, sacerdotes clérigos e pastores:“Reverendo”.

EMPREGO DOS PRONOMES DE TRATAMENTO NO CORPO DA CORRESPONDÊNCIA

Com exceção dos três Chefes de Poder, os pronomes de tratamento são escritos abreviados no corpo da correspondência (V. Ex.ª, V. Sº, V. Mag.ª)

As expressões “Senhor”, “Senhores” escrevem-se abreviadas quando seguidas do nome ou cargo exercido pelo destinatário:“Sr. Fulano”, “Srs. Membros da Comissão”, “Sr. Comandante”.

Se não estiverem seguidas do cargo ou nome do destinatário, escrevem-se por extenso:“...o senhor já deve ter tido ciência...”.“...o que os senhores reclamam...”.

Emprega-se Vossa Excelência, no corpo da correspondência, em comunicações dirigidas às seguintes autoridades:

do Poder Executivo:sempre por extenso (Vossa Excelência e Sua Excelência):Presidente da República;sempre abreviado (V. Ex.ª ou S. Ex.ª):Vice-Presidente da República;Ministros do Estado;Consultor-Geral da República;Comandante das Três Armas;Secretário-Geral da Presidência da República;Chefe do Gabinete Militar da Presidência da República;Chefe do Gabinete Civil da Secretários da Presidência da República;Procurador –Geral da República;Advogado-Geral da República;Advogado-Geral da União;Chefes de Estado-Maior das Três Armas;Oficiais Generais das Forças Armadas;Embaixadores;Secretário-Executivo e Secretário-Nacional de Ministérios;Governadores e Vice-Governadores dos Estados e do Distrito Federal;

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Secretários de Estado dos Governos Estaduais;Prefeitos Municipais.

do Poder Legislativo:sempre por extenso (Vossa Excelência e Sua Excelência):Presidente do Congresso Nacional.sempre abreviado (V. Ex.ª ou S. Ex.ª):Presidente, Vice-Presidente e Membros do Senado Federal e da Câmara dos Deputados;Presidente e Ministros do Tribunal de Contas da União;Presidente e Conselheiros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal;Presidente e Membros das Assembléias Legislativas Estaduais;Presidentes das Câmara Municipais.

do Poder Judiciário:sempre por extenso (Vossa Excelência e Sua Excelência):Presidente do Supremo Tribunal Federal;sempre abreviado (V. Ex.ª ou S. Ex.ª):Vice-Presidente e Ministros do Supremo Tribunal Federal;Presidente e Ministros do Supremo Tribunal de Justiça;Presidente e Ministros do Supremo Tribunal Militar;Presidente e Ministros do Superior Eleitoral;Presidente e Ministros do Superior do Trabalho;Presidente e Desembargadores dos Tribunais de Justiça;Presidente e Membros dos Tribunais Regionais Federais;Presidente e Membros dos Tribunais Regionais Eleitorais;Presidente e Membros dos Tribunais Regionais do Trabalho;Juízes Titulares e Substitutos;Auditores da Justiça Militar.

ENDEREÇAMENTO

No envelope, o endereçamento das comuni-cações dirigidas às autoridades obedece aos seguintes padrões:

DESTINATÁRIO

Presidente da República, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal

Envelope:Excelentíssimo Senhor Presidente da República(nome do Presidente)Palácio do PlanaltoPraça dos Três Poderes70100-000 – Brasília – DF

Envelope:Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional(nome do Senador ou Deputado Presidente)Senado FederalPraça dos Três Poderes70100-000 – Brasília – DF

Envelope:Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal

FederalMinistro (nome do Presidente do Supremo)Supremo Tribunal FederalPraça dos Três Poderes70100-000 – Brasília – DF

Autoridades tratadas por Vossa ou sua Excelência

Envelope:Excelentíssimo Senhor (nome da autoridade)Ministro de Estado dos TransportesEsplanada dos TransportesEsplanada dos Ministérios, Bloco “R”70044-900 – Brasília – DF

Envelope:Excelentíssimo Senhor Senador (nome do senador)Ministro de Estado dos TransportesSenado Federal70165-900 – Brasília – DF

Envelope:Excelentíssimo Senhor Governador (nome do Governador)Palácio AnchietaPraça J. Clímaco s/n29010-080 – Vitória – ES

Envelope:Excelentíssimo Senhor Deputado(nome do Deputado)Câmara dos DeputadosPraça dos Três Poderes70165-900 – Brasília – DF

Autoridades tratadas por Vossa ou sua Senhoria

Envelope:Ao Senhor(nome do destinatário)Rua xymnz, nº 000 - Pampulha30000-000 – Belo Horizonte – MG

Reitores de Universidades

Envelope:Ao Senhor (nome do reitor)Magnífico Reitor da Universidade de BrasíliaCampos universitário – Bloco “SN”70919-970 – Brasília – DF

Cardeais

Envelope:A Sua Excelência ReverendíssimaDom (nome do cardeal)Cardeal-Arcebispo de São PauloCatedral Metropolitana – Praça da Sé00000-000 – São Paulo – SP

21. O PADRÃO OFÍCIO

É a modalidade de comunicação oficial comum aos órgãos que compõem a Administração Federal.

TIPOS DE EXPEDIENTES

Há três tipos de expedientes que se diferenciam antes pela finalidade do que pela forma: a exposição de motivos, o aviso e o ofício. Para uniformizá-los, a

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Instrução Normativa nº 4, de 6 de março de 1992, da Secretaria da Administração Federal, adotou uma diagramação única denominada “padrão ofício”, contendo as seguintes partes:

TIPO E NÚMERO DO EXPEDIENTE

O tipo e número do expediente devem ser seguidos da sigla do órgão que o expede:

Exemplo:EM nº 145/MEFPAviso nº 145/SGOfício nº 145/DGP

LOCAL E DATA

O local e a data em que o expediente foi assinado devem ser datilografados ou digitados por extenso, com alinhamento à direita do texto.Exemplo:Rio de Janeiro, 14 de janeiro de 2003.ouBrasília, em 28 de agosto de 2002.VOCATIVO

O vocativo, que invoca o destinatário, deve ser seguido de vírgula:Exemplo:Excelentíssimo Senhor Presidente da República; Senhora Ministra; Senhor Chefe de Gabinete.

TEXTO

Nos casos em que não for de mero encaminhamento de documentos, o expediente deve apresentar em sua escritura:

INTRODUÇÃOConfunde-se com o parágrafo de abertura e nela

é apresentado o assunto que motiva a comunicação. Deve ser evitado o uso de frases feitas para iniciar o texto. No lugar de “Tenho a honra de”, “Tenho o prazer de “, “Cumpre-me informar que”, empregue-se a forma direta: “Informo a Vossa Excelência que”, “Submeto à apreciação de Vossa Excelência”, “Encaminho a V. S.ª”.

DESENVOLVIMENTONo desenvolvimento o assunto é detalhado.

Quando o texto contiver mais de uma idéia sobre o assunto, elas devem ser tratadas cada uma em um parágrafo, o que confere maior clareza à exposição.

CONCLUSÃOÉ na conclusão que se reafirma ou simplesmente

se reapresenta a posição recomendada sobre o assunto.

NUMERAÇÃO DOS PARÁGRAFOSNo texto à exceção do primeiro parágrafo e do

fecho, todos os demais parágrafos devem ser numerados, com o número colocado a 2,5cm ou dez toques datilografados da borda esquerda do papel, como maneira de facilitar a remissão. No computador, no programa ”Microsoft Word”, clica-se no menu Arquivo e, no comando Configurar Página, escolhe-se 2,5 na opção Margem Esquerda. Clica-se OK.

FECHOO fecho das comunicações oficiais possui, além da finalidade óbvia de marcar o final do texto, a de saudar o destinatário. Os modelos para o fecho foram regulados, pela primeira vez, na portaria nº 1 do Ministério da Justiça, em julho de 1937. Essa portaria estabelecida cerca de quinze padrões diferentes de fecho. Hoje, com a desburocratização e de acordo com a Portaria nº 4, de 6 de março de 1992, da Secretaria de Administração Federal, há apenas dois tipos de fecho para todas as modalidades de comunicação oficial:Exemplo:Respeitosamentepara o Presidente da República e todas as autoridades do primeiro escalão inclusive dos Estados e Atenciosamentepara as demais autoridades e autoridades da mesma hierarquia ou de hierarquia inferior.

Ficam excluídas dessas fórmulas as comunicações dirigidas a autoridades estrangeiras que atendem a rito e tradição próprios, de acordo com as normas do Ministério das Relações Exteriores.

ASSINATURA E IDENTIFICAÇÃO DO SIGNATÁRIO

Todas as comunicações oficiais, excluídas as assinadas pelo Presidente da República, devem trazer digitado ou datilografado o nome e o cargo da autoridade que a expede, logo abaixo do local de sua assinatura. Esse procedimento facilita em muito a identificação da origem das comunicações. A forma de identificação deve ser a seguinte:Exemplo:(espaço para assinatura)RUBENS AYALA PROTOCACARREIROMinistro do Orçamento e GestãoOu (espaço para assinatura)JOSÉ ADOLFO VIANNA DE OLIVEIRADiretor do Departamento de Serviços Gerais do Ministério da Fazenda

22. EXEMPLÁRIO DE ATOS OFICIAIS

22.1.ATA

É o registro sucinto de fatos, ocorrências, resoluções e decisões de uma assembléia, sessão ou reunião. Geralmente é lavrada em livro próprio, devidamente autenticado, com suas páginas rubricadas pela autoridade que redigiu os termos de abertura e de encerramento.

Estrutura

Título – Ata, número de ordem da reunião e nome da entidade.Texto – escreve-se tudo seguidamente sem rasuras, emendas ou entrelinhas, em linguagem simples, clara e concisa. Devem-se evitar as abreviaturas, e os números são

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escritos por extenso. Caso verifique qualquer engano no momento da redação, deverá ser imediatamente retificado empregando-se a palavra “digo”. Na hipótese de qualquer omissão ou erro depois de lavrada a Ata, far-se-á uma ressalva com a expressão: “em tempo: na linha ............., onde se lê...................., leia-se ......................” .

Exemplo:ATA DA ..............(nº de ordem e identificação

da reunião) ............. do (a) ............ (nome da entidade) .............

Aos ........ (por extenso) ...............dias do mês de ......... (por extenso)...............do ano de ..................... (por extenso) no(a) ........ (local da reunião ............. com a presença dos srs. ................... (pessoas presentes, devidamente qualificadas) ........ e sob a Presidência do sr. ............. (presidente dos trabalhos) ..... e com objetivo de ........... (finalidade da reunião) ............... realizou-se a presente reunião em que ........................................ (o que ocorreu na reunião) ...................... e nada mais havendo a tratar, o ............. (cargo de quem preside a reunião) .............................. declarou encerrada a reunião, da qual eu, ............. (nome por extenso do secretário) ................................ na qualidade de secretário(a), lavrei a presente Ata, que dato, e assino, após ser lida e assinada pelo .................... (nome e cargo de quem presidiu a reunião) ........... e pelos demais membros presentes. xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx............ (assinatura de quem presidiu a reunião e de todos os demais presentes, por último a do secretário) ............................ .

22.2.AVISO

Correspondência oficial, com estrutura seme-lhante à do ofício, assinada por Ministro de Estado e/ou dirigente de órgãos integrantes da Presidência da República para comunicação com outra autoridade de igual nível hierárquico ou com seus subalternos.

Estrutura

Título – AVISO, nº seguida da sigla do órgão que o expede, com alinhamento á direita e a data 1,5cm abaixo, com alinhamento à esquerda.Vocativo – Seguido de vírgula.Texto – Exposição do assunto.Fecho – “Atenciosamente”.Assinatura – Nome e cargo do emitente.

Exemplo:Aviso nº 145/MOGBrasília, ......... de ........................ de ..........Senhor Ministro,Com o presente encaminho a V. Exa. o ......................................................................................................................................................................Considera esta pasta, a ...................................................................................

Atenciosamente,

(espaço para assinatura)(nome em maiúsculas e cargo do emitente)

A sua Excelência o SenhorFULANO DE TALMinistro de Estado do Meio AmbienteEsplanada dos Ministérios Bloco “M”70044-900 – Brasília – DF

22.3.CARTA

Forma de correspondência com personalidade pública ou particular, utilizada para fazer solicitações, convites, externar agradecimentos ou transmitir informações.

As cartas, em princípio, não devem ser numeradas seqüencialmente, à exceção dos órgãos que as utilizam com freqüência.

EstruturaLocal e data – Com alinhamento à direita do papel.Destinatário – Nome e cargo do destinatário, com alinhamento à esquerda do papel e abaixo da data.Vocativo – Poderá ser dispensado (in DASP Nº 133/82).Texto – A redação deverá ser simples, clara, objetiva, concisa (in DASP Nº 133/82).Fecho – Utilizar as formas usuais de cortesia.Assinatura – Nome do emitente e do respectivo cargo.

Exemplo:Brasília, ........ de ........................ de ............. .

Exmo. Sr.Fulano de TalPrefeito de Caxias do SulPrefeitura Municipal de Caxias do Sul– Caxias do Sul – RS

Senhor Prefeito,Agradecendo o honroso convite para

participar da Festa da Uva a se realizar nessa cidade, informo a V. Exa. que, lamentavelmente, não poderei estar presente a tão relevante acontecimento, tendo em vista compromissos assumidos anteriormente para essa data.

Atenciosamente

(espaço para assinatura)(nome, em maiúscula, e cargo do emitente)

22.4.CIRCULAR

É correspondência oficial enviada simultaneamente a diversos destinatários, com texto idêntico, transmitindo instruções, ordens, recomen-dações, determinando a execução de serviços ou esclarecendo o conteúdo de leis, normas e regula-mentos. Pode ser apresentada sob a forma de ofício, memorando, carta ou fax, mas sempre multidirecional. Pode conter ementa.

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Português

Estrutura(É idêntico à do ofício)Título – CIRCULAR ou OFÍCIO-CIRCULAR número e data.Texto – Desenvolvimento do assunto tratado.Fecho – “Respeitosamente” ou “Atenciosamente, conforme o caso.Assinatura – Nome e cargo do emitente.

Exemplo:OFÍCIO-CIRCULAR Nº 86/01 – DRI

Brasília, .......... de ......................... de ............

Senhor Dirigente,Com o processo de adaptação administrativa

introduzido pela Lei nº ................. , vimos informar que ..............................................................................................................................................................................Em decorrência, e após estudados realizados pela ..................................................................................................................................................................................................................Recomenda-se, outrossim, .............................................................................................................

Atenciosamente,

(espaço para assinatura)(nome, em maiúsculo, e cargo do emitente)

22.5.MEMORANDO

É correspondência interna utilizada entre unidades administrativas de um mesmo órgão, que podem estar hierarquicamente em mesmo nível ou em nível diferente, na qual se expõe qualquer assunto referente à atividade administrativa.

Comunicação, Papeleta e Nota são documentos que têm as mesmas características do memorando, usados conforme a tradição do órgão.

EstruturaTítulo - MEMORANDO, em maiúsculas, seguido do número de ordem e sigla de identificação de sua origem, com alinhamento à esquerda.Data – Por extenso, com alinhamento à direita.Destinatário – Ao (À) Sr. (a) seguido do nome do cargo que ocupa.Assunto – Exposição do assunto de maneira clara e concisa, logo abaixo do nome do destinatário.Texto – Exposição da matéria de forma clara e concisa. Todos os parágrafos devem ser numerados na margem esquerda do corpo do texto, menos o primeiro e o fecho.Assinatura – Nome do emitente, em maiúsculas, e cargo que ocupa.

Exemplo:

MEMORANDO Nº ................ / ................

Em ..... de ............................. de ...........

Ao (À) Sr.(a) ............ (nome do cargo) .....................ASSUNTO: ................................................................................................................................

Encaminho a V. S.ª, para exame e pronunciamento, em caráter de urgência, o Processo nº ...................... / .............. que deverá retornar a este Departamento.

Atenciosamente,

(espaço para assinatura)(nome, em maiúsculo, e cargo do emitente)

22.6.OFÍCIO

É correspondência oficial usada pelas autori-dades públicas para tratar de assuntos de serviço ou de interesse da administração. É também utilizado por particulares. Tem formato uniforme, de acordo com a Instrução Normativa nº4m de 6 de marco de 1992, da Secretaria de Administração Federal.

EstruturaReferência – OFÍCIO, em maiúsculo, seguido do número seqüencial e sigla do órgão expedidor.Local e data – Devem ser colocados com alinhamento à direita do papel.Vocativo – Cargo da autoridade a quem se dirige o ofício.Texto – Exposição do assunto, sendo que, à exceção do primeiro parágrafo e do fecho, todos os demais parágrafos devem ser numerados.Fecho – “Respeitosamente” ou “Atenciosamente, conforme o caso.Assinatura – Nome e cargo do emitente.

22.7.RELATÓRIO

É documento em que se expõe à autoridade superior a execução de trabalhos concernentes a certos serviços ou a execução de serviços inerentes ao exercícios do cargo em determinado período. Deve iniciar aludindo à disposição legal que exige a sua apresentação ou à ordem recebida de algum dos órgãos do serviço público. Caso seja necessária a inclusão de gráficos, ilustrações, mapas, tabelas, etc., estas devem ser inseridas em anexos, devidamente numerados. O último parágrafo conterá a expressão: É o relatório.

EstruturaTítulo – RELATÓRIO, em maiúscula e centralizado.Introdução – Ligeiro histórico do motivo do relatório, com a disposição legal.Texto – Pode ser dividido em partes, capítulos, títulos e subtítulos, itens e subitens, onde se faz a exposição dos fatos, atos e ocorrências que são causa do relatório escrito, numa linguagem ordenada, simples, concisa e objetiva.Fecho – Conterá apreciações subjetivas, sugestões, planos (se couberem) e conclusão.Local e data – centralizados a um centímetro abaixo do último parágrafo.Assinatura – A 2cm da data e, logo abaixo, os

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Português

nomes em maiúsculas.

1º Exemplo...........................................

(órgão)...........................................

(unidade)

RELATÓRIO DA COMISSÃO INSTITUÍDA PELA PORTARIA Nº ........... DE ................................. DE ........................, PUBLICADA NO DOU DE ............... DE .............................. DE .......................

A comissão em epígrafe, especialmente designada por V. S.ª para ......................................... (exposição do assunto) .............................................................. ............................................................ (considerações finais)...........................................................................

É o relatório que encaminhamos à apreciação de V.S.ªBrasília, ............ de ......................... de ..............

.................................. ..................................

.................................. ..................................(nome e assinatura dos membros da comissão)

2º Exemplo

RELATÓRIOAo término dos trabalhos integrantes da

programação destinada a esta Seção, para o exercício de ..........................., e, em observância disposto no Art. 12, item IV, do Regimento Interno deste departamento , aprovado pelo Decreto nº ............., de ............ de ........................ de ............., apresento a V. S.ª o presente Relatório, junto ao qual se expressam os índices numéricos das atividades operacionais cometidas a esta Seção e por ela executadas no referido exercício.2. Quanto às observações desta Chefia, concernentes ao relevante problema de definição das metas e objetivos da programação a ser elaborada para o próximo exercício, com aproveitamento dos resultados obtidos, a partir do início do último semestre, reporta-se este Relatório às sugestões e justificativas sustentadas por esta Chefia nos encontros e debates promovidos, dá relevo aos procedimentos administrativos, adotados nesta Seção, retrata as proposições constantes da Súmula CT nº ........ /....... 3. Os gráficos, quadros, e cronogramas, que ilustram este Relatório e dão relevos ao procedimentos administrativos, adotados nesta Seção, retratam, com recursos técnicos mais favoráveis à percepção, os índices de aumento da produtividade, relativamente aos anos anteriores.Fiel às diretrizes traçadas. Pôde esta Seção alcançar nos meses de fevereiro a dezembro, os seguintes totais de estudos e pareceres técnicos, elaborados pelas equipes que a integram, e sob a supervisão direta desta chefia:I - .................................................................II - ................................................................III - ................................................................Os aspectos positivos dos saldos apresentados por esta Seção, ao término deste exercício, configuram

bem o acerto das inovações introduzidas na dinâmica dos trabalhos, principalmente no que diz respeito à política de pessoal adotada, que veio aumentar, consideravelmente, as situações favoráveis à satisfação das necessidades de cada um e do grupo, no ambiente de trabalho. A validação do outro tornou-se mole para o desenvolvimento das potencialidades individuais e fator preponderante para a integração do grupo, sempre mais interessado nos objetivos da administração deste órgão.É relatório.São Paulo, ...... de ....................... de .........(espaço para assinatura)(nome, em maiúsculo, e cargo do emitente)

3º Exemplo

RELATÓRIOPelo expediente de fls. 1, o Sr. Deputado

Federal Augusto Carvalho denuncia a este Tribunal que a designação do Sr. Luiz Antônio Camargo Fayet, então diretor de Crédito Rural, para ocupar interinamente a Presidência do Bando do Brasil “desrespeitou normas legais pertinentes do Banco, notadamente no Art. 21, o inciso III, dos seus estatutos”.O mencionado inciso III do Art. 21 preconiza que:“Art. 21. O Presidente será substituído:

III – No caso de vacância, até a posse do substituto nomeado, pelo diretor mais antigo, funcionário, o mais idoso, no caso de igual antigüidade.”Ao analisar o assunto, a instrução da PASECEX assinala inicialmente que o Sr. Fayet ocupou interinamente o cargo de Presidente do Bando do Brasil por apenas 26 dias, de 30/09 a 25/10/91, o que tornaria irrelevante o exame da questão, segundo entende.Afiança ainda que o Estatuto do Bando do Brasil não é uma norma legal, mas sim, uma norma interna, cuja eficácia não poderia ultrapassar os limites da empresa, para sujeitar atos do Presidente da República.Ademais, no dia 29/09/92, além da nomeação do Sr. Fayet, houve também a exoneração “a pedido” do Sr. Lafaiete Coutinho, não caracterizando a hipótese de vacância, prevista no citado inciso III, o qual é aplicável apenas à situação em que falte a nomeação do substituto por parte do Sr. Presidente da República, vez que, nos termos do Art. 20, inciso I, do mesmo Estatuto, o Presidente do Bando do Brasil é nomeado e demissível ad nutum por aquela autoridade.Assim, por desconhecer qualquer norma legal que haja sido desrespeitada pela designação do Sr. Fayet para ocupação interina do cargo de Presidente do Bando, não havendo o que discutir sobre a permanência do mesmo senhor no cargo, vez que já substituído em 26/10/92, o parecer da instrução é no sentido de que se conheça da denúncia para julgá-la improcedente, comunicando-se a Decisão ao denunciante, arquivando-se o processo e cancelando-

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se a chamada de sigiloso.Os demais pareceres estão de acordo,E o relatório.Brasília, ...... de ....................... de .........

(espaço para assinatura)(Extraído do DOU de 10/05/94)

22.8.REQUERIMENTO

É um instrumento pelo qual o requerente se dirige a uma autoridade pública para solicitar o reconhecimento de um direito ou concessão de algo sob o amparo da lei. Se um requerimento é indeferido pode-se fazer um outro, para a mesma autoridade, e intitulado “pedido de reconsideração”. Caso este seja, também, indeferido, pode-se fazer um outro requerimento à instância administrativa superior, denominando “recurso”.

O requerimento só contém dois parágrafos. O primeiro terá um só período, com a identidade completa do peticionário , inclusive a profissão, residência e domicílio, bem como a explicação do direito ou da concessão pedida. No segundo, ocorre a forma terminal, em uma ou duas linhas. Será sempre redigido na terceira pessoa.

EstruturaVocativo – Fica a 2,5cm da margem superior do papel. No programa “Microsoft Word” procede-se da seguinte maneira: Clicar no menu Arquivo e selecionar 2,5 na opção margem superior. Clicar OK. O vocativo é: Excelentíssimo Senhor ou Senhor, seguido da indicação do cargo da pessoa a quem é dirigido o requerimento, iniciando na margem esquerda do papel.Texto – A 4cm do vocativo. No programa “Microsoft Word”, clica-se no menu Formatar e, depois, no comando Parágrafo, no item Espaçamento, vai-se a Entrelinhas e escolhe-se múltiplos. A seguir, no item Em define-se 4. Clicar OK. O texto constará do nome do requerente, sua qualificação(nacionalidade, naturalidade, RG, CPF, estado civil, idade, residência, domicílio e profissão) e do objeto do requerimento com a indicação dos respectivos fundamentos legais, tudo em um único período.Fecho – A fórmula terminal mais usada é: “Nestes termos, pede deferimento”.Local e data – A um espaço vertical do texto, a partir da alínea paragrafal.Assinatura(s) – Seguindo a alínea paragrafal.

ExemploSenhor ...................................... (cargo da

pessoa a quem é dirigido o requerimento) .............................

....................................... (nome do requerente) .............................................. (qualificação completa do requerente) ................................................................... requer a V. S.ª ..................................................... (objetivo e fundamento legal) ......................................... Nestes termos,Pede deferimento.

Brasília, ........ de ....................... de ........

(assinatura). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

EXERCÍCIOS

01. Todas as afirmativas abaixo estão corretas exceto:

a) os possessivos seu, sua e as variações pronominais o, lhe não devem ser empregados quando se usam as formas de tratamento altamente cerimoniosas de Excelência e Eminência.

b) os tratamentos Vossa Excelência e Sua Excelência, quando aplicados ao Presidente da República não podem ser abreviados.

c) os possessivos vosso(s) e vossas(s) são incompatíveis com as formas de reverência Vossa Excelência e Vossa Senhoria.

d) o tratamento vós é dado a funcionários de categoria não inferior à de quem assina o ato administrativo.

e) o pronome Vossa Excelência deve ser dado a todo servidor que ocupa cargo de direção.

02. É um documento que se destina a registrar as ocorrências de uma assembléia, sessão ou reunião:

a) memorandob) translado oficialc) cópia autenticadad) atae) termo

03. É um instrumento de comunicação interna, utilizado por diretores e chefe numa empresa ou repartição pública, por meio do qual são transmitidas informações ou solicitações de caráter rotineiro:

a) atab) circularc) memorandod) apostilae) ordem de serviço

04. No endereçamento, as autoridades tratadas por Vossa ou Sua Senhoria são nomeadas:

a) Excelentíssimo Senhorb) Senhorc) Eminentíssimo Senhord) Senhor Doutore) Ilustríssimo Doutor

05. Todas as alternativas estão corretas, exceto:De acordo com a Instrução Normativa nº. 4 publicada no DO de 6 de março de 1992:a) está abolida na correspondência oficial a

expressão Digníssimo;b) não se deve usar a expressão Ilustríssimo;c) as expressões de cortesia do fecho da

correspondência são Atenciosamente e Respeitosamente;

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d) pode-se usar no fecho a expressão Atenciosas saudações;

e) a expressão professor é usada antes do nome pessoal.

06. Faça a associação correta.1) memorando ( )Documento destinado a registrar as ocorrências de uma assembléia, sessão ou reunião. 2) carta ( ) Confirma Tratados. Tem valor de Decreto.3) ata ( ) Instrumento de caráter semi-oficial utilizado para responder a uma cortesia, ou para fazer solicitação ou convite, externar agradecimento ou, ainda, transmitir informações.4) aviso ( ) Correspondência feita por Ministro de Estado para seus iguais ou subalternos.5) carta de ratificação ( ) Instrumento de comunicação interna por meio do qual são transmitidas informações ou solicitações.A seqüência obtida é:a) 3-5-4-2-1b) 2-4-3-1-5c) 3-5-2-4-1d) 2-3-5-4-1e) 3-5-4-1-2

07. Julgue as afirmações como FALSAS (F) ou VERDADEIRAS (V) e assinale, a seguir, a seqüência obtida.

( ) As expressões senhor, senhores devem ser escritas por extenso no corpo da correspondência oficial.( ) O título Doutor é pessoal e não pode referir-se a um cargo ou função, a não ser ao cargo de juiz.( )O título de representante diplomático ou consular vem sempre antes de nome pessoal.( ) Egrégio, colendo e venerando são qualificativos específicos para tribunais.( ) Nobre é tratamento dado a deputados e vereadores.a) F-V-V-F-Vb) F-V-F-V-Fc) V-F-F-V-Fd) V-F-V-F-Ve) F-V-V-V-F

08. Uma das normas abaixo não pertence ao padrão ofício. Assinale-a:

a) O local e a data são colocados por extenso, com alinhamento à esquerda do texto.

b) O tipo e número do expediente vêm antes da sigla do órgão que o expede.

c) O vocativo é colocado de acordo com a alínea paragrafal.

d) Os parágrafos devem ser numerados à exceção do primeiro e do último.

e) A numeração dos parágrafos deve estar com alinhamento à esquerda do texto.

09. Assinale a única alternativa correta:Nos expedientes no padrão ofício deve-se:a) tratar todas as idéias em um único parágrafo.b) colocar a numeração dos parágrafos de acordo

com a alínea paragrafal.c) numerar os parágrafos seguindo a margem

direita do texto.d) redigir todo o texto em apenas dois parágrafos. e) numerar todos os parágrafos à exceção do

primeiro e do último.

10. Considerando o tratamento e o vocativo que se lhe segue, assinale o incorreto:

a) Excelência – Excelentíssimo senhorb) Meritíssimo – Meritíssimo Juizc) Eminência – Eminentíssimo Senhord) Doutor – Ilustríssimo Doutore) Reitor – Magnífico Reitor

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