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    NGUA

    PORTUGUESA

    GESTAR IIPROGRAMA GESTODA APRENDIZAGEM ESCOLAR

    LNGUA

    PORTUGUESA

    GNERO

    SE

    TIPOS

    TEXTUAIS

    AAA3

    GESTARII

    Ministrioda Educao

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    Presidncia da Repblica

    Ministrio da Educao

    Secretaria Executiva

    Secretaria de Educao Bsica

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    PROGRAMA GESTO DAAPRENDIZAGEM ESCOLAR

    GESTAR II

    FORMAO CONTINUADA DE PROFESSORES DOSANOS/SRIES FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

    LNGUA PORTUGUESA

    ATIVIDADES DE APOIO APRENDIZAGEM 3

    GNEROS E TIPOS TEXTUAISVERSO DO ALUNO

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    Diretoria de Polticas de Formao, Materiais Didticos e deTecnologias para a Educao Bsica

    Coordenao Geral de Formao de Professores

    Programa Gesto da Aprendizagem Escolar - Gestar II

    Lngua Portuguesa

    OrganizadoraSilviane Bonaccorsi Barbato

    AutoresCtia Regina Braga Martins - AAA4, AAA5 e AAA6Mestre em Educao

    Universidade de Braslia/UnB

    Leila Teresinha Simes Rensi - TP5, AAA1 e AAA2Mestre em Teoria Literria

    Universidade Estadual de Campinas/UNICAMP

    Maria Antonieta Antunes Cunha - TP1, TP2, TP4, TP6 eAAA3Doutora em Letras - Lngua PortuguesaProfessora Adjunta Aposentada -Lngua Portuguesa - Faculdade de LetrasUniversidade Federal de Minas Gerais/UFMG

    Maria Luiza Monteiro Sales Coroa - TP3, TP5 e TP6Doutora em LingsticaUniversidade Estadual de Campinas/UNICAMPProfessora Adjunta - Lingstica - Instituto de Letras

    Universidade de Braslia/UnB

    Silviane Bonaccorsi Barbato - TP4 e TP6Doutora em PsicologiaProfessora Adjunta - Instituto de Psicologia

    Universidade de Braslia/UnB

    Guias e Manuais

    AutoresElciene de Oliveira Diniz BarbosaEspecializao em Lngua PortuguesaUniversidade Salgado de Oliveira/UNIVERSO

    Lcia Helena Cavasin Zabotto PulinoDoutora em FilosofiaUniversidade Estadual de Campinas/UNICAMPProfessora Adjunta - Instituto de PsicologiaUniversidade de Braslia/UnB

    Paola Maluceli LinsMestre em LingsticaUniversidade Federal de Pernambuco/UFPE

    IlustraesFrancisco Rgis e Tatiana Rivoire

    DISTRIBUIOSEB - Secretaria de Educao Bsica

    Esplanada dos Ministrios, Bloco L, 5o Andar, Sala 500CEP: 70047-900 - Braslia-DF - Brasil

    ESTA PUBLICAO NO PODE SER VENDIDA. DISTRIBUIO GRATUITA.QUALQUER PARTE DESTA OBRA PODE SER REPRODUZIDA DESDE QUE CITADA A FONTE.

    Todos os direitos reservados ao Ministrio da Educao - MEC.A exatido das informaes e os conceitos e opinies emitidos so de exclusiva responsabilidade do autor.

    Dados Internacionais de Catalogao na Publicao (CIP)Centro de Informao e Biblioteca em Educao (CIBEC)

    Programa Gesto da Aprendizagem Escolar - Gestar II. Lngua Portuguesa: Atividades de Apoio Aprendizagem 3 - AAA3: gneros e tipos textuais (Verso do Aluno). Braslia: Ministrio da Educao,Secretaria de Educao Bsica, 2008.92 p.: il.

    1. Programa Gesto da Aprendizagem Escolar. 2. Lngua Portuguesa. 3. Formao de Professores. I. Brasil.Ministrio da Educao. Secretaria de Educao Bsica.

    CDU 371.13

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    MINISTRIO DA EDUCAOSECRETARIA DE EDUCAO BSICA

    PROGRAMA GESTO DAAPRENDIZAGEM ESCOLAR

    GESTAR II

    FORMAO CONTINUADA DE PROFESSORES DOSANOS/SRIES FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

    LNGUA PORTUGUESA

    ATIVIDADES DE APOIO APRENDIZAGEM 3

    GNEROS E TIPOS TEXTUAISVERSO DO ALUNO

    BRASLIA2008

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    Apresentao ....................................................................................9

    Introduo .............................................................................................11

    Unidade 9: Gneros textuais: do intuitivo ao sistematizado .............................13Aula 1: Reconhecendo gneros textuais ..........................................................15Aula 2: Redescobrindo gneros textuais ..........................................................20Aula 3: Caracterizando anncios ..................................................................23Aula 4: Discutindo a funo da imagem nos anncios .....................................26Aula 5: Criando anncios ...........................................................................28Aula 6: Classificando recortes de texto ..........................................................29Aula 7: Criando pesquisas e entrevistas .........................................................32Aula 8: Jogando com os gneros ..................................................................34

    Unidade 10: Trabalhando com gneros textuais .........................................35Aula 1: Descobrindo caminhos da poesia .................................................... 37Aula 2: Criando classificados ....................................................................40Aula 3: Comparando poemas ..................................................................... 43Aula 4: Criando textos a partir do tema Natal .............................................. 47Aula 5: Interpretando poemas .................................................................... 48Aula 6: Vendo poesia ................................................................................49

    Aula 7: Descobrindo a poesia de cordel ...................................................... 53Aula 8: Criando o varal de poesia ...............................................................56

    Unidade 11: Tipos textuais ........................................................................57Aula 1: Descobrindo os tipos textuais ..........................................................59Aula 2: Caracterizando a narrao ...............................................................62Aula 3: Caracterizando a descrio ..............................................................65Aula 4: Identificando a mistura de tipos textuais .............................................67Aula 5: Criando textos descritivos .................................................................70Aula 6: Caracterizando a dissertao ............................................................71

    Aula 7: Emitindo opinies ...........................................................................74Aula 8: Identificando seqncias tipolgicas ...................................................76

    Unidade 12: A inter-relao entre gneros e tipos textuais ...........................79Aula 1: Caracterizando a carta ntima ..........................................................81Aula 2: Criando cartas ...............................................................................83Aula 3: Descobrindo a estrutura do texto .......................................................84Aula 4: Criando textos a partir de uma estrutura ............................................86Aula 5: Ligando o potico e o tcnico .........................................................87Aula 6: Experimentando ser professor .......................................................... 89Aula 7: Ligando o potico e o prosaico .......................................................90Aula 8: Criando poemas a partir do prosaico ................................................91

    Sumrio

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    Caro Professor, cara Professora,Voc acaba de receber mais um caderno de Atividades de Apoio Aprendizagem emLngua Portuguesa, agora enfocando os gneros e os tipos textuais, assunto que pode tertrazido novidades para voc, da maneira como foi apresentado nas unidades do Cadernode Teoria e Prtica 3.

    No entanto, voc sabia e sabe muito desse assunto, e seus alunos tambm o conhe-cem. a partir desse conhecimento intuitivo, explorado naquelas unidades, que criamosas trinta e duas aulas deste caderno.

    Como sempre, vale observar alguns pontos:

    1) Os AAAs tm o objetivo de ajud-lo a explicitar, reforar ou ampliar os estudos dosTPs. Cabe a voc, considerando a sua turma, decidir quantas e quais so as aulas cujocontedo deve ser mais trabalhado.

    2) Procuramos selecionar textos que, alm de ampliar o conhecimento e as discusses emtorno de gneros e tipos textuais, criem para os alunos a oportunidade de refletir, discutire ter momentos de prazer com as atividades de linguagem.

    3) Considerando que a discusso em torno dos textos um excelente exerccio de produode textos orais, procuramos enfatizar em algumas aulas a criao de textos escritos.

    4) A no ser em casos especiais de criao, demos preferncia ao trabalho em grupo, pelasoportunidades que oferece de crescimento intelectual, emocional e social. Essa escolhano pretende sufocar ao contrrio, quer estimular o pensamento divergente. O quese pretende que as aulas sejam o lugar da prtica do pensamento democrtico, em quegostos e posies devem ser externados e respeitados.

    Bom trabalho!

    Apresentao

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    Caro Professor, cara Professora,

    Voc j est acostumado estrutura das Atividades de Apoio Aprendizagem.

    Como nos casos anteriores, este caderno aborda as quatro unidades do caderno deTeoria e Prtica 3, e para cada uma delas foram criadas oito aulas.

    Em princpio, as aulas tm uma seqncia criada no sentido de cada vez mais ampliaras noes propostas, mas, eventualmente, em funo da turma e do momento, algumasinverses podem ser feitas sem qualquer prejuzo da aprendizagem.

    Esse no , entretanto, o caso das aulas que propem criaes: nas aulas anteriores

    so sugeridos textos e atividades que ajudam os alunos no s a alargarem seus horizon-tes, com relao ao tema proposto, mas a se sentirem mais vontade e motivados a seexpressar.

    Abordaremos agora as aulas de cada unidade.

    Unidade 9: Gneros textuais: do intuitivo ao sistematizado

    Nessas aulas, procuramos no s contar com o conhecimento prvio dos alunos,como trabalhar certas dificuldades da questo da classificao dos gneros.

    Desse modo, apresentamos propaganda e anncios, com suas sutilezas, assim como

    distinguimos o dirio de um trecho memorialstico de uma novela.

    Por fim, possibilitamos uma descoberta ilimitada de gneros, na proposta deum jogo.

    Unidade 10: Trabalhando com gneros textuais

    Nas aulas dessa unidade, que pretende um aprofundamento na discusso dos gnerostextuais, optamos por trabalhar com algumas das possibilidades da poesia.

    Dentre as razes dessa escolha, citaremos duas: a facilidade de se estudar o textointeiro e, principalmente, a aparente dificuldade (ou relutncia) de se trabalhar efetiva-

    mente o texto potico em sala de aula.

    Dessa forma, comeamos a mostrar como a poesia (e qualquer arte) pode apropriar-se de um gnero para criar outro, passamos por poemas com o mesmo tema, at chegar-mos poesia visual e de cordel. Para alargar mais o contato com o gnero, terminamosas aulas com a proposta de um varal de poesia, onde os alunos podero pendurar seusprprios poemas.

    Unidade 11: Tipos textuais

    Nas aulas relativas a essa unidade, procuramos inicialmente ajudar os alunos a en-

    tenderem a nomenclatura, a partir de um passeio pelo dicionrio.A maior novidade, no tratamento dos tipos textuais, deve ser a incluso de dois deles

    o preditivo e o injuntivo ao lado da narrao, da descrio e da dissertao.

    Introduo

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    Nas aulas seguintes, nossa maior preocupao ajudar os alunos a perceberem,na composio de um texto em determinado gnero, o aparecimento de diferentes tipostextuais, mesmo quando predomina amplamente um deles.

    Unidade 12: A inter-relao entre gneros e tipos textuais

    As aulas dessa unidade tm o objetivo de explicitar a idia norteadora do TP: ostextos se realizam em gneros e os tipos se organizam dentro dos gneros.

    Para evidenciar isso, escolhemos novos gneros como a carta ntima, trecho de umromance e diferentes realizaes poticas.

    Mais ainda do que nas anteriores, a aulas procuram estimular a produo escritados alunos.

    Insistimos que, na conversa com os alunos sobre a criao deles, voc chame aateno para os tipos textuais usados. a forma de eles perceberem que a questo

    dos gneros e tipos textuais de todos os usurios da lngua, seja qual for sua posiona interao.

    Desejamos que voc e seus alunos tenham bons momentos de interlocuo e dedescobertas.

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    GESTAR AAA3

    ATIVIDADES DE APOIO APRENDIZAGEM 3

    GNEROS E TIPOS TEXTUAIS

    UNIDADE 9GNEROS TEXTUAIS:

    DO INTUITIVO AO SISTEMATIZADO

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    Aula 1Reconhecendo gneros textuais

    Nesta aula vamos estudar certas classificaes de textos. Vocs j sabem muitas coisas arespeito desse assunto, mesmo sem saberem que sabem.

    Propomos, antes de mais nada, que leiam dois textos.

    Texto 1

    21/02/92

    O Daniel veio direto da aula aqui pra casa. Vai ficar com a gente todo o final da semana.

    um amigo meio maluquinho, meio moleque, mas muito criativo e inteligente. Est naminha classe, mas amigo inseparvel do R, meu irmo, dois anos mais novo que agente. O amigo era meu e ficou mais do R. Coisas de afinidade... Engraado como osgarotos so diferentes, desligados, capazes de brincar com outros mais novos numa boa.Sem a pose de adulto que tm as garotas da minha idade. L est o Daniel chutando bola,depois de ter apostado corrida de bicicleta, nadado, lambuzado a cara com manga e coma mostarda do cachorro-quente. J sei que minha me vai chamar umas dez vezes os doispra tomarem banho. Vai repetir que o jantar sai s sete, e eles nem vo dar bola. Eles squerem curtir as brincadeiras, sem preocupao com comida ou com o tempo.

    JOS, Elias. De amora e amor. So Paulo: Atual, 2004. p. 34-35.

    Texto 2

    Veja, 22/12/04. p. 154-155.

    Proteja as nossas crianas e adolescentes do turismo sexual.

    O Brasil um pas cheio de graa. Matas, montanhas, praiasparadisacas, cultura e folclore muito ricos. Mas o nosso maiorpatrimnio a nossa gente. Por isso, precisamos respeitar eproteger as nossas crianas e adolescentes. A explorao sexualinfanto-juvenil crime e no tem graa nenhuma. Faa a suaparte. Conscientize. Mobilize.

    Brasil. Quem ama protege.

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    AAA 3 - Gneros e tipos textuais - verso do aluno

    Aula1

    Reconhecendo gneros textuais

    Vocs j viram textos parecidos com esses, no ? Identifiquem/classifiquem cadaum dos textos lidos. Discutam entre si e com o professor suas opinies.

    Propomos, agora, que vocs, em grupos de at 4 pessoas, analisem os textos lidos.Sobretudo nas ltimas questes vocs vo ter muito o que discutir.

    Texto 1

    Atividade 1

    1) De quem o dirio?

    2) Que crtica a dona do dirio faz s garotas da idade dela e de Daniel?

    3) Esse desejo das meninas gera um tipo de discriminao. Qual ?

    4) A autora do dirio parece criticar os dois meninos, por no darem ouvido ao chamadoda me?

    5) Vocs concordam com a crtica da menina? Os meninos no discriminam mesmo osmais novos? Discutam e dem sua opinio, com argumentos (casos, falas de meninos e

    meninas, etc.).

    6) Que elementos do texto fizeram vocs o identificarem como parte de um dirio? O que, mesmo, um dirio, neste caso?

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    Gneros textuais: do intuitivo ao sistematizado

    Unidade9

    7) Quem faz dirio na turma? Vocs acham que dirio coisa de menina?

    8) Vocs conhecem o livro de onde foi extrada a pgina do dirio? Conhecem seu au-tor? Essa pgina, que poderia estar perfeitamente num dirio, foi retirada de um dirioverdadeiro?

    Texto 2

    Atividade 2

    1) O que chamou a ateno de vocs primeiro: as palavras escritas ou a foto? Por qu?

    2) Descrevam a figura em destaque.

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    AAA 3 - Gneros e tipos textuais - verso do aluno

    Aula1

    Reconhecendo gneros textuais

    3) Vocs prestaram ateno no nome da adolescente? O que sugere a escolha desse nome?Traria a mesma impresso de nomes como Patrcia, Carolina, Giovana, etc.?

    4) Vamos nos deter na palavra patrimnio.a) Qual a primeira lembrana que a palavra patrimnio traz a vocs?

    b) Vejam o que nos informa o dicionrio:

    Patrimnio, s.m. (l. patrimoniu) 1. Herana paterna. 2. Bens de famlia. 3. Bensnecessrios ordenao e sustentao de um eclesistico. 4. Quaisquer bens ma-teriais ou morais pertencentes a uma pessoa, instituio ou coletividade. 5.Reg.(So Paulo) Povoao.- P. nacional: departamento administrativo subordinado aoMinistrio da Fazenda e onde se encontram cadastrados todos os bens do domnio

    da Unio ou prprios nacionais: bens imveis, material blico, terrenos e acrescidosda Marinha e outros.

    Em que acepo est usada a palavra patrimnio, pelo menos aproximadamente?

    c) Que patrimnios pessoais ou nacionais vocs consideram importantes? Citem alguns.

    5) O governo do presidente Lula criou uma frase que vem sendo repetida, para caracterizaro Brasil e seu povo. A frase que procura caracterizar um produto, uma instituio ou umaao chamada slogan. Que slogan esse?

    6) Que parte do texto maior da propaganda apresenta com outras palavras a idia desse

    slogan?

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    Gneros textuais: do intuitivo ao sistematizado

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    7) O verbo proteger aparece duas vezes na propaganda. Na forma imperativa prote-ja, aparece com muita freqncia em outras campanhas at internacionais. Em geral,so usadas para que tipo de patrimnio? Que novidade h no emprego do verbo nestapropaganda?

    8) Por que importante abordar a proteo especialmente de crianas e adolescentes?

    9) Por que a questo do turismo sexual sria?

    10) Identifiquem os rgos ou instituies que patrocinam a campanha contra o turismosexual. Quais so eles?

    11) Que elementos do texto orientaram vocs na classificao do texto como propa-ganda?

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    Aula 2Redescobrindo gneros textuais

    Leiam silenciosamente o texto a seguir.

    Essas meninas

    As alegres meninas que passam na rua, com suas pastas escolares, s vezes com seusnamorados. As alegres meninas que esto sempre rindo, comentando o besouro que entrou naclasse e pousou no vestido da professora; essas meninas; essas coisas sem importncia.

    O uniforme as despersonaliza, mas o riso de cada uma as diferencia. Riem alto, riemmusical, riem desafinado, riem sem motivo; riem.

    Hoje de manh estavam srias, era como se nunca mais voltassem a rir e falar coisassem importncia. Faltava uma delas. O jornal dera notcia do crime. O corpo da meninaencontrado naquelas condies, em lugar ermo. A selvageria de um tempo que no deixamais rir.

    As alegres meninas, agora srias, tornaram-se adultas de uma hora para outra; essasmulheres.

    ANDRADE, C. D. de. Contos plausveis. In Prosa seleta. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2003. p.122

    Atividade 1

    Agora, em dupla com um colega, respondam a algumas perguntas sobre o texto. Pri-meiramente, tentem definir o gnero do texto, uma vez que todo texto se realiza numgnero. Se vocs leram o ttulo do livro de onde foi extrado o texto, diro que se tratade um conto.

    Mas vocs acharam que mesmo um conto?

    a) Se lhes pareceu diferente, qual a diferena entre este texto e os contos que vocs tmcostume de ler?

    b) H alguma semelhana entre este e outros contos lidos por vocs?

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    Gneros textuais: do intuitivo ao sistematizado

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    Atividade 2

    Essa primeira dvida de vocs mostra que os gneros no s evoluem, como vm se

    misturando cada vez mais, na literatura atual. Por enquanto, digamos apenas que umconto, sim, bem curto, como pode acontecer na literatura mais recente. Em todo caso,teriam outra sugesto quanto ao gnero do texto? Dem sua opinio.

    Atividade 3

    Vamos ao estudo mais aprofundado do texto. Ele tem duas partes bem distintas, e emcontraste.

    a) Indiquem essas partes e a idia central de cada uma.

    b) A partir de que elementos podemos caracterizar as personagens como adolescentes?

    c) Como o narrador sublinha a alegria das meninas, na primeira parte?

    d) As coisas sem importncia deixam de existir, na segunda parte. Que expresses, nasegunda parte, revelam isso?

    e) Vocs diriam que a violncia aconteceu apenas com a menina assassinada?

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    Aula2

    Redescobrindo gneros textuais

    AAA 3 - Gneros e tipos textuais - verso do aluno

    f) Observem, nas duas partes j estudadas do texto, o emprego dos tempos verbais. Oque percebem de interessante?

    Atividade 4

    Este texto tem o tema muito prximo do da propaganda vista anteriormente.

    a) Vocs encontram alguma emoo na propaganda analisada? E no texto de Drum-mond?

    b) Vocs poderiam dizer que o texto de Drummond tem inteno de alertar, conscientizar,

    como a propaganda?

    Agora, vamos deixar os textos dos outros de lado e vamos pensar na produo de umtexto prprio? Definam com o professor onde e quando as produes viro a pblico: seprimeiro na sala, apresentadas aos colegas; se (depois de reescritas) expostas num mural;se iro para o jornalzinho da escola ou da sala. Que critrio ser usado para a seleo,se for necessria?

    Cada um de vocs vai pensar num caso que tenha acontecido e de que foram tes-temunhas ou vtimas, ou vo imaginar uma histria que relate um caso de violncia dequalquer tipo: uma discriminao, uma briga desigual, um castigo, o que quiser e quepara vocs simbolizem um ato de violncia.

    Atividade 5

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    Aula 3Caracterizando anncios

    Propomos a vocs que leiam dois textos bem interessantes e com certeza muito prximosde outros que j conhecem. Depois, vamos discutir um pouco sobre eles.

    Texto 1

    Texto 2

    SOUSA, M. Mnica 40 Anos Edio Comemorativa.So Paulo: Globo, 2004.

    SOUSA, M. Mnica 40 Anos Edio Comemorativa.So Paulo: Globo, 2004.

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    Aula3

    Caracterizando anncios

    AAA 3 - Gneros e tipos textuais - verso do aluno

    Texto 1

    Atividade 1

    1) A que pblico se dirige mais diretamente este anncio? Que elementos indicamesse alvo?

    2) A parte verbal do texto bem curta. Analisem cada parte do texto: a) no alto da pgi-na; b) no meio dela; e c) na parte de baixo: posio das palavras, cores, os elementos dafrase (sobretudo os verbos).

    3) Que sugestes a imagem do tigre lhes traz?

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    Gneros textuais: do intuitivo ao sistematizado

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    4) Vocs percebem algum tom de humor ou brincadeira no texto?

    Texto 2

    Atividade 2

    1) Observem as capas das revistas. Vocs conhecem todas as personagens das capas?

    Faam o retrato de cada uma.

    2) Por que Magali e no uma das outras personagens que est em destaque?

    3) Neste texto no h imperativos, nem muitas frases para convencer o leitor a compraras revistas. Como os anunciantes sugerem a compra?

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    Aula 4Discutindo a funo da imagem nos anncios

    Vejam a publicidade que se segue.

    Agora, como sempre, vamos ao estudo das imagens e das palavras/frases do anncio.Definam com seu professor o nmero de componentes dos grupos, para discutir o texto.

    Atividade 1

    1) Chama muito a ateno do leitor a imagem deste texto. Na opinio de vocs, o quecolabora para isso?

    Veja, 22/12/04. p.219

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    Gneros textuais: do intuitivo ao sistematizado

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    4) Segurana e controle esto ligados mo: de quem so essas mos seguras?

    5) Como fica sugerida a durabilidade do pneu?

    6) Atravs de que elementos vocs identificam o apelo compra desses pneus?

    7) Agora, cada grupo apresenta para a turma as respostas dadas s questes anteriores.Vejam em que os grupos concordam e em que discordam.

    8) Vamos reler os anncios da Kelloggs e da revista da Mnica, para junto com o daPirelli buscarmos as caractersticas comuns aos trs textos.

    2) Com relao imagem em preto, o que vocs viram primeiro: a mo cerrada, ou ospneus?

    3) H algumas qualidades apontadas para o pneu anunciado: garra, segurana, controle,durabilidade e potncia (fora). Na opinio de vocs, a qual ou quais delas est relacio-nada a mo cerrada?

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    Aula 5Criando anncios

    Atividade 1

    1) Depois de trabalhar com vrios textos publicitrios, vocs j tm boas condies decriar um anncio, no ? Pois estamos propondo que vocs criem um texto do gneropublicitrio.

    2) O trabalho tem melhores condies de ser feito em grupo. Formem grupos de modo acontar com colegas que tenham mais talento para o desenho, ou procurem usar tcnicasque no exijam dotes especiais relativos ao trao. Podem fazer colagens, por exemplo.

    3) O primeiro passo para o trabalho a discusso em torno do tema a ser abordado.Podem pensar em alguma campanha importante para a sua escola, ou para o seu bairro.Podem escolher para anunciar: um produto, um filme, um livro que todos apreciem.Podem imaginar algum produto ou aparelho que no exista, mas que vocs gostariamque existisse.

    4) Procurem rever as caractersticas desse gnero. Com relao ao texto verbal, pensemque ele deve ser curto, sugestivo. Pensem na convenincia dos sinais diretos de apelo ena importncia da adequao da imagem a seu pblico e a seu produto. Olhem revistas,jornais e outros materiais que podem ajud-los a ter idias, sem copiar claro! o que

    j est feito.Vamos l? Ponham imaginao e mos para funcionar.

    5) Depois da criao, apresentem o texto para os colegas.

    a) Peam que analisem o texto, como ns fizemos aqui.

    b) Procurem considerar as observaes e aceitem as crticas e sugestes pertinentes. Seno concordarem com as observaes, apresentem seus argumentos.

    c) Como em qualquer texto, refaam o que fizeram, quando for o caso.

    6) Conforme o objetivo de texto criado, exponham-no na escola, ou discutam como lev-lo para outros pontos fora da escola. Nesse ltimo caso, conversem com seu professor ecom autoridades da escola, para que no enfrentem nenhum tipo de problema.

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    Aula 6Classificando recortes de texto

    Vamos ler um texto extrado de um livro bastante divertido, que contaepisdios da vida de uma turma de adolescentes, num ano distante:1950. Os pais de vocs nem deviam ter nascido nessa poca... Masvocs vo ver que as questes enfrentadas por esse grupo no somuito diferentes das que vocs vivem. Esse ano de 1950 foi muitoimportante para os brasileiros, pelo menos para os que amam futebol.To importante, por exemplo, para o narrador, que a histria estdividida em captulos, que so os meses desse ano. Sabem por quefoi um ano importante (e triste) para os brasileiros? Bem, mais tardetratamos disso. Por enquanto, vamos dizer que neste texto aparecem,alm do narrador, personagem principal e jogador importante dotime da escola, o Mauzinho (apelido do Mauro) e duas garotas: aCarmencita, uruguaia linda, recm-chegada escola, e Senira. Maisno precisamos informar.

    Vamos ao texto?

    Setembro

    Tem coisas que so horrveis de ver. Por exemplo: sua bola caindo no vizinho, os paisbrigando, uma bola furada, algum pegando o ltimo pedao de bolo, a bola entrando no

    seu gol. Mas naquele ms de setembro eu vi uma coisa ainda mais horrvel: o Mauzinhoe a Carmencita de mos dadas.

    claro que eu no gostava mais daquela menina. Alis, eu odiava a Carmencitacom todas as minhas foras (a no ser que ela quisesse namorar comigo, claro). Masmesmo assim era chato v-la de sorrisinhos com o Mauzinho e falando: Mi Obdulioquerido...

    O time do Mauzinho tambm estava classificado para a prxima fase do campeonatoe ele namorava com a menina mais bonita do mundo. Mas ele no se contentava comisso. Ele queria mais. Ento, um dia, no recreio, quando eu estava conversando com a

    Senira sobre tticas de futebol (quer dizer, ela falava e eu escutava), o sujeito veio atns e disse:

    Sabe o que eu estava pensando, Senira?

    Pensando? Nossa, eu nem sabia que voc fazia isso!, disse a Senira, que era muitoboa para dar respostas.

    O Mauzinho nem ligou para o corte dela e continuou: Estava pensando que eudevia ter duas namoradas. Os times no tm os titulares e os reservas? Ento, eu tambmquero ter outra namorada para os dias em que a titular no estiver jogando bem. E a suasorte que eu escolhi voc para ser a minha reserva.

    A Senira ficou de vrias cores: branca de susto, vermelha de raiva e verde de dio. Arespondeu: Voc mesmo um tonto, Mauzinho! Voc acha que eu ia gostar de voc?!A olhou para mim e disse: Menino muito burro mesmo! E saiu batendo os ps.

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    Classificando recortes de texto

    Aula6

    AAA 3 - Gneros e tipos textuais - verso do aluno

    O Mauzinho ficou olhando ela sair, e viu que a Senira estava indo na direo daCarmencita.

    Ele me perguntou: Ser que ela vai contar tudo?

    Eu pensei Tomara que conte, mas falei Sei l.

    TORERO, Jos Roberto. Uma Histria de Futebol. So Paulo: Objetiva, 2001.p 47-48.

    Atividade 1

    1) Antes de mais nada, vamos discutir este ponto: qual o gnero deste texto? Vejamque se trata de um trecho, apenas. Fica muito difcil afirmar, sem receio de errar, quegnero seria esse. Mas h algumas fortes probabilidades. Seria um dirio? uma crnica?um conto? uma novela? um romance? Dem suas opinies. Usem os dados apresentadosat aqui para formular suas hipteses.

    2) Ento, depois das discusses, sabemos que no dirio, nem conto, nem crnica.Que tal procurar o livro na sua biblioteca? Vocs o encontraro, com certeza, porque foicomprado para todas as escolas pblicas do pas. E o livro mesmo um divertimento!Vocs vo adorar a leitura. Ser que nosso heri se casa com Carmencita? E o que vaiacontecer com o mala do Mauzinho?

    3) Mas voltemos ao texto. Observem as situaes que criam dias horrveis para o narrador.Vejam que ele apresenta suas paixes pelo avesso: pelos dias horrveis que as conhece-mos. Quais so as mais evidentes? So as mais comuns entre adolescentes? E as aflies?

    O paulista Jos Roberto Torero jornalista e escritor. Para adultos, escreveu O Chalaae Terra Papagalli, nos quais recheia a Histria do Brasil com uma fico bem-humoradae crtica. Seu primeiro livro para o pblico jovem este Uma Histria de Futebol.

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    Gneros textuais: do intuitivo ao sistematizado

    Unidade9

    4) Mauzinho um adversrio difcil, em vrios campos. Por que isso mexe tanto com onarrador?

    5) Carmencita ainda fala em espanhol, nos momentos mais ternos. E se refere a um talObdulio. Quem ser esse Obdulio? (Ele tem a ver com o ano complicado de 1950.) Seningum souber quem (era) ele, no se preocupem: mais tarde vocs vo poder desco-brir. Mas d para vocs imaginarem a profisso desse Obdulio, considerando os interessesdo grupo retratado?

    6) A proposta de Mauzinho de ter duas namoradas foi imediatamente repelida pela Senira.A causa disso era a proposta em si, ou o namorado proposto? Qual a opinio de vocssobre namorados e namoradas titulares e reservas? Apresentem seus pontos de vista, paradiscusso com os colegas.

    Que tal dividir a turma entre os que no apiam e os que defendem a idia deMauzinho? Cada grupo se rene e enumera os argumentos a favor ou contra. Definamum tempo para a discusso em grupos. Depois, escolham um advogado para expor osargumentos de cada grupo para a turma toda, no grande debate.

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    AAA 3 - Gneros e tipos textuais - verso do aluno

    Aula 7Criando pesquisas e entrevistas

    Ento, descobriram o que aconteceu de to importante (e terrvel) para ns, brasi-leiros, em 1950? Pois ... Perdemos a Copa do Mundo para os uruguaios, quandoramos favoritssimos. Foram essas decepes que muita gente no conseguiusuperar...

    Propomos a vocs duas atividades, em grupos. Vocs vo fazer entrevistasou pesquisas, e isso no novidade para a turma. Em todo caso, podem procurarexemplos desses gneros, para ter mais claros seus elementos, os quais vocs jconhecem.

    Atividade 1

    Procurem, entre seus familiares ou grupos de sua convivncia, pessoas que tenhamvivido o ano de 1950. Montem uma entrevista para fazer com eles. Perguntem sobreo time brasileiro, a campanha do Brasil (e, se possvel, do Uruguai), a expectativa,o orgulho em torno do Maracan, o placar do jogo, quem fez o gol uruguaio da vi-tria, a decepo cobrindo o Brasil. Vejam os passos que devem seguir para chegara uma boa entrevista:

    1) Pesquisem sobre as pessoas que devem ser entrevistadas. Seleo dos nomes su-geridos, levando em conta critrios: interesse ou ligao com o futebol, idade em1950, gosto por falar, boa memria, diferenas de posturas e dados.

    2) Montem a entrevista (apenas um roteiro, porque durante a conversa as perguntaspodem mudar muito.) Vejam o que mais interessa perguntar para aquela pessoa: seapenas torcedor, se um tcnico ou jogador, o enfoque muda.)

    3) Contatem as pessoas e marquem horrio para a entrevista. Vejam o tempo dispon-vel do entrevistado. Se possvel, providenciem um gravador e avisem (ou peam) quevo gravar. Cumpram o combinado.

    4) Procurem saber algumas coisas sobre o assunto e sobre o entrevistado, paraque a entrevista no emperre. Tratem-no com toda a cordialidade e deixem-nofalar.

    5) Aproveitem alguma deixa interessante, para obter informaes que vocs no ima-ginavam.

    6) Combinem de mostrar a entrevista, depois de organizada.

    7) Renam-se, agora, para organizar as respostas, passar tudo a limpo, com fi-

    delidade.8) Pronto: as entrevistas esto prontas para serem ouvidas/lidas pelos colegas. Tragamas respostas dos entrevistados para apresentarem turma.

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    Gneros textuais: do intuitivo ao sistematizado

    Unidade9

    Atividade 2

    Faam uma pesquisa na biblioteca da escola ou da sua cidade, ou de pessoas da co-

    munidade, em livros, revistas, jornais, sobre o que foi essa deciso. Livros de crni-cas sobre futebol tambm tm dados importantes. Passos para organizarem uma boapesquisa:

    1) Renam-se para definir onde e o que pesquisar. Dividam as tarefas entre os inte-grantes do grupo: pesquisa em revistas, jornais, livros, enciclopdias, etc.

    2) Em cada material, selecionem o que lhes parecer mais importante. Registrem numcaderno ou bloco, anotando sempre a fonte da informao.

    3) Renam-se para comentar todo o material colhido e definir o que compor o tra-balho final.

    4) Faam um texto informando a seus colegas e possivelmente aos leitores de suaescola o que representou esse momento na histria de nosso futebol.

    Vocs vo certamente falar de emoes e tristezas, mas elas so dos outros, eno de vocs. O texto tem de ser razoavelmente frio e neutro. No precisa ser umtexto muito longo, mas deve conter o principal do que vocs pesquisaram.

    Feita a tarefa, negociem com o professor a forma de apresent-lo para a turma,conforme os resultados obtidos: texto com fotos, s texto, no mesmo dia da apre-sentao das entrevistas. Se for o caso, levem o material consultado, para os colegas

    verem fotos, capas de livros, lerem um trecho ou outro, etc.

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    AAA 3 - Gneros e tipos textuais - verso do aluno

    Aula 8Jogando com os gneros

    Hoje, convidamos vocs para comear um jogo, que vo fazer em dupla. Como vaiser ele?

    Atividade 1

    1) Cada dupla vai ter um tempo (digamos, um fim de semana, ou uma semana) para pro-

    curar onde quiser 3 textos de gneros diferentes. Vo preparar muito bem argumentos paraclassificar o gnero de cada um dos textos. Procurem variar bastante e criar dificuldadespara os colegas.

    2) No dia definido com o professor, todos os grupos levam seus textos para a aula.

    3) Por sorteio, so indicados os grupos que vo apresentar primeiro um de seus textos.(Isso significa que cada grupo pode ser sorteado trs vezes, porque tem 3 textos.) Umgrupo tem de identificar o texto do outro.

    4) Se os grupos acertarem o primeiro texto, apresentado o segundo texto, at que os 3textos sejam apresentados, at que um erre.

    5) Se ambos acertarem todos os textos, eles cedem o lugar para outros dois grupos, maspodem entrar em outro sorteio.

    6) Quando o grupo erra, sai. O outro fica, se souber justificar a classificao certa. Sea justificativa no for considerada boa, pelos colegas e pelo professor, ele tambm sai.Vo entrando novos grupos sorteados, nas mesmas condies, at se chegar duplavencedora.

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    GESTAR AAA3

    ATIVIDADES DE APOIO APRENDIZAGEM 3

    GNEROS E TIPOS TEXTUAIS

    UNIDADE 10TRABALHANDO COM GNEROS TEXTUAIS

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    Aula 1Descobrindo caminhos da poesia

    Propomos-lhes nesta aula a leitura de dois textos.

    Texto 1

    Atividade 1

    1) Onde, em geral, aparece este gnero de texto?

    2) Qual o objetivo deste gnero?

    3) Que elementos o identificam? Tomem como base o texto 1.

    Com toda certeza, vocs conhecem este gnerode texto, o chamado classificado, ou anncio.Vamos, ento, tratar de suas caractersticas.

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    Descobrindo caminhos da poesia

    Aula1

    AAA 3 - Gneros e tipos textuais - verso do aluno

    Texto 2

    Anncio de Zoornal I

    Troca-se galho drvore

    novo em folha, vista pra matapor um cacho de bananada terra, nanica ou prata.

    CAPARELLI, Srgio. Come-vento. Porto Alegre: L&PM, 1988. p. 11.

    Atividade 2

    1) Quem o autor da proposta do texto 2? Este autor nos pe no campo da realidade ouda fantasia?

    2) Que expresses neste texto so tpicas do classificado? Como o anunciante mostra oobjeto que ele quer vender?

    3) Que outros elementos chamam a ateno no texto?

    4) Esses elementos so tpicos de que texto?

    5) Observem o ttulo do texto: a palavra Zoornal existe? Como formada? Ela ajuda ouno a criar uma graa?

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    Trabalhando com gneros textuais

    Unidade106) Depois de analisar essas caractersticas, vocs acham que este texto tem a mesma in-

    teno do texto 1 e pertence ao gnero classificados? Justifiquem.

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    AAA 3 - Gneros e tipos textuais - verso do aluno

    Aula 2Criando classificados

    Vamos ler um texto e depois da leitura, em grupos, respondam as perguntas feitas em

    torno dele.

    Ateno! Compro gavetas,compro armrios,cmodas e bas.

    Preciso guardar minha infncia,os jogos de amarelinha,os segredos que me contaram

    l no fundo do quintal.Preciso guardar minhas lembranas,as viagens que no fiz,ciranda cirandinhae o gosto de aventuraque havia nas manhs.

    Preciso guardar meus talismso anel que tu me deste,o amor que tu me tinhase as histrias que eu vivi.

    MURRAY, Roseana. Classificados poticos.Belo Horizonte: Miguilim, 1987. p. 6.

    Atividade 1

    1) Observem o ttulo do livro em que figura o texto. Com este ttulo, e publicado numlivro, vocs acham que este texto um anncio comercial?

    2) Considerando apenas o texto, a partir de que momento dele vocs tiveram certeza deque no se tratava de um classificado comercial? Justifiquem.

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    Trabalhando com gneros textuais

    Unidade103) Por que a poeta (ou quem fala) sente necessidade das gavetas, bas, etc.? O que ela

    estaria perdendo?

    4) A poeta faz aluso a vrios textos e brincadeiras da infncia. Vocs so capazes decantar e dizer como eram as brincadeiras?

    5) Apesar de ter a caracterstica literria do texto 2 (Zoornal), da aula anterior, h umadiferena importante entre os dois. Qual ?

    Agora, vamos fazer tambm classificados e montar uma pgina de anncios?Vamos l?

    Atividade 2

    Primeiro classificado

    1) Imaginem que vocs precisem vender, ou dispor de alguma coisa: um piano, umabicicleta, um carrinho de rolim, um cachorro, por exemplo. Pode ser vendido, trocado,ou doado.

    2) Lembrem as caractersticas (verdadeiras, se no, propaganda enganosa...) do objeto.Vejam em que ordem devem aparecer tais caractersticas.

    3) Faam a primeira verso do anncio. Peam a opinio de seu colega ao lado.

    4) Reescrevam o anncio, se necessrio.

    5) Troquem entre si os anncios feitos, de modo que o classificado de cada um v parardo outro lado da sala.

    6) Agora, cada um vai comentar o anncio que tem em mos: ele funciona? falta algumdado? chamaria a ateno de um interessado?

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    Criando classificados

    Aula2

    AAA 3 - Gneros e tipos textuais - verso do aluno

    Sugesto: Quem sabe vocs criam um mural de classificados, propondo trocas delivros e outros objetos? Conversem em casa e com os professores da escola, para verse mesmo uma idia vivel.

    Atividade 3

    Segundo classificado literrio

    Agora, vamos fazer anncios literrios. Para inspir-los, vamos apresentar mais alguns,de Srgio Caparelli e de Roseana Murray, dos mesmos livros.

    Anncio de Zoornal

    Vende-se uma casade cachorro pequinsd um osso de entradae trinta a cada ms.

    CAPARELLI, Srgio. Come-vento. Porto Alegre: L&PM, 1988. p. 11.

    Procura-se um equilibristaque saiba caminhar na linhaque divide a noite do diaque saiba carregar nas mosum fino pote cheio de fantasiaque saiba escalar nuvens arrediasque saiba construir ilhas de poesiana vida simples de todo o dia.

    MURRAY, Roseana. Classificados poticos. Belo Horizonte: Miguilim, 1987. p. 6.

    1) Pensem em objetos e situaes que incomodam vocs e que esto no seu cotidiano.Organizem uma lista com o que vocs pensaram.

    2) Pensem em objetos, pessoas e situaes que vocs queriam para a sua vida. Faamuma lista do que pensaram.

    3) Agora, cada um vai decidir: quer vender o que da primeira lista? quer comprar, ou procuraralguma coisa da segunda lista? quer trocar alguma coisa da primeira por outra da segunda?

    4) Decidiram? Ento escolham o verbo que cabe e criem um anncio literrio. Pode serem verso ou no, engraado ou mais emotivo.

    5) Lembrem-se: o anncio deve ser curto, at para causar impacto.

    6) Se gostarem da experincia, faam um caderno com esses classificados. Eles podemser at ilustrados. Vai ficar um caderno bem legal!

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    Aula 3Comparando poemas

    Nesta aula, vamos comparar trs poemas, cada um de um poeta, todos importantes nanossa literatura: Manuel Bandeira, Sylvia Orthof e Joo Cabral de Melo Neto, todoscom uma grande produo no sculo XX. Deles, somente Sylvia escreveu especifica-mente para crianas e adolescentes. Os outros sempre escreveram para adultos (o queno quer dizer que no tenham sido lidos pelo pblico mais jovem).

    Depois da leitura dos poemas, vamos procurar coincidncias e diferenas entre eles.

    Poema 1

    Versos de Natal

    Espelho, amigo verdadeiro,Tu refletes as minhas rugas,Os meus cabelos brancos,Os meus olhos mopes e cansados.espelho, amigo verdadeiro,Mestre do realismo exato e minucioso,

    Obrigado, obrigado.

    Mas se fosse mgico,Penetrarias at o fundo desse homem triste,Descobririas o menino que sustenta o homem,O menino que no quer morrer,Que no morrer seno comigo,O menino que todos os anos na vspera do NatalPensa ainda em pr os seus chinelinhos atrs da porta.

    BANDEIRA, Manuel. Estrela da Vida Inteira. Rio de Janeiro: Jos Olympio, 1970. p. 160.

    Poema 2

    Prece de Natal

    Se fosse mesmo Natal,tudo seria mudana!Cada estrela lembraria

    que o Natal uma criana.Presentes seriam coisasque no se compramcom dinheiro:

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    Comparando poemas

    Aula3

    AAA 3 - Gneros e tipos textuais - verso do aluno

    um vo de borboleta,um abrao verdadeiro.

    Se fosse mesmo Natal,cristinho aceitaria

    a festana e brincariano colo daquela moaque flor-de-lis: Maria

    O boi seria bumb,espelharia o Bemnas cores das lantejoulasque a alegria tem!

    O burro, muito enfeitado,brincaria num folclore.

    Anjo, anjo, asa, asa,pombinha branca e estrela,que esse Natal no demorea entrar pela janela!Anjo, anjo, asa, asa,todo prespio uma casa!

    ORTHOF, Sylvia. Pequenas oraes para sorrir. So Paulo: Paulinas, 1998. p.21.

    Poema 3

    Carto de Natal

    Pois que reinaugurando essa crianapensam os homensreinaugurar a sua vidae comear novo caderno,fresco como o po do dia;pois que nestes dias a aventuraparece em ponto de vo, e pareceem vo enfim poderexplodir suas sementes:

    que desta vez no perca esse cadernosua atrao nbil para o dente;que o entusiasmo conserve vivassuas molas,

    e possa enfim o ferrocomer a ferrugem,o sim comer o no.

    MELO NETO, Joo Cabral de. Museu de tudo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2002.

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    Trabalhando com gneros textuais

    Unidade10

    Atividade 1

    1) Qual o primeiro ponto de encontro entre estes poemas?

    2) De alguma forma, os trs poemas relacionam Natal e criana.

    a) Por que fazem essa relao?

    b) Essa relao com a criana igual em todos os poemas?

    3) O poema de Sylvia reprova o Natal que no verdadeiro, o Natal consumista e sem afesta simples, com valores da tradio popular. Que expresses revelam isso?

    4) Que palavras sugerem, no poema de Joo Cabral, a idia de renascimento?

    5) Coincidentemente, os trs poemas estruturam-se em duas partes bem distintas. Indiquemas partes de cada um deles e a idia central de cada uma das partes.

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    Comparando poemas

    Aula3

    AAA 3 - Gneros e tipos textuais - verso do aluno

    6) Do ponto de vista da forma, os trs poemas so parecidos?

    7) Deixamos para o fim uma pergunta importante: h, sim, uma outra semelhana entreos trs poemas o uso da linguagem figurada. Mais uma coincidncia: os trs usam apersonificao como elemento importante na sua concepo. Procurem essa personifica-o em cada poema.

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    Aula 4Criando textos a partir do tema Natal

    Quando lemos poemas sobre Natal, voltamos no tempo e lembramos acontecimentosimportantes ocorridos nesta data, ou num presente muito esperado, ou inesperado, ou naforma como descobrimos que papai Noel no existia. Ou depois dos poemas, comeamosa pensar no que significa, mesmo, o Natal, como comemorado nos dias de hoje.

    Vocs ficam alegres ou tristes nessa data? Sobre esses pensamentos e emoes queenchem sua cabea ou seu corao que sugerimos que vocs escrevam. Se forem sin-ceros, se expressarem o que realmente sentem, com certeza vo fazer belos textos, cheiosde verdade e parecidos com vocs, sem as frases feitas que costumam estar nos cartes ena fala dos reprteres quando o assunto esse.

    Vamos ao trabalho? Se quiserem, podem conversar com outras pessoas, ou ler ou-tros textos sobre o assunto. Lembrem-se de que essas conversas funcionam como outrostextos, que vocs esto lendo para ampliar o conhecimento ou a reflexo sobre o assuntoem pauta. O importante que a criao seja de cada um de vocs.

    Lembramos a vocs que etapas vo ser cumpridas nesta experincia. Aqui, a produo individual, por razes bvias, no ? Afinal, cada um tem um sentimento e lembranasmuito pessoais dessa data.

    Atividade 1

    1) Cada um vai procurar descobrir o enfoque que vai dar ao tema Natal.

    2) Depois, vai produzir seu texto, procurando dar a estrutura mais adequada a suas in-tenes. Ateno! No precisa fazer um poema: vocs que vo escolher o gnero quemelhor se casa com a exposio que querem fazer.

    3) Em classe, cada um vai ler o texto de um colega, dizer do que gostou, apontar eventuaisfalhas, sugerir mudanas, etc.

    4) Depois de reescritos os textos, eles vo ser lidos pelo professor, que escolher os me-lhores para fazer parte de uma antologia da turma, a ser apresentada no final do ano.

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    AAA 3 - Gneros e tipos textuais - verso do aluno

    Aula 5Interpretando poemas

    Vocs j repararam como os artistas adoram interpretar poemas? De repente, na boca deuma personagem de uma novela, ou numa entrevista, surge um trecho de um poema,lembrado assim, sem mais nem menos... que a poesia nos marca muito, e est na nossavida desde o nosso nascimento, ou at antes, quando ainda estvamos na barriga da me,e ela cantarolava arrumando nosso enxoval. Tambm os sbios e os inventores jamaisdispensaram a poesia, porque eles sempre souberam a importncia de cultivar nossasemoes e nossa sensibilidade, independentemente de nossa idade, sexo e profisso.

    Pois hoje propomos a vocs uma atividade em trs etapas.

    Atividade 1

    1) Na primeira, vocs vo procurar um poema de qualquer poca e de qualquer autor,sobre qualquer assunto. O importante que cada um adore o poema que escolher.

    2) Na segunda etapa, cada um vai ler e reler o poema, mergulhar nas suas palavras, nassuas emoes. Vai ensaiar bastante a sua leitura. Se quiser, ensaie junto de um colega e

    oua a opinio dele sobre sua leitura.Lembrem-se: ler um poema no fazer teatro. preciso naturalidade, imaginar o tom

    em que o poeta diria o seu poema (baixinho, intimista? devagar aqui, mais rpido ali...)

    3) A terceira etapa a interpretao do poema para a turma (ou para outras turmas tam-bm, dependendo das combinaes).

    Eventualmente, conforme o poema, voc e outros colegas podem fazer um jogral.Para isso preciso que o poema sugira mais de uma voz (ou tom), que tenha repetiesinteressantes, um refro, por exemplo.

    Em outros casos, vocs podem pensar num fundo musical, bem adequado para opoema escolhido.

    Se houver condies, informem algo pouca coisa, para no mudar o clima potico sobre o autor, antes de falar o poema.

    Ateno! O poema no precisa ser memorizado.

    Depois da experincia, avaliem com seu professor: poemas de que mais gos-taram, interpretaes que mais emocionaram vocs, a facilidade (ou dificuldade) daatividade,etc.

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    Aula 6Vendo poesia

    Neste poema concreto, percebemos claramente como o plano do significado do verbals pode ser atingido se levarmos em conta o desenho criado.

    Poema 1

    CAMPOS, Augusto de. Vivavaia. So Paulo, Duas Cidades, 1979.

    Atividade 1

    1) Que palavras vocs lem no texto?

    2) Elas aparecem no mesmo nmero e no mesmo tamanho?

    3) Na opinio de vocs, o que significa escrever a palavra lixo usando a palavra luxo?

    4) O que mais visvel, no poema: o LIXO ou o LUXO?

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    Vendo poesia

    Aula6

    AAA 3 - Gneros e tipos textuais - verso do aluno

    5) Observem as letras usadas para escrever a palavra LUXO: so comuns?

    Gostaram de ver esse poema? Pois : os poemas concretos abriram caminho paraoutras ousadias visuais de nossos poetas... Permitiram, por exemplo, que outro poeta, o

    mineiro Ronald Claver, fizesse o poema que se segue.

    Poema 2

    Atividade 2

    1) Olhando a pgina, que elementos esto bem evidentes?

    2) O que sugerem esses recursos visuais?

    CLAVER, Ronald. A olho nu. Belo Horizonte: Opus, 1976.

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    Trabalhando com gneros textuais

    Unidade103) O poema escrito em primeira pessoa (tenho, vendo, alugo, etc.). Quem essa pessoa?

    4) A quem dirigida a fala da cidade?

    5) Listem as palavras do poema que se relacionam com o mundo do dinheiro e das tran-saes comerciais e procurem seu significado.

    6) Esses termos esto no sentido denotativo (ligado representao real) ou conotativo(figurado)?

    7) Refro (ou estribilho) um verso que se repete, numa composio musical ou numpoema. Neste poema, o que se repete?

    8) Vocs acham que a vida, nos grandes centros sobretudo, assim sugadora dapessoa?

    9) Do ponto de vista dos versos:

    a) Quantas estrofes h e quantos versos tm?

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    Vendo poesia

    Aula6

    AAA 3 - Gneros e tipos textuais - verso do aluno

    b) H rimas?

    c) Os versos tm o mesmo nmero de slabas, a mesma mtrica?

    d) importante essa regularidade?

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    Aula 7Descobrindo a poesia de cordel

    Nesta aula, vamos trazer para vocs uma forma de poesia de raiz popular, que h muitotempo corre por muitas terras brasileiras. a chamada poesia de cordel, que veio dePortugal e foi belamente incorporada cultura popular brasileira. O nome vem do fatode que os poemas ou narrativas eram pendurados em cordes, sobretudo nas feiras. Essapoesia se apresenta em folhetos, impressos sem grande tecnologia e usando a xilogravuracomo forma de impresso at de ilustraes da capa. Essa poesia mais comumente contahistrias e extrai delas lies, que passam de gerao em gerao.

    Vejam um exemplo interessante dessa poesia, que talvez vocs j conheam, navoz de Z Ramalho, que a musicou.

    Mulher nova, bonita e carinhosafaz o homem gemer sem sentir dor

    Numa luta de gregos e troianosPor Helena a mulher de MenelauConta a histria que um cavalo de pauterminava uma guerra de dez anos

    Menelau, o maior dos espartanos,Venceu Pris, o grande sedutor,Humilhando a famlia de HeitorEm defesa da honra caprichosaMulher nova, bonita e carinhosafaz o homem gemer sem sentir dor.

    Alexandre, figura desumana,Fundador da famosa AlexandriaConquistava na Grcia e destruaQuase toda a populao tebana

    A beleza atrativa de RoxanaDominava o maior conquistadorE depois de venc-la, o vencedorEntregou-se pag mais que formosaMulher nova, bonita e carinhosaFaz o homem gemer sem sentir dor.

    A mulher tem na face dois brilhantesCondutores fiis do seu destinoQuem no ama o sorriso femininoDesconhece a poesia de Cervantes

    A bravura dos grandes navegantesEnfrentando a procela em seu furorSe no fosse a mulher mimosa florA histria seria mentirosa

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    Descobrindo a poesia de cordel

    Aula7

    AAA 3 - Gneros e tipos textuais - verso do aluno

    4) Vamos estudar agora os versos, organizados em 4 estrofes.

    a) A mtrica dos versos regular?

    b) As estrofes so regulares?

    Mulher nova, bonita e carinhosaFaz o homem gemer sem sentir dor.

    Virgulino Ferreira, o Lampiobandoleiro das selvas nordestinas

    sem temer a perigo nem runasFoi o rei do cangao no sertomas um dia sentiu no coraoO feitio atrativo do amorA mulata da terra do CondorDominava uma fera perigosaMulher nova, bonita e carinhosaFaz o homem gemer sem sentir dor.

    Atividade 1

    1) O poema, em cada estrofe, desenvolve histrias que so argumentos para uma idiafixa. Qual essa idia?

    2) Vocs acham que algum dos adjetivos do ttulo/refro dispensvel, na composiodo poeta?

    3) Que tipo de homem o poema apresenta? Que qualidades so enfatizadas?

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    Trabalhando com gneros textuais

    Unidade10c) Qual o esquema das rimas?

    5) O que vocs acharam da linguagem do poema? H vocbulos desconhecidos de vocs?Nesse caso, so desconhecidos porque so regionais? Ou so apenas pouco usados?

    6) Como vocs podem observar por este poema, um engano pensar que o cordelista pessoa inculta. Nem sempre a falta da escola quer dizer falta de leitura e desconhecimentode pginas da histria e da mitologia. Otaclio Batista Patriota nos fala de episdios dahistria universal recheados, em muitos casos, pelos sculos de tradio oral.

    Dividam-se em grupos e procurem pesquisar:

    a) As histrias do Cavalo de Tria, de Alexandre, o Grande, e de Lampio. Procuremenfatizar os dados que confirmem o refro deste poema.

    b) As razes pelas quais ele cita Cervantes. O ponto de partida, nesse caso, sua obra

    Dom Quixote, onde aparece uma figura feminina importante.Alm dos professores de Literatura, podem ajud-los os professores de Histria. A

    Internet pode ajudar tambm.

    Tragam para apresentar turma as informaes obtidas. Se possvel, tragam imagens,para tornar suas exposies mais interessantes ainda.

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    AAA 3 - Gneros e tipos textuais - verso do aluno

    Aula 8Criando o varal de poesia

    Propomos a vocs que faam um outro cordel: um varal de poesia, que vai se esten-dendo pelas paredes da sala, medida que vocs forem encontrando algum poema queparea interessante.

    Atividade 1

    1) Marquem um dia para comear o varal. Quem quiser iniciar, traga uma cpia de umpoema. Nesse varal, vale tudo... desde que seja poesia.

    2) O poema pode ficar preso com pregadores de roupa coloridos, para que sejam even-tualmente retirados e recolocados.

    3) Neste primeiro dia, importante que pelo menos alguns de vocs informem turmasobre o poema escolhido. Podem trazer informaes sobre o autor, sobre o livro de ondefoi tirado, etc.

    4) Podem inventar moda... Podem at convidar outras turmas que ainda no tenham (ouque tenham) um varal desses. Podem pendurar poemas de vocs prprios.

    5) Discutam com o professor cada novidade que queiram incrementar na idia do varal.Marquem um dia para, quinzenalmente, ou toda semana, checarem as novidades dele.Faam suas observaes, leiam algum especialmente interessante.

    BOM VARAL !

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    GESTAR AAA3

    ATIVIDADES DE APOIO APRENDIZAGEM 3

    GNEROS E TIPOS TEXTUAIS

    UNIDADE 11TIPOS TEXTUAIS

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    Aula 1Descobrindo os tipos textuais

    Hoje, especificamente, nossa conversa vai ser diferente: vamos trabalhar com conceitua-es. Achamos que a melhor maneira para introduzir o assunto tipos textuais, muitoligado a gneros.

    Vamos trabalhar agora com a famlia das seguintes palavras:

    Famlia de uma palavra parecida com a nossa famlia. So da mesma famlia palavrasque tm a mesma origem, cujo significado tem relao.

    Narrao

    Descrio

    Dissertao

    Injuno

    Predio

    Atividade 1

    1) Qual ou quais dessas palavras vocs no conhecem? Qual ou quais delas vocs nuncausaram?

    2) Ainda que no conheam ou no usem determinadas palavras, vamos tentar organizara famlia de cada uma delas. claro que, como no caso dos humanos, ou mesmo dosoutros animais, entre as palavras tambm h famlias grandes e pequenas, famlias queperderam parentes e outras que esto quase em extino.

    No se preocupem com o fato de no conhecerem a famlia (Vamos fazer as apre-sentaes de praxe, daqui a pouco, calma!), nem com a possibilidade de existirem ouno. Estamos fazendo hipteses, como os cientistas, e procedendo do mesmo jeito que,conscientemente ou no, o povo, as crianas e os autores criativos inventam palavras.

    Ento, indiquem ou inventem, para cada uma das palavras da primeira coluna, pelomenos uma das demais colunas . Mais uma vez: no se preocupem, se no souberem preencheralguma coluna. Ningum conhece todas as palavras da lngua. Nem quem faz dicionrios.

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    Descobrindo os tipos textuais

    Aula1

    AAA 3 - Gneros e tipos textuais - verso do aluno

    narrao

    descrio

    dissertao

    predio

    injuno

    Verbo Substantivo Adjetivo Advrbio

    3) Agora, vo ao dicionrio e vejam no s os significados das palavras, mas os membrosda famlia que l esto apresentados.

    4) Pois bem, depois desses estudos dos verbetes, vamos ao nosso assunto especfico: os

    tipos de textos de que so formados os gneros textuais.5) Tendo em vista o que vocs j sabem e os significados informados pelo dicionrio,classifiquem as passagens abaixo em narrativas, descritivas, dissertativas, injuntivas epreditivas.

    a) O servio de meteorologia informa: nos prximos dias, tempo chuvoso e calor emquase toda a regio Sul.

    b) A menina aparentava dez anos e tinha os olhos assustados.

    c) As cartas mostram a chegada de um moo alto, louro, num carro moderno.

    d) Serafim saiu subitamente do quarto, atravessou o corredor e declarou j na sala: Noaceito a proposta.

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    Tipos textuais

    Unidade11e) O elefante o bicho de mais sorte que conheo. J nasceu com canudinho de tomar

    refresco. O elefante no caminho, mas de vez em quando d uma trombada.

    f) No deixem de ver a ltima aventura do 007.

    g) Noite de festa. Todo mundo alegre e vestido a rigor.

    h) Essa soluo impossvel, uma vez que todos j se posicionaram contra ela.

    6) H duas passagens preditivas, na atividade anterior. Vocs vem diferenas entre elas?

    Possivelmente vocs no tiveram dificuldade para classificar esses pequenos textos.Mas, quando se trata de textos maiores, as dificuldades aparecem, por uma razo compre-ensvel. Assim como os gneros raramente so puros, no se distanciando claramentedos outros, tambm na organizao de um gnero textual muitos tipos de organizaocoexistem. Assim, o mais comum que cada texto, seja qual for o seu gnero, tenhamomentos, seqncias diferentes de tipos de organizao, embora possa predominar umdeles, que usado para sua classificao.

    Desse modo, quando dizemos que o romance uma narrao, estamos dizendo quesua base narrativa, mas no quer dizer que no apresente os outros tipos textuais.

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    AAA 3 - Gneros e tipos textuais - verso do aluno

    Aula 2Caracterizando a narrao

    Vamos tratar das vrias possibilidades de organizar as informaes de um texto e comeara caracterizar cada um dos tipos textuais, que podem ocorrer nos vrios gneros.

    Comecemos com a leitura de uma crnica muito divertida.

    Linda de morrer

    O pai resolveu abrir uma funerria.

    Tem muita gente morrendo. negcio de futuro!

    Ao que a me acrescentou:

    Gente que nunca morreu t morrendo...

    O filho perdeu a pacincia.

    D pra parar com as piadinhas sem graa? Abrir um negcio no brincadeirano.

    O pai sorriu condescendente. Sabia que o filho estava bem-intencionado. Mas que

    o rapaz tinha acabado de concluir um desses MBAs da vida, e s conseguia raciocinarem termos mercadolgicos.

    Calma, filho. Voc s fala de critrios, mtodos, empredorismo... no sei nemfalar esse troo.

    Empreendedorismo, pai.

    Pois . Estou querendo pr o nome de Funerria Vai com Deus.

    Pelo amor de Deus!

    Tambm bom, mas Vai com Deus melhor. No, pai, pelo amor de Deus, no pe um nome desses!

    E olhou ansioso pra me, pedindo socorro. A me nem tchum.

    Acho que um nome interessante, filho. Diferente. Ousado.

    O pai emendou:

    Imaginem s o slogan: Na hora de morrer, Vai com Deus.

    A me soltou uma gargalhada.

    Vocs dois parem com isso! o filho j estava vermelho. Que coisa mrbida!Vamos pensar com um mnimo de...

    Emprendee...dorimos...

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    Tipos textuais

    Unidade11 Do... rimos!

    Doritos!

    Empreendedorismo! o filho berrou.

    Ah . Quer ver outro nome bom? Funerria Sete Palmos... Passagem de Ida! a me entrou na tabela.

    ltimo Adeus! o pai emendou.

    Agora os dois j riam solto. O filho olhando pro cho, besta. J estava calculandoos prejuzos.

    O pai no parava.

    Funerria ltimo Adeus: uma empresa linda de morrer,

    Uma empresa linda de morrer! a me repetiu, saboreando cada palavra.

    Linda de morrer... o filho repetiu, mordendo as palavras. Nem Freud explicavocs dois...

    Engano seu, filho. Voc sabia que o Freud era fantico por humor negro? Eleadorava o anncio de uma funerria americana que falava assim: Pra que viver, se vocpode ser enterrado por dez dlares?

    Sensacional! a me j batia as mos na mesa, de tanto rir.

    E lembra aquele cemitrio que tinha um slogan assim: Se voc no pode saber

    quando, saiba pelo menos onde. Dessa vez, at o filho deixou escapar uma risada:

    verdade. Essa propaganda eu lembro. Engraado, na poca eu achei esse sloganmuito bom. claro que eu ainda no tinha conhecimentos de...

    Perdedorismo...

    Predadorismo...

    O filho saiu batendo os ps, resmungando para si mesmo: posicionamento, agre-gao, downsizing, rightsizing e, acima de tudo, empreendedorismo. Seu pai nunca iamesmo dar conta daquelas palavras lindas de morrer.

    CUNHA, Leo. Manual de Desculpas Esfarrapadas. So Paulo: FTD, 2004. p. 75-77.

    Atividade 1

    1) Qual a caracterstica principal deste texto?

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    Caracterizando a narrao

    Aula2

    AAA 3 - Gneros e tipos textuais - verso do aluno

    2) Que recurso o autor usa para dar agilidade ao caso?

    3) Qual o gnero deste texto, na opinio de vocs?

    Ainda intuitivamente, se perguntssemos a vocs se se trata de uma narrao oude uma descrio, ou de uma dissertao, por exemplo, qual seria a opo de vocs?A resposta quase unnime seria uma narrao.

    Com efeito, esta crnica essencialmente uma narrao.

    Com princpio, meio e fim, ela se desenrola no tempo, com mudanas de situaodas personagens tudo apresentado por um narrador. Nesta crnica, praticamente cadafrase constitui um novo momento da histria. Nela, cada ato ou cada frase conseqnciado que vem antes.

    Acontece que, mais ainda do que os gneros, os tipos textuais se superpem na quasetotalidade dos textos. Mesmo nesta tpica narrao, h pequenos vestgios de descrio,como veremos mais adiante.

    Mas tentemos marcar as caractersticas da narrao, certamente decorrentes umadas outras:

    1. A narrao exige uma progresso no tempo e mudanas de estado ou de situao:h uma clara relao de causas e efeitos. Podemos at escolher comear a contar umcaso de trs para frente, mas no haver dvida sobre a seqncia dos fatos.

    Na nossa crnica, a impacincia do filho vai num crescendo, na mesma medidaem que cresce o divertimento dos pais.

    2. As marcas dessas relaes (de tempo e de causa e efeito), expressas pelos tempos

    verbais, por advrbios e expresses adverbiais ou mesmo pelo significado das palavras,so fundamentais nas narraes.

    Na nossa crnica, h vrias expresses temporais:j, dessa vez. Os prprios acon-tecimentos, expressos no passado, no poderiam ter sua ordem alterada. H aindaverbos como emendou, acrescentou, que indicam seqncia temporal.

    3. Os fatos narrados dizem respeito a personagens, imaginrias ou no.

    Na nossa crnica, os fatos envolvem pai, me e filho.

    4. A narrao exige naturalmente um narrador, encarregado de contar a histria.

    Na nossa crnica, o narrador observador dos fatos: no uma das personagensda histria. Por isso, a narrao em 3a pessoa. Poderia ser personagem (principal ousecundria), e nesse caso a narrao viria em 1a pessoa.

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    Aula 3Caracterizando a descrio

    Leiam o texto abaixo, de um dos maiores autores regionais brasileiros, precursor de Gui-mares Rosa. O narrador um vaqueiro do Rio Grande. Ele est contando para os com-panheiros um caso ocorrido com ele, quando levava uma quase fortuna para o patro. Oconto se intitula Trezentas Onas.

    Trezentas onas

    A estrada estendia-se deserta; esquerda os campos desdobravam-se a perder devista, serenos, verdes, clareados pela luz macia do sol morrente, manchados de pontas

    de gado que iam se arrolhando nos paradouros da noite; direita, o sol, muito baixo,vermelho-dourado, entrando em massa de nuvens de beiradas luminosas.

    Nos atoleiros, secos, nem um quero-quero: uma que outra perdiz, sorrateira, piavade manso por entre os pastos maduros; e longe, entre o resto de luz que fugia de umlado e a noite que vinha, peneirada, do outro, alvejava a brancura de um joo-grande,voando, sereno, quase sem mover as asas, como numa despedida triste, em que a gentetambm no sacode os braos...

    Foi caindo uma aragem fresca; e um silncio grande em tudo.

    LOPES NETO, J. Simes. Trezentas onas. In Contos gauchescos. Obra Completa. Porto Alegre: Sulina, 2003, p. 309.

    Atividade 1

    1) Qual o tipo deste texto? Qual o assunto?

    2) O narrador tenta mostrar a imensido da paisagem. Que termos sugerem isso?

    3) H no texto muitos adjetivos. Sublinhem-nos.

    4) Desses adjetivos, indiquem os que esto usados num sentido figurado, quer dizer, noso aplicveis normalmente para os substantivos a que se referem.

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    Caracterizando a descrio

    Aula3

    AAA 3 - Gneros e tipos textuais - verso do aluno

    5) Nesta descrio, h algumas expresses indicadoras da localizao dos elementos napaisagem, com relao posio do narrador. como se o leitor acompanhasse o olhardo narrador, que se desloca de um ponto a outro da paisagem.

    Indiquem que expresses so essas.

    sempre interessante, ao fazermos uma descrio, estabelecer uma ordenao dosdados, para favorecer a visualizao da cena. Mas essa ordem no obrigatria. A altera-o da posio das informaes possvel, porque, ao contrrio da narrao, a descrio uma seqncia de aspectos, caractersticas de um ser qualquer, que evidentemente nomudam, ao longo da descrio.

    Na descrio de Lopes Neto, nos dois primeiros pargrafos, pelo menos, o tempo

    o mesmo, e eles poderiam estar invertidos, a no ser a primeira orao, que introduo:a estrada estendia-se deserta.

    Vejam que os verbos esto no passado porque a cena passada, mas os elementosso simultneos, no passado.

    6) Nesse sentido, h alguma frase que possivelmente prepare uma seqncia narrativa?

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    Aula 4Identificando a mistura de tipos textuais

    Nesta aula, propomos que leiam o texto que se segue, trecho inicial de um conto deMrio de Andrade.

    Antes de comear a leitura, queremos lembrar que Mrio de Andrade, como seuscolegas do Modernismo, lutavam por uma arte de razes brasileiras, o que o levou a tambmabrasileirar a lngua portuguesa e as palavras estrangeiras. Neste texto, por exemplo, vo-cs vo encontrar revelho, em vez do francesismo reveillon, que usamos at hoje.

    Conto de NatalSeriam porventura dez horas da noite...

    Desde muitos dias os jornais vinham polindo a curiosidade pblica, estufados denotcias e reclamos de festa. O Clube Automobilstico dava seu primeiro grande baile.Tinham vindo de Londres as marcas do cotilho e corria que as prendas seriam de subli-mado gosto e valor. Os restaurantes anunciavam orgacos revelhes de natal. Os grmioscarnavalescos agitavam-se.

    Seriam porventura dez horas da noite quando esse homem entrou na praa Antnio

    Prado. Trazia uma pequena mala de viagem. Chegara sem dvida de longe e denuncia-va cansao e tdio. Srio ou judeu? Magro, meo na altura, dum moreno doentio, abriaadmirativamente os olhos molhados de tristeza e calmos como um blsamo. Barba durasem trato. Os lbios emoldurados no crespo dos cabelos moviam como se rezassem. Oombro direito mais baixo que o outro parecia suportar forte peso e quem lhe visse as mosnotara duas cicatrizes como feitas por balas. Fraque escuro, bastante velho. Chapu gasto,dum negro oscilante.

    Desanimava. J se retirara de muitos hotis sempre batido pela mesma negativa: Que se h-de fazer! No h mais quarto!

    Alcanada a praa, o judeu estacou. Ps no cho a maleta e recostado a um postemirou o vai-vem. O povo comprimia-se. Erravam maltrapilhos aos grupos, conversandoalto. Os burgueses passavam, esmerados no trajar. No ambiente iluminado dos automveisesplendiam peitilhos e as carnes desnudadas.

    O homem olhava e olhava. Parecia admiradssimo.

    ANDRADE, M. de. Conto de Natal. In: Obra Imatura. So Paulo: Martins, 1960. p. 15.

    Atividade 1

    1) Vocs diriam que estamos diante de um texto narrativo ou descritivo? Que argumentostm para a sua resposta?

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    Identificando a mistura de tipos textuais

    Aula4

    AAA 3 - Gneros e tipos textuais - verso do aluno

    2) Se a resposta foi: O texto apresenta as duas coisas, vocs acertaram. Procurem su-blinhar as seqncias narrativas.

    Realmente, essas partes indicam uma alterao no tempo e dos acontecimentos.

    Observem um dado interessante: a primeira frase, narrativa, suspensa, para umavolta no tempo e apresentao das notcias dos jornais, em torno de festas e bailes. S

    ficamos sabendo que se trata de uma noite de Natal no final do segundo pargrafo.

    3) A hora do acontecimento no indicada com preciso. Que recursos lingsticos in-dicam isso?

    4) No terceiro pargrafo, a retomada da informao interrompida na primeira frase foifacilitada por quais recursos?

    5) O terceiro pargrafo quase todo descritivo. Observem a descrio e respondam:

    a) A descrio da personagem de aspectos fsicos ou morais?

    b) A descrio tambm mostra imprecises ou dvidas quanto ao que observado. Quaisso elas?

    6) Quem essa personagem? Que dados sugerem a interpretao de vocs?

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    Tipos textuais

    Unidade117) Nesse contexto, o fato de o judeu ter sido recusado nos hotis lembra alguma outra

    passagem bastante conhecida?

    8) No quarto pargrafo, h tambm uma seqncia descritiva.

    a) O que descrito?

    b) Essa descrio nos remete a outra passagem do texto?

    c) O ambiente de festa religiosa?

    d) A personagem no se cansa de olhar tudo. Ele est admirado positivamente?

    e) Vocs se lembram dos poemas sobre o Natal? Qual deles tem uma viso mais prximada viso deste texto?

    9) Voltem descrio do judeu. Aqui tambm o narrador nos leva a conhecer a persona-gem descrevendo-a numa determinada ordem. Qual essa ordem?

    10) Vocs diriam que as descries so objetivas ou subjetivas?

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    AAA 3 - Gneros e tipos textuais - verso do aluno

    Aula 5Criando textos descritivos

    hora de vocs produzirem seus textos, exercitando tantos conhecimentos aprendidos.

    Atividade 1

    Sugerimos que faam a descrio de uma pessoa. Pode ser de sua convivncia, ou umacelebridade.

    Se for algum que seus colegas conheam (da escola, ou celebridade), omitam onome para fazer um jogo: apresentem a descrio omitindo o nome e desafiem os colegasa descobrirem o focalizado.

    Mas ateno! Tomem os seguintes cuidados:

    1. No faam a descrio com os primeiros dados que lhes venham cabea. Pormais que conheamos algum, bom observ-lo, procurar lembrar detalhes importantes,para que a descrio saia verdadeira e interessante.

    2. Escolham se a descrio ser fsica ou psicolgica, ou ambas as coisas.

    3. Escolham tambm o tom adequado: mais humorstico, mais sentimental. Tudovai depender da figura retratada e tambm de suas intenes.

    4. Procurem definir uma ordem adequada dos aspectos focalizados.

    Com as descries lidas, comentadas e reescritas, faam a Galeria da Turma X. Ficabem interessante.

    Bom trabalho!

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    Aula 6Caracterizando a dissertao

    Nesta aula, vamos trabalhar um texto de Frei Betto, que com toda certeza vocs conhe-cem. E ele vai nos falar de um assunto de interesse geral: nossa alimentao. Este texto parte do prefcio de um livro muito recente, que conversa com os adolescentes sobrealimentos... do corpo e do esprito. E de como no ter espinhas. uma leitura divertidae tambm proveitosa. O livro tem como ttulo Te cuida!, e seu subttulo Beleza, Inteli-gncia e Sade esto na mira.

    Vamos ao texto?

    Vida inteligente entra pela boca

    Ao iniciar meu trabalho no Fome Zero, prioridadedo governo Lula, uma das dificuldades enfrentadas eraexplicar, em minhas palestras e entrevistas, que nose trata de uma gincana de coleta e distribuio dealimentos, e sim de um conjunto de polticas pblicascapaz de promover a incluso social de cerca de 50milhes de brasileiros e brasileiras que vivem em per-manente risco de desnutrio crnica.

    Ah, quer dizer que o Fome Zero s para osmais pobres?, perguntavam as pessoas na hora do debate. Ora, os mais pobres, euexplicava, so os que tm menos acesso aos alimentos. No Brasil, nem h excesso debocas nem falta de alimentos. Falta justia, melhor distribuio de renda. Mas faltatambm cultura nutricional, e nesse sentido o Fome Zero se destina a todas as camadasda populao. Em 1988 visitei oito provncias da China. O que mais me chamou a aten-o naquela viagem inesquecvel foi perceber que os chineses tm cultura nutricional,sabem o que ingerem e por que o fazem. No contraponto, tomei conscincia de comons, brasileiros, somos ignorantes em matria de nutrio. No sabemos o que comemos,

    por que comemos e qual o efeito do alimento em nosso organismo. Ingerimos alimentosmotivados pelo apetite que, por sua vez, ativado pelos nossos sentidos a viso e oodor principalmente. Ao contrrio dos chineses, comemos por prazer, e no para manteruma vida saudvel e ser feliz.

    No Fome Zero mantemos o programa Escolas Irms, que aproxima escolas de gran-des centros urbanos daquelas que se situam nos municpios que mais exigem do governoe da sociedade empenho no combate fome. Assim, visito muitas escolas freqentadaspor alunos de classe mdia e alta, e cujos diretores se gabam de manter em dia os maisavanados recursos pedaggicos. Tudo ali pensado em funo de um processo educativode alta excelncia.

    Mas esse discurso parece escorrer pelo ralo quando, na visita, me aproximo dalanchonete ou da cantina. A mesma porcariada que os camels vendem na esquina consumida ali dentro pelos alunos produtos fartos em acares e gorduras saturadas.

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    Caracterizando a dissertao

    Aula6

    AAA 3 - Gneros e tipos textuais - verso do aluno

    7) Delimitem as trs partes do texto anterior. Observem especialmente a concluso eopinem sobre ela.

    Atividade 1

    1) Qual o assunto deste texto?

    2) Qual a opinio do autor sobre a alimentao dos brasileiros?

    3) Por que mesmo os ricos no se alimentam adequadamente, na opinio do autor?

    4) O que significa ter cultura nutricional?

    5) Onde, na opinio do autor, se poderia criar essa cultura nutricional?

    6) Neste texto, o autor expe seus pontos de vista. , portanto, um texto dissertativo, que uma seqncia de idias. Para apresentar sua opinio, ele se vale de vrios recursos.Quais so eles?

    E quando indago por que os alunos no cultivam, na escola, uma horta e um pomar, demodo a vencer seus preconceitos contra a ingesto de verduras, legumes e frutas, diretores eprofessores me olham admirados, como se a proposta no fosse educativamente bvia.

    BETTO, Frei. Prefcio. In MARIA, Luzia de. Te cuida!. Petrpolis: Vozes, 2004. p 9-10.

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    Tipos textuais

    Unidade11O texto dissertativo pode ser expositivo ou argumentativo. Nem sempre fcil

    distinguir um do outro. Podemos dizer que o expositivo tem a inteno de esclarecer, en-quanto o argumentativo pretende convencer e, de alguma forma, fazer o leitor concordarcom ele e eventualmente mudar de opinio. O difcil a gente tomar o trabalho de daropinio sem estar querendo influenciar o outro.

    8) No prefcio de Frei Betto, vocs acham que ele quer apenas expor idias?

    Sintetizemos o que caracteriza uma dissertao:

    1. Ela uma seqncia de idias, sobre qualquer assunto.

    2. Apresenta a estrutura: introduo, desenvolvimento e concluso.

    3. Especialmente no desenvolvimento, faz uso de outros tipos de textos, como apoiospara o desenvolvimento de sua tese, a idia central.

    4. O texto dissertativo costuma ser classificado em expositivo e argumentativo. O primei-ro tem, sobretudo, a inteno de esclarecer; o segundo, sobretudo, a de convencer.

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    AAA 3 - Gneros e tipos textuais - verso do aluno

    Aula 7Emitindo opinies

    Vocs tm costume de ouvir ou ler opinies sobre filmes, discos ou livros, para orientar-se nas suas escolhas?

    Em geral, essas opinies acabam por nos ajudar bastante, sobretudo quando sabe-mos, pelo hbito de ler o analista, que o gosto e a viso de mundo dele coincidem comas nossas. H alguns que so realmente interessantes, e conseguem nos dar uma boa idiasobre a obra e nos ajudar a nos decidir: Compro ou no este disco/livro? Vale a pena ouno sair de casa para ver esse filme?

    Nas pginas finais da revista Veja, encontramos anlises de livros, msicas, exposi-es ou espetculos. A sesso tem como ttulo Veja recomenda. O texto que vocs vo

    ler agora um comentrio sobre um filme.

    Veja recomenda Cinema

    Doze Homens e Outro Segredo (Oceans Twelve, Estados Unidos, 2004. Estriadia 25 em circuito nacional) George Clooney e o diretor Steven Soderbergh, scios daprodutora Section Eight, tm uma espcie de acordo de cavalheiros com a Warner: oestdio usa de benevolncia para bancar os projetos menos comerciais dos dois e, em

    troca, eles vez por outra realizam filmes voltados para a bilheteria. A continuao deOnze Homens e um Segredo produto da segunda parte desse trato e quisera todos osfilmes feitos com objetivos mercantilistas fossem assim to espirituosos. Doze Homensreencontra a gangue de Danny Ocean (Clooney e todos os atores do original, entre elesBrad Pitt e Matt Damon) trs anos depois de seu assalto a um cassino de Las Vegas eem dificuldades para cobrir uma dvida de 100 milhes de dlares. preciso bolar outrogolpe, ento, e rpido. Soderbergh compensa a inevitvel perda de frescor da seqnciacom locaes em Amsterd e Roma, em reviravoltas ainda mais surpreendentes que as doprimeiro filme e, principalmente, com timas tiradas custa de seu elenco, como aquelaque coloca Julia Roberts numa saia justssima.

    Veja, 22 de dezembro de 2004.

    Atividade 1

    1) O autor do comentrio expe sua opinio sobre os filmes chamados comerciais.Qual ?

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    Tipos textuais

    Unidade112) No caso do filme comentado, quais as qualidades encontradas por ele, apesar de vol-

    tado para a bilheteria?

    3) Vocs acham importante a indicao de diretores e atores do filme?

    4) Qual a ao em torno da qual gira o filme?

    5) Pelo que se pode deduzir, neste filme os bandidos se saem bem, ou vo ser apanhados?Justifiquem sua opinio.

    6) Vocs acham que o texto tem inteno de convencer o leitor, ou apenas expe suaopinio sobre o filme?

    7) Depois de lerem este comentrio, pedimos que vocs faam um comentrio de umlivro, disco ou filme, para o mural da sala. Como se trata de opinio pessoal, achamosque conveniente que a produo seja individual.

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    Aula 8Identificando seqncias tipolgicas

    Pois ! Em textos escritos, a interao complexa, embora muitas vezes no tenhamosnoo ou conscincia dessa complexidade. Quando falamos ou escrevemos, nossa intuionos ajuda substancialmente a encontrar os melhores caminhos para que nossa interaochegue a bom termo. A adequao de nosso texto (oral ou escrito) depende muito dahabilidade de reunir de forma pertinente diferentes tipos textuais.

    Vejam um belo exemplo disso, retirado de um conto de nosso velho conhecido:Carlos Drummond de Andrade. O conto se passa numa pequena cidade do interior, noprincpio do sculo XX, e tem como personagem principal a Dasdores, jovem que tem dedar conta dos mais diferentes servios da casa. Adiantamos para vocs: em todo caso, elavive pensando no namorado, que a famlia no conhece, e que ela consegue ver poucas

    vezes, e de longe.

    Mas leiam o trecho do conto Prespio.

    Dasdores e suas numerosas obrigaes: cuidardo irmo, velar pelos doces em calda, pelas conser-vas, manejar agulha e bilro, escrever carta de todos.Os pais exigem-lhe o mximo, no porque a casa

    seja pobre, mas porque o primeiro mandamento daeducao feminina trabalhars noite e dia. Se notrabalhar sempre, se no se ocupar todos os minutos,quem sabe de que ser capaz a mulher? Quem podevigiar sonhos de moa? Eles so confusos e perigosos.Portanto, impedir que se formem. A total ocupaovarre o esprito. Dasdores nunca tem tempo para nada.Seu nome, alegre fora de repetido, ressoa pela casa

    toda. Dasdores, as dlias j fo- ram regadas hoje? Voc viu, Dasdores, quem deixouo diabo do gato furtar a carne? Ah, Dasdores, meu bem, prega esse boto para sua

    mezinha. Dasdores se multiplica, corre, delibera e providencia mil coisas.ANDRADE, C. D. de. Prespio. Contos de Aprendiz. In Prosa Seleta. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2003. p. 23.

    Atividade 1

    1) Que pormenores sugerem o ambiente e a poca da cena?

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    Tipos textuais

    Unidade11

    b) Uma seqncia injuntiva curta.

    c) Uma seqncia dissertativa.

    d) Uma seqncia descritiva.

    3) As frases injuntivas do final do texto so ditas em tons muito diferentes. So ordensdisfaradas.

    a) Faam um timo exerccio oral: pronunciem essas frases interpretando-as, quer dizer:buscando o possvel tom com que algum da famlia disse cada uma delas.

    b) Qual das frases ordem com tom de lembrana?

    c) Qual das frases tem tom de reclamao?

    d) Qual o disfarce da ltima ordem?

    4) Os textos injuntivos so possivelmente os que tm mais disfarces, sempre. Muitas vezes,aparecem como declaraes, declogos, combinados, regulamentos.

    A escola de vocs tem uma agenda, com regulamento? Vocs conhecem o regu-lamento da escola? J o discutiram com a diretoria, ou com os professores? Se no, porque acontece isso: vocs no tm liberdade para a discusso, ou no se interessam pelaquesto?

    Faam uma discusso sobre essas perguntas, comandados pelo professor. Vocstero uma tima oportunidade para fazer oralmente textos dissertativos.

    2) J sabemos que o texto completo, de onde tiramos este trecho, do gnero conto.Neste trecho, contudo, apesar de to curto, esto presentes vrias seqncias tipolgicas.Procurem nele:

    a) Uma longa seqncia injuntiva.

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    GESTAR AAA3

    ATIVIDADES DE APOIO APRENDIZAGEM 3

    GNEROS E TIPOS TEXTUAIS

    UNIDADE 12A INTER-RELAO ENTRE

    GNEROS E TIPOS TEXTUAIS

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    Aula 1Caracterizando a carta ntima

    Leiam o texto a seguir.

    Mais consideraes

    s vezes, fico dentro do meu quarto, com a luz apaga-da, ouvindo msica e pensando em vrias paradas... paradasque me do o maior medo. Medo do mundo acabar, porexemplo. Isso muito sinistro. Ser que o mundo vai acabar

    mesmo? Cara, eu ainda quero tantas coisas. Ah, falando emmundo acabar, no se esquea: voc tem que me dar aquelabendita mochila, no pensa que esqueci no. E se o mundoacabar e voc no tiver me dado, juro que vou te cobrar ata eternidade, hein, me!

    Se bem qu