Porto Liberal
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DOIS IRMÃOS DESAVINDOS
Lembro bem o dia em fugi para o
Brasil com a a minha família.
Nesse mesmo ano de 1807, os Franceses invadiram Portugal. 14. 000 soldados ocuparam o Porto.
Os franceses roubaram as riquezas
das casas particulares, das igrejas e
instituições públicas, semeando o
pânico por todo o lado.
Os ingleses ajudam os portugueses a combater os franceses
Em 1808, as tropas francesas comandadas por Soult invadiram o Porto.
Os portuenses precipitam-se para a ponte das barcas que cede, dando origem a muitas mortes.
Contra a excessiva dureza do general Beresford, nasce, no Porto, o Sinédrio.
As populações aspiram à expulsão dos ingleses o regresso do meu pai
Os cidadãos liberais queriam que o poder estivesse dividido. Faz-se uma Constituição - que reúne as leis fundamentais do país. É a Constituição de 1822.
Poder executivoPoder Legislativo
CONSTITUIÇÃO 1822
Poder Judicial
Assembleia faz Leis Rei manda cumprirTribunais julgam quem não cumpre
Os cidadãos mais ricos passam a poder votar
Eu e minha mãe, a rainha D. Carlota Joaquina, não concordei com a Constituição. Os poderes devem pertencer todos ao rei.
O povo cantava:D. Miguel chegou à barraSua mãe lhe deu a mão:
Anda cá, meu querido filhoNão queiras Constituição.
Rei chegou!Rei chegou!Em Belém
Desembarcou
Venha cá, ó sor malhado,
Sente-se nesta cadeira,
Diga: Viva D. Miguel,
Se não parto-lhe a caveira
O Rei chegouO Rei chegoue o papel não assinoue o papel não assinouFora patifeFora patifeFora malhadoFora malhadoFora caipira,Fora caipira,Desavergonhado.Desavergonhado.
Para espalhar a fome
Uma moda se inventou,
Quanto mais a fome aperta
Mais se canta o Rei chegou!
Rei chegou Rei chegou
e em Belém desembarcou(…) e aos coices começou,
porque palha não achou
D. Miguel chegou à barra,Voltou costas à nação,
Rogando pragas malditas À nova Constituição.
O Porto revolta-se contra o absolutismo de D. Miguel. Em 1828, chegam à cidade, muitos exilados liberais.
A 8 de junho de 1832, desembarco na praia de Pampelido com 7500 soldados.
No dia 9, entrámos no Porto, onde a população nos recebeu receosa da repressão absolutista.
Alguns cantavam:
Viva, viva, viva.
A Pedro imortalFiel gratidão :
Amor e respeitoÀ Constituição
Instalei-me no Palácio dos Carrancas e tentei animar a cidade contra a fome, o frio e as doenças
A pouco e pouco fui recebendo manifestações de afeto:
Ao Porto enlaçadaEm doce uniãoVila Nova juraA Constituição
Enquanto um só LusoDer culto à razãoEterna há-de ser
A Constituição
Dos filhos da PátriaConstante brasão.
Será defenderA Constituição
Em julho de 1833, meu irmão manda retirar as tropas.
O povo canta:
Ai, JesusLá vai o Covelo,Ponto tão lindoÉ pena perdê-lo.
Ai, Ai, Ai!
Adeus corcundinhasD. Miguel perdeu.Quebraram-se as linhas
Ai, JesusLá vai o Covelo, Ponto tão lindoÉ pena perdê-lo
Ai, Ai, AI!
Adeus corcundinhasD. Miguel perdeu.Quebraram-se as linhas
Ai, JesusLá vai o Covelo, Ponto tão lindoÉ pena perdê-lo
Quinta do Covelo - Porto
Ai, Ai, Ai!Adeus corcundinhas
D. Miguel perdeu.Quebraram-se as linhas
Carta Topográfica das Linhas do Porto de Luz Soriano
Minha filha, D. Maria, ficaria a governar Portugal obedecendo à Carta Constitucional.
Eu dei o meu coração ao Porto, como prova de gratidão pela sua lealdade.
Monumento evocativo das guerras penínsulares – Boavista - Porto
Fontes:• paginas.fe.up.pt/porto-l/is/lavraliberal.html • www.portoXXI.com • www.360portugal.com/Distritos.QTVR/ • www.pbase.com/jandrade/image/6702249 • purl.pt/11772 • portoinstantaneo.blogspot.com/2006_02_01_portoinstantaneo_archive.html • dedonogatilho.blogspot.com/2006 • A. Carmo Reis, História de Portugal em BD, ed. ASA• David Martelo, Cerco do Porto, Prefácio• José Garcês, Luís Miguel Duarte, História do Porto em BD, ed. ASA• 1808-1927 – 120 anos de História Militar do Porto, LAMMP, 2002• http://gpmcaminhadas.blogspot.com/2007/05/o-cerco-do-porto-1832-1833-i.html
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