Portfólio Individual Administração 1º Semestre
-
Upload
rafaellima -
Category
Documents
-
view
255 -
download
0
description
Transcript of Portfólio Individual Administração 1º Semestre
Colatina2015
ALCION FAINO NUNES
SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADONOME DO CURSO
FORDISMO ONTEM E HOJE:A Transformação da Cultura, do Homem e do Trabalho
Colatina2015
FORDISMO ONTEM E HOJE:A Transformação da Cultura, do Homem e do Trabalho
Trabalho de Administração 1º Período apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral na disciplina de Fundamentos e Teoria Organizacional; Comunicação e Linguagem; Homem, Cultura e Sociedade e Comportamento Organizacional.
Orientador: Professores Márcio R. Sella, Grace Botelho, Karen H. Manganotti, Suzi Bueno, Antônio L. G. Júnior, Wilson Sanches, Maria E. Pacheco, Edson E. de Morais, Ana C. Pavão e Tutora Ronismeri T. Calegari
ALCION FAINO NUNES
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.....................................................................................................3
2 FORDISMO ONTEM E HOJE..............................................................................5
2.1 FUNDAMENTOS E TEORIA ORGANIZACIONAL – PRINCÍPIOS DE FORD..5
2.1.1 Tempo é Dinheiro – Produção e Mais Produção...........................................6
2.2 COMUNICAÇÃO E LINGUAGEM.....................................................................7
2.2.1 O Trabalho Na Atualidade.............................................................................7
2.2.2 Descanso e Lazer ou Desemprego?.............................................................7
2.2.3 A terceirização no Brasil hoje........................................................................8
2.2.4 “McDonalização” no Brasil, a cultura alimentícia influenciada pela
propaganda..................................................................................................................9
2.3 HOMEM, CULTURA E SOCIEDADE..............................................................10
2.3.1 Relacionando Homem, Trabalho e Ideologia..............................................10
2.3.2 A cultura muda o homem............................................................................11
2.4 COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL.....................................................12
2.4.1 Revolução Informacionalista.......................................................................12
2.4.2 As Novas Regras.........................................................................................12
3 FIGURA DE APOIO AO ITEM 2.3.2..................................................................14
3.1 Pirâmide de Maslow........................................................................................14
4 CONCLUSÃO.....................................................................................................15
REFERÊNCIAS.........................................................................................................16
1 INTRODUÇÃO
Esse trabalho tem como objetivo analisar as teorias organizacionais
de Taylor e Ford e fazer uma comparação com artigos e resenhas atuais, baseando-
se também nos materiais didáticos das matérias de Teoria Organizacional;
Comunicação e Linguagem; Homem, Cultura e Sociedade e Comportamento
Organizacional e fazendo apreciação do que aprendi em cada uma delas. Também
analisando o modelo de trabalho da multinacional McDonald aplicando ao Fordismo.
Mesmo que o material didático cedido pela UNOPAR tenha chegado
a poucos dias da data prevista para entrega do trabalho, e os livros que deveriam
estar disponíveis online, se estão, não são de fácil acesso e é exigido que se desse
parecer analítico de uma matéria ainda não ministrada. Como desafio pessoal fiz
todo o trabalho também com pesquisas na internet, buscando por material mais
claro, informativo e sem erros ortográficos, gramaticais ou redundantes como o
material didático fornecido pela faculdade.
Ao ler o pobre artigo de Alexandre Barbosa Fraga, fiz uma análise
sobre seu conceito de “fordismo informal” e cito também o exemplo do construtor
civil, seguindo a mesma ideia dos princípios de Ford (economicidade, produtividade
e intensificação). E no trecho que diz: ...“As características do ‘fordismo’, típicas da
modernidade sólida, não desapareceram na modernidade líquida. Na complexidade
do mercado de trabalho atual, elas passaram, junto com as características do ‘pós-
fordismo’, a conviverem conjuntamente” (FRAGA 2005), estudei muitas maneiras de
concordar, não com o texto incoerente e redundante, mas com a ideia de que ainda
hoje podemos ver muitos traços o Fordismo nas nossas organizações,
automobilísticas ou não.
Vou comparar as mudanças no trabalho do homem antes e
atualmente e analisar seu processo de evolução, citando as mudanças drásticas no
tempo de vida do homem dedicado ao trabalho, por exemplo. E como e se isso afeta
toda a sociedade.
Também veremos as grandes mudanças em nossa cultura e
sociedade, a ideologia segundo Marx e qual a influência o homem sofreu com toda a
evolução ou regresso do trabalho. Faço comparações com as teorias da
necessidade humana de Maslow e como a tecnologia tem avançado na
comunicação organizacional no uso de redes sociais para atender novos clientes
3
que se tornaram a própria rede social. Hoje o avanço desenfreado da tecnologia tem
feito com que mais pessoas se tornem dependente dela, esse vício já tem até nome,
Nomofobia, que é abreviação da frase em inglês: “no-mobile phobia”.
O avanço dos nossos meios de comunicação foi incrível e foram
muitos os métodos que surgiram ao longo dos anos, mas desde que inventados
telefone, rádio, TV, computador e celular eles sempre foram telefone, rádio, TV,
computador e celular. Claro que muitas foram os avanços e atualizações, mas ainda
são a mesma coisa. Paramos de evoluir?
4
2 FORDISMO ONTEM E HOJE
2.1 FUNDAMENTOS E TEORIA ORGANIZACIONAL – OS 3 PRINCÍPIOS DE
FORD
O Fordismo, termo criado em 1914 por Henry Ford, refere-se ao
sistema de produção em massa, visando intensificação, economia e produtividade.
O Fordismo perdeu suas forças e foi extinto em 2007 quando a Toyota se tornou a
maior montadora automobilística. (PINTO, 2010). Mas até mesmo o Toyotismo de
Taiichi Ohno tem quase os mesmos princípios de Henry Ford.
Henry implantou em sua indústria, melhorada a sua maneira, a teoria
da administração científica de Frederick Taylor (Taylorismo), por sua vez, a General
Motors fez suas interpretações e “aprimorou” o Fordismo, então, na década de 1970
com a linha de produção da Toyota surge o Toyotismo. E outros “ismos” foram
surgindo ao longo dos anos, mas é notável que todos têm a mesma visão:
Intensificar, diminuindo o ciclo do tempo uso da matéria prima e colocação do
produto final no mercado; Economizar, reduzindo estoques de matérias primas e
produtos finais, o produto era pago antes dos pagamentos aos fornecedores e
funcionários graças aos bancos e Produzir, produzir rápido, capacitar o operário em
apenas um serviço e remunerá-lo bem.
Não só a indústria automobilística, mas também muitas outras
utilizam o processo de linha de produção como as indústrias de eletrodomésticos e
eletrônicos etc. Hoje esse método se tornou muito mais complexo. Em algumas
indústrias não há só uma linha de produção, ou uma esteira, há muitas outras linhas
de produção alimentando outra principal, validando o princípio da intensificação de
Ford, esse aumento da linha de produção nada mais é que um meio de empregar
mais rapidamente a matéria prima e liberar o produto final para o mercado.
Usando o exemplo da empresa onde trabalho, que é do ramo
alimentício no processamento de carne bovina in natura, posso afirmar que o
princípio da economicidade e da produtividade aplicam-se perfeitamente a ela,
assim como também o princípio da intensificação.
Com os contratos em mãos, sabemos exatamente a vontade do
cliente em relação ao padrão e o produto desejado, bem como sua quantidade.
Assim providenciamos a matéria prima (carne bovina), para o seu processamento. A
5
empresa consegue a matéria prima abatendo o animal ou comprando de terceiros.
Assim que o peso do produto contratado é alcançado ele é enviado ao cliente, ou
seja, não mantemos grandes estoques nem de matéria prima, nem de produto final.
A única diferença no princípio da produtividade entre essa empresa
e a de Ford, é que a empresa não mantém um funcionário em uma única tarefa. As
funções são definidas e numa mesma função pode haver serviços diferentes, sendo
assim, cada operário designado para aquela função faz um rodízio entre seus
serviços evitando o desgaste pela rotina.
Outro grande exemplo dos princípios de Ford na atualidade e rico
em minha cidade é a indústria têxtil. As fábricas de roupas têm suas linhas de
produção, trabalham por encomenda e mantém operários qualificados para cada
ponto da produção, como costura, estampa, finalização, lavagem etc.
2.1.1 Tempo é dinheiro – Produção e Mais Produção
“Tempo é dinheiro” (FRANKLIN, 1748) e Henry Ford levou a sério a
afirmativa de Benjamin Franklin. Quando ele apresentou seu sistema de linha de
produção pela primeira vez em 1913, um carro levava 12 horas e meia para ser
montado. Ao final dos anos 20 uma unidade do Ford Modelo T saía da fábrica a
cada 24 segundos e até 1924, 10 milhões haviam sido vendidos.
Trazendo o exemplo de Ford para atualidade onde o alto índice de
desemprego é notável, e o trabalho informal cresce mais a cada dia, no ramo da
construção civil, o próprio construtor, conhecido popularmente como pedreiro, é um
ótimo exemplo para uma análise com as teorias de Ford. Hoje podemos encontrar
muitos profissionais formais graças às construtoras, mas há ainda muitos
construtores informais que, com sua experiência e bom serviço, preferem continuar
seu trabalho informalmente.
Totalmente fora do automobilismo, mas com a mesma ideia de
construção/montagem, o construtor civil depende de seu bom trabalho para garantir
a aceitação de seu contratante e a indicação para um próximo serviço. Monitorado
pelo mais crítico inspetor da qualidade, seu contratante, o construtor deve trabalhar
bem dentro das exigências do contratante, aproveitando o máximo de seu tempo e
materiais para não haver desperdício de nenhum dos dois, assim sua matéria prima
é empregada rapidamente. Seu conhecimento em matemática também é avaliado
6
quando lhe é pedido uma lista dos materiais necessários para o serviço, uma base
do material gasto diariamente é muito importante para que não se faça estoque
desnecessário.
Frank Bunker Gilbreth (1868-1924) que foi um dos fundadores do
Taylorismo e um pioneiro dos estudos de tempo e movimento, ajudou os
construtores civis no assentamento de tijolos, por exemplo. Antes eles faziam
dezoito movimentos, Gilbreth reduziu para cinco movimentos elevando os tijolos ao
nível das mãos do pedreiro, eliminando movimentos desnecessários e aumentando
substancialmente a produção. Como engenheiro, Gilbreth ajudou muito mais em
outros estudos e invenções para melhorias na construção civil.
A rapidez e eficácia do trabalho do construtor civil o garante tempo
hábil para novos trabalhos e marketing para indicações e até mesmo para que seu
contratante o procure novamente.
2.2 COMUNICAÇÃO E LINGUAGEM
2.2.1 O Trabalho Na Atualidade
O trabalho ao longo da história passou por diversas transformações
tanto no entendimento do trabalho em si quanto pela evolução tecnológica. Foi no
princípio apenas função dos escravos, passou a ser valorizado como vocação e
fonte de alimentação onde as pessoas trabalhavam para o seu sustento e o de suas
famílias e o trabalho no campo era o mais comum e hoje assume a concepção de
sucesso pessoal. É tido como meio para atingir riqueza, conforto e status social.
No Brasil comemoramos no primeiro dia do mês de maio desde
1943 o dia do trabalhador, quando a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) foi
aprovada por Getúlio Vargas. O país passava por um momento de desenvolvimento,
mudando a economia de agrária para industrial, as mudanças eram extremamente
necessárias.
2.2.2 Descanso e Lazer ou Desemprego?
Hoje o trabalhador fabril não é mais tão procurado como antes. As
empresas buscam mais trabalhadores com maior grau de escolaridade para exercer
7
seus serviços mais complexos, a linguagem usada deixou de ser simples, como uma
ordem de faça isso ou faça aquilo e o uso das novas tecnologias, principalmente na
comunicação organizacional, tornou-se maior e frequente, o que fez obrigatório o
conhecimento, por parte do trabalhador, sobre o uso desses meios.
Também os processos exercidos nas indústrias se tornaram mais
técnicos. Com o avanço desenfreado da tecnologia é necessário capacitar o
operário para trabalhar com determinado instrumento ou máquina. E com as
revoluções industriais onde ultimamente o que predomina é a tecnologia mudaram
os tipos de trabalho e condições para os trabalhadores bem como o emprego do
tempo de serviço que diminuiu significativamente. No Brasil, por exemplo, em 1900 a
média de vida era de 34,4 anos e gastava-se 30% da vida em trabalho; em 2013 a
média de vida era de 74,9 anos e gastava-se 14% da vida em trabalho1 o que fez
com que os trabalhadores obtivessem mais tempo de descanso e lazer e
aumentasse o nível de desemprego.
A indústria foi ficando saturada e os empregos que eram muitos,
hoje são escassos. O índice do desemprego no Brasil hoje é de 7,9% segundo da
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua). Os
produtores rurais, devido a falta de água, produzem menos e contratam menos
trabalhadores para as colheitas; o comércio demite profissionais por causa do
aumento de impostos e despesas como energia que aumentou mais de 36%
segundo o IBGE.
1 (cálculo feito seguindo pesquisa do IBGE em 2013 e o artigo AS TRANSFORMAÇÕES NO MUNDO DO TRABALHO do Professor do Curso de Administração de Empresas do Centro Universitário Franciscano de Santa Maria-RS, Ermelio Rossato)
8
2.2.3 A terceirização no Brasil hoje
Recentemente um projeto de lei (PL4330) que determina a
contratação de empresas terceirizadas para a realização de serviços em
determinadas empresas está em votação no sendo. Hoje é permito, por exemplo,
nos bancos, a terceirização dos serviços de limpeza e segurança. Com a aprovação
da PL4330 os bancos poderão terceirizar seus serviços de caixa também. Tanto os
empregados da empresa contratante quanto da terceirizada já tem assegurados os
direitos aos salários, às horas extras, ao 13º salário, às férias, e a todos os demais
direitos e garantias estabelecidos na legislação trabalhista e nos acordos de seus
respectivos sindicatos.
O projeto também estabelece que a empresa contratante deverá
fiscalizar o cumprimento das obrigações trabalhistas que cabem à empresa
terceirizada. Ou seja, ela terá que fiscalizar se o trabalhador terceirizado realmente
está recebendo seus salários, férias, 13º salário, FGTS, INSS, etc. Caso a
terceirizada não cumpra estas obrigações trabalhistas e previdenciárias, a empresa
contratante deverá cumpri-las.
Infelizmente, no Brasil, a terceirização está ligada a baixos salários e
serviços de péssima qualidade. Mas isto acontece justamente, porque, atualmente, a
terceirização só é permitida para atividades secundárias, que exigem baixa
qualificação. Como a oferta deste tipo de mão de obra é abundante, os salários
realmente são baixos. Porém, uma vez que a terceirização seja ampliada para as
atividades finais das empresas, esta realidade tende a mudar, pois empresas
especializadas vão procurar por funcionários mais capacitados, com mais
treinamentos, e, consequentemente, com melhores salários. Até mesmo o aumento
do número de empregos pode ser possível, já que para suprir qualquer
eventualidade de um funcionário a empresa que terceiriza o trabalho terá que
contratar mais pessoas.
2.2.4 “McDonalização” no Brasil, a cultura alimentícia influenciada pela propaganda
“O que as pessoas comem (ou não comem) sempre foi determinado por uma interação complexa de forças sociais, econômicas e tecnológicas. A antiga República de Roma era alimentada por seus cidadãos agricultores; o Império Romano, por seus escravos. A dieta de um país pode ser mais reveladora que sua arte ou literatura” (Eric Schlosser).
9
O Fast Food constitui uma forma de distribuição de produtos
cozinhados industrialmente e de serviços de restaurantes rápidos, organizados de
maneira Taylorista cujo produto básico é o hambúrguer, os irmãos Maurice e
Richard Macdonald abriram o seu primeiro restaurante “drive-in” logo após o término
da Segunda Grande Guerra em 1937, e começam a vender hot-dogs, aproveitando
assim, como acentua FISCHLER, “a crescente dependência dos californianos em
relação ao carro”, já que na época 75% as famílias tinham automóveis.
Em 1948 os irmãos Mc Donald conceberam a ideia do “Speedy
Service System”, isto é, hambúrgueres vendidos a 15 centavos de dólar,
principalmente às famílias pobres, servidos sem talheres e pratos, em sacos de
papel, acompanhados de pratos e copos de papelão. E no drive-in, as garçonetes se
deslocavam de saias curtas e em patins, para irem mais rapidamente ao
atendimento.
Os objetivos dos irmãos McDonald, ao renovarem totalmente a
empresa, foram: redução nos preços, aumento na velocidade do preparo e do servir,
e a elevação do volume de vendas. Para tanto, implantaram uma planificação na
cozinha, compartimentando o processo de produção que passou a ser executada
por uma equipe reduzida de mão de obra, mal assalariada, e sem grande
qualificação profissional. Desta forma, foi trazida para esta cozinha a divisão
Taylorista do trabalho, ou, mais exatamente, de Henry Ford: uma única tarefa para
um só funcionário. Nesse sentido, foi introduzido no preparo das refeições o sistema
de produção em cadeia.
O ambiente criado permitia com que as famílias pobres de operários
frequentassem o Fast Food, sendo, desde o início, apoiado pela população infantil e
jovem, seus grandes clientes. O hambúrguer representava, para as crianças, um
alimento desejável “conveniente, barato, fácil de mastigar e comido com a mão”.
2.3 HOMEM, CULTURA E SOCIEDADE
2.3.1 Relacionando Homem, Trabalho e Ideologia
Ideologia é um termo usado no sentido de “conjunto de ideias,
pensamentos, doutrinas e visões de mundo de um indivíduo ou de um grupo,
orientado para suas ações sociais e, principalmente, políticas”.
10
A origem do termo ocorreu com Destutt de Tracy, que criou a
palavra e lhe deu o primeiro de seus significados: ciência das ideias. Karl Marx
desenvolveu uma teoria a respeito da ideologia na qual compreende a mesma como
uma consciência falsa, proveniente da divisão do trabalho manual e intelectual.
Nessa divisão, surgem os ideólogos ou intelectuais que passam através de ideias
impostas a dominar através das relações de produção e das classes que esses
criam na sociedade. Contudo a ideologia inverte ou camufla a realidade, para os
ideais ou vontades da classe dominante.
No meio organizacional podemos analisar o homem, cultura,
ideologia e trabalho como um conjunto usado para um fim capitalista. O bom gestor
deve cuidar para que a cultura de sua empresa seja mantida forte independente da
cultura de seus colaboradores. Usando a ideologia a seu favor para instruir o homem
a preservar a cultura de sua empresa. Também cabe ao gestor não mesclar sua vida
social dentro e fora da empresa, ou seja, quando estiver trabalhando, tanto ele
quanto seus colaboradores devem seguir a cultura da empresa e ao sair os
problemas da empresa devem ficar na empresa.
Em meio à sociedade, fora da empresa, o homem se torna um ser
social, mas preconceituoso em sua essência. Podemos dividir nossas sociedades
em inúmeros grupos, separados por práticas históricas e culturais. Não que sejamos
conscientemente racistas ou tenhamos nitidamente qualquer outro tipo de
preconceito, mas nos relacionamos sempre com quem também tem pensamentos
parecidos em relação a muitas coisas. Assim nos associamos e criamos grupos que
não se relacionam bem com outros grupos, mas com todos de um mesmo grupo
com os mesmos ideais.
2.3.2 A cultura muda o homem
Maslow construiu uma teoria na qual as necessidades humanas
podem ser hierarquizadas e podem ser agrupadas em cinco níveis (figura 1):
1. Necessidades fisiológicas (água, comida, ar, sexo, etc.);
2. Necessidades de segurança (abrigo, segurança, proteção,
estabilidade e continuidade e religião);
3. Necessidades sociais (amar, ser amado, constituir família,
11
pertencer a um grupo, ser aceito, sentir-se necessário);
4. Necessidades de "status" ou de estima (ser competente, alcançar
objetivos, obter aprovação e ganhar reconhecimento, autoestima e a hétero-estima)
e
5. Necessidade de autorrealização (como pessoa, a demonstração
prática da realização permitida e alavancada pelo seu potencial único, buscar
conhecimento, experiências estéticas e metafísicas, ou mesmo a busca de Deus).
Considerando a teoria de Maslow posso afirmar que, quanto ao
conceito ideológico de Marx e à resenha de Glauco Barbosa Cardoso, a sociedade
evoluiu ou regrediu sua cultura, depende do ponto de vista de cada um de nós, e o
homem tende a seguir a cultura presente ao seu redor, ainda que se ache livre.
Mudamos. E não nos conformamos mais com o trabalho de mordomo ainda que
outrora o vimos como honroso. Não supre mais nossas necessidades. Então
queremos ir além buscando conhecimento, experiências, mas o homem fraco e
preso em sua própria liberdade não vê o que tem depois da cultura que o rodeia e se
acomoda onde se acha satisfeito.
Muitas pessoas se acomodam num patamar aquém de seu
potencial, por achar que não precisam de muito ou por ver que ao seu redor a
necessidade da sociedade, as outras pessoas estão no mesmo nível ou abaixo
delas.
2.4 COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL
2.4.1 Revolução Informacionalista
Das diversas tentativas de se entender e caracterizar a centralidade
das Tecnologias da Informação e da Comunicação (TICs), duas merecem destaque
pela repercussão que vêm obtendo. De um lado, aqueles que defendem que as
novas tecnologias impactam, positiva ou negativamente, de tal maneira a sociedade
e as organizações que um novo regime de acumulação daí emergiria. Por outro
lado, uma postura aparentemente mais comedida que apregoa às TICs o poder de
corrigir os contratempos econômicos sociais e políticos.
No entanto essa revolução não só ajudou as organizações, mas teve
12
como principal alvo a sociedade fora dela e evoluiu com o passar dos tempos.
Tendo a sociedade como testadores das tecnologias, as empresar viram, por
exemplo, nas redes sociais um meio de expandir seu mercado e abranger uma
maior e nova comunidade.
2.4.2 As Novas Regras
Após conseguir trazer para dentro das organizações as novas
tecnologias de informação, o desafio agora é tira-las de seus colaboradores que
vivem conectados às notícias que outros publicam nas redes e passam horas a fio
vidrados no mundo virtual. Hoje o vício já tem nome e é tratado como doença,
Nomofobia.
Imagine se a empresa precisar aceitar um atestado médico de um
funcionário que ficou o período de trabalho sem usar o celular e foi hospitalizado.
Não é uma realidade impossível, mas as empresas devem sim policiar seus
funcionários quanto ao uso das tecnologias, não só para não atrapalhar em seu
rendimento no trabalho, mas principalmente para que a linguagem usada nas redes
não seja usada no âmbito organizacional.
Dominar os “portugueses” utilizados na comunicação dentro e fora
da empresa é essencial para o gestor, que saberá como se comunicar com seu
funcionário “menos letrado” por assim dizer, com seu funcionário “mais conectado”,
com os funcionários “comuns” e saberá reportar a seu superior com uma linguagem
formal.
13
3 FIGURA DE APOIO AO ITEM 2.3.2
3.1 PIRÂMIDE DE MASLOW
Figura 1 – Hierarquia das necessidades humanas
Fonte: Chiavenato (1994, p. 170)
14
4 CONCLUSÃO
Com esse trabalho pretendo, não só levar ao conhecimento de
quantos puder quanto a pobreza dos materiais fornecidos para estudo e também de
muitos vídeos exibidos nas teleaulas, mas também mostrar que como gestor,
devemos estar aptos para superar adversidades e buscar outros meios eficientes
com intuito de fazer um trabalho eficaz.
Com base nas teorias de Taylor, Ford, Gilbreth e Maslow pudemos
perceber que eles foram grandes ícones da administração. Ainda que hoje se diga
que não existe mais na administração o Taylorismo ou Fordismo, é notável que
deixaram exemplos usuais a serem seguidos nos novos métodos de fabricação e
administração, cada um de um modo, mas todos com o mesmo desejo capitalista.
Pensando um pouco notamos que na sociedade de hoje, o trabalho
informal cresce deliberadamente. O homem tem se deslocado da falsa segurança
que traz o trabalho formal e vem ganhando espaço na informalidade sendo gestores
de seus próprios “negócios”, alguns deles com intuito de se formalizar.
A mão de obra fabril não tem mais tanto valor. Como não exige
muito conhecimento em nenhuma área e pela grande quantidade de trabalhadores
disponíveis, o salário tornou-se “baixo”, insustentável, então, muitas pessoas tem
buscado capacitação para melhoria de seus proventos, dentro da empresa onde
estão ou procurando novos trabalhos.
A sociedade influencia completamente na formação de novos
cidadãos, que crescem numa falsa liberdade e aprendem a ser preconceituosos
como sua comunidade que se associa apenas com outros que têm os mesmos
princípios. Até a vida financeira, o grau de escolaridade, o trabalho, tudo é
influenciado pelo meio em que vive. Mesmo que o indivíduo se torne diferente com o
passar do tempo ou simplesmente ele não seja como o resto da comunidade, a
sociedade vai julgá-lo de acordo com os outros que o rodeiam. Somos
preconceituosos por natureza, apenas não assumimos e mudamos alguns termos.
A tecnologia da comunicação que evoluiu muito em quanto apenas a
sociedade usada grande parte de seus meios e tem crescido tanto esses usuários
que já é denominada sociedade virtual, entrou nas organizações que agora atingem
essa sociedade através das redes sociais. Qual será o próximo passo, para frente
ou para trás da comunicação?
15
REFERÊNCIAS
HEADLEY, Samara S. e CAMPOS, Ivan F. Administração e teoria das organizações. Londrina: Pearson Prentice Hall, 2014.
PAGNAN, Celso L. Comunicação e linguagem. Londrina: Casa de Ideias, 2014.
ALBIAZZETTI, Giane, ALMEIDA, Márcia B. de e BATTINI, Okçana. Homem, cultura e sociedade. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2013.
ELGENNENI, Sara M. de Melo. Psicologia organizacional. São Paulo: Pearce Prentice Hall, 2010.
MARX, Karl e ENGELS, Friedrich. A Ideologia Alemã (Feuerbach). São Paulo: Hucitec, 2002.
FRAGA, Alexandre B. Da rotina à flexibilidade: análise das características do Fordismo fora da indústria. Revista Habitus: revista eletrônica dos alunos de graduação em Ciências Sociais – IFCS/UFRJ, Rio de Janiero, v. 3, n. 1, p.36-43, 30 mar.2006. Anual. Disponível em: <www.habitus.ifcs.ufrj.br>. Acesso em: 30 mar. 2006
WILNER, Adriana. Pobre os que pensam que tempo é dinheiro, 2013. Disponível em <http://radaracademia.com/pobres-os-que-pensam-que-tempo-e-dinheiro/#.VTrU1PAoHLs>. Acesso em: 24 abr. 2015.
BRAGA, Ruy. A nostalgia do fordismo: modernização e crise na teoria da sociedade salarial. São Paulo: Xamã, 2003. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Fordismo>. Acesso em: 02 mai. 2015.
GOUNET, Thomas. Fordismo e toyotismo na civilização do automóvel. São Paulo: Boitempo Editorial, 1992. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Fordismo>. Acesso em: 02 mai. 2015.
MAIA, Adinoel Motta. A era Ford: Filosofia, ciência, Técnica. Salvador: Casa da Qualidade, 2002. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Fordismo>. Acesso em: 02 mai. 2015. WOMACK, James P. A máquina que mudou o mundo. Rio de Janeiro: Campus, 1992. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Fordismo>. Acesso em: 02 mai. 2015.
PINTO, Geraldo Augusto. A organização do trabalho no século XX: taylorismo, fordismo e toyotismo. 2ª ed. São Paulo: Expressão Popular, 2010. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Fordismo>. Acesso em: 02 mai. 2015.
SINCLAYR, Luiz, Organização e Técnica Comercial. Introdução à Administração, O&M na Empresa. 13ª ed.São Paulo, Editora Saraiva, 1991
ROSSATO, Ermelio. As transformações no mundo do trabalho. Santa Maria:
16
Vidya, 2001.
BRASIL. Consolidação das Leis do Trabalho. Texto do Decreto-Lei n.º 5.452, de 1 de maio de 1943, atualizado até a Lei n.º 9.756, de 17 de dezembro de 1998. 25 ed. atual. e aum. São Paulo: Saraiva, 1999.
17