Portfólio Elen Menezes
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7/22/2019 Portflio Elen Menezes
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Universidade Federal de So Joo Del Rei
Universidade Federal de Minas Gerais
Escola de Enfermagem
Elen Soraia de Menezes Cabral
Filosofia em sade
- Portflio -
Trabalho apresentado comorequisito para aprovao nadisciplina Filosofia em sadeprograma de doutoradointerinstitucional entre aEnfermagem pela Escola deEnfermagem da UniversidadeFederal de Minas Gerais e aUniversidade Federal de So JooDel Rei.
Profs Drs Rita C. Marques e Cludia M. M. Penna
Divinpolis
Abril 2013
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01 de abril de 2013
Introduo:
A organizao deste trabalho
Utilizei as anotaes colhidas em sala de aula (sem itlico) acrescidas dos
meus estudos dirios (em itlico), nestes h alguns fragmentos dos textos
estudados suprimidos as aspas, h tambm meus comentrios.
Nem sempre fiz o estudo de forma linear, mas da maneira mais prazerosa para
mim. Busquei o tema para a qual minha intencionalidade estava mais voltada
naquele momento, conforme a linha do pensamento fenomenolgico. Desta
forma, facilmente verificvel a anacrologia de datas, lembro ento que o que
est em itlico dos meus estudos individuais recheado com trechos das aulas
que foram importantes para guiar os meus estudos e minhas buscas.
Aula 08 mar 2013. Textos enviados pelas professoras lidos e discutidos.
A leitura dos textos foi interessante e trouxe muitas novidades, a dificuldade
maior foi a quantidade de palavras escritas em grego, o que dava muitos
quebras na leitura facilitando minha disperso. Os momentos de discusso emsala de aula foram bastante enriquecedores, foi realmente a efervescncia e
com ele eu pude fixar o aprendido pelas leituras e esclarecer pontos que
haviam ficado obscuros.
Cada filsofo tem uma linha. Plato nasce da admirao, algo que v. nunca viu,
esta admirao do novo te faz pensar, e todos ns estamos sujeitos a isso. Por
isto todos filosofam, todos podem abrir o leque. Descartes da dvida.
Nietzsche: o que o mobiliza a angstia. O 4 grande sentimento do
pensamento o desejo Freud. Todos passamos pelos 4 sentimentos.
Na Grcia antiga dos primeiros filsofos, todas as explicaes de vida era uma
coisa bastante material: os elementos da natureza (a Physis). O matar e o
morrer eram algo muito da existncia, sobrevivncia material matar porque o
sujeito estava roubando a comida dele. Depois veio o livre pensamento,
insensvel, o pensamento algo da reflexo.
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09 de maro de 2013 Meus estudos.
Considero muito importante o estudo da filosofia em sade, na realidade em
tudo. Penso que ela abarca todos os aspectos da existncia, a meu ver ela
busca apreender todos os aspectos da vida e s vezes se aproxima muito doseu intento. Para mim, estudar filosofia algo do prazer, labor e no
tripallium, sinto-me mais conectada com a vida ao descortinar os estudiosos do
passado, reconfortante. Ns que optamos por lidar com as dores e conviver
de perto com as mais terrveis perdas das pessoas, precisamos deste
embasamento para compreender vises diversas dos sujeitos de nossos
cuidados, qual o nosso papel nesta relao, o que este cuidado, quem e o
que representa o este outro (paciente) para mim.
10 de maro de 2013 dos textos lidos pude apreender que...
A Physis pode ser traduzida por natureza, mas vai alm dela, refere-se tambm
realidade que se encontra em movimento e transformao, que nasce e se
desenvolve. Podemos entend-la com o gnese, origem ou manifestao.
Remonta origem de todas as coisas e torna-se uma preocupao dos
primeiros filsofos ocidentais: Tales, Anaximandro e Anaxmenes (os pr-
socrticos), todos de Mileto. Estes se debruaram sobre a origem, procuraram
um princpio nico para as coisas (arkh ou comando), aquilo que ordena todas
as coisa do mundo em seus diversos e contraditrios aspectos.
11 de maro de 2013 Alguns pr-socrticos estudados. O entendimento destes
sujeitos no algo fcil, porm muito prazeroso e tem sido mesmo um
descortinamento. Abaixo deixei apenas os resumos daquilo que me pareceu
mais relevante. Todavia, considero que as diversas leituras foram muito maisenriquecedoras para mim, pois fui a vrias fontes diferentes, captei vrios
olhares que esto me ajudando na construo sobre o conhecimento filosfico.
Dentre os citados, interessei-me mais por Pitgoras, talvez at mesmo pela
maior proximidade com ele atravs da matemtica que ainda hoje nos
ensinada.
Tales: tudo comea na gua
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Zeno: os paradoxos, foi discpulo de Parmnides, afirma que a variedade e a
pluralidade das coisas e o movimento so impossveis.
Empdocles: defensor da democracia. Para ele o mundo compe- se de 4
elementos: gua, fogo, ar e terra, tudo o que existe se compe da combinaodos mesmos.
Anaxgoras: em tudo includa parte de tudo a pluralidade das coisas
explica-se por infinitas combinaes de todos os elementos e no somente dos
4 propostos por Empdocles.
15 de maro, retomada de meus estudos sobre Scrates. Para mim, bastante
justo o fato dele ser um marco na filosofia oriental. Venho revisitando Scrates
de tempos em tempos, pois eu j me identificava com seus ensinamentos
desde adolescncia, no obstante a distncia histrica o pensamento socrtico
me parece bastante atual. Adoro a analogia que ele faz do parto das ideias.
Entendo que nem toda a oposio de Nietzsche a Scrates e sua retomada na
atualidade foi ou ser capaz de destronar a sapincia deste sujeito. Num ponto
concordo com Nietzsche, vejo muita semelhana com Jesus Cristo: nenhum
dos dois dava respostas prontas aos seus discpulos, no escreveram uma s
palavra, eram sujeitos pacficos que pouco se importaram com a distino de
classe, ambos vindos de famlias pobres e tratava a todos com cordialidade.
Outro ponto que me comove como ele mostrou a todos o vazio dos discursos
sofistas.
Scrates um divisor de guas. Marcou a filosofia ocidental. Inventou a
retrica, lana uma pergunta deixa todos.
Filosofia: buscar o conhecimento, no se ensina filosofia, se ensina a filosofar.
Deixar de ser piru.
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Eu prefiro ser esta metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinio
formada sobre tudo.
No existe verdade absoluta, ela mvel. Ela individual, circunstancial,
relativa.
Aristteles: nada se cria, tudo se transforma, depois Lavoisier fala a mesma
coisa.
Esculpio era filho de Apolo e pai da medicina. Higeia deusa da sade: higiene.
Asclpio: hipnose sair de si para conseguir sua cura, a prescrio tambm
desta poca. A fala de Freud toda embasada no sculo VI antes de cristo,
baseado em Asclpio.
No hospital grego antigo tinha um grande local para exerccio fsico, outro para
repousar, ser hipnotizado e ter sonhos de cura. Sala do banho a partir da ideia
da higiene. O sonho purificava meu corpo e algum vinha me contar o que eu
deveria fazer para me curar. No imprio romano que herdou tudo da Grcia,
tinham muitas termas. No sculo XIX que se cria a ideia do sanatrio vem
trabalhar com o laborterapia, ressuscitando as ideias gregas com outros
argumentos.
Sculo V quando a filosofia vai realmente comear. A famlia de Apolo, seus
filhos esto todos ligados cura, passa-se de pai para filho. O paciente tem
uma ao ativa porque ele que sonha com sua cura. O mdico ajudava at
certo momento. Ele vira paciente quando se instala hospitais enquanto locais
de cura no sculo XVIII a XIX d.C., quando o mdico entra dentro do hospital e
deixa de ser mdico da famlia. Na terapia psicanlise os sonhos continuam aser importantes. Pagamento: um galo, dinheiro ou dar um votivo era um
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testemunho da cura, hoje em quase todas as igrejas tem sala de ex votos. Se
v. no fosse curado, no precisava pagar.
Tales de Mileto foi considerado o primeiro filsofo e o nome do meu filho
primognito (Tales de Menezes) em homenagem a ele. A medicina s vai seseparar da filosofia no sculo IV depois de Cristo.
Cosmogonia (natureza, princpio do mundo, os deuses fizeram o mundo) como
todos os filsofos eram astrlogos, mdicos. As pessoas eram classificadas em
torno do dia que elas nasceram, os signos, possvel fazer uma
caracterizao. Cludio Ptolomeu era astrlogo de mo cheia, Pitgoras,
Galileu, a coneco do macro com o micro o que acontece no macro tem
repercusses no micro. Com o crescimento da astronomia, isso vai se
esvaindo.
Os pr-socrticos buscavam um princpio (arkh) uma explicao racional para
o mundo e a natureza. A natureza e no os deuses criam o mundo.
Scrates.
Maiutica; dar a luz ao conhecimento, s ideias.
Filho de um trabalhador de pedras e de uma parteira, Scrates um divisor de
guas da filosofia. Ele utilizou a ironia, a dvida, as contradies, o dilogo
para levar as pessoas, ricas ou pobres indistintamente aqueles que dele se
aproximassem, para parir suas ideias inaugurando o mtodo da maiutica.
Contraps o entendimento ateniense de felicidade como riqueza material, fama
e poder, ao convidar os homens a se examinarem, pois para ele todo mal vem
da ignorncia, o que leva a inverter os valores. Para ele o que mais importa o
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homem e inaugura a teraputica da alma com perguntas como: qual o modo
de vida que realiza mais plenamente todas as potencialidades do ser do
homem? Em suas andanas, sempre descalo e trajando uma tnica
amarrotada, envolvia os jovens em seus discursos, cujo fim era sempre uma
pergunta.
16 de maro: meus estudos As trs peneiras ...
http://pensador.uol.com.br/frase/ODU5NTM1/ acesso em 16 de maro
Um homem, procurou um sbio e disse-lhe: - Preciso contar-lhe algo sobrealgum! Voc no imagina o que me contaram a respeito de... Nem chegou a
terminar a frase, quando Scrates ergueu os olhos do livro que lia e perguntou:
- Espere um pouco. O que vai me contar j passou pelo crivo das trs
peneiras? - Peneiras? Que peneiras? - Sim. A primeira a da verdade. Voc
tem certeza de que o que vai me contar absolutamente verdadeiro? - No.
Como posso saber? O que sei foi o que me contaram! - Ento suas palavras j
vazaram a primeira peneira. Vamos ento para a segunda peneira: a bondade.
O que vai me contar, gostaria que os outros tambm dissessem a seu
respeito? - No! Absolutamente, no! - Ento suas palavras vazaram, tambm,
a segunda peneira. Vamos agora para a terceira peneira: a necessidade. Voc
acha mesmo necessrio contar-me esse fato, ou mesmo pass-lo adiante?
Resolve alguma coisa? Ajuda algum? Melhora alguma coisa? - No...
Passando pelo crivo das trs peneiras, compreendi que nada me resta do que
iria contar. E o sbio sorrindo concluiu: - Se passar pelas trs peneiras, conte!
Tanto eu, quanto voc e os outros iremos nos beneficiar. Caso contrrio,
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esquea e enterre tudo. Ser uma fofoca a menos para envenenar o ambiente
e fomentar a discrdia entre irmos. Devemos ser sempre a estao terminal
de qualquer comentrio infeliz! Da prxima vez que ouvir algo, antes de ceder
ao impulso de pass-lo adiante, submeta-o ao crivo das trs peneiras porque:
Pessoas sbias falam sobre idias; Pessoas comuns falam sobre coisas;
Pessoas medocres falam sobre pessoas.
17 de maro: m eus est ud os
Frases de Scrates
Deve-se temer mais o amor de uma mulher, do que o dio de um
homem.
O ideal no casamento que a mulher seja cega e o homem surdo.
Existe apenas um bem, o saber, e apenas um mal, a ignorncia.
Conhece-te a ti mesmo e conhecers o universo e os deuses.
No penses mal dos que procedem mal; pensa somente que esto
equivocados.
Pois bem, hora de ir: eu para morrer, e vs para viver. Quem de ns
ir para o melhor obscuro a todos, menos a Deus.
Para conseguir a amizade de uma pessoa digna preciso
desenvolvermos em ns mesmos as qualidades que naquela
admiramos.
Sbio aquele que conhece os limites da prpria ignorncia.
Uma vida sem desafios no vale a pena ser vivida.
S sei que nada sei.
Meu conselho que se case. Se voc arrumar uma boa esposa, ser
feliz; se arrumar uma esposa ruim se tornar um filsofo.
Plato:
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Soflocacia o rei filsofo, quem deve governar o filsofo. O amor no banqueteele retratado existiam 3 tipos de seres humanos duplos e esfricos, duas
metades masculinas, duas femininas e outra que tinha os dois sexos que eram
andrgenos. Rebelaram-se contra deus que os cortou ao meio e os seres
passaram a buscar a sua outra cara metade... a filosofia chinesa tambm tem
uma imagem do Yin e do Yang, masculino e feminino.
Amor platnico onde predomina o amor intelectual e espiritual. Volta ao mito de
Eros ou Cupido, filho de Pnia, deusa da pobreza e Poros deus em umbanquete em comemorao ao nascimento de Afrodite se embriaga e Pnia
aparece pedindo que era uma mendiga e nisto eles tem relaes sexuais e
nasce Eros, mais tarde, Eros se casa com Psiqu que a personificao da
intelectualidade.
Ment sana corpore sano. Plato usa da histria de Helena que foge para ficar
com Pris por influncia de Eros. Ver poema de Fernando Pessoa Eros e
Psiqu.
18 de maro: meus estudos
maravilhoso perceber com que riqueza de detalhes os gregos expressavam
atravs dos mitos, as misrias e as riquezas humanas, as consequncias dos
atos com um momento psicolgico to profundo. Durante esta disciplina voltei a
ler sobre mitologia grega e redescobri, por coincidncia (se que ela existe)
materna (comprei os livros para meus filhos), um grande autor brasileiro:
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Monteiro Lobato. Aproveitei a necessidade de se estudar a mitologia e a
filosofia para ler para meus filhos dois de seus clssicos O Minotauro e Os
Doze trabalhos de Hrcules. No primeiro nos deparamos com os ilustrssimos
Scrates, Pricles e sua esposa Aspsia (com quem Scrates muito
conversava), Fdias. Alm de contatos com ninfas, stiros, orculos. Visitamos
os templos de Apolo, de Atenas, fazemos uma bela viagem pelas principais
terras gregas. No segundo, o momento mais psicolgico no qual
embarcamos nos mais conhecidos mitos gregos, momento profcuo para uma
anlise da humanidade.
19 de maro: meus estudos
Coleta do Mito Eros e Psiqu em http://www.angelfire.com/la/psique/mito.html acesso
19 de maro
Psiqu era a mais nova de trs filhas de um rei de Mileto e era extremamente
bela. Sua beleza era tanta que pessoas de vrias regies iam admir-la,
assombrados, rendendo-lhe homenagens que s eram devidas prpria
Afrodite.
Profundamente ofendida e enciumada, Afrodite enviou seu filho, Eros, para
faz-la apaixonar-se pelo homem mais feio e vil de toda a terra. Porm, ao ver
sua beleza, Eros apaixonou-se profundamente.
O pai de Psique, suspeitando que, inadvertidamente, havia ofendido os deuses,
resolveu consultar o orculo de Apolo, pois suas outras filhas encontraram
maridos e, no entanto, Psique permanecia sozinha. Atravs desse orculo, o
prprio Eros ordenou ao rei que enviasse sua filha ao topo de uma solitria
montanha, onde seria desposada por uma terrvel serpente. A jovem
aterrorizada foi levada ao p do monte e abandonada por seus pesarosos
parentes e amigos. Conformada com seu destino, Psique foi tomada por um
profundo sono, sendo, ento, conduzida pela brisa gentil de Zfiro a um lindo
vale.
Quando acordou, caminhou por entre as flores, at chegar a um castelo
magnfico. Notou que l deveria ser a morada de um deus, tal a perfeio quepodia ver em cada um dos seus detalhes. Tomando coragem, entrou no
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deslumbrante palcio, onde todos os seus desejos foram satisfeitos por
ajudantes invisveis, dos quais s podia ouvir a voz.
Chegando a escurido, foi conduzida pelos criados a um quarto de dormir.
Certa de ali encontraria finalmente o seu terrvel esposo, comeou a tremerquando sentiu que algum entrara no quarto. No entanto, uma voz maravilhosa
a acalmou. Logo em seguida, sentiu mos humanas acariciarem seu corpo. A
esse amante misterioso, ela se entregou.. Quando acordou, j havia chegado o
dia e seu amante havia desaparecido. Porm essa mesma cena se repetiu por
diversas noites.
Enquanto isso, suas irms continuavam a sua procura, mas seu esposo
misterioso a alertou para no responder aos seus chamados. Psique sentindo-
se solitria em seu castelo-priso, implorava ao seu amante para deix-la ver
suas irms. Finalmente, ele aceitou, mas imps a condio que, no
importando o que suas irms dissessem, ela nunca tentaria conhecer sua
verdadeira identidade.
Quando suas irms entraram no castelo e viram aquela abundncia de beleza
e maravilhas, foram tomadas de inveja. Notando que o esposo de Psique
nunca aparecia, perguntaram maliciosamente sobre sua identidade. Embora
advertida por seu esposo, Psique viu a dvida e a curiosidade tomarem conta
de seu ser, aguadas pelos comentrios de suas irms.
Seu esposo alertou-a que suas irms estavam tentando fazer com que ela
olhasse seu rosto, mas se assim ela fizesse, ela nunca mais o veria
novamente. Alm disso, ele contou-lhe que ela estava grvida e se ela
conseguisse manter o segredo ele seria divino, porm se ela falhasse, ele seriamortal.
Ao receber novamente suas irms, Psique contou-lhes que estava grvida, e
que sua criana seria de origem divina. Suas irms ficaram ainda mais
enciumadas com sua situao, pois alm de todas aquelas riquezas, ela era a
esposa de um lindo deus. Assim, trataram de convencer a jovem a olhar a
identidade do esposo, pois se ele estava escondendo seu rosto era porque
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havia algo de errado com ele. Ele realmente deveria ser uma horrvel serpente
e no um deus maravilhoso.
Assustada com o que suas irms disseram, escondeu uma faca e uma
lmpada prximo a sua cama, decidida a conhecer a identidade de seu marido,e se ele fosse realmente um monstro terrvel, mat-lo. Ela havia esquecido dos
avisos de seu amante, de no dar ouvidos a suas irms.
noite, quando Eros descansava ao seu lado, Psique tomou coragem e
aproximou a lmpada do rosto de seu marido, esperando ver uma horrenda
criatura. Para sua surpresa, o que viu porm deixou-a maravilhada. Um jovem
de extrema beleza estava repousando com tamanha quietude e doura que ela
pensou em tirar a prpria vida por haver dele duvidado.
Enfeitiada por sua beleza, demorou-se admirando o deus alado. No
percebeu que havia inclinado de tal maneira a lmpada que uma gota de leo
quente caiu sobre o ombro direito de Eros, acordando-o.
Eros olhou-a assustado, e voou pela janela do quarto, dizendo:
- "Tola Psique! assim que retribuis meu amor? Depois de haver
desobedecido as ordens de minha me e te tornado minha esposa, tu me
julgavas um monstro e estavas disposta a cortar minha cabea? Vai. Volta para
junto de tuas irms, cujos conselhos pareces preferir aos meus. No lhe
imponho outro castigo, alm de deixar-te para sempre. O amor no pode
conviver com a suspeita."
Quando se recomps, notou que o lindo castelo a sua volta desaparecera, e
que se encontrava bem prxima da casa de seus pais. Psique ficouinconsolvel. Tentou suicidar-se se atirando em um rio prximo, mas suas
guas a trouxeram gentilmente para sua margem. Foi ento alertada por Pan
para esquecer o que se passou e procurar novamente ganhar o amor de Eros.
Por sua vez, quando suas irms souberam do acontecido, fingiram pesar, mas
partiram ento para o topo da montanha, pensando em conquistar o amor de
Eros. L chegando, chamaram o vento Zfiro, para que as sustentasse no ar e
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as levasse at Eros. Mas, Zfiro desta vez no as ergueram no cu, e elas
caram no despenhadeiro, morrendo.
Psique, resolvida a reconquistar a confiana de Eros, saiu a sua procura por
todos os lugares da terra, dia e noite, at que chegou a um templo no alto deuma montanha. Com esperana de l encontrar o amado, entrou no templo e
viu uma grande baguna de gros de trigo e cevada, ancinhos e foices
espalhados por todo o recinto. Convencida que no devia negligenciar o culto a
nenhuma divindade, ps-se a arrumar aquela desordem, colocando cada coisa
em seu lugar. Demter, para quem aquele templo era destinado, ficou
profundamente grata e disse-lhe:
- " Psique, embora no possa livr-la da ira de Afrodite, posso ensin-la a
faz-lo com suas prprias foras: v ao seu templo e renda a ela as
homenagens que ela, como deusa, merece."
Afrodite, ao receb-la em seu templo, no esconde sua raiva. Afinal, por aquela
reles mortal seu filho havia desobedecido suas ordens e agora ele se
encontrava em um leito, recuperando-se da ferida por ela causada. Como
condio para o seu perdo, a deusa imps uma srie de tarefas que deveria
realizar, tarefas to difceis que poderiam causar sua morte.
Primeiramente, deveria, antes do anoitecer, separar uma grande quantidade de
gros misturados de trigo, aveia, cevada, feijes e lentilhas. Psique ficou
assustada diante de tanto trabalho, porm uma formiga que estava prxima,
ficou comovida com a tristeza da jovem e convocou seu exrcito a isolar cada
uma das qualidades de gro.
Como 2 tarefa, Afrodite ordenou que fosse at as margens de um rio onde
ovelhas de l dourada pastavam e trouxesse um pouco da l de cada carneiro.
Psique estava disposta a cruzar o rio quando ouviu um junco dizer que no
atravessasse as guas do rio at que os carneiros se pusessem a descansar
sob o sol quente, quando ela poderia aproveitar e cortar sua l. De outro modo,
seria atacada e morta pelos carneiros. Assim feito, Psique esperou at o sol
ficar bem alto no horizonte, atravessou o rio e levou a Afrodite uma grande
quantidade de l dourada.
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Sua 3 tarefa seria subir ao topo de uma alta montanha e trazer para Afrodite
uma jarra cheia com um pouco da gua escura que jorrava de seu cume.
Dentre os perigos que Psique enfrentou, estava um drago que guardava a
fonte. Ela foi ajudada nessa tarefa por uma grande guia, que voou baixo
prximo a fonte e encheu a jarra com a negra gua.
Irada com o sucesso da jovem, Afrodite planejou uma ltima, porm fatal,
tarefa. Psique deveria descer ao mundo inferior e pedir a Persfone, que lhe
desse um pouco de sua prpria beleza, que deveria guardar em uma caixa.
Desesperada, subiu ao topo de uma elevada torre e quis atirar-se, para assim
poder alcanar o mundo subterrneo. A torre, porm murmurou instrues de
como entrar em uma particular caverna para alcanar o reino de Hades.Ensinou-lhe ainda como driblar os diversos perigos da jornada, como passar
pelo co Crbero e deu-lhe uma moeda para pagar a Caronte pela travessia do
rio Estige, advertindo-a:
- "Quando Persfone lhe der a caixa com sua beleza, toma o cuidado, maior
que todas as outras coisas, de no olhar dentro da caixa, pois a beleza dos
deuses no cabe a olhos mortais."
Seguindo essas palavras, conseguiu chegar at Persfone, que estava sentada
imponente em seu trono e recebeu dela a caixa com o precioso tesouro.
Tomada, porm pela curiosidade em seu retorno, abriu a caixa para espiar. Ao
invs de beleza havia apenas um sono terrvel que dela se apossou.
Eros, curado de sua ferida, voou ao socorro de Psique e conseguiu colocar o
sono novamente na caixa, salvando-a.
Lembrou-lhe novamente que sua curiosidade havia novamente sido sua grande
falta, mas que agora podia apresentar-se Afrodite e cumprir a tarefa.
Enquanto isso, Eros foi ao encontro de Zeus e implorou a ele que apaziguasse
a ira de Afrodite e ratificasse o seu casamento com Psique. Atendendo seu
pedido, o grande deus do Olimpo ordenou que Hermes conduzisse a jovem
assembleia dos deuses e a ela foi oferecida uma taa de ambrosia. Ento com
toda a cerimnia, Eros casou-se com Psique, e no devido tempo nasceu seufilho, chamado Voluptas (Prazer).
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7/22/2019 Portflio Elen Menezes
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Enfim, quem poder dizer que o gnero feminino no belo nem curioso? O
quanto pagamos por tentar manter uma qualidade e por no conseguirmos nos
desvencilhar da outra? A sogra tambm marca presena neste mito, sempre
enciumada, temerosa de perder a beleza e de que o filho ame mais a esposa
que a ela, afinal, ela jamais poder levar a cabo sua relao edipiana, mas que
consegue dar tarefas impossveis para a nora s para se mostrar melhor, ah
isto consegue (detalhe para matar a curiosidade da professora que agora me
l: no estou me referindo minha sogra). Interessante notar que Psiqu s
consegue ter prazer (Voluptas) quando tem a oportunidade de mudar de lugar
de nora para sogra com o nascimento de seu filho... Segundo o filsofo
Cazuza: s as mes so felizes.
20 de maro: meus estudos. Li o poema abaixo depois da sugesto do colega
Arlessandro e fiquei encantada. Pessoa tambm tinha um dom maravilhoso.
Eros e Psique
Fernando Pessoa
Conta a lenda que dormia
Uma Princesa encantada
A quem s despertaria
Um Infante, que viria
De alm do muro da estrada.
Ele tinha que, tentado,
Vencer o mal e o bem,
Antes que, j libertado,
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Deixasse o caminho errado
Por o que Princesa vem.
A Princesa adormecida,
Se espera, dormindo espera,
Sonha em morte a sua vida,
E orna-lhe a fronte esquecida,
Verde, uma grinalda de hera.
Longe o Infante, esforado,Sem saber que intuito tem,
Rompe o caminho fadado,
Ele dela ignorado,
Ela para ele ningum.
Mas cada um cumpre o destino
Ela dormindo encantada,
Ele buscando-a sem tino
Pelo processo divino
Que faz existir a estrada.
E, se bem que seja obscuro
Tudo pela estrada fora,
E falso, ele vem seguro,
E vencendo estrada e muro,
Chega onde em sono ela mora,
E, inda tonto do que houvera,
cabea, em maresia,
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Ergue a mo, e encontra hera,
E v que ele mesmo era
A Princesa que dormia.
Eros torna nebulosos os sentidos levando a atos insensatos. Amor para Plato
tomar conscincia da prpria carncia do amor pelo outro. Eros capaz de
suscitar o desejo pela aparncia fsica. Os discursos so como as drogas tm o
poder de enfeitiar a alma. A construo do amor o segundo momento que
a sabedoria, o amor o ponto de equilbrio. Quando o andrgeno separado por
Zeus encontra Eros, ele est procurando a outra parte. Eros desperta o desejo
nas almas de amar as outras almas.
21 de maro de 2013: meus estudos
Plato inaugura como seu mtodo, a dialtica. A origem etimolgica desta
palavra designa uma tcnica de discusso, mas Plato se embasa tambm nos
ensinamentos de seu mestre Scrates e utiliza o dilogo cujo encadeamento
preciso de raciocnio impossibilita refutaes, segundo eles. Alguns autores
afirmam que Scrates produzia um saber negativo pois levava seus discpulosa saber que nada sabiam. Plato, por sua vez, produz um saber positivo. Por
meio de afirmaes e objees a elas, forma-se um consenso que no um
mero consentimento, mas uma autntica unanimidade de pensamento, pois as
concluses a que se chega so incontestveis e no admitem nenhuma outra
soluo. Assim, paulatinamente, o pensamento separa o que aparente do
que essencial.
Plato supe a existncia de um deus o Demiurgo (fabricante ou arteso).Desenvolveu a noo de que h duas realidade: a inteligvel (realidade
imutvel, igual a si mesma) e a sensvel (so todas as coisas que nos afetam
os sentidos, so realidades dependentes, mutveis e so imagens da realidade
inteligvel)
Funda a Teoria das Ideias que constitui uma forma de garantir a possibilidade
do conhecimento e fornecer uma inteligibilidade relativa aos fenmenos. Plato
prope-se a resolver a discordncia entre Heraclito e Parmnides
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anteriormente citadas, atravs da Teoria das Ideias. O que h de constante em
um objeto a Ideia, a mudana ocorre porque esse objeto no uma Ideia,
mas uma incompleta representao da Ideia desse objeto.
O Mito da Caverna de Plato colhido emhttp://educaterra.terra.com.br/voltaire/cultura/caverna.htm
Para este filsofo, todos ns estamos condenados a ver sombras a nossafrente e tom-las como verdadeiras. Nela ele retrata a condio humana, pois
via a humanidade como condenada a uma infeliz condio. Imaginou todas as
pessoas presas desde a infncia no fundo de uma caverna, imobilizadas,
obrigadas a olharem sempre a parede em frente. Numa parede so projetadas
sombras de esttuas representando pessoas, animais, plantas e objetos,
mostrando cenas e situaes cotidianas. Os prisioneiros ficam dando nomes s
imagens (sombras), analisando e julgando as situaes, havendo ainda umaescassa iluminao vinda do fundo do subterrneo. Disse Plato que os
habitantes daquele triste lugar s poderiam enxergar o bruxuleio das sombras
daqueles objetos. Esses homens acreditavam que as imagens fantasmagricas
que apareciam aos seus olhos (os dolos) eram verdadeiras, toma as sombras
pela realidade. A sua existncia era inteiramente dominada pelo
desconhecimento. Se resolvesse libertar um daqueles pobres diabos da sua
pesarosa ignorncia e o levasse ainda que arrastado para longe daquela
caverna, o que poderia ento suceder-lhe? Num primeiro momento, chegando
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7/22/2019 Portflio Elen Menezes
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do lado de fora, ele nada enxergaria, ofuscado pela extrema luminosidade do
exuberante sol, que tudo pode, que tudo prov e v. Mas, depois, pupilas
acomodadas, ele iria desvendando aos poucos, como se fosse algum que
lentamente recuperasse a viso, e pudesse reconhecer uma infinidade outra de
objetos maravilhosos que o cercavam, o universo da cincia e o do
conhecimento, por inteiro, se escancarava perante ele, podendo ento
vislumbrar o mundo das formas perfeitas.
Eu sei que voc est a, posso sentir a sua presena. Sei que est com medo,
com medo de ns. Est com medo de mudar. Eu no conheo o futuro; no
vim lhe dizer como isso terminar, eu vim dizer como vai comear. Vou desligar
o telefone agora e mostrar a essas pessoas o que voc no quer que elasvejam. Eu vou mostrar o mundo sem voc. Um mundo sem regras ou
controles, sem limites ou fronteiras. Um mundo onde qualquer coisa
possvel!Personagem Neo no filme Matrix
22 de maro de 2013. Estudos baseados na leitura de Filosofando de Maria
Lcia Aranha.
Plato Inaugurou tambm uma teoria do conhecimento. Segundo ele, ao ver
um objeto repetidas vezes, uma pessoa se lembra, aos poucos, da Ideia
daquele objeto que viu no mundo das Ideias. Tal recordao, em Plato,
chama-se anamnesis.
Uma das condies para a indagao ou investigao acerca das Ideias que
no estamos em estado de completa ignorncia sobre elas. Em vista disso,
uma condio necessria, para tal investigao, que tenhamos em nossa alma
alguma espcie de conhecimento ou lembrana de nosso contato com asIdeias (contato esse ocorrido antes do nosso prprio nascimento) e nos
recordemos das Ideias ao v-las reproduzidas discretamente nas coisas.
Para explicar isto, Plato compara a raa humana a carros alados. Tudo o que
fazemos de bom, d foras s nossas asas. Tudo o que fazemos de errado, tira
fora das nossas asas. Ao longo do tempo fizemos tantas coisas erradas que
nossas asas perderam as foras e, sem elas para nos sustentarmos, camos
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no Mundo Sensvel, onde vivemos at hoje. A partir deste momento, fomos
condenados a vermos apenas as sombras do Mundo das Ideias.
Plato, sob a influncia de Scrates, buscava a verdade essencial das coisas.
Plato no poderia buscar a essncia do conhecimento nas coisas, pois estasso corruptveis, ou seja, variam, mudam, surgem e se vo. Como o filsofo
busca a verdade plena, deve busc-la em algo estvel, nas verdadeiras
causas, pois logicamente a verdade no pode variar e, se h uma verdade
essencial para os homens, esta verdade deve valer para todas as pessoas.
Logo, a verdade deve ser buscada em algo superior. Para ele, as coisas devem
ter outro fundamento, alm do fsico, e a forma de buscar estas realidades vem
do conhecimento, no das coisas mas do alm das coisas. Deve-se significabuscar a verdade no interior do prprio homem, no meramente como sujeito
particular, mas como participante das verdades essenciais do ser.
23 de maro de 2013 meus estudos. Estudos baseados na leitura de
Filosofando de Maria Lcia Aranha.
Plato era espiritualista e reencarnacionista. Acreditava que a alma se ocupa
com a filosofia e com o Bem, a ela era concedida o privilgio de passar o resto
dos seus tempos em companhia dos deuses, aps a morte do corpo. A alma
humana enquanto perfeita participa do mundo perfeito das ideias, porm este
formalismo s reconhecvel na experincia sensvel. O conhecimento aquele
do prprio homem, enquanto alma. O conhecimento tambm tinha fins morais,
isto , levar o homem bondade e felicidade. O conhecimento contido na
alma era a essncia daquilo que existia no mundo sensvel. A obteno do
autoconhecimento era um caminho rduo e metdico, mas que faria o homem
dar-se conta das verdades que sempre possura e que o levavam a discernir
melhor dentre as aparncias de verdades e as verdades.
No que se refere ao mundo material, o homem poderia ter somente a doxa
(opinio) e tchne (tcnica), que permitia a sua sobrevivncia, ao passo que,
no mundo das ideias, o homem pode ter a pisthme, o conhecimento
verdadeiro, o conhecimento filosfico.
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7/22/2019 Portflio Elen Menezes
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A sabedoria, deveria ser a cabea do Estado, ou seja, o governante, pois
possui carter de ouro e utiliza a razo. A coragem, deveria ser o peito do
Estado, isto , os soldados ou guardies da plis, pois sua alma de prata
imbuda de vontade. A temperana, que deveria ser o baixo-ventre do Estado,
ou os trabalhadores, pois sua alma de bronze orienta-se pelo desejo das coisas
sensveis.
Ele dividiu o homem em corpo e alma. O corpo era a matria e a alma era
divino o. O corpo est em constante mudana de aparncia, a alma no muda
nunca. Desde quando nascemos, temos a alma perfeita, porm no sabemos.
As verdades essenciais esto inscritas na alma eternamente, porm, ao
nascermos, ns as esquecemos, pois a alma aprisionada no corpo. Ela divida em trs partes: Racional: cabea; esta tem que controlar as outras duas
partes. Sua virtude a sabedoria ou prudncia (phrnesis). Irascvel: trax;
parte da impetuosidade, dos sentimentos. Sua virtude a coragem (andrea).
Concupiscente: baixo ventre; apetite, desejo, mesmo carnal (sexual), ligado ao
libido. Sua virtude a moderao ou temperana (sophrosne).
Aristteles.
Mtodo da deduo. A sade um fim e a medicina vai trabalhar como um
meio para que a pessoa retorne ao estado de sade. Polissemia constitutiva
do ser. Era descendente de Asclpio que era filho de Apolo. Para ele tica
felicidade quem vive bem na Plis algum feliz e sbio. Aristteles a filosofia
intil, mas necessria.
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7/22/2019 Portflio Elen Menezes
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24 de maro de 2013: meus estudos sobre Aristteles. Estudos baseados na
leitura de Filosofando de Maria Lcia Aranha.
"Seria melhor, talvez, considerar o bem universal e discutir a fundo o que se
entende por isso, embora tal investigao nos seja dificultada pela amizade
que nos une queles que introduziram as Ideias. No entanto, os mais ajuizados
diro que prefervel e que mesmo nosso dever destruir o que mais de perto
nos toca a fim de salvaguardar a verdade, especialmente por sermos filsofos
ou amantes da sabedoria; porque embora ambos nos sejam caros, a piedade
exige que honremos a verdade acima de nossos amigos".
Aristteles concorda com a opinio platnica que punha a essncia do
homem na alma. A funo do homem, observa, no pode ser a vida mas sim a
atividade do elemento racional. A funo do homem , pois, uma atividade da
alma que "segue ou implica um princpio racional". Da o fato de ele fazer a
famosa afirmao: "o homem um animal racional". Tambm criticou os
sofistas. Contrariou a opinio arbitrria destes. Seu estilo literrio
predominantemente cientfico, criou a lgica, com o seu silogismo: um trio de
termos, no qual o ltimo, que a concluso, contm uma verdade que se
chega atravs das outras duas. O exemplo clssico:
A. Todos os homens so mortais
B. Scrates homem.
C. Logo, Scrates mortal.
A lgica no faz parte do esquema que Aristteles dividiu e sistematizou as
cincias. A lgica considera a forma que deve ter qualquer tipo de discurso que
pretenda demonstrar algo, e em geral queira ser probatrio, pretende mostrar
como o pensamento procede quando pensa, qual a estrutura do raciocnio,
como so feitas demonstraes, preliminar s cincias, necessria para o
modo como estas so desenvolvidas. Mas no tem em vista a produo de
algo, nem a ao moral e no tem um contedo determinado, nem teortico.
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Lgica mais um instrumento necessrio produo mental que origina as
cincias.
Segundo Aristteles, h quatro causas implicadas na existncia de algo:
- Causa material: daquilo que a coisa feita como, por exemplo, o ferro.
- Causa formal: a coisa em si como, por exemplo, uma faca de ferro.
- Causa eficiente: aquilo que d origem a coisa feita como, por exemplo, as
mos de um ferreiro.
- Causa final: seria a funo para a qual a coisa foi feita como, por exemplo,
cortar carne.
Segundo Aristteles, a filosofia essencialmente teortica: deve decifrar o
enigma do universo, em face do qual a atitude inicial do esprito o assombro
do mistrio. O seu problema fundamental o problema do ser, no o problema
da vida. O objeto prprio da filosofia, em que est a soluo do seu problema,
so as essncias imutveis e a razo ltima das coisas, isto , o universal e o
necessrio, as formas e suas relaes. Entretanto, as formas so imanentes na
experincia, nos indivduos, de que constituem a essncia. A filosofiaaristotlica , portanto, conceptual como a de Plato, mas parte da experincia;
dedutiva, mas o ponto de partida da deduo tirado - mediante o intelecto
da experincia.
Hipcrates
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7/22/2019 Portflio Elen Menezes
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H doentes que no so atendidos por mdicos e curam, ele rebate a ideia de
que ele tomou alguma atitude teraputica. H doentes que so atendidos por
mdicos e morrem, ele rebate dizendo que o paciente foi indcil que no
seguiu as recomendaes. H mdicos que se negam a atender determinados
pacientes alegando que eles so terminais. Hipcrates inaugura o diagnstico,
baseado na sintomatologia, um processo de investigao. Lana um olhar mais
abrangente e mais tcnico, mais racional do processo de sade e de doena,
questes tidas at ento como sobrenatural, pois eram os deuses que
enviavam as doenas para os homens. Falou dos grupos vulnerveis,
cardialgias, a idade era um fator de morte tambm. Definiu os sinais flogsticos.
A medicina clnica parte da observao, as pessoas gripavam mais no inverno,
tinha relao com o ar frio, as molstias gastrointestinais vinham mais do
preparo inadequado das carnes que no tinham um acondicionamento
adequado.
25 de maro de 2013 meus estudos: eu, Elen, gostaria que as pessoas
levassem mais a srio o juramento de Hipcrates...
Hipcrates marca o fim da medicina mstica (sacerdotes) o incio da
observao cientfica dos fatos clnicos. Estudou medicinas babilnica e
egpcia de onde provavelmente obteve as bases para afirmar que, o
conhecimento do corpo impossvel sem o conhecimento do homem como um
todo O corpo no uma unidade viva que a "natureza" de cada um regula e
harmoniza e no apenas um conjunto de rgos. Para Hipcrates o homem
tem que ser visto tambm como parte integrante do ambiente em que vive
assim como influenciam na sade os regimes polticos e as suas instituies.
Para ele, a democracia era a que melhor equilibrava diversos elementos e,portanto gerava seres humanos mais saudveis e o despotismo adoecia as
pessoas. Hipcrates tambm voltou sua ateno
Para a tica. Ele dizia que o doente no um objeto ou um meio para alcanar
um fim, mas ele mesmo o fim ltimo de todos os atos e o mdico deve
comportar-se buscando respeitar esse fundamento. Trata, ineditamente do
sigilo das informaes recebidas pelo mdico.
Algumas de suas falas:
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- A arte longa e a vida breve.
- A guerra a melhor escola para um cirurgio.
- A febre da doena e causada pelo prprio corpo. A febre do amor causada
pelo corpo de outro.
- Os homens deveriam saber que somente do crebro vem as alegrias, o
prazer, o riso, a preguia, os sofrimentos, a dor, a tristeza e as lamentaes.
- Os jovens de hoje parecem no ter nenhum respeito pelo passado e nenhuma
esperana para o futuro
- Que o alimento seja tua melhor medicina.
- Tuas foras naturais, as que esto dentro de ti, sero as que vo curar tuas
doenas.
- Para os males extremos, extremos remdios.
- Se tiver amor pelos homens ter tambm amor pela cincia.
- Trabalhar, comer, beber, dormir e amar, tudo deve ser moderado.
- Se duas dores aparecem ao mesmo momento em dois pontos diferentes do
corpo, a mais forte reprime a outra.
- A cura est ligada ao tempo e s vezes tambm s circunstncias.
- Os homens pensam que a epilepsia divina meramente porque no a
compreendem. Se eles denominassem divina qualquer coisa que no
compreendem, no haveria fim para as coisas divinas.
25 de maro: meus estudos. Estudos baseados na leitura de Filosofando de
Maria Lcia Aranha.
Idade Mdia: vejo que o contexto histrico e filosfico abaixo descrito me deu
um esclarecimento melhor da situao do mundo, isto me ajudou a entender
um pouco melhor os filsofos deste perodo. Deixo aqui apenas o resumo do
que achei mais significativo.
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Os realistas, como Santo Anselmo e Guilherme de Champeaux,consideram
que o universal tem realidade objetiva). evidente a influncia platnica do
mundo das ideias. No sculo XIII, Santo Toms de Aquino partidrio do
realismo moderado, segundo o qual os universais s existem formalmente no
esprito, mas tm fundamento nas coisas. Para os nominalistas, como
Roscelino, o universal apenas um contedo da nossa mente, expresso em
um nome. Ou seja, os universais so apenas palavras, sem nenhuma realidade
especfica correspondente. Essa tendncia reaparece no sculo XIV com
Guilherme de Ockam, franciscano que representa a reao filosofia de Santo
Toms. Pedro Abelardo, grande mestre da polmica, opta pela posio
conceptualista, intermediria entre as duas anteriores. Para ele os universais
so conceitos, entidades mentais. Podemos analisar o significado dessas
oposies a partir das contradies que estabelecem fissuras na compreenso
mstica de mundo medieval. Sob esse aspecto, os realistas so os partidrios
da tradio, e como valorizam o universal, a autoridade, a verdade eterna,
representada pela f. Por outro lado os nominalistas consideram que o
individual e mais real, indicando o deslocamento do critrio da verdade da f e
da autoridade para a razo humana. Naquele momento histrico essa ltima
posio representa a emergncia do racionalismo burgus em oposio s
foras feudais que deseja superar.
Aristteles mestre de Alexandre o grande que passa a dominar o mundo,
ento comea o perodo helenstico. Alexandre era um general que tinha vrios
subordinados. H uma corrente dos cnicos cujo fundador Antstenes que foi
discpulo de Scrates, contemporneo de Plato, ele vai contra a propriedade
privada, o governo e a ordem estabelecida. So pessoas que esto no poder e
tm liderana.
H outro grupo ceticismo cujo representante maior Pirro, ele inaugura uma
linha que no tem certeza de nada, questionam a essncia do ser, tudo
questionado.
Os epicuristas gostam do prazer e da vida boa, no querem saber da morte
nem da dor.
Historicista, Zeno de Ccio.
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Plato com as ideias e Aristteles ainda fazem uma boa discusso por serem
duas correntes mais dominantes.
Quando o imprio fica bem grande anima a cobia e os romanos invadem a
Grcia, eles so menos filosficos. O imprio romano se espalha pelas terrasgregas indo para o oriental, norte da frica. Cristianismo nesta mesma tem por
vocao se espalhar significa que a terra prometida do povo judeu vai ser
tocada... o islamismo tem uma influncia muito forte tambm no lado oriental. O
judasmo no tinha a pretenso de se espalhar porque eles tinham a terra
prometida. O cristianismo vem falar da alma, sobrenatural, essncia.
Agostinho
Era de Bona uma regio do imprio romano. Sua me era Mnica e Agostinho
era um devasso. Ele vai pelo caminho da filosofia fragmentada, num
momento ele se converte ao cristianismo. Ele junta o cristianismo com Plato
que era idealista falando de dois mundo o material e o da histria. Agostinho
junta a histria com a filosofia, encontrando as justificativas dos discursos
bblicos na filosofia. Os primeiros propagadores do cristianismo enquanto
dogma de f e enquanto pensamento, durante muitos anos so Pedro e Joo.
Plotino que comea com a filosofia ingressando com a histria mas Agostinho
a estrela de dar a argumentao filosfica para a narrativa histrica contida
na bblia. Isto ocorre atravs da pregao. Quem desenvolveu a ideia filosfica
do pecado original porque ele tinha uma vida pregressa muito devassa. Toda a
explicao que o cristianismo precisa para se expandir, Agostinho oferece e
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universaliza. Um dia ele entrou em depresso profunda e escuta uma voz
infantil dizendo para pegar a bblia e ler tomae l, quando ele l o captulo
da converso de Paulo, quando ele decide se converter tambm.
26 de maro de 2013. Devo confessar que tenho certa birra de SantoAgostinho, diria at um pr-conceito, pois ainda no consegui me desvencilhar
da ideia fixa que sempre tive de que ele fez um desfavor cincia,
concomitantemente humanidade, ao tentar exitosamente encaixar toda a
moralidade catlica na histria da humanidade usando-a como pano de fundo
para verdades criadas. A crena em dogmas, o no questionamento, a
aceitao incondicional no rimam com evoluo, afinal uma clebre frase dos
entendidos da filosofia com a qual eu concordo inteiramente que asperguntas que movem o mundo. No meu parco entender, ele ofereceu as
bases tericas para atravancar a engrenagem do mundo at bem pouco tempo,
mas uma coisa eu entendo que foi mrito dele e que ele merece muitos louros:
ele caprichou!
No perodo de decadncia do Imprio Romano, quando o cristianismo se
expande, surge a partir do sculo II a filosofia dos Padres da Igreja. No esforo
de converter os pagos, combater as heresias e justificar a f, desenvolvem a
apologtica, elaborando textos de f do cristianismo. Comea a uma longa
aliana entre f e razo que se estende por toda Idade Mdia e em que a razo
considerada auxiliar da f e a ela subordinada. Da a expresso agostiniana
"Creio para que possa entender".
O principal nome da patrstica Santo Agostinho (354 -430), bispo de Hipona,
norte da frica. Agostinho retoma a dicotomia platnica referente ao mundo
sensvel e ao mundo das ideias e substitui esse ltimo pelas ideias divinas.
Segundo a teoria da iluminao, o homem recebe de Deus o conhecimento das
verdades eternas. Santo Agostinho viveu no final da Antiguidade.
So Tomaz de Aquino: 1200 e alguma coisa: escolstica
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7/22/2019 Portflio Elen Menezes
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A partir do sculo XIII, Santo Toms utiliza as tradues feitas diretamente dogrego e faz a sntese mais fecunda da escolstica que ser conhecida como
filosofia aristotlico-tomista. Da para frente a influncia de Aristteles se far
sentir de maneira forte, sobretudo pela ao dos padres dominicanos e mais
tarde dos jesutas, que desde o Renascimento, e por vrios sculos, mostraram
-se empenhados na formao dos jovens. Se por um momento a recuperao
do aristotelismo constitui um recurso fecundo para Santo Toms, j no perodo
final da escolstica torna-se um entrave para o desenvolvimento da cincia.Basta lembrar a crtica de Descartes e a luta de Galileu contra o saber
petrificado da escolstica decadente.
27 de maro: meus estudos. Estudos baseados na leitura de Filosofando de
Maria Lcia Aranha.
Descartes
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7/22/2019 Portflio Elen Menezes
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Ren Descartes (1596-1650), cujo nome latino era Cartesius (da seu
pensamento ser conhecido como "cartesiano"), considerado o "pai da filosofia
moderna". Demonstrou-se com tendncia de preocupao com o problema do
conhecimento. O ponto de partida a busca de uma verdade primeira que no
possa ser posta em dvida. Por isso, converte a dvida em mtodo. Comea
duvidando de tudo, das afirmaes do senso comum, dos argumentos da
autoridade, do testemunho dos sentidos, das informaes da conscincia, das
verdades deduzidas pelo raciocnio, da realidade do mundo exterior e da
realidade de seu prprio corpo.
Descartes: estuda com os jesutas at 17 anos e se torna autodidata. Ele era
francs e no caiu na reforma protestante que estavam mais na Alemanha,.Teve um filho com uma servial o qual morre muito novo e o deprime, tambm
influencia seus pensamentos. Morreu aos 55 anos em Estocolmo, viajava
muito. Foi considerado o pai do pensamento da cincia moderna e da
matemtica.
Se duvido, penso; se penso, existo: "Penso, logo existo". Eis a o fundamento,
o ponto de partida para a construo de todo o pensamento cartesiano. A partir
dessa intuio primeira (a existncia do ser que pensa), que indubitvel,
Descartes distingue os diversos tipos de ideias, percebendo que algumas so
duvidosas e confusas e outras so claras e distintas. As ideias claras e
distintas so gerais que no derivam do particular, mas j se encontram no
esprito, como instrumentos de fundamentao para a apreenso de outras
verdades. So as ideias inatas, que no esto sujeitas a erro, pois vm da
razo, independentes das ideias que "vm de fora", formadas pela ao dos
sentidos, e das outras que ns formamos pela imaginao. So inatas, no nosentido de o homem j nascer com elas, mas como resultantes exclusivas da
capacidade de pensar. So verdadeiras. Embora o conceito de ideias claras e
distintas resolva alguns problemas com relao verdade de parte do nosso
conhecimento, no d nenhuma garantia de que o objeto pensado corresponda
a uma realidade fora do pensa mento. Como sair do prprio pensamento e
recuperar o mundo?
Bacon
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7/22/2019 Portflio Elen Menezes
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o primeiro a dizer que com o conhecimento o
homem pode dominar a natureza, o que difere dos entendimentos anteriores
que temiam a natureza como algo indomvel.
28 de maro de 2013 meus estudos
O lema de Bacon "saber poder", mostra como ele procura, bem no esprito da
nova cincia, no um saber contemplativo e desinteressado, que no tenha um
fim em si, mas um saber instrumental, que possibilite a dominao da natureza.
Briga dos empiristas com os racionalistas e na cincia moderna, pensa-se em
unir ambos para se entender a cincia, ter a ideia, correr atrs dela.
Racionalidade a partir da dvida, da sequencia do pensamento e de sua
anlise a partir de Descartes. Esprito so os impulsos eltricos. Penso, logo
existo: foi uma deduo que ele chegou pela observao. Se ele consegue
parar e observar e construir um pensamento era porque ele era um ser vivente.
Ele critica Plato, Aristteles e os jesutas, ento parece que a cincia no
precisa ter filosofia. No mtodo: eu s posso conhecer se eu seguir um
caminho e no outro. Ele faz um corte entre a cincia e a filosofia que ele
chama do pensamento pelo pensamento. A experincia de estudar algo passa
pelo sujeito ento influencia Husserl. As paixes so os sentimentos para
Descartes. Os reflexos so do corpo. A importncia da glndula pineal, como
local das emoes. O desejo movimenta o corpo. Para ele, a alma permanece
aps a morte.
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7/22/2019 Portflio Elen Menezes
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A partir da era da razo, do iluminismo, inaugura a sociologia.
29 de maro de 2013: meus estudos sobre dialtica foram colhidos em diversas
fontes que podem ser observadas na bibliografia, tambm advm de
discusses com pessoas de maior conhecimento dela que eu. Minha buscaatual a seu respeito intensificou-se sobremaneira devido ao meu objeto de
estudo no doutorado. Sinto que ela coaduna com minha viso e mundo.
Dialtica: Ambiguidade, dubiedade, algo que no se ope num mesmo
fenmeno.
O indivduo condicionado pela sociedade, os fenmenos refletem esta
sociedade e nela h disputa de interesses onde as contradies se revelam.Esta uma forma de se ver o mundo. A dialtica uma corrente dentro da
filosofia. Os fenmenos esto em constante mudana e as mudanas so suas
apropriaes.
Dialtica: questo fundamental da filosofia a relao do ser e do pensar.
Questo derivada disto: como o ser e como o pensar.
Temos 4 correntes dentro da filosofia
1. Materialismo: o ser primrio e o pensar derivado
2. Idealismo: o pensar primrio e o ser que deriva dela. Hegel o pai
da dialtica e era idealista
3. Metafsica: o ser e o pensar so estticos, uma tendncia de
permanncia tal qual elas esto.
4. Dialtica: o ser e o pensar esto em constante modificao.
Antecedentes histricos da dialtica
Herclito: o conflito e o pai de todas as coisas.
Os opostos so duas realidades de um mesmo fenmeno. Um tem que estar
contido no outro para eu dizer que so opostos. Tese-negao- anttese- nova
sntese.
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7/22/2019 Portflio Elen Menezes
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Aristteles: todas as coisas possuem determinadas potencialidades; os
movimentos das coisas so potencialidades que esto se atualizando.
A historicidade outro elemento importante para entender a dialtica.
Galileu e Descartes: a condio natural dos corpos o movimento e no
o estado de repouso.
Pico de la Mirandola: o homem como ser inacabado e portanto pode
evoluir-vantagem em comparao com os deuses e anjos que so seres
eternos, perfeitos e por isso no mudam.
Giordano Bruno: exaltou o homem faber que capaz de dominar as
foras naturais de modificar criativamente o mundo.
Sculo XVIII no contexto da revoluo francesa e do iluminismo com
Diderot sou como sou porque foi preciso que tornasse assim. Se
mudarem o todo, necessariamente eu serei modificados. E Rousseau os
homens nascem livres mas a organizao da sociedade lhes tolhia o
exerccio da liberdade natural.
Hegel era idealista, tudo se dava num plano abstrato, das ideias.
Considerado o pai da dialtica porque defendia que a contradio no
apenas uma condio essencial na conscincia do sujeito do
conhecimento, era antes de tudo um princpio bsico que no podia ser
suprimido nem da conscincia nem da realidade objetiva. O sujeito
essencialmente ativo e est sempre interferindo na realidade, mas em
ultima instncia quem determina a realidade objetiva. O trabalho como
mola impulsiona o desenvolvimento humano; no trabalho que o
homem se produz a si mesmo; o trabalho o ncleo a partir do qual
pode ser compreendida a atividade criadora do homem. pelo trabalho
que o homem se diferencia dos outros animais. A sociedade avana no
tempo, atravs de conflitos e contradies.
A dialtica hegeliana idealista uma doutrina filosfica que nega a realidade
individual das coisas distintas do eu e s lhes admite a ideia. Diferente de
Marx que diz que as mudanas j esto acontecendo e eu preciso identificar
estes pontos e potencializ-las.
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7/22/2019 Portflio Elen Menezes
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Marx: queria que sua obra servisse para o proletariado. A crtica de Marx a
Hegel diz respeito fundamentalmente ao seu idealismo. No so as ideias
humanas que movem a histria, mas so as condies histricas que
produzem os homens. Marx considerava a contradio como parte de certo tipo
de organizao das classes sociais e no conflito entre elas que possvel
estabelecer as mudanas, trabalha a histria de lutas de classes
(materialismo). Hegel procurava demonstrar a perfeio do que existia a
divinizao da estrutura vigente, ele fala da histrica como o desenvolvimento
do Esprito (algo abstrato do plano das ideias-idealismo). Ambos creem na
historicidade os fatos com relao entre si, a totalidade, esta no a soma das
partes, para se chegar a compreenso preciso analisar todos os aspectos
que o compem, contexto econmico, social, poltico. A totalidade concreta
vem do concreto, a formao da sociedade sua infraestrutura, tudo o que no
conscincia, no ideia.
A dialtica materialista, fundada no materialismo histrico, concebe a
sociedade, suas instituies regras de funcionamento, valores, crenas, formas
de vida social, processo poltico e espiritual determinada pelo modo de
produo, pelas condies materiais historicamente construdas, permeadaspor contradies, conflitos e antagonismos.
Categorias bsicas: matria, conscincia (propriedade da matria, produto do
social os homens s se tornam conscientes na vida social) o desenvolvimento
da conscincia para Marx a partir da captao da relao social do trabalho.
A prtica social transforma a matria e a si mesma, se d atravs da
determinao scio histrico. Aspecto material da atividade objetiva, scio-
histrica dos homens processo objetivo de produo.
O trabalho humano engloba o sujeito, objeto, instrumentos e finalidade, tudo
isto mediado pela sociabilidade e pela historicidade.
Conexo com o setor sade: o produto da sade imaterial (setor imaterial),
consumido no ato da realizao. preciso a interao das pessoas, um
trabalho vivo. Uma contradio contabilizar os atendimentos ao invs de
pensar na sade das pessoas. O trabalho imaterial, mas a cobrana
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7/22/2019 Portflio Elen Menezes
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material por produtividade. O primeiro passo para a mudana explicitar o
conflito de interesses entre o que se espera de mim no trabalho e o que eu
quero fazer no trabalho.
Mais valia: a diferena entre o valor de troca e o valor de uso.
Valor de uso: o quanto ele vale de fato, o trabalho concreto. Valor qualitativo
Valor de troca: por quanto ele negociado, trocado por outros produtos. Valor
de mercado, quantitativo. Depende do tempo de trabalho socialmente
necessrio para produzir uma mercadoria.
Hegel:
Tomando como ponto de partida a noo kantiana
de que a conscincia (ou sujeito) interfere ativamente na construo da
realidade, prope o que se chama de filosofia do devir, ou seja, do ser como
processo, como movimento, como vir -a-ser. Desse ponto de vista, o ser est
em constante transformao, donde surge a necessidade de fundar uma nova
lgica que no parta do princpio de identidade (esttico), mas do princpio de
contradio para dar conta da dinmica do real,
A dialtica ensina que todas as coisas e ideias morrem: essa fora destruidora
tambm a fora motriz do processo histrico. A ideia central a de que a
morte criadora, geradora. Todo o ser contm em si mesmo o germe da sua
runa e, portanto, da sua superao. O movimento da dialtica se faz em trs
etapas: tese, anttese e sntese (ou seja: afirmao, negao e negao da
negao).
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Hegel vai influenciar fortemente Marx. Hegel vai estudar a realidade concreta,
vai discutir muito o idealismo e a questo da subjetividade, h duas correntes
de seguidores os idealistas e os materialistas que so seus crticos Marx e
Feuerback. Hegel fala das formas perfeitas construindo uma base para o
Estado forte que d conta de tudo, ajuda a dar poder aos governantes. Faz
sucesso enquanto vivo porque agrada os governantes e acaba por fazer uma
escola, suas ideias so seguidas por muitos. Marx critica Hegel e Nietzsche
tambm. Germinal e Os miserveis, Vitor Hugo (j assisti e li). Para toda a
explorao da poca, chega-se a concluso que somente uma revoluo vai
resolver o problema, diferente de Marx vai critic-lo.
Marx a prtica pensada que se torna outra prtica mais elaborada, o eternodevir - importante para Hegel devir e transformao do pensamento em relao
a prtica, para Marx a transformao vem a partir da matria, do objeto e no
antes dele, a matria transformada que ir modificar o pensamento.
H duas histrias: a da natureza e a do homem que o movimento se
transformando a partir da prxis, ela muda a condio natural do homem.
Weber mais novo que Marx e vai se destacar na parte da economia poltica,
ele se preocupou muito com as condies de existncia, do proletariado.
Muitos acreditam que o marxismo se perdeu porque fixou muito na economia
sem pensar em outros fatores, Weber j faz este movimento falando inclusive a
religio, uma proposio religiosa, a dos escolhidos, a predestinao muito a
favor da construo do capitalismo. Mtodo dialtico. Hegel tentou comear a
trabalhar a questo da dialtica e Marx aprofunda. Similitudes entre ambos
Marx e Hegel eles trabalham a contradio, o conflito e o processo de
transformao que num momento pensamento e outro matria que o
devir. Diferenas Hegel (dialtica idealista) idealista apesar da mudana do
pensamento que se transforma a matria, para Marx (dialtica materialista) a
matria est posta e sua mudana feita pelo movimento que vai transformar.
Materialismo histrico dialtico: a histria vai se transformando e a histria do
homem vai sendo recontada, no algo linear. A transformao da matria
pela produo humana vai construindo a histria.
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As foras produtivas a ao do homem sobre a natureza, vai transformar o
modo de vida com sua ao, por meio da tecnologia, da diviso do trabalho,
das matrias primas que ele ira agir, as relaes sociais de produtivas, so
aquelas que iro influenciar inclusive nas relaes sociais de trabalho de
sociedade. Pensar isto enquanto num momento meio de produo e no
seguinte o meio de produo na relao do movimento da tese, anttese e
sntese, a ideia do devir. Isto depende inclusive de que momento e de quais
pessoas esto transformando isto. Lembrar-se da transitoriedade das coisas.
A anlise destas foras que a ao do homem sobre a natureza. As relaes
sociais so as formas de distribuies dos produtos numa sociedade tal a partir
de leis que regulam estes meios de produo e as relaes sociais deproduo.
A superestrutura: a ideologia, a religio, o Estado.
A seguir, trago alguns fragmentos de um manuscrito que enviei para publicao
no qual discuto sobre o materialismo histrico dialtico e fao um link com as
pesquisas em enfermagem. Achei interessante inseri-lo aqui, pois aprendi
bastante com este trabalho.
A partir das contribuies de Marx e Engels no sculo XIX, o Materialismo
Histrico e Dialtico (MHD) tem sido amplamente discutido em vrias cincias.
O MHD considera que na base de todo fenmeno social esto as relaes de
produo, ou seja, o trabalho. As foras produtivas formam uma estrutura
econmica qual correspondem as formas de conscincia social e se
desenvolve o processo de vida social, denominado superestrutura.
O trabalho, uma das categorias centrais do MHD, prprio do ser humano. Por
meio dele o homem, na relao social com outros homens, transforma a
natureza e a si prprio, consequentemente. A importncia desta categoria
refletida na afirmativa de Marx que o homem no nasce homem, ele torna-se
homem a partir do trabalho, pelo qual construda sua histria. A relao do
homem com o mundo , ento, mediada pela atividade material. Em seu
empenho para transformar a natureza, o ser humano precisa de instrumentos
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que o auxiliem na criao de objetos os quais podem ser fsicos ou abstratos
como o conhecimento.
Outra categoria do MHD a totalidade. O concreto a sntese de mltiplas
determinaes, a totalidade. Os fatos so conhecimento da realidade se socompreendidos como um todo dialtico, se so partes estruturais desse todo.
Assim, na realidade, como um todo estruturado, fatos e objetos se relacionam
de forma coerente e, reciprocamente, se condicionam. H uma interligao
indissocivel no qual o todo algo diferente da mera soma das partes.
O marxismo mantm unidas teoria e prtica. A prtica o critrio de verdade
da teoria, tendo em vista que o conhecimento advm da prtica e a ela retorna
num movimento dialtico. Neste sentido, so considerados a luta dos
contrrios, a dinmica do processo e o encadeamento das relaes presentes
no mesmo, a origem e o desenrolar dos fatos, das coisas, a indivisibilidade
entre o real e o ideal nos fenmenos sociais.
A partir de 1986 o MHD vem sendo utilizado como base filosfica para a
anlise e interpretao dos estudos da enfermagem brasileira, sendo utilizado
com significativa pertinncia e aderncia ao objeto de trabalho desta profisso
De acordo com o MHD, a sade e o processo de adoecimento so produtos de
vrios fatores que extrapolam o meramente biolgico como: socioeconmico e
cultural. Estes fatores esto todos situados em uma mesma realidade objetiva
sendo consideradas as especificidades do momento histrico em curso. As
polticas estatais tambm so determinantes de como o indivduo viver,
adoecer e morrer em uma determinada realidade. Tendo em vista que a
sade no um conceito abstrato e que se define no contexto histrico dedeterminada sociedade e num dado momento de seu desenvolvimento, deve
ser conquistada pela populao em suas lutas dirias. A sade das populaes
em grande medida, portanto, o resultado das formas de organizao social
de produo, as quais podem gerar significativas desigualdades nos nveis de
vida, para alm dos aspectos puramente biolgicos e individuais. Faz-se
necessria, ento, a compreenso das relaes entre as bases materiais e
histricas dos fenmenos em questo.
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Tendo em vista que como mtodo de pesquisa, o MHD pretende romper com
as diversas formas de anlises metafsicas, de variados enfoques e nveis de
compreenso da realidade, porm sempre lineares, histricas e harmnicas e
que, enquanto mtodo de anlise, o MHD se foca na essncia, no mundo real,
no conceito, na teoria e cincia buscando a aproximao dos fenmenos
estudados.
Nietzsche
Este filsofo mata Deus porque no Deus que est vivendo neste mundo
material. A ideologia da matria da subjetividade do homem e as minhas
relaes, eu preciso conceber minha vida da forma e que eu consigo, da
maneira que eu consigo viver, inclusive sem pensar no passado.
30 de maro de 2013: meus estudos. Vi uma entrevista - Viviane Mos - Caf
Filosfico (Exibido dia 29.03.2009), num Especial Nietzsche e aprendi muito,
complementando de maneira significativa o meu entendimento sobre este
filsofo. Ento resumi aqui uma parte da fala dela, o que eu consegui entender,
na verdade. As discusses em sala de aula tambm foram fundamentais para o
meu entendimento. H muito aguardo uma oportunidade para estuda-lo e ela
demorou a aparecer, mas foi de grande valia, o momento foi privilegiado devido
ao fator tempo, alis tem tudo a ver com o prprio Nietzsche falar do tempo.
Nietzsche viveu num sculo XIX, marcado pela euforia moderna onde se
acreditava muito na cincia e no pensamento como um veculo de
transformao social, uma forma de vencer as dores. Ele foi extremamente
crtico cincia Ele estudou o grego arcaico, pr-socrtico, leu a Ilada e a
Odisseia, a arte que mediava as coisas, a ideia da verdade ainda no estavabem clara, definida. Este perodo tambm era marcado pelo eterno devir, da
mutao, transformao, fluxo contnuo. Para Nietzsche os pr-socrticos eram
os verdadeiros filsofos, pois conjugavam a arte, o pensamento e o saber e era
atrado pela ideia de transformao. Para Herclito, por exemplo, nenhuma
transformao ocorre por acidente e sim movida por uma espcie de fora
divina que est presente em todas as coisas materiais e mantem tudo num
fluxo de eterna transformao. Filho de pastor, Nietzsche estava inserido emuma cultura crist forte e a tenso entre o cristianismo, a modernidade e o
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pensamento arcaico to poderosa em seus pensamentos que ele mesmo se
dizia uma bomba ao invs de um homem. Esta mistura bombstica, realmente
explode em um pensamento riqussimo para a poca, marcando o fim e o
comeo de dois sculos (XIX e XX). O encontro com o pensamento arcaico deu
a ele uma viso crtica cida do cristianismo e da modernidade. Com isso, ele
passa a entender que a histria da filosofia. Para ele o pensamento, a histria
do conhecimento humano a histria da negao da vida, da iluso, da
construo de um modelo de homem que no existe e jamais existir. O
homem construiu uma imagem de si bastante superior ao que ele consegue
realmente ser, e o homem corre atrs desta ingloriamente. Nietzsche tirando
o homem de seu antropocentrismo. Quando ele retoma Grcia antiga ele
percebe que a vida est presente neste pensamento, uma vida cheia rodeada
pela sinestesia, pela experincia corprea, sensvel e pela arte, o homem se
relacionava com a vida como o desconhecimento que ela e tinha at certo
pudor em relao vida exatamente por se tratar de um desconhecimento, de
uma intensidade em eterna mutao, o homem nesta poca no tinha o sonho
nem o desejo, nem a ambio de controlar as foras da vida. Para ele, o
grande eixo do pensamento (arte, filosofia e cincia) socrtico-platnico, faz um
enorme corte no pensamento filosfico, e sente que o mundo moderno vtima
das ideias de Scrates e Plato, estes filsofos para ele mataram a pluralidade
e o devir, o cerne do pensamento pr-socrtico. A mitologia grega um
interpretao da vida que parte da arte como mediao e no da verdade, e os
gregos antigos tm uma relao de submisso do homem ao mundo. Como
eles tinham a conscincia desta sua posio de subalternidade eles no
ousavam explicar o mundo e sim construir perspectivas de interpretao deste
mundo utilizando os mitos. O grego antigo no acreditava nem desacreditavado mito, mas como aquilo era a nica coisa que ele tinha, era uma realidade:
como eu na minha pequenez eu jamais saberei o que este mundo, eu crio os
mitos para que eu possa conviver com esta grandeza que me escapa, ficando
presa apenas por este fio tnue da mitologia. Com a invaso da Grcia pelo
romanos e a degradao da cultura, fica um vazio e os filsofos ps socrticos
passam a ousar a olhar para o mundo e tirar da relao imediata com o mundo
alguma interpretao. Alguns filsofos passaram a pensar a vida como um jogode devir (o tempo), um processo de transformao constante do qual ns
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fazemos parte e o desconhecemos porque ele no tem princpio nem fim. O
tempo nunca comeou nem nunca findar, o tempo um fluxo que alimenta a
si mesmo, ns nascemos e morremos mas o tempo no. Isto decorre do fato
da mitologia grega que no ter um deus originrio. No mundo mitolgico grego
tambm no existe verdade por no ter uma fonte, princpio originrio. A partir
disto, Nietzsche comea a perguntar para todos de sua poca: quem tem a
verdade, para que e para que a verdade? A verdade no produto de nossa
curiosidade humana de descobrir como as coisas so, a verdade produto do
nosso medo da morte, produto da necessidade de estabelecer a durao, a
necessidade psicolgica de estabelecer durao. Porque no somos capazes
de lidar com a vida como ela que construmos a ideia de verdade. A histria
do nascimento humano a histria da criao e da cristalizao da ideia de
verdade. Niilismo: o que Nietzsche fez da histria da humanidade : o homem
construiu uma histria para si mesmo com valores morais que se chama
niilismo. O niilismo quando todos os valores superiores perdem a razo,
perdem a importncia. Este processo de desintegrao comea no sculo XVII
porque os valores superiores eram valores da idade mdia: paraso depois da
morte, a verdade divina, o que Plato construiu virou tudo cristianismo como a
essncia (alma) pura estaria depois da morte e existem dois mundos, estamos
no que um erro e o outro a verdade se aproxima de uma concepo
judaico-crist de que esta vida. Isto leva Nietzsche a pensar que o cristianismo
um platonismo para o povo. Primeiro h, ento, um niilismo negativo: eu nego
esta vida em nome da outra, depois com o advindo da cincia na modernidade
eu no quero mais esperar morrer para viver isto, ento, a morte de Deus o
que marca a modernidade. A morte de Deus : quando a cincia nasce, a
religio perde o valor, portanto, quem mata Deus cincia, o cientista. Anteseu rezava para a cura de minha doena, agora eu vou ao mdico... e quando
eu fao isto, eu estou desautorizando a minha reza, eu estou dizendo que ela
no basta, no funciona e no necessariamente eu preciso pensar que Deus
no existe, mas eu o coloco em segundo plano e este um niilismo reativo, eu
reajo a Deus e no trono que eu constru para Ele eu coloco o cientista. O
niilismo da modernidade aquele que no quer morrer, mas ele cria uma outra
metfora, uma outra viso e um outro mundo que o futuro. Pensa-se entoque no futuro tudo vai dar certo, se antes eu no vivia o presente porque eu
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morreria e encontraria o paraso, hoje eu no vivo o presente porque privilegio
o futuro. A ideia do futuro tira o homem do devir e do que a vida tanto quanto
a ideia do paraso. Estes dois niilismos fundamental a nossa relao com o
mundo na atualidade: a negao do corpo, das sensaes que levam ao erro,
do pecado, do agora, da contradio e do conflito, de tudo que se transforma e
constri um imagem idealizada de si mesmo e do outro. Para ele todo idealista
era tambm um idealista na medida que refugia-se num mundo que nega a
realidade que o cerca e tenta mudar o mundo atravs de sua filosofia pr-
concebida. A resposta de Nietzsche para os niilismos que nos leva a pensar
num ideal inatingvel a busca da superao do homem no presente. O super
homem aquele que parte da afirmao da morte que arquiinventa a si mesmo
ao invs de aceitar o modelo preestabelecido, um homem que tem a coragem
de lidar a cada momento de sua vida com o conflito que a escolha de cada
situao e que no atribui isto nem a Deus nem moral estabelecida,
entender que existe um instante supremo em que o seu gesto que determina.
A capacidade de si ver, se construir, de se superar, ele est na superao e
no na verdade. O poder que se estabeleceu no mundo o da fraqueza, da
covardia e no o da fora que o do enfrentamento. J o homem que se
supera e se inventa o homem tico e sensvel. Se eu quero que um desejo
meu acontea eu tenho que encaix-lo num desejo do acontecimento que a
soma de todos os fatores envolvidos, isto se contrapes ideia de liberdade e
de autonomia do cientista que faz o que quer, mas para Nietzsche, ele no faz.
A liberdade nasce antes de tudo da submisso. Ele foi influenciado por
Schopenhauer que se inspirou na filosofia oriental.
03 de abril de 2013- Meus estudos
Instante supremo ou a inveno de si (Viviane Mos)
Quem tem olhos pra ver o tempo soprando sulcos na pele
soprando sulcos na pele soprando sulcos?
o tempo andou riscando meu rosto
com uma navalha fina
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sem raiva nem rancor
o tempo riscou meu rosto
com calma
(eu parei de lutar contra o tempo
ando exercendo instantes
acho que ganhei presena)
acho que a vida anda passando a mo em mim.
a vida anda passando a mo em mim.
acho que a vida anda passando.
a vida anda passando.
acho que a vida anda.
a vida anda em mim.
acho que h vida em mim.
a vida em mim anda passando.
acho que a vida anda passando a mo em mim...
e por falar em sexo quem anda me comendo
o tempo
na verdade faz tempo mas eu escondia
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porque ele me pegava fora e por trs
um dia resolvi encar-lo de frente e disse: tempo
se voc tem que me comer
que seja com o meu consentimento
e me olhando nos olhos
acho que ganhei o tempo
de l pra c ele tem sido bom comigo
dizem que ando at remoando...
31 de maro de 2013
O sculo da filosofia alem 1780-1880
No mundo antigo o eu pequeno e o mundo grande, o sujeito estavaausente. Na Grcia antiga com Scrates e Plato o eu cresce e passa ser uma
preocupao to grande quanto o mundo. Com o cristianismo e a
modernidade, o homem crescendo de importncia e domando o mundo, o
objeto que se submete a potencia humana isto vem tambm da cincia. No
momento da linguagem e da razo , do conhecimento de si mesmo, o homem
interage com o mundo, o mundo o que o homem entende dele. O mundo que
o homem entende, o eu fala muito da subjetividade. O mundo aquele que euestabeleo junto de minhas relaes sociais. Ele deixa de ser apenas
metafsico para ser o lugar onde eu estou. No sculo XIX entra o paradigma da
biologia com a histria natural de Darwin.
A hora e a vez da angstia e do desejo. A angstia esta no cainho da
realizao do desejo. uma das figuras do negativo. Aparece quando no tem
limite ou quando se tem que colocar o limite. O limite ajuda a alcanar o desejo.
A angstia constitutiva do ser.
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7/22/2019 Portflio Elen Menezes
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Kant (1724-1804): crtica razo pura. Influenciou Schopenhauer que por sua
vez influencia Nietzsche. O que os seres humanos sabe imposto pelo que
exite. Tudo que aprendemos por meio do nosso aparelho corporal, a saber
nossos 5 sentidos, crebro... tudo que nosso aparelho conseguir lidar pode ser
uma experincia. O que existe o que conseguimos experimentar. Ele
moralista. Imperativo categrico. No conseguimos conceber o que no existe
no espao e que no se mova no tempo. Espao e tempo so nossas formas
de sensibilidade, redes nas quais capturamos tudo que percebemos. No fala
dos dois mundos, s no arguento filosfico e racional. absolutamente
necessrio estar convencido da existncia de Deus, mas no necessrio
assim que algum a demonstre. Ele descartou o conhecimento para abrir
espao a f.
Argumenta que para os conceitos morais (como o dever de cuidar dos doentes)
terem significado preciso que tenhamos livre-arbtrio. Precisamos ter a opo
de fazer ou no fazer.
Moralidade possvel apenas para criaturas racionais.
Imperativo categrico: Age apenas segundo mxima que tu tambm queres
que sejam leis universais pensamento e ao coerente e que enquadra na
sociedade para possibilitar a coexistncia. No fazer ao outro o que no quiser
que lhe faam, v. tem liberdade para fazer mas tem que pensar no outro
tambm.
Schopenhauer leu muito kant e influenciou Nietzsche Ele gostava muito de
Plato tambm. Ele aprimora, resolve algumas questes que Kant no deu
conta. Ele comea a falar da vontade.
O fundamento da tica no a racionalidade, mas a compaixo. Todos somos
um s e por isso devemos nos identificar uns com os outros e compartilhar
sentimentos.
Estabeleceu conexes entre pensamento oriental e ocidental. Leu texto indu e
budista, filosofia religiosa. Era abertamente ateu.
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7/22/2019 Portflio Elen Menezes
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Kant e Schopenhauer trabalharam dentro da tradio central da filosofia,
retornando aos antigos gregos. Engajaram-se na investigao de descobrir e
os limites da capacidade humana entender e conhecer.
Se no tem nada acima de mim para mudar o governo, quem manda sou eu.Ressaltou o papel da vontade como a forma irracional da natureza humana.
A arte o nico conhecimento que no era subserviente a vontade, a nica
escapatria para o mundo sem razo. Filosofo do pessimismo. Enquanto
estivermos entregues multido dos desejos com suas esperanas e temores
constantes... nunca obteremos a felicidade ou a paz duradoura. Fala do peso
do mundo.
Legado de Schopenhauer. Influenciou Wagner, Freud (anlise da represso),
Tostoi, Proust, Zol, Machado de Assis. Para ele, o mundo natural era cruel e
selvagem=viso da condio humana.
Nietzsche 1844-1900 pensador ps-hegelinao. Frente anti-racionalismo. Para
ele no faz mais que representar, procurar romper com saberes j
estabelecidos. Irracionalista. Niilismo: prega o nada, a falta de sentido, uma
variante do ceticismo. O que tem que ser valorizado no homem so suas
redes de significao
Fala da potncia vital do ser humano.
Ele inaugura o presentesmo: viver o momento sem se preocupar com o que
vir.
23 de maro de 2013
Kant (1724-1804) - crtica a razo pura
Hegel (1770-1831) - idealismo
Comte (1798-1857) positivismo
Marx (1818-1883) materialismo
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7/22/2019 Portflio Elen Menezes
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Engels (1820-1895) economia poltica
Dilthey (1833-1911) - compreenso
Nietzstche (1844-1900) humanismo
Simmel (1858-1918) vida urbana
Durkheim (1859-1917) fatos sociais
Husserl (1859-1938) fenomenologia
Weber (1864-1920) sociologia
Heidegger (1889-1976) existencialismo
Fenomenologia
Fenmeno aquilo que se mostra. Estudo daquilo que se mostra, se revela para
uma conscincia a qual se forma para um sujeito a partir de sua vivncia. A
fenomenologia a interpretao do mundo por meio da conscincia do sujeito
a partir de sua experincia.
Husserl (1859-1938): influncias- Franz Bretano e Descartes. Prope afenomenologia para repensar a metafsica. Matemtico de formao, um
lgico- descrever as operaes do esprito, esclrecer as essncias que a
inteligncia percebe nas relaes lgicas. Terico da experincia da vivida
subjacente a toda operao mental. Fenomenologia= investigao filosfica da
vida da conscincia transcendental teoria lgica- filosofia do esprito- filosofia
da vida. A fenomenologia no apenas para a investigao e sim uma postura
de vida.
Principais ideias:
Mtodo cientfico estabelece verdade provisria a partir do fato- explicar. MC-
compreender/interpretar= em busca da essncia do objeto- significados a partir
da experincia- sem teorias= epoch. Matemtica + filosofia emprica- anlise
dos processos mentais para formular conceito de nmero. Objetos- prprios
quando esto presentes/ imprprios quando s podem ser indicados a partir de
signos- smbolos. Intencionalidade= toda conscincia se volta para o objeto-
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7/22/2019 Portflio Elen Menezes
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essncia- significado do objeto para essa conscincia- verdades relativas- a
conscincia sempre consciente de alguma coisa. Contrapor ao historicismo-
psicologismo. Mundo- inicia a partir da conscincia desse mundo.
Heidegger fenomenologia hermenutica- compreender o ser pelo prprio seinterpretao desse ser. Dansein- ser-a-no-mundo. Respectividade = ser-a-
cada-momento. Principais ideias: contrape metafsica de Plato e ao
positivismo cartesiano. Pensamento ontolgico- desvelar o ser o que .
experincia sem a dicotomia real- aparente (Plato) cobertura
epistemolgica = dicotomia sujeito-objeto (positivismo). Homem-sujeito=objeto
(mundo) s objeto para um sujeito-manipulao a favor do homem. Para lee-
sujeito relaciona-se com o objeto=experincia/percepo/vivncia. Experienciara linguagem segundo o que aprece- o fenmeno da linguagem deixa aquilo
que o ser se manifesta em sua morada - deixar a linguagem se ostrar
como ela - como o que fala para ns e por ns, e no o que falado
segundo nosso comando de pretensos sujeitos. Mundo um mundo de
conceitos descrio do mundo por palavra preconcebidas - definidas pela
cincia. Em uma experincia autntica, para alm do que a cincia ensina que
a experincia, vemos coisas que so o que so por estarem se manifestandode forma prpria.
Hannah Arendt: estudo sobre o totalitarismo = nazismo e stalinismo. Condio
humana = labor/trabalho/ao. Sobre a revoluo = francesa e americana - diz
da manuteno do esptito revolucionrio. Banalidade do mal = cobertura
jornalstica do julgamento de Eichmann.
01 e 02 de abril de 2013 Meus estudos sobre fenomenologia
Como no mestrado eu optei pela fenomenologia, trago um pouco do que
escrevi sobre ela. Foi interessante revisitar os fenomenlogos e os meus
estudos sobre eles. Agora, um pouco mais madura e fazendo vrias outras
coneces a fenomenologia pareceu-me mais clara, acho que o caminhar na
linha histrica dos filsofos e pensadores que fizemo