Portfólio

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1º ANO SA

PORTFÓLIO

SAÚDE AMBIENTAL

Aluna: Docente:

Suzana Santos Vitor Manteigas

ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIAS DA SAÚDE DE LISBOA

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ÍNDICE

1 Conceitos Importantes na Abordagem à problemática Ambiental .......................... 3 1.1 Ambiente....................................................................................................... 3

1.1.1 Declaração de Impacte ........................................................................... 3 1.1.2 Índices de Qualidade.............................................................................. 3 1.1.3 Protecção ............................................................................................... 3

1.2 Biogeoquímicos............................................................................................. 3 1.2.1 Ciclos Biogeoquímicos .......................................................................... 4 1.2.2 Biota.................................................................................................... 10 1.2.3 Biosfera ............................................................................................... 10 1.2.4 Biodiversidade..................................................................................... 11 1.2.5 Compostagem...................................................................................... 12 1.2.6 Ecologia............................................................................................... 13 • Incineração.................................................................................................. 14

1.3 Bibliografia: ................................................................................................ 17 2 Problemas Ambientais da Actualidade ................................................................ 18

2.1 A CHUVA ÁCIDA ..................................................................................... 18 2.1.1 Aterro sanitário.................................................................................... 20

2.2 BIBLIOGRAFIA......................................................................................... 23 3 Recursos Naturais ............................................................................................... 24

3.1 Recursos Renováveis................................................................................... 24 3.1.1 O Biocombustível ................................................................................ 25 3.1.2 A Energia Eólica.................................................................................. 27 3.1.3 A Energia Geotérmica.......................................................................... 30

3.2 Recursos não-renováveis ............................................................................. 31 3.2.1 Combustíveis Fósseis........................................................................... 32 3.2.2 Energia Nuclear ................................................................................... 34

4 Factores de Risco ................................................................................................ 37 4.1 Agentes infecciosos ..................................................................................... 37 4.2 AGENTES IRRITANTES........................................................................... 38 4.3 agentes mutagénicos.................................................................................... 41

5 Desenvolvimento Sustentável.............................................................................. 42 5.1 Conceitos Básicos........................................................................................ 42 5.2 Actuação Responsável ................................................................................. 42 5.3 Indicadores .................................................................................................. 43

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1 Conceitos Importantes na Abordagem à problemática Ambiental

1.1 AMBIENTE

“conjunto de sistemas físicos, químicos, biológicos e suas relações e dos

factores económicos, sociais e culturais com efeito directo e indirecto, mediato

e imediato, sobre os seres vivos e a qualidade da vida do homem” – in Lei de

Bases do Ambiente.

1.1.1 Declaração de Impacte

Relatório fundamentado, elaborado após estudos cuidadosos que descreve

as consequências prováveis ou seguras de uma actuação projectada,

prevenindo assim quem tem de tomar decisão, o público e o governo, a

respeito dos riscos corridos do ambiente. Este processo proporciona ao público

uma oportunidade para participar em decisões que podem ter influência no

ambiente humano.

1.1.2 Índices de Qualidade

Limites e concentrações máximos permissíveis, níveis máximos aceitáveis

de poluidores em meios especificados

1.1.3 Protecção

Parte da gestão dos recursos que diz respeito à descarga no ambiente de

desperdícios químicos e biológicos e de efeitos físicos com o objectivo de

proporcionar uma defesa contra a interferência ou destruição, em relação aos

usos benéficos dos recursos naturais.

1.2 BIOGEOQUÍMICOS

“Todo ser vivo reage com seu ambiente e produz resíduos. A menos que o

Ambiente possa dispô-los convenientemente (Auto depuração), eles poderão

intervir no ciclo vital. O movimento dos elementos e compostos essenciais à

vida pode ser designado como ciclo biogeoquímicos. As relações entre

espécies e ambiente físico caracterizam-se por uma constante permuta dos

elementos, em uma actividade cíclica, a qual, por compreender aspectos de

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etapas biológicas, físicas e químicas alternantes, recebe a denominação geral

de Ciclo Biogeoquímico. Na verdade, o fenómeno é estritamente cíclico,

apenas em relação ao aspecto químico, no sentido de que os mesmos

compostos químicos alterados se reconstituem ao final do ciclo, enquanto que

o aspecto físico das rochas não se regenera, necessariamente. Assim, Há uma

espécie de intercâmbio continua entre meio físico, denominado abiótico

(relativo à parte sem vida do meio físico) e o biótico (conjunto de seres vivos),

sendo esse intercâmbio de tal forma equilibrado, em relação à troca de

elementos nos dois sentidos, que os dois meios se mantêm praticamente

constantes. Dentre os ciclos biogeoquímicos mais conhecidos, estão o ciclo do

carbono (meio pelo qual os organismos vivos adquirem sua matéria principal e

que os sustentam quimicamente), o ciclo do nitrogénio ou fixação do nitrogénio

(usado para produção de substâncias vitais aos organismos, feito

principalmente por bactérias) o próprio ciclo da água (ciclos curtos e longos), o

do oxigénio etc”.

1.2.1 Ciclos Biogeoquímicos

Vias percorridas pelos nutrientes através dos ecossistemas. O ciclo

Biogeoquímico é o percurso realizado no meio ambiente por um elemento

químico essencial à vida. Ao longo do ciclo, cada elemento é absorvido e

reciclado por componentes bióticos (seres vivos) e abióticos (ar, água, solo) da

biosfera, e às vezes pode se acumular durante um longo período de tempo em

um mesmo lugar. É por meio dos ciclos biogeoquímicos que os elementos

químicos e compostos químicos são transferidos entre os organismos e entre

diferentes partes do planeta. O estudo e a compreensão dos ciclos

biogeoquímicos pode ajudar a identificar potenciais impacts ambientais

causados pela introdução de substâncias potencialmente perigosas nos

diversos ecossistemas. Todo ser vivo reage com seu ambiente e produz

resíduos. A menos que o ambiente possa dispô-los convenientemente, pela

auto depuração, eles poderão intervir no ciclo vital. As relações entre espécies

e ambiente físico caracterizam-se por uma constante permuta dos elementos,

em uma actividade cíclica, a qual, por compreender aspectos de etapas

biológicas, físicas e químcas alternantes, recebe a denominação geral de Ciclo

Biogeoquímico. Na verdade, o fenómeno é estritamente cíclico apenas em

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relação ao aspecto químico, no sentido de que os mesmos compostos

químicos alterados se reconstituem ao final do ciclo, enquanto que o aspecto

físico das rochas não se regenera, necessariamente. Assim, há uma espécie

de intercâmbio contínuo entre meio físico, denominado abióico (relativo à parte

sem vida do meio físico) e o biótico (conjunto de seres vivos), sendo esse

intercâmbio de tal forma equilibrado, em relação à troca de elementos nos dois

sentidos, que os dois meios se mantêm praticamente constantes.

1.2.1.1 Etapas do ciclo de nutrientes

• Transporte Físico

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• Transformações químicas

Tempo de residência (TR): para depósito em equilíbrio (somatória das entradas = somatória

das saídas)

TR (anos) = depósitos (kg) / somatória das saídas (kg/ano)

1.2.1.2 Principais de Ciclos

Um dos principais ciclos biogéoquímicos, são o ciclo do nitrogénio, o ciclo do carbono, do fósforo, do enxofre e outros. Iremos apenas destacar alguns:

• Ciclo do Carbono

O carbono (C) é o quarto elemento mais abundante no Universo, depois do

Hidrogénio (H), Hélio (He) e o Oxigénio (O), e é o pilar da vida como a

conhecemos. Existem basicamente duas formas de carbono, uma orgânica,

presente nos organismos vivos e mortos, não decompostos, e outra inorgânica,

presente nas rochas. No planeta Terra o carbono circula através dos oceanos,

da atmosfera, da terra e do seu interior, num grande ciclo biogeoquímicos. Este

ciclo pode ser dividido em dois tipos: o ciclo “lento” ou geológico, e o ciclo

“rápido” ou biológico.

A distribuição de carbono entre atmosfera, organismos, terra e oceanos se

alterou com o tempo. Cerca de 550 milhões de anos atrás a concentração de

CO2 na atmosfera era de 7.000 partes por milhão, mais de 18 vezes o que é

hoje. Onde foi todo aquele carbono atmosférico? Em sua maior parte, acabou

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como rochas sedimentares como calcário. Como isso aconteceu é parte da

história maior do ciclo do carbono.

O ciclo do carbono é uma combinação de muitos processos biológicos,

químicos e físicos que movem o carbono.

• Ciclo do Nitrogénio

O nitrogênio é um elemento presente nas moléculas de aminoácidos,

unidades das proteínas, e nas bases nitrogenadas, componentes dos ácidos

nucléicos.

78% do ar atmosférico é composto por gás nitrogênio (N2), sendo o grande

reservatório desse elemento na natureza; apesar disso, a grande maioria dos

seres vivos não consegue utilizar diretamente esse gás e incorporá-lo às suas

moléculas orgânicas. Apenas algumas poucas espécies de bactérias

conseguem retirar o nitrogênio do ar, transformando-o em substâncias

utilizáveis pelos organismos vivos ou então retirando o nitrogênio das

substâncias orgânicas e devolvendo-o à atmosfera para fechar o ciclo. A vida

na Terra não seria possível sem esses microorganismos.

Bactérias fixadoras de nitrogênio (principalmente do gênero Rhizobium) e

cianobactérias (antigamente denominadas algas azuis), que vivem na água, no

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solo ou em associação com raízes de leguminosas, absorvem o nitrogênio

gasoso (N2), tranformando-o em amônia (NH3). Alguns vegetais, incluindo as

leguminosas, utilizam a amônia diretamente para a produção de proteínas e

ácidos nucléicos. Pela cadeias alimentares, as proteínas vegetais podem ser

transferidas para os animais. A excreção animal libera resíduos nitrogenados,

como a uréia, o ácido úrico e também a amônia; além disso, a morte de

animais e de plantas origina também resíduos nitrogenados. Esses resíduos

são degradados pelos decompositores, que produzem amônia.

A amônia poderá seguir três caminhos: poderá ser utilizada diretamente

pelas plantas, como já vimos; porém a maioria da amônia do solo será

transformada em nitritos por bactérias nitrificantes e depois em nitratos, que

ficam no solo e na água. Os nitratos podem ser absorvidos pelos vegetais, que

os utilizam para a produção de proteína vegetal e ácidos nucléicos. Um terceiro

caminho possível para a amônia é a sua absorção por bactérias

desnitrificantes, que a transformam em nitrogênio gasoso (N2) e devolvem

esse gás para a atmosfera. Parte dos nitratos também é absorvida por

bactérias desnitrificantes e também são transformados em gás nitrogênio que é

devolvido à atmosfera, fechando o ciclo

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• Ciclo do Fósforo

O fósforo aparece principalmente na forma de fosfato (PO4-3), obtido a

partir da degradação das rochas (minerais). Diante absorção desse elemento,

os vegetais sintetizam compostos orgânicos elaborados (por exemplo:

aminoácidos, proteínas e ácidos nucléicos), repassando a todos os demais

componentes bióticos através do fluxo de matéria e energia. Pela ação dos

agentes decompositores sob a matéria morta (animal e vegetal) resultando em

detritos orgânicos e também por meio da excreção dos organismos viventes,

esse elemento retorna para o solo. Drenado gradativamente para o mar, o

fosfato passa por processos de sedimentação, sendo incorporado às rochas.

Podendo retornar ao ecossistema terrestre por meio dos processos geológicos,

como a elevação do leito no mar ou o rebaixamento do nível das águas.

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Portanto, o ciclo do fósforo, pode ser dividido em duas escalas temporais: uma

de curta duração, dependente das relações ecológicas entre os seres vivos; e

outra de longa duração envolvendo os aspectos abióticos do ambiente.

1.2.2 Biota

Vida animal e vegetal encontrada num ambiente ou região geográfica.

1.2.3 Biosfera

Biosfera é o conjunto de

todos os ecossistemas da

Terra. É um conceito da

Ecologia, relacionado com os

conceitos de Litosfera,

hidrosfera e atmosfera.

Incluem-se na biosfera todos os

organismos vivos que vivem no

planeta, embora o conceito seja

geralmente alargado para

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incluir também os seus habitats.

O termo "Biosfera" foi introduzido, em 1875, pelo geólogo austríaco Eduard

Suess. Entre 1920 e 1930 começou-se a aplicar o termo biosfera para

designar a parte do planeta ocupada pelos seres vivos. O conceito foi criado

por analogia a outros conceitos empregues para nomear partes do planeta,

como, por exemplo, litosfera, camada rochosa que constitui a crosta, e

atmosfera, camada de ar que circunda a Terra. Biosfera é o conjunto de todas

as partes do planeta Terra onde existe ou pode existir vida. A biosfera é um

tanto irregular, devido à escassez, ou mesmo inexistência, de formas de vida

em algumas áreas. Os seus limites vão dos fins das mais altas montanhas até

às profundezas das fossas abissais marinhas. A vida na Terra terá surgido há

cerca de 3800 milhões de anos

1.2.4 Biodiversidade

A biodiversidade traduz-se na quantidade de espécies de seres vivos

existentes no planeta. Existem espécies adaptadas a ambientes tão diversos

como o gelo da Antártida ou fontes submarinas com actividade vulcânica e

temperaturas superiores a 100ºC. Ainda se conhece pouco sobre a

biodiversidade do planeta. Calcula-se que existam entre 10 a 20 milhões de

espécies, das quais só 10% estão estudadas a nível científico.

O principal impacto da perda da biodiversidade é a extinção das espécies

que são irrecuperáveis. O Homem é o principal responsável da perda da

biodiversidade. As espécies têm sido exterminadas de maneira muito rápida

pela acção humana, com uma taxa de extermínio 50 a 100 vezes superior aos

índices de extinção por causa natural. Exemplos da acção do homem e suas

consequências na biodiversidade do planeta:

• Eliminação ou alteração do habitat pelo homem - é o

principal factor da diminuição da biodiversidade. A eliminação de

vegetação local para construção de casas ou para actividades

agropecuárias altera o meio ambiente. Em média, 90% das espécies

extintas acabaram em consequência da destruição de seu habitat;

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• Super-exploração comercial - ameaça muitas espécies

marinhas e algumas terrestres;

• Poluição das águas, solo e ar - stressam os ecossistemas e

matam os organismos;

• Introdução de espécies exóticas - ameaçam os locais por

predação, competição ou alteração do habitat natural.

A diversidade biológica apresenta um papel fundamental para a nossa

espécie, uma vez que aproximadamente 40% da economia mundial e 80% das

necessidades dos povos dependem dos recursos biológicos.

Devido essencialmente a actividades humanas como a agricultura, a pesca,

a indústria, os transportes e a urbanização de extensas partes do território,

entre outras, observa-se que os ecossistemas e as espécies se encontram, a

um nível global, cada vez mais ameaçadas, com a consequente diminuição da

biodiversidade.

Esta tendência pode vir a ter, profundas implicações no desenvolvimento

económico e social da comunidade humana, pois é frequentemente

acompanhada por profundas alterações ambientais.

Neste contexto, o conceito de conservação da natureza tem vindo a evoluir

precisamente no sentido de manutenção da biodiversidade.

1.2.5 Compostagem

Compostagem é o conjunto de técnicas aplicadas para controlar a

decomposição de materiais orgânicos, com a finalidade de obter, no menor

tempo possível, um material estável, rico em húmus e nutrientes minerais; com

atributos físicos, químicos e biológicos superiores (sob o aspecto agronómico)

àqueles encontrados na(s) matéria(s) prima(s).

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1.2.6 Ecologia

A Ecologia é o estudo das inteirações dos seres vivos entre si e com o

meio ambiente.

A palavra Ecologia tem origem no grego “oikos", que significa casa, e

"logos", estudo. Logo, por extensão seria o estudo da casa, ou de forma mais

genérica, do lugar onde se vive. Foi o cientista alemão Ernst Haeckel, em 1866,

quem primeiro usou este termo para designar o estudo das relações entre os

seres vivos e o ambiente em que vivem a abundância dos seres vivos no

planeta.

A Ecologia divide-se em várias partes, tais como a Auto ecologia, a Demo

ecologia e a Sinecologia.

Quando vários organismos da mesma espécie estão reunidos numa mesma

região, temos uma população. Várias populações num mesmo local formam

uma comunidade. Tudo isto reunido e trabalhando em harmonia forma um

ecossistema. Todos os ecossistemas reunidos num mesmo sistema, temos a

biosfera.

O meio ambiente afecta os seres vivos não só pelo espaço necessário à

sua sobrevivência e reprodução -- levando, por vezes, ao territorialismo -- mas

também às suas funções vitais, incluindo o seu comportamento (estudado pela

etologia, que também analisa a evolução dos comportamentos), através do

metabolismo. Por essa razão, o meio ambiente -- a sua qualidade -- determina

o número de indivíduos e de espécies que podem viver no mesmo habitat.

Por outro lado, os seres vivos também alteram permanentemente o meio

ambiente em que vivem. O exemplo mais dramático é a construção dos recifes

de coral por minúsculos invertebrados, os pólipos coralinos.

As relações entre os diversos seres vivos existentes num ecossistema

incluem a competição pelo espaço, pelo alimento ou por parceiros para a

reprodução, a predação de organismos por outros, a simbiose entre diferentes

espécies que cooperam para a sua mútua sobrevivência, o comensalismo, o

parasitismo e outras.

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Da evolução destes conceitos e da verificação das alterações de vários

ecossistemas -- principalmente a sua degradação -- pelo homem, levou ao

conceito da ecologia humana que estuda as relações entre o Homem e a

Biosfera, principalmente do ponto de vista da manutenção da sua saúde, não

só física, mas também social.

Por outro lado, apareceram também os conceitos de Conservação e do

Conservacionismo que se impuseram na actuação dos governos, quer através

das acções de regulamentação do uso do ambiente natural e das suas

espécies, quer através de várias organizações ambientalistas que promovem a

disseminação do conhecimento sobre estas interacções entre o Homem e a

Biosfera.

A ecologia está ligada a muitas áreas do conhecimento, como por exemplo

a economia. Nosso modelo de desenvolvimento económico baseia-se no

capitalismo, que promove a produção de bens de consumo cada vez mais

caros e sofisticados e isso esbarra na ecologia, pois não pode haver uma

produção ilimitada desses bens de consumo na biosfera finita e limitada.

• Incineração

Incineração é a queima do lixo em aparelhos próprias. Apresenta a

vantagem de reduzir bastante o volume de resíduos. Além disso, destrói os

microrganismos que causam doenças, contidos principalmente no lixo

hospitalar e industrial.

Depois da queima, resta um material que pode ser encaminhado para

aterros sanitários ou mesmo reciclado. É recomendada a reutilização

racionalizada dos materiais queimados para a confecção de borracha,

cerâmica e artesanato. O Obelisco de Ipanema foi realizado com entulho de

concreto incinerado.

Com a incineração é possível uma redução do volume inicial de resíduos

até cerca de 90% através da combustão, a temperaturas que variam entre 800

e 3 000°C. Por isso tem vindo a ser implementado em zonas de grande

produção de lixo. No entanto, certos resíduos liberam gases tóxicos aos serem

queimados. Nesses casos, para evitar a poluição do ar, é necessário instalar

filtros e equipamentos especiais – o que torna o processo mais caro.

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Trata-se de um sistema útil na eliminação de resíduos combustíveis, não

tendo vantagens para outros materiais como, por exemplo, vidros e metais.

Devido ao seu elevado teor em água, a matéria orgânica (que constitui cerca

de 36% dos RSU) possui um baixo poder calorífico e como tal não é

interessante incinerar sob o ponto de vista energético.

Interior de um forno de incineração

Deste processo resultam como produtos finais a energia térmica (que é

transformada em energia eléctrica ou vapor), águas residuais, gases, cinzas e

escórias. Os gases resultantes da incineração têm de sofrer um tratamento

posterior, uma vez que são compostos por substâncias consideradas tóxicas

(chumbo, cádmio, mercúrio, crómio, arsénio, cobalto e outros metais pesados,

ácido clorídrico, óxidos de azoto e dióxido de enxofre, dioxinas e furanos,

clorobenzenos, clorofenóis e PCBs).

Um incinerador gera também emissões de dióxido de carbono, agente

causador do efeito estufa. Como parte do processo, fazem-se necessários

equipamentos de limpeza de gases, tais como precipitadores ciclônicos de

partículas, precipitadores eletrostáticos e lavadores de gases.

O efluente gerado pelo arrefecimento das escórias e pela lavagem dos

gases, terá de sofrer um tratamento adequado uma vez que, acordo com a

legislação da União Europeia, é considerado um resíduo perigoso. Apesar do

aproveitamento da energia, uma vez que não há a reciclagem dos materiais, a

incineração de resíduos torna-se assim numa perda no ciclo de renovação dos

recursos naturais. Por estes motivos, tal como o aterro, surge no último lugar

da hierarquia de gestão de resíduos.

• Co-incineração

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Incinerador de Viena, Áustria, ligado a uma rede de distribuição de energia térmica.

A co-incineração é o processo de tratamento de resíduos que consiste na

sua queima em fornos industriais, conjuntamente com os combustíveis

tradicionais. Os resíduos são assim valorizados energeticamente, pois

substituem parte do combustível usado no forno. Os fornos trabalhando a

elevadas temperaturas das indústrias vidreira, siderúrgica e cimenteira podem

ser usados para o tratamento de resíduos.

• Co-incineração em cimenteiras

Os fornos de cimento são os mais utilizados por permitirem atingir

temperaturas muito elevadas de 2000°C na chama do queimador principal e

cerca de 1450°C no clinker.

Quando os resíduos contêm substâncias ambientalmente perigosas, tais

como compostos aromáticos ou metais, a co-incineração em fornos de cimento

pode permitir evitar a contaminação do ambiente de forma segura. No caso dos

compostos orgânicos (contendo átomos de carbono ou azoto), as temperaturas

muito elevadas e o longo tempo de permanência no forno - 5 a 7 segundos nos

grandes fornos de cimento - vão provocar a destruição dessas moléculas,

originado compostos inócuos, como o anidrido carbónico.

Em contacto com os silicatos de cálcio que constituem o clinker -

constituinte maioritário do cimento Portland - a maioria os metais são

incorporados na estrutura vítrea formada a alta temperatura, ficando assim

inibidos de serem lixiviados pela água. São excepção os metais voláteis

mercúrio, cádmio e tálio, que por não serem fixados não podem apresentar

concentrações elevadas nos resíduos a co-incinerar.

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Os aniões enxofre, cloro e flúor combinam-se com o cálcio da pedra

formando compostos estáveis, evitando assim as emissões dos respectivos

ácidos.

• Emissões perigosas

Quando a co-incineração começou a ser usada nos EUA na década de

1980, os resíduos eram misturados e triturados conjuntamente com a pedra. O

aquecimento era muito lento, o que originava a progressiva libertação dos

compostos orgânicos voláteis, antes de atingirem os pontos mais quentes do

forno. A poluição provocada era enorme. Alguns fornos, mesmo trabalhando

apenas com com combustíveis normais, podiam permitir a formação de

dioxinas. Estes compostos ocorriam em fornos onde o despoeiramento dos

gases se fazia a temperaturas bastante altas.

Estrutura molecular da TCDD, a mais tóxica das dioxinas

Actualmente a co-incineração dos resíduos mais perigosos é feita por

injecção na zona de queima, o que permite uma destruição com uma eficiência

tipicamente superior a 99,99%. O arrefecimento dos gases antes da sua

chegada aos filtros permite atingir níveis muito baixos de emissão de dioxinas,

independentemente do tipo de combustível usado.

A co-incineração feita no respeito das boas práticas industriais é

actualmente um processo seguro de valorização de resíduos industriais em fim

de linha, praticado há muitos anos em numerosos países europeus. As

análises sistemáticas dos efluentes gasosos não se distinguem das

encontradas quando são apenas usados os combustíveis tradicionais

1.3 BIBLIOGRAFIA:

• http://pt.wikipedia.org • http://www.mocho.pt/ • http://www.malhatlantica.pt/cnaturais/biodiversidade.htm

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2 Problemas Ambientais da Actualidade

2.1 A CHUVA ÁCIDA

O termo chuva ácida foi

empregado pela primeira vez

em 1952 por um cientista

inglês, R. A. Smith, em sua

monografia O Ar e a Chuva:

O Início da Climatologia

Química, a Chuva Ácida.

Embora a chuva ácida,

formada por substâncias que

as chaminés das indústrias e

os escapamentos dos automóveis despejam na atmosfera, tenha surgido,

provavelmente, em meados do século passado, em decorrência da Revolução

Industrial, só há dez anos esse fenômeno começou a inquietar os ecologistas,

para se converter, nos dias de hoje, numa de suas mais obsessivas

preocupações. "Trata-se talvez do mais sério problema ecológico do século",

suspeita o patologista americano Leon Dochinger, do Serviço de Florestas dos

Estados Unidos. Significativamente, nada menos do que quatro simpósios

internacionais, na Europa, foram dedicados ao tema, desde o final de março.*

A precipitação ácida ocorre quando aumenta a concentração de dióxido de

enxofre (SO2), e óxidos de nitrogênio (NO, NO2, N2O5), que produzem ácidos

quando em contato com a própria água da chuva. Estes compostos são

liberados na combustão de materiais de origem fóssil, como o petróleo e o

carvão. A combustão destes materiais também dá origem a óxidos de carbono

(CO e CO2), pois existe carbono em sua composição, assim como na

composição de outros materiais como o álcool comum (C2H5OH).

As chuvas ácidas transformaram a superfície do mármore (CaCO3) do

Parthenon, em Atenas, em gesso (CaSO4); macio e sujeito a erosão.

* Texto baseado no artigo "As Chuvas da Morte", publicado na revista IstoÉ, em 9 de maio de 1984.

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Fotografias das Cariátides, as ninfas sobre as quais se apóia o templo de

Erekteion, na Acrópole, mostram que, num período de dez anos (1955 a 1965),

a chuva ácida destruiu os narizes das Cariátides e outros detalhes de suas

figuras. O mesmo fenômeno é observado no Taj Mahal, na Índia, e no Coliseu,

em Roma.

Mas a chuva ácida não atinge apenas monumentos de valor incalculável

para a humanidade. Em alguns lugares, como nos países da Escandinávia, ela

está matando os peixes dos lagos e rios; em outros, como na Alemanha, vai

rapidamente dizimando as florestas. No sinistro mapa da devastação, pelo

menos um ponto do território brasileiro já está assinalado - Cubatão, o

sufocante pólo industrial da Baixada Santista.

Para medir o grau de acidez - o pH - da água, os técnicos usam uma escala

que vai de 0 a 14. Quanto mais baixo o número, maior o índice de acidez, que

avança numa progressão estonteante: o pH 1,0 é dez vezes mais ácido que o

pH 2,0, cem vezes mais ácido que o pH 3,0, e assim por diante. A água

destilada, quando rigorosamente pura, tem, aproximadamente, pH 7,0; a água

da chuva, normalmente, tem pH em torno de 5,6. Em diversos pontos do

mundo, no entanto, tem-se registrado precipitações com índice de acidez

próximo de 2,0; como observam os cientistas, é como se nesses lugares

chovesse algo ainda mais ácido que o suco de limão, cujo pH é 2,1. A maioria

dos peixes morre quando o pH dos rios e lagos atinge 4,5.

O Brasil, que, além de menos industrializado do que a Europa e os Estados

Unidos, praticamente não precisa queimar carvão mineral ou óleo combustível

para produzir energia - algo muito comum sobretudo na Europa, onde é

escassa a energia hidrelétrica - já começa a exibir números assustadores. No

centro de Cubatão, a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental

(CETESB), do governo do Estado de São Paulo, detectou, em 1983, índices de

pH que iam de 4,7 a 3,7. Os maiores responsáveis por essa anomalia são os

derivados de enxofre, que as chaminés das petroquímicas e siderúrgicas não

cessam de despejar na carregada atmosfera de Cubatão. O problema não

seria tão grave se as indústrias da região passassem a queimar, em suas

caldeiras, óleo com 1% de enxofre - o que se usa hoje tem 5%.

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A chuva ácida nem sempre cai onde foi gerada - tangida pelo vento, pode

desabar a grandes distâncias das fontes poluidoras. Inicialmente, as enormes

chaminés, com as quais se pretende evitar a poluição, contribuem para que

isso aconteça, pois lançam a fumaça em correntes altas de vento. A viagem

dos poluentes explica, por exemplo, o fato de as paradisíacas ilhas Bermudas,

a 960 km da costa atlântica dos Estados Unidos, ou as montanhas amazônicas

do sul da Venezuela, enfrentarem hoje chuvas tão ácidas quanto as que

tombam sobre os países industrializados.

Alguns guarda-chuvas têm sido abertos contra essa terrível modalidade de

poluição. Em março de 1984, reunidos em Madri, representantes de nove

países europeus e do Canadá acertaram reduzir em 30%, na próxima década,

suas emissões de enxofre. Não será tarefa suave, dado o elevado custo dos

equipamentos para combater a chuva ácida. Na França, por exemplo, onde já

são obrigatórios, estes dispositivos representam 10% do custo global das

usinas termelétricas, onde estão instalados. Para financiá-los, quase sempre é

indispensável aumentar as tarifas de energia - um risco político que os

governantes relutam em assumir. Alguns casos, porém, comportam soluções

mais baratas. Foi algo assim que fez o governo da Grécia, em janeiro passado:

a área do centro de Atenas, onde os carros só podem trafegar em dias

alternados, foi ampliada de 8 para 67 km2, numa tentativa de dissolver a

nuvem negra que corrói implacavelmente os dois milênios e meio do

Parthenon.

2.1.1 Aterro sanitário

Um aterro sanitário é um

espaço destinado à deposição final

de resíduos sólidos gerados pela

actividade humana. Nele são

dispostos resíduos domésticos,

comerciais, de serviços de saúde,

da indústria de construção, ou

dejectos sólidos retirados do esgoto.

Page 21: Portfólio

2.1.1.1 Condições e características

A base do aterro sanitário deve ser constituída por um sistema de

drenagem de efluentes líquidos percolados acima de uma camada

impermeável de polietileno de alta densidade - PEAD, sobre uma camada de

solo compactado para evitar o vazamento de material líquido para o solo,

evitando assim a contaminação de lençóis freáticos. O chorume deve ser

tratado e/ou recirculado (reinserido ao aterro) causando assim uma menor

poluição ao meio ambiente.

Seu interior deve possuir um sistema de drenagem de gases que possibilite

a colecta do biogás, que é

constituído por metano, gás

carbónico (CO2) e água (vapor),

entre outros, e é formado pela

decomposição dos resíduos. Este

efluente deve ser queimado ou

beneficiado. Estes gases podem

ser queimados na atmosfera ou

aproveitados para geração de energia. No caso de países em

desenvolvimento, como o Brasil, a utilização do biogás pode ter como

recompensa financeira a compensação por créditos de carbono ou CERs do

Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, conforme previsto no Protocolo de

Quioto.

Sua cobertura é constituída por um sistema de drenagem de águas pluviais,

que não permita a infiltração de águas de chuva para o interior do aterro. No

Brasil, usa-se normalmente uma camada de argila.

Com a compactação de lixo no aterro é possível a produção de gás,

podendo assim diminuir a exploração de combustíveis fósseis. Este processo

de produção é já utilizado em Portugal na zona de Leiria, "Projecto - Resíduos

+ Petróleo.

Um aterro sanitário deve também possuir um sistema de monitorização

ambiental (topográfico e hidrogeológico) e pátio de estocagem de materiais.

Para aterros que recebem resíduos de populações acima de 30 mil habitantes

Page 22: Portfólio

é desejável também muro ou cerca limítrofe, sistema de controlo de entrada de

resíduos (ex. balança rodoviária), guarita de entrada, prédio administrativo e

oficina.

Quando atinge o limite de capacidade de armazenagem, o aterro é alvo de

um processo de monitorização especifico, e se reunidas as condições, pode

albergar um espaço verde ou mesmo um parque de lazer, eliminando assim o

efeito estético negativo. Recentemente foi encontrada uma célula produzida em

aterros que contribui para o fortalecimento do sistema imunitário, podendo

assim contribuir para a cura de muitas doenças.

Existem critérios de distância mínima de um aterro sanitário e um curso de

água, uma região populosa e assim por diante. No Brasil, recomenda-se

distância mínima de um aterro sanitário para um curso de água deve ser de

400m.

2.1.1.2 Operação

A recepção dos resíduos inicia-se com

a entrada do veículo (viatura em Portugal)

de transporte de resíduos no aterro

sanitário e a pesagem na balança. Depois

de feito o controle na entrada e efectuada

a pesagem, o veículo desloca-se até à

zona de deposição, avança até à frente de

trabalho, procedendo à descarga dos resíduos. Em seguida, o veículo passa

pela unidade de lavagem dos rodados (quando houver) e é novamente pesado

para a obtenção da tara, de forma a ficar registado o peso líquido da

quantidade de resíduo transportada.

A operação segura de um aterro sanitário envolve empilhar e compactar os

resíduos sólidos e cobri-lo diariamente com uma camada de solo. A

compactação tem como objectivo reduzir a área ocupada e aumentar a área

disponível prolongando a vida útil do aterro, ao mesmo tempo que o propicia a

firmeza do terreno possibilitando seu uso futuro para outros fins. A cobertura

diária do solo evita que os resíduos permaneçam a céu aberto, com possível

Page 23: Portfólio

contacto com animais (pássaros) e sujeito a chuva, e também para diminuir a

liberação de gases mal cheirosos, bem como a disseminação de doenças.

2.1.1.3 No Brasil

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) define da seguinte

forma os aterros sanitários: "aterros sanitários de resíduos sólidos urbanos,

consiste na técnica de disposição de resíduos sólidos urbanos no solo, sem

causar danos ou riscos à saúde pública e à segurança, minimizando os

impactos ambientais, método este que utiliza os princípios de engenharia para

confinar os resíduos sólidos ao menor volume permissível, cobrindo-os com

uma camada de terra na conclusão de cada jornada de trabalho ou à intervalos

menores se for necessário."

2.1.1.4 Em Portugal

2.2 BIBLIOGRAFIA

Revista Isto É, Artigo "As Chuvas da Morte", publicado na revista IstoÉ, em

9 de maio de 1984.

http://pt.wikipedia.org

Page 24: Portfólio

3 Recursos Naturais

“Os recursos naturais são componentes, materiais ou não, da paisagem

geográfica, mas que ainda não tenham sofrido importantes transformações

pelo trabalho humano e cuja própria gênese é independente do Homem, mas

aos quais lhes foram atribuídos, historicamente, valores econômicos, sociais e

culturais. Portanto, só podem ser compreendidos a partir da relação homem-

natureza. Os recursos naturais são muito importantes para o Mundo.

O termo surgiu pela primeira vez na década 1970, por E.F. Schumacher no

seu livro intitulado Small is Beautiful.

Nem todos os recursos que a natureza oferece ao ser humano podem ser

aproveitados em seu estado natural. Quase sempre o ser humano precisa

trabalhar para transformar os recursos naturais em bens capazes de satisfazer

alguma necessidade humana. Os recursos hídricos, por exemplo, têm de ser

armazenados e canalizados, quer para consumo humano directo, para

irrigação, ou para geração de energia hidrelétrica.

Os recursos podem ser:

Não-renováveis: São aqueles que de maneira alguma não se renovam, ou

demoram muito tempo para se produzir. Exemplos: petróleo, ferro, ouro.

Inesgotáveis: Recursos que não se acabam, como o Sol e o vento.”

Fonte:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Recurso_natural

3.1 RECURSOS RENOVÁVEIS

“Os recursos são considerados renováveis quando possibilitam a sua

utilização sistemática sem risco de se esgotarem. A sua reposição ou

regeneração é feita de forma contínua pela Natureza. Em termos de reservas

naturais, trata-se de um bem ilimitado.

Page 25: Portfólio

Face às perspectivas de esgotamento das fontes energéticas que têm vindo

a ser utilizadas, em virtude do progresso da Humanidade se verificar a um

ritmo crescente, nomeadamente no que diz respeito ao desenvolvimento

industrial, procura-se cada vez mais recorrer a soluções alternativas de

produção energética. Estas novas soluções baseiam-se no aproveitamento dos

recursos renováveis. São exemplos de fontes energéticas renováveis: o sol, a

força das ondas, marés e rios, o vento, a geotermia resultante de

manifestações de vulcanismo e a biomassa. Os principais obstáculos que se

colocam ao uso generalizado das energias obtidas a partir das fontes

anteriormente referidas não são de ordem tecnológica, mas fundamentalmente

de natureza económica e cultural. Este tipo de soluções determina, por um

lado, investimentos iniciais superiores àqueles que são efectuados quando se

recorre às fontes energéticas tradicionais não renováveis. Por outro lado, existe

uma falta de hábito, quase generalizada à maior parte das instituições, de

encarar este tipo de soluções ainda que esses investimentos possam ser

rapidamente amortizados. A situação de desaproveitamento deste tipo de

recursos é sobretudo flagrante nos países em desenvolvimento que, apesar de

reunirem as condições ideais para o seu aproveitamento, não possuem

capacidade económica e tecnológica para os explorar.

São exemplo de energia renovável:

• O Sol: energia solar

• O vento: energia eólica

• Os rios e correntes de água doce: energia hidráulica

• Os mares e oceanos: energia maremotriz

• As ondas: energia das ondas

• A matéria orgânica: biomassa, biocombustível

• O calor da Terra: energia geotérmica

• Água salobra: energia azul

Entre estes, iremos destacar:

3.1.1 O Biocombustível

Page 26: Portfólio

Biocombustível é qualquer combustível de origem biológica, desde que não

seja de origem fóssil. É originado de mistura de uma ou mais plantas como:

cana-de-açúcar, mamona, soja, cânhamo, canola, babaçu, lixo orgânico, dentre

outros tipos. Existem vários tipos de biocombustíveis, mas os principais são: a

biomassa, o bioetanol, o biodiesel e o biogás.

3.1.1.1 Biomassa:

É uma fonte de energia limpa e renovável disponível em grande abundância

e derivada de materiais orgânicos. Todos os organismos capazes de realizar

fotossíntese (ou derivados deles) podem ser utilizados como biomassa.

Exemplo: restos de madeira, estrume de gado, óleo vegetal ou até mesmo o

lixo urbano. O máximo está sendo feito para obter a energia da biomassa, já

que o petróleo e o carvão mineral têm prevenções de acabar, a energia

eléctrica está cada vez mais escassa (já que essa energia depende da força da

água) e a energia nuclear é perigosa. Outro factor importante é que a

humanidade esta produzindo cada vez mais lixo e esse lixo também é capaz de

produzir energia, isso ajuda a resolver vários problemas: diminuição do nível de

poluição ambiental, contenção do volume de lixo das cidades e aumento da

produção de energia. Vantagens: energia limpa e renovável, menor corrosão

de equipamentos, os resíduos emitidos pela sua queima não interferem no

efeito estufa, ser uma fonte de energia, ser descentralizadora de renda, reduzir

a dependência de petróleo por parte de países subdesenvolvidos, diminuir o

lixo industrial (já que ele pode ser útil na produção de biomassa), ter baixo

custo de implantação e manutenção.

3.1.1.2 Bioetanol

O bioetanol é a obtenção do etanol através da biomassa, para ser usado

directamente como combustível ou se juntar com os ésteres do óleo vegetal e

formar um combustível, a esse processo se dá o nome de transesterificação. O

etanol é um álcool incolor, volátil, inflamável e totalmente solúvel em água,

derivado da cana-de-açúcar, do milho, da uva, da beterraba ou de outros

cereais, produzido através da fermentação da sacarose. Comercialmente, é

conhecido como álcool etílico e sua fórmula molecular é C2H5OH ou C2H6O.

Page 27: Portfólio

O etanol é hoje um produto de diversas aplicações no mercado, largamente

utilizado como combustível auto motivo na forma hidratada ou misturado à

gasolina. Também tem aplicações em produtos como perfumes,

desodorizantes, medicamentos, produtos de limpeza doméstica e bebidas

alcoólicas. Merece destaque como uma das principais fontes energéticas do

Brasil, além de ser renovável e pouco poluente. O Brasil é hoje o maior

produtor mundial de etanol, que, quando utilizado como combustível em

automóveis, representa uma alternativa à gasolina de petróleo. Destacam-se

na produção do etanol os estados de São Paulo e Paraná, respondendo juntos

por quase 90% da safra total produzida. Além disso, o Brasil lidera a produção

mundial de cana-de-açúcar (principal matéria-prima do etanol), sendo essa

uma indústria que movimenta vários bilhões de dólares por ano. Isso

representa uma menor dependência do Brasil ao petróleo.

3.1.1.3 Biodiesel

O biodiesel é derivado de lipídicos orgânicos renováveis, como óleos

vegetais e gorduras animais, para utilização em motores de ignição por

compressão (diesel). É produzido por transesterificação e é também um

combustível biodegradável alternativo ao diesel de petróleo, criado a partir de

fontes renováveis de energia, livre de enxofre em sua composição. É obtido a

partir de óleos vegetais como o de girassol, nabo forrageiro, algodão, mamona,

soja.

3.1.2 A Energia Eólica

A energia eólica tem sido aproveitada desde a antiguidade para mover os

barcos impulsionados por velas ou para fazer funcionar a engrenagem de

moinhos, ao mover as suas pás. Nos moinhos de vento a energia eólica era

transformada em energia mecânica, utilizada na moagem de grãos ou para

bombear água. Os moinhos foram usados para fabricação de farinhas e ainda

para drenagem de canais, sobretudo nos Países Baixos.

Page 28: Portfólio

Fonte: http://moinhosdeportugal.no.sapo.pt/Peniche.jpg

Na actualidade utiliza-se a energia eólica para mover aerogeradores -

grandes turbinas colocadas em lugares de muito vento. Essas turbinas têm a

forma de um cata-vento ou um moinho. Esse movimento, através de um

gerador, produz energia eléctrica. Precisam agrupar-se em parques eólicos,

concentrações de aerogeradores, necessários para que a produção de energia

se torne rentável, mas podem ser usados isoladamente, para alimentar

localidades remotas e distantes da rede de transmissão. É possível ainda a

utilização de aerogeradores de baixa tensão quando se trate de requisitos

limitados de energia eléctrica.

A energia eólica é hoje considerada uma das mais promissoras fontes

naturais de energia, principalmente porque é renovável, ou seja, não se esgota.

Além disso, as turbinas eólicas podem ser utilizadas tanto em conexão com

redes eléctricas como em lugares isolados.

Em 2005 a capacidade mundial de geração de energia eléctrica através da

energia eólica era de aproximadamente 59 giga watts, - o suficiente para

abastecer as necessidades básicas de um país como o Brasil - embora isso

represente menos de 1% do uso mundial de energia.

Em alguns países, a energia eléctrica gerada a partir do vento representa

significativa parcela da demanda. Na Dinamarca esta representa 23% da

produção, 6% na Alemanha e cerca de 8% em Portugal (dados de Setembro de

Page 29: Portfólio

2007) e na Espanha. Globalmente, a geração através de energia eólica mais

que quadruplicou entre 1999 e 2005.

A energia eólica é renovável, limpa, amplamente distribuída globalmente, e,

se utilizada para substituir fontes de combustíveis fósseis, auxilia na redução

do efeito estufa.

O custo da geração de energia eólica tem caído rapidamente nos últimos

anos. Em 2005 o custo da energia eólica era cerca de um quinto do que

custava no final dos anos 90, e essa queda de custos deve continuar com a

ascensão da tecnologia de produção de grandes aerogeradores. No ano de

2003 a energia eólica foi a forma de energia que mais cresceu nos Estados

Unidos.

A maioria das formas de geração de electricidade, requerem altíssimos

investimentos de capital e baixos custos de manutenção. Isto é particularmente

verdade para o caso da energia eólica, onde os custos com a construção de

cada aerogerador podem alcançar milhões de reais, os custos com

manutenção são baixos e o custo com combustível é zero. Na composição do

cálculo de investimento e custo nesta forma de energia levam-se em conta

diversos factores, como a produção anual estimada, as taxas de juros, os

custos de construção, de manutenção, de localização e os riscos de queda dos

geradores. Sendo assim, os cálculos sobre o real custo de produção da energia

eólica diferem muito, de acordo com a localização de cada parque eólico.

Apesar da grandiosidade dos modernos moinhos de vento, a tecnologia

utilizada continua a mesma de há 1000 anos, tudo indicando que brevemente

será suplantada por outras tecnologias de maior eficiência, como é o caso da

turbo vela, uma voluta vertical apropriada para capturar vento a baixa pressão

ao passar nos rotores axiais protegidos internamente. Esse tipo não oferece

riscos de colisões das pás com objectos voadores (animais silvestres) e não

interfere na áudio visão. Essa tecnologia já é uma realidade que tanto pode ser

introduzida no meio ambiente marinho como no terrestre.

Page 30: Portfólio

Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/8/87/ParqueEolicoLousa.JPG

3.1.3 A Energia Geotérmica

Energia geotérmica ou energia geotermal é a energia obtida a partir do calor

proveniente da Terra, mais precisamente do seu interior. Devido a necessidade

de se obter energia elétrica de uma maneira mais limpa e em quantidades cada

vez maiores, foi desenvolvido um modo de aproveitar esse calor para a

geração de eletricidade. Hoje a grande parte da energia elétrica provém da

queima de combustíveis fósseis, como o petróleo e o carvão mineral, métodos

esses muito poluentes.

Para que possamos entender como é aproveitada a energia do calor da

Terra devemos primeiramente entender como nosso planeta é constituído. A

Terra é formada por grandes placas, que nos mantém isolados do seu interior,

no qual encontramos o magma, que consiste basicamente em rochas

derretidas. Com o aumento da profundidade a temperatura dessas rochas

aumenta cada vez mais, no entanto, há zonas de intrusões magmáticas, onde

a temperatura é muito maior. Essas são as zonas onde há elevado potencial

geotérmico.

Um exemplo da exploração dessa energia em Portugal é a Central

Geotérmica do Pico Vermelho, nos açores. Esta central geotérmica tem uma

potência líquida de 10 MW e uma produção anual de 80 GWh com um factor de

Page 31: Portfólio

recarga de 92%, demorou cerca de 60 meses a ser construída e atingiu um

montante global de investimento de cerca de 34,4 milhões de euros, co-

financiados pelo Programa Operacional de Desenvolvimento Económico e

Social dos Açores (PRODESA) em cerca de 28%.

Com a entrada em funcionamento desta central, a contribuição de origem

geotérmica para o sistema electroprodutor da ilha de São Miguel em 2007 foi

da ordem dos 37%.

Fonte: http://www.energiasrenovaveis.com/images/upload/per0043_1.jpg

Fonte: http://img232.imageshack.us/img232/8823/figura1uu1.jpg

3.2 RECURSOS NÃO - RENOVÁVEIS

Page 32: Portfólio

São recursos naturais que, uma vez consumidos, não podem ser

substituídos, pelo menos num espaço de tempo razoável. São produtos

resultantes de processos extremamente lentos da litosfera, e não são auto-

renováveis no esquema humano das coisas. De maneira geral, os recursos

minerais consideram-se pertencentes a estes recursos sujeitos a

desaparecerem.

São aqueles cujas reservas são limitadas e estão sendo devastadas com a

utilização. As principais são a energia nuclear e os combustíveis fósseis

(petróleo, gás natural e carvão).

3.2.1 Combustíveis Fósseis

Os combustíveis fósseis podem ser usados na forma sólida (carvão), líquida

(petróleo) ou gasosa (gás natural). Segundo a teoria mais aceite, foram

formados por acumulações de seres vivos que viveram há milhões de anos e

que foram fossilizados formando carvão ou hidrocarboneto. No caso do carvão

se trata de bosques e florestas nas zonas úmidas e, no caso do petróleo e do

gás natural de grandes massas de plâncton acumuladas no fundo de bacias

marinhas ou lacustres. Em ambos os casos, a matéria orgânica foi

parcialmente decomposta, pela acção da temperatura, pressão e certas

bactérias, na ausência de oxigênio, de forma que foram armazenadas

moléculas com ligações de alta energia.

Se distinguem as "reservas identificadas", embora não sejam exploradas, e

as "reservas prováveis", que poderão ser descobertas com tecnologias futuras.

Segundo os cálculos, o planeta pode fornecer energia para mais 40 anos (se

for usado apenas o petróleo) e mais de 200 (se continuar a usar carvão).

3.2.1.1 Consequências Ambientais

Dentre as conseqüências ambientais do processo de industrialização e do

inerente e progressivo consumo de combustíveis fósseis - leia-se energia -,

destaca-se o aumento da contaminação do ar por gases e material particulado,

provenientes justamente da queima destes combustíveis, gerando uma série

de impactos locais sobre a saúde humana. Outros gases causam impactos em

regiões diferentes dos pontos a partir dos quais são emitidos, como é o caso da

chuva ácida.

Page 33: Portfólio

A mudança global do clima é um outro problema ambiental, porém bastante

mais complexo e que traz consequências possivelmente catastróficas. Este

problema vem sendo causado pela intensificação do efeito estufa que, por sua

vez, está relacionada ao aumento da concentração, na atmosfera da Terra, de

gases que possuem características específicas. Estes gases permitem a

entrada da luz solar, mas impedem que parte do calor no qual a luz se

transforma volte para o espaço. Este processo de aprisionamento do calor é

análogo ao que ocorre em uma estufa - daí o nome atribuído a esse fenômeno

e também aos gases que possuem essa propriedade de aprisionamento parcial

de calor, chamados de gases do efeito estufa (GEE), dentre os quais destaca-

se o dióxido de carbono (CO2).

É importante notar que o dióxido de carbono, bem como os outros GEE em

geral (vapor d'água, por exemplo), não causam, em absoluto, nenhum dano à

saúde e não "sujam" o meio ambiente. Seria incorreto classificar estes gases

como poluentes -, já que os mesmos não possuem as duas características

básicas de um poluente segundo a definição tradicional do termo (idéia de

dano à saúde e/ou sujeira). Todavia, novas definições de poluição, mais

técnicas e abrangentes, fizeram-se necessárias e surgiram ao longo da última

década, fazendo com que os gases de efeito estufa fossem classificados como

poluentes.

3.2.1.2 Importância Económica

O aumento do controle e do uso, por parte do Homem, da energia contida

nesses combustíveis fósseis foi determinante para as transformações

econômicas, sociais, tecnológicas - e infelizmente ambientais - que vêm

ocorrendo desde a Revolução Industrial.

Pelo aumento do preço dos combustíveis fósseis e da poluição ambiental, a

Europa está a procurar soluções energéticas alternativas (como os

biocombustíveis, a electricidadee o hidrogénio). Até 2020 a União Europeia

prevê aumentar para 10% a percentagem de energias renováveis utilizadas

nos transportes rodoviários.

Page 34: Portfólio

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Coal.jpg

3.2.2 Energia Nuclear

Os núcleos atômicos de elementos pesados como o urânio, podem ser

desintegrados (fissão nuclear ou cisão nuclear) e liberar energia radiante e

cinética. Usinas termonucleares usam essa energia para produzir electricidade

utilizando turbinas a vapor.

Energia nuclear consiste no uso controlado das reações nucleares para a

obtenção de energia para realizar movimento, calor e geração de eletricidade.

Existem duas formas de aproveitar a energia nuclear para convertê-la em

calor: A fissão nuclear, onde o núcleo atômico se subdivide em duas ou mais

partículas, e a fusão nuclear, na qual ao menos dois núcleos atômicos se unem

para produzir um novo núcleo.

A fissão nuclear do urânio é a principal aplicação civil da energia nuclear. É

usada em centenas de centrais nucleares em todo o mundo, principalmente em

países como a França, Japão, Estados Unidos, Alemanha, Brasil, Suécia,

Espanha, China, Rússia, Coreia do Norte, Paquistão e Índia, entre outros. A

principal vantagem da energia nuclear obtida por fissão é a não utilização de

combustíveis fósseis].

O emprego pacífico ou civil da energia de fusão está em fase experimental,

existindo incertezas quanto a sua viabilidade técnica e econômica.

O processo baseia-se em aquecer suficientemente núcleos de deutério até

obter-se o estado plasmático. Neste estado, os átomos de hidrogênio se

Page 35: Portfólio

desagregam permitindo que ao se chocarem ocorra entre eles uma fusão

produzindo átomos de hélio. A diferença energética entre dois núcleos de

deutério e um de hélio será emitida na forma de energia que manterá o estado

plasmático com sobra de grande quantidade de energia útil.

A principal dificuldade do processo consiste em confinar uma massa do

material no estado plasmático já que não existem reservatórios capazes de

suportar as elevadas temperaturas a ele associadas. Um meio é a utilização do

confinamento magnético.

Apresentamos aqui algumas vantagens e desvantagens:

Vantagens:

• não contribui para o efeito de estufa (principal);

• não polui o ar com gases de enxofre, nitrogénio, particulados, etc.;

• não utiliza grandes áreas de terreno: a central requer pequenos

espaços para sua instalação;

• não depende da sazonalidade climática (nem das chuvas, nem

dos ventos);

• pouco ou quase nenhum impacto sobre a biosfera;

• grande disponibilidade de combustível;

• é a fonte mais concentrada de geração de energia

• a quantidade de resíduos radioactivos gerados é extremamente

pequena e compacta;

• a tecnologia do processo é bastante conhecida;

• o risco de transporte do combustível é significativamente menor

quando comparado ao gás e ao óleo das termoelétricas;

• não necessita de armazenamento da energia produzida em

baterias;

Desvantagens:

• necessidade de armazenar o resíduo nuclear em locais isolados e

protegidos;

Page 36: Portfólio

• necessidade de isolar a central após o seu encerramento;

• é mais cara quando comparada às demais fontes de energia;

• os resíduos produzidos emitem radiactividade durante muitos

anos;

• dificuldades no armazenamento dos resíduos, principalmente em

questões de localização e segurança;

• pode interferir com ecossistemas;

• grande risco de acidente na central nuclear;

• os impactos ambientais causados pela deposição do resíduo

radioactivo não são muito maiores que os impactes do lago de uma

hidroeléctrica.

Fonte:

http://www.infopedia.pt/$recursos-renovaveis

http://www.infopedia.pt/$recursos-nao-renovaveis

http://www.energiasrenovaveis.com/index.asp?ID_area=1

Page 37: Portfólio

4 Factores de Risco

4.1 AGENTES INFECCIOSOS

Os mais simples são os vírus, cuja estrutura é muito rudimentar, pois nem

sequer são compostos com os elementos necessários para obterem energia e

para se reproduzirem por si próprios, o que os obriga a invadir as células do

organismo, tornando-se patogénicos.

As bactérias são igualmente simples, já que são constituídas por uma única

célula completa, embora mais primitiva do que as presentes no nosso corpo.

Existe uma grande variedade de bactérias, a grande maioria felizmente

inofensiva ou benéfica para o ser humano, mas outras são patogénicas e

algumas extremamente perigosas.

Os fungos são um pouco mais complexos, já que podem ser unicelulares ou

pluricelulares e são capazes de se reproduzirem por vários mecanismos.

Apesar de existirem igualmente milhares de espécies, apenas cerca de uma

centena pode provocar doenças infecciosas no ser humano.

Os protozoários são organismos unicelulares pertencentes ao reino animal,

embora muito primitivos no interior deste grupo de seres e com uma vida

parasitária. Do total de protozoários conhecidos, poucas dezenas actuam como

parasitas do ser humano, provocando doenças.

Por último, também podem agir como parasitas do ser humano vários

helmintes, ou seja, vermes, cujo organismo é muito mais complexo do que o de

todos os anteriores e que, por vezes, alcançam dimensões consideráveis.

Dado que é extremamente importante conhecer a estrutura dos vários

agentes infecciosos e parasitários, o modo como obtêm a sua nutrição, os seus

mecanismos de reprodução e outras questões básicas que, em conjunto,

permitem compreender os mecanismos de contágio e a natureza das doenças

que nos podem causar, as próximas páginas são dedicadas ao seu estudo

pormenorizado.

Fonte: http://www.medipedia.pt/home/home.php?module=artigoEnc&id=565

Page 38: Portfólio

4.2 AGENTES IRRITANTES

Certas substâncias irritam a pele e outras produzem uma reação à qual as

pessoas são “alérgicas” - ambas desencadeiam dermatite em algumas

pessoas. É importante ter condições de diferenciar os dois tipos. Como

exemplo de substâncias irritantes citamos os detergentes, sabões, produtos

para limpeza doméstica, tintas, colas, grandes variações de temperatura em

termos meteorológicos, ar condicionado, certas verduras/legumes e sucos de

frutas.

Fonte: http://www.pdamed.com.br/diciomed/pdamed_0001_00733.php

ESTUDOS RECENTES SUGEREM RELAÇÃO ENTRE ALERGIAS E

POLUIÇÃO AMBIENTAL

O barulhento despertar da rotina citadina, as filas intermináveis de carros a

destilarem monóxido de carbono, o respirar apressado dos que estão em cima

da hora para «picar o ponto». Este é, notoriamente, o «cartão de visita» mais

comum do urbano amanhecer.

No entanto, pode-se pintar outros retratos dos tempos modernos: as

pessoas passam a maior parte do tempo fechadas, dentro de gigantescos

edifícios, com um ar (muito) condicionado.

«Estas condições promovem o contacto prolongado com a mucosa nasal, já

debilitada pela poluição ambiental e pela polissensibilização, provocada pelos

ácaros [escondidos nas alcatifas e colchões]. A “síndrome dos edifícios

doentes” está associada a um aumento dos sintomas da asma e outras

doenças alérgicas», salienta a Dr.ª Erkka Valovirta, alergologista pediátrica e

ex-presidente da Federação Europeia de Alergologia (FEA), em artigo

publicado no Journal of the World Allergy Organization.

O incremento de agentes alergénicos mais graves, aos quais as pessoas se

expõem diariamente, dentro e fora de espaços fechados, promove o

desenvolvimento e agrava as alergias no meio citadino.

Page 39: Portfólio

Vários estudos sugerem que existe uma interacção entre as alergias e a

poluição ambiental. «Estes factores podem promover o desenvolvimento de

eczema atópico e sintomas alérgicos», observa Erkka Valovirta.

O estilo de vida actual, marcado pelo stress e por um ritmo agitado, pode,

em grande parte, favorecer o aparecimento de alergias. Segundo a

especialista, «os doentes urbanos enfrentam uma “poluição social”, com

elevados níveis de agentes alergénicos dentro e fora de portas».

Para além de critério ambiental, os novos hábitos de vida, que comportam

«uma variedade de mudanças, particularmente o consumo de certos alimentos,

podem despoletar uma reacção alérgica». A comercialização de frutos

exóticos, fora do local onde habitualmente são produzidos, pode contribuir para

um aumento das reacções alérgicas.

O organismo, como não está familiarizado com certas substâncias

alimentares, activa o sistema imunitário, provocando uma reacção alérgica.

Como prevenir as alergias?

Existem certas substâncias que podem despoletar uma alergia, pelo que

devem ser identificadas e evitadas. Ao longo da vida, podem-se desenvolver

novas alergias.

É possível adquirir uma extensa gama de produtos para a casa, que

permitem evitar as alergias, desde desumidificadores, protecção alergénica

para a cama e produtos específicos de higiene.

A medicação (anti-histamínicos, imunoterapia e corticosteróides intranasais)

serve para aliviar os sintomas, incluindo a rinite alérgica persistente e

intermitente (sazonal). Apesar de todas as possibilidades de tratamento, o

doente deve consultar o médico assistente que, perante os sintomas,

aconselha a terapêutica mais adequada para cada caso.

Rinite alérgica no primeiro lugar da tabela

Um estudo conduzido pela Federação Europeia de Alergologia (FEA), em

2005, que analisou 3562 inquéritos, concluiu que 62% dos indivíduos sofrem de

rinite alérgica.

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O mesmo ensaio identificou doentes com condições alérgicas adicionais:

asma (43%); alergias alimentares (29%) ou urticária (19%). Os resultados

indicam que mais de 50% dos doentes sofrem de rinite alérgica há, pelo

menos, 11 anos.

Mais de metade dos inquiridos referiu que, para combater as alergias,

optaram por fazer algumas mudanças em casa. As medidas mais comuns

foram a aquisição de desumidificadores ou purificador de ar (31%) e a troca de

mobília (30%). Segundo este estudo, «a maioria das medidas revelou-se

ineficaz».

Assim, para prevenir ou controlar a rinite alérgica, 66% dos doentes foram

medicados com anti-histamínicos.

Alergias e sintomas

• Rinite alérgica: é uma designação médica que inclui sintomas ao nível do

nariz. A rinite alérgica pode ter as seguintes manifestações: congestão nasal,

espirros frequentes, prurido nasal e ocular e dificuldades respiratórias.

• Rinoconjuntivite: é uma forma de rinite alérgica, que engloba a

perturbação das vias nasais e oculares.

• Asma alérgica: dificuldades respiratórias, tosse e pieira.

• Eczema alérgico e dermatite atópica: os sintomas mais frequentes são

comichão, pele seca e escamação.

• Urticária: edema da pele, acompanhada por comichão e ardor.

• Anafilaxia: é uma reacção alérgica aguda, que pode começar por edemas

da boca, língua, lábios, pele e pálpebras.

Em casos mais graves, as reacções podem progredir até ao vómito,

respiração arquejante, dificuldades respiratórias e colapsos cardiovasculares.

Se não for devidamente tratada, as reacções da anafilaxia podem ser fatais.

Glossário

Doença alérgica: condição clínica que resulta de uma reacção alérgica;

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Reacção alérgica: através do contacto com determinados produtos, o corpo

responde com sintomas alérgicos: obstrução nasal, lacrimejo e edema da pele,

etc.;

Desencadeantes: é um factor externo que despoleta uma reacção alérgica,

quando a pessoa contacta com alergénios tais como o tabaco, poluição interior

e exterior e stress psicológico.

Anti-histamínicos: medicamentos usados no tratamento das reacções

alérgicas, reduzindo o seu impacto.

Fonte:

http://www.jasfarma.pt/artigo.php?publicacao=sp&numero=57&artigo=3

4.3 AGENTES MUTAGÉNICOS

Considera-se agente mutagénico qualquer factor físico ou químico que pode

alterar o código genético de um indivíduo.

A informação genética que se encontra numa forma codificada constitui o

código genético.

A alteração brusca e imprevista do material hereditário denomina-se

mutação. Em certos casos, as mutações atingem uma pequena fracção da

molécula de ADN, afectando apenas um gene e denominam-se mutações

genéticas. Noutros casos, as mutações alteram o número ou a estrutura dos

cromossomas e designam-se mutações cromossómicas.

Os genes que se manifestam em determinadas circunstâncias dependem

das relações que se estabelecem com o código genético e o ambiente que

caracteriza essas circunstâncias.

Nem sempre essa interacção se realiza de um modo transitório. Factores

ambientais podem provocar alterações definitivas no ADN. Essas alterações

constituem mutações induzidas. Qualquer agente responsável por uma

mutação é um agente mutagénico e o processo que conduz ao seu

aparecimento denomina-se mutagénese.

Os agentes mutagénicos são os mais diversos: alterações ambientais,

radiações ultravioleta, raios X, substâncias químicas, agentes poluidores, etc.

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Fonte: http://www.infopedia.pt/$agentes-mutagenicos

5 Desenvolvimento Sustentável

5.1 CONCEITOS BÁSICOS

O Desenvolvimento Sustentável pressupõe a preocupação não só com o

presente mas com a qualidade de vida das gerações futuras, protegendo

recursos vitais, incrementando factores de coesão social e equidade,

garantindo um crescimento económico amigo do ambiente e das pessoas.

Esta visão integradora do desenvolvimento, com equilíbrio entre a

economia, a sociedade e a natureza, respeitando a biodiversidade e os

recursos naturais, baseado na solidariedade entre gerações e na co-

responsabilização e ajuda mútua entre os povos, constitui o pano de fundo das

políticas nacionais e internacionais de desenvolvimento sustentável.

É certo que a qualidade de vida tem melhorado para a maior parte das

pessoas, na maior parte dos países ao longo das últimas décadas. No entanto,

é certo também que as disparidades têm vindo a acentuar-se e a tendência de

degradação ambiental global tem aumentado.

No entanto, num mundo cada vez mais global há ainda um longo caminho a

percorrer na procura da sustentabilidade.

As pequenas ou grandes acções do dia a dia, na escola, na comunidade

local, na empresa ou na governação, podem contribuir para conciliar o conjunto

de forças, por uma melhor sustentabilidade.

Fonte:

http://www.apambiente.pt/politicasambiente/DesenvolvimentoSustentavel/Pagin

as/default.aspx

5.2 ACTUAÇÃO RESPONSÁVEL

O programa voluntário Actuação Responsável (Responsible Care)

representa o compromisso e a iniciativa da Indústria Química mundial para a

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garantia e desenvolvimento da segurança e prevenção ambiental em todas as

fases do ciclo de vida dos produtos.

Trata-se de um compromisso voluntário da Indústria Química mundial

mediante o qual as empresas se comprometem unilateralmente a melhorar

continuamente o seu desempenho em saúde, segurança e ambiente, dando

público testemunho do seu comportamento e dos progressos alcançados, na

procura de um desenvolvimento sustentável.

O programa Actuação Responsável nasceu no Canadá em 1987, por

iniciativa da Associação Canadiana de Produtores de Química (CCPA), e está

implementado em 52 países.

Em 1993 a APEQ - Associação Portuguesa das Empresas Químicas aderiu

ao programa Actuação Responsável.

As empresas do CQE que aderiram a este programa, têm dirigido os seus

esforços, por um lado na promoção da informação sobre o programa, seus

indicadores e objectivos e, por outro lado, na sua implementação efectiva.

Desta forma se reforça o compromisso estabelecido no sentido de

prosseguir através de novos passos e iniciativas a interacção e diálogo com a

comunidade onde nos inserimos.

As empresas portuguesas subscritoras dos princípios da Actuação

Responsável declaram o seu compromisso na construção de um

desenvolvimento sustentável baseado no equilíbrio assente em três pilares:

protecção ambiental, emprego e crescimento económico na linha da

competitividade. Este compromisso assume-se em sintonia com os objectivos

da Comunidade Europeia expressos no Tratado de Amesterdão, e com os

objectivos estratégicos afirmados nos Conselhos Europeus de Lisboa e

Gotemburgo.

Fonte:

http://195.22.26.121:81/APEQ_Site/BackOffice/ler_ficheiro.aspx?idDocumento=

1000396

5.3 INDICADORES

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O objectivo fundamental que suporta a monitorização do estado do

ambiente e da sustentabilidade é a melhoria da qualidade das decisões na

gestão da sustentabilidade. São necessárias relações mais estreitas entre os

resultados da monitorização da sustentabilidade e as respostas políticas dos

decisores.

A utilização de indicadores - transmitindo informação técnica e científica de

forma sintética e inteligível, preservando o significado original dos dados -

apresenta-se actualmente como uma ferramenta essencial na gestão e

avaliação da sustentabilidade. Os indicadores de desenvolvimento sustentável

constituem um instrumento fundamental no contexto da avaliação do

desempenho da sustentabilidade ao nível dos países, das regiões, das

comunidades locais, das actividades económicas, das organizações públicas e

privadas, de políticas, missões, projectos, actividades, produtos e serviços.

À semelhança dos seus congéneres existentes à escala mundial, o Sistema

de Indicadores de Desenvolvimento Sustentável (SIDS) nacional surge para

dar resposta à necessidade de avaliar o progresso do país em matéria de

sustentabilidade, possibilitando estabelecer a ligação com os principais níveis

de decisão estratégica – políticas, planos e programas – de âmbito nacional,

regional e sectorial.

A primeira edição formal do SIDS nacional, publicada em 2000 (“Proposta

para Sistema de Indicadores de Desenvolvimento Sustentável”, DGA, 2000) foi

o culminar dos trabalhos iniciados em 1997, com uma edição intermédia em

1998 que constituiu o suporte para o desenvolvimento de vários trabalhos

sobre indicadores de integração ambiental em cinco sectores de actividade

económica: turismo, transportes, indústria, agricultura e energia. Assim, a par

com as principais iniciativas internacionais neste domínio, Portugal apresentou

uma plataforma de indicadores ambientais, sociais, económicos e

institucionais, assente no modelo Pressão-Estado-Resposta, seleccionados

com base na sua relevância no contexto nacional. Esta proposta, amplamente

discutida no seio do Ministério do Ambiente, traduzia uma primeira versão para

consulta e participação pública. Continha a particularidade de, para cada

indicador, apresentar a possibilidade de avaliar as assimetrias regionais, de

forma a avaliar a variação regional de um determinado indicador.

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Do trabalho desenvolvido ao longo dos últimos anos na área de indicadores

de desenvolvimento sustentável no Instituto do Ambiente e, a partir de Maio de

2007, na APA, tendo por base o estudo de outros sistemas de países e

organizações internacionais de referência, revisão bibliográfica e contactos

bilaterais com os múltiplos “actores” do desenvolvimento sustentável, assim

como avaliando e integrando as reflexões e comentários recebidos sobre o

SIDS 2000, resultou a edição de 2007 do SIDS Portugal.

Fonte: http://www.apambiente.pt/Instrumentos/sids/Paginas/default.aspx