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INSTITUTO DIVINA PASTORA
PORTFÓLIO PROJETO POLÍTICAS PÚBLICAS
“A EDUCAÇÃO QUE TRANSFORMA”
EDUCAÇÃO INFANTIL
Professores:
BRUNO VILAZ
LUCIANA GLAD
JEANE MASCARENHAS
Coordenadora Pedagógica:
Daniela Scotti
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ALUNOS
ALEXIA RADZINSKY
ANA LUIZA BARBOSA VELEDA
ANTÔNIO AKIHIRO YAMADA ALEGRIA
ARTHUR SOARES LIODORO
BEATRIZ SANTA ROSA CASTRO
BEATRIZ SAEMI NISHIOKA
CAIO OLIVEIRA
CAROL RUMIATTO PIRES FERREIRA
DANIEL LOBO MAINARDI
ENZO CAMPOS NEVES
GABRIELA LORO SOUZA CARMO
GABRIELA CARDOSO JOENCK
GUSTAVO BARROS DE SOUZA
JOANA ALMEIDA MARINHO
KETELLY VITÓRIA CORRÊA DE MELO
LORENZZO INACIO JESUS
LUISA SOBRAL PINHEIRO
MARIA EDUARDA CORRÊA DE MELO
MARIA EDUARDA PINHEIRO DOS SANTOS
MATIAS OSMAN ESCORSE
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MIGUEL PINA FURTADO
MURILLO CURTI VIDEIRA
NINA NORONHA NOVO
NOAH MELO PIMENTA
PEDRO CALAZANS DE PAIVA
RAFAELLA FREITAS DE OLIVEIRA
SARAH DE PASQUALI RICCI
SOPHIA MIKI TODESCHINI PEREGO KIMURA
VALENTINA CERAGIOLI MATOS DE CHAGAS
VICTORIA SANTOS MEIRA
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JUSTIFICATIVA
Uma Educação transformadora nasce de atitudes de conhecimento e exploração do
universo da criança e do que está a sua volta. Na infância, a criança se dispõe a construir
pensamentos e se desperta interesse em conhecer novas habilidades. As conexões de
aprendizagem ocorrem pela observação, escuta, toque, pensamento, fala. As linguagens são
ampliadas conforme a estimulação e experiências múltiplas.
Esse processo ocorre de maneira orgânica, considerando que a criança pensa e toca, toca
e pensa: e assim ela explora o mundo. E, dentro desse mundo de exploração, a criança percorre
caminhos de descobertas.
As relações de cultura e
diversidades devem estar próximas
da criança. O conhecimento de
mundo passa por ensaios de artes,
músicas, arquitetura, dança,
dramatização, entre outros. Sendo
assim, a criança percebe a
profundidade e a importância dela
mesma conquistar o seu espaço.
Esse protagonismo nasce de suas
atitudes pensadas e de sua visão
cultural. Um pensar do mundo por
meio de seus olhares.
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) norteia as ações da criança para a prática de
pensar, manipular, conhecer, observar, investigar e explorar os conhecimentos do mundo físico e
sociocultural. A experiência deve fazer parte do processo de desenvolvimento da criança,
ocorrendo de maneira lúdica, efetiva e significativa.
OBJETIVO
Construção de cenários autênticos e criativos, propiciando a sensibilidade em conhecer e
despertar experiências inovadoras, a partir dos pensamentos e sensações.
A intenção pedagógica é levar a criança à exploração, à observação do meio e dos
objetos, aguçando o espírito científico, ampliando a atitude de descoberta e aprendizagem
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permanente, preparando-a para uma cidadania efetiva e comprometida com a sociedade e suas
ações políticas, dando ênfase aos “Direitos da Criança, pelo Brincar e Educação”.
O PONTO DE PARTIDA
A discussão verbal e o encorajamento foram fundamentais para o início do
desenvolvimento do Projeto “Educação que Transforma”.
O entusiasmo nas reuniões entre professores e crianças foi transformando os
pensamentos e as relações de conhecimentos prévios numa virtuosa esfera de ideias. Os
talentos e habilidades não ficaram de fora: cada criança foi valorizada e enaltecida com a
intenção de transpassar os objetivos propostos ao longo das experiências e explorações.
“- Aproveitaremos os desenhos, as pinturas, as histórias, a força de cada criança” Mestra
Luciana Glad disse, durante a reunião com as turmas dos Níveis I, II e III B.
Outro momento marcante aconteceu na mesma semana, quando recebemos a visita e
aprendemos muito com a Arquiteta e Urbanista Carla Estrella Machado, mãe dos alunos Caio
Estrella Machado (6º ano A do Ensino Fundamental II) e Matheus Estrella Machado (2ª série do
Ensino Médio), que explicou as práticas de desenvolvimento de Projetos na sua área de trabalho.
Sua palestra motivou nossas crianças a criar e despertar o interesse por aplicações de ideias,
conceitos essenciais para a nossa Educação Transformadora, que nortearam as primeiras
execuções.
Visualização do projeto de arquitetura no tablet.
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1ª ESTAÇÃO – SOLTANDO IDEIAS
O brincar heurístico - Explorações do ambiente.
O espaço é um convite para explorar folhas, gravetos, galhos, carvão entre outros
elementos. A ideia é valorizar o material e dar sentido às autênticas descobertas, apreciando as
falas e pensamentos das crianças durante o processo de exploração.
Iniciamos com o seguinte questionamento: O que acontece quando as crianças
combinam um elemento com o outro?
Aproveitem para apreciar as obras de arte feita de maneira cooperativa e criativa, além de
conferir alguns pensamentos agregados durante as produções.
O DINOSSAURO
Em nossas observações atentas em busca de diferentes aprendizagens, a turma do
período vespertino foi encorajada a explorar diversas realidades. Ao se depararem com uma
enorme folha de palmeira pendurada em seu grande
tronco, um foi chamando a atenção do outro e
começaram a relatar suas características, elaborar
pensamentos, certezas, dúvidas com entusiasmo e
criatividade.
As crianças se dispuseram a imaginar em que
poderiam transformar a folha de palmeira e, assim,
começou a aventura.
Alguns pensaram em uma máquina gigante,
outros em um bicho-preguiça, outros, um tamanduá.
Por fim, decidiram que seria um dinossauro das
cavernas. “- Olha, um dinossauro! Mas, ele só tem um
braço!”, disse o aluno
Matias Escorse.
Soltaram sua criatividade colando caroços de abacates
para os olhos, tubos para os dentes afiados e garras. Passaram
momentos tranquilos e prazerosos enfeitando e adornando o
grande dinossauro. Ideias foram surgindo: “- Ele pode ter um
braço invisível”, disse Beatriz Nishioka.
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E as discussões preencheram o silêncio durante a confecção: “- Os caçadores atacaram
os Dinossauros... e nunca mais existem. Eles morreram com um meteoro!” disse Caio Oliveira. E
complementou Beatriz Nishioka: “- Eles (os dinossauros) existiam antes de Jesus Cristo nascer”.
Já, o aluno Matias Escorse teve a ideia de fazer um curativo para recuperar o Dinossauro.
O AVIÃO
O que será que podemos construir
com esses galhos grandes? Perguntaram
os professores. A resposta foi imediata: “-
Um avião!” Responderam as crianças
envolvidas no processo de
desenvolvimento do Projeto. A brincadeira
começou quando dirigimos nossas
movimentações pelos espaços da escola,
visualizando a natureza e sua diversidade.
A coleta de folhas e galhos, despertaram
o interesse e a satisfação da turma em produzir coisas.
Coisas criativas, que pudessem dar formas significativas de
seus interesses, permeando habilidades de maneira coletiva.
O Miguel pegou dois galhos e disse que poderiam ser
um piloto e copiloto. Aos poucos, foram preenchendo os
galhos grandes com outros gravetos e criando formas e
representações dos passageiros. O Pedro construiu as
turbinas com rolos e algodão; já, as meninas tiveram a ideia
de fazer roupas para seus passageiros.
A NATUREZA E A DESCOBERTA
“- As flores são bonitas, tem cheiro bom.” Ketelly Vitoria
“- Essa folha é amarela, eu gosto dela.” Valentina
Ceragioli
“- Eu gostei dessa folha, ela parece um coração, eu
gosto de coração.” Beatriz Nishioka
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A liberdade e a autonomia em brincar com recursos da natureza garantem o movimento
pela expressão e profundidade da criação. Um encontro com o novo brincar, que não estabelece
barreiras de aprendizagem. Livremente, a criança constrói suas composições, sendo artísticas ou
gráficas, diante do contexto que o ambiente proporciona.
O comportamento é espontâneo, não tem certo
ou errado, apenas a determinação em fazer coisas
diferentes, produzir a originalidade e o encontro com
beleza das suas produções.
A tecnologia e o registro gráfico também foram
ferramentas essenciais para o nosso trabalho. As
crianças vivenciaram e exploraram suas obras com o
recurso de sombra do projetor, desenhando o avião
(turma matutino) e o dinossauro (turma vespertino). Depois, reproduzimos composições artísticas
com técnicas de colagem de folhas e escrita com carvão.
2ª ESTAÇÃO – PENSAMENTOS AO VENTO
“O que está ao seu redor?”
A nossa escola está localizada próximo ao Aeroporto de Congonhas e as rotas áreas são
visíveis em todos os ambientes. A partir desse contexto, levantamos hipóteses em conjunto com
as crianças, promovendo a curiosidade e o questionamento como fonte inspiradora para o
processo do funcionamento dos aviões e suas interferências.
Durante os questionamentos, aguçamos a curiosidade e a percepção da criança: Por que
passa avião sobre a nossa escola? Quantos aviões passam a cada 10 minutos? Como funciona o
aeroporto? Como construir uma cabine de piloto? Como funciona o sistema de segurança? Quem
inventou o primeiro avião? Quantos lugares tem um avião? Podemos levar animais no avião?
Será que ele aguenta muito peso? Quantas malas
podemos levar no avião? Se o piloto sentir dor de
barriga, o que faremos? Se o avião cair, o que fazer?
O que alimenta o avião? Quem voa mais rápido: os
aviões ou os passarinhos?
Iniciamos por meio de observações em vários
lugares do colégio, fizemos um levantamento de dados
e registramos os pensamentos das crianças:
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“- Sabe por que aqui passa muito avião? Porque aqui tem um aeroporto.”
Sophia Miki
“- Porque tem lugares que todo mundo gosta de ir”
Ketelly Vitoria
“- É um bem-te-vi!”
Ana Luiza Veleda
“- Sabe por que o céu fica longe? Porque se ele ficar perto, as nuvens vão cair.”
Lorenzzo Jesus
“- O avião não anda rápido, só o jato, o jato anda mais rápido do que o avião.”
Matias Escorse
“- Ele foi pra praia.” Murillo Videira
“- Eu nunca fui para Suécia.” Alexia Radzinsky
“- Eu não tive medo do avião quando fui viajar.” Sarah Ricci
“- Quando o avião desce, a barriga tem medo” Daniel Lobo
“- Quando eu ficar rico, eu vou para todos os lugares.” Antônio Alegria
As crianças Enzo Campos e Arthur Liodoro ficaram exaltados com os vídeos com
aviões pousando no aeroporto. E repetiram diversas vezes: “- Eu sou o avião!”
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DECOLAGEM DO CONHECIMENTO
“Apertem o cinto, que a potência dos motores está ligada para a transformação da
Educação do nosso país!”
A busca do conhecimento pode ser comparada como fase inicial do voo de um avião, que
busca a velocidade necessária para obter a sustentação e subir. A decolagem e a aprendizagem
foram aliadas para transportar o Instituto Divina Pastora para altos voos.
Acreditamos que a convivência e novas experiências são combustíveis para o futuro das
nossas PEQUENAS crianças.
Para enriquecer o nosso projeto, convidamos o Aeronauta Willian Augusto Joenck, Piloto
da companhia aérea LATAM Airlines Group S/A e pai da
aluna Gabriela Joenck do Nível III A (período matutino).
O Piloto Willian iniciou sua majestosa palestra
apresentando seus sonhos no tempo de criança, seu
interesse pelo conhecimento da profissão e sua carreira.
Sempre enfatizando a importância de estudar, cuidar da
saúde e valorizar os educadores.
Durante a apresentação dos slides, William fez questão de explicar detalhes da
preparação para o voo e os comandos na cabine do piloto. Explicou, também, sobre como
funcionam um aeroporto, a torre de controle,
embarque, bagagem e o tráfego de aviões.
As crianças da Educação Infantil
ficaram eufóricas com os vídeos e fotos,
realizaram diversas perguntas e
compreenderam como o avião percorre o ar.
Teve até experiência com papel e vento pela
criançada.
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Por fim, trocamos lembranças dessa linda viagem pelo conhecimento e esperamos
continuar nossa aventura pela experiência, conquistando novos lugares e despertando o
interesse pelo compromisso com a sociedade. Como faz o Piloto Willian: responsável por
pessoas no céu e levando conhecimento aqui na terra. “Como foi incrível esse dia!”
Apontamos os principais elementos presentes na aviação e realizamos o dia do desenho
do Projeto do Avião, com a intenção de promover a liberdade de expressão da criança diante dos
primeiros conhecimentos adquiridos durante a Palestra do Piloto Willian.
LINGUAGENS GRÁFICAS DAS CRIANÇAS
O registro é uma ferramenta importante para memória
da criança, uma oportunidade de ampliar sua reflexão sobre
conteúdo explorado.
Suas ideias, observações, recordações e sentimentos
são essenciais para um projeto efetivo e significativo, com novas
modelagens de aprendizagem.
Depois de observar e conhecer conceitos primordiais
para aviação, reservamos um espaço para suas representações
gráficas, direcionadas na ordem investigativa das características
de elementos importantes do Projeto Avião.
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A organização e a participação das crianças agitaram as estruturas da Educação Infantil.
E a ansiedade transbordou o desejo de construir um avião.
O engajamento permitiu a produção de seus próprios projetos. E, como em todo projeto,
decisões foram necessárias durante o esforço de escolher o que seguiria como base para
construção do avião. Daí, surgiu a ideia de realizar uma assembleia geral para votar no projeto
mais interessante.
No período matutino, os Projetos de Joana Almeida Marinho e Pedro Calazans de Paiva
foram escolhidos pela turma. Depois, realizamos um 2º turno com a intenção de escolher
somente um projeto para continuar os trabalhos. A votação, feita através do gráfico corporal,
resultando o projeto de Joana como o mais votado pelos membros da assembleia.
Já, no período vespertino, os projetos escolhidos para o 2º turno foram de Alexia
Radzinsky, Ana Luiza Veleda, Sarah de Pasqualii e Beatriz Nishioka. A votação, feita por
quantificação de palitos de sorvete, teve como vencedora a aluna Beatriz com a maioria de
aprovação da assembleia geral.
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A CONSTRUÇÃO DO AVIÃO
Desenho na mão e ideias à solta para a construção do sonhado avião.
Através do debate, entendemos que deveríamos iniciar a criação obtendo uma base fixa,
como aprendemos com a arquiteta Carla Estrella
Machado.
Providenciamos algumas ripas de madeira
para formarmos a base com a ajuda do Zelador Dalfan
Oliveira da Silva. As crianças realizaram a medição
por meio de suas pegadas, como também pela
utilização do tamanho de seus corpos em pé e braços
abertos, delimitando o tamanho e o espaço que o
avião teria.
Base montada, todos resolveram pintar as madeiras com capricho e espírito de
coletividade, deixando a base do avião bonita e arrumada. Foi maravilhoso vê-los tão
empenhados, atentos e caprichosos neste trabalho. Alguns tiveram até que descansar, pois a
tarefa foi árdua e exigiu do esforço de todos.
Este desafio foi inovador e prazeroso, observamos a liberdade e a confiança das
crianças. A capacidade e a conexão com o projeto promoveram a prática de suas habilidades e
potencialidades.
A culminância deste Projeto será apresentada no dia 26 de outubro de 2019, na Feira de
Ciências e Cultural do Instituto Divina Pastora.
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O MUSEU DA IMAGINAÇÃO E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA O
PROJETO EDUCAÇÃO QUE TRANSFORMA
A relação da criança com projetos é algo que desperta seu interesse, logo percebemos
seu envolvimento e o desejo por criar coisas.
A criança, ao se relacionar com novidades, se
sente confortável e empenhada para projetar
suas ideias, fazendo diversas coisas ao
mesmo tempo. Apropria-se de aprendizagens,
faz questionamentos e apresenta muita
interação com tudo que a cerca.
O Museu da Imaginação foi uma
experiência de imersão nas sensações.
Projetou as crianças a imaginar e a observar a
importância das invenções para humanidade.
As invenções de Leonardo da Vinci saíram do papel e transportaram as conexões da
criança com o mundo. A tentativa do projeto do barco com pás molhou e refrescou a energia da
criançada, que ficaram impressionadas com a estética colorida e atrativa do museu. Se Da Vinci
inventou o navio com casco, as crianças mergulharam no oceano infinito de alegria e arte.
Os pensamentos de Da Vinci levaram as crianças às alturas, a movimentação fez a
criançada pular de um lado para o outro com as
ideias e a vontade de voar, esteve presente no
espaço do projeto aeroplano, que proporcionou
a conexão direta com o projeto do avião
desenvolvido na escola.
No próximo passo, a arte de da Vinci
com seu famoso quatro de Monalisa
transformou o ambiente em um ateliê de
artistas aventureiros, aprendendo a enxergar o
coração da Itália e perceber que “tudo se
conecta a tudo”, palavras de Da Vinci.
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A ideia de ir ao Museu da imaginação partiu do desejo de levar as crianças a refletir suas
potencialidades, habilidades e perceber que Leonardo da Vinci teve seu caderno de anotações,
inspirações que levaram à busca da competência, e genialidade, como percebemos nos
movimentos das máquinas de guerra que tiveram influência da época de suas instabilidades.
Quando encontramos o espaço do artista Monet, mergulhamos em sua obra e lembramos
das vivências do faz de conta com tecidos utilizados no quintal da escola. A conexão dos espaços
garantiu a brincadeira exploratória dos objetos
expostos, criando uma diferente atmosfera de
sensação no espaço.
O brincar é fundamental para a criança
e, quando essa brincadeira parte da situação
construtiva, cria-se um importante conceito de
cooperação e amizade. Culturalmente, somos
movidos pela construção e trabalho. As
relações sociais são exploradas pela criança
em busca por interesses próprios e condições
de conviver em sociedade.
Por fim, abrimos as portas para brincar, imaginar que podemos subir, descer,
movimentar, dançar, cantar, equilibrar, sonhar, vestir, pedalar, escalar, sentir, transmitir... O
Museu da Imaginação foi isso e mais um pouco, escondido no subconsciente de nossas crianças
da Educação Infantil.
METADE PÁSSARO / METADE AVIÃO
“- Um pássaro avião indo para Paris.” Antônio Alegria
“- O meu é veloz, tem patas e penas. Fogos de artifício e defesa de abelhas.” Daniel Lobo
Os olhos e janelas, as asas de pássaros e de aviões encontram-se nos desenhos
representados pelas crianças. A origem da simbolização partiu de conversas sobre a saída
pedagógica ao Museu da Imaginação e ao espaço destinado às invenções de Leonardo da Vinci
e suas representações por meio de registros.
A fusão das imagens é relatada de diferentes formas pelas características de percepção e
visualmente representadas por desenhos que retratam o olhar da criança.
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Ornitóptero
“Este projeto foi desenhado, aproximadamente, em
1485. O ornitóptero é um equipamento de voo que obtém a
sustentação e a propulsão a partir do movimento alternativo
das asas, como ocorre com algumas aves e/ou insetos.
Neste caso, a invenção de Da Vinci tinha a forma das asas
de um pássaro.”
Fonte: https://historiadigital.org/curiosidades/10-grandes-invencoes-de-leonardo-da-vinci/. Acesso 16 de
outubro de 2019.
AUTORRETRATO E O AEROPORTO
O autorretrato desenhado pelas crianças
da Educação Infantil simboliza o encontro do Eu e
as percepções das emoções.
No aeroporto, percebemos é um momento
especial, sensível, marcado pela alegria, a
emoção, saudade, despedidas, encontros e
reencontros, sentimentos no mundo inteiro.
A identidade da criança e seu autorretrato
são faces que representam suas formas e o sentimento de sua existência: olhar para si mesmo,
reconhecendo as diferenças entre pessoas e expressões.
ESTAÇÃO 3: ESPAÇO SENSAÇÕES
“Cuidado com Lobo mau! O gigante vai te
pegar.”
Um roteiro, uma história, uma brincadeira,
personagens em uma floresta. Elementos que
proporcionaram a ideia de faz de conta que envolveu as
crianças no jogo de pega-pega, estabelecendo a ludicidade
e cultura no universo dos contos de fadas.
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Os tecidos representaram a floresta e foram
elementos importantes para brincadeira. A partir daí, a
diversão transformou o ambiente em uma sensação
única de aspectos característicos do jogo. Nesta ficção,
a criança acredita que realmente está escondendo-se;
estabelece a inversão dos papéis e a necessidade do
acordo entre o grupo.
ESTAÇÃO 4 – NA BATIDA DOS
SENTIMENTOS
“Parque Sonoro no Nosso Quintal”
As primeiras experiências com som e
suas diferenças mexeram com a percepção e
sensibilidade de nossas crianças.
Acomodamos as turmas diante do som
na natureza e acrescentamos alguns elementos
com materiais de sucata. A manipulação,
exploração e combinações de diferentes
materiais fizeram surgir diversos sons, ritmos, muita liberdade e alegria no nosso quintal,
contribuindo para o desenvolvimento criativo e a
composição sonora com diferentes elementos.
“- Eu sonhei que estava numa
floresta, e eu estava nadando na cachoeira.”
Joana Marinho
“- Eu sonhei que estava na floresta e
senti uns sinos tocando.”
Maria Eduarda Pinheiro
“- Eu senti muito barulhos interessantes, que estava na selva, no reino das
brincadeiras.” Carol Ferreira
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EXPERIÊNCIA MUSICAL
O encontro na sala de música foi uma
experiência inesquecível para nossas crianças!
O professor de música Rafael preparou
o ambiente e todos ficaram encantados pelos
instrumentos e a produção dos sons. O piano e
a bateria movimentaram as crianças, permitindo
experimentar sensações únicas que só a
música proporciona.
Depois de algumas demonstrações, o
professor Rafael explicou a diferença do som
agudo e grave, convidando todos para tocar e se
encantar com a batida e o toque dos
instrumentos expostos na sala.
Essa experiência serviu de trampolim
para criar alguns instrumentos de sucata e
materiais alternativos. Relacionaram-se
musicalidade e a criatividade com as
composições artísticas e os meios de perceber o
som nos diferentes materiais presentes: plásticos, latas, papéis, vidros, copos, entre outros.
A SEMENTE SONORA
A surpreendente descoberta foi relatada pelo aluno
Miguel Pina Furtado:
“- Estava com minha mãe e vi um monte de semente
na árvore perto da minha casa, recolhi e coloquei dentro do
saquinho.”
Logo, acomodamos a turma em roda para escutar a
incrível notícia de Miguel.
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As crianças do Nível III A e Nível I A
ficaram impressionados com a sensibilidade do
som das sementes, expandindo os
conhecimentos sobre sua textura, tamanho e
peso.
Durante a apreciação, os comentários
afirmaram o sucesso de sua extraordinária
descoberta. Como disse Pedro Calazans: “-
Parece um chocalho. Chocalha! Chocalha”!” e
Antônio Alegria, completou:” - Nossa, que máximo!”
BRINCADEIRA COLETIVA: “PEGA – COPO – PASSA – COPO”
QUER PRATICAR O RITMO E ATENÇÃO?
O jogo do “pega copo” foi lançado para nossas crianças e garantiu a diversão e o trabalho
em grupo, aproveitando a melodia e a musicalidade de qualidade que só o Grupo Palavra
Cantada, proporciona à todos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Por fim, o Projeto “Educação que Transforma” alcançou os objetivos propostos,
principalmente ligados aos “Direitos da Criança: da Educação e do Brincar.” As produções dos
trabalhos desenvolvidos permitiram a visualização da interdisciplinaridade mencionada na
proposta da BNCC de maneira construtiva e colaborativa entre professores e crianças envolvidas
no processo, a fim de conscientizá-los na importância da nossa cultura e cidadania.
Equipe de professores da Educação Infantil
Instituto Divina Pastora
2019