Porque vacinar contra o HPV

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PROGRAMA DE RASTREAMENTO E DETECÇÃO PRECOCE DO CÂNCER DE COLO DE ÚTERO DA CRS NORTE PORQUE VACINAR CONTRA O HPV? MAGNÓLIA G. BASTOS ASSESSORA TÉCNICA DA CRS NORTE/ SMS-PMSP COORDENADORA DO PROGRAMA

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Esclarecimentos sobre a vacinação contra o HPV nas escolas da DE Leste 4.

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PROGRAMA DE RASTREAMENTO E DETECÇÃO PRECOCE DO CÂNCER DE COLO DE ÚTERO DA CRS NORTE

PORQUE VACINAR CONTRA O HPV?

MAGNÓLIA G. BASTOS ASSESSORA TÉCNICA DA CRS NORTE/ SMS-PMSP COORDENADORA DO PROGRAMA

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O QUE É HPV?

Existem mais de 150 tipos diferentes de HPV, dos

quais cerca de 45 tipos infectam a área ano-genital

masculina e feminina.

HPV ou Papilomavírus humano (Human

papillomavirus) é um vírus capaz de causar lesões

de pele ou mucosa, que habitualmente regridem

espontaneamente por ação do sistema imunológico.

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Quais são os tipos de HPV?

Os diferentes tipos são denominados por números de acordo

com sua descoberta e sequenciamento genético.

Dos 45 tipos infectam a área ano-genital masculina e

feminina há 2 grupos importantes:

de Alto Risco Oncogênico associados ao câncer genital

de Baixo Risco Oncogênico, associados a lesões benignas.

Do grupo de alto risco, os HPV 16 e 18 são responsáveis por

70% dos casos de câncer do colo uterino.

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Como o HPV se transmite? A transmissão do HPV se faz por contato direto com a pele

ou mucosa infectada.

A maioria das vezes (95%) através da relação sexual, mas

em 5% das vezes poderá ser através das mãos contaminadas

pelo vírus, objetos, toalhas e roupas, desde que haja

secreção com vírus vivo em contato com pele ou mucosa não

íntegra.

A transmissão da infecção pelo HPV independe do sexo, sendo facilmente transmitidas do homem para a mulher e vice versa

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Como o HPV atua no colo uterino?

O HPV oncogênico penetra na célula desencadeando uma

série de alterações no seu funcionamento.

As células alteradas passam a fabricar novas cepas do virus

e, ao mesmo tempo, as mudanças induzidas nelas – Atipias –

evoluem lentamente até as transformarem em células

cancerígenas (esta transformação é lenta variando de 10 a

15 anos)

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O CÂNCER DE COLO DE ÚTERO É IMPORTANTE NO BRASIL?

O câncer de colo de útero é o segundo mais frequente entre as brasileiras – o Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima em 18 mil o número de novos casos diagnosticados por ano.

Em algumas regiões do país é a primeira causa de morte feminina por Câncer.

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COMO ALTERAR ESTE CENÁRIO? Até 2000, a única arma de que se disponha era o Papanicolaou: detecta as atipias, portanto, a lesão precursora já está instalada – PREVENÇÃO SECUNDÁRIA.

Toda mulher com vida sexual ativa deve realizar o Papanicolaou de rotina a partir de 25 anos e, se tiver 2 exames normais no intervalo de 1 ano, pode passar a realiza-lo a cada 3 anos.

O Papanicolaou: é um exame simples, de fácil realização, indolor, barato, e disponível em toda a rede de saúde pública e privada.

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A partir de 1990, ao se estabelecer a relação Câncer X HPV, a comunidade científica iniciou a busca por uma vacina – PREVENÇÃO PRIMÁRIA - isto é, o organismo é ensinado a se defender do vírus produzindo anticorpos que o destroem.

Até 2013, a vacina estava disponível no Brasil na rede privada de saúde a um custo médio de R 900,00.

Em 2000 a vacina foi criada e em 2006 alguns países introduziram a vacinação em meninas no calendário vacinal.

A vacina não é o vírus, é uma parte retirada dele e,

portanto, induz à proteção sem causar a doença.

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A VACINA É PERIGOSA?

As milhões de doses já aplicadas em todo o

mundo atestam a segurança e a eficácia das vacinas hoje disponíveis.

Eventos adversos apresentam reversão rápida, sem

qualquer consequência residual.

Podem ocorrer desmaios – e é recomendado que a vacina

seja aplicada com a menina sentada, porém este é um

fenômeno extremamente comum na adolescência e está

relacionado à administração de qualquer medicação ou

vacina injetáveis

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COMO E ONDE VACINAR ? O esquema adotado pelo Ministério da Saúde é o estendido:

1ª dose, 2ª dose seis meses depois e 3ª dose após cinco anos da 1ª dose

A via de aplicação da vacina é intramuscular.

Vacinar na escola é uma importante estratégia para o alcance da cobertura vacinal. É também menos traumático, uma vez que a menina estará no seu ambiente e com suas coleguinhas.

Dia 10/03 – Início da vacinação em todo o país nas escolas públicas e particulares.

Existem no município: 1.600 escolas públicas e 1.396 escolas particulares.

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QUEM DEVE SER VACINADO? A vacina quadrivalente papilomavírus humano (HPV) 6,11,16 e 18 será oferecida em 2014 no Sistema Único de

Saúde/SUS gratuitamente para meninas nascidas entre 01 de janeiro de 2000 a 31 de dezembro de 2003

A vacinação será iniciada em 10 de março de 2014.

A meta é alcançar 80% de cobertura vacinal, gerando

uma “imunidade coletiva”, ou seja, reduzindo a transmissão

mesmo entre as pessoas não vacinadas.

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Cronograma de Vacinação

Doses Esquema Estratégia

1ª dose 0

Escolas públicas e

privadas e Unidade de

saúde

2ª dose

(Setembro)

6 meses após a

primeira Unidade de Saúde

3ª dose 5 anos (60 meses)

após a primeira Unidade de Saúde

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ORIENTAÇÕES IMPORTANTES

Adolescente que iniciou a vacinação HPV em clínica particular, a necessidade de nova dose, será avaliada através da carteira de vacina pela equipe de saúde.

É importante ter o cartão SUS, porém, não ter o cartão não é impeditivo para vacinar.

A campanha deverá ser divulgada nos grupos educativos existentes nas UBS, nas reuniões escolares, nas atividades extramuros da escola e da UBS.

IMPORTANTE trazer a carteira de vacina no dia da vacinação

A DIVULGAÇÃO É FUNDAMENTAL!

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SEXO SEGURO

ORIENTAÇÃO E INFORMAÇÃO

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VAMOS ACABAR COM O CÂNCER DE COLO DE ÚTERO ?

a melhor forma é a estratégia que combina a prevenção primária (vacina) – forma

mais eficiente de evitar a infecção – com a secundária, que detecta as lesões de

colo (Papanicolaou).

Meninas 11 a 13 anos

VACINA HPV

Mulheres a partir dos 25 anos com vida

sexual ativa

PAPANICOLAOU

ADOLESCENTES PAIS ESCOLAS UBS COMUNIDADE