PORQUE NÃO EXISTE MAGIA MAIOR QUE O AMOR · fatos já bem conhecidos por todos – a face de magia...

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PORQUE NÃO EXISTE MAGIA MAIOR QUE O AMOR Dora Craice

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PORQUE NÃO EXISTE MAGIA MAIOR QUE O

AMOR

Dora Craice

Dora Craice

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POR QUE NÃO EXISTE MAGIA MAIOR QUE O AMOR

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PORQUE NÃO EXISTE MAGIA MAIOR QUE O AMOR

DORA CRAICE

1ª Edição

São Paulo

2013

Dora Craice

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TÍTULO ORIGINAL: Porque não Existe Magia Maior que o Amor

COPYRIGHT © 2013 by Dora Craice. Todos os direitos reservados.

É proibida a reprodução total ou parcial desta publicação, por qualquer meio e para

qualquer finalidade, sem a autorização por escrito da autora.

VERSÃO IMPRESSA E EM PDF: Editora PerSe

REVISÃO E DIAGRAMAÇÃO: Dora Craice

CAPA: Simplíssimo Livros (www.simplissimo.com.br)

ISBN E-BOOK (PDF): 978-85-8196-519-2

VERSÃO DIGITAL EM EPUB: Simplíssimo Livros (à venda nas principais livrarias

online).

ISBN EPUB: 978-85-8245-153-3

POR QUE NÃO EXISTE MAGIA MAIOR QUE O AMOR

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A todos os mestres espirituais que, ao longo dos milênios, vêm

iluminando, com seu Amor, os caminhos de todos os seres em evolução

com Gaia.

A Maria, eterna mãe, que incorporou com perfeição o conceito da

imaculada concepção em nosso planeta.

A Rabindranath Tagore, que infundiu Beleza à Devoção e, assim,

trouxe alento a muitos corações.

Dora Craice

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POR QUE NÃO EXISTE MAGIA MAIOR QUE O AMOR

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SUMÁRIO

Prólogo ............................................................................... 9

Capítulo I ......................................................................... 13

Capítulo II ........................................................................ 19

Capítulo III ....................................................................... 29

Capítulo IV ...................................................................... 41

Capítulo V ........................................................................ 53

Capítulo VI ...................................................................... 59

Capítulo VII ..................................................................... 69

Capítulo VIII .................................................................... 83

Capítulo IX ....................................................................... 95

Capítulo X ...................................................................... 103

Capítulo XI ..................................................................... 109

Capítulo XII ................................................................... 123

Capítulo XIII .................................................................. 129

Capítulo XIV .................................................................. 137

Capítulo XV ................................................................... 153

Capítulo XVI .................................................................. 161

Capítulo XVII ................................................................ 181

Capítulo XVIII ............................................................... 191

Capítulo XIX .................................................................. 207

Capítulo XX ................................................................... 221

Capítulo XXI .................................................................. 239

Dora Craice

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Capítulo XXII ................................................................. 249

Capítulo XXIII ............................................................... 259

Final ................................................................................ 265

Bibliografia e Leituras Recomendadas ...................... 273

POR QUE NÃO EXISTE MAGIA MAIOR QUE O AMOR

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PRÓLOGO

Enquanto as outras crianças eram ninadas com contos de

fadas, eu ouvia as histórias de meu pai. Ele me narrava fatos reais,

em que membros de minha família representaram papel de

destaque. Mas nas histórias de meu pai, assim como nos contos de

fadas, também havia magia. Magia, mistério, estranhos

acontecimentos e a eterna luta entre o bem e o mal... Aos poucos ele

me revelava a marcante sequência de eventos relacionados ao

renascimento de nosso planeta, eventos esses que hoje fazem parte

da História. E as imagens vívidas que criou em minha mente jamais

se dissiparam.

De meu pai herdei o gosto pela Literatura. De minha mãe,

uma grande capacidade de adaptação a qualquer situação e uma

profunda sensibilidade. Na verdade, em mim, essa sensibilidade

adquiriu um grau tão intenso que bem cedo na vida passei a

considerá-la um dom.

Sim, sempre tive o dom de entrar em sintonia com todas as

formas de vida existentes. Não me é difícil penetrar no âmago das

pessoas. Basta um olhar, um sorriso ou um simples gesto de

qualquer de meus semelhantes para que eu possa facilmente

adentrar no inusitado mundo de seus sentimentos e emoções.

Certamente, se eu quisesse, seria impossível que segredos me

fossem guardados. No entanto, com meus pais, aprendi a respeitar

a privacidade alheia...

Dora Craice

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Os Terapeutas me ensinaram outra coisa – a não me deixar

invadir pela gama de emoções e sentimentos que ainda hoje

envolve os seres humanos, ora como uma aura luminosa, ora como

uma sombra. Antes desse aprendizado, houve ocasiões em que me

senti corroída por uma tristeza intensa, que nem era minha. Outras

vezes, um excesso de euforia acabava por me conduzir através de

caminhos que jamais ousaria trilhar em sã consciência. E fico

imaginando como me teria sido difícil viver em meio ao caos de

emoções e sentimentos negativos e distorcidos que povoavam a

Terra no período anterior ao estabelecimento da Nova Idade do

Ouro, caso tivesse nascido naquela época.

Há muito aprendi não apenas a lidar com meu dom, como

também a utilizá-lo da melhor forma possível. E ainda o considero

uma dádiva e o aceito com gratidão e entusiasmo. O fato de

conhecer o íntimo das pessoas permitiu-me criar personagens

quase reais e enredos capazes de refletir a essência de meus leitores.

E, obviamente, isso em muito colaborou para o êxito profissional

que obtive.

Este trabalho que ora apresento é diferente de todos os

outros que produzi ao longo da vida. Dos meus noventa anos de

existência, setenta foram dedicados à Literatura. Desta vez não criei

mais uma obra de ficção. Quis apenas mostrar outra face de alguns

fatos já bem conhecidos por todos – a face de magia e mistério

revelada pelas lembranças de minha infância.

Na tentativa de obter um resultado satisfatório, fiz uma

minuciosa pesquisa nos arquivos históricos e, principalmente, li e

reli inúmeras vezes as anotações do diário de meu pai. Durante a

leitura, as cenas se sucediam em minha mente e eu tinha a nítida

impressão de ter vivido pessoalmente tudo aquilo que estava

descrito. Assim, não me foi difícil captar as vivências internas

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daqueles que há muito se foram. Portanto, se atingi, ao menos em

parte, o objetivo de dar um pouco mais de vida e cor à História, não

me cabe nenhum mérito. Mais uma vez, devo isso ao meu dom.

Aos meus leitores habituais causarei certa estranheza por

abordar alguns temas óbvios ou pelo excesso de explicações acerca

de fatos corriqueiros de conhecimento geral, as quais poderiam ser

julgadas dispensáveis. Porém, essa foi uma das exigências de meu

editor – que eu procurasse fazer-me entender por seres das mais

diversas civilizações. E isso é mais que compreensível nestes

tempos em que se intensifica o intercâmbio de obras literárias entre

os planetas membros da Confederação Intergaláctica. E o mais

importante é que, de uma forma ou de outra, este livro será

divulgado pelo próprio Departamento de Literatura da

Confederação em um planeta que se encontra atualmente em

situação similar à da Terra de noventa anos atrás, onde os fatos

aqui descritos se passaram. Dentro de algum tempo seus habitantes

terão de passar por prova semelhante. É minha intenção que estas

linhas os auxiliem.

Espero não ser mal interpretada se cheguei a mostrar

algumas peculiaridades de caráter dos principais personagens de

tais eventos, as quais poderiam ser consideradas fraquezas. Quero

deixar bem claro que não tive a menor intenção de criticar pessoas

com quem convivi e que me foram tão caras. Quis simplesmente

transmitir a lição que elas mesmas me legaram – “que nas

dimensões manifestas da existência, ainda naquelas mais sutis, é

necessário vigiar sem cessar, pois mesmo em meio a mais intensa

Luz se é possível desviar do Caminho. E isso ocorre quando

permitimos que a vaidade se introduza em nossos corações,

cegando-nos e fazendo-nos esquecer de que todo Poder presente

em nosso interior vem do Alto...”.

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CAPÍTULO I

“As trevas cobriam a face do abismo e o sopro de Deus pairava

sobre as águas.

Deus disse: – ‘Que se faça a Luz.’

E a Luz se fez.”

Gênesis I.2-3

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O sopro de Deus voltou a pairar sobre as águas e do caos

surgiu um mundo novo. Nos últimos tempos, Nicolas vinha

pensando com frequência no caos que imperava na Terra antes do

estabelecimento da Nova Idade do Ouro. Estava tão

profundamente mergulhado em seu mundo interior que nem

percebeu quando Natália entrou em seu escritório. Por isso,

sobressaltou-se quando ela lhe disse:

– Já é tarde. Você ainda não terminou de preparar sua aula?

Nicolas, como que retornando de outro mundo, só seu,

respondeu um tanto a contragosto:

– Eu nem ao menos decidi que tema irei abordar. Estive

pensando em mostrar uma das crônicas de Emma Perkins, mas

ainda estou em dúvida.

Natália, fingindo não ter percebido o desagrado

demonstrado por Nicolas em decorrência da interrupção,

continuou:

– Mas quem foi Emma Perkins? Eu jamais ouvi seu nome.

A pergunta de Natália bastou para despertar a veia de

educador, presente e muito forte em Nicolas. Suas feições logo se

transformaram e, com entusiasmo, ele iniciou uma longa

explicação:

– Trata-se de uma escritora que adquiriu certa notoriedade

no final do período do caos, mais precisamente no final do século

XX e início do século XXI. Agora ela vem sendo redescoberta e

confesso estar muito sensibilizado com seus trabalhos. Emma

iniciou sua vida profissional como médica e após algum tempo

começou a escrever sobre sua visão de saúde e doença. Graças à sua

experiência, por ter tratado individualmente de muitas pessoas,

aliada à sua sensibilidade e capacidade inata em enxergar além das

aparências, Emma chegou a produzir inúmeros livros sobre

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autocura e técnicas para a manutenção da saúde. A busca do

equilíbrio entre os aspectos físico, emocional, mental e espiritual do

ser humano representava a sua abordagem básica em terapia. Ela

seguia uma tendência que estava apenas se iniciando em seu tempo

e advogava com veemência que a verdadeira cura só pode vir do

interior de cada um.

E Natália, achando o tema um tanto impróprio para uma

aula de Literatura, interrompeu Nicolas:

– Não estou entendendo como tal assunto possa ser de

interesse em suas aulas...

– Calma Natália, ainda não terminei. É que Emma Perkins

seguiu uma trajetória de vida muito peculiar. Assim que se sentiu

mais à vontade em sua nova atividade, iniciou uma atuação

também no campo da ficção. Sem abandonar seus princípios éticos,

sua missão de educadora e sua dedicação às artes da cura, escreveu

romances nos mais variados estilos. Foi muito criativa, conseguindo

sempre manter um clima de suspense até o final de cada livro, além

de utilizar seus personagens para transmitir mensagens positivas e

construtivas, tão necessárias naquela época de caos em que vivia.

Alternava um humor muito sutil com um profundo discernimento

para mostrar seu grande conhecimento acerca da natureza humana,

o que fez com que atraísse a admiração de uma variada gama de

leitores.

– Então, por que a dúvida?

– É que em suas “Crônicas das Sombras”, que estou

pretendendo analisar com meus alunos, Emma mostrou algum

desânimo e descrença em relação à vida. Nessas crônicas, um lado

nebuloso, totalmente escondido nas demais obras, ficou

evidenciado.

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– É compreensível que, vivendo naqueles tempos difíceis,

ela tivesse suas fases sombrias.

Nicolas voltou a falar rapidamente, complementando a

ideia de sua companheira:

– Mas Emma demonstrava aceitar com naturalidade seus

períodos de negatividade. Sabia que assim como os ciclos se

sucedem na natureza, essas fases depressivas também não

durariam muito tempo e até poderiam ser bem curtas, se ela

reconhecesse e vivenciasse seus sentimentos com Sabedoria, ao

invés de reprimi-los ou negá-los.

– Pelo que você está me dizendo, posso deduzir que ela

tentava transformar e transmutar seus sentimentos inadequados. E,

certamente, a criação literária, como uma forma de arte, foi muito

importante nesse seu trabalho pessoal. E pensar que os nossos

Terapeutas dão grande importância a técnicas semelhantes e

empregam as artes em geral, especialmente a Música e a Escrita

Criativa ou Reflexiva, para equilibrar os nossos mais variados

estados emocionais.

Os dois continuaram a conversar por mais algum tempo até

que foram vencidos pelo sono. E Nicolas, embora ainda um pouco

relutante, concluiu que estava propenso a, no dia seguinte,

apresentar uma das crônicas de Emma Perkins aos seus alunos.

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CAPÍTULO II

“Sei que gostas do meu cântico. Sei que é só como um cantor que

posso estar diante de Ti.

Com a ponta da asa largamente aberta de meu cântico eu roço os

Teus pés que nunca esperei alcançar.

Bêbado de alegria de cantar, esqueço-me de mim mesmo e chamo-

Te Amigo, a Ti que és meu Senhor.”

Gitanjali

Rabindranath Tagore

Dora Craice

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“Também sei que gostas de meu cântico, ó Senhor,

principalmente quando consigo trazer para este nosso mundo de ilusões a

Luz que algumas vezes pude vislumbrar. Sei que, além dos pares de

opostos, existe um estado de consciência em que se é possível uma total

identificação com o Criador. Sei que, para os que descobriram os segredos

do eterno agora ou aprenderam a viajar pelas dimensões sutis da

existência, não existe a morte. E que aqueles que puderam penetrar nos

domínios da Luz, ainda que uma única vez, conseguem afastar para

sempre todo o medo.

Mas neste nosso mundo de conflitos há tão poucos focos de Luz,

que as trevas voltaram a cobrir a face do abismo.

E eu só tenho presenciado a cobiça e o desejo de poder dos que

juntaram muito mais que o suficiente para viver confortavelmente suas

curtas e inúteis vidas; muito mais que poderiam usufruir, mesmo que

vivessem por mil anos. Não percebem quão doentes estão, nem mesmo

quando sua doença se manifesta em nível físico e eles não conseguem

comprar a saúde com todo o ouro que acumularam.

Essa cobiça dos que detêm o poder tem conduzido o planeta a um

crescente estado de fome, pobreza e revolta. E para unir os humildes pelos

quatro cantos da Terra cresce a violência e o ódio.

Mas ainda existe o Amor... O Amor daqueles que se esqueceram

de si próprios e que, após uma vida de buscas, encontraram a Verdade no

interior de seus corações. Eles também são focos de Luz. No entanto, são

tão poucos que não conseguem iluminar esta escuridão sem fim.

E eu só tenho escutado o ruído. O ruído terrível e ensurdecedor

que nunca cessa nas grandes cidades e nos campos de batalha.

Mas ainda existe a Música... A Música dos grandes mestres,

sempre a derramar bênçãos sem fim. Existe a Natureza, que tenta entoar

Teu cântico, ó Senhor, para trazer conforto e alento a nossos corações.

Dora Craice

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No entanto, são tão poucos os que conseguem ouvir a Tua

Música, que um canto de dor se espalha por toda parte, enquanto a mãe-

Terra que nos alimenta e acolhe desde os primórdios vai sendo agredida e

destruída.

Mas ainda existe a Ciência... A Ciência que para muitos é a única

esperança de salvação.

Só que eu também conheço a estrada escura que muitos cientistas

escolheram trilhar e que os levou a domínios onde nem mesmo Tu ousaste

penetrar. Como “aprendizes de feiticeiro”, seduzidos pelo orgulho, fazem a

humanidade tremer quando constroem armas cada vez mais sofisticadas ou

quando tentam manipular irresponsavelmente os códigos genéticos,

atitudes essas de consequências totalmente imprevisíveis.

Mas ainda existem alguns desses maravilhosos cientistas que

foram capazes de enxergar a Unidade subjacente a todas as coisas. E,

sentindo essa Unidade, usam a linguagem da Ciência para nos ensinar a

Verdade, a mesma Verdade em que os antigos sábios e místicos se

aprofundaram com sua intuição. Eles também são focos de Luz e tentam

criar um mundo novo. No entanto, são tão poucos que não conseguem

iluminar esta escuridão sem fim.

Sei que não gostas de meu cântico, ó Senhor, quando assim me

expresso, mostrando descrença e amargura. Eu, que ouvi as palavras do

Mestre: ‘não resistais ao mal’ e que compreendi que o conflito só aumenta

a escuridão. Eu, que há muito tomei consciência de que, desde que fomos

expulsos do Éden, sempre estivemos às voltas com os pares de opostos: a

vida e a morte, o bem e o mal, o Sol e a Lua, o quente e o frio, o masculino e

o feminino...

E também sei que enquanto estivermos imersos exclusivamente

no relativo e dual mundo manifesto, nada mais nos resta a fazer senão

aprender a viver em equilíbrio em meio aos opostos. Isto, até que enfim

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encontremos o Santo Graal e então retornemos ao Paraíso Perdido, onde

tudo o que foi dividido volta a se reunir novamente.

Portanto, prometo a mim mesma que esta é a última vez que

assim escrevo. Que cada ser humano desperte e faça brilhar sua Luz

interior. Pois, quando muitos assim o fizerem, não mais haverá conflito

entre os opostos, as trevas deixarão de cobrir a face do abismo, o sopro de

Deus pairará sobre as águas e o cântico da Terra será uníssono com o som

dos Universos em Expansão na Luz.”

Do livro: Crônicas das Sombras de Emma Perkins

Nicolas chegou à escola muito cedo e ainda estava

ponderando se não seria um despropósito abordar o tema da

crônica de Emma Perkins com seus jovens alunos, tema esse um

tanto destoante em relação à realidade de sua época. Ele teria ainda

algum tempo para se decidir, já que, antes do início das aulas,

alunos e professores participariam de algumas atividades em

comum, as quais faziam parte da rotina diária. Todos praticariam

exercícios ao ar livre, que incluíam a antiquíssima “Saudação ao

Sol” ensinada pelos mestres iogues e exercícios respiratórios

indutores da concentração. Em seguida, seria executado um

pequeno ritual matinal no Templo do Raio Dourado existente na

própria escola.

A existência de Templos da Sabedoria nas escolas já era

quase uma regra naquela época e os mesmos eram muito

frequentados no decorrer do dia. É óbvio que essas visitas sempre

foram necessárias e proveitosas para pessoas cuja missão é levar a

Iluminação e a Sabedoria aos estudantes. E não há local mais

adequado para a busca de introspecção e inspiração.