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Por uma questão de sobrevivência Este texto é mais do que uma carta aberta é uma manifestação desesperada de milhares de microem presas que o Governo insiste em ignorar. Toda a sociedade e opinião pública tem de ter conhecimento que, neste momento, milhares de microempresas espalhadas por todo o país que estão a lutar dramaticamente pela sobrevivência. Empresas que, apesar da sua pequena dimensão, empregam no total milhares de pessoas, pagam os seus impostos e contribuem para a Segurança Social, dinamizam as economias locais e, não menos importante, prestam um serviço de enorme relevância às comunidades em que estão inseridas em áreas de enorme importância: a educação e a cultura. Estas microempresas de que estamos a falar são as pequenas livrarias, as que insistem em divulgar o livro e a cultura mesmo na mais recôndita localidade, num país com fracos índices de leitura e que tem uma relação cada vez mais difícil com o livro; as que sabem de cor as preferências e as necessidades dos seus clientes; que são o melhor exemplo do que é um serviço de proximidade. Ora, estas livrarias, que tanto têm lutado para se manterem de portas abertas na era do hiperconsumismo, estão a ser condenadas ao desaparecimento pelo atual Governo em consequência da forma como está a ser implementada a política de gratuitidade dos manuais escolares. Que não haja dúvidas a época escolar é, para a esmagadora maioria dos pequenos livreiros, o alicerce fundamental que permite o continuar da nossa atividade. Porque nesta altura as famílias procuram todo o material escolar, desde mochilas a cadernos, para além dos manuais, que muitas vezes acabam por ser o menos oneroso em consequência das promoções que são feitas. Também que não se pense que, nós, os livreiros, estamos contra a referida medida de gratuitidade perfeitamente legftima e bem-intencionada, ainda que com cada vez mais evidentes fragilidades. O que se contesta é que, através desta medida, se atribua às escolas o papel de entreposto comercial, desvirtuando as mais elementares regras de concorrência e de atividade económica. Mais ainda, que através desta medida se limite a liberdade de escolha das famílias quanto ao local de aquisição dos manuais escolares. O Governo e, muito concretamente, o Ministério da Educação está a incentivar as escolas a fazerem ajustes diretos e concursos para a compra dos manuais escolares do 1.9 ciclo que acabam, invariavelmente, por beneficiar os grandes espaços comerciais. Há, nestes processos, uma opacidade que preocupa e um desvirtuamento das regras de concorrência, em prejuízo claro das pequenas empresas mas, também, acreditamos que do próprio Estado e das famílias.

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Por uma questão de sobrevivência

Este texto é mais do que uma carta aberta — é uma manifestaçãodesesperada de milhares de microem presas que o Governo insiste emignorar.

Toda a sociedade e opinião pública tem de ter conhecimento que, neste momento, hámilhares de microempresas espalhadas por todo o país que estão a lutardramaticamente pela sobrevivência. Empresas que, apesar da sua pequena dimensão,empregam no total milhares de pessoas, pagam os seus impostos e contribuem para aSegurança Social, dinamizam as economias locais e, não menos importante, prestamum serviço de enorme relevância às comunidades em que estão inseridas em áreas deenorme importância: a educação e a cultura.

Estas microempresas de que estamos a falar são as pequenas livrarias, as que insistemem divulgar o livro e a cultura mesmo na mais recôndita localidade, num país comfracos índices de leitura e que tem uma relação cada vez mais difícil com o livro; as quesabem de cor as preferências e as necessidades dos seus clientes; que são o melhorexemplo do que é um serviço de proximidade.

Ora, estas livrarias, que tanto têm lutado para se manterem de portas abertas na erado hiperconsumismo, estão a ser condenadas ao desaparecimento pelo atual Governoem consequência da forma como está a ser implementada a política de gratuitidadedos manuais escolares.

Que não haja dúvidas — a época escolar é, para a esmagadora maioria dos pequenoslivreiros, o alicerce fundamental que permite o continuar da nossa atividade. Porquenesta altura as famílias procuram todo o material escolar, desde mochilas a cadernos,para além dos manuais, que muitas vezes acabam por ser o menos oneroso emconsequência das promoções que são feitas.

Também que não se pense que, nós, os livreiros, estamos contra a referida medida degratuitidade — perfeitamente legftima e bem-intencionada, ainda que com cada vezmais evidentes fragilidades. O que se contesta é que, através desta medida, se atribuaàs escolas o papel de entreposto comercial, desvirtuando as mais elementares regrasde concorrência e de atividade económica. Mais ainda, que através desta medida selimite a liberdade de escolha das famílias quanto ao local de aquisição dos manuaisescolares.

O Governo e, muito concretamente, o Ministério da Educação está a incentivar asescolas a fazerem ajustes diretos e concursos para a compra dos manuais escolares do1.9 ciclo que acabam, invariavelmente, por beneficiar os grandes espaços comerciais.Há, nestes processos, uma opacidade que preocupa e um desvirtuamento das regrasde concorrência, em prejuízo claro das pequenas empresas mas, também, acreditamosque do próprio Estado e das famílias.

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Nada disto se colocaria se houvesse o incentivo ao sistema de credenciais/vouchersentregues pelas escolas aos encarregados de educação, para que assim pudessemescolher livremente a livraria onde levantar os seus livros. Assim, garantia-se à partidao melhor serviço às famílias, uma melhor distribuição de oportunidades a todas aslivrarias e uma poupança de trabalho e de recursos às escolas.

Este sistema é, comprovadamente, o mais transparente, o mais justo, o maisdemocrático e, por conseguinte, o que melhor serve a distribuição gratuita dosmanuais escolares do 1.~ ciclo.

Acontece que o Ministério da Educação tem ignorado por completo as informações, osalertas e os apelos que os livreiros têm vindo a transmitir, como ainda recentementese verificou na derradeira Audição na Comissão Parlamentar de Educação e Ciência.Apesar de, em dezembro de 2016, o Coordenador dos deputados do Partido Socialistana Comissão de Educação e Ciência, Porfírio Silva, ter mostrado abertura e ter feito ecode supostas medidas do Ministério da Educação de incentivo ao sistema decredenciais/vouchers, a realidade veio contrariar essas intenções.

Perante a clareza, a justeza e a pertinência dos nossos argumentos, torna-se aindamais inexplicável e inaceitável o desprezo a que somos votados pelos responsáveisgovernamentais.

Daí esta carta aberta dirigida a quem se preocupa com a sobrevivência de milhares deempresas e a manutenção de milhares de empregos; com o incentivo das economiaslocais; com a importância do acesso ao livro e à cultura; com a relevância dospequenos livreiros enquanto rede de agentes culturais.

Precisamos do apoio de todos.

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Por uma questão de sobrevivência

Este texto é mais do que uma carta aberta — é uma manifestaçãodesesperada de milhares de microempresas que o Governo insiste emignorar.

Toda a sociedade e opinião pública tem de ter conhecimento que, neste momento, hámilhares de microempresas espalhadas por todo o país que estão a lutardramaticamente pela sobrevivência. Empresas que, apesar da sua pequena dimensão,empregam no total milhares de pessoas, pagam os seus impostos e contribuem para aSegurança Social, dinamizam as economias locais e, não menos importante, prestamum serviço de enorme relevância às comunidades em que estão inseridas em áreas deenorme importância: a educação e a cultura.

Estas microempresas de que estamos a falar são as pequenas livrarias, as que insistemem divulgar o livro e a cultura mesmo na mais recôndita localidade, num país comfracos índices de leitura e que tem uma relação cada vez mais difícil com o livro; as quesabem de cor as preferências e as necessidades dos seus clientes; que são o melhorexemplo do que é um serviço de proximidade.

Ora, estas livrarias, que tanto têm lutado para se manterem de portas abertas na erado hiperconsumismo, estão a ser condenadas ao desaparecimento pelo atual Governoem consequência da forma como está a ser implementada a política de gratuitidadedos manuais escolares.

Que não haja dúvidas — a época escolar é, para a esmagadora maioria dos pequenoslivreiros, o alicerce fundamental que permite o continuar da nossa atividade. Porquenesta altura as famílias procuram todo o material escolar, desde mochilas a cadernos,para além dos manuais, que muitas vezes acabam por ser o menos oneroso emconsequência das promoções que são feitas.

Também que não se pense que, nós, os livreiros, estamos contra a referida medida degratuitidade — perfeitamente legftima e bem-intencionada, ainda que com cada vezmais evidentes fragilidades. O que se contesta é que, através desta medida, se atribuaàs escolas o papel de entreposto comercial, desvirtuando as mais elementares regrasde concorrência e de atividade económica. Mais ainda, que através desta medida selimite a liberdade de escolha das famílias quanto ao local de aquisição dos manuaisescolares.

O Governo e, muito concretamente, o Ministério da Educação está a incentivar asescolas a fazerem ajustes diretos e concursos para a compra dos manuais escolares do1.2 ciclo que acabam, invariavelmente, por beneficiar os grandes espaços comerciais.Há, nestes processos, uma opacidade que preocupa e um desvirtuamento das regrasde concorrência, em prejuízo claro das pequenas empresas mas, também, acreditamosque do próprio Estado e das famílias.

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Nada disto se colocaria se houvesse o incentivo ao sistema de credenciais/vouchersentregues pelas escolas aos encarregados de educação, para que assim pudessemescolher livremente a livraria onde levantar os seus livros. Assim, garantia-se à partidao melhor serviço às famílias, uma melhor distribuição de oportunidades a todas aslivrarias e uma poupança de trabalho e de recursos às escolas.

Este sistema é, comprovadamente, o mais transparente, o mais justo, o maisdemocrático e, por conseguinte, o que melhor serve a distribuição gratuita dosmanuais escolares do 1.2 ciclo.

Acontece que o Ministério da Educação tem ignorado por completo as informações, osalertas e os apelos que os livreiros têm vindo a transmitir, como ainda recentementese verificou na derradeira Audição na Comissão Parlamentar de Educação e Ciência.Apesar de, em dezembro de 2016, o Coordenador dos deputados do Partido Socialistana Comissão de Educação e Ciência, Porfírio Silva, ter mostrado abertura e ter feito ecode supostas medidas do Ministério da Educação de incentivo ao sistema decredenciais/vouchers, a realidade veio contrariar essas intenções.

Perante a clareza, a justeza e a pertinência dos nossos argumentos, torna-se aindamais inexplicável e inaceitável o desprezo a que somos votados pelos responsáveisgovernamentais.

Daí esta carta aberta dirigida a quem se preocupa com a sobrevivência de milhares deempresas e a manutenção de milhares de empregos; com o incentivo das economiaslocais; com a importância do acesso ao livro e à cultura; com a relevância dospequenos livreiros enquanto rede de agentes culturais.

Precisamos do apoio de todos.

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Este texto é mais do qu4 uma carta aberta — é uma manifestaçãodesesperada de milhares de microempresas que o Governo insiste emignorar.

Toda a sociedade e opinião pública tem de ter conhecimento que, neste momento, hámilhares de microempresas espalhadas por todo o pais que estão a lutardramaticamente pela sobrevivência, Empresas que, apesar da sua pequena dimensão,empregam no total milhares de pessoas, pagam os seus impostos e contribuem para aSegurança Sõcial, dinamizam as economias locais e, não menos impõrtante, prestamum serviço de enorme relevância às comunidades em que estão Inseridas em áreas deenorme importância: a educação e a cultura.

Estas microempresas de que estamos a falar são as pequenas livrarias, as que~ insistemem divulgar o livro e a cultura mesmo na mais recôndita localidade, num pais comfracos índices de leitura e que tem uma relação cada vez mais difícil com o livro; as quesabem de cor as preferências e as necessidades dos seus clientes; que são o melhorexemplo do que é um serviço de proximidade.

Ora, estas livrarias, que tanto têm lutado para se manterem de portas abertas na erado hiperconsuniisnio, estão a ser condenadas ao desaparecimento pelo atual Governoem consequência da forma como está a ser Implementada a política de gratuitidadedos manuais escolares.

Que não haja dúvidas — a época escolar é, para a esmagadora maioria dos pequenoslivreiros, o alicerce fundamental que permite o continuar da nossa atividade. Porquenesta altura as familias procuram todo o material escolar, desde mochilas a cadernos,para além dos manuais, que muitas vezes acabam por ser o menos oneroso emconsequência das promoções que são feitas.

Também que não se pense que, nós, os livreiros, estamos contra a referida medida degratuitidade — perfeitamente legítima e bem-intencionada, ainda que com cada vezmais evidentes fragilidades. O que se contesta é que, através desta medida, se atribua~s escolas o papel de entreposto comercial, desvirtuando as mais elementares regrasde concorrência e de atividade económica. Mais ainda, que através desta medida selimite a liberdade de escolha das famílias quanto ao local de aquisição dos manuaisescolares.

O Governo e, muito concretamente, o Ministério da Educação está a incentivar asescolas a fazerem ajustes diretos e concursos para a compra dos manuais escolares do1..2 ciclo que acabam, invariavelmente, por beneficiar os grandes espaços comerciais.Há, neste5 processos, uma opacidade que preocupa e um desvirtuamento das regrasde concorrência, em prejulzo claro das pequenas empresas mas, também, acreditamosque do próprio Estado e das famílias.

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Nada disto se colocaria se houvesse o incentivo ao sistema de credericiais/vouchersentregues pelas escolas aos encarregados de educação, para que assim pudessemescolher livremente a livraria onde levantar os seus livros. Assim, garantia-se à partidao melhor 5erviço às famílias, uma melhor distribuição de oportunidades a todas aslivrarias e uma poupança de trabalho e de recursos às escolas.

Este sistema é, comprovadamente, o mais transparente, o mais justo, o maisdemocrático e, por conseguinte, o que melhor serve a distribuição gratuita dosmanuais escolares do 1.C ciclo.

Acontece que o Ministério da Educação tem ignorado por completo as informações, osalertas e os apelos que os livreiros têm vindo a transmitir, como ainda recentementese verificou na derradeira Audição na Comissão Parlamentar de Educação e Ciência.Apesar de, em dezembro de 2016, o Coordenador dos deputados do Partido Socialistana Comissão de Educação e Ciência, Porfirio Silva, ter mostrado abertura e ter feito ecode supostas medidas do Ministério da Educação de incentivo ao sistema decredencials/vouchers, a realidade veio contrariar essas lntenç~es.

Perante a clareza, a justeza e a pertinêncla dos nossos argumentos, torna-se aindamais Inexplicável e Inaceitável o desprezo a que somos votados pelos responsáveisgovernamentais.

Daí esta carta aberta dirigida a quem se preocupa com a sobrevivência de milhares deempresas e a manutenção de milhares de empregos; com o incentivo das economiaslocais; com a importância do acesso ao livro e à cultura; com a relevância dospequenos livreiros enquanto rede de agentes culturais.

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Este texto é mais do que uma carta aberta — é uma manifestaçãodesesperada de mi?hares de microempresas que o Governo insiste emignorar.

Toda a sociedade e opinião pública tem de ter conhecimento que, neste momento, hámilhares de microempreSaS espalhadas por todo o pais que estão a lutardramaticamente pela sobrevivência. Empresas que, apesar da sua pequena dimensão,empregam no total milhares de pessoas, pagam os seus impostos e contribuem para aSegurança Social, dinamizam as economias locais e, não menos importante, prestamum serviço de enorme relevância às comunidades em que estão inseridas em áreas deenorme importância: a educação e a cultura.

Estas microempresas de que estamos a falar são as pequenas livrarias, as que insistemem divulgar o livro e a cultura mesmo na mais recôndita localidade, num país comfracos índices de leitura e que tem uma relação cada vez mais difícil com o livro; as quesabem de cor as preferências e as necessidades dos seus clientes; que são o melhorexemplo do que é um serviço de proximidade.

Ora, estas livrarias, que tanto têm lutado para se manterem de portas abertas na erado hiperconsumismo, estão a ser condenadas ao desaparecimento pelo atual Governoem consequência da forma como está a ser implementada a política de gratuitidadedos manuais escolares.

Que não haja dúvidas — a época escolar é, para a esmagadora maioria dos pequenoslivreiros, o alicerce fundamental que permite o continuar da nossa atividade. Porquenesta altura as famílias procuram todo o material escolar, desde mochilas a cadernos,para além dos manuais, que muitas vezes acabam por ser o menos oneroso emconsequência das promoções que são feitas.

Também que não se pense que, nós, os livreiros, estamos contra a referida medida degratuitidade — perfeitamente legítima e bem-intencionada, ainda que com cada vezmais evidentes fragilidades. O que se contesta é que, através desta medida, se atribuaàs escolas o papel de entreposto comercial, desvirtuando as mais elementares regrasde concorrência e de atividade económica. Mais ainda, que através desta medida selimite a liberdade de escolha das famílias quanto ao local de aquisição dos manuaisescolares.

O Governo e, muito concretamente, o Ministério da Educação está a incentivar asescolas a fazerem ajustes diretos e concursos para a compra dos manuais escolares do1.9 ciclo que acabam, invariavelmente, por beneficiar os grandes espaços comerciais.Há, nestes processos, uma opacidade que preocupa e um desvirtuamento das regrasde concorrência, em prejuízo claro das pequenas empresas mas, também, acreditamosque do próprio Estado e das famílias.

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Nada disto se colocaria se houvesse o incentivo ao sistema de credenciais/vouchersentregues pelas escolas aos encarregados de educação, para que assim pudessemescolher livremente a livraria onde levantar os seus livros. Assim, garantia-se à partidao melhor serviço às famílias, uhia melhor distribuição de oportunidades a todas aslivrarias e uma poupança de trabalho e de recursos às escolas.

Este sistema é, comprovadamente, o mais transparente, o mais justo, o maisdemocrático e, por conseguinte, o que melhor serve a distribuição gratuita dosmanuais escolares do 1.2 ciclo.

Acontece que o Ministério da Educação tem ignorado por completo as informações, osalertas e os apelos que os livreiros têm vindo a transmitir, como ainda recentementese verificou na derradeira Audição na Comissão Parlamentar de Educação e Ciência.Apesar de, em dezembro de 2016, o Coordenador dos deputados do Partido Socialistana Comissão de Educação e Ciência, Porfírio Silva, ter mostrado abertura e ter feito ecode supostas medidas do Ministério da Educação de incentivo ao sistema decredenciais/vouchers, a realidade veio contrariar essas intenções.

Perante a clareza, a justeza e a pertinência dos nossos argumentos, torna-se aindamais inexplicável e inaceitável o desprezo a que somos votados pelos responsáveisgovernamentais.

Daí esta carta aberta dirigida a quem se preocupa com a sobrevivência de milhares deempresas e a manutenção de milhares de empregos; com o incentivo das economiaslocais; com a importância do acesso ao livro e à cultura; com a relevância dospequenos livreiros enquanto rede de agentes culturais.

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Este texto é mais do que uma carta aberta — é uma manifestaçãodesesperada de milhares de microempresas que o Governo insiste emignorar.

Toda a sociedade e opinião pública tem de ter conhecimento que, neste momento, hámilhares de microempresas espalhadas por todo o país que estão a lutardramaticamente pela sobrevivência. Empresas que, apesar da sua pequena dimensão,empregam no total milhares de pessoas, pagam os seus impostos e contribuem para aSegurança Social, dinamizam as economias locais e, não menos importante, prestamum serviço de enorme relevância às comunidades em que estão inseridas em áreas deenorme importância: a educação e a cultura.

Estas microempresas de que estamos a falar são as pequenas livrarias, as que insistemem divulgar o livro e a cultura mesmo na mais recôndita localidade, num país comfracos índices de leitura e que tem uma relação cada vez mais difícil com o livro; as quesabem de cor as preferências e as necessidades dos seus clientes; que são o melhorexemplo do que é um serviço de proximidade.

Ora, estas livrarias, que tanto têm lutado para se manterem de portas abertas na erado hiperconsumismo, estão a ser condenadas ao desaparecimento pelo atual Governoem consequência da forma como está a ser implementada a política de gratuitidadedos manuais escolares.

Que não haja dúvidas— a época escolar é, para a esmagadora maioria dos pequenoslivreiros, o alicerce fundamental que permite o continuar da nossa atividade. Porquenesta altura as famílias procuram todo o material escolar, desde mochilas a cadernos,para além dos manuais, que muitas vezes acabam por ser o menos oneroso emconsequência das promoções que são feitas.

Também que não se pense que, nós, os livreiros, estamos contra a referida medida degratuitidade — perfeitamente legítima e bem-intencionada, ainda que com cada vezmai5 evidentes fragilidades. O que se contesta é que, através desta medida, se atribuaàs escolas o papel de entreposto comercial, desvirtuando as mais elementares regrasde concorrência e de atividade económica. Mais ainda, que através desta medida selimite a liberdade de escolha das famílias quanto ao local de aquisição dos manuaisescolares.

O Governo e, muito concretamente, o Ministério da Educação está a incentivar asescolas a fazerem ajustes diretos e concursos para a compra dos manuais escolares do1,~ ciclo que acabam, invariavelmente, por beneficiar os grandes espaços comerciais.Há, nestes processos, uma opacidade que preocupa e um desvirtuamento das regrasde concorrência, em prejuízo claro das pequenas empresas mas, também, acreditamosque do próprio Estado e das famílias.

Page 10: Por uma questão de sobrevivência - dn.ptPDFS/livreiros.pdf · fracos índices de leitura e que tem uma relação cada vez mais difícil com o livro; as que sabem de cor as preferências

Nada disto se colocaria se houvesse o incentivo ao sistema de credenciais/vouchersentregues pelas escolas aos encarregados de educação, para que assim pudessemescolher livremente a livraria onde levantar os seus livros. Assim, garantia-se à partidao melhor serviço às famílias, uma melhor distribuição de oportunidades a todas aslivrarias e uma poupança de trabalho e de recursos às escotas.

Este sistema é, comprovadamente, o mais transparente, o mais justo, o maisdemocrático e, por conseguinte, o que melhor serve a distribuição gratuita dosmanuais escolares do 1.0 ciclo.

Acontece que o Ministério da Educação tem ignorado por completo as informações, osalertas e os apelos que os livreiros têm vindo a transmitir, como ainda recentementese verificou na derradeira Audição na Comissão Parlamentar de Educação e Ciência.Apesar de, em dezembro de 2016, o Coordenador dos deputados do Partido Socialistana Comissão de Educação e Ciência, Porfírio Silva, ter mostrado abertura e ter feito ecode supostas medidas do Ministério da Educação de incentivo ao sistema decredenciais/vouchers, a realidade veio contrariar essas intenções.

Perante a clareza, a justeza e a pertinência dos nossos argumentos, torna-se aindamais inexplicável e inaceitável o desprezo a que somos votados pelos responsáveisgovernamentais.

Daí esta carta aberta dirigida a quem se preocupa com a sobrevivência de milhares deempresas e a manutenção de milhares de empregos; com o incentivo das economiaslocais; com a importância do acesso ao livro e à cultura; com a relevância dospequenos livreiros enquanto rede de agentes culturais.

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Este texto é mais do que uma carta aberta — é uma manifestaçãodesesperada de mflhares de microempresas que o Governo insiste emignorar.

Toda a sociedade e opinião pública tem de ter conhecimento que, neste momento, hámilhares de microempresas espalhadas por todo o pais que estão a lutardramaticamente pela sobrevivência. Empresas que, apesar da sua pequena dimensão,empregam no total milhares de pessoas, pagam os seus impostos e contribuem para aSegurança Social, dinamizam as economias locais e, não menos importante, prestamum serviço de enorme relevância às comunidades em que estão inseridas em áreas deenorme importância: a educação e a cultura.

Estas microempresaS de que estamos a falar são as pequenas livrarias, as que insistemem divulgar o livro e a cultura mesmo na mais recôndita localidade, num país comfracos índices de leitura e que tem uma relação cada vez mais difícil com o livro; as quesabem de cor as preferências e as necessidades dos seus clientes; que são o melhorexemplo do que é um serviço de proximidade.

Ora, estas livrarias, que tanto têm lutado para se manterem de portas abertas na erado hiperconsumiSmO, estão a ser condenadas ao desaparecimento pelo atual Governoem consequência da forma como está a ser implementada a política de gratuitidadedos manuais escolares.

Que não haja dúvidas — a época escolar é, para a esmagadora maioria dos pequenoslivreiros, o alicerce fundamental que permite o continuar da nossa atividade. Porquenesta altura as famílias procuram todo o material escolar, desde mochilas a cadernos,para além dos manuais, que muitas vezes acabam por ser o menos oneroso emconsequência das promoções que são feitas.

Também que não se pense que, nós, os livreiros, estamos contra a referida medida degratuitidade — perfeitamente legítima e bem-intencionada, ainda que com cada vezmais evidentes fragilidades. O que se contesta é que, através desta medida, se atribuaàs escolas o papel de entreposto comercial, desvirtuando as mais elementares regrasde concorrência e de atividade económica. Mais ainda, que através desta medida selimite a liberdade de escolha das famílias quanto ao local de aquisição dos manuaisescolares.

O Governo e, muito concretamente, o Ministério da Educação está a incentivar asescolas a fazerem ajustes diretos e concursos para a compra dos manuais escolares do1.~ ciclo que acabam, invariavelmente, por beneficiar os grandes espaços comerciais.Há, nestes processos, uma opacidade que preocupa e um desvirtuamento das regrasde concorrência, em prejuízo claro das pequenas empresas mas, também, acreditamosque do próprio Estado e das famílias.

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Nada disto se colocaria se houvesse o incentivo ao sistema de credenciais/vouchersentregues pelas escolas aos encarregados de edLlcaçáo para que assim pudessemescolher livremente a livraria onde levantar os seus livros Assim garantia-se à partidao melhor serviço às famílias, urna melhor distribuição de oportunidades a todas aslivrarias e uma poupança de trabalho e de recursos às escolas.

Este sistema é, comprovadamente, o mais transparente o mais justo o maisdemocrático e, por conseguinte, o que melhor serve a distribuição gratuita dosmanuais escolares do l.~ ciclo

Acontece que o Ministério da Educação tem ignorado por completo as informações, osalertas e os apelos que os livreiros têm vindo a transmitir, como ainda recentementese verificou na derradeira Audição na Comissão Parlamentar de Educação e Ciência.Apesar de, em dezembro de 2016, o Coordenador dos deputados do Partido Socialistana Comissão de Educação e Ciência, Porfírio Silva, ter mostrado abertura e ter feito ecode supostas medidas do Ministério da Educação de incentivo ao sistema decredenciais/vouchers, a realidade veio contrariar essas intenções.

Perante a clareza, a justeza e a pertinência dos nossos argumentos, torna-se aindamais inexplicável e inaceitável o desprezo a que somos votados pelos responsáveisgovernamentais

Daí esta carta aberta dirigida a quem se preocupa com a sobrevivência de milhares deempresas e a manutenção de milhares de empregos; com o incentivo das economiaslocais; com a importância do acesso ao livro e à cultura; com a relevância dospequenos livreiros enquanto rede de agentes culturais.

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Por uma questão de sobrevivênciat

Este texto é mais do que uma carta aberta — é urna manifestaçãodesesperada de milhares de microempresas que o Governo insiste emignorar.

Toda a sociedade e opinião pública tem de ter conhecimento que, neste momento, hámilhares de microempresas espalhadas por todo o pais que estão a lutardramaticamente pela sobrevivência. Empresas que, apesar da sua pequena dimensão,empregam no total milhares de pessoas, pagam os seus impostos e contribuem para aSegurança Social, dinamizam as economias locais e, não menos importante, prestamum serviço de enorme relevância às comunidades em que estão inseridas em áreas deenorme importância: a educação e a cultura.

Estas microempresaS de que estamos a falar são as pequenas livrarias, as que insistemem divulgar o livro e a cultura mesmo na mais recôndita localidade, num país comfracos índices de leitura e que tem uma relação cada vez mais difícil com o livro; as quesabem de cor as preferências e as necessidades dos seus clientes; que são o melhorexemplo do que é um serviço de proximidade.

Ora, estas livrarias, que tanto têm lutado para se manterem de portas abertas na erado hiperconsumismO, estão a ser condenadas ao desaparecimento pelo atual Governoem consequência da forma como está a ser implementada a política de gratuitidadedos manuais escolares.

Que não haja dúvidas — a época escolar é, para a esmagadora maioria dos pequenoslivreiros, o alicerce fundamental que permite o continuar da nossa atividade. Porquenesta altura as famílias procuram todo o material escolar, desde mochilas a cadernos,para além dos manuais, que muitas vezes acabam por ser o menos oneroso emconsequência das promoções que são feitas.

Também que não se pense que, nós, os livreiros, estamos contra a referida medida degratuitidade — perfeitamente legítima e bem-intencionada, ainda que com cada vezmais evidentes fragilidades. O que se contesta é que, através desta medida, se atribuaàs escolas o papel de entreposto comercial, desvirtuando as mais elementares regrasde concorrência e de atividade económica. Mais ainda, que através desta medida selimite a liberdade de escolha das famílias quanto ao local de aquisição dos manuaisescolares.

O Governo e, muito concretamente, o Ministério da Educação está a incentivar asescolas a fazerem ajustes diretos e concursos para a compra dos manuais escolares do1.9 ciclo que acabam, invariavelmente, por beneficiar os grandes espaços comerciais.Há, nestes processos, uma opacidade que preocupa e um desvirtuamento das regrasde concorrência, em prejuízo claro das pequenas empresas mas, também, acreditamosque do próprio Estado e das famílias.

Page 14: Por uma questão de sobrevivência - dn.ptPDFS/livreiros.pdf · fracos índices de leitura e que tem uma relação cada vez mais difícil com o livro; as que sabem de cor as preferências

Nada disto se colocaria se houvesse o incentivo ao sistema de credencjais/vouchersentregues pelas escolas aos encarregados de educação, para que assim pudessemescolher livremente a livraria onde levantar os seus livros. Assim, garantia-se à partidao melhor serviço às famílias, uma melhor distribuição de oportunidades a todas aslivrarias e uma poupança de trabalho e de recursos às escolas.

Este sistema é, comprovadamente, o mais transparente, o mais justo, o maisdemocrático e, por conseguinte, o que melhor serve a distribuição gratuita dosmanuais escolares do 1.2 ciclo.

Acontece que o Ministério da Educação tem ignorado por completo as informações, osalertas e os apelos que os livreiros têm vindo a transmitir, como ainda recentementese verificou na derradeira Audição na Comissão Parlamentar de Educação e Ciência.Apesar de, em dezembro de 2016, o Coordenador dos deputados do Partido Socialistana Comissão de Educação e Ciência, Porfírio Silva, ter mostrado abertura e ter feito ecode supostas medidas do Ministério da Educação de incentivo ao sistema decredenciais/vouchers, a realidade veio contrariar essas intenções.

Perante a clareza, a justeza e a pertinência dos nossos argumentos, torna-se aindamais inexplicável e inaceitável o desprezo a que somos votados pelos responsáveisgovernamentais.

Daí esta carta aberta dirigida a quem se preocupa com a sobrevivência de milhares deempresas e a manutenção de milhares de empregos; com o incentivo das economiaslocais; com a importância do acesso ao livro e à cultura; com a relevância dospequenos livreiros enquanto rede de agentes culturais.

Precisamos do apoio de todos.

uma questão de sobrevivência

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Por uma questão de sobrevivência

Este texto é mais do que uma carta aberta — é uma manifestaçãodesesperada de milhares de microempresas que o Governo insiste emignorar.

Toda a sociedade e opinião pública tem de ter conhecimento que, neste momento, hámilhares de microempresas espalhadas por todo o país que estão a lutardramaticamente pela sobrevivência. Empresas que, apesar da sua pequena dimensão,empregam no total milhares de pessoas, pagam os seus impostos e contribuem para aSegurança Social, dinamizam as economias locais e, não menos importante, prestamum serviço de enorme relevância às comunidades em que estão inseridas em áreas deenorme importância: a educação e a cultura.

Estas microempresas de que estamos a falar são as pequenas livrarias, as que insistemem divulgar o livro e a cultura mesmo na mais recôndita localidade, num país comfracos índices de leitura e que tem uma relação cada vez mais difícil com o livro; as quesabem de cor as preferências e as necessidades dos seus clientes; que são o melhorexemplo do que é um serviço de proximidade.

Ora, estas livrarias, que tanto têm lutado para se manterem de portas abertas na erado hiperconsumismo, estão a ser condenadas ao desaparecimento pelo atual Governoem consequência da forma como está a ser implementada a política de gratuitidadedos manuais escolares.

Que não haja dúvidas — a época escolar é, para a esmagadora maioria dos pequenoslivreiros, o alicerce fundamental que permite o continuar da nossa atividade. Porquenesta altura as famílias procuram todo o material escolar, desde mochilas a cadernos,para além dos manuais, que muitas vezes acabam por ser o menos oneroso emconsequência das promoções que são feitas.

Também que não se pense que, nós, os livreiros, estamos contra a referida medida degratuitidade — perfeitamente legítima e bem-intencionada, ainda que com cada vezmais evidentes fragilidades. O que se contesta é que, através desta medida, se atribuaàs escolas o papel de entreposto comercial, desvirtuando as mais elementares regrasde concorrência e de atividade económica. Mais ainda, que através desta medida selimite a liberdade de escolha das famílias quanto ao local de aquisição dos manuaisescolares.

O Governo e, muito concrét~n~t,t’ ,o Ministério da Educação está a incentivar asescolas a fazerem ajustes diretd~’~ concursos para a compra dos manuais escolares do1.~ ciclo que acabam, invariavelmente, por beneficiar os grandes espaços comerciais.Há, nestes processos, uma opacidade que preocupa e um desvirtuamento das regrasde concorrência, em prejuízo claro das pequenas empresas mas, também, acreditamosque do próprio Estado e das famílias.

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Nada disto se colocaria se houvesse o incentivo ao sistema de credenciais/vouchersentregues pelas escolas aos encarregados de educação, para que assim pudessemescolher livremente a livraria onde levantar os seus livros. Assim, garantia-se à partidao melhor serviço às famílias, uma melhor distribuição de oportunidades a todas aslivrarias e uma poupança de trabalho e de recursos às escolas.

Este sistema é, comprovadamente, o mais transparente, o mais justo, o maisdemocrático e, por conseguinte, o que melhor serve a distribuição gratuita dosmanuais escolares do 1.9 ciclo.

Acontece que o Ministério da Educação tem ignorado por completo as informações, osalertas e os apelos que os livreiros têm vindo a transmitir, como ainda recentementese verificou na derradeira Audição na Comissão Parlamentar de Educação e Ciência.Apesar de, em dezembro de 2016, o Coordenador dos deputados do Partido Socialistana Comissão de Educação e Ciência, Porfírio Silva, ter mostrado abertura ~ ter feito ecode supostas medidas do Ministério da Educação de incentivo ao sistema decredenciais/vouchers, a realidade veio contrariar essas intenções.

Perante a clareza, a justeza e a pertinência dc~s nossos argumentos, torna-se aindamais inexplicável e inaceitável o desprezo a que somos votados pelos responsáveisgovernamentais.

Daí esta carta aberta dirigida a quem se preocupa com a sobrevivência de milhares deempresas e a manutenção de milhares de empregos; com o incentivo das economiaslocais; com a importância do acesso ao livro e à cultura; com a relevância dospequenos livreiros enquanto rede de agentes culturais.

Precisamos do apoio de todos.

É uma questão de sobrevivência.

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1 R cj~~qie de Águeda, 26 13770- 97OI4~- Telef. 234 721 598 1

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