Por que devemos fazer exames oftalmológicos todos os anos

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Por que devemos fazer exames oftalmológicos todos os anos? Geralmente, os pacientes que mais temem os check-ups oftalmológicos anuais são os que mais precisam dele. Problemas de visão podem levar à perda de emprego, dificuldades sociais, dor e custos com quedas e acidentes. E apesar dos exames oftalmológicos de rotina ajudarem a detectar os primeiros sinais de perda de visão e a evitarem a progressão de algumas doenças oculares, são poucos os adultos que efetivamente fazem suas consultas anuais. Uma pesquisa americana, feita por telefone com 1.004 adultos, revelou que apenas uma minoria de pessoas com riscos evidentes para apresentar problemas oftalmológicos e que precisaria fazer exames oftalmológicos anuais para detectar, retardar, prevenir ou até mesmo reverter um problema de visão, realmente os fazem. Os pesquisadores descobriram também que 86% das pessoas que já tinham uma doença ocular diagnosticada não faziam exames de rotina. A pesquisa foi encomendada pela Lighthouse Internacional, organização sem fins lucrativos de Nova York, que trabalha com a prevenção da perda de visão e com o tratamento de pessoas afetadas por problemas visuais. Segundo os dirigentes da ONG, diante dos dados apontados pela pesquisa e do crescente envelhecimento da população, as doenças oculares “que roubam a visão”, como a degeneração macular relacionada à idade e a retinopatia diabética só tendem a crescer nos Estados Unidos, acarretando em consequências sociais graves. Por que as pessoas não conseguem fazer exames oftalmológicos regulares? De um lado, estão os que dependem dos serviços de saúde públicos e encontram muitas dificuldades para agendar e efetivamente realizar os exames. Mas mesmo entre aqueles que têm planos de saúde e/ou que podem pagar pelos exames, encontramos muitos relutantes em fazer os exames oftalmológicos regulares. A detecção precoce pode resultar numa terapia de preservação da visão. Os olhos são realmente uma janela para o corpo. Um exame oftalmológico adequado pode, muitas vezes, alertar o oftalmologista para a presença de uma doença grave subjacente, como diabetes, esclerose múltipla ou mesmo um tumor cerebral. Check-ups oftalmológicos anuais são a melhor medida a ser adotada a partir dos 20 anos de idade, e, mesmo tardiamente, aos 40 anos. “Não é admissível esperar até que você tenha sintomas oculares para ir ao oftalmologista. Por exemplo, o glaucoma em seus estágios iniciais é tido como o ‘ladrão silencioso da visão’, ou seja, ele pode levar 10 anos para causar um problema perceptível de visão, o que não quer dizer que essas alterações de visão sejam reversíveis”, alerta a oftalmologista. Pessoas que enxergam bem, normalmente, procuram um oftalmologista quando a visão começa a falhar, o que ocorre em geral por volta dos 40 anos de idade. Queixas como sensação de vista cansada, coceira nos olhos, dificuldade para focalizar imagens próximas e lacrimejamento são as mais comuns às pessoas que procuram o atendimento oftalmológico nessa fase da vida. Além da presbiopia (ou vista cansada), outros problemas são mais frequentes a partir dos 40 anos são a catarata, a retinopatia diabética e o glaucoma.

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Check-up Oftalmológicos

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Por que devemos fazer exames oftalmológicos todos os anos?

Geralmente, os pacientes que mais temem os check-ups oftalmológicos anuais são os que mais precisam

dele.

Problemas de visão podem levar à perda de emprego, dificuldades sociais, dor e custos com quedas e

acidentes. E apesar dos exames oftalmológicos de rotina ajudarem a detectar os primeiros sinais de perda

de visão e a evitarem a progressão de algumas doenças oculares, são poucos os adultos que efetivamente

fazem suas consultas anuais.

Uma pesquisa americana, feita por telefone com 1.004 adultos, revelou que apenas uma

minoria de pessoas com riscos evidentes para apresentar problemas oftalmológicos e que

precisaria fazer exames oftalmológicos anuais para detectar, retardar, prevenir ou até

mesmo reverter um problema de visão, realmente os fazem. Os pesquisadores descobriram

também que 86% das pessoas que já tinham uma doença ocular diagnosticada não faziam

exames de rotina.

A pesquisa foi encomendada pela Lighthouse Internacional, organização sem fins lucrativos de Nova York,

que trabalha com a prevenção da perda de visão e com o tratamento de pessoas afetadas por problemas

visuais. Segundo os dirigentes da ONG, diante dos dados apontados pela pesquisa e do crescente

envelhecimento da população, as doenças oculares “que roubam a visão”, como a degeneração macular

relacionada à idade e a retinopatia diabética só tendem a crescer nos Estados Unidos, acarretando em

consequências sociais graves.

Por que as pessoas não conseguem fazer exames oftalmológicos regulares? De um lado, estão os que

dependem dos serviços de saúde públicos e encontram muitas dificuldades para agendar e efetivamente

realizar os exames. Mas mesmo entre aqueles que têm planos de saúde e/ou que podem pagar pelos

exames, encontramos muitos relutantes em fazer os exames oftalmológicos regulares.

A detecção precoce pode resultar numa terapia de preservação da visão. Os olhos são realmente uma janela

para o corpo. Um exame oftalmológico adequado pode, muitas vezes, alertar o

oftalmologista para a presença de uma doença grave subjacente, como diabetes, esclerose

múltipla ou mesmo um tumor cerebral.

Check-ups oftalmológicos anuais são a melhor medida a ser adotada a partir dos 20 anos de idade, e,

mesmo tardiamente, aos 40 anos. “Não é admissível esperar até que você tenha sintomas oculares para ir ao

oftalmologista. Por exemplo, o glaucoma em seus estágios iniciais é tido como o ‘ladrão silencioso da

visão’, ou seja, ele pode levar 10 anos para causar um problema perceptível de visão, o que não quer dizer

que essas alterações de visão sejam reversíveis”, alerta a oftalmologista.

Pessoas que enxergam bem, normalmente, procuram um oftalmologista quando a visão começa a falhar, o

que ocorre em geral por volta dos 40 anos de idade. Queixas como sensação de vista cansada, coceira nos

olhos, dificuldade para focalizar imagens próximas e lacrimejamento são as mais comuns às pessoas que

procuram o atendimento oftalmológico nessa fase da vida. Além da presbiopia (ou vista cansada), outros

problemas são mais frequentes a partir dos 40 anos são a catarata, a retinopatia diabética e o glaucoma.