Por Que Deus, Onisciente, Ainda Assim Permite Que Pessoas Que Sabidamente Se Perderão, Nasçam?

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Por que Deus, onisciente, ainda assim permite que pessoas que sabidamente se perderão, nasçam ? Por : Jadilson Torres. (20/08/2015). Imaginemos duas crianças que nasçam no mesmo lar, e recebam a mesma educação. Vamos ainda mais longe: Imaginemos que essas crianças são gêmeos univitelinos, e portanto geneticamente idênticas. Observemos então essas crianças. No decurso de suas vidas, uma delas escolhe crer em Jesus Cristo e servir a Deus, enquanto a outra decide que não crê em nada e que vai viver a vida conforme quiser. Acompanhando a vida de ambas as crianças até o seu fim, verificaremos que uma viveu e morreu servindo a Deus e crendo em Jesus, e que a outra viveu e morreu servindo a seus próprios propósitos. Neste caso, como é determinado na bíblia, a primeira alcançará a salvação e a segunda alcançará a condenação eterna. Pois bem, tudo isso é fácil entender, mas com essa situação posta, sempre resta a seguinte pergunta: Por que Deus permitiu que o segundo gêmeo viesse ao mundo se, por sua onisciência, Ele já sabia de antemão, mesmo antes do nascimento deste, que ele se perderia e nunca se arrependeria, sendo por isso condenado? Interessante pergunta que já me fiz inúmeras vezes. É óbvio que eu não tenho a resposta certa, só quem a tem é o próprio Deus, mas penso o seguinte a respeito: Quando Deus criou o homem, Ele o criou à sua imagem e semelhança, porém com algo a menos: O conhecimento do bem e do mal, ou seja, o homem foi criado para adorar a Deus mas o fazia de forma inocente, sem conhecer que havia outra possibilidade: A de não adorar a Deus. Sabemos que, a Deus importa que o adoremos em espírito e em verdade, conforme diz a palavra, e sendo assim, importa que o façamos plenamente conscientes de que poderíamos livremente escolher não fazermos, mas se o fazemos é por que é exatamente o que desejamos: Adorá-lo em espírito e em verdade. Tendo isto em vista, é fácil entender que Deus deseja verdadeiros adoradores e não meros "robôs" que farão apenas aquilo para o que foram "programados" por não serem capazes de conhecer outras possibilidades. Sendo assim, apesar de os Gêmeos idênticos terem seguido caminhos opostos, sendo que um deles se perdeu, obviamente o que se perdeu o fez por sua livre escolha.

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Por que Deus permite que nasçam algumas pessoas, mesmo sabendo que passarão a vida em pecado, se recusarão a aceitar a Jesus e por consequência se perderão?Ainda não sabemos, mas compartilho com você o que penso a respeito.

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Por que Deus, onisciente, ainda assim permite que pessoas que sabidamente se perderão, nasçam?

Por : Jadilson Torres. (20/08/2015).

Imaginemos duas crianças que nasçam no mesmo lar, e recebam a mesma educação.Vamos ainda mais longe: Imaginemos que essas crianças são gêmeos univitelinos, e

portanto geneticamente idênticas.

Observemos então essas crianças.

No decurso de suas vidas, uma delas escolhe crer em Jesus Cristo e servir a Deus,enquanto a outra decide que não crê em nada e que vai viver a vida conforme quiser.

Acompanhando a vida de ambas as crianças até o seu fim, verificaremos que uma viveu e morreu servindo a Deus e crendo em Jesus, e que a outra viveu e morreu servindo a seus próprios propósitos.

Neste caso, como é determinado na bíblia, a primeira alcançará a salvação e a segunda alcançará a condenação eterna.

Pois bem, tudo isso é fácil entender, mas com essa situação posta, sempre resta a seguinte pergunta:

Por que Deus permitiu que o segundo gêmeo viesse ao mundo se, por sua onisciência, Ele já sabia de antemão, mesmo antes do nascimento deste, que ele se perderia e nunca se arrependeria, sendo por isso condenado?

Interessante pergunta que já me fiz inúmeras vezes.

É óbvio que eu não tenho a resposta certa, só quem a tem é o próprio Deus, mas penso o seguinte a respeito:

Quando Deus criou o homem, Ele o criou à sua imagem e semelhança, porém com algo a menos: O conhecimento do bem e do mal, ou seja, o homem foi criado para adorar a Deus mas o fazia de forma inocente, sem conhecer que havia outra possibilidade: A de não adorar a Deus.

Sabemos que, a Deus importa que o adoremos em espírito e em verdade, conforme diz a palavra, e sendo assim, importa que o façamos plenamente conscientes de que poderíamos livremente escolher não fazermos, mas se o fazemos é por que é exatamente o que desejamos: Adorá-lo em espírito e em verdade.

Tendo isto em vista, é fácil entender que Deus deseja verdadeiros adoradores e não meros "robôs" que farão apenas aquilo para o que foram "programados" por não serem capazes de conhecer outras possibilidades.

Sendo assim, apesar de os Gêmeos idênticos terem seguido caminhos opostos, sendo que um deles se perdeu, obviamente o que se perdeu o fez por sua livre escolha.

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Deus sabia das escolhas desse segundo gêmeo antes mesmo de ele nascer, mas imaginemos o seguinte:

Quando os gêmeos estavam prestes a nascer, Deus, conhecedor de que um deles se perderia, não permite que este nasça.

Ampliando ainda mais o raciocínio, vamos imaginar que em todos os nascimentos possíveis, Deus sempre interferisse deixando apenas vir à luz aqueles que nunca se desviariam e nunca se perderiam.

O que ocorreria em uma situação como esta? Ocorreria a mesma coisa que já ocorre, ou seja, apenas os que escolhem a Deus seriam

salvos, e aqueles que não escolheram não seriam salvos já que nem sequer nasceriam.

Em termos de salvação, o resultado seria o mesmo.

Em termos de pecado e perdição, claro que o resultado não seria o mesmo pois aqueles que se perderiam nem mesmo nasceriam, e portanto jamais existiriam condenados, já que nem mesmo teria sido dada a eles a chance de nascer e optar por Deus para depois de salvos viver em sua glória, pois por não nascerem não lhes foi dada a oportunidade de escolherem se era isso mesmo que queriam.

Viver na glória de Deus será maravilhoso! Mas Deus é justo e não força ninguém a escolhê-lo. Dá a oportunidade a todos que nasçam e façam a sua escolha.

Se Deus não desse aos sabidamente perdidos a oportunidade de escolher, escolhendo por eles ao não lhes permitir nascer, Deus teria agido de forma injusta, pois até mesmo nós, os salvos, diante de nossa limitada capacidade de compreenção, teríamos a eterna dúvida:

"Mas e SE fosse permitido a fulano nascer? Será que ele realmente desperdiçaria a sua vida e seria condenado, ou será que ele em determinado momento se arrependeria?"

Pois é, Deus não deseja que haja dúvidas entre os seus salvos, por isso permite que tudo ocorra às claras, e que as escolhas sejam feitas por nós e não por ele.

Deus não pratica injustiça, dá a mesma oportunidade a todos de nascerem e escolherem.

Portanto, em última análise, se Deus privasse de nascer aos que por sua própria escolha se condenariam, permitindo apenas aos que escolhessem a Deus vir à luz, de qualquer forma os salvos seriam como robôs, e não teriam como adorar em espírito e em verdade, já que não conheceriam os dois lados possíveis – a verdade sobre existência do do bem e do mal - e sendo assim não exercitariam o seu livre arbítrio ao optar por servir a Deus, e não experimentariam os efeitos nefastos do pecado para que conscientemente o conhecessem e renunciassem a ele.

Por esta observação, poderíamos facilmente questionar a Deus quando fôssemos para Ele, pois como neste momento nos seria apresentada a verdade, ou seja a existência de outra possibilidade diferente do bem (o mal) certamente haveria dúvidas.

O que impediria a muitos de nós achar que passamos a vida inteira sendo enganados por Deus, já que Ele não havia nos dito que havia outra possibilidade?

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O que nos impediria de pensarmos o seguinte:

"Espera: e SE o outro caminho for melhor? Talvez o mal seja melhor! Como vamos saber se nunca o experimentamos?"

O que impediria alguns de nós de resolver se rebelar e resolver experimentar o mal, apenas por que Deus não teria permitido que o fizéssemos durante a nossa vida terrena?

Pois é, nada impediria, pois estaríamos fazendo uso do livre arbítrio dado por Deus.Porém a realidade é outra:Deus não nos escondeu nada, e pôs sob nossa responsabilidade fazermos a escolha.E isso aconteceu desde o Édem com Eva e posteriormente Adão terem escolhido

desobedecer a Deus, abrindo caminho para o pecado.

Desde então, todos nós sabemos muito bem que o pecado é a escolha errada, e que só causa tristeza e dor, e por isso, nós, seguidores de Jesus Cristo, não questionaremos a Deus quando formos para Ele, já que além de sabermos que existe outra possibilidade, sabemos tembém por experiência própria que é uma péssima escolha, e então seremos livres para adorá-lo em espíriro e em verdade, sem questionar sobre a outra cohecida e detestada possibilidade.

Deus não quer robôs, quer homens plenamente conscientes dos efeitos nefastos causados pelo pecado, e quando expostos a esses efeitos e conhecedores destes, deseja que os homens exercitem o seu livre arbítrio e escolham de que lado ficarão.

Deus sabe de que lado cada um de nós ficará, antes mesmo de nascermos, porém mesmo assim permite que nasçamos e exercitemos nosso livre arbítrio e façamos a escolha.

Aqueles que escolhem o lado do pecado, não estão sendo condenados por Deus, estão condenando a si próprios, já que ao nascerem têm em suas mãos a decisão de servir ou não a Deus.

Portanto, quando Deus permite que o nascimento se dê de forma natural sem interferir no nascimento daqueles que sabidamente se perderão, ele aplica o mesmo raciocínio às duas partes do problema e age com justiça: Permite que os que escolherão o lado de Deus Nasçam, e permite os que escolherão o lado contrário tenham o mesmo direito a nascer.

A partir daí, e por sua própria responsabilidade cada um faz a sua escolha pessoal e memo Deus sabendo qual será, não interfere pois foi dado a cada um de nós o livre arbítrio.

Então, como sabemos, a salvação é uma escolha pessoal, e sendo assim é de responsabilidade pessoal.

Talvez a essa altura, alguém pudesse argumentar que não tem sentido então trabalhar para a evangelização, já que aparentemente tanto aqueles que serão salvos, quanto aqueles que se perderão já vem pré-determinados a sê-lo.

Isso parece fazer sentido, porém neste ponto entra a ordenança de Deus de amarmos uns aos outros e a ordenança de Jesus de levar o evangelho a todos.

E por que devemos cumprir?Em primeiro lugar por que escolhemos servir a Deus e cumprir todas as suas

ordenanças, pois sabemos perfeitamente de que lado estamos.

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Em segundo lugar, por que nossos irmãos, mesmo aqueles que se perderão, não são nossos inimigos e devemos amá-los independentemente de seus atos pois assim nos foi ordenado, e se fizeram a escolha errada, é por que o inimigo os enganou de tal forma que não conseguem mais crer na verdade.

Sendo assim, se escolhemos servir e obedecer a Deus, escolhemos também amar a nossos irmãos, e por amor devemos exorta-los pacientemente para que entendam perfeitamente a vontade de Deus, e tenham a plena consciência, como nós temos, do amor de Deus, para que assim como nós escolhemos conscientemente servir a Deus sabendo das consequências de não fazê-lo, eles também tenham a plena consciência da consequência de seus atos ao escolher não servir a Deus e mesmo assim exercitem o seu livre arbítrio e conscientes façam a sua escolha.

Deste modo, nunca poderá haver no céu a acusação de que houve injustiça, e de que os irmãos que se perderam não tiveram conhecimento a respeito da verdade e por isso não puderam fazer a escolha adequada.

Além do mais, há um ponto a mais em seguirmos com a evangelização:

O Senhor Deus sabe perfeitamente quais dentre nós infelizmente se perderão, mas NÓS NÃO SABEMOS!

Sendo assim, temos a obrigação de evangelizar a todos pois estaremos exercitando o amor e ao mesmo tempo fazendo a nossa parte para que um irmão a ser salvo encontre o caminho, já que até disso Deus sabe, ou seja, que nós viemos e que faremos a nossa parte para que os irmãos que aparentemente por nossa visão humana estão perdidos, cumpram o que realmente nasceram para cumprir, a saber, encontrarem a Jesus Cristo ainda que tardiamente.

Em resumo:

Deus sabe o que ocorrerá com cada um que nasce, mas permite que escolhamos. A escolha é nossa.